Neste mês de novembro de tantos lançamentos, os jogos indies não ficaram para trás com a chegada de mais um título de uma publisher conhecida por lançar jogos muito interessantes. The Invincible é uma adaptação para games do livro escrito pelo premiado autor de ficção científica Stanisław Lem (1921-2006) e houveram algumas tentativas desta história tornar-se uma adaptação para outras mídias, sendo o jogo a sua primeira.
O título é desenvolvido pela estreante Starward Industries e publicado pela 11 bits estúdios dos jogos da franquia Frostpunk, Moonlighter, Children of Morta e do impressionante This War of Mine.
The Invincible foi lançado em 6 de novembro estando disponível para PC via Steam, Epic Games que, além do jogo base disponibiliza conteúdos extras como livro de arte, quadrinho e trilha sonoras que podem ser adquiridos separadamente. Para os consoles de nova geração Playstation 5, Xbox Series X/S.
SINOPSE
Você é Yasna, uma astrobiologista extremamente inteligente e qualificada. Em meio a uma corrida espacial, você e a sua tripulação acabam em um planeta chamado Regis III. Essa jornada científica logo se torna uma missão de busca à tripulação perdida. Siga os rastros deles, mas tenha em mente que cada escolha pode te aproximar mais do perigo.
Desvende fenômenos científicos extraordinários em uma aventura filosófica cósmica por paisagens misteriosas. Encontre fragmentos perdidos e os relate ao seu Astrogator. Deixe a voz dele te ajudar em tempos difíceis e lembre-se de não subestimar a brutal simplicidade e o esplendor da evolução. Mergulhe em uma atmosfera atompunk e use várias ferramentas, como telêmetros e rastreadores, e dirija um veículo por uma paisagem de tirar o fôlego. Viva interações realistas com tecnologia analógica em uma linha do tempo retrofuturista. Há lugares como Regis III, que não estão preparados para nos receber e que não estamos preparados para visitar. Ainda assim, a nossa espaçonave se aproxima cada vez mais do destino, onde a nossa história e o nosso futuro se cruzarão em um local desolado.
ANÁLISE
The Invincible é o típico jogo indie que traz uma experiência diferente das grandes produções, uma oportunidade de uma experiência de jogo que, através de suas mecânicas remete a uma perspectiva de um cientista em outro planeta. Os aspectos visuais agradam bastante, inclusive podendo comparar a jogos que possuem maiores orçamentos e em alguns casos não entregam a experiência visual de tamanha exigência.
As texturas das regiões, os visuais dos habitantes do planeta Regis lll, o estilo dos mapas combinado com os efeitos sonoros são bem aproveitados para a imersão que, na perspectiva em primeira pessoa, tornam uma experiência de jogo mais pessoal.
Ainda no que agrada visualmente os elementos retrofuturistas utilizados no jogo são um atrativo a parte em seus detalhes e adicionando mais prazer a experiência de navegar pela jogatina de The Invincible. As mecânicas são intuitivas para a utilização dos dispositivos desde o início do jogo então é natural a adaptação para jogar Invincible tornando assim sua experiência fluida.
Entretanto a movimentação é um tanto problemática pois muitos lugares abertos não se tem acesso restringindo de forma significativa a exploração em um mapa que gera tamanha curiosidade de conhecer.
Em aspectos de dificuldade ele não é tão desafiador, algo compreensível para que seja necessário a imersão na história profunda e, dentre os pontos relacionados, é o mais forte tratando-se de tudo o que significa jogar The Invincible. Falando sobre a história ela é excelente sendo uma experiência muito profunda em aspectos de reflexão em torno dos avanços da humanidade para todos os lugares e as escolhas que o jogador que vai estar na pele de Yasna são importantes por afetar diretamente os rumos narrativos que a busca pelos companheiros de tripulação pode levar.
VEREDITO
The Invincible é um jogo interessante com visuais muito agradáveis, uma gameplay que é intuitiva e favorece a atenção do jogador para a história que é a maior valia de toda a sua experiência in game.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Confira o trailer do game:
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A adaptação em série limitada do romance Toda a Luz Que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr, é uma conquista inovadora em termos de inclusão. Além de tomar a decisão inovadora de escalar atores cegos (Aria Mia Loberti e Nell Sutton) para o papel do personagem principal cego, os produtores do programa aproveitaram todas as oportunidades para tornar a produção o mais acessível possível para aqueles que trabalham nela.
Anúncios de elenco internacional e roteiros foram formatados para pessoas com diferentes níveis de visão e técnicas de leitura e, assim que a produção começou, melhorias (como sinalização em braile) foram feitas no set.
Na pós-produção, a equipe também queria garantir que a série fosse acessível para um público cego ou com baixa visão/visão parcial, de modo que cada episódio fosse acompanhado por descrições de áudio vívidas. Antes de mergulhar na série, os fãs podem ouvir uma introdução de áudio separada acima, gravada pela estrela Loberti.
Loberti narra o featurette, que tem como objetivo servir de complemento para o público cego e com baixa visão. Ao longo de 11 minutos, o ator descreve a aparência, os guarda-roupas e os estilos de movimento dos personagens, juntamente com os cenários, locais e outras informações visuais da série.
Strechay – que já foi consultor em Demolidor da Marvel, The OA e See daApple TV+ – foi inestimável no que diz respeito aos elementos acessíveis da série durante a produção. Esta série marca a primeira vez que Strechay conseguiu trabalhar com atores principais cegos na vida real.
Embora Strechay tenha trabalhado com muitos atores cegos ao longo dos anos, esta foi a primeira vez que trabalhou com atores cegos desempenhando papéis principais. Loberti e Sutton são cegos e interpretam as versões mais velha e mais nova de Marie-Laure.
Strechay garantiu que os roteiros de Loberti e Sutton fossem fornecidos em seus formatos preferidos. Loberti memorizaria o roteiro principalmente ouvindo-o, enquanto Sutton memorizava suas falas através de uma combinação de audição e leitura em uma tela braile atualizável. A sinalização em braile também foi colocada em todos os sets em duas alturas diferentes – uma para a altura de Loberti e outra para a de Sutton. Os nomes do elenco e da equipe técnica também foram gravados em braile nas costas das cadeiras.
Aria Mia e sua cadela Ingrid
A cadela-guia de Loberti, Ingrid, a acompanhava em todos os lugares e estava no set quase todos os dias, exceto para a filmagem de algumas cenas carregadas de emoção. Todos no set foram informados de que quando Ingrid usava seu arnês, isso significava que ela estava trabalhando e não deveria ser incomodada. Quando ela não estava usando o arnês, abraços, animais de estimação e guloseimas extras eram permitidos.
Como Toda a Luz que Não Podemos Ver se passa durante a Segunda Guerra Mundial, Strechay foi capaz de mergulhar na história única das pessoas cegas e com baixa visão daquela época e garantir que elas fossem devidamente representadas na tela. Ele ficou particularmente intrigado com a contribuição de Helen Keller para o design da cana.
Strechay também discutiu com Loberti as diferenças em como ela lê braile e como Marie-Laure faria naquela época. “Hoje em dia, somos treinados em braile e em como usar uma bengala branca desde cedo, enquanto alguém na posição de Marie-Laure não teria as mesmas oportunidades”, disse Loberti à Netflix durante a produção. “A técnica braile dela tinha algumas falhas, então acrescentei alguns dos meus próprios maus hábitos nos close-ups. São aqueles pequenos pedaços que você simplesmente não consegue capturar se for uma pessoa com visão tentando se colocar nessa posição. A cegueira não é uma habilidade que você pode aprender. É uma cultura.”
Um ingrediente chave para o sucesso de Strechay é que ele tem uma assistente com visão, Cara Lee Hrdlitschka – que também é coreógrafa e, portanto, bem versada na descrição de movimentos. Ela fornece descrições detalhadas de tudo o que está sendo filmado e preparado.
Para o diretor Shawn Levy, ter Strechay, Loberti e Sutton envolvidos na produção foi “incalculavelmente valioso”. Strechay está imensamente orgulhoso de todo o elenco e equipe técnica pelo trabalho que fizeram para tornar Toda a luz que não podemos ver o mais acessível possível. Ele está esperançoso de que mais portas sejam abertas em Hollywood para atores de todas as origens e habilidades.
“A maioria dos atores cegos ou com baixa visão nunca viu a atuação como um resultado ou oportunidade de emprego e, definitivamente, não foram incentivados a [buscar] isso”, diz ele. “Se você nunca permitir essa oportunidade às pessoas, não haverá esses resultados. Estamos avançando com Nell e Aria. Eles estão fazendo o trabalho que deveriam fazer.”
Confira o trailer da série:
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Star Ocean: The Second Story R é o remake do segundo game da amada franquia Star Ocean. O game foi desenvolvido originalmente pela tri-Ace e publicado no passado também pela Square Enix. O primeiro game foi lançado originalmente apenas no Japão em 96 para o Super Nintendo, mas ganhou uma tradução por fãs quando foi lançada no ocidente. O primeiro game da franquia ganhou um remake em 2007 para o PSP. The Second Story foi lançado em 1998 para o PlayStation e agora ganhou um remake para a atual geração.
Com dois personagens jogáveis, somos lançados na história de Claude ou Rena 25 anos anos depois de seu lançamento original. Na história, os dois jovens e suas jornadas se misturarão enquanto precisam evitar que antigos perigos de uma profecia coloquem o mundo ou o universo em risco. Claude, com sua história única, é transportado para o outro lado da galáxia para uma aventura 2.5D em um planeta místico.
SINOPSE
Escolha entre Claude ou Rena neste RPG de fantasia científica. Jogue através de suas perspectivas e desbloqueie vários finais. Recrute aliados e derrote inimigos em batalhas rápidas em tempo real.
ANÁLISE
Star Ocean: The Second Story R é o remake que traz enormes surpresas em relação ao game original. Não apenas em relação à atualização da história, mas também em relação à gameplay, dublagens e visual. Ao longo de uma aventura que se expande por milhões de anos luz, acompanhamos perigos terrenos, sobrenaturais, tudo enquanto mergulhamos em um visual único. Agradeço à Square Enix por nos ter enviado o game que garantiu algumas horas de diversão, enquanto me senti imerso na aventura de Claude, Rena e sua party.
Uma surpresa em The Second Story R, vem do fato do game contar com elementos e personagens jogáveis de quase todos os games da franquia, mas não apenas isso. Com todas as cenas dubladas e charmosas animações, somos lançados por uma história com repercussões que se estendem por todo o problema. As ameaças podem destruir não apenas Claude e Rena, mas levar o mundo por uma profunda escuridão.
Ao longo de 36 horas, a gameplay me levou por caminhos inesperados. E assim como quase todos JRPGs, que sempre tem problemas para me prender, me vi entretido e envolvido apenas na metade desse tempo. Ao longo de sidequests e conhecendo seus companheiros de party, somos envolvidos em um mundo de aventuras e desafios, cujas dificuldades só aumentam a cada esquina que o game toma. Com ameaças crescentes e até 13 membros para sua party, você escolhe seu estilo de gameplay e como prefere progredir na história.
Com dificuldades que nos levam por tanto replays de combates – caso você seja derrotado em combate – com diferentes estratégias e diferentes componentes, sua party e seus companions podem te colocar como o salvador do universo.
Star Ocean: The Second Story R conta com complexos sistemas de RPG, desde sistema de atributos – ou como o game chama IC/Especialidade -, até mesmo árvore de habilidades disponibilizadas por esses atributos. Com desafios do game, ou de seus personagens, podemos garantir melhorias, itens, criações de itens e até mesmo um avanço mais tranquilo, quando o assunto é dificuldade, o game não vai pestanejar em colocar inimigos entre você e seu desafio. Podendo avançar até 5 ou 6 níveis por dungeon – se você assim optar por encarar cada um dos inimigos -, você não terá problemas na progressão. Isso se levar em conta também a distribuição de pontos corretas em determinados atributos.
Com companions e parceiros de party bem diversos, o game nos cativa e nos lança em uma aventura em uma galáxia rica de história e perigos. Mas não apenas por isso.
Com um riquíssimo environment 3D, a modelagem 2.5D dos personagens, Second Story R nos faz perceber a beleza do game em diversos níveis. Com cuidado da produção e do desenvolvimento, podemos testemunhar como o level design foi produzido cuidadosamente, levando em conta o passado, mas dando uma roupagem nova ao game.
Com a mistura de gêneros em diferentes, viajamos por mundos diversos, desde naves e planetas tecnológicos, até civilizações com os pés no chão, que vivem em uma era mais analógica, sem acesso à tecnologias futurísticas, mas acesso à artefatos místicos. Em Star Ocean, nada é o que parece em um primeiro momento. E por mais que Claude e Rena pareçam tão inocentes, suas habilidades hão de se mostrar exatamente o que sua equipe precisa.
Em um universo em que magia e tecnologia se misturam, Star Ocean: The Second Story R nos leva por uma divertida e desafiadora aventura. Ainda que seja necessário perseverança para avançar em determinados diálogos que podem levar até 10-15 minutos, o game pode se mostrar o terror para portadores de TDAH como esse que vos escreve.
Uma dica é: pule os diálogos de arcos menores, quando o game começar a exibir cutscenes, preste bastante atenção.
VEREDITO
Como um game narrativo, Star Ocean: The Second Story R falha ao não ser legendado para o Brasil. Podendo jogá-lo tanto em inglês quanto em japonês, o game deixa o gosto amargo na boca do fato da Square Enix ainda não localizar todos seus JRPGs como deveria. Com cerca de 36 horas de gameplay, pude acompanhar o lado da história de Claude. Com certas dificuldades se colocando entre ele, um jovem vindo de uma realidade futurista indo parar em um mundo em que magia e tecnologia se misturam. E assim, encontramos Rena, uma jovem cuja origem está intrinsicamente ligada às ameaças que hão de surgir em nosso caminho.
O game diverte, nos emociona e nos motiva a sempre tentar dar o nosso melhor, pois se somos parte de uma profecia, precisamos evitar a todo custo que ela se torne realidade.
Ainda em tempo, algo que gostaria de abordar aqui, é como a experiência de jogar o game em um Nintendo Switch – de maneira portátil – me garantiu uma maior diversão do que me garantiria caso eu o jogasse em um console de mesa.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Star Ocean: The Second Story R foi lançado no dia 2 de novembro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.
Confira o trailer do game:
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“Como era ser mulher no Japão do período Edo? Como seria ser uma mulher considerada um monstro? O que alguém assim faria? Como alguém assim responderia?” Essas eram todas as questões que ferviam nas mentes dos criadores de Samurai de Olhos Azuis, Amber Noizumi e Michael Green, quando eles começaram a mergulhar na pesquisa para sua história de vingança do período Edo. “Nós realmente deixamos a historicidade conduzir a história, em vez de tentar impor perspectivas modernas”, disse Green.
A série é a mais nova animação da Netflix, e a pesquisa de Noizumi e Green começou mergulhando em tantos livros quanto puderam absorver sobre o período Edo, tanto de ficção quanto de estudos da época (nota do editor: veja a lista completa de referências abaixo). Eles se concentraram tanto quanto possível na vida das mulheres do período Edo, especialmente em torno da ideia de suas opções limitadas.
Seu samurai mestiço Mizu (dublado por Maya Erskine) certamente o faz, já que ela se disfarça de homem em busca de vingança. O mesmo acontece com seu contraponto, a princesa Akemi (Brenda Song), que não deseja ser propriedade de seu pai ou de seu marido.
Assim que Noizumi e Green começaram a escrever, eles contrataram especialistas para reforçar a pesquisa que já haviam descoberto. “Com algo assim, você só confia em sua própria bolsa de estudos até onde puder”, disse Green. “Queríamos ter certeza de que poderíamos ouvir especialistas que passaram suas vidas nesse período, que poderiam nos impedir de tomar o tipo errado de liberdade.” Esses especialistas incluíam o professor de história da arte de Harvard, Yukio Lippit, o professor e consultor gastronômico Eric Rath e o calígrafo Aoi Yamaguchi, bem como chefes de departamento amantes da pesquisa, como o figurinista Suttirat Larlarb e o designer de produção Toby Wilson.
Cultura e política no Japão do período Edo (Edo era o centro político do Japão)
Samurai de Olhos Azuis se passa em 1600, quando Edo, no Japão, “era a maior cidade do mundo”, segundo Green, “e estava muito bem documentado”. Portanto, Wilson e sua equipe estavam sempre comparando seu trabalho com a história do século XVII. Ele e a diretora supervisora e produtora Jane Wu garantiram que seus artistas apresentassem suas pesquisas junto com seus esboços antes de iniciar as tarefas.
Wilson tinha uma ligação particular com a cultura japonesa, já que sua esposa é japonesa e seu cunhado é um fã de história japonesa que lhe enviou livros para aprender sobre o Castelo de Edo, o quartel-general do shogun (líder militar hereditário) de Edo . Ele também poderia ajudar a responder perguntas como: Como foi construído? Qual foi o layout? Onde estavam as coisas dentro do lugar? Como foram tratadas as defesas?
A caligrafia era fundamental para a comunicação e refletia o estilo do escritor
Para criar o estilo de escrita adequado para documentos oficiais do período Edo, sinalização, cartas e o papel enrolado no aço do Espadachim (Cary-Hiroyuki Tagawa), a equipe contratou a calígrafa japonesa Aoi Yamaguchi, cuja dedicação ao seu ofício e treinamento com mestres de caligrafia reflete o aprendizado do próprio Mizu com o Swordmaker.
Fazendo referência a seu próprio dicionário de caligrafia e livros de história japonesa, Yamaguchi traduzia palavras em inglês da equipe para o japonês moderno e formal e depois traduzia essas palavras para o japonês antigo e formal, o que era adequado para o período Edo. Hoje, o Japão utiliza três tipos de caracteres: kanji , hiragana e katakana , e no período Edo era utilizada uma variante do hiragana chamada hentaigana.
Ringo foi tratado com uma sensibilidade moderna
Ringo é um personagem que nasceu sem mãos, e Noizumi e Green explicaram que durante o período Edo, um personagem deficiente como Ringo poderia ter sido tratado de forma muito diferente do que é em Samurai de Olhos Azuis. Noizumi e Green queriam ser capazes de apreciar seu status de estranho, mas nunca quiseram mostrar níveis de crueldade que ele pudesse ter experimentado a tal ponto que seria desagradável de ver. Noizumi explicou que eles queriam garantir que o público sempre soubesse que a série estava rindo com Ringo e nunca dele. “Sempre quisemos que todos soubessem que ele estava no caminho de superar todas as limitações que lhe foram impostas. Para nós, ele é o coração do série”, disse ela.
Locais no Japão do período Edo (Todos os lugares da jornada de Mizu são baseados em locais reais)
Na realidade, não há como Mizu percorrer as distâncias que ela percorre em tempo real, então Wilson aconselha os espectadores a traçarem esse caminho com cautela. Para começar, Edo é a Tóquio de hoje e Quioto ainda é Quioto. A vila portuária do episódio 4 é baseada em Nagasaki, já que era uma das maiores cidades portuárias da época.
A fazenda do marido de Mizu, Mikio (Byron Mann), no episódio 5, é baseada em uma vila histórica chamada Shirakawa-gō, que é protegida pelo Japão. “As pessoas moram lá e você pode visitá-lo e ficar lá no Airbnbs”, disse Wilson. “Está situado em um vale cercado por montanhas e parece incrível no outono.”
Não há um local exato para Mihonoseki, onde ocorre a luta de Mizu no penhasco, mas foi baseado na costa noroeste de Honshu. Também não fica longe da vila de Kohama, onde Mizu e Taigen cresceram. “Fica naquela área, ou ao norte de Nagano, porque precisávamos ter certeza de que nevaria lá; tinha penhascos muito íngremes e Mihonoseki não fica muito longe de Kohama”, disse Wilson.
O castelo do irlandês Abijah Fowler (Kenneth Branagh) na Ilha Tanabe é baseado na área de Aomori, porque a parte norte de Honshu recebe muita neve no inverno. Eles o colocaram o mais ao norte possível, na grande ilha do Japão, porque “queríamos mantê-lo em Honshu para que ele não tivesse que pegar um barco para viajar até Edo para sua peregrinação anual”, disse Wilson.
O Castelo Edo foi inspirado no Castelo Himeji, o maior castelo do Japão.O castelo isolado de Fowler é inteiramente fictício e centrado na ideia de que o shogun o construiu para ele como uma “prisão cinco estrelas do tipo algemas douradas”.
Pedreiros e artesãos japoneses construíram-no para ele com a ideia de “o que eles achavam que um ocidental iria querer”, com mais pedras do que um típico castelo japonês teria e janelas em arco com vidraças e vidraças. Sua masmorra de aparência europeia “não se parece com uma masmorra japonesa” e, como Fowler aponta, eles construíram uma capela para ele. Seu castelo é o único lugar onde você encontrará talheres, taças e candelabros europeus.
Moda no Japão do Período Edo
A figurinista Suttirat Larlarb basicamente “vive em uma biblioteca”, com monografias e livros sobre trajes e história da moda, além de fotografias em seu apartamento – e essa é uma das principais razões pelas quais Green e Noizumi queriam contratá-la para o trabalho. Ela tem tanto conhecimento que deu palestras semanais sobre fantasias durante a produção para ensinar à equipe mais sobre a cultura da época, como um personagem específico pode usar algo para se distinguir e como essa distinção está relacionada a algo que eles fazem todos os dias.
Uma coisa a saber como base? “Dizer ‘quimono’ é como dizer ‘roupas’.” E Larlarb acrescentou que as roupas masculinas e femininas eram essencialmente as mesmas estruturalmente no início do período Edo – a diferença está em como eles as vestiam, do comprimento à decoração da superfície, à cor e ao tecido.
Em Samurai de Olhos Azuis, Larlarb queria que os espectadores discernissem instantaneamente a classe de um personagem, do shogun ao camponês. Isso faz parte da beleza da animação de o Samurai de Olhos Azuis, remetendo ao imaginário do período Edo, como num épico extenso onde “você pode realmente entender a história que um determinado artista está tentando contar apenas com base em como as pessoas estão vestidas, — disse Larlarb. Por exemplo, Mizu e Ringo têm roupas feitas de tecidos reciclados e mais ásperos que vêm de seu ambiente e seriam pedaços de pano cerzidos, enquanto Akemi, uma princesa, usaria sedas finas, cuidadosamente tingidas e bordadas.
Comida no Japão do Período Edo
Eric Rath fez apresentações à equipe sobre o que cada membro do sistema de classes comeria em um dia, desde membros da realeza e nobres até samurais e camponeses, o que se mostrou útil para aprender a etiqueta adequada à mesa em banquetes e onde itens como o arroz e sopa iriam. “Não estávamos servindo tempura porque os portugueses trouxeram e ainda não tinham naquela época”, disse Wilson. Então eles comiam principalmente vegetais e peixe.
A equipe de Wilson também teve que aprender onde a realeza coloca os hashi (pauzinhos) e para que direção eles estão voltados, pois isso é culturalmente muito importante. “Eles dão grande importância à etiqueta europeia para os nobres no cinema. Então é como, ‘Certifique-se de prestar homenagem à etiqueta japonesa.’ ” Até o chá e o saquê servidos no bordel de Madame Kaji vêm de chaleiras diferentes, como aquela que Akemi serve a seu nobre cliente, Watari (Clyde Kusatsu), que come uma variedade de pargo, salmão, abóbora, daikon em conserva, lótus, tofu, e sopa de missô.
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Nos dias de hoje, encontrar um controle responsivo e de bom custo-benefício é uma das partes mais difíceis de jogar. Não apenas em uma época em que controles de baixo custo apresentam diversos problemas, como drift (ou até controles oficiais), falha nos botões por uma construção do controle pode ser comum se você optar por gastar menos. A família T4 Cyclone da GameSir é perfeita no que diz respeito ao retorno que você terá.
Em sua versão normal e a versão Pro, o T4 Cyclone surpreende por sua construção, botões multifunções e programáveis e os analógicos com hall effect – ou seja, analógicos que nunca apresentam drift.
Ainda que possuam layouts ligeiramente distintos e o controle Pro possua um dongle de menor latência – este último pode ser obtido separadamente para uma melhor experiência -, alguns outros detalhes distanciam os dois. Mas uma coisa preciso confessar, a experiência com ambos é a melhor de um controle Pro para o Nintendo Switch e para o PC. Após me lançar por algumas semanas fazendo uso de ambos os controles trago abaixo as minhas impressões de como tirar o melhor do T4 Cyclone.
Com o botão M multifunção e um aplicativo que permite uma customização completa do controle – o GameSir App está disponível no Google Play e na App Store -, o T4 Cyclone nos garante uma imersão incrível no que diz à experiência única que é ser lançado em games. Após jogar The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, Super Mario Wonder, Sonic Superstars, Mario Kart 8 e muitos outros games, me surpreendi pelo retorno que os controles oferecem aos jogadores. Não apenas por como podemos configurar a vibração deles, mas também por como podemos conectá-lo.
Vale lembrar que os controles são compatíveis com Nintendo Switch, PC, Android e iOS. Ou seja, podemos conectá-los aos dois primeiros com o dongle usb de baixa latência, ou até mesmo por bluetooth e USB-C. Já no Android e no iOS, a opção bluetooth é a solução perfeita. Ainda que a GameSir ofereça aos jogadores a possibilidade de utilizar os dois controles Cyclone com um dongle usb (que pode ser obtido separadamente), utilizar o controle apenas com o bluetooth garante um ótimo retorno.
Após testar os controles no gamepadtester, posso garantir que o controle oferece um erro médio baixíssimo no que diz respeito aos analógicos. Com o analógico esquerdo apresentando um erro 0.7% e o direito um erro de 1.3%, no T4 Cyclone Pro, e com o T4 Cyclone comum apresentando um erro de 0.8% em ambos os analógicos, é possível ver que o controle é feito para que os jogadores não possuam qualquer problema de drift. Ainda em tempo, como citado anteriormente, o botão M nos controles garantem ao T4 Cyclone a opção de retornar o controle ao centro com o Deadzone Mode.
Algo que merece ser citado aqui, é que ainda que os dois controles possuam inúmeras similaridades, eles também possuem particularidades que merecem ser abordadas aqui. O T4 Cyclone Pro vem de fábrica com botões ABXY de micro switches. Com uma vida útil de até 5 milhões de cliques e uma distância de acionamento de 0.6 MM, e conta até mesmo com a vibração dos gatilhos.
Enquanto o T4 Cyclone padrão possui botões ABXY de membrana. Outro detalhe importante, citado aqui, é que o controle Pro já vem de fábrica com o dongle.
Assim como no passado provamos por A+B a razão da GameSir ainda se destacar em relação aos seus competidores – um melhor custo-benefício no que diz respeito à qualidade e retorno -, trazemos aqui mais uma prova cabal: os controles T4 Cyclone garantem um ótimo retorno no que diz respeito à sua qualidade de gameplay. Ambos os controles T4 Cyclone garantem aos usuários experiências imersivas.
E por mais que o controle Pro possua um layout do Xbox, mas não seja compatível com o mesmo, isso ainda pode ser um problema.
Equipados com elementos de controles high-end, ouso dizer que os controles da GameSir proporcionam aos seus compradores um retorno que apenas controles caríssimos e de última geração hão de garantir. Não apenas por possuir uma construção robusta, mas também por ser completamente personalizável, os controles T4 Cyclone tanto em sua versão mais básica, como na versão Pro possuem uma textura que garantem um grip confortável e te permitem jogar por horas a fio, sem qualquer tipo de desconforto. Ao que tudo indica, o T4 Cyclone é um dos melhores controles lançados em 2023.
Outro elemento super interessante do controle, vem do fato do giroscópio embutido no controle ser extremamente preciso. Como a Nintendo continua fazendo uso desta tecnologia em 2023, ver que Mario Kart 8 e The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom se saem bem quando optamos por controlar tanto a mira de Link, ou fazer curvas fechadas na Rainbow Road, os controles se mostram extremamente precisos e garantem um ótimo retorno.
VEREDITO
Com vibrações, gatilhos, botões macros programáveis e conexões plug-n-play, o T4 Cyclone é uma das grandes surpresas do ano. Com diferentes funções, um ótimo custo-benefício e um enorme retorno, os controles da GameSir nos permitem entender a razão da empresa vir se destacando não apenas no cenário competitivo, mas mostra que a marca de Hong Kong já está no hall de grandes players do mercado.
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Gen V é o spin-off da aclamada série do Prime Video, The Boys. A série foi anunciada em 2022 e com uma premissa simples: e se os Supers abordados fossem na verdade, jovens universitários? Como no universo de The Boys, os Supers e os 7 não fazem o que deviam, que é proteger a humanidade, assim, esses jovens se encontram em meio aos perigos de um mundo em que a Vought parece ter as mãos em tudo. O universo criado por Garth Ennis existe como uma crítica ao universo de heróis, não apenas da Marvel e da DC.
Com personagens inteiramente novos do que estamos normalmente acostumados na série principal, acompanhamos a jovem Marie Moreau. Uma recém-descoberta Super com habilidade de hemocinese. Após um trágico acidente, ela é enviada para Red River, um orfanato para jovens Supers órfãos.
Ao longo dos 8 episódios da primeira temporada, acompanhamos as descobertas de um grupo de Supers que se veem unidos após algo inesperado acontecer a todos eles. Por que alguns Supers são mantidos separados dos outros em terríveis situações? Quais segredos a floresta e a Universidade Godolkin escondem?
SINOPSE
Gen V é a série de uma nova geração de heróis. Situada na prestigiada universidade de Godolkin só para super-heróis, novos estudantes são treinados para serem a próxima geração (lucrativa) de heróis. Administrada pela Vought International, a instituição acolhe adolescentes com poderes especiais e hormônios à flor da pele, testando diariamente seus limites físicos, sexuais e morais. Em busca de popularidade e atingir boas notas um grupo de jovens percebem que algo muito incomum está acontecendo na faculdade, entre segredos e muitas brigas violentas, eles finalmente vão descobrir se são os heróis ou vilões de suas narrativas.
ANÁLISE
Gen V nos permite entender que é possível não apenas criar um conteúdo inteiramente novo a partir de uma ideia, como também ser original em relação à série base. A série do Prime Video nos lança na história de Marie Moreau, Jordan Li, Luke Riordan, Emma Meyer, Andre Anderson e Cate Dunlap. Com habilidades bem diversas entre si, o grupo disfuncional de jovens heróis precisa ultrapassar os perigos e as ameaças que a Vought impõe, mas não apenas isso, descobrir seu lugar no mundo, tudo isso enquanto precisam aprender a se respeitar e funcionar juntos.
O elenco absurdo de Gen V promete nos levar além do que foi visto até aqui em The Boys. Com dramas mais identificáveis e o retorno de perigos já conhecidos, Gen V nos permite entender que o mundo da série é amplo e não se resume à núcleos já conhecidos e estafados, como os de Butcher, Starlight e Hughie, os Supers, os 7 e alguns outros. Se The Boys quer reencontrar seu lugar no mundo, precisa seguir as ideias iniciadas aqui, no spin-off.
Segundo Eric Kripe e sua equipe criativa, os acontecimentos de The Boys serão impactados pelos que vem acontecendo na Universidade Godolkin, pois olha, o fim da série te deixará na beirada da cadeira.
Alguns dos personagens de Gen V em apenas uma temporada conseguem ser ainda mais profundos do que os personagens já estabelecidos de The Boys, exprimindo uma gama muito mais vasta de sentimentos. Com motivações e muito mais em risco, tiramos da equação da trama a frieza de Butcher e inserimos no lugar as incertezas da jovem Marie, bem como as inseguranças de todos os outros personagens. Com a presença de Jaz Sinclair e Chance Perdomo na série, vemos que os dois atores tem mais em comum do que serem Supes, já que ambos foram parte do elenco da série da Netflix,As Aventuras de Sabrina e tem uma química muito boa.
Ver como a série apresenta novos poderes ou nos mostra poderes anteriormente já vistos é interessante. A sanguinolência tradicional deste mundo está de volta e mostra que Supers não são nada tranquilos. Afinal, o mundo real seria bem diferente das histórias em quadrinhos se novos indivíduos super poderosos surgissem do dia para a noite. The Boys e Gen V é o mais próximo da realidade que chegaríamos se isso acontecesse.
VEREDITO
A diversidade não apenas de histórias de origem, como de personagens em Gen V é algo que merece ser abordado e louvado. Para além do que foi visto até aqui, o spin-off de The Boys inova na narrativa e em sua forma de apresentar a história. Quando abordados com problemas que naturalmente seriam cotidianos – se tirássemos da equação super poderes -, a série nos apresenta as formas mais absurdas de fechar alguns arcos. Ao longo dos 8 episódios nos aventuramos em laboratórios secretos, escritórios da Vought, festas, programas de tv e qualquer outro lugar, menos uma sala de aula, como seria de se esperar, já que a série é ambientada quase que inteiramente em uma universidade.
Se você deseja se manter por dentro de tudo que vai rolar na 4ª temporada de The Boys, precisa assistir Gen V. E te garanto, a série é diversão garantida.
Nossa nota
4,5 / 5,0
Confira o trailer da série:
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