O universo Star Trek da CBS All Access continua a crescer com Star Trek: Strange New Worlds, um spin-off de Star Trek: Discovery, estrelado pelo Capitão Christopher Pike (Anson Mount), Spock (Ethan Peck) e a Número Um (Rebecca Romijn).
Alex Kurtzman revelou em um comunicado:
“Quando nós dissemos que ouvimos que os fãs morriam de amor por Pike, pela Número Um e por Spock, quando eles se juntaram à aventura de Star Trek: Discovery, nós falamos a verdade. Esses personagens icônicos tem uma história profunda no cânone de Star Trek, mas ainda tem muito mais histórias para serem contadas. Com Akiva e Henry na direção, a Enterprise, sua equipe e seus extraordinários fãs estão juntos em uma jornada incrível para novas fronteiras no universo de Star Trek.”
O produtor executivo da série, Akiva Goldsman continuou:
“Isso é um sonho que realmente está se tornando realidade. Eu me imagino na ponte da Enterprise desde os anos 70. Estou honrado por fazer parte nessa jornada contínua, com Alex, Henry e todos da CBS.”
Todas as séries de Star Trek são de propriedade da CBS All Access, incluindo Star Trek: Discovery, que no Brasil está disponível na Netflix e Picard, que está disponível na Amazon Prime.
Uma série animada intitulada de Lower Decks também será lançada, assim como uma série do Setor 31 que está em desenvolvimento com Michelle Yeoh.
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No início do mês passado foi revelado o DualSense, controle do PlayStation 5, trazendo várias melhorias com relação ao DualShock 4. Agora, o designer Iskander Utebayev, conhecido no Instagram como o usuário “bat.not.bad” que tem um histórico de criar conceitos – que deixam os fãs de tecnologias loucos – e artes visuais mostrando onde a tecnologia poderá chegar nos próximos anos, fez uma versão do novo joystick do console da Sony.
A página do russo no Instagram é composta por vídeos conceituais que abordam todos os objetos tecnológicos, carros, smartphones, relógios, etc; mostrando coisas que atualmente são impossíveis, ou pelo menos ainda não estão disponíveis ao consumidor.
Alguns vídeos podem ser vistos abaixo:
https://www.instagram.com/p/B9CxwMNHab-/
https://www.instagram.com/p/B-5gD03Fp6a/
Mas o vídeo abordado nessa matéria, é um vídeo conceito do controle DualSense do PlayStation 5.
O conceito imaginado por Iskander Utebayev vai muito além do que a Sony mostrou. No vídeo que já foi compartilhado diversas vezes, é possível notar o DualSense, se abrindo, e a ativação de uma pequena segunda tela no meio do controle.
No vídeo, é possível notar o quão incrível é o conceito simplesmente pela tela de escolha de jogos. O visual nos faz querer que o DualSense realmente fosse assim, mas vale lembrar que isso não passa meramente de um vídeo conceito.
Confira o vídeo abaixo:
https://www.instagram.com/p/CAJNs11ntOC/
Essa tela aparentemente, tanto pode replicar, quando servir de complemento para o que vemos na TV.
O PlayStation 5 ainda não tem uma data de lançamento definida, mas o console chegará aos consumidores até o final de 2020.
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Faz tempo que existem rumores, mas ontem o autor Rick Riordan foi ao Twitter para confirmar que uma adaptação para televisão de sua série de livros Percy Jackson está sendo preparada para a plataforma de streamingDisney+.
Riordan e sua esposa Becky oficializaram o anúncio, dizendo ao mundo:
“Depois de muito trabalho duro e muito apoio de vocês, Percy Jackson está vindo para o Disney+!”
Não está claro quem estará envolvido no lado criativo da série, mas este é um desenvolvimento empolgante para os fãs da série de livros, sejam eles jovens ou adultos, que estavam ansiosos para vê-la fielmente adaptada em live-action.
Em uma declaração de acompanhamento, Riordan brincou que a série poderia durar cinco temporadas, cada uma adaptando um dos livros originais.
“Na década passada, vocês trabalharam duro para defender uma adaptação fiel para o mundo de Percy Jackson. Recentemente, alguns de vocês até sugeriram que seria uma ótima série para o Disney+.
Não podíamos concordar mais! Não podemos dizer muito nesta fase, mas estamos muito animados com a ideia de uma série live-action da mais alta qualidade, seguindo a história da série original de cinco livros de Percy Jackson, começando com O Ladrão de Raios na primeira temporada.
Becky e eu estaremos envolvidos pessoalmente em todos os aspectos do programa. Haverá muito mais notícias no futuro, mas, por enquanto, temos muito trabalho a fazer! Apertem os cintos, semideuses. Será um emocionante emocionante passeio!”
Publicado pela primeira vez em 2005, o primeiro romance, Percy Jackson e os Olimpianos: O Ladrão de Raios, apresentando aos fãs o personagem titular e seu mundo repleto de mitologia grega.
Anteriormente, a obra foi adaptada para um longa-metragem em 2010, com Logan Lerman no papel-título. Uma sequência foi produzida três anos depois, mas ambos os filmes eram frequentemente ridicularizados pelos fãs por serem muito diferentes do material original.
Os direitos de Percy Jackson são bastante complicados e tornaram-se um pouco menos complicados após a aquisição da 20th Century Fox pela Disney. Apesar de a Disney ser a editora dos livros através de seu selo Disney-Hyperion, eles repassaram os direitos do filme no início dos anos 2000, que foram comprados pela Fox. Depois de adquirir a empresa, a Disney recuperou os direitos de adaptação e claramente estava de olho em fazer algo com ela.
Felizmente para a Disney, caso o programa se mostre popular, eles terão muito material para extrair conteúdo. Como mencionado acima, a série de livros Percy Jackson e os Olimpianos rendeu cinco livros no total, mas também foi lançado um livro complementar de contos e uma série de sequências intitulada Os Heróis do Olimpo.
Ainda outra série de livros, As Provações de Apolo, também foi lançado por Riordan, que sem dúvida poderia ser um spin-off por si só no Disney+.
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A história de origem do Thanos está profundamente ligada aos Eternos na Marvel Comics, e essa relação pode ser traduzida para o Universo Cinematográfico Marvel.
Nos quadrinhos, Thanos é um Eterno. Alguma da história de origem do Titã Louco já foi explorada em Vingadores: Guerra Infinita, mas o filme dos Eternos da Marvel Studios pode nos levar ainda mais fundo nessa história (mesmo que o personagem tenha sido morto em Vingadores: Ultimato).
Baseado nos personagens criados pelo lendário roteirista e artista de quadrinhos Jack Kirby, os Eternos contará a história de um grupo de seres imortais que viveram na Terra por milhares de anos.
Todo esse tempo, essa raça misteriosa de seres super-poderosos de alguma forma conseguiu manter sua existência em segredo da humanidade. No filme, os Eternos embarcarão em uma missão dada a eles por seus criadores – os Celestiais – para lutar contra os Deviantes, que nos quadrinhos são seus maiores inimigos.
O novo filme que será um épico cósmico apresentará ao público a pelo menos dez membros dessa raça, incluindo Ikaris (Richard Madden), Ajak (Salma Hayek), Sersi (Gemma Chan) e muito mais.
Os Eternos deve nos levar ainda mais fundo na história do UCM ao mostrar cenas que aconteceram há milhares de anos atrás. Foi confirmado que lugares como a Babilônia aparecerão no filme. E outras eras também podem ser utilizadas, e considerando que os Eternos abordará com certeza algum momento no passado distante, o filme pode ser uma forma da Marvel utilizar personagens mortos, e Thanos pode muito bem ser um deles. Afinal, o Titã tem fortes laços com os personagens nos quadrinhos. E a história de origem do personagem pode ser expandida no filme.
Mas qual exatamente é a conexão entre Thanos e os Eternos? Aqui está tudo que você precisa saber da relação entre a antiga raça de imortais e o Titã Louco.
A origem de Thanos e dos Eternos
Os Eternos foram criados há milhares de anos por seres com poderes equivalentes ao de deuses, chamados Celestiais. Após visitar a Terra e fazer experimentos com DNA humano, os Celestiais criaram duas raças a partir da raça humana; os Eternos e os Deviantes.
Mesmo que sua aparência lembre os humanos, os Eternos são dotados de imortalidade; os Deviantes, por outro lado, são uma falha colossal. Eles possuem um DNA instável, e possuem uma aparência monstruosa. Eles também não têm a imortalidade que os Eternos possuem. Por não se misturarem com os humanos, eles construíram cidades subterrâneas para que eles pudessem se esconder.
Os Eternos acabaram por se estabelecer na Terra. Mais tarde, o líder dos Eternos, Kronos, conduziu um experimento com energia cósmica, mas deu errado, e isso alterou os genes dos Eternos permanentemente. Por isso, os descendentes dos Eternos possuem uma vasta gama de super-poderes. Assim, a raça deles sobreviveu ao acidente, mas Kronos não estava mais em condições de liderar.
Como seus dois filhos, A’lars e Zuras não chegaram a um acordo de quem devia ser seu sucessor, eles decidiram dividir os Eternos em dois grupos. Zuras fundou uma nova cidade e se tornou o líder dos Olimpianos, enquanto A’lars optou por deixar a Terra e levar consigo diversos Eternos.
A’lars viajou até a lua de Saturno, Titã, e começou uma nova colônia lá. Seu grupo de Eternos passou a ser conhecido como Titãs.
Enquanto em Titã, A’lars se tornou o pai de uma criança chamada Thanos, fruto do relacionamento com outra Eterna, chamada Sui-San. Sui-San na verdade estava em Titã na época em que o evento que deu poderes aos Eternos na Terra ocorreu, o que significa que Thanos não possui os mesmos poderes que Ikaris e todos os outros. Apenas seu pai se beneficiou do experimento.
Uma coisa interessante, é que Thanos possui o sangue de Thena (que será vivida no UCM por Angelina Jolie), já que ela é filha de Zuras, isso significa que ela e Thanos são primos de primeiro grau. Apesar dessa conexão, Thanos tem muito pouca, ou quase nenhuma relação com os Olimpianos, e possui interações limitadas com eles nos quadrinhos.
Por que Thanos parece tão diferente dos outros Eternos?
Como os Eternos baseados na Terra, os Titãs também se parecem com humanos. Isso inclui A’lars, Sui-San e o irmão de Thanos, Starfox.
Então qual a razão de Thanos ser tão diferente de toda a sua família, sem falar de sua raça? Isso é porque o Titã Louco nasceu com a Síndrome Deviante, o que faz de Thanos uma raridade genética entre os seus. Devido a essa estranha mutação no DNA, ele possui algumas habilidades aprimoradas, e tem algumas similaridades físicas com os Deviantes (mesmo ainda sendo um Eterno).
É possível que existam outros Eternos no Universo Marvel com a Síndrome Deviante, mas Thanos é o único personagem confirmado a tê-lo.
Thanos pode ser um Eterno no UCM
Com isso em mente, a questão que resta é, Thanos é um Eterno no Universo Cinematográfico Marvel?
A resposta é incerta, mas devido a popularidade de Thanos, parece ser possível que a Marvel adapte a conexão do personagem nos quadrinhos para as telonas.
Até agora, nada em Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato revelou que Thanos não seja um Eterno, então parece possível que ele possa ser um deles; só não foi explorado ainda.
Vingadores: Guerra Infinita revelou que o povo de Thanos, os Titãs, foram extintos por causa de uma catástrofe não especificada. Eles foram vistos brevemente no filme, mas estavam muito distante para que pudéssemos vê-los bem.
Foi revelado pelo supervisor de efeitos especiais de Guerra Infinita, Matt Aitkin que se o filme mostrasse os Titãs mais de perto, o público veria que eles não se pareciam em nada com Thanos.
Eles não teriam uma pele rosa, o queixo protuberante, ou sua altura. O plano era apresentar Thanos como “um estranho mutante até mesmo entre seu povo”. Isso certamente lembra muito a Síndrome Deviante dos quadrinhos.
Com isso em mente, faz sentido que Thanos do UCM seja um Eterno com o gene Deviante. Isso explicaria a razão dele não parecer em nada com os personagens do novo filme da Marvel, Eternos.
Será que a Marvel Studios vai estabelecer Thanos como um Eterno? Guerra Infinita mencionou seu pai, A’lars, através de uma referência do Caveira Vermelha, e o novo filme pode muito bem dar continuidade na história dos Eternos.
Uma menção da Síndrome Deviante e um flashback mostrando os Eternos se separando, e um grupo indo para Titã com certeza ligaria um dos personagens mais populares do UCM a nova franquia, enquanto construiria simultaneamente sua história de origem.
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Em todas as artes temos os gênios que ficam imortalizados por toda eternidade por seu trabalho notável, no cinema temos Stanley Kubrick que até hoje seus filmes são um marco na história do cinema, na música temos os inesquecíveis The Beatles que deixaram também sua contribuição para a história da música, na pintura Leonardo Da Vinci também deixou o seu legado para a humanidade.
De todas artes citadas cada mestre deixou o seu nome eternizado na história, sendo assim na nona arte tivermos o pai da criação do termo ghaphic novel o mestre Will Eisner que deixou um trabalho que deve ser conhecido por todo apreciador de quadrinho, a obra Biblioteca Will Eisner: O Milagre da Vida explora temas como solidão, morte, família, depressão, envelhecimento e traição; temas que são recorrentes na sociedade o que deixa o leitor ter empatia com cada história.
Sendo assim a editora Devir vem dando continuidade com a publicação da Biblioteca Will Eisner, com obras clássicas do autor.
Biblioteca Will Eisner: O Milagre da Vida é segundo e último volume a ser publicado – a primeira edição foi Um Contrato com Deus -, a publicação contém obras que já foram lançadas avulsas anteriormente pela Devir.
Nessa edição temos as seguintes histórias:
Vida em Outro Planeta;
Sete Histórias de Cortiço;
Assunto de Família;
Pequenos Milagres, e
a inédita: Will Eisner Reader.
O que cientistas, espiões, políticos, matadores de aluguel, velhinho aposentados, donas de casa e meninos de rua têm em comum?
Há histórias ocultas nos lugares mais improváveis. Nas ruas de uma vizinhança sofrida, os milagres podem acontecer em qualquer esquina ou beco sujo.
Até mesmo fora daqui, na escuridão que aloja os possíveis sinais de vida inteligente vindos de um outro mundo.
Como as pessoas reagem a isso tudo? De que maneira elas lidam com ressentimentos que estavam soterrados pelo tempo e voltam à tona para destruir qualquer vestígio de esperança?
São contos de incrível coincidência e demasiada sorte recheados de amor, perda, esperança e surpresa reunidos neste belíssimo volume que confirma o saudoso Will Eisner como um verdadeiro mestre no gênero dos quadrinhos.
Por fim, essa nova republicação da editora Devir é uma porta de entrada para quem ainda não conhece o trabalho de Eisner e é uma boa para apresentar para quem tem preconceitos com quadrinhos e que mostra com excelência que a nona arte vai muito além de histórias infanto-juvenis.
Nossa nota
Editora: Devir
Autor: Will Eisner
Páginas: 416
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“Nós sempre teremos Paris” ou “O mundo está desmoronando e nós nos apaixonamos” – Há 70 anos era iniciada uma grande amizade entre o público de qualquer geração e a história de amor mais famosa do cinema.
Rick (Humphrey Bogart) é dono de um famoso bar localizado em Casablanca, no Marrocos Francês, durante a Segunda Guerra Mundial. A cidade é rota de fuga para quem deseja evitar os nazistas, onde passes livres são vendidos por um salgado preço no mercado negro. Neste caótico ambiente, Rick encontra Ilsa (Ingrid Bergman), com quem tivera um amor interrompido inesperadamente há algum tempo, em Paris.
A direção de Michael Curtiz é bastante segura e cria inúmeros momentos inesquecíveis, além de procurar manter a câmera sempre próxima nos momentos dramáticos para captar melhor as reações dos atores.
Logo no início do filme, a câmera se movimenta em direção à placa com o lema francês “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” no momento em que um reacionário francês é morto a tiros abaixo dela. A composição do plano, com o hino da França ao fundo, demonstra a inteligência de Curtiz ao transmitir a mensagem sem precisar utilizar palavras.
A trama atravessa os séculos como máxima referência da sétima arte, principalmente pelo desenvolvimento de sua história, um primoroso roteiro que segue a estrutura clássica linear (começo, meio e fim), e que sabe tirar partido disso ao provocar pequenas quebras da linearidade, ao desenvolver uma história dramática, cujo passado não conhecemos, mas que é peça fundamental e que interfere nas decisões e nas características de uma personagem, e um futuro incerto, mas com possibilidades claras. Sabemos os caminhos disponíveis para os protagonistas, mas qual será o escolhido e o motivo, isso só conheceremos ao término da película.
O roteiro é baseado na peça “Everybody Comes To Rick’s“, sendo desenvolvido em três mãos, por Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch. Uma curiosidade é que o texto da peça só chegou a ser montada (anos) depois, e os direitos para o cinema foi um dos maiores valores pagos na época.
Uma grande ideia dos roteiristas é justamente não se levar tão a sério, Casablanca inicia com uma narração irônica, próxima das comédias que parodiam guerras, e em diversos momentos temos esse ar jocoso nos diálogos das personagens, tal como Richard Blane (Humphrey Bogart) que satiriza sua condição de homem abandonado ou da condição transitória e de espera da grande sala de conexões que é o “aeroporto Casablanca”.
Porém, o roteiro comete o deslize justamente ao querer apresentar o mundo externo através de flashback, um recurso que não agrega nada de interessante ao filme, mas é uma saída fácil para tentar esclarecer fatos importantes do passado, ainda assim, algo que um roteiro tão brilhante e uma direção precisa, poderiam ter solucionado com outros meios.
A trilha sonora é marcada pelo clássico “As Time Goes By” e La Marseillaise, o hino nacional da França. Ambos ganham “status” para além de trilha sonora, tornam-se “leitmotiv“, e gerando certo incômodo, no terceiro dedilhar de La Marseillaise mais do que saber que ali estão os franceses ou que é uma busca de enaltecer a França, sabemos que é uma insegurança por parte do diretor de esclarecer pontos que já se estabelecem seja pele local frequentado ou pelo fardamento que as personagens utilizam (exemplo: diferenciar soldados alemães dos franceses).
Todavia, o ápice de exaltação do hino nacional da França, ocorre quando é utilizado para provocar os alemães, capaz até de unir os franceses que estão no Rick Café e sob domínio alemão.
Da esquerda para a direita: Paul Henreid, Ilsa Lund Laszlo e Humphrey Bogart.
Paul Henreidcomo Victor Laszlo, Ingrid Bergman como Ilsa Lund Laszlo e Humphrey Bogart como Richard Blane, conseguem se destacar individualmente, e a origem estrangeira de cada artista favorecem o jogo clandestino e migratório inerente ao filme.
Se separadamente cada um se destaca, a combinação em um triângulo amoroso funciona ainda mais, e divide muito o espectador para o favoritismo amoroso da personagem de Ilsa, pois, tanto o charmoso Blane e o heroico Victor são carismáticos e com qualidades divergentes, mas que juntos só complicam ainda mais uma posição que colabore em determinar com quem Ilsa deve ficar.
Nenhum destes personagens tombam em uma balança maniqueísta para o lado ruim. Alguns são cínicos, alguns mentem, alguns matam, mas todos são resgatados e suas decisões, por mais que difíceis, são fáceis de entender.
Casablanca é um mundo utópico, uma grande metáfora sobre a vida que é ao mesmo tempo, o limbo ligando o inferno ao paraíso. É um excelente exemplo de como o cinema pode ser mágico.
Repleto de imagens e momentos belíssimos, o filme demonstra a mudança que um verdadeiro amor pode realizar em uma pessoa, transformando-a completamente.
Sem melodramas ou fórmulas prontas, a obra consegue nos emocionar e fica guardado pra sempre em nossa memória. E é exatamente por isso, que se tornou um dos grandes clássicos da história do cinema.
Nossa nota
Confira o trailer:
E você, já assistiu Casablanca? Deixe sua avaliação e seus comentários. E lembre-se de conferir também as indicações anteriores do TBT do Feededigno.
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