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    10 imperdíveis animações em stop-motion

    O stop-motion usa o mesmo princípio da animação tradicional: vários frames com sutis diferenças entre si são exibidos em alta velocidade para dar a ilusão de movimento. Só que, em vez de um desenho em alta velocidade para dar a ilusão de movimento, o stop-motion usa fotos de bonequinhos ou fantoches. Pense em clássicos como O Estranho Mundo de Jack (1993), A Fuga das Galinhas (2000), O Fantástico Sr. Raposo (2009) e Paranorman (2012), por exemplo.

    A técnica é demorada e cara; por isso, tudo é planejado para que quase não haja erros (e, portanto, refilmagens). Primeiro, os roteiros são gravados com humanos, de uma maneira bem simples, só para os animadores terem referências dos movimentos dos personagens – especialmente os da boca, conforme eles falam, e o jeito como andam. É a chamada “pré-visualização”.

    Então começa a fase de pré-produção. Enquanto os dubladores já gravam os diálogos finais (sem poder improvisar), a equipe de direção de arte tem que produzir, na escala proporcional, todos os cenários que serão utilizados na produção. No caso da série Rilakkuma e Kaoru da Netflix, por exemplo, foi preciso construir parques, prédios, escola, o interior do apartamento do ursinho, o céu, a cidade ao fundo… Tudo isso levou cerca de seis meses.

    Depois de uma longa pesquisa, reunimos uma lista meticulosa de filmes que temos quase certeza que se tornarão seus favoritos na categoria de filmes de animação stop-motion.

    James e o Pêssego Gigante (1996)

    Novamente, Tim Burton assumia a cadeira de produtor para um filme comandado por Henry Selick – o mesmo de O Estranho Mundo de Jack. Com seu estilo visual inconfundível, que depois Burton levaria para suas próprias animações, a obra é baseada em outro livro de Road Dahl e mostra um menino órfão fazendo amizade com insetos humanoides que vivem dentro de um pêssego gigante. É uma pena que a parceria de Burton com Selick não tenha tido continuidade após este filme, que foi indicado ao Oscar de Melhor Canção.

    Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais (2005)

    Cinco anos depois de encantar o mundo com A Fuga das Galinhas e colocar o stop-motion de novo no mapa, o estúdio Aardman resolve presentear seus queridos personagens Wallace e Gromit (um homem e seu cão), protagonistas em diversos curtas da empresa, com seu primeiro longa-metragem.

    Na trama, a dupla investiga a sabotagem ao concurso de vegetais de sua pequena cidade, que pode ter desdobramentos sobrenaturais.

    Mary e Max: Uma Amizade Diferente (2009)

    Outro tipo de filme que não vemos tradicionalmente em animações são histórias baseadas em fatos. Aqui, no relato de uma história real, acompanhamos a inusitada amizade entre uma menina australiana de oito anos e um nova-iorquina de quarenta e quatro anos. Os dois se tornam correspondentes e começam a trocar cartas.

    O filme conta com as vozes do saudoso Philip Seymour Hoffman como MaxToni Collette como a menina Mary. Injustamente, o filme não concorreu ao Oscar de animação em 2009 – que tinha como representante do stop-motion Coraline e o Mundo Secreto.

    Frankenweenie (2012)

    A animação de Tim Burton é inspirada por uma história que Burton escreveu em seus dias de estudante. Este é um tributo, obviamente, a Frankenstein, mas também aos filmes B de terror. Como nunca visto antes, as texturas dos belos personagens da história são um elemento que adiciona muita personalidade ao filme.

    Piratas Pirados! (2012)

    Curiosamente, o filme que seguiu o vencedor do Oscar no estúdio Aardman foi Por Água Abaixo logo no próximo ano. No entanto, o motivo pelo qual não se encontra em nossa lista se deve pelo fato de que esta não é uma animação em stop-motion tradicional, e sim uma animação 3D criada por computação gráfica. Por Água Abaixo não emplacou no gosto popular e sequer foi indicado ao Oscar. Seis anos depois, o estúdio voltava ao que faz de melhor para entregar uma divertida história de piratas, recobrar o prestígio e conquistar nova indicação ao Oscar.

    Los Boxtrolls (2014)

    A animação nos conta a história de algumas criaturas estranhas e temidas (por ignorância) chamadas boxtrolls. O trabalho de animação deste filme é extraordinário. Os detalhes de cada elemento que vemos na tela vão nos surpreender.

    O Laika Studio desenvolveu para este longa-metragem cerca de 80 personagens e aproximadamente 50 cenários em miniatura para uma filmagem que durou 18 meses, sem contar a pré-produção e a pós-produção.

    Anomalisa (2015)

    Geralmente não costumamos ver questões existencialistas complexas em animações. Mas é exatamente isso o que ganhamos quando tal obra é assinada no roteiro e direção por Charlie Kaufman – o sujeito por trás das histórias Quero Ser John Malkovich (1999), Adaptação (2002) e Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004). Deu para sentir o drama né? Literalmente.

    Não por menos, Anomalisa é um dos melhores filmes de 2015 e foi indicado ao Oscar de animação.

    Shaun: O Carneiro (2015)

    Depois de Wallace & Gromit, outra criação famosa dos estúdios Aardman ganhou filme próprio. Trata-se de Shaun, O Carneiro, personagem originalmente parte de uma série de TV de 2007, que durou cinco temporadas. Em 2015, tal universo ganhou a telona.

    Na trama do longa, Shaun e seus colegas ovelhas, saem da fazenda para a cidade grande.

    Kubo e as Cordas Mágicas (2016)

    Dono de um dos visuais mais encantadores de uma produção da Laika Entertainment, e ainda apostando na atmosfera soturna, Kubo e as Cordas Mágicas, se banha na cultura japonesa para contar a história de um menino músico, sua família e seus ancestrais – mesclando o mundo dos vivos e dos mortos.

    Com grandes pitadas do folclore do país, a produção talvez seja a obra mais intensa do estúdio (não recomendado para crianças menores). 

    Ilha dos Cachorros (2018)

    O longa foi lançado em 2018 e é dirigido por Wes Anderson e animado por Tobias Fouracre; ganhando o Oscar de Melhor Filme de Animação. A produção demorou 445 dias e foi produzida por uma equipe de mais de 600 pessoas utilizando mais de 200 cenários. Incrível, não é?

    Na história, o prefeito de uma cidade japonesa, devido a uma epidemia de gripe canina, ordena que todos os cães fiquem confinados na ilha. Um menino de 12 anos inicia uma grande aventura com a missão de chegar à ilha e resgatar seu animal de estimação.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Ilha dos Cachorros (2018, Wes Anderson)


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    CRÍTICA – Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses (2022, Softstar Entertainment)

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    Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é um jogo indie co-op dos gêneros aventura e puzzle desenvolvido pela Underscore e publicado pela Softstar Entertainment. O game foi lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 24 de novembro de 2022.

    Confira nossa análise de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses sem spoilers logo após a sinopse.

    SINOPSE

    Lisha e Aisha são irmãs gêmeas. Elas nasceram com certas características que as diferenciam das pessoas comuns. Lisha, alguns segundos mais velha que Aisha, é dotada de uma mente altamente racional, mas quase incapaz de perceber emoções ou afeto. Por outro lado, Aisha é muito sensível e suscetível. Ela adora fazer viagens vantajosas e costuma se machucar, mas não sente dor.

    Durante uma viagem, Aisha encontra um templo abandonado que existe em um folclore contado pela população local. A lenda diz que todos os sacerdotes que serviram no templo no passado são gêmeos. Além disso, Aisha descobre que um certo aparelho misterioso no templo pode integrar as almas dos gêmeos. Ansiosa para resolver o mistério, Aisha pede a Lisha que explorem o templo juntas. Embora não convencida, Lisha envia seu robô AMBU para fazer uma aventura com Aisha enquanto seu desejo persiste.

    ANÁLISE DE ALIISHA: THE OBLIVION OF TWIN GODDESSES

    Assim como River City Girls 2, Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses foi divulgado pela primeira vez na Nintendo Indie World de dezembro de 2021. Desde então estou de olho nesse jogo, tendo inclusive indicado aqui no site para que você também ficasse.

    Ao contrário das expectativas atendidas por River City Girls 2, com a aventura puzzle das irmãs Aisha e Lisha a história foi diferente. Infelizmente.

    Antes de falar sobre os pontos que me decepcionaram, vou aproveitar para destacar os pontos positivos que me chamaram atenção desde o primeiro trailer e, de fato, cumpriram o que foi prometido.

    O estilo artístico de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é muito bonito. Para mim, é uma mistura de elementos de RPGs clássicos como The Legend of Zelda com um visual abstrato. A Underscore acertou nesse estilo e criou cenários que parecem pinturas.

    Um outro ponto positivo é a trilha sonora, que é fantástica. A música constrói uma ambientação maravilhosa para a exploração dos puzzles que são um tanto enigmáticos. Além disso, há belas cutscenes que misturam todo o potencial aproveitado pelo estilo gráfico e pelas trilhas originais.

    Há que se destacar também o bom trabalho de dublagem das personagens (em inglês), que também é acompanhado por legendas apenas nos idiomas chinês, japonês ou inglês. Mas apesar da boa dublagem, como a sinopse é contextualizada de maneira apressada, logo já estamos no templo resolvendo os primeiros mistérios, tornando difícil de se conectar com a história.

    Os problemas de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses

    O jogo peca por misturar diferentes formas de gameplay e complica o que, normalmente, é simples em outros jogos que se pode jogar solo ou co-op. Ele foi pensado exclusivamente para o Nintendo Switch, de modo que as possibilidades são variadas tanto sozinho, como acompanhado; além de poder ser jogado nos modos TV e portátil.

    Algo estranho aconteceu porque, basicamente, o jogo só funciona bem no modo solo e jogando no portátil. Eu infelizmente não consegui jogar o co-op local porque tenho dois consoles em casa com a minha conta e a da Stephanie conectadas em ambos. No entanto, ao tentar resgatar o segundo código enviado pela Softstar (obrigado pelo envio) na conta dela, o console acusou que o jogo já estava presente em outra conta do Nintendo Switch e que, portanto, não seria possível instalar.

    It Takes Two talvez seja o melhor exemplo de como Aliisha deveria ter sido feito, pois permite que o detentor do game convide outra pessoa que o tenha baixado, sem necessidade de tê-lo comprado. Seria uma forma de evitar esse conflito no caso de pessoas com mais de um Nintendo Switch que vivem na mesma casa.

    Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é um jogo indie lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 24 de novembro de 2022. Leia o review
    Créditos: Divulgação / Softstar

    Numa sessão em que iniciei Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses no modo TV, cheguei a um puzzle que exigia movimentar o Joy-Con para que Aisha fizesse um desenho na parede. Foi impossível fazer a movimentação exigida dentro do tempo limite. Então instantaneamente troquei para o modo portátil e… A resolução do puzzle foi simplesmente apertar o botão A.

    Transicionei para AMBU completar o sua parte do puzzle (pois as tarefas em geral são síncronas) e aí sim o touchscreen foi bem feito para que o robô fizesse a sua parte do desenho.

    Tanto a alternância entre personagens no modo solo, como os recursos de movimento dos Joy-Con no modo TV passam por diversas inconsistências que prejudicam a gameplay. Quando o tempo é curto demais para concluir um puzzle, passar por essas situações se torna frustrante.

    Um outro ponto que deixa a desejar em Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é a usabilidade para avançar os diálogos. As caixas de conversa não possuem rolagem, então você precisa esperar frases em pequenos balões passarem por contra própria. Muitas vezes acontece de apenas uma palavra ser exibida porque a frase ficou mal dividida. Como o jogo possui puzzles enigmáticos, é realmente necessário entender a história. Só que a usabilidade prejudica muito isso.

    Por fim, é importante destacar que o jogo foi lançado com glitches muito estranhos. Na segunda área do game, por exemplo, eu encontrei uma moeda que precisava ser colocada por AMBU em um ponto específico, assim como Aisha deveria colocar um artefato em um totem para que, juntos, executassem uma ação para avançar na história.

    Mas colocar a moeda no local correto não habilitou a ação no totem. Então vasculhei por todos os cantos (literalmente) e encontrei uma parte da parede que me permitiu sair do local e acessar as áreas seguintes do jogo.

    No momento em que escrevo esse review, o jogo recebeu apenas uma atualização e está na versão 1.0.1, e o bug da moeda foi corrigido. Apesar disso, os demais problemas persistem e, infelizmente, prejudicam a experiência de um jogo que tem boas ideias e se diferencia por sua arte.

    VEREDITO

    Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é um conjunto de boas ideias que não foram bem executadas. O jogo se destaca pelo estilo artístico e pela ótima trilha sonora, além de puzzles interessantes, mas aspectos de interface e usabilidade – além dos glitches – prejudicam a resolução dos enigmas, tirando a maior parte do brilho desse que poderia ser uma joia indie no Nintendo Switch.

    Nossa nota

    1,5 / 5,0

    Assista ao trailer de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses

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    CRÍTICA – Aka (2022, Neowiz Games)

    Aka é um jogo desenvolvido pela Cosmo Gatto e distribuído pela Neowiz Games. Lançado em 14 de dezembro, o game está disponível para Nintendo Switch e PC.

    Confira abaixo nossa crítica para o Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Encontre a paz interior num pequeno jogo de mundo aberto. Nestas ilhas cuidadosamente feitas à mão, você pode tirar uma soneca num monstro gigante, alimentar bebês dragões, cuidar da fauna e da flora… mas demônios do seu passado podem voltar para lembrar você de algo que prefere esquecer.

    ANÁLISE DE AKA

    Aka possui uma temática muito interessante: a busca por fazer as pazes com si mesmo e com o mundo após um momento de guerra. A personagem principal, um panda vermelho, viveu momentos terríveis durante a guerra e, agora, quer ajudar os espíritos a encontrarem seu caminho e se doar para construir um mundo melhor.

    Como uma ideia de simulação de vida e missões, Aka possui um mini mundo aberto a ser desbravado pelo jogador. Além da ilha onde Aka mora, há também outras três ilhas a serem exploradas e uma cidade com um mini centro comercial.

    Além das missões específicas, como ajudar alguma alma que está sofrendo, ou curar ferimentos dos animais que vivem na ilha, Aka também possui alguns mini games. Uma recorrência é o jogo de cartas, onde você joga contra algum fantasma. As cartas também são liberadas conforme você finaliza missões do game, dando mais oportunidades ao jogador de vencer as batalhas na mesa.

    Há também dinâmicas específicas, e muito inteligentes, em relação à plantação de alimentos e flores. Alguns itens precisam ser combinados para evitar que insetos ataquem a plantação, o que é algo bem diferente do que vemos normalmente em outros jogos do gênero. Você precisa plantar já levando em consideração essas situações, para impedir que seus alimentos sejam destroçados pelos insetos.

    A estética de Aka é muito linda e me chamou a atenção desde que o game foi mostrado pela primeira vez no Indie World da Nintendo. Eu amo jogos indie, principalmente aqueles que tem uma ideia de aventura, exploração e simulação.

    Aka, portanto, era um título que eu estava ansiosa para jogar e, apesar de toda a ideia e pontos positivos, a gameplay em si não foi o que eu estava esperando. Digo isso porque Aka simplesmente não funciona direito no Nintendo Switch.

    O game possui uma série de bugs que impedem o jogador de prosseguir com a história sem passar nervoso. Você abre o seu inventário para plantar alguma semente, por exemplo, e o personagem fica literalmente travado na mesma posição. A menos que você entre em algum cômodo ou vá em outra área, você fica nessa posição para sempre.

    Às vezes você guarda algo em seu armário, para liberar espaço na bolsa de inventário, e o item simplesmente não sai mais de lá quando você tenta tirar. Se você solta um item no chão sem querer, próximo ao armário que você mantém eles guardados, pode ser que o item simplesmente desapareça e você não consiga mais pegar.

    Há missões que carecem de explicação e, em vários momentos, você fica rodando pelas ilhas tentando entender qual deve ser seu próximo passo. Existe uma personagem com uma bola de cristal que pode te direcionar o caminho, mas a ajuda acaba apenas repetindo algo que você já sabe, o que deixa o caminho um pouco confuso.

    Outro ponto é a questão do craft. Existem itens que você simplesmente não consegue craftar e que são necessários para algumas missões. Por exemplo, tochas. Você tenta criar e ela simplesmente não aparece, então você não consegue progredir.

    A jogabilidade no Nintendo Switch, infelizmente, é bem ruim. É difícil controlar Aka em alguns momentos, principalmente em subidas de rampa. É algo que com o tempo você acostuma, mas obviamente poderia ser melhor trabalhado.

    Já foi informado pela desenvolvedora que existem patches a caminho para correção desses problemas citados, o que é um alívio e mostra que eles estão ouvindo a comunidade. É torcer que, após essas atualizações, Aka consiga alcançar seu potencial, pois é um jogo visualmente bonito e com uma história cativante.

    VEREDITO

    Aka é um jogo com gráficos lindos, dinâmicas de jogo criativas e uma história cativante. No Nintendo Switch, infelizmente, a jogabilidade não é boa e a série de bugs desmotiva bastante o jogador a seguir em frente na história. Após as correções, no entanto, pode ser que o jogo consiga alcançar o resultado esperado.

    Nossa nota

    2,7/ 5,0

    Assistir ao youtube:

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    CRÍTICA – Cinema Panopticum (2021, Darkside Books)

    Cinema Panopticum é o primeiro quadrinho de Thomas Ott a ser publicado no Brasil. Em seu prefácio, a professora Maria Clara Carneiro nos ambienta à história enquanto deixa claro que a história de Ott “mostra a dança da vida, mas a morte pontua a história” com altos e baixos. Apresentando aos leitores uma realidade pouco crível, mas que coisas fantásticas podem acontecer a qualquer momento.

    O trabalho de Ott é único, pois parece fazer uso de “hachuras” para mostrar partes obscuras de nossos personagens e nos ambienta à um mundo sombrio sem pena. Mas só parece. O estilo de Ott vem da técnica conhecida como scratchboard (carte à gratter), algo semelhante às xilogravura brasileiras.

    SINOPSE

    Em Cinema Panopticum, os leitores são conduzidos por uma jovem menina e sua curiosidade até uma cabine escura repleta de caixas com pequenos filmes. Thomas se apropria da mágica dos cinetoscópios, considerado o primeiro equipamento a conseguir capturar imagens em movimento e nos leva as origens do seu cinema ilustrado. Uma narrativa gráfica cativante, bela e aterradora.

    ANÁLISE

    Uma das coisas que mais me chamaram atenção e despertaram a minha curiosidade em “ler” Cinema Panopticum, é de que o quadrinho não possui nenhum balão de diálogo. O quadrinho nos faz viajar por suas histórias apenas analisando seus quadros. Quadros esses que tem início com uma jovem menina que adentra um circo itinerante, mas ao chegar lá, percebe não possuir dinheiro para participar de nenhuma das atividades.

    Para sua surpresa, a menina se depara com uma tenda com cinco cinetoscópios. Ao adentrar na tenda, a menina viaja por histórias que a levarão por mundos fantásticos, pelo luto, criaturas bizarras e muito mais. Tudo isso, por meio de histórias com um visual obscuro e sombrio.

    Cinema Panopticum nos causa um incômodo em um primeiro momento pelo tipo de ilustração usado por Ott. As “hachuras” aplicam uma textura por vezes desagradáveis, proporcionando uma escuridão única que é necessária à trama que o autor conta. O segundo incômodo se dá pelas histórias que aquele mundo sombrio quer nos contar.

    A escuridão da trama vem dos quadros muito bem posicionados e de cinco tramas distintas.

    VEREDITO

    A garota da trama ao adentrar na tenda com cinetoscópios e olhá-los parece abrir uma janela para mundos fantásticos, ligeiramente parecidos com o nosso. E não vê apenas aspectos sombrios da humanidade, vê também aspectos inerentes às convivências humanas e aos horrores que parecem habitar o canto dos nossos olhos, quase que como vislumbres sombrios.

    As histórias de Ott funcionam como antologias, tramas soltas, como histórias de cautela, mas não só isso. As viradas de página da trama guardar surpresas tão sombrias quanto o estilo da arte de Thomas Ott, que te deixarão perturbados ao fim da história.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Cinema Panopticum

    Editora: Darkside Books

    Autor: Thomas Ott

    Páginas: 112

    Ano de Publicação: 2021

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    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    Ah, o Natal! Uma época de muitos presentes, decorações, reuniões de família, comidas gostosas e tradições festivas. Quem poderia imaginar que em muitos países também é uma época de receber visitas de bruxas, espantar demônios, fazer suas necessidades em um presépio… e comer KFC!

    Se essa introdução não fez nenhum sentido para vocês, podem ficar sossegados que a equipe do Feededigno preparou um compilado com as celebrações natalinas mais bizarras e inusitadas ao redor do planeta.

    Confira abaixo!

    Krampus (Áustria)

    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    Como se não ganhar presentes já não fosse ruim o suficiente, as crianças austríacas também precisam se preocupar com Krampus. Trata-se de uma fera peluda com chifres que sequestra crianças que não se comportaram e as coloca em sua cesta.

    Segundo as lendas locais, o demônio seria uma espécie de executor, a serviço de São Nicolau. Muitas cidades da Áustria comemoram o Krampusnacht no dia 5 de dezembro, quando dezenas de homens vestidos como o demônio desfilam pelas ruas brandindo bastões e aterrorizando crianças.

    Seriam as crianças austríacas as mais bem comportadas do mundo?

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    Os “cagões” do Natal (Portugal, Espanha, Itália)

    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    Por alguma razão inexplicável a região da Catalunha (e algumas regiões de países vizinhos) possuem duas tradições de Natal baseadas em, acredite se quiser, cocô! A primeira é o Caganer, que pode ser traduzido como ‘O cagador’: uma estatueta de um camponês sem calças atendendo ao “chamado da natureza” em presépios ao lado de Jesus, Maria e José.

    Essa tradição supostamente começou no final do século XVII ou início do século XVIII. Desde então, crianças de todas as idades se divertem examinando os elaborados presépios para encontrar o garotinho cagão, porém ninguém sabe dizer ao certo o seu significado.

    A segunda é o caga tio, ou ‘tronco de cocô’, que é um pequeno tronco de madeira sorridente que mora na mesa de jantar. Durante o mês de dezembro ele deve ser “alimentado” todos os dias e mantido aquecido com um cobertor. Na véspera de Natal ele apanha com paus para “defecar” os presentes (na verdade, os pais colocam os presentes debaixo do cobertor enquanto as crianças estão ocupadas em outras atividades).

    Trolls natalinos (Islândia)

    Na Islândia o Papai Noel não é a única figura natalina existente. No folclore popular 13 trolls travessos, conhecidos como Yule Lads ou Jólasveinar vagam por todo o país na quinzena que antecede o Natal.

    Assim como os sete anões da Branca de Neve, cada um dos 13 trolls tem sua própria personalidade, e alguns nomes inusitados como: o Fareja-Portas (Doorway-Sniffer), o Lambe-Colher (Spoon-Licker), o Rouba-Vela (Candle-Stealer), o Come-Qualhada (Curd-Gobbler), sem falar no ameaçador Espia-Janelas (Window-Peeper).

    Cada um se reveza visitando as crianças que deixam sapatos na janela do quarto, deixando presentes para aqueles que se comportaram e batatas podres para os malcriados.

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    Mari Lwyd (País de Gales)

    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    A cultura galesa é bastante antiga, e seu folclore rico em superstições. Sendo assim, não é nenhuma surpresa que a população mais ao sul no País de Gales goste de desfilar um cavalo morto-vivo em suas aldeias para celebrar o Natal.

    Em uma exibição que remonta aos tempos dos Celtas, o Mari Lwyd envolve pendurar um lençol branco sobre um poste com um crânio de cavalo e bater nas portas dos habitantes da cidade. A comitiva que carrega a efígie mórbida então canta para os moradores uma canção tradicional pedindo permissão para entrar.

    Para “expulsar” a entidade, os moradores devem cantar de volta um série de insultos e ameaças, além de oferecer alguma comida ou bebida.

    Almoço de Natal com KFC (Japão)

    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    Conhecida como uma das campanhas de marketing natalina mais bem sucedidas desde a Coca-Cola, a tradição de se comer frango frito do KFC no almoço de Natal no Japão teve início na década de 1970. Como a quantidade de famílias cristãs no país é muito pequena, a celebração do nascimento de Jesus era praticamente ignorada.

    A rede de fast-food teve então a sacada de promover seu frango frito como um prato tradicional de Natal. A data é tão importante para o KFC que a receita das vendas de um único dia chegam a representar 5% do seu faturamento anual.

    As famílias japonesas que pretendem saborear um prato de frango frito nessa data precisam fazer seus pedidos com meses de antecedência.

    La Befana, a bruxa natalina (Itália)

    Na Itália, no dia 5 de janeiro as crianças desfrutam de uma visita pós-Natal de Befana, uma bruxa de bom coração. Ela é muito parecida com o Papai Noel: ela voa durante a noite em sua vassoura, entra pela chaminé e dá presentes para aqueles que se comportaram e carvão para os malcriados.

    Ao contrário do bom velhinho, a Befana prefere vinho e uma linguicinha em vez de leite e biscoitos. Porém, há um lado sombrio nessa história: diz a lenda que a Befana foi convidada a acompanhar os três reis magos ao encontro de Jesus, mas ela recusou porque estava ocupada limpando sua casa. Mais tarde, ela teria mudado de ideia e foi procurar o Messias, mas não conseguiu e estaria procurando-o desde então.

    A noite dos rabanetes (México)

    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    Todos os anos, na cidade mexicana de Oaxaca os dias que antecedem o Natal são marcados por um evento conhecido como La Noche de Rábanos (A Noite dos Rabanetes). Trata-se de uma competição onde centenas de artistas exibem suas esculturas em vegetais.

    Os participantes são extraordinariamente criativos em suas composições: desde presépios e cenas bíblicas a monstros fantásticos e criaturas assustadoras. Todos os anos, o evento atrai milhares de visitantes a cidade para testemunhar a competição.

    Os rabanetes utilizados são cultivados especialmente para o evento, e as obras só podem ser exibidas por algumas horas antes que os vegetais comecem a murchar.

    Esconda sua vassoura! (Noruega)

    As celebrações de Natal mais bizarras e inusitadas do mundo

    Os noruegueses acreditam que a véspera de Natal coincide com a chegada de espíritos malignos e bruxas. Em uma tradição sazonal que supostamente remonta às superstições pagãs, a população esconde suas vassouras na véspera de Natal para que nenhuma bruxa travessa possa roubá-las e voar pela noite de inverno para fazer bruxarias. Porém, existem alguns buracos sérios nessa história: como as bruxas chegam à sua casa se não têm vassouras? E se elas já têm vassouras, o que vão fazer com uma segunda?

    “Um feliz Natal” do Pato Donald (Suécia)

    Na Suécia, nenhum Natal está completo sem uma mensagem televisionada do Pato Donald. Por volta das 3 da tarde, na véspera de Natal, toda a nação se reúne em torno das TVs para assistir “Kalle Anka och hans vänner önskar God Jul” (“Pato Donald e seus amigos desejam a você um feliz Natal”), uma coleção de desenhos animados da Disney dos anos 30, 40 e 50.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #99 | Disney Vintage (2020, Disney)

    Exibido pela primeira vez em 1959, o Kalle Anka deve sempre ser transmitido no mesmo horário e apresentado ao vivo. Apesar da mudança dos tempos, a tradição sueca continua a ganhar adeptos: em 2020, 4.5 milhões de pessoas sintonizaram, tornando-a a transmissão com maior audiência da história do país.


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    TBT #208 | O Grinch (2000, Ron Howard)

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    O TBT desta semana entra no clima de Natal e relembra um dos melhores filmes para assistir nesta época do ano. O Grinch lançado em 2000 com direção de Ron Howard e roteiro de Jeffrey Price é uma adaptação do livro infantil de Dr. Seuss, lançado em 1957.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Os 12 melhores filmes para assistir no Natal, segundo a equipe Feededigno

    No elenco estão nomes como Jim Carrey, Taylor Momsen, Jeffrey Tambor e Christine Baranski

    SINOPSE

    Um Grinch (Jim Carrey) que odeia o Natal resolve criar um plano para impedir que os habitantes da pequena cidade de Quemlândia possam comemorar a data festiva. Para tanto, na véspera do grande dia, o Grinch resolve invadir as casas das pessoas e, furtivamente, roubar delas tudo o que esteja relacionado ao Natal.

    ANÁLISE

    Chega dezembro e os filmes natalinos pipocam aos montes nos streamings e salas de cinema, contudo, é sempre bom revisar aqueles que marcaram nossa infância nesta data tão especial. E um desses filmes é O Grinch, o longa que foi lançado mais de 20 anos atrás e ainda encanta por sua narrativa divertida, direção de arte esplêndida e principalmente, pelo espírito natalino. 

    Ainda que na história falte ao personagem principal qualquer apreço pelo Natal é interessante embarcar nessa jornada e perceber como o Grinch vai sendo contagiado pela celebração. Vale lembrar que o longa é uma adaptação de um livro infantil pequeno e que ainda é feito em rimas, mas é fato que toda a essência que Dr. Seuss criou em sua obra foi transportada para a tela. 

    Isso também se deve pela ótima direção de Ron Howard que conseguiu emular muito bem os personagens de Quemlândia, um universo extremamente diferente e adorável. Além disso, o trabalho de produção feito na vila ficcional da vida a narrativa do filme; o mesmo acontece com a caverna do Grinch que ganha aspectos próprios de contrapartida às luzes e enfeites natalinos das casas de Quem.   

    Mas, o filme inteiro gira em torno da figura de Grinch. Interpretado maravilhosamente por Jim Carrey que não poupa caras, bocas e gestos exagerados para tornar o personagem o mais caricato possível e assim, também o mais único. Grinch odeia o Natal por justamente ter sido negado a ele todas as belezas da data e nem a inocente menina Cindy Lou Who (Taylor Momsen) parece ser capaz de tocar seu coração infeliz. 

    Além disso, a vila inteira também não se lembrava mais do verdadeiro significado do Natal e estavam sendo supérfluos com a data. Por isso, ao roubar todos os presentes dos Quem, tanto a comunidade, como o próprio Grinch perceberem qual é o verdadeiro significado do Natal: a união e harmonia. 

    É uma mensagem muito válida quando refletimos sobre o ano que se passou, o Natal é um momento mágico que traz renovação e novas possibilidades. O Grinch trata muito bem dessas questões, sem deixar de lado os momentos cômicos e divertidos do longa.

    VEREDITO

    O Grinch é um filme ideal para se apreciar na época de Natal, com um texto simples, mas bastante cativante para crianças e adultos. É importante ressaltar que o filme recebeu o Oscar de Melhor Maquiagem pelo trabalho impecável feito em Jim Carrey para se transformar no ser peludo e verde.

    E mais uma coisa, a dublagem brasileira com Guilherme Briggs fazendo o personagem principal é simplesmente sensacional, vale a pena dar uma chance!

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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