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    TBT #141 | Os Bad Boys (1995, Michael Bay)

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    O TBT dessa semana relembra o começo de carreira de famosos astros de Hollywood, Os Bad Boys de 1995 foi o primeiro filme do diretor Michael Bay (Transformers) e também o primeiro grande papel de Will Smith (Um Maluco no Pedaço) nas telas. Além disso, o filme conta com Martin Lawrence e Tea Leoni

    SINOPSE 

    Os policiais Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) são encarregados de encontrar um carregamento de heroína que foi roubado. Uma testemunha liga para a delegacia dizendo ser capaz de identificar o ladrão. O pacato Burnett finge ser Lowrey para não perder o caso e acaba tendo que proteger a mulher, enquanto seu parceiro cuida de sua família.

    ANÁLISE

    Os Bad Boys com certeza foi um marco no cinema de Hollywood. Não somente por apresentar ao público as características do cinema de Michael Bay e o talento de Will Smith, mas também por realçar alguns cliques de ação que viriam a marcar o gênero para sempre. Sendo assim, o longa é o típico filme que vai além das telas e mostra que o cinema de ação tem seus prazeres. 

    Nesse sentido, assistir ao primeiro longa de Bay é sem dúvidas uma catarse. Todos os seus maneirismos estão se formando. Seja a criação de personagens caricatos, seja as conhecidas explosões e close ups com slow motion. Logo, o diretor assume seu próprio estilo, criando uma marca que perdura até hoje em Hollywood. 

    A direção de Michael Bay parece achar o tom certo na atuação de Will Smith e Martin Lawrence, a dupla tem uma dinâmica infalível que cresce a cada interação entre os personagens. Nesse quesito, é fato que o filme perde quando os policiais Mike e Marcus precisam se separar para o filme andar, mas ainda assim, os momentos em que eles contracenam são sem dúvida a cereja do bolo de Os Bad Boys.   

    Isso porque, o longa carrega um tom de comédia, suspense e principalmente ação totalmente caótico que combina com os personagens, apesar de ambos serem totalmente diferentes. Marcus é basicamente um pai de família, mas faz o que é preciso quando se trata de combater o crime. Já Mike sempre quis ser policial e tem o charme a seu favor. 

    Os momentos em que a dupla de policias precisa bancar “o bom e o mau policial” trazem os cliques do gênero. Mas quando há a troca de identidades, vemos uma dinâmica totalmente nova que faz o filme crescer. Já Tea Leoni como Julie é sagaz e carismática. A personagem feminina pode até ser tratada como frágil pelos policiais, mas consegue se desvencilhar e mostrar ser uma mulher independente.

    Além das características marcantes do diretor, Os Bad Boys mostram tanto a Miami ensolarada do dia, quanto a Miami sombria da noite. Logo, os tons de laranja que evidenciam o mormaço da manhã mostram o duro trabalho dos policiais da cidade. Já os tons de azul da noite trazem os melhores momentos de ação com perseguições de carros e troca de tiros em boate. Felizmente, no melhor estilo Michael Bay de ser. 

    VEREDITO

    Os Bad Boys não só é um clássico dos filmes de ação, como trouxe aos holofotes nomes como Michael Bay e Will Smith. Com grandes momentos de ação e um tom cômico na medida certa, o longa se consagra. Não à toa rendeu uma continuação e um terceiro filme quase 25 anos depois.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista o trailer:

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    CRÍTICA – Yellow Cab (2021, Pipoca & Nanquim)

    Yellow Cab é mais uma sensacional graphic novel do quadrinista francês Christophe Chabouté baseada no livro escrito por Benoît Cohen. Esse é o primeiro trabalho de Chabouté que está sendo publicado pela editora Pipoca & Nanquim simultaneamente com sua publicação original.

    SINOPSE

    Após vinte anos dirigindo filmes e séries de TV, Cohen sente que precisa de um novo começo. Em 2014, em meio a uma crise criativa, muda-se para Nova Iorque e decide se tornar taxista na tentativa de encontrar inspiração para um novo roteiro cinematográfico, mas o pretenso motorista logo descobre que não será nada fácil conseguir sua tão sonhada licença.

    ANÁLISE

    Em Yellow Cab acompanhamos o cotidiano do roteirista francês Benoit Cohen tentando ser um motorista de táxi em Nova Iorque, uma das mais belas cidades do mundo. Mas não se engane achando que o quadrinho seja desinteressante, pois a trama é bem conduzida ao mostrar a perspectiva de um estrangeiro que precisa ter a experiência de ser motorista de táxi para elaborar o seu roteiro. Assim como Robert De Niro fez para atuar no icônico filme Taxi Driver (1976) de Martin Scorsese.

    Com isso, a trama desenvolve uma narrativa mostrando o processo de escrita de Cohen com seu roteiro, junto com as enormes dificuldades de ser taxista em uma megalópole.

    O maior destaque vai para o maior protagonista da obra que é a própria cidade Nova Iorque, e Yellow Cab impressiona com o grau de detalhes da arte inconfundível do artista francês.

    Dessa forma, Christophe Chabouté faz diversas referências a filmes, literatura e músicas que envolvem a magnifica cidade de Nova Iorque. O mesmo desempenha isso numa sutileza incrível que com certeza vai agradar a todos que amam essa querida cidade mesmo não a conhecendo, mas que sempre esteve tão presente na cultura pop.

    Nesse novo trabalho, Chabouté continua com sua enorme versatilidade ao contar uma nova história de forma simples e brilhante que transita na solidão de um homem que vive em um farol ou mesmo de um banco de praça.

    É certo dizer que essa nova graphic novel não fica abaixo da média de suas outras obras já publicadas.

    VEREDITO

    Por fim, Yellow Cab é um quadrinho fascinante que mostra um dos maiores centros culturais do mundo de uma forma brilhante e empolgante. Dessa forma, mesmo os que não são apaixonados por essa cidade que é tão querida e tem uma grande importância dentro cultura pop irão curtir bastante a obra como um todo.

    Eu estava com uma grande expectativa com esse novo trabalho de Christophe Chabouté e que foi atingida com sucesso, visto que o mesmo sempre explora os mais variados gêneros dentro de seus quadrinhos e até o momento não apresentou nenhum trabalho que seja abaixo da média.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Autor: Christophe Chabouté

    Editora: Pipoca e Nanquim

    Páginas: 172

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    Call of Duty: Vanguard | Tudo que você precisa saber sobre o Beta

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    Call of Duty: Vanguard foi revelado após meses de rumores e vazamentos. A revelação oficial confirmou que muitos dos rumores são verdadeiros, incluindo a ambientação da Segunda Guerra Mundial.

    O trailer de revelação de Call of Duty: Vanguard revelou o trailer que mostrará a campanha single player que levará os jogadores para todos os quatro frontes da Segunda Guerra Mundial, contando com quatro protagonistas diferentes em cada um desses lugares.

    Entretanto, a desenvolvedora Sledgehammer Games tinha mais para mostrar. Não apenas o game contará com um modo campanha, mas também um modo multiplayer, com uma integração do Call of Duty: Warzone, e o modo Zumbis que muitos jogadores já esperam. Também foi revelado que a Treyarch será a desenvolvedora do modo Zumbis do Call of Duty: Vanguard.

    A Sledgehammer deixou claro que o multiplayer também será algo novo enquanto tenta animar os fãs do modo, pois usará a mesma engine que Call of Duty: Modern Warfare, e anunciou que os fãs podem esperar o beta que está chegando para testar o modo.

    COMO JOGAR O BETA DE CALL OF DUTY: VANGUARD

    Call of Duty Vanguard

    Diferente do alpha que ficou disponível apenas para jogadores do PS4 e PS5, o beta de Call of Duty: Vanguard estará disponível para todas as plataformas, incluindo PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S. O beta aberto está disponível para todos os jogadores em todas as plataformas do dia 18 de setembro até o dia 20.

    O primeiro final de semana do beta vai do dia 10 de setembro até o dia 13, e estará disponível apenas para os jogadores que já compraram o game na pré-venda. Entretanto, os jogadores de PlayStation que não fizeram a compra na pré-venda, ainda poderão jogar o game no dia 16 de Setembro poderão jogar ininterruptamente até o dia 20 de setembro.

    O beta vem após o os jogadores de PlayStation terem acesso a um alpha limitado de Call of Duty: Vanguard, intitulado Champion Hill, um modo multiplayer.

    MODOS DE JOGO DISPONÍVEIS NO BETA DE CALL OF DUTY: VANGUARD

    Call of Duty Vanguard

    Segundo fontes apontaram, o beta aberto contará com muito mais do que o alpha. O beta contará com Mata-Mata em Equipe, Dominação e Morte Confirmada, com Procurar e Destruir estando disponível apenas do dia 16 até o dia 20.

    Para os que ficaram de fora do alpha, o Champion Hill conta com uma estrutura de torneio de esquadrões que se enfrentam em pequenos mapas até sobrar apenas um esquadrão. Entre rounds, jogadores podem comprar equipamentos e armas com o dinheiro que ganharem durante as partidas, baseado em sua performance.

    O novo modo que será apresentado no Call of Duty: Vanguard é Patrulha. Patrulha é uma evolução do modo Dominação, que conta com times que lutam uns contra os outros pelo controle de uma área específica do mapa afim de acumular pontos.

    No modo Patrulha, a área ficará se movendo constantemente pelo mapa, forçando que os jogadores se movam e se adaptem constantemente. Call of Duty: Vanguard também confirmou mapas que estarão disponíveis durante o beta, que contam com Champion Hill, Hotel Royal, Gavutu e Estrela Vermelha. O Eagle’s Nest será um mapa que poderá ser jogado apenas a partir do dia 16.

    O QUE ESTARÁ DISPONÍVEL NO BETA

    O beta também contará com conteúdo inédito e grande parte do que os jogadores podem esperar quando Vanguard for lançado. Isso conta com loadouts únicos, com os jogadores de PlayStation tendo acesso para 12 slots, enquanto os jogadores de Xbox e PC terão 10 slots.

    Os jogadores também serão capazes de melhorar suas armas o level 30 e ver algumas das melhorias e elementos do armeiro em Call of Duty: Vanguard que vazaram no mês passado. Os jogadores também serão capazes de escolher seis operadores diferentes no beta, cada um deles, com um golpe finalizador único.

    O beta também dará aos jogadores a mais nova função intitulada Ritmo de Combate. Isso permite que os jogadores selecionem a intensidade que querem que suas partidas sejam jogadas, desde Táticas, Assalto e Blitz. Tático contará com os modos de jogos tradicionais 6v6 que oferecem um intervalo entre encontros. Assalto contará com partidas de 20-28 jogadores que dão um intervalo com muita ação.

    Por fim, Blitz oferece ação sem intervalo, com lobbies de 28-48 jogadores. A função Ritmo de Combate que deve ajudar os jogadores a dar ao game a experiência que eles querem ter no multiplayer de Vanguard.

    Vanguard será lançado a fim de bater de frente com o lançamento de Battlefield que será lançado no dia 22/10, apesar dos dois games contarem com diferentes ambientações e histórias.

    Apenas o tempo dirá quão bem recebido o game será pela base de jogadores durante seu beta, mas esperamos que os vários modos de Vanguard sejam capazes de oferecer algo satisfatório para os fãs da série.

    Call of Duty: Vanguard será lançado em 5 de Novembro para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.

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    CRÍTICA – JJ+E (2021, Netflix)

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    A Netflix trouxe para seu catálogo mais um filme de drama/romance adolescente, JJ+E, que é uma adaptação moderna do aclamado romance sueco Vinterviken de Mats Wahl, publicado pela primeira vez em 1993.

    O longa apresenta Elsa Öhrn, uma atriz sueca que ficou mais conhecida pelo filme Diário de Bert (2020). Ela interpreta Elisabeth, enquanto Mustapha Aarab interpreta John-John.

    O elenco também conta com Magnus Krepper, Loreen, Marika Lagercrantz, Albin Grenholm, Otto Hargne, Simon Mezher, Jonay Pineda Skallak e Elsa Bergström Terent.

    SINOPSE

    JJ+E é ambientado em Estocolmo, em 2021; e gira em torno da história de amor entre John-John e Elisabeth. Apesar de morarem na mesma cidade, os dois adolescentes vivem muito distantes, separados por barreiras econômicas, sociais e culturais. Mas tudo isso muda quando eles começam a estudar na mesma turma na escola.

    ANÁLISE

    Com um primeiro ato mal construído, o longa apresenta os personagens e suas dramatizações com muitas pontas soltas em seus arcos como se a trama precisasse ser desenvolvida o mais breve possível.

    O roteiro é algo já visto em outros filmes como a “princesa que se apaixona pelo plebeu”, entretanto, as atuações dos estreantes protagonistas são boas e bem conduzidas apesar de não terem muitos diálogos interessantes entre si.

    A parte do elenco “esquecida do churrasco” certamente foi o núcleo da escola. Sem conexão com os personagens principais, talentos ali não foram aproveitados devido a um roteiro fraco e com baixo desenvolvimento.

    A partir do segundo ato, quando o personagem passa pelas transformações e situações inesperadas, JJ incorpora o típico adolescente que não tem diálogo e toma decisões erradas e inadequadas para resolução de problemas, bem como seu par romântico, Elisabeth.

    O terceiro ato é aquele momento em que muitas vezes um plot twist salva a produção e a transforma em uma história potente, mas com a narrativa baseada na trajetória dos personagens principais e secundários, nada acontece. Fiquei: “como assim acabou?”.

    VEREDITO

    Embora, ao assistir o trailer, eu tenha simpatizado logo de cara com o elenco, infelizmente a produção deixou a desejar em vários momentos.

    Juro que torci para que JJ+E tivesse um bom desenvolvimento porque se tem alguém que gosta de filme de adolescente, essa pessoa sou eu!

    Vamos ficar na torcidas para as próximas produções da gigante do streaming, pois sabemos que tem muita coisa boa vindo por aí.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer dublado:

    JJ+E já está disponível no catálogo da Netflix. O que vocês acharam do filme? Deixe seus comentários abaixo!

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    CRÍTICA – Lucifer (6ª temporada, 2021, Netflix)

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    Lucifer desde sua primeira temporada nos deixou na beirada da cadeira, não apenas pelo fato de nos mostrar um elemento que sempre distanciou o personagem do que conhecemos do cristianismo.

    A série originalmente da CW, e posteriormente da Netflix, chegou ao fim. Sua sexta temporada mostra o caminho percorrido pelo Diabo em sua missão de se redimir e se tornar alguém melhor não apenas para o mundo, mas também para seu grande amor, Chloe Decker (Lauren German).

    A 6ª temporada estará disponível na Netflix no dia 10 de setembro. Confira a nossa crítica, sem spoilers, da produção.

    SINOPSE

    O próprio diabo se tornou Deus… quase. Mas por que ele está hesitando? E à medida que o mundo começa a se desfazer sem Deus, o que ele fará em resposta? Portanto, junte-se a nós para dizer um adeus agridoce a Lucifer, Chloe, Amenadiel, Maze, Linda, Ella e Dan. Além disso, ‘traga lenços’.

    ANÁLISE

    A última temporada de Lucifer teve início com grandes repercussões da batalha final que se deu ao longo do season finale da 5ª temporada, e entregou muito mais do que era esperado por esse que vos escreve.

    Lucifer

    Com um tom de adeus, a última temporada de Lucifer nos remete aos cinco anos em que a série esteve no ar, revisitando não apenas antigos elementos de roteiros, mas também aprofundando imensamente seus personagens ao nos mostrar os caminhos trilhados por eles durante esse período.

    Por meio de repercussões tardias e nem um pouco cuidadosas, a última temporada da série conta com um mote inesperado, um desfecho interessante e atuações emocionantes.

    Ao longo da última temporada é onde os personagens de apoio tem um maior aproveitamento e maior liberdade, não apenas diante das câmeras, mas também na narrativa.

    Seja por falta de criatividade, ou de recursos já utilizados anteriormente, a sexta temporada de Lucifer nos leva por caminhos já vistos antes, e ao longo de seus dez episódios, os utiliza de modo divertido ao subverter o que era esperado de alguns personagens, os levando por caminhos tão emocionantes, quanto incríveis.

    Lucifer

    Tendo em sua grande parte uma Profecia Autorrealizável – um evento que ao se tornar uma crença, provoca a sua própria concretização -, a última temporada da série da Netflix a faz tão próxima quanto o final de uma novela da Globo.

    O grande destaque da temporada vai para as atuações de Tom Ellis, Lauren German, Kevin Alejandro e D.B. Woodside que trazem os elementos mais imponentes e emocionantes da última temporada, que se despede com tantos clichês, quanto só a despedida de Lucifer é capaz de proporcionar.

    VEREDITO

    Longe de ser uma das séries favoritas desse que vos escreve, Lucifer se tornou para mim, um guilty pleasure. Uma série divertida, com elementos dramáticos que se estendem por tempo demais, mas que no fim, parece saber onde quer chegar.

    Caso a série tivesse se encerrado quando a CW a descartou há alguns anos – pouco antes dela ter os direitos comprados pela Netflix -, não veríamos alguns ótimos elementos de roteiro que presenciamos da quarta temporada em diante.

    Com Tom Ellis na produção executiva da série desde que ela foi para a Netflix, vemos a liberdade que o personagem obteve, enquanto se envereda para se tornar o mais grandioso possível.

    Cuidado, esmero, e um pouco de cara de pau, permearam a produção de todas as temporadas da série Lucifer. Ao longo de seis anos, um cancelamento e alguns escândalos – tuítes sedentos em relação ao protagonista -, a série se torna mais uma das que provavelmente terão uma grande sobrevida na locadora vermelha.

    Como uma ode ao que foi feito no passado, que teve início na CW, e só engrandeceu ao passar para a Netflix, Lucifer chega ao fim de forma emocionante, nos mostrando que até mesmo o Diabo pode te surpreender – para o bem, é claro.

    Nossa nota
    3,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    A 6ª e última temporada de Lucifer estreia na Netflix no dia 10 de setembro de 2021.

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    CRÍTICA – Madden NFL 22 (2021, EA Sports)

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    Já na expectativa pela temporada regular de futebol americano, trazemos hoje uma análise do recente Madden NFL 22, produzido e disponibilizado pela EA Sports para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e Google Stadia.

    Primeiramente, antes de entrar em maiores detalhes, faço um breve disclaimer. Meu contato com jogos de esportes foi na maior parte do tempo com FIFA e suas variações. Houve oportunidades para jogar também alguns jogos de basquete, os quais, apesar das mecânicas um pouco diferentes, consegui me adaptar de maneira relativamente fácil.

    Futebol americano nunca tinha sido uma opção de jogo, até porque fui começar a me interessar pelo esporte recentemente (há mais ou menos 5 anos).

    Dito isto, as percepções a seguir descritas serão de alguém que teve sua primeira experiência com jogos de futebol americano com o Madden NFL 22.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES

    Madden

    Logo de início, por padrão, o jogo nos permite reeditar a Final do Super Bowl LV, nos dando a opção de estar ao lado do menino Pat Mahomes ou enfrentá-lo com Tom Brady, no grande duelo Kansas City Chiefs vs Tampa Bay Bucaneers. Parecendo destino, optei por jogar com os Chiefs, já que não nutro grande simpatia pelo QB rival.

    Assim como ocorreu no Super Bowl de 2020, o time ofensivo da cidade de Kansas quase nem viu a bola, tamanho foi o atropelo. Turnovers, interceptações, fumbles. Uma catástrofe. E sabe o que é pior? Os Chiefs têm um excelente time. O problema foi que, apesar da qualidade do time e dos comandos intuitivos do jogo, ainda assim, para alguém que nunca teve uma experiência prévia em termos de Madden, as coisas podem ser complicadas.

    MADDEN FOR DUMMIES

    Madden

    Mas fiquem calmos. O jogo não é tão punitivo assim com jogadores inexperientes. Afinal, é um jogo de futebol americano, não um soulslike. Já no menu Exhibition temos a opção de praticar habilidades básicas. Ainda que o futebol bretão não seja “só chutar uma bola”, como dizem os incautos, no futebol americano temos bem mais técnicas e táticas inerentes.

    Sendo assim, o treinamento das habilidades básicas está constituído de várias subdivisões, com vários drills em cada uma delas. Ao todo, se formos passar por todas estas práticas, é possível que tenhamos que investir um pouco mais de 2 horas só de treinamento. Baseado em que este meu número? No meu próprio sofrimento. Até acostumar com os comandos e técnicas, um inexperiente leva tempo, sim.

    A REDENÇÃO APÓS O TORMENTO

    Após algumas sessões de treinamento, me aventurei na minha primeira partida normal, contra a CPU. Tive a sorte de começar recebendo o kickoff. Há quem diga que é melhor iniciar uma partida com o time de defensores no campo para logo sufocar o adversário. Mas para mim, que estava ansioso por não sofrer uma sonora derrota, começar no ataque era fundamental para saber se podia seguir, ou se era melhor cancelar tudo e voltar para o training camp.

    Para minha sorte, Aaron Rodgers tinha começado o dia com o braço calibrado e logo no primeiro arremesso encontrou Davante Adams que corria solto. O WR, com toda a técnica que lhe é peculiar, recebeu e conseguiu correr por mais umas 12 jardas até ser derrubado e garantir a primeira decida para o time de Green Bay. Não era apenas um first down. Não pra mim. Aquilo era o sinal que talvez as horas de treinamento foram recompensadas.

    Não vou entrar em detalhes narrativos da partidas para não me tornar muito extenso (ganhei por 27 a 3), mas isto serve para provar que apesar do susto inicial, após uma preseason conturbada, minha jornada no Madden NFL 22 começava a ter melhores prognósticos.

    UM VERDADEIRO SIMULADOR

    Logo nos primeiros momentos dentro do jogo me senti como se realmente estivesse assistindo a uma partida de futebol americano. A narração, a ambientação, os sons da torcida, avisos de jogos ocorrendo paralelamente e demais resultados do calendário. A experiência em Madden NFL 22 é simplesmente única.

    É empolgante entrar no estádio da sua franquia favorita, e acredito que até para quem não seja tão íntimo do esporte da bola oval seja de tirar o fôlego. Os detalhes, as expressões dos jogadores, os takes aéreos dos estádios, as instruções da equipe técnica e as reações dos jogadores são muito bem apresentadas.

    Outro fator que destaco é a participação da arbitragem. Afinal, como não dar destaque para as zebras, que tem tido cada vez mais participação nas últimas temporadas (certo, desliguei o modo torcedor). Mas ainda assim, é incrível o trabalho da inteligência artificial em criar momentos através de cada detalhe a seu dispor.

    A SAGA DAS ZEBRAS

    Tive a oportunidade de ter um lance de uma terceira para 3 jardas onde consegui garantir uma descida aos trancos e barrancos (literalmente, já que meu RB trombou com 2 e escapou de um tackle certeiro para isto). No entanto, o que se desenhava como uma descida acabou se transformando num aparente fumble, segundo a arbitragem, que logo foi recuperado pelo adversário.

    Do céu ao inferno em segundos. Mas foi aí que a arbitragem começou seu show. Câmera no árbitro principal. Ele ativa seu microfone e comunica ao estádio. Fumble e posse de bola para o time defensivo porque o meu RB não havia encostado o joelho no chão antes de perder o controle da bola. OK. Paciência. Hora de a defesa brilhar.

    Mas não. Novamente câmera na arbitragem. Revisão do lance recém revisado, onde um dos árbitros alegava que havia sido legal a jogada. Câmera do VAR na tela e, pasmem: Aaron Jones havia tido contato com o chão antes de dropar a bola. Lance legal. First down Green Bay Packers! MEU DEUS! Isso foi só uma partida, mas eu me sentia no Lambeau Field em dia de final de conferência. Que experiência, meus amigos!

    MODOS E JOGABILIDADE

    Existem vários modos de jogo no Madden NFL 22. Infelizmente, alguns destes modos envolvem partidas online contra outros jogadores (PvP). Não tenho certeza da localização dos servidores, mas tive certos problemas com alto ping (e por consequência lentidão no processamento dos meus comandos), comprometendo bastante o aproveitamento das partidas.

    Ainda que estas limitações com as partidas online (PVP) não tenham me permitido aproveitar ao máximo o jogo, os modos locais ganharam meu coração. Vou elencar todos e trazer alguns aspectos sobre os que mais gostei.

    EXHIBITION

    Um modo comum também em outros jogos de esporte, é onde podemos jogar sem maiores compromissos ou competições elaboradas. Dentro deste modo, encontramos:

    • Play Now: temos a opção de jogar partidas pré-montadas com objetivos ou apenas uma partida customizada à nossa escolha;
    • Online Head to Head: opção para jogo online contra alguém aleatório ou de nossa lista de amigos;
    • Pro Bowl: para os não familiarizados, o Pro Bowl é um evento onde os melhores jogadores de cada conferência são selecionados para os times da NFC e da AFC, havendo o confronto entre estes. É quase um jogo das estrelas, onde podemos escolher nosso lado e aproveitar o melhor de cada conferência em uma partida contra a máquina ou contra outro jogador;
    • Skill trainer: aqui foi onde passei a maior parte do tempo. Drills e tutoriais para aprimorar a técnica e buscar aprender mais sobre o jogo;
    • Practice: modo onde podemos escolher tipos de jogada, time em campo, playbook, etc. É praticamente um laboratório para testarmos jogadas, táticas e equipes. Um bom espaço para jogadores novos de Madden NFL 22.

    FACE OF THE FRANCHISE

    Madden

    Talvez o meu modo preferido. Assim como no FIFA temos o modo Carreira, aqui neste modo assumimos o controle de um personagem que recém concluiu sua carreira no College Football e está prestes a ser draftado.

    As interações, as reações e as situações proporcionadas são tão genuínas que me senti realmente parte dos eventos e fiquei muito empolgado com cada novidade e conquista obtida. Um modo muito promissor, e principalmente pra mim, um dos melhores, por permitir uma boa experiência local, não dependendo dos servidores.

    FRANCHISE

    Escolha sua franquia e assuma a posição de dono, treinador ou jogador, neste modo mais gerencial e cheio de desafios estratégicos. Escolha quem você deseja aprimorar ou demitir, identifique limitações e oportunidades nos mais variados setores de sua franquia.

    ULTIMATE TEAM

    Talvez o modo mais popular e competitivo do jogo, como um misto de gerenciador e cardgame, no Madden Ultimate Team (MUT, assim como em seu semelhante, FUT, no FIFA) podemos montar nosso time com cartas de jogadores de todas as franquias.

    Provavelmente o modo de jogo com mais investimento por parte da EA, com eventos semanais, desafios, possibilidade de montar o seu time dos sonhos (até mesmo com jogadores lendários, conforme o evento que estiver ocorrendo). Devido à alta competitividade e diversão proporcionada, é um dos modos que mais exige investimentos (de tempo ou dinheiro) por parte do jogador.

    CHAMPIONSHIP SERIES

    Considerado um modo de jogo no menu inicial, este é o estilo exclusivamente competitivo do MUT. Ao acessá-lo, vamos automaticamente para a página de competições do MUT, onde podemos inscrever o nosso time pré-montado em competições, torneios e demais disputas que estejam ocorrendo.

    THE YARD

    Assim como o FIFA revitalizou seu FIFA Street com o modo Volta dentro do próprio jogo base, também assim foi feito com o saudoso NFL Street. Tal qual seu equivalente, podemos desenvolver uma carreira com nosso time de bairro em uma modalidade com menos jogadores, menos tamanho de campo e menos regras.

    Uma opção mais despojada do Face of the Franchise, bem menos elaborada (em termos de opções e trama), mas tão divertida quanto. Vale muito a pena conferir, caso não conheça. Aviso que há riscos de se viciar apenas neste modo, também.

    SUPERSTAR K.O.

    Uma modalidade onde podemos usar apenas estrelas da Liga em confrontos online com amigos ou contra alguma pessoa aleatória. O modo agora conta também com estrelas e equipes do College, oferecendo desafios onde podem-se conseguir cartas de jogadores deste modo para o seu time no MUT.

    Se não fossem as limitações devido ao delay sofrido, certamente seria um dos meus modos preferidos de jogo, mas ainda assim tem bastante potencial e certamente deve ser bastante apreciado por jogadores nativos.

    VEREDITO

    Definitivamente Madden NFL 22 possui muitos pontos positivos. Mesmo para alguém totalmente alheio ao esporte ou às antigas versões do jogo, o lançamento da EA Sports desempenha muito bem em cativar e angariar novas multidões de fãs. Principalmente para adeptos do esporte, o jogo entrega um entretenimento de qualidade.

    Mesmo com as dificuldades mencionadas em relação ao lag nos servidores quando numa partida online em tempo real, as demais modalidades e opções do jogo fazem com que, mesmo com falhas, o jogo permaneça versátil e muito divertido.

    A competitividade, mesmo em níveis mais baixos ou partidas contra a CPU se mantém alta o tempo todo e a oportunidade de vivenciar uma partida de dentro do campo, arremessando para touchdowns incríveis, quebrando linhas defensivas com Running Backs ou Tight Ends ou “jantando” Quarterbacks com Defensive Ends sedentos.

    A expectativa é que, com o aumento do consumo de futebol americano no Brasil, e a consequente maior busca pelo jogo, possamos vir a ter jogos regionalizados, já que o Madden NFL 22 ainda possui apenas áudio e legendas em inglês. É possível até que uma versão traduzida permita que pessoas entrem neste mundo através do jogo, e a partir dele comecem a consumir mais sobre NFL. Difícil? Talvez, mas não é de se descartar. Olha a oportunidade aí dona Dawn Hudson!

    Nossa nota
    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    E você, já jogou Madden NFL 22? O que achou? Deixa sua nota e comenta sobre suas impressões.

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