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    Game of Thrones: Qual o objetivo da saga criada por George R. R. Martin?

    Um texto sobre como a HBO ao contar essa história está rompendo paradigmas

     

    Uma coisa que sempre me perguntei assistindo a série é:

    Qual o objetivo?
    Qual a moral da história?
    Que mensagem querem passar?

    É sobre os losers. Isso mesmo. Sobre os underdogs da vida. Aqueles que passam por você desde o colégio até a velhice e são sempre julgados como inferiores. É sobre o que eles precisam passar e superar pra conquistar muitas vezes o minimo de realização pessoal. É sobre como inconscientemente os classificamos e tentamos dizer qual é melhor ou pior.

    Vou listar alguns personagens, apenas descrevendo-os:

    De um lado da história temos uma família conservadora. Que dizem ser honestos e que pagam seus débitos, mas como todos que se vangloriam demais, possuem “seus podres”. Nessa linda família, temos o galã com cara de príncipe, mas que não é príncipe pra não deixar a história muito óbvia, por isso é como um daqueles atletas em ascensão que sofre uma lesão e nunca mais é o mesmo. Já sua irmã, que faz cara de santa  –  não pra quem a conhece -, é capaz de mandar matar o próprio marido e para proteger seus belos filhos.

    Do outro lado temos uma família que realmente faz valer o nome. Não se dizem honrados. Eles colocam o certo em prática. Mas sabe como é, a irmã mais velha sonha em ser princesa, mas quando chega a hora de ter um relacionamento: os homens a maltratam de todas as formas a ponto de ser estuprada pelo próprio marido. Após estar calejada dos percalços da vida, hoje ouve investidas do mesmo que se dizia apaixonado por sua mãe, enquanto cuida de um reino em um ponto distante no mapa. A irmã mais nova é uma “menina moleque”. Te lembra aquela prima que é a melhor jogadora de futebol da rua e quebrou todos os amigos com quem brigou. O irmão do meio, depois de ser vítima de um “acidente”  –  hoje poderia ser equiparado ao de transito onde o culpado que não cumpre pena e não paga pela imprudência  –  se torna cadeirante e desenvolve problemas mentais. Ah! Essa família também resolveu criar um garoto, que um dia se tornou um cara barbudo, de cabelo grande e que tomou uma surra dos seus “amigos” e uma “facada no peito” ao saber da traição, mas superou e voltou a vida uns dias depois  –  lembrando muito uma parábola da mitologia cristã. Mitologia essa, que é totalmente patriarcal e que nunca colocou um homem se curvando a uma mulher seja lá qual o motivo.

    Sobre nosso barbudo e cabeludo se curvar para uma mulher: Eu aposto que ele irá fazer em algum momento. Ainda mais por ser uma mulher tão sofrida quanto ele, já que foi vendida pelo irmão  –  que buscava retomar o poder familiar  –  e em sua lua de mel se tornou objeto sexual do seu marido, um líder de tribo também patriarcal a qual ela veio a liderar depois. Atualmente a mulher vendida pelo irmão, objeto sexual, a mais sofredora com seu nome, segue caminhando em direção aos seus objetivos e conta com um conselheiro e braço direito que é uma pessoa pequena, vulgarmente chamado de duende. Conselheiro este que sempre foi humilhado e colocado as margens da família. Mas, com uma boa oratória, poder de negociação, estratégia, honra e respeito pelo próximo fizeram dele um grande homem.

    Ainda no time da rainha do mar de sofrimento, temos o negro que era escravo, foi castrado e criado em um ambiente hostil e violento, adestrado a seguir seu dono. Ele se torna uma pessoa gentil e carinhosa com sua amada e aparece na série sendo exemplo de como ser um cavalheiro  –  enquanto dizemos que homem agressivo é devido sua criação, enquanto o homem negro se torna um objeto sexual e/ou piada pelo que dizemos do tamanho do tamanho médio de seu órgão genital. Tratar sua amada com respeito, satisfaze-la psicológica e fisicamente mesmo sem um passado que o tenha preparado para isso – Enquanto isso, vamos para as redes sociais rir dos memes sobre como o “Ken e Barbie transam”.

    Também não podemos esquecer do gordinho CDF, sem talento para ser guerreiro, ou cavaleiro, mas que consegue fazer um procedimento cirúrgico só lendo “tutoriais” encontrados sob as teias da biblioteca. E da mulher guerreira que em um ambiente dominados por homens, vence o mais amedrontador deles.

    Você consegue ver as múltiplas jornadas de realização pessoal que cada um deles?

    Consegue ver pelo que todos eles passaram para mostrar seu valor na posição que estão?

    Consegue perceber que alguns nem queriam mostrar seu valor e só tentavam sobreviver ao ambiente hostil?

    Agora quando você torcer para um personagem, vai perceber que está inconscientemente julgando seu status social. Julgando qual deles é mais merecedor. Qual deles sofreu mais e merece uma recompensa. Julgando-os por dores que você acha que conhece, ou pior: desconhece.

    Em relação a série Game of Thrones, é óbvio que no início assistia pensando: “Quem morrerá primeiro?!“. Seria hipocrisia dizer que eu não tinha minhas crenças a respeito dos losers, mas ao perceber essa sutil mensagem de George R. R. Martim e HBO hoje posso refletir mais sobre essa questão. Se você nunca tinha pensado nisso, agora irá! Vai assistir a série e continuar torcendo por alguém? Sim. Mas enquanto se apegar em “ranquear” o sofrimento e o passado de pessoas em realidades que desconhecemos, por mais empático que se tente ser, não é correto. É pra deixar claro que nosso julgamento de sucesso a respeito de realizações materiais e pessoais são e vão continuar insuficientes. E ao tentarmos julgar os que possuem aparência frágil, aparentam ser perdedores e são chamados de “diferentes” a mão de Game of Thrones cresce pra dar um tapa na sua cara ao final da série.

    Levei sete anos me perguntando, o que eles querem com cenas de mulheres sendo abusadas, sexo entre irmão, criança matando adultos e vice-versa. Está na hora de perceber o quão errado estamos em fazer esse tipo de avaliação, piadas, rir de pessoas em determinadas situações. Foram sete anos de cenas chocantes e plot twists enlouquecedores para te dizer que o mundo mudou; e mudou com força. Eu negro, pobre, acordo cedo e durmo tarde todo dia em busca de algum conhecimento, algo que me realize, que prove meu lugar no mundo e consiga fazer a diferença ao menos paras pessoas com quem me importo, e nesse meio tempo julgo e faço piadas de outros semelhantes. Diferentes em um ponto ou outro, porém semelhantes. E você faz o mesmo. Não minta. Eu sei que faz.

    Provavelmente você pode achar que é exagero meu, que a série é apenas uma forma de entretenimento; por isso pergunto: O que você acha de cotas sociais? Qual a ordem de prioridade de cada uma dessas pessoas depois de “ranqueadas” no seu grupo? Ok, esse texto não é sobre cotas sociais. É sobre o quanto não somos empáticos quando deveríamos ser, ou ainda pior, quando fingimos ser com os chamados “losers“. E quando a história de Game of Thrones se concluir; quando você finalmente entender o que estavam te ensinando ao longo desses anos, vai perceber que apesar de diferentes, temos uma grande defeito: todos nós julgamos o próximo!

    E aí, o que achou da teoria? Deixe seu comentário e lembre-se de nos acompanhar nas principais redes sociais!

    Dwayne “The Rock” Johnson cobre sua tattoo após 22hs de sessão

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    Dwayne Johnson, o The Rock, é certamente uma das principais estrelas do cinema mundial, famoso por diversos filmes, incluindo a franquia Velozes e Furiosos, onde interpreta o policial Hobbs; o ator também protagoniza a série Ballers na HBO e aparentemente encarnará o vilão da DC Comics, o Adão Negro nas telonas. O ator é conhecido pelo seu carisma, profissionalismo, porte físico gigantesco e claro as tatuagens.

    Uma de suas tatuagens mais antigas era a de um touro, que remontava aos seus dias como astro da WWE. Recentemente, ele disse no Instagram que estava planejando uma evolução para a antiga tatuagem e hoje ele mostrou o resultado.

    Confira a publicação do astro hollywoodiano em seu Instagram:

    “Evolução do touro. Após 3 sessões e 22 horas tatuando com o renomado Nikko Hurtado, a história está quase pronta. Cada detalhe é uma reflexão da minha própria história pessoal. Desde as rachaduras e danos nos ossos representando as duras lições da vida que eu aprendi através dos anos. Como cicatrizes e rugas. Eu sou muito agradecido por tê-las porque cada uma delas valeu à pena. Aos chifres, não apontando para os lados, mas para a frente representando energia contínuo progresso. O ponto central da tatuagem está no olho. Olhe mais de perto e você vai encontrar vida, energia, poder e vai sentir o MANA (espírito). O olho conta a história de uma energia positiva sempre pronta para abalar o universo.”

    It: A Coisa | Ator que dá vida ao palhaço Pennywise teve pesadelos

    A nova edição da revista Empire chega nesta quinta-feira, e depois de um trailer assustador, o filme de horror sobrenatural baseado no clássico de Stephen King ganhou mais uma nova imagem.

    Confira abaixo o sorriso macabro de Bill Skarsgård como o palhaço Pennywise, bem como o grupo de jovens que o enfrentarão.

    it pennywise

    Em entrevista para a nova edição da EmpireSkarsgård disse:

    Para que esse filme seja tão eficaz quanto o livro e a série, eu tenho que assustar uma geração inteira. A minha opinião foi que Pennywise funciona de forma muito simples. Nada está acontecendo em termos do que ele está pensando – ele é animal e instintivo.”

    Ironicamente, Skarsgård admitiu que Pennywise infectou seus próprios sonhos após o filme.

    É divertido. Voltei para Estocolmo após as filmagens, e todas as noites durante duas semanas, eu tive esses estranhos sonhos recorrentes com o Pennywise. Eu era ele, mas estava no ambiente errado, de alguma forma. Estava chateado por as pessoas poderem ver o meu rosto. Foi surreal. Não posso explicar isso.”

    It: A Coisa é um remake do filme de 1990, baseado no livro homônimo de Stephen King e contará com a atuação de Bill Skarsgård como Pennywise, além das atuações de Finn Wolfhard (Stranger Things), Jaeden Lieberher (Masters of Sex), Jack Grazer (Tales of Halloween), Wyatt Oleff (Guardiões da Galáxia), Chosen Jacobs (Hawaii Five-0) e Jeremy Ray Taylor (The History Of Us).

    It: A Coisa chega aos cinemas a partir de 8 de setembro. 

    Para mais informações sobre a nova adaptação de It: A Coisa fique ligado aqui no Feededigno e siga-nos também em nossas redes sociais:

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    CRÍTICA – Planeta dos Macacos: A Guerra (2017, Matt Reeves)

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    A nova franquia de Planeta dos Macacos, teve seu início em 2011 com Planeta dos Macacos: A Origem, dirigido por Rupert Wyatt, onde fomos apresentados a César (Andy Serkis), um chimpanzé com uma inteligência superior que acaba liderando uma rebelião contra os humanos em busca de liberdade.

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    Já em 2014, a continuação Planeta do Macacos: O Confronto, dirigido dessa vez por Matt Reeves, se passa dez anos após a conquista da liberdade e César lidera uma nação de macacos geneticamente evoluídos, que está sendo ameaçada por um grupo de humanos, liderados por Dreyfus (Garry Oldman), sobrevivente do vírus mortal originado no primeiro longa.

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    Destaque para a excelente atuação de Toby Kebbel como Koba.

    Resultado de imagem para Toby Kebbell como Koba

    Agora, em 3 de agosto de 2017, temos a conclusão da trilogia com Planeta dos Macacos: A Guerra, novamente com a direção de Reeves, onde César e seu grupo são forçados a entrar em guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito, César lutará contra seus instintos e partirá em busca de vingança. Nessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo.

    E para quem já assistiu os filmes anteriores, certamente esperou três coisas:

    1) Exatamente o que diz o título

    Em ambos os casos anteriores tivemos uma ótima entrega nesses três quesitos. Ao que diz respeito ao título, em A Origem entendemos com clareza como os macacos tornam-se inteligentes e como a gripe símia se tornou uma pandemia ao redor do globo. Já em O Confronto, vemosCésar tendo que lidar com duas formas de confronto: seus inimigos e seus valores. E Matt Reeves conseguiu fazer uma bela sequência, superando seu antecessor; raridade no cinema. Por outro lado, em A Guerra começamos exatamente como esperamos e descobrimos que já durava dois anos a carga final da humanidade na guerra contra os macacos, lideradas pelo Coronel, um militar fanático. Porém o ritmo cai para dar espaço a jornada do protagonista e a tão aguardada guerra acaba sendo deixada para o terceiro ato, que nos surpreende ao não ser contra quem esperávamos e por trazer cenas mal produzidas e desconexas – há momentos em que parece não haver um exército inimigo no campo de batalha – o que pode frustrar os que colocaram grandes expectativas no filme com base no título.

    2) Carga dramática

    Talvez esta seja a principal característica de Planeta dos Macacos: A Origem e O Confronto, onde desperta no espectador uma ligação emocional com algum personagem (raiva, compaixão, respeito, etc) e faz pensar sobre nossa própria evolução e antropocentrismo. Reflexões que nos fazem torcer contra nossa própria espécie.

    Quem não se arrepiou ao ouvir César gritar sua primeira palavra? E o amor de Will (James Franco) ao perceber que no fim, seu melhor amigo estava finalmente “em casa”?

    No segundo longa conhecemos o significado das verdadeiras amizades, aquelas que tornam-se a família que escolhemos ao sermos apresentados à sociedade criada após os eventos passados e a relação entre CésarMaurice (Karin Konoval), Rocket (Terry Notary), Olhos Azuis (Nick Thurston) e Ash (Larramie Doc Shaw); também desenvolvemos ódio por Koba e fomos tocados pelo respeito mútuo que a narrativa desenvolveu entre Malcom (Jason Clarke) e César, bem como a loucura de Dreyfus.

    Em A Guerra, no “elenco humano” a jovem Amiah Miller que interpreta a inocente Nova, não chegou nem perto das boas experiências vividas nos longas anteriores e seu oposto, o vilão Coronel, vivido por  Harrelson, mostrava-se inexpressivo e sem emoção, sobrando então para Preacher, interpretado por Gabriel Chavarria, que ficou “em cima do muro” e não se decidiu. Assim, toda a carga dramática foi colocada nos ombros do “elenco símio” e Andy Serkis, como sempre passeia pela tela grande ao dar vida a César, não menos atrás estão Maurice,Rocket e os novatos Rex (Ty Olsson) e Macaco Mau (Steve Zahn), que parecem tão verossímeis que nos esquecemos completamente que são atores em cena. Este último, por sinal, tornou-se a grande surpresa do filme. Explico: Ao anunciarem Steve Zahn para Planeta dos Macacos: A Guerra, fiquei preocupado com a inclusão de um ator de comédia em um filme que era prometido como “a caminhada mítica de César para cimentar sua posição de Messias dos símios”, mas Zahn conseguiu ser o alívio cômico perfeito, dando leveza ao intercalar cenas divertidas enquanto César seguia em sua via crucis. Fazendo com que as duas horas e vinte minutos não se tornassem cansativas.

    Já que citamos a via crucis de César, se analisarmos bem, ela vem desde o primeiro longa; e em Planeta dos Macacos: A Guerra ela é de longe a parte mais dolorosa. Consequentemente nosso querido protagonista evoluiu ainda mais com o passar dos anos; percebemos isso em sua pronúncia mais humanizada, em sua forma de caminhar – mais ereto e com ombros firmes, com postura de quem carrega a responsabilidade de uma sociedade inteira – e principalmente em sua forma de pensar. Além de fantasmas do passado que o assombram por ainda não ter atingido seu propósito: dar uma vida de paz e segurança para sua espécie.

    3) Capturas de movimento

    O avanço da tecnologia de captura de performance nos traz a sensação de veracidade nos macacos que vemos, é uma sensação de familiaridade, mas ao mesmo tempo, de algo novo. Parece ainda mais real. É como se pudéssemos ver as expressões dos atores nos rostos dos símios. Tudo parece ser crível. Desde um macaco falar até um gorila de aproximadamente 200kg montado em um cavalo.

    ALERTA DE SPOILER!

    Fui ao cinema com a certeza que seria o fim da jornada do nosso herói símio e que veria a morte de César. Estava preparado com caixa de lenços de papel para o fim do filme, mas apesar da cena ser bonita e singela, não comoveu. Uma pena.

    FIM DO SPOILER!

    Confira o trailer:

    Planeta dos Macacos: A Guerra não é um filme de “tiro, porrada e bomba”, ok, um pouco, mas é principalmente sobre a longa caminhada de um líder que busca um lar para sua espécie, paz para seus conflitos internos e a preservação da “humanidade” (para humanos e símios).

     

     

    Avaliação: Razoável

    O que você espera do terceiro episódio da saga de César? Planeta dos Macacos: A Guerra será lançado no dia 3 de agosto de 2017. Deixe seu comentário e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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    CRÍTICA – The Handmaid’s Tale (1ª Temporada, 2017, Hulu)

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    The Handmaid’s Tale ou O Conto do Aia é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Margaret Atwood. A série é protagonizada pela Elisabeth Moss e seu elenco é composto por Joseph Fiennes, Yvonne StrahovskiAlexis BledelMadeline Brewer, Samira WileyAnn DowdO. T. Fagbenle e Max Minghella.

    A trama é uma distopia que mostra um futuro próximo, em que o mundo passa por um sério problema de infertilidade. Em meio a tanto caos, um governo totalitário, chamado de Gileade, domina os Estados Unidos e impõe várias mudanças, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, controlar dinheiro, ter prazer ou até mesmo ler.

    Nesse novo regime, as poucas mulheres que ainda podem engravidar viram as aias e são designadas para famílias da elite governante. São obrigadas a usar uma roupa vermelha, um tipo de chapéu que esconde o rosto e impede que enxerguem os arredores. Durante o período que ficam com essas pessoas, são submetidas a estupros e outras situações degradantes. Todas essas atrocidades são justificadas por uma interpretação extremista de histórias bíblicas.

    A série começa com um ritmo intenso e você é inserido no meio de tudo sem saber o que está acontecendo. A trama vai evoluindo com o passar dos episódios, vamos tomando consciência do que está rolando e do quão bizarra é a situação. O choque é tão grande porque é algo muito real, fazendo uma crítica à misoginia, sexismo e toda forma de preconceito e intolerância presente em nossa sociedade.

    A protagonista June (Elisabeth Moss), após ser caçada e separada de sua família, é enviada à residência do comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) e tem seu nome tirado de si, passando a ser chamada de Offred. Esse nome é mais uma forma de simbolizar a objetificação da mulher na história, dizendo que a mesma pertence a alguém. Nesse caso, “Offred” significa “do Fred”.

    The Handmaid’s Tale faz o uso constante de flashbacks para mostrar os acontecimentos que levaram os Estados Unidos a virar essa república teocrática. Também usa a repressão sofrida pela protagonista para fazer com que a mesma dialogue com o espectador, mostrando a sua visão sobre o que aconteceu e como ela se sente.

    Todo o elenco está muito bem, mas Elisabeth Moss tem um nível de atuação tão elevado que consegue passar o que sua personagem está sentindo apenas com olhares e sorrisos falsos.

    A Yvonne Strahovski que interpreta a Serena Joy, esposa do comandante Fred, protagoniza um dilema bem interessante. Ao mesmo tempo que segue essas novas leis cegamente, no fundo, ela sente um incômodo sobre tudo que está acontecendo. Isso fica cada vez mais claro por causa das expressões e decisões da personagem.

    Outra atriz bem conhecida pelo público é a Samira Wiley, a Poussey de Orange is The New Black, que tem bastante destaque durante toda a temporada de The Handmaid’s Tale, mas não oferece nada muito diferente do que já conhecemos de sua personagem na produção da Netflix.

    Janine ou Ofwarren (Madeline Brewer) além de ser uma personagem importante para o desenvolvimento da narrativa, também é uma metáfora para aquele tipo de pessoa que está vendo algo de errado, mas prefere fechar os olhos e fingir que está tudo bem.

    Dos aspectos técnicos, a série tem uma fotografia belíssima e usa bem os contrastes. Todo o ambiente possui cores mais lavadas, evocando uma atmosfera mais depressiva que condiz com o que está acontecendo. Enquanto o vermelho das roupas das aias se destaca, passando a ideia de vida, até porque elas representam isso para aquela sociedade.

    Nota: Ótimo

    Confira o trailer:

     

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    Jogador Número 1: Confira todos os easter eggs do primeiro trailer

    Baseado na série de livros de Ernest Cline, o filme se passa em um 2045 pós-apocalíptico que o mundo sofreu uma crise energética causada pelo fim de combustíveis fósseis, e para escapar das tristezas do dia-a-dia de uma existência ainda mais triste, as pessoas se aventuram no OASIS, um mundo virtual onde toda e qualquer coisa é possível. Em algum lugar dentro da simulação está um Easter Egg que nos dará as chaves para entrar nesse mundo virtual, e a vida deWatts muda em um instante, quando ele descobre a primeira dica deixada pelo criador do OASISJames Halliday, uma descoberta que levará outros caçadores de Easter Eggs a uma busca desenfreada por Watts, afim de ganhar o maior tesouro do game.

    Halliday era uma criança dos anos 80, a realidade do OASIS foi programada para ter referências daquela década, e parece que Spielberg foi até o próximo level, em sua adaptação cinematográfica. O trailer de Ready Player One contém muitos easter eggs modernos, que contrastam com outros mais retrô.

    Confira o trailer abaixo, e logo depois, os easter eggs presentes no trailer!

     

    Imaginação Pura

    Quando o protagonista Wade Watts coloca o headset de realidade virtual, é possível identificar ao fundo o que parece ser uma homenagem à música de A Fantástica Fábrica de Chocolate de Gene Wilder. A escolha da trilha se encaixa em muitos aspectos, com a óbvia percepção de que quando entramos no mundo simulado, as regras do dia-a-dia não se aplicam mais.

    A Fantástica Fábrica de Chocolate teve grande influência em Ready Player One no que se refere à trama. O OASIS foi criado por James Halliday, que pouco antes de morrer, revelou que havia deixado um Easter Egg dentro da simulação, e a primeira pessoa a encontrar herdaria toda a sua fortuna e a empresa, igual ao ticket dourado que as crianças precisam encontrar da história de Ronald Dahl. Tal como a letra “W” que está presente no nome dos protagonistas de ambas as histórias, Wade Watts e Willy Wonka.

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    Arlequina e Exterminador

    Em 33 segundos do trailer, quando o espectador pode enxergar pelos olhos de Wade, vemos dois personagens à esquerda. Quando olhamos mais de perto, podemos ver que a personagem feminina usa maria chiquinhas e uma saia, visual conhecido da versão atual da Arlequina. A figura mascarada ao seu lado, usa duas espadas cruzadas nas costas e uma bandoleira no peito. Olhando rápido, o personagem pode ser confundido por Deadpool, mas com Arlequina ao seu lado, apostamos que seja Slade Wilson e não Wade Wilson.

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    O Gigante de Ferro

    Não existe dúvidas de onde vem a próxima referência. O Gigante de Ferro tem uma grande entrada aos 44 segundos, marcando o lançamento do personagem nas telonas, desde a sua estreia na animação de Brad Bird em Julho de 1999. Se Vin Diesel reprisará o papel, não se sabe, mas Spielberg e o ator trabalharam junto em outra ocasião, durante a filmagem de O Resgate do Soldado Ryan.

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    Lady Deadpool

    Os que prestaram bastante atenção no Gigante de Ferro, podem ter deixado passar a referência em potencial na cena, a imagem que aparece ao seu lado. Uma figura sombria que possui uma semelhança incrível com Lady Deadpool, com duas katanas e o que parece ser a assinatura da personagem, que é o seu longo rabo de cavalo loiro. Será que é ela mesmo? Provavelmente não, já que ela é propriedade da Marvel/Disney, mas a homenagem parece óbvia para nós.

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    Freddy

    Na marca de 1:00 de vídeo, está o personagem responsável por muitos pesadelos, Freddy Krueger, que os fãs de terror com certeza o reconhecerão por suas garras. Sua aparição acaba rápido, e ele é transformado em milhões de pixels.

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    Aech

    Em 1:03 do trailer, temos uma referência aos livros, um personagem meio ogro atirando com um fuzil com um Aech escrito em seu peito. Isso é uma revelação de como os avatares dos personagens serão adaptados, já que Aech é o nick do melhor amigo de Wade nos livros, com quem ele divide a difícil missão de encontrar o tão falado Easter Egg de Halliday.

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    Tom Sawyer dos dias atuais

    A música muda da metade do trailer em diante e para de tocar a homenagem à Willy Wonka, e começa a tocar a música Tom Sawyer da banda Rush, mas a música não serve apenas de background para reforçar as cenas de ação do trailer. Nos livros, a banda canadense Rush era a favorita do criador do OASISJames Halliday, e todos os seus jogos (incluindo o mundo virtual de OASIS) foram criados enquanto ele ouvia a música de Geddy Lee e companhia.

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    Moto de Luz

    Cruzando o asfalto virtual em 1:35 vemos uma clara referência da moto de Kaneda do anime/mangá Akira e/ou as Motos de Luz da ficção científica Tron, ambos dos anos 80. Tal como A Fantástica Fábrica de ChocolateAkira é um mangá japonês criado por Katsuhiro Otomo; considerado um clássico do estilo cyberpunk e acabou dando origem a um longa-metragem de animação com o mesmo nome, lançada em 1988. Já o filme Tron tem sua trama principal consistindo em Jeff Bridges ser puxado para dentro de um vídeo game enquanto é perseguido por um grupo opressivo de vilões digitalizados.

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    Campo de Batalha de 8-Bits

    Claro que Tron é outra propriedade da Disney, mas isso é meramente outra homenagem. Talvez o aspecto mais importante desse Easter Egg é o símbolo da Atari no aro dianteiro. No começo da história Wade e Aech se preparam para a busca do Easter Egg zerando todos os jogos favoritos de Halliday, só para o caso de isso os levar em uma missão. Dada a época da infância do criador do OASIS, muitos dos seus jogos favoritos são clássicos do Atari, o que pode explicar o porquê de vermos o escorpião do clássico arcade Centipede lutando contra os cavaleiros de Joust em um campo de batalha.

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    88 Milhas

    Não muito atrás das Motos de Luz, está o DeLorean, a máquina do tempo que ficou famosa nos anos 80, por causa da trilogia De Volta para o Futuro. O veículo provavelmente precisará passar das 88 milhas por hora.

    O que você espera da adaptação de Steven Spielberg do bestseller? Jogador Nº 1 será lançado no dia 29 de Março de 2018. Deixe seu comentário e nos acompanhe nas redes sociais para mais novidades:

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