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    CRÍTICA – O Mar da Tranquilidade (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    O Mar da Tranquilidade é uma série coreana de suspense e ficção cientifica, que foi lançada originalmente no dia 24 de dezembro de 2021 pela Netflix. A produção é mais um título do catálogo de produções originais coreanas da gigante do streaming.

    Confira abaixo nossa análise sobre a produção.

    SINOPSE

    Em uma missão perigosa na Lua, exploradores espaciais tentam recuperar em uma estação de pesquisa abandonada e repleta de segredos.

    ANÁLISE

    O Mar da Tranquilidade é mais uma surpresa das produções sul-coreana de 2021, que certamente pode ter passado despercebida na sua lista, sendo uma série vai muito além do hit Round 6. A produção dirigida por Choi Hang-Yong busca explorar de maneira excepcional uma questão que vem assolando humanidade, e que certamente pode nos levar a um futuro tão obscuro como o da série.

    Com isso, nesse futuro distópico, temos uma equipe que irá a uma estação lunar para recuperar algo que renovará a esperança da humanidade. No entanto, o que essa equipe não espera é que tal exploração irá causa terror e pânico.

    A série apresenta um clima claustrofóbico digno de ser comparado a Alien – O 8° Passageiro (1979) ou mesmo ao jogo Among Us (2018), mas que constrói o seu enredo de forma distinta. Conforme a história da série vai se desenrolando, vemos que a trama se preocupa apenas em desenvolver os personagens centrais e os demais acabam sendo totalmente descartáveis.

    CRÍTICA - O Mar da Tranquilidade (1ª temporada, Netflix, 2021)

    Por mais que os coadjuvantes não acrescentem profundidade a série, os protagonistas têm o desenvolvimento mais raso que um pires, mas que ainda assim conseguem segurar todo enredo de maneira satisfatória. Meu destaque vai para Gong Yoo Han (Round 6) sendo o soldado da agência espacial, o ator é repleto de carisma e passa realmente um ar de urgência diante de toda missão.

    Outro destaque vai para a atriz Bae Doona (Sense8) que apresenta uma atuação repleta de emoções e mistério. Sua personagem tem uma grande importância ao longo de toda missão lunar, que certamente pode trazer um novo recomeço a humanidade.  

    Por fim, O Mar da Tranquilidade é um ótimo k-drama de ficção cientifica que desenvolve bem o seu enredo de forma dinâmica e com boas reviravoltas, mas que peca em não desenvolver os demais personagens. Além disso, a série não mede esforços em suas cenas de gore e vômito (que são extremamente nojentas), seja quando um tripulante é morto ou mesmo nas jorradas infinitas de vômitos. Porém, seus efeitos ficam a desejar em algumas cenas, que parecem ter saído do Playstation 3.

    VEREDITO

    O Mar da Tranquilidade consegue manter o tom de suspense e mistério, e resolve todos os pontos em uma única temporada de maneira satisfatória.

    Nossa nota

    3,0/5,0

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    CRÍTICA – O Último Duelo (2021, Ridley Scott)

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    O filme O Último Duelo, que possui direção de Ridley Scott e roteiro de Nicole Holofcener, Matt Damon e Ben Affleck, já está disponível no Star+. O longa é uma adaptação do livro homônimo de Eric Jager, e também conta em seu elenco com os atores Adam Driver e Jodie Comer.

    Confira nossa análise da produção.

    SINOPSE

    O escudeiro Jacques Le Gris (Adam Driver) ataca Marguerite de Thibouville (Jodie Comer), esposa de Jean de Carrouge (Matt Damon), um respeitado cavaleiro. Ela o denuncia, em um ato de coragem que põe sua vida em risco. O julgamento por combate, um duelo até a morte, coloca o destino dos três nas mãos de Deus.

    ANÁLISE

    Um crime com três versões, um conto medieval, um filme épico, um acontecimento histórico. O Último Duelo de Ridley Scott tem múltiplas facetas que, tal como sua narrativa inicial, deseja ludibriar o espectador para entregar somente no último ato um filme íntegro e honesto. 

    Dividido em três partes, o longa relata os acontecimentos de janeiro de 1386 na França. Marguerite de Thibouville, esposa do cavaleiro Jean de Carrouges, foi atacada e violentada pelo escudeiro Jaques Le Gris, em sua própria casa. O crime levou o cavaleiro e escudeiro a protagonizarem o último julgamento por duelo mortal na Idade Média e também trouxe uma das poucas vezes em que houve uma denuncia de estupro na época. Essa história real está registrada no livro do especialista em literatura medieval, Eric Jaeger, o qual serviu de base para o filme de Scott. 

    A partir disso, O Último Duelo é criativo ao apresentar percepções diferentes do mesmo acontecimento: a primeira contada por Carrouges; a segunda por Le Gris e a terceira e verdadeira por Marguerite. A relação com o conceito de Rashomon de Akira Kurasawa (recentemente foi nosso TBT) é evidente, não só existem perspectivas diferentes, como também põe em prova símbolos de uma época.

    CRÍTICA - O Último Duelo (2021, Ridley Scott)

    Dessa maneira, O Último Duelo questiona o conceito da honra e invoca o falso moralismo da era medieval. Logo, a fachada sobre uma Idade Média regada por histórias de cavaleiros nobres e a salvação pela igreja cai no momento em que Marguerite ousa denunciar seu estuprador. 

    Jodie Comer faz uma contida e certeira atuação que contrasta muito bem com o explosivo personagem de Matt Damon e o irreverente personagem de Adam Driver, e cada qual traz a sua versão perante suas próprias percepções. Carrouges acredita fielmente que seu ato foi consensual, assim como Le Gris julga e desconfia da esposa. Mas, Scott deixa nítido que a versão de Marguerite é sem dúvida a verdadeira. 

    Por isso, mesmo que o filme pareça ter uma narrativa ambígua, o final busca de volta o sentimento de honra da época. Mas, há que preço? A montagem excepcional desenvolvida pela editora Claire Simpson é justa ao mostrar como Marguerite foi subjugada pelo marido, por Carrouges, pela sociedade e pela igreja. Provavelmente, a edição de Simpson seja o ponto alto do longa, visto que, Scott apresenta uma filmagem mais retraída e a mercê do roteiro. Somente na cena do duelo final o diretor consegue mostrar todo seu potencial.

    Ainda assim, o filme pode soar repetitivo ao público, já que muitas cenas são repetidas durante as três versões com um ou dois detalhes a mais ou a menos. Porém, acredito que seja isso que torne o filme tão emblemático, os pormenores dizem muito dos personagens e da história que Scott deseja contar. 

    O roteiro escrito por Nicole Holofcener, Matt Damon e Ben Affleck desconstrói o gênero épico medieval com uma narrativa que evidencia ainda mais a montagem. Consequentemente, O Último Duelo é um filme sobre uma justiça que duvida de sua vítima, que é infelizmente atual para muitas mulheres.  

    VEREDITO

    Ridley Scott volta ao cinema com um filme envolvente, discutindo questões atemporais através de uma época onde se negligenciava a figura feminina. O Último Duelo encontra-se nas sombras de Casa Gucci, lançado pelo diretor no mesmo ano, porém é incrivelmente superior tanto em produção, como em impacto. 

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

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    CRÍTICA | Pacificador – S1E4 A Estrada Mais Paucorrida (2022, HBO Max)

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    Pacificador chega ao seu quarto episódio intitulado A Estrada Mais Paucorrida. Os episódios saem todas as quintas no HBO Max.

    O texto abaixo contém spoilers, ou seja, leia por sua conta em risco!

    ANÁLISE DE PACIFICADOR: A ESTRADA MAIS PAUCORRIDA

    A Estrada Mais Paucorrida serviu para desenvolver cada vez mais nossos personagens, sendo um episódio mais intimista mas que, ao mesmo tempo, trouxe uma dose considerável de ação.

    Trazendo as consequências diretas de todos os atos ocorridos no enfrentamento contra as borboletas, o Pacificador (John Cena) e sua trupe lidaram com as falhas da missão, além de aprofundar ainda mais suas psiques, uma vez que temos aqui uma abordagem de traumas do passado de Chris.

    A atuação de John Cena está estupenda, pois consegue demonstrar a vergonha, frustração e dor que o protagonista está sentindo. O peso de ser um filho de um supervilão supremacista branco está cada vez maior e a culpa por ter passado por todos os problemas em que ele era vítima aumentaram ainda mais as camadas dele. O fato de termos uma história bastante comovente no passado de Chris faz Pacificador ganhar ainda mais possibilidades, o que faz a série ser ainda mais incrível.

    O texto continua galhofa, todavia, há um peso dramático bem interessante. O equilíbrio entre humor e drama funcionou bem demais no quarto episódio.

    Em A Estrada Mais Paucorrida, Adrian Chase (Freddie Stroma), o Vigilante, e Adebayo também ganharam destaque, mostrando suas outras facetas e limites de cada um. Se o anti-herói é maluco e psicopata, (Danielle Brooks) há no fundo alguma bondade. Já Adebayo é o contrário, visto que onde há muita bondade, tem um resquício pequeno de um lado sombrio a ser explorado e que pode ser corrompido por uma linhagem sanguínea que está manchada pelas ações de sua mãe, Amanda Waller.

    VEREDITO

    pacificador

    Falando sobre legado e traumas que passam de geração em geração, Pacificador eleva o nível do texto e se coloca como uma série dramédia em seu quarto episódio. Se manter a qualidade estupenda dos quatro primeiros episódios, o novo investimento da DC vai ser um dos melhores seriados do ano, pois tem um material incrível nas mãos.

    Nossa nota

    5,0/5,0

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    TBT #160 | O Feitiço de Áquila (1985, Richard Donner)

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    Apesar do lançamento ter sido quando eu ainda era muito criança, O Feitiço de Áquila (Ladyhawke, título original) reprisou muitas vezes no saudoso programa Sessão da Tarde e talvez tenha sido um dos primeiros filmes de fantasia a conquistar esse nerd que vos escreve, agora um coroa.

    O elenco principal é formado por Rutger Hauer (Blade Runner), Michelle Pfeiffer (Assassinato no Expresso do Oriente) e Matthew Broderick (Curtindo a Vida Adoidado), além de Alfred Molina (Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa).

    SINOPSE

    Europa, século XII. O Bispo de Áquila (John Wood) toma consciência que sua amada, a bela Isabeau d’Anjou (Michelle Pfeiffer), está apaixonada por Etienne Navarre (Rutger Hauer), um cavaleiro. O Bispo fica possuído de raiva e ciúme, e lança uma maldição sobre o casal: de dia ela sempre será um falcão e de noite seu rival toma a forma de um lobo, impedindo o casal de se entregar um ao outro. Eles têm como único aliado Phillipe Gaston (Matthew Broderick), mais conhecido como Rato, pois é o único prisioneiro que já escapou das muralhas de Áquila.

    ANÁLISE

    “Sempre juntos, eternamente separados” e assim será enquanto houver dia e noite.

    Um bravo cavaleiro negro com um belíssimo falcão sob o Sol, uma bela dama com um temível lobo negro sob a Lua e um amor separado pelo ciclo dos astros com uma terrível metamorfose amaldiçoada.

    Apenas com esta trama principal já seria suficiente para apertar os corações dos românticos e agradar os fãs de fantasia, mas a produção conta também com cenários deslumbrantes filmados em diversos pontos da Itália e figurinos bem feitos.

    Rutger Hauer com Etienne é mortal e frio quando necessário, mas quando se trata da mulher que ama, sua paixão visceral é intensa. Já Michelle Pfeiffer como Isabeau deveria ser alguém por quem todos se apaixonaram à sua maneira, e isso é crível. Até o tagarela Philippe fica impressionado com ela desde o início e a descreve como o “rosto do amor”. 

    Pfeiffer consegue ser mais que um “objeto de desejo” e mesmo com o peso de sua maldição, ela tem momentos alegres, mas também está ciente da desesperança de sua condição. 

    Você é espírito ou carne?“, pergunta Philippe. 

    Eu sou tristeza.”, responde cansada. 

    Isabeau d’Anjou também é corajosa e tão dedicada a Etienne Navarre quanto ele a ela.

    1985 foi um ano agitado para Hollywood, com o lançamento de clássicos atemporais como Os Goonies, De Volta Para o Futuro, Clube dos Cinco, A Testemunha, Out of Africa e Ran .

    O Feitiço de Áquila não foi nenhum “destruidor de bilheterias” como os filmes mais recentes que ultrapassam a casa dos bilhões de dólares, na verdade a produção deu prejuízo: com um orçamento de US$ 20 milhões, sua bilheteria total beirou os US$ 18 milhões.

    Ponto negativo? Claro que tem!

    Um dos aspectos mais “memoráveis” ​​de O Feitiço de Áquila é sua trilha sonora de synth-rock incongruente e controversa, escrita por Andrew Powell do Alan Parsons Project. Powell foi a primeira escolha do diretor Richard Donner desde o primeiro dia, e ele ficou emocionado quando o músico assinou, e continua sendo um defensor ferrenho da trilha de Powell até hoje.

    O que levou Powell a misturar sintetizadores modernos com cantos gregorianos? Meus Deus!

    VEREDITO

    Filmes de fantasia sempre me encantaram e com o passar dos anos o gênero transformou-se de forma exponencial graças à evolução da sétima arte, vide grandes franquias como Harry Potter, O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Mas, jamais devemos nos esquecer dos percussores do gênero como Conan, o Bárbaro (1982), A História Sem Fim (1984), A Lenda (1985), Labirinto (1986) e, claro, O Feitiço de Áquila.

    O longa de Richard Donner pode não ser um blockbuster mas inegavelmente preenche o “check list” de uma boa fantasia medieval.

    5,0 / 5,0

    Nossa nota

    Assista ao trailer:

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    Conheça Barbara Morse, a Harpia

    Barbara “Bobbi” Morse, mais conhecida como Harpia, é uma personagem da Marvel Comics que foi criada por Len Wein e Neal Adams. A primeira aparição de Bobbi Morse foi a HQ Astonishing Tales #12, em junho de 1972 e sua primeira aparição como Harpia foi na HQ Marvel Team-Up #95, em julho de 1980.

    ORIGEM

    Barbara sempre foi uma garota muito inteligente e se destacava nas aulas e competições de ginástica do colégio. Saindo do colégio ela se formou no Instituto de Tecnologia da Geórgia e com um PhD em biologia começou a trabalhar com a Drª. Wilma Calvin em um projeto governamental para achar uma maneira de recriar o soro do super soldado.

    A sua história acadêmica e ficha exemplar chamaram atenção da S.H.I.E.L.D. onde foi convidada a treinar para ser uma agente, se mostrando excelente tanto nos testes físicos como em espionagem. Durante um período, após a queda da S.H.I.E.L.D., Barbara Morse trabalhou como agente dupla na HYDRA, sendo considerada a primeira Víbora da HYDRA até seu disfarce ser comprometido e a mesma voltar a resistência da S.H.I.E.L.D., ajudando a derrubar postos da organização oposta.

    PODERES E HABILIDADES

    Bobbi é especialista em bioquímica e foi classificada pela S.H.I.E.L.D. como mestre espiã, além de ser fluente em espanhol.

    Morse também é considerada uma mestre acrobata, especialista em artes marciais e várias formas de combate corpo-a-corpo, incluindo Kung Fu e Tae Kwon Do.

    Devido a fórmula que foi injetada nela, Bobbi Morse ganhou um grau de força sobre-humana, cuja extensão é desconhecida, sendo forte o suficiente para amassar e quebrar aço com as próprias mãos; além de também ter sua agilidade aprimorada, seu fator de cura também foi aprimorado, podendo curar todas as feridas catastróficas que a colocavam em estado comatoso.

    Seu processo de envelhecimento foi aparentemente interrompido para sempre.

    Ela também está familiarizada com uma ampla gama de armas, utiliza bastões acopláveis como arma principal e binóculo protetores que a permitem enxergar no escuro.

    EQUIPES

    Harpia continuou atuando na S.H.I.E.L.D. e várias vezes atuou ao lado do Homem-Aranha, após ser ferida em trabalho, o próprio Nick Fury condecorou a agente. Renunciando à S.H.I.E.L.D, Barbara Morse foi contratada para investigar a Cross Technologic Empress (CTE), onde confrontou com Clint Barton, o Gavião Arqueiro. Os dois logo descobriram que o CTE trabalhava para o criminoso Fogo Cruzado, ajudando a implementar seus planos de fazer lavagem cerebral em super-heróis, matando uns aos outros.

    Foi durante a fase de criação dos Vingadores da Costa Oeste que Barbara e Clint se casaram, mas Harpia sempre se sentiu insegura na equipe porque não tinha poderes como os demais heróis.

    OUTRAS MÍDIAS

    Na série animada Vingadores: Os Super-Heróis mais Poderosos da Terra a personagem aparece nos episódios de “Hulk vs. the World“, “Widow’s Sting“, “Who You Do Trust?” e “Prisoner of War” e é dublada por Elizabeth Daily.

    Harpia é uma personagem jogável nos games Avengers Academy, Lego Marvel Avengers e Marvel: Avengers Alliance.

    Bobbi Morse é interpretada por Adrianne Palicki na série Agentes da S.H.I.E.L.D.; ela aparece pela primeira vez no episódio “Hen in the Wolf House” da segunda temporada, reaparecendo no restante da temporada como uma personagem regular, assim como na terceira temporada.

    Na série Gavião Arqueiro lançada no Disney+, Laura Barton estrelada pela atriz Linda Cardellini é reconhecida como uma agente da S.H.I.E.L.D. aposentada e teorias dos fãs especulam que a mesma seja a Harpia do Universo Cinematográfico Marvel.

    CRÍTICA – O Beco do Pesadelo (2022, Guillermo del Toro)

    O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley) é o novo filme do diretor oscarizado Guillermo del Toro. O projeto é uma nova adaptação do livro homônimo de William Lindsay Gresham, que já havia ganhado uma versão para as telonas em 1947 pelas mãos do diretor Edmund Goulding, com o nome de O Beco das Almas Perdidas.

    O longa de del Toro possui um elenco estelar que inclui Bradley Cooper, Cate Blanchett, Rooney Mara, Toni Collette, David Strathairn e Willem Dafoe.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Oscar 2022: Onde assistir aos principais filmes da premiação?

    SINOPSE DE O BECO DO PESADELO

    Um jovem ambicioso com talento para manipular pessoas com algumas palavras bem escolhidas junta-se a uma psiquiatra que é ainda mais perigosa do que ele.

    ANÁLISE

    Guillermo del Toro é um diretor que sempre traz um elemento novo, e interessante, em suas produções. Seja pela estética, ou pela narrativa, del Toro está sempre testando novas propostas e entregando projetos diferenciados. Em O Beco do Pesadelo, sua leitura para o livro homônimo de William Lindsay Gresham, o diretor aposta em uma estética noir chique e visualmente impecável.

    O elenco escolhido para a trama é igualmente impecável. Afinal, fazem parte da produção os indicados ao Oscar Willem Dafoe, Toni Collette, Rooney Mara e Bradley Cooper, além da oscarizada Cate Blanchett. Mesmo os papéis secundários possuem participações de luxo, como os atores Ron Perlman, Richard Jenkins, Holt McCallany e Jim Beaver.

    A ambientação de O Beco do Pesadelo é belíssima, e provavelmente encontrará espaço nas categorias técnicas das próximas premiações. Desde as locações no circo até a imersão na cidade grande, é perceptível que o trabalho foi executado com grande esmero, e o torna uma parte essencial do longa.

    A primeira parte do filme se passa completamente imersa na realidade do circo, em uma locação aberta e espaçosa que consegue cativar a atenção do espectador. O diretor de fotografia Dan Laustsen, a designer de produção Tamara Deverell e o figurinista Luis Sequeira fizeram um trabalho exuberante na criação dessa atmosfera e merecem grande reconhecimento pelo seu trabalho.

    CRÍTICA - O Beco do Pesadelo (2022, Guillermo del Toro)

    Entretanto, apesar de O Beco do Pesadelo imprimir uma estética belíssima e ter um trabalho técnico muito bem desenvolvido – inclusive no que tange à direção de del Toro -, é impossível deixar em segundo plano o desenrolar de seu roteiro. Confesso que não conhecia o material base da história antes de assistir ao longa, mas sua condução é por vezes cansativa e com poucos momentos envolventes.

    Apesar dos atores estarem em sintonia e entregarem ótimas atuações, O Beco do Pesadelo possui um ápice fraco e previsível. É possível entender os meandros de seu desenrolar, e os motivos de algumas cenas estarem inseridas em momentos-chave, antes mesmo do fim da projeção, o que acaba tornando o desfecho um pouco decepcionante.

    Ao fechar um círculo perfeito em seus acontecimentos, como se todas as situações convergissem em uma repetição, o clímax de O Beco do Pesadelo parece nunca chegar. Até mesmo o jogo de poder, que acontece nas entrelinhas da produção, não surpreende em nenhum momento. É provável que boa parte desse sentimento venha, também, de sua longa duração. A produção possui duas horas e 30 minutos, uma rodagem extensa e que se torna, por vezes, cansativa.

    CRÍTICA - O Beco do Pesadelo (2022, Guillermo del Toro)

    Mesmo admirando o trabalho de del Toro e reconhecendo que O Beco do Pesadelo possui inúmeros pontos positivos, há de se levar em consideração o quão vazios parecem os personagens retratados, mesmo com todo o tempo de tela que possuem. E essa percepção aumenta quando analisamos as personagens femininas separadamente.

    VEREDITO

    O Beco do Pesadelo é uma experiência visualmente interessante e possui um elenco de primeira. Entretanto, é uma produção que se perde na previsibilidade de sua narrativa.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Assista ao trailer:

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