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    CRÍTICA – Mare of Easttown (2021, HBO Max)

    Mare of Easttown é uma minissérie de sete episódios original da HBO lançada em abril de 2021.  A série foi criada e escrita por Brad Ingelsby que também atua como produtor executivo. A direção é de Craig Zobel. A distribuição no Brasil é feita pela HBO Max

    Kate Winslet é a protagonista e também produtora executiva do show, somam-se a ela no elenco, Jean Smart, Evan Peters, Julianne Nicholson e Angourie Rice.

    Mare of Easttown concorre em 16 categorias do Emmy 2021, competindo os prêmios de Melhor Série Limitada, Melhor Atriz em Série Limitada para Kate Winslet, Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada para Jean Smart e Julianne Nicholson e Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada para Evan Peters.

    SINOPSE

    Em Mare of Easttown, a detetive Mare Sheehan (Kate Winslet), de uma pequena cidade da Pensilvânia, decide investigar o assassinato de um cidadão local, enquanto tenta de tudo para não deixar que seus problemas pessoais façam sua vida desmoronar ao seu redor.

    ANÁLISE

    As requintadas produções de crimes investigativos já se tornaram a marca registrada das minisséries da HBO. A cada ano, a emissora lança alguma pequena grande produção que cativa o público por seu brilhantismo. O peixe da vez é Mare of Easttown, a minissérie com Kate Winslet pesca todos os excelentes aspectos de seus antecessores e cria uma trama digna de Oscar. 

    Não é preciso ir longe para entender o sucesso de Mare of Easttown. Big Little Lies e Sharp Objects construíram muito bem o terreno para que a história de Mare Sheehan, uma detetive de uma pequena e fria cidade da Pensilvânia , fosse fatídica o bastante para chamar a atenção do público. 

    Isso deve-se, em parte, pelo exímio trabalho de Kate Winslet que muito bem poderia ganhar seu segundo Oscar por Mare of Easttown. Porém, ao menos ela com certeza terá o Emmy deste ano. Sua Mare é uma mulher penetrante que não se deixa enganar pela vida ou as pessoas ao seu redor. De semblante fechado e até mesmo frio, Mare se assemelha a própria cidade que protege, cheia de feridas profundas. 

    Mas Mare também é a pessoa com a qual a cidade conta para resolver alguns problemas mesquinhos e outros sombrios. Para isso, ela assume um olhar totalmente confiável e além disso, Mare também é filha, mãe e avó. A sobrecarga da personagem é sentida a cada episódio e não menos do que isso, Kate Winslet faz o papel de uma vida. 

    Assim, Mare of Easttown não apenas carrega uma personagem forte em todos os sentidos, mas um texto afiado que pressiona o espectador a ir além dos sete episódios. Na trama, Mare precisa lidar com um novo assassinato de uma adolescente da região, enquanto, um caso sem solução completa um ano. A pressão novamente se faz presente, ela é uma excelente detetive, mas Mare of Easttown deixa claro que nem tudo está a favor da personagem principal. 

    Nesse mesmo sentido, Mare precisa lidar com seus conflitos familiares, o suicídio do filho e a dificuldade de tocar no assunto deixa sua família refém de um sentimento de angústia. Para trazer mais peso à trama familiar surge Jean Smart como Helen, mãe de Mare, que eleva ainda mais a produção. Helen trás a culpa de ser uma mãe “imperfeita”, um sentimento que passa de geração para geração. 

    Easttown 

    E se Kate Winslet soube dar o tom exato de sua personagem, Brad Ingelsby como criador da série construiu uma cidade que vive fora de seus personagens. Logo, é sempre bem vindo quando um lugar consegue ganhar espaço para ser auto suficiente em uma trama. 

    Easttown se assemelha a muitas cidadezinhas americanas, mas é em seu profundo cinismo entre os moradores que o lugar ganha um tom sério. Todos os personagens estão ligado de alguma forma, seja por amizade ou parentesco, o que cria uma espécie de desconfiança no ar quando jovens começam a desaparecer e morrer na cidade. Em um local onde todos podem ser suspeitos, até mesmo o ex-marido de Mare, é indiscutível que o lema de “boa cidade” fique para trás.

    Para além disso, Mare of Easttown é também sobre o quanto as mulheres precisam ser fortes e condizentes pela família, pelos amigos, pelos maridos. O que trás mais uma vez o algoz da pressão para ser “perfeita” em todos os aspectos. Porém, Mare quebra o paradigma, ela não é a detetive, a mãe, a filha, a avó perfeita. Mas, faz o que considera certo para todos, ainda que precise erguer muros entre ela e os outros. 

    VEREDITO

    Mare of Easttown é uma obra prima da HBO que transborda mais drama do que mistério, mas que no fim mescla ambos os aspectos perfeitamente. Kate Winslet dá um show de atuação do que pode ser considerado uma dos melhores trabalhos de sua carreira. 

    5,0/5,0

    Confira o trailer de Mare of Easttown:

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    5 séries imperdíveis do Emmy 2021 para você assistir!

    O Emmy 2021 vai acontecer no dia 19 de setembro e terá a cobertura do Feededigno

    Neste ano, a premiação conta com diversas séries incríveis, pois cada história traz representatividade e temas importantes, ainda mais com a qualidade cada vez maior das produções por conta do forte investimento no streaming.

    Das candidatas, cinco delas são séries excelentes e imperdíveis, pois tem diversas qualidades.  Confira agora quais são e onde assistir cada uma.

    TED LASSO (APPLE TV+)

    A queridinha do Emmy 2021 tem nome: Ted Lasso

    Com 20 indicações, constando entre elas melhor ator, melhor atriz e atores coadjuvantes, melhor roteiro e melhor série de comédia, o seriado da Apple TV vem com tudo na premiação.

    Contando a história de Ted Lasso (Jason Sudeikis), um técnico de futebol americano que é contratado para ser o treinador de um time de futebol pequeno da Premier League, a série conquista pela sua simpatia e otimismo. Com boas piadas e atuações incríveis, Ted Lasso tem tudo para ganhar diversos prêmio no Emmy 2021.

    HACKS (HBO MAX)

    Ainda na categoria das comédias, Hacks é uma forte candidata no Emmy 2021. 

    Com sete indicações, Hacks apresenta a comediante em final de carreira, Deborah Vance, interpretada brilhantemente por Jean Smart, querendo mudar seu repertório para angariar novos fãs em meio a uma nova onda de pensamento.

    Hacks é divertida, mas também sabe discutir questões importantes como o machismo e a toxicidade do mundo do entretenimento. Vale a conferida, pois Jean Smart dá um show e o restante do elenco está maravilhoso também.

    MARE OF EASTTOWN (HBO MAX)

    Falando em Jean Smart, temos Mare of Easttown, série de drama policial estrelada por Kate Winslet (Titanic).

    Mare (Kate Winslet) é uma detetive que está com um caso espinhoso pela frente: desaparecimentos em série de adolescentes, além do assassinato de uma jovem da cidade.

    Com excelentes atuações e uma trama que é boa, mas que deixa a desejar em seu final, Mare of Easttown é uma série cativante e interessante. Kate Winslet e Jean Smart dão um show aqui e merecidamente foram lembradas por suas performances, pois entenderam muito bem seus papéis.

    I MAY DESTROY YOU (HBO MAX)

    I May Destroy You é a mais pesada e difícil de assistir, pois toca em temáticas duríssimas como abuso sexual de uma forma crua e realista. Entretanto, a série possui uma qualidade incrível e Michaela Coel rouba a cena com uma atuação monstruosa.

    Na trama, Arabella (Michaela Coel) é uma escritora que busca desopilar a mente com drogas e festas. Contudo, em uma noite de curtição, ela acaba sendo dopada e estuprada, ficando com diversas sequelas do ocorrido.

    A série possui uma ótima construção de narrativa e não passa pano, tampouco é divertida ou leve, por mais que existam momentos engraçados. I May Destroy You é um soco no estômago e é uma parada obrigatória para os série maníacos. 

    LOVECRAFT COUNTRY (HBO MAX)

    Por fim, mas não menos importante, Lovecraft Country é mais uma das queridinhas do Emmy 2021 e está aqui nessa lista com muito louvor.

    Atticus (Jonathan Majors) é um jovem ex-soldado que volta para sua cidade natal para resgatar seu pai desaparecido. Com a ajuda de seu tio George (Courtney B. Vance) e Letitia (Jurnee Smollett) agora eles partem em uma jornada mortal para salvar Montrose (Michael K. Williams).

    Lovecraft Country já começa de forma genial, pois coloca Jordan Peele (Nós) e J.J. Abrams (Star Wars: A Ascensão Skywalker) como seus realizadores, um negro e um judeu, odiados abertamente por H.P. Lovecraft. Além disso, os protagonistas são negros, mulheres e gays, algo que o escritor abominava, trazendo todas as pautas para discussão de forma fantástica e com muita qualidade. Lovecraft Country é uma das séries mais incríveis do catálogo da HBO Max, pois aborda de forma singular o racismo e deve ser parada obrigatória para quem quer assistir ao Emmy 2021.

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    Call of Duty: Vanguard | Confira o primeiro trailer do game e mais!

    Assim como acontece todo ano, um novo Call of Duty chegou. Apesar da revelação demorar mais do que o normal, a Activision finalmente revelou oficialmente seu mais novo game, Call of Duty: Vanguard.

    Apesar de termos que esperar um pouco mais para a revelação mundial que será nessa quinta, a Activision deixou os fãs bem curiosos com o que vem por aí. O teaser do game confirmou outra ambientação na Segunda Guerra Mundial.
    O trailer não mostra muito em relação aos termos de ação, e nenhum gameplay real, mas há algumas dicas sobre a campanha que podemos esperar.

    Quando somos levados para vários campos de batalha, nós vemos os rostos de diversos personagens. Isso parece sugerir que a campanha contará diversos protagonistas diferentes em sua campanha.

    Segundo rumores apontaram, Call of Duty: Vanguard, que está em desenvolvimento pela Sledgehammer Games, será ambientado na Europa e nas batalhas do Pacífico e focará no nascimento das Forças Especiais Aliadas moderna. É possível que esses personagens mostrados no teaser sejam os personagens jogáveis.

    Call of Duty: Vanguard será revelado oficialmente no dia 19 de Agosto. A revelação será dentro do Call of Duty: Warzone, o game Battle Royale da Activision. Confira o teaser abaixo:

    Se junte à batalha e viva a revelação mundial de Call of Duty: Vanguard in-game.

    Seja o primeiro para lutar e seja recompensado.

    O primeiro Call of Duty a abordar a Segunda Guerra Mundial foi o Call of Duty: WWII. O game lançado em 2017 foi produzido também pela Sledgehammer Games. O game era ambientado na Europa e seguia a história da Divisão de 1ª Infantaria, e seguia suas batalhas no Fronte Ocidental e basicamente, seguia os eventos históricos da Operação Overlord.

    Em WWII, O jogador controla Red, e sua equipe era composta por NPCs que forneciam ao jogador elementos como munição extra, vida ou granadas.

    Após desenvolver Call of Duty: Advanced Warfare, lançado em 2014, a Sledgehammer teve interesse em produzir um game ambientado na Segunda Guerra Mundial.

    A Segunda Guerra Mundial é um dos cenários mais ricos para um game fps explorar. E acredito que Call of Duty: Vanguard o fará de forma incrível quando for lançado.

    Nenhum outro detalhe foi revelado no anúncio, mas nós abordaremos esse assunto em posts futuros, e em lives futuras de Call of Duty: Warzone.

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    CRÍTICA – Hades (2020, Supergiant Games)

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    Hades é um jogo eletrônico roguelike de RPG de ação desenvolvido e publicado pela Supergiant Games. Foi lançado para PC e Nintendo Switch em 17 de setembro de 2020, após um lançamento de acesso antecipado em dezembro de 2018.

    Este mês, versões para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S foram lançadas. Para as plataformas da Microsoft, o título está gratuito para os assinantes do Xbox Game Pass.

    Após o seu lançamento oficial, Hades foi aclamado pela crítica especializada, recebendo elogios por sua jogabilidade, história e arte; e vendeu mais de um milhão de cópias em seu primeiro mês.

    SINOPSE

    Como o imortal Príncipe do Submundo, Zagreu, você empunhará os poderes e as armas míticas do Olimpo para se libertar das garras do próprio Hades, Deus dos Mortos, enquanto fica mais forte e desvenda sua própria história a cada tentativa de fuga.

    ANÁLISE

    A premissa básica é: Ninguém consegue fugir do Hades (inferno na mitologia grega) e mesmo o filho do Deus dos Mortos está sujeito a essa regra. Então, em sua gameplay se você morrer na sua tentativa de fuga, você retornará para ao seu ponto inicial: o palácio dos mortos.

    Em 8 horas de gameplay fiz 9 tentativas de fuga, sendo as mais longas: 12, depois 21 e até o momento 32 câmaras. Essa evolução demonstra o quanto o título da Supergiant Games permite uma experiência gradativa e empolgante. Onde mesmo com várias tentativas, são pouquíssimas as salas que se repetem e a cada diálogo, mais personagens mitológicos surgem na jornada do jovem príncipe.

    Logo, entende-se que morrer é necessário para o progresso da odisseia de Zagreu; fazendo com que a morte durante uma run não deixe o jogador frustrado e sim feliz por poder melhorar atributos, liberar novas armas, falar com personagens e explorar o palácio de seu pai.

    Como qualquer mitologia, o tema é extenso e cheio de nuances; porém, mesmo que o jogador tenha pouco – ou nenhum – conhecimento de mitologia grega, todo o panteão, heróis e criaturas são apresentadas de forma clara e objetiva, paralelamente agregando na construção da narrativa do protagonista.

    PRÊMIOS

    Hades
    Zeus, Poseidon, Atena, Afrodite, Ártemis, Ares, Dionísio e Hermes.

    The Game Award 2020

    • Melhor Jogo Independente;
    • Melhor Jogo de Ação.

    BAFTA Video Games Award 2021

    • Melhor Jogo;
    • Melhor Design;
    • Realização Artística;
    • Intérprete em Papel Coadjuvante;
    • Narrativa.

    Nebula Award 2021

    • Roteiro.

    Entre outros!

    VEREDITO

    Ao retornar para o início depois da morte em minha primeira tentativa de fuga, pensei que este seria um game frustrante dada sua premissa; mas o engano transformou-se em uma experiência incrível onde cada elemento, como: gráfico, jogabilidade, trilha sonora, dificuldade e narrativa, contribuem para um jogo viciante e uma gameplay extremamente divertida.

    O título também conta com excelente dublagem (em inglês) e ótimas legendas (em português), além de menus em nosso idioma.

    Depois de lançamentos milionários, mas não tão animadores (na minha opinião) como Resident Evil Village, por exemplo, Hades, um título independente, foi uma grata surpresa; e jogá-lo me fez entender que todos os prêmios que recebeu foram de fato merecidos.

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer oficial:

    O game está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X | SNintendo Switch e PC; e este mês está gratuito para assinantes do Xbox Game Pass.

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    CRÍTICA – Road 96 (2021, DigixArt)

    Road 96 é um jogo road trip procedural que reúne música, espírito de aventura e busca por liberdade individual, sentimentos típicos da juventude que procura mudanças reais em meio a uma sociedade corrupta e um sistema quebrado.

    Desenvolvido pelo estúdio independente francês DigixArt, o game foi lançado hoje, 16 de agosto, para Nintendo Switch e PC. Confira nossa análise de Road 96 para o console híbrido da Nintendo.

    SINOPSE

    Dê uma carona para a liberdade nesta viagem maluca gerada de forma procedural de criadores independentes renomados. Não existe caminho igual para ninguém!

    Nesta arriscada viagem até a fronteira, você encontrará personagens incríveis e descobrirá suas histórias e segredos entrelaçados em uma aventura em constante evolução.

    Mas a cada quilômetro uma decisão deve ser tomada. Suas decisões vão mudar sua aventura, mudar as pessoas que você encontra, talvez até mudar o mundo.

    Existem milhares de estradas na autoritária nação de Petria. Qual você vai pegar?

    ANÁLISE DE ROAD 96

    Em tempos de fake news, tendências autoritárias em diversos países democráticos e cerceamento das liberdades individuais a serviço de agendas políticas, o momento não poderia ser mais apropriado para o lançamento de Road 96.

    O jogo tem tudo para gerar impacto no mundo gamer e contribuir para importantes reflexões, mesmo que você não seja da faixa etária contemplada pelos personagens controláveis.

    Road 96 inicia colocando você perdido na beira de uma estrada. Os mapas do jogo são limitados, de modo que não há muito o que explorar além do rumo que o game deseja que você siga. Em situações como na floresta próxima à fronteira a experiência acaba sendo truncada por conta dessa limitação.

    Confira nossa análise de Road 96 para Nintendo Switch, uma aventura repleta de adrenalina e músicas pelas estradas da autoritária Petria

    Os diferenciais de Road 96 são o sistema de interações com os NPC’s para que a narrativa seja construída, e o fato de que cada escolha afetará o seu caminho rumo à liberdade, conquistada apenas se você for capaz de atravessar a fronteira de Petria governada pelo tirano Tyrak.

    Cada trajetória é única baseada nas suas escolhas. Entretanto, há histórias que se sobressaem a outras.

    Rumos que te levam a se aventurar na companhia dos NPCs Stan e Mitch, cuja experiência por vezes deixa de ser apenas por escolhas e também exige que você atire em primeira pessoa, são o ponto alto da adrenalina. As interações com o personagem Jarod também são incríveis, pois há uma forte tensão no ar por conta da história de vida desse NPC.

    A trilha sonora é outro ponto alto em Road 96. Ela se torna especialmente marcante nas interações com Jarod, Stan e Mitch. Além da ambientação e de recursos gráficos lembrarem muito Grand Theft Auto (GTA), as músicas e as interações com fitas e rádios também contribuem para essa semelhança entre os jogos.

    Também vale destacar a mescla entre escolhas e ações em momentos de menor adrenalina, digamos assim.

    Pequenos atos como decidir escalar pode exigir que você busque uma cadeira para ser possível subir. Isso é um grande diferencial em relação a outros bons jogos que exigem escolhas, como os Famicom Detective Club, também para Nintendo Switch. E você muitas vezes realiza a ação por conta própria, sem ser interrompido por uma cutscene.

    Pontos que poderiam ser melhores em Road 96

    Road 96 é um jogo indie, e por isso creio que questões como um mapa amplo não sejam prudentes exigir do estúdio. No entanto, há aspectos que acredito que havia potencial para ser melhor trabalhados pela DigixArt.

    O primeiro ponto é a navegação pelas configurações.

    Decidi reduzir um pouco a sensibilidade do cursor para interação com os personagens logo no começo do jogo e foi um desafio. Isso porque a escolha do nível de sensibilidade e de outras configurações exige que você pressione o botão de seleção e arraste para os lados, dificultando a escolha.

    Em relação à experiência em Road 96, em diversas ocasiões considerei prejudicial a ausência de feedbacks do jogo. Logo no começo, por exemplo, pedi uma carona e nada aconteceu.

    A barra em degradê representa seus pontos de vida, seu cansaço. Junto a ela está o dinheiro que seu personagem possui. Acontece que você corre com os personagens e eles logo ficam ofegantes. Entretanto, a barra que representa cansaço não reduz.

    Isso me deixou em dúvida se a barra tinha relação com o dinheiro ou qual a real importância para a história.

    Outro fator que contribui para a falta de clareza da barra de saúde/fôlego é que ela pode ser recuperada dormindo, comendo ou bebendo. Entretanto, a verdade é que a narrativa demora a engrenar para que você entenda a real importância e como ela pode afetar algumas escolhas cruciais.

    Ainda sobre feedbacks, algumas escolhas contam com um ícone ao lado. Quando você escolhe uma delas, o jogo exibe um aviso de que a escolha tem um impacto.

    Se todas as escolhas oferecem aos players uma experiência singular (“cada viagem é única”, como Road 96 diz), qual é a diferença desses impactos? O jogo não explica isso, de modo que essa informação não acrescenta nada à experiência.

    Confira nossa análise de Road 96 para Nintendo Switch, uma aventura repleta de adrenalina e músicas pelas estradas da autoritária Petria

    Cabe destacar que a história é boa e muito conectada com a realidade global. Entretanto, a narrativa demora a engrenar.

    Outro fator um pouco frustrante é se deparar com duas possibilidades de escolha que, no fundo, são a mesma ação. Isso causa confusão e uma sensação de que, na verdade, tanto faz o que você escolher.

    Por fim, é importante mencionar que a tradução para o português possui problemas. Há letras faltando em palavras com importante destaque visual, e eventualmente uma frase em espanhol pode surpreender em meio à legenda em português.

    VEREDITO

    Com uma trilha sonora cativante e uma história bastante conectada com a realidade do mundo, Road 96 é um bom jogo independente para se divertir com uma aventura que mescla estratégia em suas escolhas com momentos de pura adrenalina.

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer de Road 96:

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    Pacificador: Conheça tudo sobre o anti-herói da DC

    Christopher Smith ou mais conhecido como Pacificador é um diplomata comprometido com a paz, nem que seja a qualquer custo. Saiba tudo sobre o personagem no nosso artigo!

    O Pacificador foi criado pelo escritor Joe Gill e pelo artista Pat Boyette, em 1966.

    Sua primeira aparição foi na HQ Fightin’5 #40 em novembro de 1966, quadrinho original da editora Charlton Comics Special Forces que foi adquirida posteriormente pela DC Comics.

    ORIGEM

    Christopher Smith lutava com vilões conhecidos como ditadores ou chefes militares. Mais tarde ele descobriu que os seus esforços de trazer a paz pela violência se tratavam de um problema mental que ele herdou de seu pai. Antes disso, aos seus 18 anos de idade, ele se juntou ao exército e foi lutar na Guerra do Vietnã. Lá, ele massacrou uma vila inteira e foi parar na corte marcial, pegando 20 anos de prisão. Nesse meio tempo, sua mãe faleceu e esse acontecimento contribuiu ainda mais para seus distúrbios mentais

    Smith então conseguiu fazer um acordo para sair da prisão, caso trabalhasse para o governo norte-americano como líder de um esquadrão antiterrorismo. Nascia ali o Pacificador, um “herói” que era considerado uma crítica ao sistema policial dos Estados Unidos.

    PODERES E HABILIDADES DO PACIFICADOR

    O Pacificador não possui poderes, mas tem um conjunto de habilidades corporais que incluem um treinamento bem pesado em combates corpo-a-corpo e no uso de armas pesadas, ainda que seu estilo de luta seja não-letal.

    Christopher também é conhecido por seus equipamentos bem particulares, como o capacete (que lembra muito um bidê) à prova de balas e outros dispositivos auxiliares como o jet-pack e uma armadura corporal bem resistente e invulnerável.

    A principal fraqueza do Pacificador são seus evidentes problemas mentais, já que dizia escutar a voz de seu pai, o nazista Wolfgang Schmidt, acreditando que as almas dos que foram mortos por ele viviam em seu capacete o atormentando.

    EQUIPES


    O Pacificador já fez parte da equipe conhecida como Pax Americana ao lado de outros heróis da Terra-4. O grupo é formado por personagens da Charlton Comics, incluindo o Besouro Azul e o Capitão Átomo. A Pax Americana já apareceu em algumas histórias da DC Comics, como Multiverso e Convergência.

    Ele também lutou ao lado de Ciborgue e o Pantera contra o Anti-Monitor no crossover Crise nas Infinitas Terras. Mais tarde, o Pacificador se tornou um agente do governo americano e era supervisionado pelo grupo Xeque-Mate, que fazia parte da Força Tarefa X e também era responsável pelo Esquadrão Suicida.

    CURIOSIDADES SOBRE O PACIFICADOR

    Esquadrão Suicida

    Além da versão de Christopher Smith, existem mais duas versões do anti-herói. Um deles é conhecido como Pacificador II e só apareceu uma única vez na hq Liga da Justiça Internacional Vol. 2 #65 em 1944. A outra versão é conhecida como Mitchell Black, que era um cirurgião renomado, que foi recrutado pelo Instituto Pax. Entretanto, ele foi morto em combate pelo vilão Prometheus durante a Crise Infinita.


    OUTRAS MÍDIAS EM QUE O PACIFICADOR APARECE

    A primeira aparição de Christopher Smith nas telonas foi no filme Esquadrão Suicida (2021), dirigido por James Gunn, o personagem foi interpretado por John Cena e o mesmo vai ter a sua série solo no HBO Max, o serviço de streaming da Warner.

    O filme está nos cinemas e tem crítica aqui no site. Além disso, veja o que achamos no nosso vídeo:

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