Desde sua estreia, I Love Lucy se tornou uma das séries mais marcantes da televisão americana de todos os tempos. Sendo reconhecida por muitos não estadunidenses também, não apenas por sua qualidade, fugindo do tom alienador que as séries da época traziam, I Love Lucy trazia de muitas formas uma crítica ao famoso “American Way of Life“. Apresentando os Ricardos é um filme dirigido por Aaron Sorkin que traz em seu elenco Nicole Kidman no papel de Lucille Ball e Javier Bardem como Desi Arnaz, o casal de protagonistas de uma das maiores séries americanas de todos os tempos.
Apresentando os Ricardos conta a história de uma das produções mais bem sucedidas de todos os tempos, durante algumas das semanas mais turbulentas de seus bastidores.
SINOPSE
Lucille Ball e Desi Arnaz se casaram em 1940 e viram sua fama decolar após estrearem uma das mais memoráveis sitcoms americanas chamada I Love Lucy. Entretanto, quando tudo parecia estar indo bem, os dois são envolvidos em uma trama de acusações chocantes que ameaçam sua vida pessoal e profissional.
ANÁLISE
O cinema americano tem um brilhante efeito nostálgico perto da janela de lançamento das premiações. É raro um ano em que o que é lançado entre novembro e fevereiro, não faça referência à algum elemento da cultura americana. 2021 foi um ano como muito dos outros, em que Apresentando os Ricardos faz referência não apenas à nostalgia dos “tempos áureos” da televisão estadunidense, mas nos lança de volta ao passado a fim de exaltar grandes momentos, como os anos em que I Love Lucy brilhou e influenciou completamente a forma de viver de milhões de americanos.
A fim de explicar melhor um pouco do efeito da produção de tv na vida dos estadunidenses, trago um fato curioso. Grande parte da cultura americana foi influenciada quando I Love Lucy estreou. Indo ao ar às segundas-feiras, o fenômeno da TV mudou completamente os hábitos não apenas de consumo dos seus espectadores, como também seus hábitos comportamentais.
Grande parte dos negócios como lojas e lanchonetes passaram a não funcionar perto do horário em que a série era exibida, pois era de conhecimento geral, que na hora em que I Love Lucy estava no ar, ninguém saía mais de casa.
Não apenas por sua relevância na cultura da época, mas também por se destacar entre muitas das produções dos anos 50, I Love Lucy passou a sofrer os mais diversos reveses diantes de acusações que os integrantes do elenco sofriam nos bastidores.
Com um tom de documentário, Apresentando os Ricardos nos leva por uma viagem que não faz muito sentido se você não acompanhou a série, mas funciona como um retrato retrógrado de um passado que deve permanecer onde ele está, no passado.
A atuação de Nicole Kidman não apenas como Lucille Ball, como Lucy, causa aos espectadores uma estranheza peculiar que apenas Lucille era capaz de causar aos que a rodeavam. Enquanto viajamos ao passado e ao presente, testemunhamos os eventos contados não apenas por Lucille, mas pelos presentes durante os acontecimentos contados no filme – vemos que muito diferente de sermos lançados em meio à verdades absolutas, a história contada no filme conta com vários lados e diversas partes a serem levadas em conta.
VEREDITO
Com uma brilhante ambientação, Apresentando os Ricardos nos leva por uma viagem nostálgica à uma Hollywood preconceituosa e misógina, cujo culto à beleza se estende até os dias de hoje – mas que é combatida diariamente pelos presentes na indústria.
A estranheza da aparência de Kidman ao incorporar Lucille não se estende apenas aos materiais promocionais, mas também aos minutos em que a atriz está em cena. Não abaixando a cabeça, ou renegando seu papel na produção da série para TV, Kidman coloca Lucille como a estrela que ela era, ou seja, a cara da produção que colocava todas as segundas cerca de 44 Milhões de Americanos em frente à TV para assistir Lucy e suas peripécias.
Ao nos lançar em uma viagem ao passado, Aaron Sorkin nos mostra que os mais diversos preconceitos da “tradicional” sociedade estadunidense, se estende não apenas à xenofobia – com o cubano Desi Arnaz -, mas também à misoginia que é exibida por muitos até hoje como um culto à virilidade, como se o fato das pessoas serem tratadas de forma igual, fosse um absurdo, ou algo irreal nos dias hoje – afinal, por que um homem branco abriria mão de um privilégio apenas para dar espaço para uma mulher mais velha atuar? Ou dar espaço para um imigrante?
Apresentando os Ricardos nos apresenta uma trama que funciona como a história conturbada que foi a vida de Lucille Ball e Desi Arnaz, durante a produção de I Love Lucy e os mais diversos reveses, fazendo crítica não apenas à forma estadunidense de se viver, mas também de ver o mundo na época.
Nicole Kidman no papel de Lucille é algo tão irreverente quanto poderoso, e com certeza garantirá à atriz muito mais do que foi conquistado até aqui – um Globo de Ouro pelo filme.
Apresentando os Ricardos está disponível na Amazon Prime Video e foi lançado no dia 10 de dezembro de 2021.
Nossa nota
3,0 / 5,0
Confira o trailer do filme:
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O Páramo é um longa original Netflix e tem o estreante na direção David Casademunt que também assina o roteiro da obra.
SINOPSE DE O PÁRAMO
No século XIX, uma família vive isolada em tempos de guerra na Espanha. Contudo, eles tem uma preocupação maior que o terror dos conflitos no país, uma vez que uma criatura maligna que se alimenta de medo começa a atormentá-los. Será que eles vão conseguir sobreviver?
ANÁLISE
O Páramo é um filme que tem como base algumas assinaturas muito semelhantes a outros dois longas do gênero de terror/fantasia que são O Labirinto do Fauno e A Bruxa.
Logo no começo, vemos que há uma tensão no ar por parte do comportamento pai que é ausente emocionalmente e tem um trauma pesado do seu passado que o fere até hoje. Os diálogos carregados de raiva e medo são marcantes, mesmo que em alguns momentos seja bastante repetitivo.
A ideia de que o terror é invisível pode desagradar algumas pessoas, uma vez que o diretor David Casademunt segura a criatura ao máximo para deixar no nosso imaginário como ela é. O longa é lento e não tem nenhuma pressa em acelerar sua narrativa para que tenhamos mais dinamismo, escolhendo contar a história no tempo que for preciso.
As atuações do jovem Asier Flores (Diego) e de Inma Cuesta (Lucia) são muito boas, pois conseguem nos passar os sentimentos de terror e abandono dos personagens.
Se por um lado O Páramo consegue ser tenso e horripilante, pelo outro, a sua duração e roteiro rasos não conseguem segurar o período de 01h32min. Se o projeto se tornasse uma minissérie, com mais desenvolvimento das situações e personagens, certamente daria mais certo.
VEREDITO
Com um roteiro raso, mas com boas atuações e uma atmosfera de horror bem elaborada, O Páramo é um longa para quem gosta de obras mais lentas e que deixam muito mais a nossa imaginação trabalhar do que, de fato, mostram em tela o que está acontecendo. Vale pela estética e fotografia lavadas e que são muito fiéis a situação apresentada.
Nossa nota
3,5/5,0
Confira o trailer de O Páramo:
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A última temporada de Attack on Titanchega à sua Parte 2 e finalmente terá seu desfecho. O anime do estúdio Mappa e criado pelo mangaka HajimeIsayama foi publicado pela primeira vez em setembro de 2009.
Os episódios da segunda parte da última temporada de Attack on Titan são lançados semanalmente em simultâneo com o Japão na plataforma Crunchyroll e Funimation.
SINOPSE DE ATTACK ON TITAN
Levi sofre um grande acidente, enquanto Floch e outros soldados leais a Eren resgatam Zeke. Eren luta contra o ataque de Marley à Ilha Paradis, e contra Galliard, Pieck e Reiner.
ANÁLISE
O final de Attack on Titan está prestes a começar e se a primeira parte da quarta temporada foi o suficiente para levar os fãs à loucura, a segunda parte promete mais ainda. Não temos um dos maiores animes dos últimos tempos em termos de popularidade, como também uma história profunda e cheia de nuances.
Dessa forma, o primeiro episódio desta última temporada mostrou que ainda há muito o que explicar em Attack on Titan e também contou com uma ótima qualidade de produção pelo estúdio Mappa. O tom sombrio e a guerra iminente continua a dominar o cenário de Paradis e agora uma batalha entre os Titãs pode decidir vidas.
A começar por Eren Jaeger, sabe-se pouco das verdadeiras intenções do Titã de Ataque. Sendo algo que o anime pretende guardar até o último momento, o interessante aqui é ver esse protagonista calado através dos olhos dos outros personagens. Dessa forma, o anime opta por mostrar uma visão macro dos acontecimentos, exemplificado na figura de Armin, Mikasa e os demais que supõem que Eren tem outros planos.
O afastamento do público com a figura de Eren parece ser proposital na medida que os personagens de Marley crescem. Pieck ressalta para Gabi que está lutando por seus amigos e não pela nação marleyana. Ainda assim, o poderio de Marley ataca com toda força a Ilha Paradis e nenhuma das tropas consegue conter o invasor.
É preciso lembrar que Attack on Titan pode ser um anime bem gráfico e neste episódio em especial, a animação se torna ainda mais visceral, seja nos corpos dos soldados fuzilados ou na luta entre os titãs.
Neste sentido, Eren em forma de titã enfrenta Reiner com o Titã Blindado e Galliard com o Titã Mandíbula, mas apesar de estar com o Titã Fundador, Eren está em desvantagem. É preciso ressaltar que o 3D é muito bem aproveitado nessas cenas e a luta é com certeza um dos pontos altos do episódio.
Por último, temos Levi que está gravemente ferido após o ataque de Zeke e o resgate do mesmo por seus aliados. Agora, é questão de tempo até os irmãos Jaeger se reunirem, basta saber se Eren irá seguir o plano do irmão (a esterilização e o fim do povo de Eldia) ou se o Titã de Ataque têm outro propósito para os Súditos de Ymir.
Attack on Titan está no começo do seu fim, mas ainda existem muitas questões a serem respondidas. No mangá, o final desagradou os fãs e o mesmo pode se repetir no anime se a produção não souber dosar bem o material. Ainda assim, Attack on Titan já deixou sua marca no mundo dos animes e seu impacto é gigante.
Ao final da temporada, voltamos com uma análise completa.
A segunda temporada de Euphoria chega à HBO após três anos da primeira temporada. A série é uma criação de Sam Levinson, que também roteiriza e dirige alguns episódios. O primeiro capítulo do novo ano é intitulado Trying to Get to Heaven Before They Close the Door.
No elenco estão Zendaya, Hunter Schafer,Sydney Sweeney, AlexaDemie, Barbie Ferreira, JacobElordi, Angus Cloud, Algee Smith e Maude Apatow.
SINOPSE
O retorno de Euphoria explora novos lados dos personagens que não tiveram muito destaque na primeira temporada e ainda revela o destino de Rue (Zendaya). Em meio a caminhos entrelaçados, Rue precisa encontrar esperança enquanto tenta equilibrar as pressões do amor, perda e vício.
ANÁLISE
Com o título de “Trying to Get to Heaven Before They Close the Door”, o primeiro episódio da segunda temporada de Euphoria explora os conflitos deixados no final da primeira temporada, enquanto se aprofunda ainda mais no mundo caótico de Rue (Zedaya) e seus amigos. Tal como o nome do episódio, os personagens estão realmente tentando deixar seus infernos pessoais, ainda que, cada um à sua maneira.
Dessa forma, Euphoria dispensa apresentações em sua volta e foca naquilo que precisa ser contado. Após ser abandonada por Jules (Hunter Schafer), Rue têm uma recaída nas drogas e se o público esperava algum tipo de recomeço para a personagem, saiba que as coisas se tornaram ainda mais intensas. Já Jules também precisa lidar com seus próprios problemas, como visto no episódio especial de Natal, mas o peso da recaída de Rue está todo sobre ela.
Logo, o namoro de Rue e Jules é abalado e durante o encontro na festa de ano novo muito é não dito, mas sentido. As personagens estão entregues, porém os desafios externos como o vício de Rue pode colocar tudo a perder. Se a primeira temporada já foi fundo o bastante, essa busca explorar ainda mais as relações entre esses jovens do ensino médio e seus demônios internos.
O destaque do episódio fica para Fezco (Angus Cloud), um dos personagens mais emblemáticos do show. No início, ele conta sobre sua história e como se tornou um traficante junto do irmão adotivo. Esses primeiros momentos evidenciam que Euphoria está em seu estado original e os temas abordados continuam sendo sexo, violência e abusos de drogas.
Dessa maneira, Euphoria deseja ser nua e crua, trazendo reais significados às ações de cada personagem. O que, de certa forma, evidencia a solidão e o desamparo desses jovens. A direção de Sam Levinson traz esses elementos ao usar um forte flash de luz para destacar os personagens em meio a festa, parecido com uma luz do final do túnel. É como se cada um estivesse encarando seu próprio fim.
Muito se discute se adolescentes podem assistir ou não a série, a própria Zendaya comentou em suas redes sociais que é um show para adultos. Apesar de tratar de adolescentes, a maioria do que é posto em tela é extremamente destrutivo, o que leva a uma série de perguntas sobre as dificuldades da adolescência e como esses jovens são tratados e amparados.
Há uma espécie de problemática a ser vencida em Euphoria, visto que, existem reclamações sobre o excesso de nudez e que a série poderia provocar um desencanto da fase adolescente. Dito isso, é mais correto afirmar que Euphoria se apega a contemporaneidade ao refletir uma visão mais niilista e como os próprios jovens se enxergam e são vistos atualmente.
Por último, é importante ressaltar o incrível trabalho de direção de Levinson. Cada momento parece único em Euphoria e a câmera lenta dá verdadeiros shows cinematográficos. Os tons mais sombrios em contraste com os personagens evocam simbolismos e ainda mais na figura de Rue. Vale comentar o quanto Zendaya abraça essa personagem e a torna palpável para o público, é como se compreendêssemos Rue em seu âmago.
VEREDITO
O primeiro episódio da segunda temporada de Euphoria partiu dos acontecimentos da temporada anterior e tratou de estabelecer novos conflitos entre personagens. O desentendimento entre Fezco e Nate (Jacob Elordi) tomou proporções drásticas, já outros, como Cassie (Sydney Sweeney) começam a temporada com questionamentos sobre si próprios.
Rue e Jules estão prestes a se acertarem, mas muitas coisas ainda podem atrapalhar o romance entre elas. O diretor e roteirista Sam Levinson apresenta um episódio intenso e esteticamente brilhante.
A sétima arte possui muitos filmes com grandes batalhas, mas nem sempre elas são bonitas; afinal, quando o campo fica cheio de gritos, sangue, merda e morte, apenas os vitoriosos conseguem sentir o júbilo da batalha e saborear esse raro momento de êxtase.
De ficções científicas à Terra Média, de adaptações dos quadrinhos à momentos históricos, as grandes batalhas estão presentes no imaginário de diretores e roteiristas, transformando cada uma delas em momentos únicos para nós, os espectadores.
Veja abaixo minha lista com 10 grandes batalhas do cinema!
CORAÇÃO VALENTE (1995)
O longa dirigido e estrelado por Mel Gibson recebeu dez indicações ao Oscar; vencendo em cinco categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. O filme retrata a figura histórica de William Wallace (Mel Gibson), guerreiro, patriota escocês e herói medieval, dando ao protagonista uma faceta mais romântica, idealista e menos sanguinária.
No fim do século XIII, os rebeldes escoceses lutavam contra o domínio do Rei Eduardo I, da Inglaterra e em 1297 um exército formado em sua maioria por camponeses venceu a monarquia inglesa dando um passo importante na Guerra de Independência Escocesa.
Embora bem recebido pelo público e crítica, que elogiaram principalmente as cenas de ação (como a Batalha da Ponte de Stirling), o filme acabou sendo extensamente criticado por acadêmicos e historiadores por ser pouco fiel a real história da rebelião da Escócia contra a Inglaterra e a biografia de William Wallace.
Independente da liberdade criativa de Mel Gibson, pra mim Coração Valente é maravilhoso e sempre me faz chorar.
De acordo com historiadores, a Batalha da Ponte de Stirling contou com aproximadamente 5.000 a 6.000 escoceses contra 9.000 a 12.000 ingleses.
No longa, seguimos o Rei Leônidas (Gerard Butler) e seus 300 espartanos numa luta épica contra o interminável exército persa liderado pelo ImperadorXerxes (Rodrigo Santoro).
Apesar da Batalha das Termópilas não ser uma batalha de campo aberto, a escolha de Leônidas foi estratégica, pois ele sabia que em uma batalha em campo aberto não teria chances, pois os gregos estavam em grande desvantagem numérica em relação aos persas.
Então, Leônidas optou por lutar em uma estreita passagem, na qual a grande vantagem numérica persa seria anulada, pois os soldados espartanos não poderiam ser atacados pelos flancos nem por trás, apenas pela frente, e nesse sentindo, os trezentos espartanos eram superiores aos persas, pois lutavam em um sistema conhecido como falange, no qual homens fortemente protegidos por escudos e armaduras se colocavam lado a lado, com suas lanças posicionadas para frente, formando uma unidade compactada extremamente difícil de ser rompida.
Além disso, Esparta era a maior potência militar do mundo grego e os espartanos dedicados à batalha, nasciam, cresciam e esperavam morrer em combate; diferente dos soldados de Xerxes, que eram formados em grande parte por escravos e mercenários.
Os historiadores estimam que havia entre 5.000 a 10.000 soldados gregos, enquanto as estimativas do exército de Xerxes é de cerca de 250.000 soldados. A Batalha das Termópilas teria ocorrido em 480 a.C. e foi decisiva para a vitória grega sobre os persas na Batalha de Maratona (490 a.C.).
AVATAR (2009)
Escrito e dirigido por James Cameron, o sci-fiAvatar é estrelado por Sam Worthington, Zoë Saldaña, Michelle Rodriguez, Sigourney Weaver e Stephen Lang.
Em 2154, os humanos exploram Pandora, uma das luas de Polifemo, um dos três planetas gasosos que orbitam o sistema Alpha Centauri. Em Pandora, os colonizadores humanos e os Na’vi, nativos humanoides, entram em guerra pelos recursos do planeta e pela continuação da existência da espécie nativa.
O título do filme refere-se aos corpos híbridos humanos-Na’vi, criados por um grupo de cientistas através de engenharia genética, para interagir com os nativos do planeta.
Avatar foi um fenômeno cinematográfico, seja pelas cores vibrantes, seja pela fauna e flora desenvolvida para Pandora, seja pela mensagem do filme. Eu assisti essa obra-prima 3 vezes no cinema! E com isso ajudei a criar uma das maiores bilheterias mundiais: 2,8 bilhões de dólares!
O longa de Cameron foi indicado em nove categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, porém foi premiado apenas em três categorias: Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Visuais e Melhor Direção de Arte.
Aqui, Jake Sully (Sam Worthington) é um ex-fuzileiro paraplégico, que vai para Pandora em busca de dinheiro para uma operação que o curaria da paralisia; Jake é coordenado pela Dra. Grace Augustine (Sigourney Weaver) no Programa Avatar, para utilizarem-se de híbridos humano-Na’vi geneticamente modificados para interagirem e compartilharem cultura e conhecimento com os nativos.
Quando os interesses humanos pela exploração de recursos naturais põe em risco toda o bioma de Pandora, cabe a uns poucos humanos, cientistas com seus Avatares e aos Na’vi se unirem sob a liderança do mítico Toruk Makto para lutarem pela sobrevivência de todo o planeta.
Podemos dizer que essa batalha é algo surreal. Diversas tribos de Na’vi, humanos, Avatares e até a fauna lutando lado a lado em combate terrestre e aéreo contra um inimigo em comum: a cobiça humana.
O SENHOR DOS ANÉIS: AS DUAS TORRES (2002)
A trilogia de O Senhor dos Anéis, obra máxima de Peter Jackson baseada na obra do escritor J.R.R. Tolkien, dispensa apresentações e juntos, seus três filmes acumularam 30 indicações ao Oscar, vencendo em 17 categorias; um feito inédito até hoje.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres recebeu seis indicações ao Oscar, vencendo em duas categorias: Melhores Efeitos Visuais e Melhor Edição de Som.
Mas o assunto desta publicação é batalha! E o segundo longa da franquia apresenta três:
Isengard: Sendo atacada por Barbárvore e outros ents;
Osgiliath: Sendo atacada por orcs e Espectros do Anel e
Abismo de Helm: Sendo atacada pelos pelos Uruk-hai.
Na minha opinião, a Batalha do Abismo de Helm é sem dúvida a mais épica da trilogia. Apesar da coragem e bravura dos rohirrim e o auxílio da tropa de arqueiros élficos, liderados por Haldir (Craig Parker), os números do inimigo são absurdamente maiores que o disponível na antiga fortificação em que encontram-se Aragorn (Viggo Mortensen), Legolas (Orlando Bloom) e Gimli (John Rhys-Davies).
Durante uma batalha desesperadora e praticamente perdida, Gandalf (Ian McKellen) chega com Éomer (Karl Urban) e seus cavaleiros de Rohan ao Abismo de Helm e destroem os exércitos de Saruman (Christopher Lee) no maior resgate/ataque pela retaguarda do cinema.
O SENHOR DOS ANÉIS: O RETORNO DO REI (2003)
O último filme da trilogia, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, levou sozinho 11 estatuetas, vencendo em todas as categorias indicadas, igualando os feitos dos clássicos Ben-Hur (1960) e Titanic (1998).
A conclusão da mais épica das histórias obviamente deveria culminar na mais épica das grandes batalhas (apesar de como mencionado, eu preferir a batalha também já mencionada). Aqui temos os exércitos de Sauron nas planícies de Gondor prontos para a batalha contra Minas Tirith após a invasão e conquista de Osgiliath.
Nesta batalha pela sobrevivência entre o bem e o mal, temos homens, anões, elfos e hobbits contra orcs, trolls, olifantes e o temível Nazgûl, o Espectro do Anel, com seu wyvern.
A batalha é memorável e me faltam palavras para descrevê-la, restando para você a melhor opção: assistir.
O HOMEM DE AÇO (2013)
Quem disse que grandes batalhas têm que ser entre exércitos? Pode ser um exército de um homem só, não? No caso dois “deuses” destruindo tudo por onde passam, ou melhor, lutam.
Em O Homem de Aço o maior destaque ao meu ver é para Faora-Ul (Antje Traue). A kryptoniana leal ao General Zod (Michael Shannon) é implacável, mas no fim o antagonista do Superman (Henry Cavill) é quem tem que brilhar.
Se um dia fizerem um live action decente de Dragon Ball Z vamos torcer para que façam grandes batalhas iguais as deste filme ao recriarem as lutas de Goku, Vegeta e companhia.
Com o inegável sucesso da trilogia de O Senhor dos Anéis, os “tolkianos” estavam a uma década órfãos de uma adaptação cinematográfica dos romances e a chance de poderem rever na tela grande as maravilhas da Terra Média.
Mas eis que o “segundo pai” da Terra Média retornou, agora com uma trilogia adaptando a obra O Hobbit.
Confesso que não sou muito fã desta nova trilogia, pois achei cansativa e não me ganhou como a de O Senhor dos Anéis; por outro lado, eu jamais poderia negar que há cenas incríveis e batalhas mais incríveis ainda, em especial a do terceiro filme: O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos.
O título me incomoda, já que não vi cinco exércitos. Eu contei apenas:
O exército de anões liderados pelo divertidíssimo Dain Pé de Ferro (Billy Connolly);
O exército élfico liderado por Thranduil (Lee Pace) e
O exército orc com seus wargs e trolls, liderados por Azog, o Profano (Manu Bennett).
JOGADOR Nº1 (2018)
Raros são os filmes baseados em livros que conseguem superar a obra original e Jogador Nº1de Steven Spielberg é um deles. Não que a obra de Ernest Cline seja ruim, mas estamos falando do “Messi do Cinema”.
Essa lista inclusive surgiu após uma das minhas muitas reprises do filme.
Estrelado por Tye Sheridan,Olivia Cooke,Lena Waithe, Win Morisaki, Philip Zhao,Mark Rylance, Simon Pegg e Ben Mendelsohn, o longa é ambientado em 2045, onde grande parte da humanidade usa o OASIS, uma realidade virtual de simulação, para escapar do mundo real.
Após a morte do criador do OASIS, James Halliday (Mark Rylance), uma caça aos easter eggs que promete a propriedade do OASIS ao vencedor é iniciada, e Parzival (Tye Sheridan), Art3mis (Olivia Cooke), Aech (Lena Waithe), Daito (Win Morisaki) e Sho (Philip Zhao) tentam completar o desafio antes que Nolan Sorrento (Ben Mendelsohn) e a IOI, uma corporação capitalista possam fazê-lo.
Escolher uma batalha como a melhor de todas as grandes batalhas é algo extremamente difícil, mesmo nessa lista com apenas 10 delas, mas se o quesito for referência à cultura pop, A Batalha da Terceira Chave ganha facilmente e de lavada! Eu queria mesmo era que todo o filme se passasse no OASIS.
Jogador Nº1 é um “orgasmo visual nerd/geek” e uma verdadeira caça aos easter eggs.
O longa foi indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Visuais, mas não venceu.
1917 é dirigido e produzido por Sam Mendes, que co-escreveu o filme com Krysty Wilson-Cairns e é parcialmente inspirado por histórias contadas a Mendes por seu avô paterno, Alfred, sobre seu serviço durante a Primeira Guerra Mundial.
O filme segue dois soldados britânicos, cabo Will Schofield (George MacKay) e cabo Tom Blake (Dean-Charles Chapman), em sua missão de entregar uma mensagem importante ao tenente-coronel Mackenzie (Benedict Cumberbatch) para cancelar um ataque ofensivo que será condenado se iniciado.
A batalha em questão não é uma grande batalha em si, mas a cena de Will correndo da trincheira em meio a explosões foi filmada em um único take e é uma sequência que culmina o longa que deu o que falar no que se refere a técnicas de filmagem; já que foram realizadas com tomadas longas e tomadas de câmera em movimento elaboradamente coreografadas para dar o efeito de tomadas contínuas.
O longa é inspirado na Operação Alberich, uma retirada alemã para novas posições na Linha Hindenburg, mais curta e mais facilmente defendida, que ocorreu entre 9 de fevereiro e 20 de março de 1917. No entanto, todos os personagens principais e secundários são fictícios.
VINGADORES: ULTIMATO (2019)
VINGADOREEEEES!
avante
Tá, o Capitão América (Chris Evans) falou muito baixinho o avante, mas isso não foi problema. Todo mundo estava ali pra porradaria que ia rolar e todos no cinema surtaram igual.
Se Jogador Nº1 é uma verdadeira caça ao easter egg, Vingadores: Ultimatoé o ápice do Universo Cinematográfico Marvel depois de uma longa jornada de 22 filmes, 3 Fases e 11 anos!
Todos esperavam por esse momento, seja fã da Marvel ou fã da DC; afinal, nunca antes na história do cinema havíamos visto uma reunião tão grande de super-heróis em um único filme.
Depois do final fúnebre de Vingadores: Guerra Infinita até o público queria vingança contra Thanos e essa batalha que poderia ser muito bem nomeada com A Revanche, foi épica!
Em apenas cinco dias, o longa bateu a marca de US$ 1 bilhão de bilheteria e após 13 semanas de exibição, quebrou o recorde de maior bilheteria de todos os tempos de Avatar, mas o lugar foi retomado recentemente, após o relançamento do filme de James Cameron na China.
E para você, será que faltou alguma nesta lista de grandes batalhas do cinema? Deixe sua contribuição nos comentários abaixo!
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ESTE TEXTO QUE CONTA A HISTÓRIA DE BLACK KRRSANTAN POSSUI SPOILERS DO SEGUNDO EPISÓDIO DE O LIVRO DE BOBA FETT
A primeira aparição de Black Krrsantan foi nos quadrinhos publicado pela Marvel, em Star Wars #15. Criado por Jason Aaron e Mark Mayhew, Black Krrsantan foi uma surpresa para muitos fãs ao marcar presença pela primeira vez em uma série live-action.
Black Krrsantan tem um longo histórico com diversos personagens do universo Star Wars, incluindo Obi-Wan Kenobi, Jabba, e até mesmo Boba Fett.
Durante sua estadia em Tatooine, o caçador de Recompensas Wookie foi contratado por Jabba o Hutt a caçar Obi-Wan Kenobi. A terrível marca que o Wookie tem no olho esquerdo, vem do conflito com Kenobi. Caso você não tenha notado a cicatriz na série do Boba Fett, é provável que o caçador de recompensas vá aparecer também na série de Obi-Wan.
Após não conseguir capturar Obi-Wan, Black Krrsantan deixou Tatooine por um tempo. Pouco tempo depois, o personagem foi contratado junto de Boba Fett por Darth Vader. Enquanto Fett foi encarregado de caçar Luke Skywalker, Black K é incumbido da missão de encontrar “um agente” do Imperador. Após seu contrato com Vader chegar ao fim, Krrsantan decide se tornar um gladiador.
É na sua fase de Gladiador, que Krrsantan conhece a Doutora Aphra, uma arqueologista contratada por Vader. E assim começa a história da dupla que é repleta de idas e voltas, e amizades e traições.
A história de Black Krrsantan data desde antes de sua contratação por Jabba. Cronologicamente falando, ele apareceu no quadrinho Doctor Aphra Annual #1 de 2017, Black Krrsantan era um Wookie desonrado que se submeteu ao treino dos Irmãos Xonti, criminosos que tinham um negócio lucrativo de lutas clandestinas. Foi nessa época que Black K melhorou suas habilidades e ganhou sua reputação de ser sedento por sangue.
A primeira iteração live-action do personagem foi no segundo episódio da série O Livro de Boba Fett. O personagem que foi contratado pelos gêmeos, primos de Jabba o Hutt, atua como guarda-costas dos gêmeos que têm intenção de tomar o controle de Tatooine das mãos de Boba Fett. Mas será que os gêmeos vão obter êxito em sua empreitada?
Confira o trailer da série:
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