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    CRÍTICA | Euphoria – S2E2 Out of Touch

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    A segunda temporada de Euphoria é transmitida semanalmente na HBO e HBO Max. O segundo episódio, chamado de Out of Touch, é dirigido e escrito pelo criador da série Sam Levinson

    Confira nossa análise sobre o episódio!

    SINOPSE

    Quando o novo semestre começa, Jules (Hunter Schafer) questiona a nova amizade de Rue (Zendaya) e Elliot (Dominic Fike) enquanto Cal procura por respostas (Eric Dane).

    ANÁLISE

    O segundo episódio da nova temporada de Euphoria deixa evidente, de uma vez por todas, que a série deseja explorar novos núcleos de personagens. Não é como se estivéssemos fugindo da base da série, que seria o relacionamento de Jules e Rue, mas Sam Levinson mostra que existe muito mais em Euphoria.

    Por isso, Out of Touch é sobre o que esses personagens dizem que querem versus o que eles realmente querem. Logo, muitos desses desejos estão fora de alcance para alguns. É o caso de Nate (Jacob Elordi), após se recuperar da agressão de Fezco (Angus Cloud), ele imagina como seria sua relação com Cassie (Sydney Sweeney) e como poderia ser o relacionamento ideal. No entanto, o relacionamento conturbado com seu pai empurra Nate para um ciclo de micro agressões. 

    Ainda assim, o envolvimento de Nate e Cassie será algo importante nessa temporada. Cassie é uma personagem extremamente vulnerável que pode ser facilmente manipulada por Nate ou trazer uma certa redenção ao rapaz. 

    Outro personagem explorado no episódio foi Maddy (Alexa Demie), agora sem Nate, a personagem passa a ter novas percepções sobre sua própria vida. Com um  trabalho de babá, Maddy visualiza uma vida que ela sempre quis, mas sua carência emocional ainda é bastante forte para lhe aproximar de Nate. 

    Com uma imagética visual, Levinson traz cenas do que seria o relacionamento perfeito entre Nate e Cassie, ao mesmo tempo que aborda a personalidade de Maddy. Há um teor de fantasia em ambas as partes que, com a narração de Rue, torna tudo ainda mais intenso. 

    Já a relação entre Fezco e Lexi (Maude Apatow) é contida e caminha sem pressa. Na cena em que Cal, o pai de Nate, vai à mercearia de Fezco, a tensão é gigante com cores saturadas contrastando com uma iluminação forte. Novamente, o tema do episódio vem à tona, Lexi não consegue dizer o que deseja a Fezco. Certamente, alguns acontecimentos aproximaram ainda mais esse casal.  

    CRÍTICA | Euphoria – S2E2 Out of Touch

    Um dos melhores momentos do episódio fica por conta de Kat (Barbie Ferreira). Sem entender o porquê não consegue gostar de seu namorado, Kat volta ao seu mundo de fantasia. O interessante aqui é o quanto esse personagem é imagética e consegue trazer um sentimento de irreal a série, sendo também os momentos que mais temos referência a cultura pop (o guerreiro que entra em seu quarto lembra o Khal Drogo de Game of Thrones). 

    Para Kat é fácil fugir de sua realidade, mas também é extremamente dolorido. A cena com as blogueiras dizendo que ela precisa “amar a si própria” critica o discurso maçante de positividade das redes sociais. Ainda que Kat verbalize que odeia a si mesma, a pressão para que ela seja perfeita e não só de corpo, como mentalmente saudável, é gigante. É sem dúvida, a melhor cena do episódio, o diretor constrói um ambiente sufocante e aterrador. 

    Como dito no começo dessa análise, Jules e Rue pouco aparecem nesse episódio. Jules ainda não sabe que Rue voltou com as drogas, já Rue continua a frequentar as reuniões de reabilitação. No próximo episódio, provavelmente veremos mais de Elliot (Dominic Fike) e também como sua presença pode interferir na relação das protagonistas.

    Por último, a dinâmica entre Rue e Ali (Colman Domingo), introduzida no especial de Natal, é um dos momentos mais sinceros e fortes que existem na série. Por isso, é mais uma apelo que a série continue a trazer essa dupla, visto que Ali pode ser fundamental para reabilitação de Rue. 

    VEREDITO

    Out of Tough buscou firmar algumas relações da série e explorar o âmago de alguns personagens. Com uma  tema sobre realidade versus desejo de um boa dimensão do quanto a série pode ser além de suas protagonistas.

     A estética continua impecável, a série trabalha bastante com a teoria das cores, dando a cada personagem e cena uma cor ou luz que transmite o que aquele momento significa. 

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer da segunda temporada

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    House of the Dragon: Conheça Blackfyre, a espada Targaryen

    Blackfyre é a lendária espada de aço valiriano empunhada por Aegon I Targaryen, que ele empunhou durante a conquista dos Sete Reinos. Depois, tornou-se a preciosa lâmina ancestral da Casa Targaryen, empunhada por reis e príncipes; se tornando assim a mais famosa das várias espadas valirianas que pertenceu à Casa Targaryen, posteriormente dando o nome à Casa Blackfyre.

    ORIGEM

    É sabido que a espada foi forjada em Valíria, antes da Perdição de Valíria, mas a data é incerta.

    PORTADORES CONHECIDOS

    • Rei Aegon I Targaryen;
    • Rei Aenys I Targaryen;
    • Rei Maegor I Targaryen;
    • Rei Jaehaerys I Targaryen;
    • Sor Alfred Broome (brevemente);
    • Rei Daeron I Targaryen;
    • Sor Daemon I Blackfyre;
    • Aemon Blackfyre (brevemente);
    • Sor Aegor Rivers.

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    AEGON, O CONQUISTADOR

    Após a Conquista de Aegon, o Rei Aegon I Targaryen usou Blackfyre para matar Qhorin Volmark durante a invasão das Ilhas de Ferro; e durante a Primeira Guerra Dornesa, Aegon matou o campeão da Casa Toland com sua espada.

    Embora Aegon, o Conquistador, em posse de sua espada Blackfyre fosse um guerreiro formidável, sua irmã-esposa Visenya Targaryen, temia que a lâmina não fosse suficiente para proteger o novo rei do perigo. 

    Em 10 d.C. (Depois da Conquista), o Rei Aegon I Targaryen foi então convencido a permitir a formação da Guarda Real.

    Em 28 d.C., durante um torneio em Correrio, o Rei Aegon I concedeu o título de cavaleiro a seu filho mais novo, Maegor Targaryen e o presenteou com a espada ancestral da família. Apesar do filho  mais velho do rei, Aenys Targaryen, ter empunhando a Blackfyre algumas vezes, o príncipe não era mais do que um espadachim mediano. 

    Em 37 d.C., o Rei Aegon I TArgaryen morreu em Pedra do Dragão. Seu corpo foi queimado em uma pira funerária com as mãos cruzadas sobre o punho de Blackfyre; após os ritos, o príncipe Maegor recuperou a espada, que havia ficado mais escura pelas chamas, mas estava continuava intacta.

    MAEGOR, O CRUEL

    Após a morte de seu irmão mais velho, o Rei Aenys I, em 42 d.C., Maegor ascendeu ao Trono de Ferro à frente do filho mais velho de seu irmão e herdeiro, Aegon II. Ele foi coroado em Pedra do Dragão, usando a coroa valiriana de aço de seu pai, em vez da coroa ornamentada de Aenys I.

    Quando o Grande Meistre Gawen insistiu que o Trono de Ferro passasse para o filho de Aenys, Príncipe Aegon, Maegor decapitou Gawen com Blackfyre. Maegor empunhou sua espada ancestral de aço valiriano durante seu julgamento de sete contra os Filhos do Guerreiro, com o novo rei matando Sor Damon Morrigen e Sor Willam, o Andarilho

    Mais tarde, o então Rei Maegor I Targaryen usou Blackfyre para matar o Grande Meistre Myros quando este falou contra Maegor se casar com Tyanna, de Pentos. Entre as muitas vidas que a lendária espada ceifou, talvez a de Tyanna tenha sido a mais brutal; após confessar ter envenenado os filhos das outras rainhas de Maegor, o rei usou Blackfyre para arrancar o coração da rainha e deu para seus cães.

    AEGON II

    Durante a guerra civil conhecida como Dança dos Dragões, muito provavelmente a legitimidade de Aegon II Targaryen contra sua rival e primogênita do rei anterior, Rhaenyra Targaryen, tenha aumentado justamente por ele ter a posse da lendária espada.

    Quando Aegon II retomou Porto Real perto do fim da guerra civil Targaryen, ele permitiu que o condenado Trystane Truefyre recebesse o título de cavaleiro antes de sua morte; Sor Marston Waters apelidou o jovem de Sor Trystane Fyre, e Sor Alfred Broome então decapitou o cavaleiro recém-formado com Blackfyre.

    A CASA BLACKFYRE

    Em 182 d.C.,o Rei Aegon IV Targaryen escolheu conceder a espada Blackfyre para seu filho bastardo Daemon, um guerreiro nato, em vez de seu filho legítimo e erudito, o futuro Rei Daeron II Targaryen. Sor Daemon, que era conhecido pelo sobrenome bastardo Waters até então, tomou o nome de “Blackfyre” depois disso, criando a Casa Blackfyre. Alguns achavam que a espada do Conquistador simbolizava a monarquia, então o presente foi uma das sementes da rebelião.

    Daemon I Blackfyre empunhou a espada durante a Primeira Rebelião Blackfyre em 196 d.C. e travou um duelo épico com Sor Gwayne Corbray da Guarda Real no Campo de Grama Vermelha, enfrentando a própria lâmina valiriana de Gwayne.

    Após Daemon I perecer em batalha, o meio-irmão de Daemon, Aegor Rivers, conhecido como Bittersteel, tentou reunir os rebeldes com a lendária espada em mãos, mas Aegor Bittersteel se retirou após duelar com outro meio-irmão, Brynden Rivers, um rival chamado Bloodraven.

    PARADEIRO DA BLACKFYRE

    Com Daemon I Blackfyre e seus filhos gêmeos mortos, Bittersteel levou Blackfyre com ele para o exílio nas Cidades Livres, onde fundou a Companhia Dourada. A posse da espada após Bittersteel é desconhecida.


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    Por dentro da Série Round 6: Livro revela bastidores da produção

    Lançada em setembro de 2021, Round 6 emplacou recordes de audiência e se tornou a série mais assistida da história da plataforma de streaming Netflix, vista por nada menos que 142 milhões de assinantes. O estrondoso sucesso é seguido por uma legião de pessoas sedentas por mais informações acerca de todo o universo da série, seus personagens e histórias de bastidores.

    É voltado a esse público o conteúdo de “Por dentro da Série Round 6”, livro da editora Citadel lançado em 22 de dezembro de 2021.

    A perturbadora mescla de jogos infantis, sangue, luta por sobrevivência e crítica social se inspira em Battle Royale e no universo dos mangás. Carregado de detalhes, “Por Dentro da Série Round 6” mostra, por exemplo, quem são os sete personagens principais e como cada um deles votou no jogo.

    Escrito pelo sul-coreano Park Mijoon, o livro é uma espécie de guia não-oficial da série e oferece um olhar muito aprofundado e detalhista, revelando pequenos segredos e curiosidades escondidas, como algumas dicas para os jogos que acontecem em cada episódio ou um olhar mais analítico sobre cada personagem que aparece na série.

    Sobre o autor

    Park Minjoon é roteirista e crítico de televisão. Nasceu em Ssangmun-dong, um bairro de Seul, e estudou cinema na Universidade Nacional de Seul. Desde pequeno jogava bolinha de gude, cabo de guerra e o squid game (que deu nome à série ao redor do mundo, mas aqui no Brasil intitulou-se Round 6).

    Sinopse

    O manual de instruções não oficial para descobrir todos os segredos, antecedentes e curiosidades da série e se aventurar no mundo K, o fantástico universo cultural coreano. Prepare-se para se tornar o jogador número 457. O que você está disposto a fazer para pagar suas dívidas? 456 jogadores com dívidas a pagar envolvem-se em vários jogos para crianças que, no entanto, envolvem peões (mortais). Não pode ser abandonado, quem perde a vida. Uma perturbadora mistura de jogos para crianças, sangue, luta pela sobrevivência e crítica de sistema que tem as suas origens em Battle Royale e no universo mangá. Um sucesso que em muito pouco tempo se estende muito além da própria série de TV, tornando-se um fenômeno social de alcance global.

    Ficha Técnica

    Editora: ‎ Citadel Editora; 1ª edição (13 dezembro 2021)
    Idioma: ‎ Português
    Capa comum: ‎ 176 páginas
    ISBN-10: ‎ 6550471273
    ISBN-13: ‎ 978-6550471279
    Dimensões: ‎ 16 x 1 x 23 cm

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    CRÍTICA – Benedetta (2022, Paul Verhoeven)

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    O filme francês Benedetta do diretor Paul Verhoeven (Robocop) chegou aos cinemas. Com roteiro de David Birke e do próprio diretor, o longa é uma adaptação do livro Atos Impuros da historiadora inglesa Judith C. Brown

    No elenco estão Virginie Efira, Charlotte Rampling e Daphne Patakia.

    SINOPSE

    No século XVII, a jovem Benedetta Carlini (Virginie Efira) é enviada a um convento italiano, crescendo com devoção completa a Deus. Quando a instituição acolhe uma jovem agredida pelo pai, as duas mulheres se aproximam e iniciam um relacionamento proibido. Enquanto isso, Benedetta passa a ter visões, logo alguns enxergam na mulher uma mensageira divina, mas outros a consideram uma farsante perigosa.

    ANÁLISE

    Considerado um dos filmes mais polêmicos do ano, Benedetta traz o teor provocativo e crítico, a marca característica do diretor Paul Verhoeven. Famoso por filmes que discutem tabus da sociedade, Verhoeven faz de Benedetta talvez sua obra mais importante ao debater religião e sexo de uma forma única. 

    O longa, como o livro, se baseia em fatos reais. A freira existiu no início do século XVII em Pescia, uma pequena vila no norte da Itália e teria tido um relacionamento com uma de suas freiras enquanto ela era abadessa do Convento da Mãe de Deus. 

    Logo, Benedetta foi destituída de seu posto e presa quando o Papado descobriu sobre o caso. Ela também relatou ter visões e até recebeu os estigmas. Em 1619, ela afirmou ter sido visitada pelo próprio Jesus, que disse a Benedetta que ela deveria se casar com ele. As pessoas começaram a questionar as declarações de Benedetta, e a investigação que se seguiu revelou o relacionamento proibido.

    O filme de Verhoeven se assemelha em muito aos relatos dos fatos, no entanto, se tratando de uma obra cinematográfica também imagina como foram as visões de Benedetta e tenta dar sentido às suas ações. Dessa maneira, o diretor tem o cuidado de nunca colocar a freira sob um olhar crítico, o que está em jogo é a relação da Igreja para com a sociedade e como esta pode ser hipócrita. 

    Em Benedetta, o corpo feminino é visto como pecaminoso sendo uma construção da visão da Igreja sobre as mulheres. Consequentemente, o filme brinca com esses conceitos, visto que, as visões da protagonista com Jesus são acompanhadas de tensão sexual. Mais do que chocar, o diretor deseja passar uma mensagem, ainda que sem efeito em seu final.

    Isso porque, existe um certo ar de mistério se as visões de Benedetta são reais ou não, mas que aos poucos vai sendo deixado de lado para dar espaço a outras tramas. O impacto que as manifestações de Jesus causam em Benedetta poderia ser maior explorado, mas é nítido que o diretor está mais interessado no impacto que esses acontecimentos causam naquela sociedade.

    Por isso, a personagem tão intensamente vivida por Virginie Efira carrega uma forte convicção de seus atos que surpreende até mesmo a noviça Bartolomea (Daphne Patakia), seu interesse amoroso. O filme até demora para tratar dessa relação vista como pecaminosa, o encontro entre ambas acontece sem pressa por parte do diretor, para depois explodir em cenas íntimas.

    Longe de ser um filme feminista, afinal temos um diretor, Benedetta explora as questões da fé em contato com a atração carnal. Para isso, o extremo físico é abordado de diferentes maneiras em cenas como quando Benedetta obriga Bartolomea a queimar a mão para provar sua devoção ou aquela em que a estátua da Virgem Maria se torna um objeto para penetração. 

    Depois que Benetta dá um novo significado a seu desejo sexual como algo divino, é fácil para a freira se desprender do pecaminoso e afirmar repetidamente que a relação faz parte do “compartilhamento do amor de Cristo”, ainda que mais ninguém ali veja dessa forma. 

    Da metade para o final, quando o filme introduz a Peste e a passagem de um cometa como sinais da ira de Deus, segundo aquela sociedade, o filme começa a perder sua potência. Logo, não é difícil que Benedetta caia em um área de estranhamento, onde não se sabe se o diretor deseja fazer uma sátira da Igreja ou um filme mais sério. Afinal, podem ser ambos ou nenhum. 

    VEREDITO

    Benedetta é um filme intenso que parte de uma história real sobre o primeiro caso lésbico entre freiras reconhecido pela Igreja Católica, onde o diretor conduz veemente a primeira metade do filme propondo verdadeiras discussões sobre fé e desejo sexual. Porém o longa se perde no seu final, querendo fazer realmente um espetáculo, o que parece ser a real intenção do diretor. Ainda que não agrade a todos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – We Are Football (2021, Winning Streak Games)

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    We Are Football é um simulador de jogos de futebol. O jogo está disponível para download na Steam e é uma realização da Winning Streak Games com distribuição da THQ Nordic.

    ANÁLISE

    Diferentemente de outros simuladores de futebol como Soccer Manager e Football Manager, esse segundo o mais famoso do gênero, We Are Football é um jogo que não conta com o licenciamento das equipes das quais tem disponibilidade, o que pesa muito para baixo em relação aos seus rivais, uma vez que para os amantes do gênero, saber os nomes dos jogadores é fundamental na construção dos elencos.

    Além disso, as partidas carecem de emoção, pois tem apenas melhores momentos narrados por letreiros, algo que diminui muito a experiência do jogador. As telas são intuitivas, mas são tantas opções que ficamos um pouco confusos com a quantidade infinita de opções. São muitas possibilidades de treinamentos, atualizações de estruturas, e outras questões técnicas fundamentais para a evolução do time e a tão chegada glória no levantamento de taças.

    A quantidade de ligas é satisfatória, com destaque para a Liga Inglesa, disponível na íntegra com as principais divisões do campeonato mais difícil do planeta.

    VEREDITO

    We Are Football é um jogo que infelizmente não se destaca dentro das opções disponíveis no mercado. Com um valor de R$ 65,99, o game não é uma opção viável para quem busca um substituto do Football Manager, que não é mais distribuído no Brasil.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Confira o trailer de We Are Football:

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    CRÍTICA – O Assassino de Clovehitch (2018, Duncan Skiles)

    De surpresa, um filme de 2018 recentemente chegou à Netflix e alcançou o terceiro lugar de obras mais assistidas da plataforma. O Assassino de Clovehitch se distancia dos moldes de filmes convencionais, e em seu primeiro ato não nos prende, mas do segundo ato em diante, desenvolve os mais diferentes arcos de maneira concisa e vai além do que foi prometido inicialmente. Ontem comecei a assistir ao filme com minha namorada, Thalita, a convite dela e enquanto assistíamos, uma discussão profunda sobre os problemas do mesmo não pararam de surgir.

    Ainda que a trama se desenvolva de maneira lenta, o filme se mostra em grande parte como um drama evangélico, O Assassino de Clovehitch nos leva por caminhos que a princípio não parecem saber onde levar, mas entrega um filme contundente e poderoso.

    SINOPSE

    Um adolescente descobre provas que mostram que seu pai, um homem aparentemente calmo e bondoso, é um serial killer. O rapaz começa a investigar o caso e se vê dividido ao tentar entender se o homem que o criou é um assassino cruel.

    ANÁLISE

    O Assassino de Clovehitch

    Em meio à uma comunidade evangélica nos Estados Unidos, vigílias todos os anos em uma mesma data marcam as vidas das vítimas de um serial killer, apelidado Clovehitch Killer, que assolou uma pequena comunidade no Kentucky nos anos 90.

    Por meio de arcos insossos e fracos, o filme desenvolve sua história permeado de preconceitos relacionados à fetiches e aponta diretamente que elementos relacionados aos desejos são comportamentos desviantes, sendo protagonizado e exclusivo da personalidade de um serial killer, ou de um pervertido.

    Vale apontar que no passado, BDSM e alguns outros fetiches eram considerados “Transtornos da preferência sexual”, e em 2018, a OMS parou de considerá-los como uma parafilia. Hoje, apenas atividades sexuais não-consensuais continuam sendo consideradas como uma parafilia. Ou seja, um filme evangélico, evocar qualquer atividade não considerada pelo evangélicos como algo aceitável, e não uma perversão, é no mínimo problemático.

    Dylan McDermott (American Horror Story, Stalker e Hollywood) estrela como um “cidadão de bem, um pai de família” que esconde muito mais do que sua máscara social aparenta mostrar. Atuando como o chefe dos escoteiros Don Burnside, da pequena cidade do Kentucky, o filme nos lança em meio à intrigas relacionadas aos assassinatos que pararam de acontecer 10 anos antes do momento em que o filme é ambientado.

    Enquanto permite desenvolver arcos autocontidos quase que inteiramente baseados nos preconceitos da cultura evangélica, a hipocrisia presente nas ações de um psicopata dissimulado que se aproveita da religião para agir como quer, o filme dá espaço para que muito seja mantido no campo subliminar.

    VEREDITO

    Ao dar sinais confusos quanto ao seu final, a hipocrisia contida nos arcos dos filmes apontam sinais que indicam as mais diferentes coisas. Mas ainda que incoerente, O Assassino de Clovehitch nos faz perceber que muito do desenvolvimento das tramas e o segundo e terceiro atos levam o filme por caminhos interessantes, enquanto nos deixa confusos e ao seu fim, é difícil saber se o filme é um filme bom ou ruim.

    Um dos maiores problemas do filme é relacionar BDSM e travestismo à perversão de um serial killer. Relacionando qualquer preferência sexual, como fetiche aos transtornos e perversão de um psicopata abusivo e dissimulado.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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