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    CRÍTICA – Fair Play (2023, Chloé Domont)

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    Fair Play estreou no Festival Sundance 2023 na sessão de Competição Dramática dos Estados Unidos. O longa é dirigido e escrito por Chloé Domont, no elenco estão Phoebe Dynevor (Bridgerton), Alden Ehrenreich e Eddie Marsan

    SINOPSE

    Logo após seu noivado, o próspero casal nova-iorquino Emily (Phoebe Dynevor) e Luke (Alden Ehrenreich) não se cansam um do outro. Quando surge uma cobiçada promoção em uma empresa financeira implacável, as trocas de apoio entre os amantes começam a se transformar em algo mais sinistro. À medida que a dinâmica do poder muda irrevogavelmente em seu relacionamento, Emily e Luke devem enfrentar o verdadeiro preço do sucesso e os limites enervantes da ambição.

    ANÁLISE

    Estamos em um século mais igualitário para as mulheres, temos os mesmo direitos que os homens e os mesmos empregos. Mas, isso não significa que o machismo terminou, ele apenas se transformou em algo mais cínico para ser aceito em meio a sociedade. Fair Play parte dessa premissa, desenvolve uma trama extremamente envolvente com ar de filmes de suspense sexual dos anos 80. 

    O primeiro longa da diretora Chloé Domont é viciante, Emily e Luke são o casal dos sonhos: eles têm uma incrível carreira no mercado de ações, são sexualmente compatíveis, estão apaixonados e noivos, tudo parece ótimo em suas vidas. Mas, tem um detalhe: ambos trabalham na mesma empresa e quando Emily ganha uma promoção que Luke achava que seria dele, um jogo de poder se inicia entre o casal. 

    O cenário nova-iorquino a noite e os jargões financeiros colaboram para o tom que a diretora e roteirista busca no filme. Não é apenas sobre um casal em crise, mas também como o dinheiro e o sucesso são capazes de estremecer uma relação. Esses aspectos são visíveis na direção de Domont que escolhe retratar seus personagens através de planos fechados ou sobre uma iluminação baixa – o próprio apartamento de Emily e Luke parece menor à medida que a relação se desgasta. 

    Emily de fato acreditava que a promoção seria de Luke, mas ouve de seu chefe que apenas ela tem a capacidade e que ele é um perdedor. Logo, a protagonista tenta conciliar entre se enturmar com os figurões da empresa e manter sua relação com Luke. Enquanto ele faz o típico “estou orgulhoso por você, mas deveria ser eu” com insinuações de que Emily dormiu com o chefe para conseguir o emprego. 

    Dessa forma, a diretora é sagaz ao levar a relação de Emily e Luke ao fundo do poço para depois evidenciar a fragilidade masculina. É claro que Emily enfrenta adversidades no emprego com seu chefe a chamando de “vadia” quando um negócio dá errado, mas ela volta mais determinada e fatura uma bolada para a empresa. Já Luke tenta difamar a namorada e a agride sexualmente na tentativa de reter algum poder dentro da relação. 

    À medida que a situação fica explosiva, Emily e Luke revelam suas verdadeiras faces, mas ela mostra que não deixará barato. Dessa forma, Fair Play é um filme intenso e parte de um lugar conhecido, onde os homens dizem serem a favor das mulheres, mas raramente as querem ver acima deles. 

    VEREDITO

    Fair Play é um filme atípico do Sundance com uma essência mais mainstream que prende do começo ao fim.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

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    Se você assistiu The White Lotus, precisa assistir essas séries

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    A segunda temporada de The White Lotus chegou ao fim no final de 2022. E desde então, esse que vos escreve, tem procurado séries para suprir o vácuo deixado pela série da HBO. Ainda que The Last of Us seja da HBO, a série conta uma temática completamente diferente. O tom satírico das tramas que giram em torno do hotel de luxo White Lotus, são geralmente baseada em como o privilégio branco atinge todos aqueles personagens. Mas não apenas isso, seus privilégios torna-os quase sempre imunes a qualquer represália.

    O humor obscuro da série, nos faz quase sempre refletir quais daquelas atitudes estamos replicando nas nossas vivências diárias. Confira as 5 produções que você com certeza vai gostar se você é fã de The White Lotus.

    Search Party (5 temporadas – HBO Max)

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    Search Party é uma série dramática e satírica sobre o mal-estar que parece tomar os jovens millenials. A série funciona como o retrato de uma época, e nos apresenta uma trama baseada em um grupo de quatro hipsters privilegiados de Nova Iorque. Dory Sief (Alia Shawkat) enfrenta uma crise existencial, que aliada ao seu trabalho como assistente de uma socialite e seu namoro fadado ao fracasso com Drew (John Reynolds), a levam por uma espiral de autodestruição. A vida de Dory muda quando ela descobre que uma antiga colega de faculdade, Chantal (Clare McNulty) está desaparecida.

    A partir daí, ela entra em uma espiral de obsessão para encontrar a jovem que parece estar envolvida em uma trama muito mais profunda, do que muitos acreditavam. Com a ajuda de Drew, e seus melhores amigos, o egocêntrico Elliot (John Early) e a fútil Portia (Meredith Hagner), os amigos vão até as últimas consequências pra descobrir o que aconteceu com Chantal. A série nos faz questionar por vezes o que estamos assistindo, tudo isso, enquanto nos faz questionar o quão enraizado na sociedade moderna está o conceito de privilégio branco.

    Big Little Lies (2 temporadas – HBO Max)

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    Big Little Lies é uma série repleta de estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, Shailene Woodley, Reese Witherspoon, Zoey Kravitz e muitos outros. A série conta uma história sombria sobre um mundo até então perfeito, da riqueza e dos que vivem em na bela Monterey, um subúrbio da Califórnia. Assim como The White Lotus, a série tem início com um assassinato misterioso, que será contado na história de trás pra frente. Ou seja, os eventos que culminaram naquele assassinato.

    A série é baseada num livro homônimo e ganhou diversos prêmios tanto na sua primeira, como na segunda temporada. Big Little Lies conta a história de três amigas suburbanas, que após a chegada de uma jovem mãe solteira na cidade, descobrem que ela pode estar escondendo mais do que aparenta.

    Por que as Mulheres Matam (2 temporadas – Globoplay)

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    Com um tom bem diferente das séries acima, Por que as Mulheres Matam conta com uma estética e cores saturadas. A série antológica conta tramas que tem sempre algo em comum: Ao final, as mulheres acabam matando alguém. Algo interessante na série é entender como essas tramas e as relações se dão. Ou seja, o roteiro da série sempre subverte sua trama, brincando com nossa expectativa, de quem é a vítima, quem é o assassino e a verdadeira motivação por trás dessas mortes.

    A primeira temporada é ambientada em três diferentes épocas, já a segunda, apresenta tramas não tão espaçadas, cronologicamente falando.

    Succession (3 temporadas – HBO Max)

    Succession conta uma história ligeiramente parecida com a de The White Lotus, mas ao invés de contar uma história diferente a cada temporada, foca sua história na família bilionária Roy, dona de um conglomerado de mídia. A série tem início quando Logan Roy (Brian Cox) tem uma experiência de quase morte, e seus quatro filhos começam uma guerra interna para descobrir qual deles ascenderá como CEO do conglomerado.

    Mas ainda que seus quatro filhos considerem que a morte de seu pai é certa, Logan faz um retorno triunfal e coloca os planos de seus filhos de lado e não parece ter qualquer intenção de deixar sua posição.

    A série foi indicada a mais de 44 Emmys, e já ganhou o prêmio em dois anos consecutivos como a melhor série de drama.

    Little Fires Everywhere (1 temporada – Prime Video)

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    Little Fires Everywhere é baseado no livro homônimo. A série do Prime Video é estrelada por Kerry Washington e Reese Witherspoon e nos aplaca desde seus primeiros minutos. Enquanto conta uma trama sobre privilégio branco e dinâmica de classes, a série nos ambienta a um mundo bem parecido com o nosso. Enquanto nos apresenta atrizes fortes, assim como suas personagens, testemunhamos ao longo de seus episódios o que parece ser uma relação entre duas famílias destinada ao fracasso.


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    CRÍTICA – Shayda (2023, Noora Niasari)

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    Shayda é um drama australiano de língua persa e inglesa que estreou no Festival de Sundance 2023. O filme está na sessão da Competição Dramática de Cinema Internacional.

    Com direção e roteiro de Noora Niasari, no elenco estão Zar Amir Ebrahimi, Osamah Sami, Selina Zahednia e Leah Purcell.

    SINOPSE

    Uma mulher iraniana que vive na Austrália, Shayda (Zar Amir Ebrahimi) encontra refúgio em um abrigo para mulheres com sua filha assustada de 6 anos, Mona (Selina Zahednia). Tendo fugido de seu marido, Hossein (Osamah Sami), e pedido o divórcio, Shayda luta para manter a normalidade para Mona. Estimulada pela aproximação do Ano Novo Persa, ela tenta forjar um novo começo com liberdades novas e irrestritas. Mas quando um juiz concede direitos de visita a Hossein, ele entra de novo na vida delas, alimentando o medo de Shayda de que ele tente levar Mona de volta ao Irã.

    ANÁLISE

    Shayda é o retrato silencioso de uma realidade intangível que acontece com inúmeras mulheres ao redor do mundo todos os dias. A diretora e roteirista Noora Niasari buscou em experiências próprias a base para seu filme, o resultado são 117 minutos de uma apreensão amedrontadora. Logo, é impossível não ficar aflito e agoniado enquanto Shayda tenta fugir de seu marido abusivo, afinal, essa é uma história que todos conhecemos. 

    O longa estabelece desde o primeiro momento um sentimento desolador, na cena de abertura vemos Shayda mostrando a sua filha, Mona, os locais de seguranças dentro de um aeroporto na Austrália. O ato é uma forma de remediar, caso Hossein, tente sequestrar a filha para levá-la de volta ao Irã. 

    Shayda busca confortar a filha e transparecer o mínimo possível da situação, ela está em um abrigo para mulheres. Como uma mulher iraniana, ela enfrenta alguns ataques xenófobos que logo se dissipam quando as mulheres ali presentes compreendem que precisam apoiar umas às outras. O verdadeiro desafio de Shayda está em lidar com seu marido abusivo, que no processo de divorcio ele ganhou o direito de visitar a filha. Hossein é o tipo de abusador que sabe fingir que está arrependido e implora para Shayda o perdoar, mas quando ela diz não, ele mostra sua perversão dizendo que a esposa será morta quando voltarem para seu país.  

    Por outro lado, é impressionante assistir Shayda se desvencilhando desse relacionamento, aos poucos ela vai mudando seu estilo e comportamento, ainda que sinta medo pelas ações de seu marido. Shayda funciona como uma mulher que podemos chamar de “guerreira”, ainda que seja um papel que as mulheres estão cansadas de interpretar. Grande parte de seu esplendor é graças a atuação brilhante da atriz Zar Amir Ebrahim que soube transmitir muito bem a essência de sua personagem. 

    Já a menina Mona, tem os olhos de uma criança assustada sem saber ao certo o que está acontecendo com seus pais, mas ainda assim, percebendo tudo. Logo, a atriz mirim Selina Zahednia é mais uma parte da equação do porque esse filme é tão assertivo, Mona é o tipo de criança que transparece, mesmo sem falar uma palavra. 

    Ainda que filme explore de maneira menos intensa os paradigmas da cultura iraniana sob as mulheres como Shayda, há uns resquícios pelo filme, como o telefonema preocupante da mãe da protagonista que pede que ela volte com o marido, visto que “ao menos ele é um bom pai”. Sendo assim, o longa também revela as micro violências do cotidiano, enquanto a própria protagonista tenta sobreviver e ter esperanças. 

    VEREDITO

    Noora Niasari trabalha muito bem suas personagens principais enquanto assume uma forma de filmar semelhante a um documentário. Shayda é uma obra extremamente resiliente.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

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    Lockwood & Co.: Conheça os protagonistas da nova série da Netflix

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    Em uma Londres repleta de ameaças sobrenaturais, três talentosos caçadores de fantasmas adolescentes se aventuram em perigosos combates com espíritos mortais. Na série Lockwood & Co. que estreia nesta sexta-feira (27) na NetflixRuby Stokes de Bridgerton se junta a uma startup de duas pessoas cuja missão é investigar o paranormal. 

    Enquanto a nebulosa Londres de Lockwood & Co. está repleta de negócios de caçadores de fantasmas, a agência titular é a única administrada por adolescentes. No entanto, a empresa tem a tarefa de desvendar um mistério que pode mudar o curso da história. 

    A série é escrita e dirigida pelo indicado ao BAFTA Joe Cornish (Homem-Formiga) e é baseada na série de livros de Jonathan Stroud.

    LUCY CARLYLE (Ruby Stokes) 

    Depois de ser rejeitada por sua família, perder seu único amigo e ser culpada por um acidente de trabalho mortal, Lucy Carlyle está em seu ponto mais baixo quando chega à Lockwood & Co. Mas ela tem um dom excepcional – ela pode “escutar” fantasmas – e suas habilidades ajudam a equipe a desvendar um mistério diabólico.

    Ruby Stokes é mais conhecida por interpretar Francesca em  Bridgerton . Ela também foi destaque nos filmes  A Banquet ,  Rocks  e  Una . Ela está definida para estrelar o próximo drama  The Burning Girls , baseado no romance de mesmo nome. 

    ANTHONY LOCKWOOD (Cameron Chapman)

    Assombrado pela morte de seus pais, Anthony Lockwood é um adolescente prodigioso com muito a provar e o ego para apoiá-lo. Ele é um líder destemido, mas às vezes imprudente. O promissor ator Cameron Chapman faz sua estreia na TV com Lockwood & Co. 

    GEORGE KARIM (Ali Hadji-Heshmati)

    Um pesquisador brilhante, mas um pouco excêntrico, George Karim se sente um estranho mesmo entre seus colegas de agência. Seu comportamento cada vez mais errático representa uma ameaça para a operação do trio, pois eles se deparam com uma ameaça de outro mundo.

    Ali Hadji-Heshmati também é um novato que equilibra seus papéis de ator com estudos de meio período na famosa Universidade de Oxford. No Reino Unido, ele é mais conhecido por seu trabalho na temporada final do drama médico de longa duração Holby City, e também apareceu na série de comédia Bad Education.


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    CRÍTICA – O Menu (2022, Mark Mylod)

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    Lançado nos cinemas brasileiros, O Menu chegou sem muito alarde, mas chamando bastante atenção daqueles que lhe deram uma chance. Dirigido por Mark Mylod e estrelado por Anya Taylor-Joy (O Homem do Norte) e Ralph Fiennes (Voldemort na franquia Harry Potter), o longa é uma produção de suspense e terror que chegou na quinta-feira, 19, no catálogo do serviço de streaming Star+.

    O filme faz uma sátira as elites e ao conceito do que hoje é visto como arte, como a atividade artística virou um mero produto elitizado e que só pode ser degustado por uma pequena parcela da sociedade, os privilegiados e apenas com o objetivo de sentirem prazer, embora a arte nasceu com o objetivo de incomodar e provocar reflexões.

    SINOPSE

    Em O Menu, a jovem Margot (Anya Taylor-Joy) é convidada por Tyler (Nicholas Hoult) para viver uma experiência inesquecível em um dos restaurantes mais conhecidos – e exclusivos – do mundo. Chamada às pressas por Tyler após o rapaz terminar um relacionamento pouco antes do evento, Margot logo percebe que aquele não é o seu lugar. Lá, a cozinha é liderada pelo famoso chef Julian Slowik (Ralph Fiennes) e estabelecimento fica localizado em uma ilha distante, na qual todos os seus ingredientes frescos são cultivados. Junto de outros clientes autointitulados especiais, como um astro de cinema, funcionários do mercado financeiro, uma crítica gastronômica e um casal milionário, Margot e Tyler entram no bizarro mundo comandado pelo chef Slowik.

    ANÁLISE

    O casal Margot e Tyler são opostos em suas personalidades e na expectativa sobre o que verão no restaurante luxuoso, em que se passa a trama. Desdenhando da experiência e dos outros convidados, Margot tira o chef Julian dos eixos. A interação dos dois atores é muito intensa e Anya Taylor-Joy entrega uma atuação consistente. 

    Além dos personagens e da trama, O Menu acerta novamente no quesito fotografia e cenografia. A escolha dos tons escuros ajuda a criar um restaurante chique e sombrio. Cada espaço do local foi pensado para ser o cenário de um momento específico da história. O mérito fica para o designer de produção Ethan Tobman, que já está habituado a criar ambientes fechados e relevantes, como fez em O Quarto de Jack (2015).

    A construção narrativa também agrada. Cada prato, desde a entrada até a refeição principal, vai sendo apresentado com imagens em close-up, como se o espectador estivesse diante de um reality show de culinária. O tom do roteiro, nessas apresentações, deixa claro as críticas que o longa faz.

    Um fato curioso, é que o roteirista Will Tracy garantiu que visitou um restaurante de luxo, na Noruega, que tinha um menu passo a passo e que a experiência foi “claustrofóbica”. Ele teria sido a fonte de inspiração para a trama do filme.

    Em tempos de polarização política, o alvo do diretor é certeiro: sua crítica serve para aqueles que se veem no topo sem necessariamente entenderem o que isso significa, independentemente de suas visões mais à esquerda ou à direita.

    VEREDITO

    O Menu tem uma trama exótica e inteligente. Por trás das excentricidades há conteúdo interessante, crítica social e até alguma filosofia, embora de difícil acesso, emaranhados nas camadas de humor sardônico. Ralph Fiennes entrega uma de suas melhores atuações dos últimos anos, lembrando ligeiramente o olhar insano do diretor do campo nazista da A Lista de Schindler (1993).

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Mila no Multiverso (1ª temporada, 2023, Disney+)

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    Mila no Multiverso é uma série de aventura e ficção-científica infantojuvenil do Disney+. A série nacional é uma das primeiras produções a serem lançadas na plataforma. Mila no Multiverso é estrelada por Malu Mader, Laura Luz, Rafaela Mandelli e grande elenco. A série chega ao streaming no dia 25 de janeiro.

    A série faz parte do selo Disney+ Original Productions e conta a história de Mila (Laura Luz), uma jovem que após descobrir a existência do multiverso, tem sua realidade alterada para sempre.

    SINOPSE

    Mila no Multiverso conta a história da jovem Mila, que em seu 16º aniversário descobre um dispositivo que pode levá-la para visitar universos paralelos à procura de sua mãe, Elis (Malu Mader).

    ANÁLISE

    Mila no Multiverso

    Ao longo de seus 8 episódios, a primeira temporada de Mila no Multiverso nos apresenta incríveis surpresas. Enquanto testemunhamos os acontecimentos daqueles mundos pelos olhos de Mila, vemos como o Multiverso pode ser vasto e perigoso – mas que a série acaba optando por limitar o nosso alcance e seu orçamento à basicamente três distintos universos.

    Enquanto somos lançados à história em um universo bem parecido com o nosso, Mila leva a vida de uma garota de 16 anos comum, uma estudante que quer se divertir. Mas no dia de seu aniversário, tudo muda. Os Operadores – seres multiversais com motivos escusos – se revelam para ela e sua mãe Elis, mudando suas vidas para sempre.

    Enquanto passa seus dias trancada no laboratório, Elis parece deixar sua relação com sua filha Mila minguar, as fazendo de certa forma se distanciar, e isso parece mudar no dia em que os Operadores chegam. Enquanto aborda temas como a monoparentalidade, vemos a relação das duas personagens crescer, e enquanto somos lançados ao mundo da série, testemunhamos todas as belezas e as particularidades daquelas realidades.

    Em uma delas, a São Paulo que conhecemos é completamente tóxica, já outra, a humanidade parece ter evoluído ao ponto de viver na pura e mais simples sinergia com a natureza, sendo assim, avançadíssimos tecnologicamente.

    Alguns detalhes da série nos fazem levantar alguns alertas. Mas outras, nos fazem só relaxar e testemunhar o desenrolar da série.

    Por se tratar de um elenco muito jovem, é interessante ver como a própria Laura Luz e o elenco de apoio pode fazer em tela. Ainda que outros não tenham muita expressão, a série não parece perder força quando a comparamos com as séries do mesmo nicho.

    VEREDITO

    Por se tratar de uma trama adolescente, ao assistir enquanto um adulto, a trama e os percalços que Mila e seus amigos passam parecem desinteressantes. Mas quando entendemos o subtexto de união, de respeito e de família, tudo se faz mais palatável.

    Enquanto apresenta uma inovação no que diz respeito ao já saturado tópico de “multiverso” – muito diferente de Loki, que criou inúmeras realidades e possibilidades – Mila, precisa se guiar na vastidão de possibilidades e realidades já existentes, a fim de encontrar sua mãe.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    Mila no Multiverso estreia no Disney+ no dia 25 de janeiro.

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