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    CRÍTICA – Cherry (2021, Anthony e Joe Russo)

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    Cherry é a nova produção original da Apple TV+. Protagonizada por Tom Holland, com direção dos irmãos Anthony e Joe Russo e baseada na obra homônima de Nico Walker, Cherry tem estreia prevista para 12 de março na plataforma da Apple.

    SINOPSE

    Inspirado no romance best-seller de mesmo nome, Cherry apresenta Tom Holland no papel principal como um personagem desequilibrado que deixou a faculdade para servir no Iraque como médico do exército e tenta se manter são por seu único amor verdadeiro, Emily (Ciara Bravo). Quando Cherry volta para casa como um herói de guerra, ele luta contra os demônios do Estresse Pós-Traumático não diagnosticado e se torna viciado em drogas.

    ANÁLISE

    O novo filme original da Apple TV+ possui uma já conquistada legião de fãs. Afinal, ele é uma adaptação de um livro best-seller de mesmo nome e traz um ator em alta em Hollywood no seu elenco principal.

    Uma mistura de thriller de ação com boas doses de humor, Cherry conduz o espectador a diversas reviravoltas na vida do personagem principal e sua namorada Emily, interpretada por Ciara Bravo. Os dois são o foco do longa, apesar de alguns personagens coadjuvantes fazerem eventuais pontas na história.

    Após uma briga com sua namorada, o personagem principal e narrador do longa resolve se alistar no exército como forma de curar o coração partido. A escolha se prova completamente equivocada, pois após servir na guerra e adquirir diversos traumas, o jovem não consegue mais ser a mesma pessoa, colocando seu relacionamento em risco.

    O filme é totalmente construído em torno da atuação de Tom Holland que, mais uma vez, se prova um ator versátil e competente. Descolando seu nome como apenas um ator da Marvel, Holland encara um grande desafio em Cherry, adaptando sua atuação às diversas reviravoltas da história.

    Sua veia humorística é outro ponto positivo, pois traz certa leveza nos momentos de tensão, mas também é correto afirmar que Holland se sai muito bem nas cenas mais dramáticas.

    Os Irmãos Russo demonstram ter grande carinho por essa história, pois logo após o livro de Nico Walker ser lançado, a dupla comprou os direitos. No entanto, na hora de adaptar a obra, as escolhas criativas não foram tão acertadas.

    As escolhas de montagem e direção de Cherry soam um tanto exageradas. De narração em primeira pessoa, até cronologia em capítulos e quebra da quarta parede: Cherry possui tudo.

    O roteiro de Angela Russo-Otstot e Jessica Goldberg é inflado de acontecimentos, e diversas vezes vemos cenas que parecem já terem sido apresentadas anteriormente, mas de formas diferentes. A repetição dessas situações é perceptível quando assistimos ao filme por completo, pois algumas partes poderiam ser cortadas sem desfavorecer o andamento da trama.

    Muitas vezes Cherry parece atirar para todos os lados, buscando que tenhamos certa empatia pelo que acontece na vida do jovem. Porém, após determinado ponto, tudo se torna repetitivo e qualquer resquício de apego que pudéssemos ter vai se esvaindo pouco a pouco. Todo o arco dos opioides é longo e arrastado, mas é compreensível, pois justifica as escolhas finais da produção.

    O fechamento é o grande problema de Cherry. Além de ser difícil de acreditar, perde a oportunidade de um aproveitamento muito melhor para a história do personagem, tornando a finalização um grande clichê.

    Ao terminarmos de assistir, ficamos em dúvida sobre qual era de fato o foco da história, pois mesmo com todos os elementos que remetem à críticas ao sistema, a guerra e afins, o final nos mostra um caminho mais simplista.

    Mesmo com esses percalços, não posso deixar de elogiar a ótima condução de Holland pelas mãos de Anthony e Joe Russo. Com tantos pontos a serem adaptados e tantas cenas diferenciadas, é necessário que os diretores tenham uma boa visão do que querem para trazer o melhor resultado possível do ator. É uma parceria que pode render bons frutos a longo prazo.

    VEREDITO

    Mesmo com grande potencial e ótima equipe envolvida, Cherry esbarra em escolhas equivocadas que tornam o resultado muito aquém do esperado.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Assista ao trailer:

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    MUBI: Veja os lançamentos de março para o serviço de streaming

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    Em março a plataforma de filmes MUBI traz inúmeras novidades para seus assinantes. Dentre os destaques, o serviço apresenta especiais dedicados a Wong Kar Wai e Gianfranco Rosi, além da estreia exclusiva do longa Notturno.

    Confira a lista completa de novidades e suas datas de lançamento no streaming!

    O CINEMA DE WONG KAR WAI

     

    Uma das figuras mais importantes do cinema asiático, Wong Kar Wai foi o primeiro diretor chinês a ganhar o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes, em 1997. Neste mês, a MUBI tem o prazer de exibir um especial dedicado a esse incrível autor, com restaurações em 4k exclusivas de Amor à Flor da Pele (In the Mood for Love) e Cinzas do Passado (Ashes of Time).

    O CINEMA DE GIANFRANCO ROSI

    Para acompanhar a estreia de Notturno, a MUBI apresenta este especial dedicado a um dos mais importantes documentaristas europeus da história do cinema. Um narrador hábil e não convencional que retrata a vida dos marginalizados. Aprofunde-se nas obras deste autor italiano por meio de Tanti Futuri PossibiliBoatman (Indicado ao Oscar de Melhor Documentário), Sacro Gra e Below Sea Level (vencedor de dois prêmios no Festival de Cinema de Veneza).

    CLUBE DA LUTA

    Baseado no romance homônimo de Chuck Palahniuk, um autor que tece uma brilhante crítica sobre a masculinidade tóxica e estruturas sociais, Clube da Luta é considerado um dos maiores e mais influentes filmes do cinema mundial. Estrelado por Edward Norton e Brad Pitt, o filme de David Fincher chega pela primeira vez na MUBI.

    MANEIRAS DE ENXERGAR COM BARBARA HAMMER

    Uma das mais emblemáticas cineastas e ativistas norte-americanas, além de uma das pioneiras do cinema lésbico, Barbara Hammer realizou um experimento ao desafiar outras cineastas a fazerem filmes a partir de imagens pré-gravadas e nunca usadas por ela. Nesta sessão dupla, destacamos duas incríveis produções que nasceram deste projeto: A Month of Single Frames e Vever (for Barbara).

    JEAN-CLAUDE BRISSEAU

    Neste mês, a MUBI apresenta uma sessão dupla do célebre autor francês Jean-Claude Brisseau. Confira o espetacular Boda Branca (White Wedding), um dos filmes mais famosos do cineasta e que marca a a estreia nos cinemas da incrível Vanessa Paradis e que lhe rendeu um César de Melhor Atriz Promissora, e Um Jogo Brutal (A Brutal Game), dirigido e roteirizado por Brisseau.

    EXCLUSIVOS MUBI

    Notturno (Gianfranco Rosi, 2020)

    Notturno conquistou público e crítica no Festival de Veneza, foi eleito Melhor Filme Europeu de 2020 e acaba de ser pré-selecionado para concorrer ao Oscar 2021. Filmado ao longo de três anos no Oriente Médio, nas fronteiras entre Iraque, Curdistão, Síria e Líbano, o aclamado documentário de Gianfranco Rosi relata a vida cotidiana por trás da tragédia contínua das guerras civis, ditaduras ferozes, invasões e interferências estrangeiras.

    Hey There! (Reha Erdem, 2021)

    Hey There! é uma comédia absurda e atual, realizada experimentalmente durante a quarentena e quase inteiramente na casa dos próprios atores. É o filme mais recente de Reha Erdem, um dos maiores e mais interessantes nomes do “Novo Cinema Turco”.

    The Legend of the Stardust Brothers (Macoto Tezuka, 1985)

    A MUBI apresenta uma belíssima restauração do musical japonês The Legend of the Stardust Brothers, dirigido por Macoto Tezuka. Fortemente inspirado em Phantom of the Paradise e Rocky Horror Picture Show, está repleto de participações especiais e performances musicais. O filme, que mostra a cultura pop japonesa na década de 80, é adaptado do álbum conceitual “trilha sonora imaginária” do músico Haruo Chikada.

    South (Morgan Quaintance, 2020)

    Considerado uma das jovens figuras mais importantes nos debates político-sociais do Reino Unido, o britânico Morgan Quaintance já teve artigos publicados na revista The Wire e no The Guardian. South é seu quarto curta documental, em que traça paralelos históricos entre dois movimentos de liberdade antirracistas e antiautoritários, um no sul de Chicago e outro no sul de Londres.

    Confira a lista de datas completa:

    1/3 – Citadel (John Smith)

    2/3 – White Wedding (Jean-Claude Brisseau)

    3/3 – Inflatable Sex Doll of the Wastelands (Atsushi Yamatoya)

    4/3 – A Brutal Game (Jean-Claude Brisseau)

    5/3 – Notturno (Gianfranco Rosi)

    5/3 – Tanti Futuri Possibili (Gianfranco Rosi)

    5/3 – Boatman (Gianfranco Rosi)

    6/3 – Ela Volta na Quinta (André Novais Oliveira)

    7/3 – Clube da Luta (David Fincher)

    8/3 – A Month of Single Frames (Lynne Sachs)

    8/3 – Vever (for Barbara) (Deborah Stratman)

    9/3 – Echo of the Mountain (Nicolás Echevarría)

    10/3 – Blue Film Woman (Kan Mukai)

    11/3 – Avanti Popolo (Michael Wahrmann)

    12/3 – Songs My Brothers Taught Me (Chloé Zhao)

    13/3 – Hey There! (Reha Erdem)

    14/3 – Sacro GRA (Gianfranco Rosi)

    15/3 – A Colony (Geneviève Dulude-De Celles)

    16/3 – Women Hell Song: Shakuhachi Benten (Mamoru Watanabe)

    17/3 – Heights (Gabriel Nuncio)

    18/3 – The Legend of the Stardust Brothers (Macoto Tezuka)

    19/3 – In the Mood for Love (Wong Kar Wai)

    20/3 – Tigerland (Joel Schumacher)

    21/3 – Below Sea Level (Gianfranco Rosi)

    22/3 – The Girl (Márta Mészáros)

    23/3 – Oleg (Juris Kursietis)

    24/3 – Gushing Prayer (Masao Adachi)

    25/3 – South (Morgan Quaintance)

    26/3 – Ashes of Time (Wong Kar Wai)

    27/3 – The Fountain (Darren Aronofsky)

    28/3 – Max Richter’s Sleep (Natalie Johns)

    28/3 – A Modern Coed (Éric Rohmer)

    29/3 – Binding Sentiments (Márta Mészáros)

    30/3 – Abnormal Family (Masayuki Suo)

    31/3 – Low Life (Nicolas Klotz, Élisabeth Perceval)

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    CRÍTICA – Judas e o Messias Negro (2021, Shaka King)

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    Judas e o Messias Negro é um filme dirigido por Shaka King e estrelado por Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield, ambos de Corra!.

    SINOPSE

    William O’Neal (Lakeith Stanfield) é um ladrão de carros que tenta um roubo malsucedido. Ao ser pego pela polícia, ele agora tem a missão de se infiltrar nos Panteras Negras e derrubar seu líder, Fred Hampton (Daniel Kaluuya). Entretanto, a mensagem de Hampton é poderosa e ecoa até hoje, será que Will se manterá firme em seu objetivo?

    ANÁLISE

    Judas e o Messias Negro é um filme pesado, pois sua mensagem apresenta uma escalada de violência sufocante nos ano 60 dos Estados Unidos, época sombria na qual a segregação era muito forte.

    O formato é muito próximo de Infiltrado na Klan, dirigido por Spike Lee, pois mostra um homem que entra num grupo de destaque e vai ficando imerso naquele local. Aos poucos William vai abraçando a causa dos Panteras, se tornando parte daquele contexto.

    O roteiro é cruel, uma vez que promove uma realidade dura de racismo escancarado e brutalidade policial. A questão da polícia é tão forte que não só os movimentos negros são prejudicados, pois até mesmo supremacistas brancos se sentem atacados pela corporação e pelo Estado, se juntado de forma até incrível às minorias.

    A direção é competente e consegue impactar, principalmente nas cenas de violência, nos deixando aflitos em diversos momentos. As atuações são incríveis, pois tanto Lakeith Satnfield, Daniel Kaluuya e Jesse Plemons demonstram uma excelência em seus papéis.

    Judas e o Messias Negro (2)

    O personagem de Lakeith é emocionalmente perturbado, uma vez que tem sonho de grandeza e nunca teve nenhum interesse anteriormente sobre a causa. O fato dele ir evoluindo seu poder e influência auxilia na construção dele.

    Kaluuya já atua mais como líder carismático e com muita força política. Suas falas incitam os membros dos Panteras Negras e ele tem um domínio em suas palavras para trazer movimentos improváveis para seu lado, por exemplo. Já Plemons é frio e calculista, pois tem o único objetivo de derrubar o movimento.

    CONTEXTO POLÍTICO DE JUDAS E O MESSIAS NEGRO

    Sobre o trabalho de Shaka King, diretor e roteirista, ele nos apresenta uma faceta inédita dos Panteras Negras. A abordagem é forte, pois o cineasta quer dizer ao público que por mais que a causa seja nobre, os Panteras tinham seus ideias combativos exacerbados. A polícia tem papel fundamental nesta guerra, uma vez que era abertamente contra as minorias.

    A influência da força policial é mostrada de forma veemente, colocando-os como matadores de aluguel do governo estadunidense. A carta branca veio assinada por John Edgar Hoover, interpretado por Martin Sheen de forma intensa, com uma maquiagem impressionante.

    A segregação e a escalada dos movimentos de extrema-esquerda eram vistos como fatores determinantes contra a reputação do “American Way“, ou seja, o medo dos brancos de classe média alta fez com que as minorias fossem taxadas de terroristas, algo muito bem explanado por King.

    VEREDITO

    Judas e o Messias Negro é um filme poderoso e que traz um dos maiores movimentos políticos da história mundial de forma nua e crua. Com excelentes atuações, bom roteiro e direção, o longa pode pintar como uma surpresa agradável nas premiações, uma vez que tem valores sensacionais em suas duas horas de duração.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista também nosso Dossiê Feededigno sobre Lakeith Satnfield:

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    TBT #113 | Van Helsing – O Caçador de Monstros (2004, Stephen Sommers)

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    O fim dos anos 90 e início dos anos 2000 nos rendeu alguns dos filmes mais divertidos da virada do século XX para XXI. Enquanto a Universal Pictures tentava reviver aos poucos seu Monsterverse com A Múmia (1999), Van Helsing, o filme com Hugh Jackman acaba funcionando como uma amálgama que reúne os mais diversos personagens que fazem parte desse universo.

    SINOPSE

    O famoso monstro e assassino Gabriel Van Helsing é mandado para a Transilvânia para ajudar o último da linhagem dos Valerious em derrotar o Conde Drácula (Richard Roxburgh). Anna Valerious (Kate Beckinsale) conta que Drácula formou uma aliança profana com o monstro do Dr. Frankenstein e está impondo uma maldição sobre sua família. Anna e Van Helsing estão determinados a destruir seu inimigo em comum, mas descobrem alguns segredos perturbadores ao longo do caminho.

    ANÁLISE

    Ambientado no fim do século XIX, Gabriel Van Helsing atua como o caçador de criaturas nos mais diversos cantos do mundo, sendo guiado pelos Cavaleiros da Ordem Sagrada. Após ser incumbido de capturar Dr. Jekyll, ele falha ao se deparar com o Sr. Hyde, matando o Médico e o Monstro no processo.

    Como uma tentativa de dar prosseguimento ao já famoso monsterverse do estúdio, o filme se destaca não só pelo seu elenco, mas também por fugir do clássico mote da “donzela em perigo”, nos apresentando como uma personagem de extrema importância para a história, fugindo por vezes dos arquétipos fortemente estabelecidos no monsterverse, como a Eve (Rachel Weisz) de A Múmia.

    O cuidado de Sommers ao adaptar as criaturas mostradas na tela, ainda que tenham pouco tempo de tela, são feitas de forma respeitosa. E enquanto monstra lobisomens, vampiros, o Médico e o Monstro, Frankenstein, ele lança na história o único capaz de impedir que qualquer dessas criaturas obtenha êxito: Van Helsing, um caçador de bestas que vai até a última das consequências para impedir uma ameaça mais forte, até mesmo se transformar em um monstro.

    VEREDITO

    O filme dirigido por Stephen Sommers conta com Hugh Jackman, Kate Beckinsale e David Wenham, e apesar de ser um dos filmes mais galhofas, divertidos do monsterverse, ele desponta como um belo divertimento, se ele passou fora do seu radar.

    Vale ressaltar que o longa, conta com uma das transformações em lobisomem mais bacanas do cinema, desde Um Lobisomem Americano em Londres.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #71 | Um Lobisomem Americano em Londres (1981, John Landis)

    Nossa nota

    3,0 / 5,0 

    Assista ao trailer:

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    Globo de Ouro: 7 filmes para ficar de olho durante a premiação de 2021

    No próximo domingo (28), Hollywood conhecerá os ganhadores do Globo de Ouro 2021. Em um ano tão atípico, no qual a pandemia obrigou a reorganização de lançamentos, muitos filmes passaram despercebidos pelos entusiastas do cinema.

    Além disso, o Globo de Ouro abrange uma extensa gama de produções com suas 14 categorias para o cinema. Sendo as categorias principais um grande parâmetro para o Oscar, a maior premiação cinematográfica. Dessa forma, alguns filmes podem passar batidos pela temporada de premiações, enquanto outros com maiores indicações têm a chance de arrecadar várias estatuetas.

    Por isso, separamos uma lista com sete filmes do Globo de Ouro 2021 que valem a pena ficar de olho. Seja por estarem super cotados ou pela pequena, mas importante, aparição na premiação:

    NOMADLAND (2020)

    Após o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, nos Estados Unidos, Fern (Frances McDormand), uma mulher de 60 anos, entra em sua van e parte para a estrada. Ela passa a viver uma vida fora da sociedade convencional como uma nômade moderna.

    Nomaland da diretora Chloé Zhao é um dos filmes mais cotados a vencedor de Melhor Filme no Globo de Ouro e também, um forte concorrente ao Oscar. Isso porque, retrata com maestria os problemas econômicos e sociais da sociedade norte americana frente a crise do desemprego. Além disso, carrega uma incrível atuação de Frances McDormand que sem dúvida não passará em branco.

    No Globo de Ouro, Nomadland concorre a Melhor Filme de Drama, Melhor Atriz em Filme de Drama, Melhor Direção e Melhor Roteiro.

    O SOM DO SILÊNCIO (2020)

    Ruben (Riz Ahmed) é um jovem baterista que teme por seu futuro quando percebe que está gradualmente ficando surdo. Duas paixões estão em jogo: a música e sua namorada (Olivia Cooke) que é integrante da mesma banda de heavy metal que o rapaz. Essa mudança drástica acarreta em muita tensão e angústia em sua vida.

    Em O Som do Silêncio (Sound of Metal) de Darius Marder, a experiência é tudo. O diretor quer que o espectador sofra com o personagem colocando em sonorização todas as fases por qual a audição de Ruben passa. Dessa forma, as atuações intensas de Ahmed e Cooke elevam o filme ao máximo. É um filme que traça a imagética do real e sem dúvida deve agradar alguns críticos.

    O longa original da Amazon Prime Vídeo concorre a Melhor Ator em Filme de Drama.

    BELA VINGANÇA (2021)

    Cassie (Carey Mulligan) é uma mulher com muitos traumas do passado que frequenta bares todas as noites e finge estar bêbada. Quando homens mal intencionados se aproximam dela com a desculpa de que vão ajudá-la, Cassie entra em ação e se vinga dos predadores que tentam abusá-la.

    Bela Vingança (Promising Young Woman) é o filme com menos cara de premiação. Dirigido por Emerald Fennell, o longa é uma mistura de drama, suspense e comédia que vai ao cerne do debate sobre a cultura do estupro. Consequentemente, o filme assume um tom mais violento para escancarar uma sociedade machista. O roteiro e a atuação de Mulligan são o abre alas para as premiações.

    Bela Vingança concorre a Melhor Filme de Drama, Melhor Atriz em Filme de Drama, Melhor Direção e Melhor Roteiro.

    UMA NOITE EM MIAMI (2021)

    Uma Noite em Miami (One Night in Miami)é o relato fictício de uma noite incrível onde os ícones Muhammad Ali (Eli Goree), Malcolm X (Kingsley Ben-Adir), Sam Cooke (Leslie Odom Jr.) e Jim Brown (Aldis Hodge) se reúnem e discutem seus papéis na luta pelos direitos civis e na revolução cultural dos anos 1960.

    Regina King foi a diretora responsável por esse longa que retrata com tamanha intimidade as angústias, alegrias e frustrações desse incrível quarteto. Uma Noite em Miami é exato ao apresentar personagens da história negra de uma maneira real e extremamente humana apresentando discussões que ainda são relevantes. Dessa forma, o filme se caracteriza por sua força e chama atenção por sua direção.

    Uma Noite em Miami concorre a Melhor Ator Coadjuvante em Filme, Melhor Direção e Melhor Canção em Filme.

    MINARI (2020)

    David (Alan S. Kim), um menino coreano-americano de sete anos de idade, que se depara com um novo ambiente e um modo de vida diferente quando seu pai, Jacob (Steven Yeun), muda sua família da costa oeste para a zona rural do Arkansas. Entediado com a nova rotina, David só começa a se adaptar com a chegada de sua avó. Enquanto isso, Jacob, decidido a criar uma fazenda em solo inexplorado.

    Minari de Lee Isaac Chung têm tudo para ver um dos “queridinhos” da temporada. Isso porque, o filme discute uma América dos imigrantes, mas especificamente, o povo coreano. Logo, Minari discute temas como criar raízes ao mesmo tempo que lança um olhar as barreiras culturais. Dessa forma, o longa aposta na dramaticidade sem nunca chegar aos extremos sendo um forte concorrente em qualquer categoria que concorrer.

    Minari concorre a Melhor Filme de Língua Estrangeira.

    ANOTHER ROUND (2021)

    Martin (Mads Mikkelsen) é um professor com problemas em sua vida. Logo, ele se funda a outros três amigos para testar de que ao manter um nível constante de álcool em suas correntes sanguíneas, suas vidas irão melhorar. No início, os resultados são animadores, porém, no decorrer da experiência, eles percebem que nem tudo é tão simples assim.

    Another Round (Druk) de Thomas Vinterberg é um filme dinamarquês que vem com força na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O filme aborda temas como alcoolismo de uma maneira não convencional buscando ser crítico, mas também provocativo. Dessa forma, sendo um filme na medida certa.

    Another Round concorre a Melhor Filme de Língua Estrangeira.

    PALM SPRINGS (2020)

    Nyles (Andy Samberg) é um homem entediado em um casamento em que ninguém praticamente o conhece, então ele encontra Sarah (Cristin Millioti), a dama de honra e irmã da noiva, que também se sentem desconfortável no evento. Após se envolverem, Sarah descobre que Nyles está vivendo o mesmo dia repetidamente.

    Uma grande surpresa de 2020, Palm Springs de Max Barbakow é divertido, irreverente e até romântico. As atuações de Samberg e Milioti contribuem para um longa sutil, mas capaz de ser profundo e sério. Por ser uma comédia romântica, o longa pode não estar em todas as premiações, porém, é essencial para uma temporada mais harmoniosa.

    Palms Springs concorre a Melhor Filme de Comédia ou Musical e Melhor Ator de Comédia ou Musical.

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    Agente Americano: Conheça o Capitão América maligno

    Agente Americano é um dos personagens controversos de todo o universo Marvel. Ele fará parte da série Falcão e o Soldado Invernal, que será exibida na Disney+ e será interpretado por Wyatt Russell (Anjos da Lei 2, Operação Overlord). Confira agora tudo sobre o anti-herói/vilão.

    ORIGEM

    Criado por Mark Gruenwald e Paul Neary em 1986, John Walker ou Agente Americano, foi um soldado que comprou seus poderes de um cientista louco denominado Dr. Karl Malus.

    Sua primeira identidade secreta foi o Super-Patriota, um vilão que tinha como lema proteger os ideais americanos, uma vez que não acreditava nos valores de Steve Rogers. Ele apareceu pela primeira vez na HQ Captain America #323.

    PODERES

    O Agente Americano tem os mesmos poderes do Capitão América, podendo ser até mais forte, pois consegue carregar 10 toneladas. 

    Assim como o Sentinela da Liberdade, Walker possui um escudo de vibranium e o utiliza tão bem como sua contraparte, por exemplo.

    AGENTE AMERICANO VS CAPITÃO AMÉRICA

    Steve Rogers foi uma pedra no sapato de Walker, visto que os dois se enfrentaram algumas vezes quando o Agente Americano ainda usava o traje de Super Patriota.

    Contudo, ele acabou virando a casaca e se tornando um herói, chegando até a vestir o manto do Capitão América, todavia, quando Rogers retomou o título, Walker foi obrigado a mudar seu nome para Agente Americano, estilizando o traje do Sentinela da Liberdade.

    Conhecido por seu estilo mais violento, o anti-herói possui uma reputação meio mista por parte dos Vingadores, pois muitos não gostam de seus métodos.

    Recentemente o Agente Americano enfrentou Sam Wilson, o novo Capitão América dos quadrinhos, em uma missão liderada pelo Capitão América da HIDRA no Oriente Médio. Comandado pela HIDRA  e pelo governo, Walker tentou derrotar Sam, mas foi derrotado e desde então não apareceu mais em nenhuma história da Marvel nos quadrinhos.

    FILIAÇÕES

    O Agente Americano fez parte dos Vingadores da Costa Leste, fundada pelo sintozoide Visão.

    Além deste grupo de heróis, ele fez parte também da Força-Tarefa, formado por ninguém mais, ninguém menos que Tony Stark, o Homem de Ferro, por exemplo, ficando ao lado do super-herói na Guerra Civil.

    O Agente Americano também fez parte também da Comissão de Atividades de Super-Heróis.

    AGENTE AMERICANO EM OUTRAS MÍDIAS

    Agente Americano

    Por ser muito popular, visto que os fãs de quadrinhos tem apreço por ele, John Walker já teve a oportunidade de aparecer em diversos jogos de videogame. Algumas vezes ele foi uma skin alternativa do Capitão América, em outras veio como personagem independente. 

    Ele apareceu até o momento nos jogos Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, Marvel Heroes, Marvel Ultimate Alliance e Super Hero Squad.

    O Agente Americano será um dos personagens recorrentes da série Falcão e o Soldado Invernal, visto que não temos um substituto claro do Sentinela da Liberdade. Será que teremos mais aparições do personagens no Universo Cinematográfico Marvel? Uma vez que as séries se conectam com os filmes. Só o tempo e popularidade dirá… Por enquanto, tudo é expectativa.

    Confira o trailer de Falcão e o Soldado Invernal:

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