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    CRÍTICA: ‘A Criatura de Gyeongseong’ é um terror de época cheio de reviravoltas 

    O novo K Drama produzido para o serviço de streaming Netflix encerrou recentemente, completando a leva de episódios que iniciou-se em 22 de dezembro de 2023. Fechando assim, o ano do serviço e iniciando o próximo com novidades. A Criatura de Gyeongseong teve seus últimos episódios disponibilizados no ultimo dia 5 de janeiro de 2024 totalizando dez episódios, roteirizada por Kang Eun-kyung (Dr. Romantic), dirigida por Jung Dong-yoon (Hot Stove League) e já confirmado pelo serviço de streaming que haverá uma segunda temporada. 

    O elenco é formado por Park Seo-joon, Han Soo-hee e Soo Hyun nos papéis principais tendo em seu elenco de apoio Kim Hae-seok, Wi Ha-joon, Park Ji-hwan e Choi Young-joon

    SINOPSE

    Em A Criatura de Gyeongseong, dois jovens batalham contra uma criatura alimentada pela ganância humana em um dos piores períodos da história da Coréia. No drama coreano, a cidade de Gyeongseong – antigo nome de Seoul – se recupera dos fantasmas da Segunda Guerra Mundial e sofre os horrores da invasão japonesa em 1945. 

    Diante desse cenário apavorante, Jang Tae-sang (Park Seo-jun), um rico informante das forças nacionais, e Yoon Chae-ok (Han So-hee), uma especialista em encontrar pessoas desaparecidas, se unem para combater um estranho monstro que se desenvolve a partir da ganância e do egoísmo.

    ANÁLISE

    A Criatura de Gyeongseong

    Esse K Drama me surpreendeu positivamente em alguns aspectos, principalmente quando pensamos em sua construção narrativa, a perspectiva utilizada para a proposta desta primeira temporada que tem uma quantidade boa de episódios e deixando a positiva curiosidade de querer saber o que vem a seguir dado o seu desfecho. 

    A série utiliza de uma forma excelente o recorte histórico para a construção de uma trama política como o período sugere, assim como uma série de época, englobando sobre esse mesmo guarda-chuva narrativo um drama, romance além de um excelente toque de terror. 

    Nisto a atuação do elenco consegue de forma satisfatória entregar o que é necessário para que a história prenda a sua curiosidade com um roteiro que proporciona profundidade para todos os personagens em suas jornadas individuais que são emocionantes por sua relação com o sofrimento que passaram. 

    Em um contexto mais amplo a temporada se pauta muito na importância da resistência perante a opressão sendo esta obviamente simbolizada pelo grupo de rebeldes, além da criatura misteriosa gerada a partir do sofrimento causado pelos invasores japoneses. Existem criaturas monstruosas na série mesmo que muitas delas tenham a aparência mais humana e os seus atos são contados nas entrelinhas das histórias de personagens como da senhora Nawol (Kim Hae-seok), no passado de Tae Sang e Chae-ok e seu pai que estão em busca da mãe/esposa perdida. 

    Ainda nesta excelente combinação de elementos existe o espaço para uma reflexão sobre afeto entre o casal protagonista, suavizando significativamente o tom da história em alguns momentos e se torna algo muito interessante a se abordar na vindoura segunda temporada. 

    A utilização de uma perspectiva mais voltada para a ciência no que se trata dos experimentos que deram origem a sequência de acontecimentos que formaram a criatura é interessante e neste aspecto é importante ressaltar um ótimo trabalho da equipe de efeitos para tornar a monstruosidade uma ameaça crível. Assim como os efeitos práticos utilizados para outros elementos de cena, reforçando no aspecto visual o lado terror de sua proposta. 

    Ainda em aspectos técnicos a série tem excelentes cenas de ação bem inseridas ao longo dos dez episódios que tem um tempo de duração longo, como é esperado de uma produção asiática e isso torna a série uma experiência mais dinâmica e não tão sobrecarregada de diálogos. 

    VEREDITO

    A Criatura de Gyeonseong é excelente por ter uma boa diversidade de camadas narrativas, atuações e efeitos que são muito boas e com reviravoltas que surpreendem do começo ao fim de sua história. 

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    REVIEW | O ‘Funlab Firefly Pro’ nos leva por jornadas incríveis e apaixonantes

    2023 foi um ano intenso para o Feededigno. Não apenas por todo o trabalho feito ao longo do ano, mas pelas parcerias fechadas ao longo do ano. A Funlab foi uma das mais interessantes, pois nos proporcionou o brilhantismo de ter em mãos o Firefly Pro Controller na versão Kakariko e o Funlab Luminous Wireless Joy-pad, na versão Zonai Black. Neste post, abordaremos o Firefly Pro, que já adianto, é incrível em tudo que se propõe.

    Não apenas por seu lindo visual, mas também por como ele se comporta o Firefly Pro dá um banho em seus concorrentes e brilha – literalmente e figurativamente. Após um longo período de teste, me sinto pronto para dar meu parecer de como o game me faz sentir imerso na jogatina, mas peca em pequenos aspectos.

    ANÁLISE

    Firefly

    A Funlab foi um dos mais divertidos parceiros do Feededigno em 2023. Não apenas por nos fornecer alguns dos momentos de gameplay mais divertidos desse ano. Pois graças ao Firefly, me aventurei por Hyrule, pelo Reino Flor, corri pela Rainbow Road e fui além. O controle com a bateria de 950mAh me forneceu mais horas de gameplay do que pude contar, e foi além. O visual único que só a Funlab nos apresenta, faz com que a experiência seja imersiva quando enfrentamos as forças de Ganondorf e os males de qualquer outro game.

    Como um controle Pro, o seu peso e sua variedade de gameplays nos permitem jogar fps como Doom, jogos de corrida como Mario Kart 8 Deluxe, e até mesmo games de mundo aberto. Uma coisa similar em todas essas jogatinas – mesmo sendo elas tão diversas -, vem do fato do controle se comportar bem em nossas mãos durante todo o tempo e os diferentes modos de gameplay.

    Um dos mais belos aspectos do controle, sem dúvida é como ele se comporta quando iluminado. O Firefly Pro se distancia de seus competidores não apenas por seu belíssimo visual.

    Assim como mostrado no nosso vídeo de unboxing, me diverti jogando de maneiras diferentes. A imersão propiciada por como o controle nos faz sentir, dando um ótimo retorno háptico. O controle bluetooth, além de sua beleza, nos garante cerca de 12 horas de gameplay se jogarmos com os leds do controle ligados. E cerca de 15-17 horas com elas desligadas, tudo isso, graças a bateria interna de 950mAh.

    Sendo compatível com Nintendo Switch, PC, iOS e Android, o controle é versátil não apenas por suas diversas e possíveis conexões, mas por suas funções. Além de todos os elementos anteriormente citados, o FireFly Pro possui um modo Turbo, 2 d-pads intercambiáveis, gatilhos que garantem uma baixíssima resposta, tecnologia NFC, 4 tipos diferentes de iluminação e botões macro programáveis.

    Ao longo do tempo de teste, o controle se comportou imensamente bem, ao longo de diversos testes de estresse, o hall effect do controle de fato faz com que seus analógicos possuam quase nenhum ou nenhum drift. O controle se sai muito melhor no gamepadtester do que os controles testados anteriormente por mim, os T4 Cyclone e o T4 Cyclone Pro, que em seus testes apresentaram um erro médio de 0,7 e 0,8% nos analógicos esquerdo e direito. Neste, o Firefly apresentou cerca 0,1% nos dois analógicos.

    Outro ponto que merece destaque neste review, é o grip do controle. Isso mesmo, a pegada dele. Sendo texturizada, ela conta com detalhes e entalhes que garantem uma maior segurança e maior conforto em nossas mãos. Permitindo não apenas que ela permaneça em nossas mãos por períodos de tempo mais longos, como também, garantem uma maior segurança, fazendo com que o controle não escorregue das nossas mãos.

    VEREDITO

    O Firefly Pro performa bem em tudo que se propõe e rapidamente se tornou um dos melhores controles de 2023. Não apenas por como ele se comporta, mas também por como ele se comporta diante os desafios em que os lançamos. Quando imerso em testes de maior estresse, seja em jogos rítmicos, ou em sequências de ação em games de maior dificuldade, como o novo Prince of Persia (que já estamos testando), o controle brilha. Ao longo do período de teste, o Funlab se mostrou como o parceiro perfeito para toda e qualquer aventura, seja ela no PC, Android, iOS ou Nintendo Switch.

    Testemunhar o avançado de Link na história, enquanto salva Hyrule mais uma vez das forças de Ganondorf dão um tom único. Se colocarmos nele o tom de verde do braço de Link, o controle fica mais bonito ainda.

    Não apenas como uma divertida ferramenta de diversão e para avançar em inúmeras histórias, o Firefly Pro é lindo e a melhor pedida caso você queira mergulhar em qualquer história com um controle Pro confiável em suas mãos.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

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    CRÍTICA – Avatar: Frontiers of Pandora (2023, Ubisoft)

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    Avatar tem um mundo rico demais, ver esse mundo chegar aos videogames é impressionante demais, com uma proposta nova geração então, temos gráficos lindos e uma ambientação fantástica. Aos fãs da franquia, vocês estarão bem servidos e mesmo quem não é fã, pode conhecer mais por aqui e quem sabe, visitar os filmes depois, já que os filmes duram algumas horas, aqui temos vários dias de jogatina e um mundo todinho para você ser um Na’Vi.

    Avatar: Frontiers of Pandora foi desenvolvido pela Ubisoft Massive, lançado em 2023 no dia 7 de dezembro, disponível para PC, Xbox X/S e PS5.

    O jogo também agradará fãs de far cry e similares, já que tem uma formula bem parecida, me lembrando um pouco da proposta do primal com uma ideia diferente, mas com uma excussão melhorada, já que agora temos novas tecnologias.

    SINOPSE

    Sequestrado pela corporação militarista humana conhecida como RDA, você, um Na’vi, foi treinado e moldado para servir ao seu propósito. Quinze anos depois, enfim está livre, mas se sente um estranho em seu local de nascimento. Reconecte-se com sua herança perdida, descubra o que realmente significa ser Na’vi e junte-se a outros clãs para proteger Pandora da RDA.

    ANÁLISE

    Avatar: Frontiers of Pandora

    Um bom e velho FPS de história para te tirar um pouco dos dias mais complicados? Avatar: Frontiers of Pandora pode assumir este papel. O divertido aqui, é sua história principal e a exploração mais focada em “colecionáveis uteis”. Chamo dessa forma aqueles itens que quando coletamos nos dão algum atributo, não apenas um troféu ou algum contador a mais no bestiário.

    Um dos pontos mais divertidos do game é explorar Pandora. Ainda mais voando por ela e encontrando alguns itens, como uma flor especifica. No game, temos habilidades para melhorar nosso personagem o que é bem divertido. Por controlarmos um Na’Vi, temos uma diferença legal na jogabilidade estilo Far Cry. Que mesmo sendo parecida, já que teremos habilidades a melhorar – isso torta tudo mais divertido.

    E claro, devo pontuar que sim, temos aquele personagem clássico protagonista que já vai se destacar naturalmente, então sim, você será o famoso herói das histórias de ação, ao menos é assim que eu me sinto jogando.

    Avatar: Frontiers of Pandora

    Falando um pouco da história do nosso protagonista, não temos uma conexão direta com os filmes, a ideia é criar algo para os jogadores que iniciarão nesse mundo também, então não se preocupa se ainda não viu os filmes. Nossa personagem foi retirada de seu clã ainda quando criança e criada para ser um soldado dos humanos, porém, a ideia é fugir e irmos em busca da liberdade de fato, não só fugir pra sempre. Mas sim lutar por Pandora, e descobrir quem somos, e como é o nosso verdadeiro lar fora das instalações do exército humano.

    No começo, explorar é bem mais magico. É normal você se acostumar com o tempo que passa naquele mundo. Porém, é legal ver além da beleza dos gráficos. Ver que o planejamento e a coleta de itens como criaturas e plantas, servirão de craft, ou de armadilha, para te ajudar chegar a algum lugar.

    O que o game peca, é em não ter um fator replay consistente. Pois os elementos que são novidades serão de fato uma novidade apenas na primeira run. E na segunda, talvez você já queira partir para outra aventura, sabe?

    Avatar: Frontiers of Pandora

    Então sinto que é um bom jogo para se jogar, passar um tempo legal e aproveitar uma folga de trabalho, mas também deve-se levar esse ponto de rejogar em consideração. Uma boa promoção do game pode fazer toda a diferença, por isso, indico que deixe já na sua wishlist para não perder algum alerta de um preço atrativo.

    Falando sobre seu desempenho, já que estamos falando de um jogo AAA dos mais recentes, é um jogo bem pesado caso você queira exigir requisitos altos como jogar em 4k e gráficos no ultra, mas para o pessoal que vai jogar em qualidades de entrada ou moderadas, poderão alcançar isso com pcs que não sejam o mais topo de linha possível, abaixo estará os pré requisitos do jogo:

    O meu computador que não é topo de linha, mas não é nada modesto (Ryzen 7 5800x, GEForce RTX4070, 4x8gb 3200) eu rodei com o jogo no Alto, QuadHD e com monitor ultrawide que adiciona um campo de visão maior, consegui jogar entre os 60-70 FPS e para mim é suficiente. Em configurações mais baixas, esse computador alcançaria melhores fps, mas eu prefiro jogar com qualidade mais bonita e isso vai de cada usuário. Também indico a utilização do DLSS da Nvidia para alcançar mais FPS e com bastante qualidade, como o recurso de IA vem apresentando diversas melhorias a cada atualização do mesmo. O jogo também está disponível consoles da atual geração do Xbox e do PlayStation, caso você seja time console!

    Devo pontuar que também não tive problemas com bugs e crashs significativo até o momento, nada que pudesse atrapalhar minha gameplay, isso me deixou bem surpresa vindo de um AAA atual, por isso dediquei uma parte do texto ao seu desempenho.

    Por fim, o jogo roda bem, é um belo achado para quem gosta desse estilo fps com história, não inova tanto assim o estilo da Ubisoft, já que a aposta aqui deve ser não mexer muito no que está dando certo, mas vale com certeza aquele final de semana só pra jogar video-game!

    VEREDITO

    Viajar por Pandora, seja voando nas costas de um Banshee das Montanhas, ou montado em um Direhorse pelos campos, é brilhante. Ver o mundo do game simplesmente acontecer diante dos nossos olhos nos faz sentir imersos naquela história como quando mergulhamos no mundo criado por James Cameron pela primeira vez em 2009. Enquanto alguns elementos nos tiram dessa imersão como os elementos já vistos em Far Cry, a história do game cativa e faz um contraponto, mostrando que há uma razão importante desse game existir.

    Frontiers of Pandora nos lança por um mundo curioso, desafiador e maravilhoso.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA | Sisu – Uma história de determinação (2023, Jalmari Helander)

    O serviço de streaming HBO Max encerrou o ano de 2023 com Sisu, um filme de ação que percorreu um longo caminho desde os seus trailers repletos de violência e impacto para finalmente chegar em terras nacionais. A produção é feita pelo Stage 6, distribuída pela Lionsgate, tendo em sua direção Jalmari Helander que também é responsável pelo roteiro, sendo estrelado por Jorma Tommila, Aksel Hennie, Jack Doolan, Mimosa Willamo, Onni Tomila Arttu Kapulainen, Tatu Sinisalo, Vincent Willestrand e Miia Heikkinen.

    Além do serviço citado o filme está disponível na Prime Vídeo em assinatura compartilhada com a própria HBO Max e para aluguel nos serviços de streaming Apple TV, Google Play Filmes, TV e Youtube. O lançamento original do filme ocorreu em 27 de janeiro de 2023 na Finlândia, seu país de origem, chegando no Brasil apenas no final do mesmo ano diretamente para os serviços de streaming.

    SINOPSE

    Sisu se passa em 1944 durante a segunda guerra mundial onde Aatami Korpi, um minerador solitário tem a sorte de encontrar uma grande quantidade de ouro, mas durante seu retorno a cidade ele é parado por um grupo de nazistas, que tentam roubar o seu ouro e mata-lo. Porém o que não se imaginava é que o minerador foi um ex-militar altamente treinado que não desiste de lutar pelo que conquistou e mostrando seu lado mais violento e brutal entra em confronto com os nazistas.

    ANÁLISE

    Sisu

    Sisu é um filme de ação que prova como as produções modestas conseguem entregar resultados artísticos de grande qualidade, com bastante violência em uma estrutura narrativa que em alguns aspectos lembram filmes como O Homem nas Trevas ou a franquia John Wick. Umas das coisas que mais saltam aos olhos quando se assiste Sisu são as cenas de ação violentas, impactantes, bem coreografadas e criativas sendo um verdadeiro banho de sangue e vísceras que encherá os olhos de brilho dos fãs deste tipo de filme de ação.

    A direção é boa e se aproveita muito bem dos efeitos práticos para a construção de cena, algo que sempre agrada quando bem realizado e traz o impacto necessário para a ação do filme. As tomadas em aberto para a ambientação é outro destaque interessante, dando um clima de um faroeste com um toque finlandês para a jornada do protagonista.

    Ainda sobre a direção buscar um aspecto realista para o que acontece no filme é um ponto extremamente positivo, principalmente pela constante busca do realismo que a indústria busca e um filme que não brinca com a suspensão de crença do espectador é sempre algo muito bom. Às vezes um filme de ação com cenas improváveis é um cenário real é tudo o que se precisa para ter algum entretenimento.

    O roteiro não tem uma enorme profundidade ou diálogos tão marcantes, mas é excelente em contar a história a qual se propôs divida em capítulos como um conto a respeito de Korpi, o protagonista, que leva uma vida simples até que se descobre sobre seu passado e habilidades extraordinárias.

    A atuação de Jorma Tommila é o que mais se destaca em todo o trabalho de elenco do filme, pois utiliza-se muito mais de uma linguagem não verbal e pouquíssimo diálogo ressaltando o aspecto folclórico em torno da lenda criada por suas ações.
    Narrativamente um filme que sempre aborda o tema da pessoa que ninguém deveria ter arrumado encrenca ou cruzado seu caminho é clichê que já foi contado diversas vezes. Mas no caso desta produção ganha uns contornos mais interessantes pelos seus aspectos técnicos e a constante determinação do protagonista em retomar algo seu conquistado após trabalhar tão duro.

    O protagonista silencioso cujo o único vínculo é um animal de estimação vem sendo bastante utilizado no cinema de ação atualmente. Entretanto, em sisu este aspecto um pouco mais sobrenatural em torno da sua determinação em recuperar o que foi violentamente tomado além da devida retribuição a esta agressão é um diferencial interessante para o filme como um todo.

    VEREDITO

    Sisu é um filme de ação que é uma excelente pedida pela sua ação impactante, um protagonista misterioso, interessante e uma produção que mesmo utilizando um molde narrativo muito utilizado nos últimos anos é uma produção que consegue ter os seus atrativos.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    TBT #261 | Os Outros (2001, Alejandro Amenábar)

    O diretor chileno-espanhol Alejandro Amenábar sempre optou por dirigir filmes que causem um certo desconforto, ou pelo menos que fujam do que ficou estabelecido como o padrão ocidental de produzir longas. Responsável por Morte ao Vivo (1996), Abre los ojos (1997), Mar adentro (2004) e muitos outros, o diretor se estabeleceu como alguém original. Que fugia de tramas batidas e finais previsíveis. Sendo quase sempre impossível descobrir o final do longa só por seu primeiro ato. No primeiro TBT de 2024, abordaremos o longa Os Outros, estrelado por Nicole Kidman, Christopher Eccleston e grande elenco.

    No longa, acompanhamos a história de uma família que vive em uma área reclusa da cidade. Quando três novos empregados chegam para trabalhar na propriedade, a matriarca Grace e seus dois filhos começam a testemunhar estranhos acontecimentos, fazendo Grace suspeitar de que sua casa seja assombrada.

    SINOPSE

    Durante a 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.

    ANÁLISE

    Os Outros

    Assim como em todos os filmes, Amenábar dá a Os Outros um tom único. A atuação errática de Nicole Kidman desde seus primeiros minutos exacerba as tensões presentes na trama e de como Grace precisa permanecer no controle de tudo. Além de um claro sintoma de T.O.C., o longa nos apresenta detalhes que são explicitados desde seu primeiro momento, mostrando que o zelo pelas crianças e sua superproteção pode ser elevada rapidamente à qualquer outro lugar.

    Distante dos filmes com uma moral, Amenábar tem como intuito apenas contar uma história, independente do quão dolorosa ela pode ser. Em Os Outros, é como se acompanhássemos o desenrolar da história do meio. Mas de um ponto de vista, ou de um momento que descobriremos o que está acontecendo, assim como nossos personagens. Ver Os Outros hoje, 23 anos depois de seu lançamento nos faz entender como o longa envelheceu bem, mesmo depois de sua fórmula ser aplicada à exaustão no final dos anos 2010.

    A direção e a trilha sonora que são assinadas pro Alejandro Amenábar fazem com que o longa passe para os espectadores a tensão desenrolada em tela. Mas de uma maneira muito mais íntima. Sendo meramente instrumental, a trilha do longa nos apresenta incômodos violinos e pianos no máximo volume em momentos de tensão, nos deixando quase sempre extasiados e desnorteados.

    Nos colocando como espectadores sempre no limiar do real e irreal, somos lançados pela espiral de loucura que parece ser viver uma casa aparentemente assombrada.

    VEREDITO

    Qualquer elemento do filme que eu venha a contar, não é suficiente para dizer o quão necessário Os Outros é para o cinema. O longa levou para casa oito Prêmios Goya – o Oscar espanhol -, alguns deles foram: de melhor diretor, melhor atriz, melhor trilha sonora e melhor roteiro original.

    Os Outros é incômodo, mas contará uma história complexa que há muito havia sumido da minha memória – tenho certeza que da sua também. Suas complexidades nos levam por lugares inesperados e sua diversão incômoda se permeia por todos os 104 minutos de sua duração.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA – A Concierge Pokémon (1ª Temporada, 2023, Netflix)

    Quando foi anunciada, A Concierge Pokémon – a primeira animação stop-motion ambientada no mundo Pokémon – gerou um certo burburinho. Ao longo dos 4 episódios da animação somos levados por um mundo já conhecido, mas por curiosas dinâmicas estabelecidas desde o primeiro momento em que Haru, nossa protagonista, chega ao Resort Pokémon.

    Além de fofíssimas interações, somos levados por curiosas e belas sequências da animação, em que na maioria das vezes, muitos dos fãs da franquia nem chegaram a imaginar, como um Duskull com medo do escuro, um Houndour com medo de tudo e um Oricorio com medo de dançar.

    SINOPSE

    Conheça o Pokémon Resort, o refúgio perfeito para os Pokémon relaxarem e se divertirem. Qual será o hóspede que vai ganhar o coração da nova concierge Haru?

    ANÁLISE

    A Concierge Pokémon

    Ao longo dos 4 episódios, com até 15 minutos de duração, acompanhamos a vida da tensa Haru mudar quando passa a viver como a Concierge do Pokémon Resort. O local, é o lugar perfeito para Pokémon com problemas de socialização, e outros problemas relacionados a seus desenvolvimentos. Quando Haru larga sua vida ansiosa no continente e passa a pensar no bem-estar dos Pokémon, se conecta com seus sentimentos e passa a ter uma visão completamente diferente do mundo.

    A primeira temporada entrega algumas das mais fofas interações entre Pokémon e humanos. Sendo assim, vemos o quão belo é o mundo que adentramos. Vemos que assim como cada ser humano, cada Pokémon tem sua própria personalidade e seus detalhes referentes à como este mundo, tudo isso enquanto nos lança por aventuras ligadas ao bem-estar e saúde dos Pokémon.

    A Concierge Pokémon

    Como uma brilhante analogia ao mundo real, é possível ver como assim como o mundo humano, o mundo Pokémon é repleto de desafios. E o ideal, é que optemos por transpassar todas as dificuldades e essa é uma das mais belas mensagens da série animada.

    Ver a diferente modelagem em cada um dos diferentes tipos de Pokémon, é encantador. Enquanto a série animada se distancia do que foi visto no longa live-action Detetive Pikachu, os animadores mostram o mundo de maneiras únicas. Seja pela modelagem de pelagem, penugens, peles lisas ou até mesmo escamas, os Pokémon de A Concierge Pokémon encantam apenas por existir.

    VEREDITO

    Em uma viagem de autodescobrimento e crescimento não apenas próprio, mas também de um maior entendimento de mundo, Haru muda e passa levar a vida de maneira mais leve. Tudo isso, quando entende que o mundo é muito maior e muito mais do que planilhas, chateações cotidianas e tropeços pessoais.

    Por meio de uma aventura concisa, o desenvolvimento da história dos Pokémon que vemos em tela e de Haru, acompanhamos a riqueza de detalhe e como a Pokémon Company é capaz de fazer tudo de maneira brilhante.

    E para ser sincero, me deixa também com um gostinho de ver a história em um game spin-off. Se distanciando tanto da franquia tradicional de Pokémon, como de Detective Pikachu – um dos flops da Nintendo de 2023 na minha opinião.

    Haru, Psyduck e todos os visitantes do Resort Pokémon brilham durante todo seu tempo de tela. O tempo todo.

    A primeira temporada de A Concierge Pokémon está disponível na Netflix.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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