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    Dora Milaje: Conheça o grupo de guerreiras de Wakanda

    As Dora Milaje são guerreiras bem treinadas que tem como dever proteger o trono real de Wakanda e quem estiver sentado nele; e foram criadas pelo escritor Christopher Priest e pelo artista Mark Texeira.

    A primeira aparição delas foi na HQ Pantera Negra #1 – Vol. 3 em novembro de 1998.

    ORIGEM

    Essas guerreiras de Wakanda foram inspiradas nas Ahosi, elas protegiam o Reino do Daomé, a atual República do Benin, até o final do século XIX. Em determinado período, o exército delas somava algo entre 4 mil e 6 mil mulheres, número que representava um terço de todo o exército do reino.

    As Ahosi eram originalmente esposas reais que foram treinadas para proteger o rei. As Dora Milaje, porém, ainda têm a função de manter a paz entre as tribos, sendo selecionadas ainda na adolescência para isso. Cada uma delas vem de uma tribo diferente e seu trabalho é um modo de manter a cooperação de todos os líderes tribais.

    Como forma de manter a paz entre as tribos e dar a oportunidade de cada uma subir ao poder, elas também seriam as candidatas a rainha para um rei não casado. Com o passar dos anos essa tradição foi deixada de lado por T’Challa e isso causou uma instabilidade na confiança das tribos.

    Querendo sempre manter a paz e tranquilidade no reino, o Rei T’Challa reinstituiu o costume das Dora Milaje. Apesar disso, ele não via as mulheres com nenhum interesse romântico, mas sim como se fossem suas filhas.

    PODERES E HABILIDADES

    As Dora Milaje não possuem poderes mas elas são treinadas em todos os tipos de armas e seu tipo de luta específico é bem parecido com a força de luta feminina conhecida como Dahomey Amazons.

    Elas são equipadas com tecnologia de ponta desenvolvida em Wakanda e sabem muitos idiomas. Todas as integrantes possuem a sua disposição armaduras e as mais variadas armas de vibranium. Entre seus meios de transporte estão mochilas à jato e aeronaves quinjets.

    INTEGRANTES

    • Okoye é a mais conhecida entre elas e a mais próxima ao rei, teve um título formal como esposa de T’Challa mas ela não possui nenhum sentimento romântico por ele e tudo passa apenas de uma formalidade. Ela é da tribo J’Kuwali e no Universo Cinematográfico Marvel é vista como a General do exército de Wakanda, líder das Dora Milaje;
    • Nakia foi a segunda mulher a ser escolhida para formar as Dora Milaje e era apaixonada por T’Challa, seus ciúmes por ele fizeram com que ela tivesse problemas com a ordem e abandonasse-as para se tornar uma vilã;
    • Aneka é uma das guerreiras indicada por T’Challa para treinar as outras Dora Milaje a lutar contra os robôs de Doutor Destino. Ela havia sido condenada a morte pela rainha Ramonda, madrasta de T’Challa, por ter matado o chefe de um vilarejo, apesar dele ser um molestador de mulheres;
    • Ayo foi a única Dora Milaje com coragem o bastante para proteger Aneka. Ela tinha uma relação amorosa com Aneka e foi a responsável por roubar duas armaduras de Anjos da Meia-Noite para resgatar sua companheira da prisão. Mais tarde elas se tornam vigilantes de Wakanda e ajudam os vilarejos que estavam sobre domínios tirânicos;
    • M’yra se tornou guarda costas de Shuri após perder seu posto por um ferimento de batalha que custou o seu braço, ela descobriu a existência de grupos extremistas que não concordavam com o governo de Wakanda ao se tornar uma mercenária e repassou tudo para Shuri e T’Challa;
    • Zola é a diretora das Dora Milaje responsável por treinar Aneka, Ayo e Nakia.

    CURIOSIDADES

    Wakanda também conta com a ajuda de um grupo chamado Anjos da Meia-Noite, as Dora Milaje são guerreiras, dispostas a dar a vida para proteger o rei de Wakanda e a sua função é a defesa. Já as Anjos da Meia-Noite são designadas para as missões de ataque. A equipe foi formada pela primeira vez após Doutor Destino ter roubado todas as reservas de vibranium de Wakanda.

    Em 2018 a revista Black Panther: World of Wakanda, de Roxane Gay recebeu o prêmio GLAAD (Gays and Lesbians Alliance Against Defamation) com histórias do casal lésbico de Aneka e Ayo.

    OUTRAS MÍDIAS

    Florence Kasumba como Ayo em Falcão e o Soldado Invernal (2021).

    As Dora Milaje já apareceram no desenho animado do Pantera Negra, Os Vingadores: Os Heróis Mais Poderosos da Terra e Os Vingadores Unidos.

    Elas também aparecem como personagem jogável nos games Vingadores LEGO Marvel e Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order.

    No Universo Cinematográfico Marvel elas aparecem pela primeira vez, discretamente, em Capitão América: Guerra Civil e participam ativamente nos filmes Pantera Negra (2018), Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019).

    As principais Dora Milage do UCM são:

    • Okoye é interpretada por Danai Gurira;
    • Nakia é vivida pela atriz Lupita Nyong’o;
    • Ayo é Florence Kasumba.

    Ayo também está presente na nova série da Marvel Studios para a Disney+: Falcão e o Soldado Invernal.

    Falcão e o Soldado Invernal terá seis episódios e todos eles terão crítica no nosso site e no canal do YouTube. Se inscreva clicando aqui e acompanhe também nossa página especial da serie da Disney+.

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    CRÍTICA – Gokushufudou: Tatsu Imortal (1ª temporada, 2021, Netflix)

    A nova série de anime da Netflix, se chama Gokushufudou: Tatsu Imortal. A obra ideal para você, jovem adulto, que está à procura de algo leve e divertido para assistir no final do dia. Ficou curioso? Então, role na telinha para saber mais.

    SINOPSE

    O perigoso integrante da máfia Yakuza que derrubou diversos inimigos, muito conhecido como Tatsu Imortal, resolve largar sua trajetória de crime para lidar com missões muito mais arriscadas: aquelas de dono de casa. 

    ORIGEM

    Gokushufudou, é a adaptação do mangá The Way of the Househusband, que poderia ser classificado como estilo shoujo. Para quem não sabe, é um gênero de mangá que contém  histórias de romance ou comédia. O estilo é genericamente considerado para meninas, que ao meu ver, é uma forma errônea de classificação, já que conquista muito público masculino também.

    O PERIGO ESTÁ EM CASA

    A série narra as missões do Tatsu em seus afazeres do cotidiano, como conseguir pegar itens que estão em promoção no mercado, ir atrás de emprego de freela para ter dinheiro extra, comprar a faca perfeita, e claro, tentar agradar aquele que ama. Tudo isso de um jeito muito engraçado.

    A produção soube brincar com as situações, que por vezes nos identificamos, transformando com maestria momentos estressantes em uma abundante fonte de risadas.

    ESTEREÓTIPOS

    Uma boa sacada de Gokushufudou é saber utilizar da questão do estereótipo ou até mesmo do pré-julgamento que a sociedade tem, mas, de forma divertida, sendo o principal elemento dos melhores momentos. 

    O seriado acolhe essas brincadeiras em um bom ritmo, afinal a série possui apenas 5 episódios com cerca de 17 minutos cada. Porém, sempre existe a oportunidade de estragar tudo mesmo com curta duração, não é mesmo? Isso não é um erro que será visto nesta nova produção da Netflix. O ritmo é tão bom que quando acaba você fica ansiando por mais episódios.

    VEREDITO

    Se você que está viciada naquele reality show lá, ou em qualquer outro produto do entretenimento, buscando fugir de notícias e casos conturbados da vida, certamente vai amar esse anime. A obra dá aquele quentinho no coração, do mesmo jeito que os filmes do Estúdio Ghibli fazem.

    Portanto, pegue sua tacinha de vinho ou chá, pois, essa é uma excelente série de anime para assistir enquanto relaxa. Tudo graças a boas sacadas cômicas não forçadas ou engessadas transmitidas em um ritmo bem gostosinho e dinâmico.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer

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    CRÍTICA | Falcão e o Soldado Invernal: S1E5 – Verdade

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    Falcão e o Soldado Invernal está chegando em sua fase final e Verdade foi o quinto e penúltimo episódio. Confira nossa crítica.

    SINOPSE

    John Walker terá que enfrentar as consequências de seus atos, pois matou brutalmente um dos membros dos Apátridas. Seus adversários serão Sam e Bucky, visto que o escudo do Capitão América está em jogo.

    Enquanto isso, o grupo dos Apátridas planeja seu golpe final para reaver o que foi tirado de Karli e os demais.

    ANÁLISE

    Falcão e o Soldado Invernal se pautou muito por simbologias, uma vez que o escudo de Steve Rogers tem uma gigantesca representatividade.

    O quinto episódio trouxe talvez os melhores momentos quanto ao roteiro, visto que o texto foi excelente, com momentos icônicos.

    Isso se deve ao fato das dinâmicas entre os personagens e as histórias se amarrarem de um forma bastante fluida e natural, algo que já estava sendo trabalhado, mas não tão bem quanto aqui.

    O ponto alto, sem sombra de dúvidas, foi quando Sam e Isaiah se reencontraram para o Falcão saber o que de fato aconteceu com o ex-Capitão. O fato de Isaiah ter uma história de vida semelhante a de Rogers, todavia, com um desfecho completamente cruel, foi um duro golpe nos espectadores. Por trás daquele escudo, há uma mancha de sangue que está nas mãos do governo americano, que foi tão nefasto com seus heróis que até hoje penam com ele, Sam e Bucky que o digam.

    Aliás, a relação da dupla melhorou ainda mais, visto que a marra deles foi ultrapassada, gerando uma dinâmica muito mais rica e interessante dos personagens. Queremos muito mais deles no futuro.

    Como destaque também temos John Walker, pois agora ele é movido pelo ódio e dor da perda, já que seu parceiro Lemar Hoskins, o Estrela Negra e seu título foram perdidos. O trabalho de Wyatt Russell está sendo incrível, uma vez que o ator consegue mostrar todo o ódio e frustração de seu antagonista, se tornando um dos mais memoráveis do Universo Cinematográfico Marvel.

    Por fim, mas não menos importante, a entrada de Julia Louis-Dreyfus foi uma grata surpresa, uma vez que a Madame Hydra é de suma importância para que o Agente Americano surja e muito sangue corra. Será que teremos Thunderbolts no futuro?

    VEREDITO

    Verdade foi um episódio marcante em Falcão e o Soldado Invernal, visto que trabalhou muito bem todos os arcos e teve o roteiro mais redondo e dinâmico da série.

    Com uma direção competente e capaz de dar muita naturalidade nas suas cena, além de fatos marcantes, o episódio é um dos melhores do seriado até agora.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Falcão e o Soldado Invernal terá seis episódios e todos eles terão crítica no nosso site e no canal do YouTube. Se inscreva clicando aqui e acompanhe também nossa página especial do serie da Disney+.

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    Condessa Valentina Allegra de Fontaine: Conheça a Madame Hydra

    A Condessa Valentina Allegra de Fontaine (Contessa Valentina Allegra de la Fontaine), mais conhecida como Madame Hydra, foi criada por Jim Steranko e apareceu pela primeira vez em Strange Tales #159 em agosto de 1967.

    A mulher que se tornou conhecida como Condessa Valentina Allegra de Fontaine aprendeu com seus pais os meandros do mundo da espionagem, e mais tarde viria a se tornar uma formidável agente tripla para espionagem internacional e organizações terroristas.

    ORIGEM

    Condessa Valentina Allegra de Fontaine é o nome falso de uma mulher russa cujos pais serviram ao Leviathan, uma rede terrorista secreta com sede na Rússia. Durante a Guerra Fria, o Leviathan dá a sua família as identidades de Fontaine, e eles se mudam para a Itália, se passando por membros de um esforço de resistência local contra a URSS comunista.

    Quando os pais de Valentina são mortos (aparentemente por agentes russos), o Leviathan entra em contato com ela e a oferece um lugar em sua organização.

    Eventualmente Timothy “Dum Dum” Dugan, da recém-formada agência de espionagem S.H.I.E.L.D., se aproxima dela. Tendo ouvido falar das habilidades de seus pais, Dugan oferece a Val um lugar na organização. Aproveitando a oportunidade de espionar em nome de Leviathan, Valentina aceita e é educada na S.H.I.E.L.D. Manhattan Unit Academy ao lado de Clay Quartermain e Sidney Levine

    Quando o Diretor da S.H.I.E.L.D., Nick Fury, visita a Academia para uma demonstração de luta ao lado de Steve Rogers, o Capitão América, Valentina de Fontaine tenta ajudar Fury depois que uma explosão o atordoou. Quando Fury rejeita a ajuda de Val, ela o arremessa com um golpe de Judô, despertando seu interesse. Ela diz a Nick que depois que seus pais morreram, ela achou a vida sem sentido, mas se pudesse continuar no lugar deles, a morte deles não seria em vão, estabelecendo com sucesso sua história de disfarce.

    Apesar de sua dedicação à S.H.I.E.L.D. e posteriormente à Hydra, Valentina é uma agente tripla, leal a uma organização: Leviathan. Ela finalmente ajuda o líder da organização, Vasili Dassaiev, também conhecido como Magadan, a recuperar a habilidade de criar super-humanos e reviver seu irmão, Viktor Uvarov, também conhecido como Orion, que uma vez revivido assume o comando contra seus inimigos da S.H.I.E.L.D. e Hydra.

    PODERES E HABILIDADES

    Valentina por ser uma humana sem super poderes possui habilidades acima da média como: Agilidade, intelecto, liderança, pontaria, furtividade, combate desarmado e mestre das armas.

    EQUIPE

    Com sua habilidade progredindo ao longo do tempo, durante seu período na S.H.I.E.L.D., ela se tornou uma líder na organização e foi nomeada responsável pela equipe Força Femme.

    CURIOSIDADE

    A primeira Madame Hydra das HQs, na verdade, foi a personagem Ophelia Sarkissian, mais conhecida como Víbora. Bem antes de assumir essa identidade, contudo, Ophelia foi adotada, ainda vem jovem, pela Hydra. Na organização, ela conquistou o título de Madame Hydra e passou por experiências e treinamentos pesados. Um tempo depois, ela faz um pacto com o Deus Chthon, que lhe dá habilidades de cobra, momento em que ela passa a usar o nome Víbora.

    OUTRAS MÍDIAS

    Julia Louis-Dreyfus como a Condessa Valentina Allegra de Fontaine.

    CINEMA

    Valentina aparece no filme Nick Fury: Agent of S.H.I.E.L.D. (1998), onde foi interpretada por Lisa Rinna.

    TV

    A Condessa faz uma aparição especial no episódio de The Avengers: Earth’s Mightiest Heroes intitulado “Soldado Invernal” como parte de uma sequência de flashback. Ela é aparentemente morta após ser baleada por Bucky e pega na mesma explosão que cegou Nick Fury de um olho.

    Na última sexta-feira (16), a personagem fez sua estreia no Universo Cinematográfico Marvel ao ser introduzida na série da Marvel Studios para a Disney+Falcão e o Soldado Invernal, sendo interpretada pela atriz Julia Louis-Dreyfus.

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    CRÍTICA – Bela Vingança (2021, Emerald Fennell)

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    Bela Vingança (Promising Young Woman) é dirigido e roteirizado por Emerald Fennell (Killing Eve e The Crow), produzido por Margot Robbie e estrelado por Carey Mulligan.

    O longa está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Direção. Bela Vingança estreou mundialmente no Festival de Sundance em 2020 e chega ao Brasil dia 22 de abril.

    SINOPSE

    Em Bela Vingança, Cassie (Carey Mulligan) é uma mulher com muitos traumas do passado e que frequenta bares todas as noites fingindo estar bêbada. Quando homens mal-intencionados se aproximam dela com a desculpa de que vão ajudá-la, Cassie entra em ação e se vinga dos predadores que tiveram o azar de conhecê-la.

    ANÁLISE

    A diretora Emerald Fennell.

    É fato que os filmes provocam sensações inimagináveis e despertam sentimentos profundos. E quando uma obra faz tamanho barulho em nossas entranhas e pensamentos é hora de parar para analisar o que acabou de ser assistido. Bela Vingança de Emerald Fennell tem esse poder sobre o espectador e por isso, é tão complicado falar sobre esse longa.

    É importante compreender todo o contexto social, histórico e também político ao qual o longa está ligado. O filme é uma visão contemporânea e cínica sobre uma sociedade corrosiva. Dessa forma, Cassie interpretada incrivelmente por Carey Mulligan é um retrato do sentimento de urgência que ronda todas as mulheres.

    Isso porque, Cassie decide deixar o papel de vítima para buscar vingança em um sistema abusivo, injusto e corrupto. No longa, a melhor amiga de Cassie comete suicídio após ser abusada sexualmente na faculdade. A tragédia causa um profundo trauma na protagonista que começa a frequentar bares e festas fingindo estar bêbada até ser abordada por predadores sexuais, para amedrontá-los.

    Contudo, de início a narrativa apresentada pelo filme de Fennell não é nada expositiva. Logo, o filme se inicia com alguns homens em uma boate comentando sobre Cassie – aparentemente alcoolizada – “essas garotas se põem em perigo desse jeito“, “se ela não se cuidar, alguém vai tirar vantagem“, “isso é pedir para levar“.

    Os comentários grotescos exemplificam um tema constantemente abordado no longa, a cultura do estupro. Nesse sistema, a violação sexual é normalizada devido às atitudes sobre gênero e sexualidade. Nesse sentido, quando o filme aborda que a amiga de Cassie denunciou o abuso à faculdade, a justiça e as pessoas ao redor, mas não ganhou nenhum apoio, Emerald Fennell quer que olhemos no âmago da sociedade para entendermos que a cultura do estupro é tanto institucional, como estrutural.

    Dessa forma, é nítido o porquê de Bela Vingança preferir uma montagem confusa, o intuito é tirar variadas reações do espectador à medida que conhecemos as motivações de Cassie. E aqui, uma ressalva a composição visual do longa que apresenta uma paleta de cores ao melhor estilo candy combinado com tons pastéis para passar um “quê” de pragmatismo misturada a um humor ácido.

    Isso porque, o longa não foge às suas dualidades. Cassie age como uma anti-heroína ao desmascarar homens que minutos atrás estavam dispostos a lhe estuprarem, – as reações surpresas e apavoradas geram situações cômicas que deixam aquele gostinho de vingança. Por isso que Bela Vingança é um filme que foge do convencional ao tratar de assuntos sérios com uma narrativa tão afrontosa.

    Além do filme 

    Bela Vingança é fruto do seu tempo. Isso porque, o filme se junta a outros títulos, como A Assistente (2019), para denunciar através do cinema a cultura do estupro e como as mulheres estão desoladas.

    Dessa forma, o filme surge como uma catarse e dá voz a um grito de ódio e desespero. Isso porque, obras como Bela Vingança expurgam o sentimento de incapacitação que assombra as mulheres todos os dias. Logo, a revolta de Cassie se torna um momento de alívio.

    Contudo, não dá para negar que o longa mostra uma perspectiva fantástica a um contexto totalmente real e traumático. Visto que ao corroborar, em certa medida, com a retórica de que “homens ricos e brancos não estão acima da lei”, o filme se torna pretensioso.

    Veja bem, é possível que Emerald Fennell tenha pretendido esse clima “justiceiro” ao final no longa. Já que, por ter dado um final corajoso e extremamente inusitado a sua protagonista, deixaria um gosto agridoce que não seria bem-vindo. Talvez, por isso, seja necessário um final idealista no qual temos advogados arrependidos e homens brancos presos.

    Dessa forma, a dor da violência, da deslegitimação e do esquecimento ganha um sorriso amarelo. A vingança pode ser completa, mas sem floreios. Consequentemente, Bela Vingança atenta para o fato de que “o pleno” século XXI não sumiu com o abuso sexual contra as mulheres, apenas o atualizou para caber na culpa dos homens modernos.

    VEREDITO

    Bela Vingança tem uma narrativa inovadora que conversa com o atual para passar uma mensagem de posicionamento feminino. Dessa forma, o filme consegue ser transformador à medida que Cassie cresce em cena – amém, Carey Mulligan.

    Sem dúvidas o longa de Emerald Fennell é uma experiência que deve ser assistida por todos e discutida sempre que possível.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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    Elijah Bradley: Conheça o segundo Patriota

    O Patriota não é um único herói da Marvel Comics, mas sim 3 heróis de épocas diferentes:

    • Jeffrey Mace é o mais famoso deles; o personagem que foi criado por Ray Gill e George Mandel teve sua primeira aparição em Tocha Humana #4, março de 1941;
    • Elijah Bradley, mais conhecido como “Eli” e atual membro dos Jovens Vingadores, foi criado por Allan Heinberg e Allan Cheung; tendo sua primeira aparição em Jovens Vingadora #1 em abril de 2005;
    • Rayshaun Lucas foi criado por Nick Spencer e Daniel Acuña, teve sua primeira aparição em Capitão América: Sam Wilson #18 em janeiro de 2017.

    Apesar das versões diferentes, nesse artigo vamos conhecer a história do Elijah Bradley, o segundo Patriota.

    ORIGEM

    Elijah Bradley é um jovem rapaz que foi procurado pelo Rapaz de Ferro em sua busca de encontrar jovens super dotados para fazer parte de uma missão em que ele derrotaria o seu alter ego do futuro, o maligno Kang, o Conquistador.

    O Rapaz de Ferro estava procurando pelo filho de Isaiah Bradley, Josiah, porém ele estava desaparecido na época e foi Elijah quem respondeu ao chamado. A Mãe de Eli achava que o mesmo não tinha superpoderes, por ter sido concebido antes de seu pai passar por todos os experimentos.

    Mais tarde, ele ganhou seus poderes artificialmente com o hormônio do crescimento mutante (MGH), uma droga ilegal de rua que causa breves períodos de habilidades sobre-humanas.

    Elijah Bradley queria honrar o legado de seu avô, por isso havia mentido sobre seus poderes e após tanto tempo escondendo a verdade e se tornando viciado, ele saiu da equipe. No entanto ele retornou – de forma “irônica” – após ser gravemente ferido em uma luta, recebeu uma transfusão de sangue de seu avô, logo herdando os poderes de Isaiah, que eram equivalentes aos de um Super Soldado.

    PODERES E HABILIDADES

    Quando fazia o uso da MGH, Elijah recebia agilidade, força, velocidade, resistência e tempo de reação superiores aos de Super Soldados normais como seu avô e o Capitão América, mas a um alto custo físico e mental.

    A droga só funciona por algum tempo e no final, Eli se sentia impotente, fraco e vazio.
    Após a transfusão de sangue ele desenvolveu as habilidades físicas de um verdadeiro Super Soldado, recebendo força sobre-humana, resistência, velocidade, reflexos, agilidade e sentidos.

    Elijah Bradley também possui um grau de resistência a lesões que torna sua pele à prova de balas, bem como um fator de cura.

    Elijah possui um escudo parecido com o do seu avô e com algumas semelhanças do escudo original de Steve Rogers; ele também carrega umas estrelas brancas feitas de metal que são usadas para arremesso com o padrão das estrelas da bandeira americana.

    EQUIPES

    Já fazendo parte dos Jovens Vingadores, Eli começou a ser chamado de Patriota e ajudou o Rapaz de Ferro a recrutar outros jovens como Wiccano e Hulkling.

    Curiosamente, foi em uma festa de casamento – atacada por vilões – que eles recrutaram duas jovens conhecidas: Cassie Lang (Estatura) e Kate Bishop (Gaviã Arqueira). Nessa época, o Patriota era o líder da equipe e sempre houve atrito com Kate, que não aprovava a liderança dele; eventualmente, os dois tiveram uma relação intensa, porém breve.

    Durante a Guerra Civil, Patriota se manteve ao lado de Steve Rogers, tendo inclusive se colocado na frente de uma bala para salvar a vida do Capitão América.

    CURIOSIDADES

    O escritor Allan Heinberg afirmou que o uso de drogas de Elijah Bradley é baseado em sua própria história:

    “Como eu tinha pessoalmente tido uma experiência recente (e lamentável) com esteróides , o uso deles era algo sobre o qual eu queria escrever. Para o bem ou para o mal, a raça de Elijah nunca foi um fator nas decisões de narrativa, e espero que, ao final deste arco, a história de Eli seja inspiradora para todos os nossos leitores.”

    OUTRAS MÍDIAS

    Elijah Richardson interpreta Elijah na série Falcão e o Soldado Invernal.

    GAMES

    O Patriota de Bradley aparece em Marvel Ultimate Alliance 2, dublado por Ogie Banks. Esta versão é apoiadora da campanha Anticristo e aparece como chefe da campanha Pró-Registro.

    CINEMA

    Já o Patriota de Rayshaun Lucas, aparece no filme de animação Marvel Rising: Secret Warriors, dublado por Kamil McFadden. Essa versão é um agente da S.H.I.E.L.D..

    Em Pantera Negra (2018), o diretor Ryan Coogler estava planejando introduzir Elijah Bradley no filme, mas o diretor afirmou que queria mostrar a história e cultura de Wakanda, deixando de lado esse planejamento.

    TV

    Na série Agents of S.H.I.E.L.D., Jason O’Mara interpreta uma versão do primeiro Patriota, Jeffrey Mace; estreando na quarta temporada como um ex-jornalista que é nomeado o rosto público e novo Diretor da S.H.I.E.L.D..

    Recentemente, em Falcão e o Soldado Invernal, Elijah Richardson interpreta Elijah. Esta versão vive com seu avô, Isaiah Bradley e não aparenta ter super poderes.

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