CRÍTICA – Deadpool 2 (2018, David Leitch)

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Deadpool se tornou, sem dúvidas, um fenômeno dos filmes de super-herói. Com baixo orçamento e classificação para maiores, a produção de Ryan Reynolds ultrapassou todas as bilheterias esperadas, se tornando a segunda maior arrecadação de filmes com classificação R na história dos Estados Unidos. Deadpool ficou atrás apenas de A Paixão de Cristo, fato esse que o próprio personagem não nos deixa esquecer em uma das cenas de seu segundo filme. É nesse cenário que Deadpool 2 chega, de mansinho, para conquistar a sua audiência.

Com um histórico de sucesso e grandes expectativas, o Mercenário Tagarela retorna para o seu segundo filme com mais responsabilidades do que nunca. Após a polêmica troca de diretor, os boatos sobre refilmagens e a compra da Fox feita pela Disney, tudo indicava que a produção não teria a mesma liberdade que o primeiro longa obteve. A escolha de lançar Deadpool 2 logo após o lançamento de Vingadores: Guerra Infinita não pareceu, também, das mais promissoras.

Apesar de todas as adversidades, os fãs não precisam se preocupar: Deadpool 2 possui o mesmo humor ácido e compromisso com a zoeira de seu primeiro filme. O roteiro de Rhett Reese, Paul Wernick e o próprio Ryan Reynolds para o segundo filme traz frescor para a franquia, garantindo a Ryan um espaço maior de atuação e um pouco menos de piadas por segundo. Isso não quer dizer que o filme não seja divertido – muito pelo contrário. A “zoeira sem limites” segue intacta até na escolha clichê de sua trama principal.

Deadpool 2 inicia com um monólogo do próprio personagem sobre como Logan não só roubou sua ideia de filmes com classificação para maiores, mas também decidiu morrer no final – assim como ele nesse filme. É com esse prisma que acompanhamos os acontecimentos da vida de Wade há 6 semanas, quando ele e Vanessa (Morena Baccarin) ainda estão juntos. Sem motivos para viver, Wade se afunda em uma grande depressão, sendo resgatado por Colossus (Stefan Kapicic) e levado a mansão Xavier. Ele  logo percebe o grande erro que cometeu.

Entre inúmeras escolhas erradas, cenas bizarras, créditos parodiando James Bond (com a trilha sonora perfeita de Celine Dion) e piadas com Barbra Streisend, Deadpool se vê no centro da confusão entre Cable (Josh Brolin) e Russell a.k.a Firefist (Julian Dennison). Sem poder suficiente para impedir que o ciborgue do futuro elimine Russell, Deadpool resolve formar sua própria equipe para impedi-lo: A X-FORCE, composta por Zeitgeist (Bill Skarsgard), Bedlam (Terry Crews), Vanisher (Brad Pitt), Shatterstar (Lewis Tan), Peter (Rob Delaney) e Dominó (Zazie Beetz). Domino, que possui o poder de ter sorte, garante grandes cenas de ação para o filme.

Apesar das ótimas escolhas ao longo da trama, Deadpool 2 erra no espaço de suas personagens femininas. Mesmo desempenhando papéis que fazem a diferença na trama, Vanessa, Dominó e Míssil Adolescente Megassônico (Brianna Hildebrand) não são aproveitadas da forma que poderiam, servindo como uma muleta para o desenrolar dos acontecimentos. Há também um desconforto na forma como Dominó, Dopinder (Karan Soni) e o casal Megassônico e Yukio (Shioli Kutsuna), além das piadas de muito mal gosto que os acompanham. Mesmo sendo muito bacana ver o primeiro casal de mulheres em filme de heróis – e de ser inserido de forma muito natural na trama, como deveria ser em todos os filmes e séries – havia espaço para elas desempenharem bem mais do que só “oi e tchau”.

Deadpool 2 consegue manter o espectador entretido durante todo o filme e possui grandes surpresas em seu terceiro ato – aquele que é em CGI, como o próprio Deadpool nos lembra. Com inúmeras referências a cultura pop, ótimas cenas de ação, muitas piadas insanas e capacidade de rir de si mesmo como poucos, Deadpool 2 cumpre seu papel como uma boa sequência.

Avaliação: Bom

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Deadpool 2 estreia no dia 17 de maio em todo o Brasil! Está animado para o filme? Nos conte a sua opinião aqui nos comentários! Se achou legal, compartilhe com os seus amigos nas redes sociais:

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Ah! E lembre-se o filme teve a censura para maiores de 18 também no Brasil e menores não entram nem mesmo acompanhado dos pais. #ficaadica 😉