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    REVIEW – GameSir F8 Pro Snowgon (2021, GameSir)

    O último envio da GameSir para o Feededigno foi uma surpresa; não apenas pela quantidade de itens enviados, como também pela qualidade deles.

    Apesar de recebermos os itens da GameSir, nossos reviews sempre foram sinceros a respeito da qualidade do produto e sua usabilidade.

    Este última leva de produtos garantiu a esse que vos escreve a possibilidade de fazer um review de:

    • F2 FireStick: Gatilhos que atuam como os gatilhos táticos de controles de consoles, que geralmente têm a função de mirar e atirar;
    • F5 Falcon Mini: Gatilhos que atuam como atalho para jogos de tiro mobile;
    • F8 Pro Snowgon: Um controle com cooler embutido;
    • Talons: Luvas de dedo para tornar o toque na tela mais fluídos e mais precisos.

    Ou seja, abordaremos 4 diferentes itens em um mesmo review; mas tenha em mente que alguns desses itens se complementam para uma melhor gameplay.

    ANÁLISE

    F8 Pro Snowgon

    O principal elemento desse texto será o GameSir F8 Pro Snowgon e contará com breves observações sobre os outros produtos enviados que completam a experiência do jogador.

    Vale lembrar que todos os periféricos da GameSir são compatíveis tanto com Android e iOS. O F8 Pro Snowgon e os outros acessórios foram testados em games como Genshin Impact, Contra Returns, Asphalt 9, Call of Duty: Mobile, Free Fire e PUBG: Mobile a fim de testar a máxima performance deles em diferentes modos de jogo.

    O cuidado que a GameSir tem em tornar a jogabilidade muito mais imersiva e plena, tornam o Snowgon um item de extrema importância para os mais diversos jogadores, sejam eles mais casuais ou hardcore.

    Cada teste levou em média 2-3 horas, pois em games como Genshin Impact um longo período de diálogo, acabou tirando a dianteira que games como Asphalt 9 tem em relação à gameplay, que é incessante desde seus primeiros minutos.

    Diferente dos controles que fizemos review aqui no Feededigno, o F8 Pro Snowgon conta apenas com um direcional destacável, e não possui nenhum botão adicional de ação. Mas antes de seguirmos em frente, precisamos falar do quão incrível é esse botão direcional.

    O direcional possui em sua parte traseira uma ventosa que adere a tela, e atua com um direcional em sua parte superior. A parte em contato com a tela, torna a gameplay tão responsiva ou até mais de um gamepad com conexão bluetooth.

    Além do uso do direcional que depende completamente da vontade do usuário, a sua gameplay pode se fazer ainda mais completa com o uso dos gatilhos F2 Firestick e do F5 Falcon.

    O site de Gamesir disponibiliza um bundle que conta com o GameSir F8 Pro Snowgon + F2 + F5 para tornar a sua gameplay tão próxima quanto ao usar um controle de um console, mas de forma ainda mais intuitiva.

    F8 Pro Snowgon

    O F8 Pro Snowgon é expansível, se tornando compatível com celulares entre 100mm até 173mm e por mais que o direcional tenha sido uma das coisas mais interessantes pra mim, não podemos perder o foco do que faz o F8 Pro Snowgon tão importante.

    O sistema de arrefecimento do gamepad se faz por meio de um sistema de refrigeração que conta com seis níveis para garantir que celulares com problema de refrigeração não venham a sofrer em meio a jogatina.

    O cooler do sistema de arrefecimento conta com led RGB e é alimentado por um cabo USB tipo-C, que te permitirá tirar o melhor de seu celular e do F8 Pro Snowgon. Um suporte para o celular permite que você tire o máximo das atividades de lazer, como assistir filmes, vídeo aulas ou até mesmo jogar de forma mais intensa.

    O gamepad ergonômico te dá a segurança para tornar a sua jogabilidade o mais parecida com um controle real quanto possível, com a versatilidade que só uma jogatina no celular te proporciona.

    VEREDITO

    O F8 Pro Snowgon junto dos gatilhos F2 Firestick e do F5 Falcon Mini, tornaram a experiência muito mais fluída do que eu imaginava. Games de tiro como PUBG ou Call of Duty, tiram o máximo de proveito da F5 Falcon Mini, por meio de seu sistema de mapeamento que garante tanto uma maior efetividade na trocação de tiros, como também um menor tempo de resposta.

    O F8 Pro Snowgon não se destaca em relação a seu direcional, que apesar de ter sua altura ajustável, o mesmo não se destaca muito em relação a orientação horizontal nos celulares.

    Alguns jogos possuem uma maior versatilidade, em que podemos mapear ou posicionar os controles virtuais em tela como acharmos melhor, os jogos da Garena analisados – Free Fire e Contra Returns -, tiveram um desempenho invejável, já no Call of Duty: Mobile, optei por destacar o controle e usar as GameSir Talons para ter uma maior aderência e um menor tempo de resposta em relação à tela.

    Os GameSir F2 Firesticks se destacam no tempo de resposta e nos levam longe. Aos usuários de console mais assíduos, podem estar mais acostumados com os gatilhos que sempre se fazem presente. Como a melhor opção tanto para atirar, como para acelerar um carro, os F2 Firesticks se destacam tanto em PUBG como em Call of Duty: Mobile, e não pense que eles são úteis apenas em jogos de tiros. O uso dos gatilhos em Asphalt 9 nos garante uma interessante dianteira em relação à nossos adversários.

    A GameSir é uma das mais versáteis e inventivas empresas na indústria de games em relação à acessórios e periféricos mobiles nos dias de hoje, se destacando por suas soluções simples e poderosas.

    Os itens citados nesse texto podem ser encontrados tanto na loja oficial da GameSir no AliExpress, como também no site oficial da marca.

    5,0 / 5,0

    LEIA TAMBÉM:

    REVIEW | GameSir X2 Bluetooth (2021, GameSir)

    REVIEW | GameSir X2 Type-C (2020, GameSir)

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    CRÍTICA – A Jornada de Vivo (2021, Kirk DeMicco)

    A Jornada de Vivo é o mais novo filme da Sony Pictures que chega pela Netflix no dia 6 de agosto. A animação é dirigida por Kirk DeMicco com o codiretor Brandon Jeffords e roteiro de Quiara Alegría Hudes (Em Um Bairro de Nova York). 

    Assume como produtor executivo, letrista e compositor Lin-Manuel Miranda (Hamilton). Miranda também dá voz original ao personagem principal, Vivo.

    Também fazem parte do elenco Zoë Saldaña, Brian Tyree Henry e Juan de Marcos González.

    SINOPSE

    O jupará Vivo (Lin-Manuel Miranda) e o seu dono Andrés (Juan de Marcos González) passam seus dias tocando música para uma multidão em uma praça animada em Havana, Cuba.

    Apesar de não falarem a mesma língua, Vivo e Andrés se entendem através do amor pela música e formam a dupla perfeita.

    Um dia, Andrés recebe um convite para o último show da famosa Marta Sandoval (Gloria Estefan) em Miami. Os dois já foram parceiros, e ela espera retomar o contato. No entanto, para chegar até ela, será preciso da ajuda de Gabi (Ynairaly Simo), uma adolescente enérgica.

    ANÁLISE DE A JORNADA DE VIVO

    As animações sempre foram um meio fácil e cativante de mostrar outros povos e nações. Ainda que, por muito tempo, os filmes infantis tenham ficado presos a aventuras estereotipadas, cada vez é mais presente animações que buscam representar diferentes culturas. A Jornada de Vivo faz parte desse movimento de resgate cultural que visa a atingir tanto crianças, como adultos.

    O gênero infantil é o único capaz de passar ideias e significados que chegam na mesma potência para todas as faixas etárias. Por isso, o novo filme de Lin-Manuel Miranda é uma surpresa bem-vinda quando cria uma história que é divertida e, ao mesmo tempo, melancólica. 

    Nesse sentido, a Jornada de Vivo inicia em Havana, em Cuba, mostrando um visual fantástico da região. Os detalhes trazem a cultura da América Latina, que se potencializa na música criada por Miranda. Logo, é uma grande pena quando o filme parte para Miami – o que salva é a forte comunidade latina que também ocupa a região norte americana.

    Diante disso, a narrativa que envolve um forte senso de amizade é essencial para construir todos os aspectos visuais e musicais da animação.

    As 10 músicas escritas por Lin-Manuel Miranda misturam os melhores estilos: hip hop, pop e ritmos latinos que dão à animação um tom divertido e criativo. São letras engajadas que exemplificam o que muitos personagens não podem dizer com palavras, especialmente Vivo.

    Além de ser um ótimo compositor, é impossível imaginar Vivo sem a voz de Lin-Manuel Miranda. O personagem ganha todo o seu carisma e cresce a cada momento do filme.

    A Jornada de Vivo é uma animação da Sony Pictures distribuída pela Netflix. O filme conta com Lin-Manuel Miranda e estreia em 6 de agosto

    O mesmo acontece com Gabi, interpretada por Ynairaly Simo. A adolescente é ousada e espirituosa. Ambos encontram um no outro a parceria e o poder da amizade, que os fortalecem como personagens.

    A jornada é cercada por aventuras que passam por um pântano, onde divertidas figuras surgem para ajudar os personagens e também para atrapalhar no seu objetivo final. Isso serve para que um vínculo seja criado, além de apresentar ótimos personagens ao longo da aventura. Destaque para as escoteiras ativistas ambientais que são uma graça.

    Já a animação é extremamente colorida e ressalta importantes pontos de Miami, como Key West e Everglades. Os personagens têm características próprias, e a qualidade da animação da Sony mostra que o estúdio não pretende ficar atrás da Disney ou Pixar

    Os melhores momentos da animação são os somados com a música, quando o filme assume aspectos lúdicos que brilham e garantem um show à parte. É notável que em A Jornada de Vivo tanto diretores, como roteiristas e produtores trabalham lado a lado para dar a melhor visão ao filme. O resultado é uma animação que encanta, comove e diverte. 

    VEREDITO

    A Jornada de Vivo é uma bela surpresa com um roteiro afiado e uma direção exorbitante. Destaque para as músicas de Lin-Manuel Miranda que dão o tom emocional no filme sempre na medida certa. É uma história simples, mas potente.

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de A Jornada de Vivo:

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    CRÍTICA – Tattoo Fail (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    Quando uma tatuagem só faz a gente passar vergonha… é melhor cobrir. A série Tattoo Fail (Tattoo Redo, título original) acompanha cinco tatuadores talentosos capazes de transformar até os desenhos mais terríveis em obras de arte.

    A apresentadora do reality show, Jessimae Peluso, também é comediante e lidera os programa ao lado dos tatuadores Matt Beckerich, Miryam Lumpini, Rose Hardy, Tommy Montoya e Twig Sparks; e do gerente de estúdio Paul.

    SINOPSE

    Estes talentosos artistas consertam tatuagens malfeitas com trabalhos surpreendentes, mas quem escolhe o desenho são os acompanhantes dos clientes!

    ANÁLISE

    Tattoo Fail é uma mistura dos programas Tattoo Fixers (2015) e Just Tattoo of Us Benelux (2019). Nessa primeira temporada, os profissionais são:

    Matt Beckerich

    Tattoo Fail

    Beckerich é cofundador da Fountainhead New York, um estúdio de tatuagem em Long Island. Ele começou a tatuar aos 17 anos e tem feito isso em tempo integral nos últimos 20 anos. Sua especialidade são tatuagens grandes fechando braços, pernas e costas inteiras.

    Miryam Lumpini

    Tattoo Fail

    Provavelmente o nome mais reconhecível do grupo, Lumpini é a diretor global de arte da tatuagem da KVD Beauty e a diretora criativa da BodyMark da BIC. A artista nascida na Suécia e residente em Los Angeles refere-se a si mesma como “The Witchdoctor” e sua longa lista de clientes famosos inclui Kehlani, Slick Woods, Jhené Aiko e Swae Lee.

    A especialidade de Miryam com certeza são os animais e cores, suas tatuagens muitas vezes é de algum tipo de animal e todas são extremamente vivas, graças às cores.

    Rose Hardy

    Originalmente da Nova Zelândia, Hardy é uma tatuadora residente em Nova Iorque, na Galeria Mikiri do Brooklyn. Ela também é a criadora do Tenderthorn Studios, onde projeta e vende esculturas de porcelana.

    Sendo uma das mais incríveis do programa, Rose Hardy é capaz do inimaginável em relação à tatuagens: pequenas, grandes, coloridas, preta e branca. Pra ela, não há limites.

    Tommy Montoya

    Montoya é um artista em destaque no Klockwork Tattoo Club em Covina, Califórnia, especializado em tatuagens de retratos em preto e branco. Começando em 2011, ele era um membro do elenco no reality show do TLC: LA Ink, um spin-off do NY Ink.

    Tommy com tatuagens é como Michelangelo com esculturas, ok, é um exagero, mas suas tattoos em preto e branco, principalmente as de estátuas são impressionantes.

    Twig Sparks

    Tattoo Fail

    Sparks é um artista residente na Flórida que trabalha no Hand Crafted Tattoo, em Fort Lauderdale. Seu nome verdadeiro é Adrian James, embora de acordo com uma biografia no Color Collab, seu apelido tenha sido cunhado por um amigo de infância que achava que seu cabelo parecia “twiggy“. Twig Sparks tem tatuado em vários locais dos EUA, da Flórida à Las Vegas desde os anos 1980.

    A principal característica das tatuagens de Sparks é o psicodelismo.

    VEREDITO

    Tattoo Fail conta com um elenco entrosado, carismático e divertido, infelizmente a série traz poucos episódios e o único defeito é ser tão breve.

    Cada episódio conta com três tatuagens bizarras que possuem histórias de fundo divertidas e/ou ainda mais bizarras que a própria tattoo; mas são as reações dos que precisam de uma tatuagem nova ao descobrir que seu acompanhante é quem escolherá a nova arte que rende bons momentos.

    Obviamente a grande estrela da série é o talento e as artes incríveis dos tatuadores escalados; todos são talentosíssimos e suas obras são de deixar qualquer um boquiaberto, por mais que o cliente não goste de algo (flores, animais, etc), com o traço e cores certas é impossível dizer que não gostou.

    Que venha logo uma nova temporada e se possível com mais episódios.

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer oficial:

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    CRÍTICA – Como Vender Drogas Online (Rápido) (3ª temporada, 2021, Netflix)

    Se você chegou aqui sem ter assistido nenhuma temporada de Como Vender Drogas Online (Rápido), considere ler nossas críticas sobre a primeira e a segunda temporadas, e até mesmo assisti-las. A terceira temporada, assim como as anteriores, tem episódios com uma duração média de 30 minutos, sendo facilmente maratonável. Não só por sua duração como também por sua qualidade.

    Todo mundo tem uma segunda chance

    Ao final da última temporada, tudo levava a crer que os perigos por se envolver com pessoas acostumadas ao mundo do crime estavam finalmente controlados graças à sagacidade de Mortiz (Maximilian Mundt). No entanto, nada foi consertado; no máximo, novos obstáculos surgiram e peças conhecidas se revelaram com novos papéis. A polícia, que parecia ter sido despistada, volta ao rastro do MyDrugs.

    Se antes as dificuldades já eram pesadas, agora, Mortiz, sem o apoio de Lenny (Danilo Kamperidis) e Dan (Damian Hardung), graças ao seu ego e sua ambição descontrolada, tem que se virar sozinho e contornar todos os novos reveses.

    É justamente por se ver tão sozinho e sem conseguir vislumbrar soluções que a série convida tanto personagem quanto espectador a relembrar o que o fez chegar até onde está hoje, trazendo a pergunta: ainda vale a pena?

    “A gente vende drogas. Mas o nosso trabalho tem ética”

    A megalomania de Mortiz, que antes o motivava a fazer besteiras, amparado por frases de grandes CEOs, finalmente é contrariada e posta à prova. Ele é realmente o chefe ou apenas uma peça no jogo das holandesas?

    O MyDrugs, que surgiu para que eles conseguissem financiar o tratamento de Lenny, agora se tornou um meganegócio. E um negócio tem clientes. Sozinho, Mortiz consegue manter a fidelidade e satisfação de todos? Estas perguntas são um grande fio condutor desta temporada.

    A geração Z no seu auge

    A proposta da série em misturar o comércio de drogas com as tecnologias atualmente dominadas pelos jovens, traçando grandes questionamentos acerca da cultura não apenas dessa geração, mas da sociedade em geral. A capacidade de se manter atualizada às tendências, inserindo elementos como TikTok e OnlyFans, as vulnerabilidades em decorrência de tudo estar na nuvem, as vantagens e desvantagens do Instagram e similares.

    Além disso, os temas que são trazidos para o debate são muito atuais, pontuais e sabem bem conduzir reflexões de grande proveito, tanto para jovens quanto para aqueles jovens há mais tempo. Além de toda tecnologia e modernidade, de maneira sagaz (como de costume), a série traça paralelos com a literatura antiga e as exigências do vestibular.

    Um excelente exemplo é quando eles inserem a obra Fausto, de Goethe, sendo interpretada por alguns dos personagens, contrastando a cultura atual, permitindo leituras interessantes desta relação.

    VEREDITO

    CRÍTICA – Como Vender Drogas Online (Rápido) (3ª temporada, 2021, Netflix)Como Vender Drogas Online (Rápido) chega em sua terceira temporada com o mesmo conceito que a fez ser um grande sucesso da Netflix. Tecnologia, risco, inconsequência, jovens, perigo, humor, relacionamentos. A receita segue a mesma, mas os ingredientes são sempre frescos. Confesso que temia que a nova temporada caísse em mesmice ou então precisasse recorrer a outros elementos para conseguir se manter atrativa.

    Parece que a história de Maximilian Schmidt, o jovem de Leipzig que ficou conhecido como o mais notório traficante da deep web, ainda tinha gás para mais uma temporada. Por ter a característica de possuir poucos episódios e de pouca duração, infelizmente não é possível uma vasta exploração de todos os arcos. Mas, o que é apresentado satisfaz, não deixando muito a desejar.

    Ao fim da temporada, uma cena deixa um gancho para o que, aparentemente, pode ser o enredo para uma quarta temporada. A história verdadeira já se esgotou: o “verdadeiro Moritz”, Max, segue preso, desde 2015 e não teve nenhum amigo para resgatá-lo. Até porque, na história real, o jovem alemão fez tudo sozinho.

    Se a Netflix conseguirá um fôlego para manter a trama ano que vem: não sabemos. Mas o que sim, já é sabido, é que nunca devemos duvidar da grande locadora vermelha e suas centenas de produções de boa qualidade (apesar de algumas deixarem a desejar, mesmo).

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    E você, já assistiu a terceira temporada de Como Vender Drogas Online (Rápido)? Deixe seus comentários e sua avaliação!

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    CRÍTICA – Top Secret: OVNIs (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Lançada em 03 de agosto de 2021, Top Secret: OVNIs é uma série documental original Netflix que aborda um campo de estudo muito intrigante: a ufologia.

    Roteirizado por Jan Stehlik e Petr Vachler, nesta primeira temporada o seriado inicia sua narrativa tratando sobre avistamentos ocorridos nas proximidades do fim da Segunda Guerra Mundial, até chegar em casos e repercussões nos dias atuais.

    Top Secret: OVNIs foca principalmente em histórias ocorridas nos Estados Unidos, mas aborda também o fenômeno UFO na antiga União Soviética, na Rússia, na China e, brevemente, no Brasil.

    SINOPSE

    Há muitos anos, as histórias de contatos extraterrestres são desmentidas. Porém, muitos acreditam que a existência de OVNIs não só é provável, como também real.

    ANÁLISE DE TOP SECRET: OVNIS

    O que entusiastas da ufologia e pessoas que não creem em fenômenos extraterrestres mais querem é provas. Bem, Top Secret: OVNIs não apresenta nada de surpreendente.

    A série documental da Netflix criada por Petr Vachler, que também é um dos roteiristas, é pautada principalmente pela narração (voiceover) sobre reconstituições digitais e entrevistas com dezenas de pessoas.

    É óbvio que não se consegue novas provas visuais com frequência sobre um assunto tão polêmico e que até hoje divide opiniões. No entanto, a produção se baseia justamente em investigações independentes e documentos oficiais (vazados ou não) sobre fenômenos ufológicos.

    O aspecto técnico de uma produção científica deixa a desejar. As reconstituições digitais poderiam ter qualidade muito superior, especialmente se tratando de uma produção original da Netflix. O principal aspecto que prejudica o resultado visual é o excesso do uso de blur na digitalização.

    A produção digital desfocada dá a entender que a produção quer falar sobre os casos, mas ao mesmo tempo não quer.

    Top Secret: OVNIs é uma série documental da Netflix que aborda fenômenos ufológicos ocorridos a partir da Segunda Guerra Mundial

    As fontes também são um grave problema no documentário. Embora exista méritos na narrativa, muitas fontes pouco acrescentam ao que é fato e ao que é hipótese defendida pelos profissionais.

    Há uma mulher especificamente que tem uma única fala como entrevistada e está ali apenas para trazer uma leitura sensacionalista sobre a atuação governamental. Em situações como essa, Top Secret: OVNIs acaba sendo um desserviço para a ufologia.

    Há fontes interessantes e que realmente contribuem para a narrativa. No entanto, muito do que é falado não há qualquer prova, mesmo que documental, para embasar o que está sendo dito.

    Pior do que isso. Há pessoas que afirmam terem avistado Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), e duas que alegam terem sido abduzidas, que não relatam o que o público realmente teria interesse em saber.

    Um deles diz ter implantes extraterrestres no corpo e ter feito dezenas de radiografias, mas tendo acesso ao resultado de apenas seis. O acesso foi apenas no momento do exame ou esteve de posse do resultado? Se esteve de posse, por que não o levou à entrevista?

    São perguntas básicas que não seriam difíceis de serem respondidas ou de apresentarem algum tipo de comprovação, mas que infelizmente ficam de fora do documentário.

    Top Secret: OVNIs joga luz ao interesse de empresas na ufologia

    Acredito que Top Secret: OVNIs tenha dois méritos importantes: mostrar como importantes eventos ufológicos estão ligados a momentos cruciais da história, como a Segunda Guerra Mundial e a expansão de atividades nucleares; e uma análise que desperta curiosidade na audiência sobre por que parece haver uma transição das atividades de pesquisa, migrando do governo dos Estados Unidos para empresas privadas.

    De fato, é só vermos o que vem acontecendo nos últimos meses. Os bilionários Jeff Bezos e Richard Branson viajaram ao espaço. Branson, inclusive, promete levar civis para conhecer o universo.

    O seriado documental da Netflix também aborda as atividades da To The Stars Academy of Arts & Science, empresa fundada pelo líder da banda Angels and Airwaves e ex-vocalista do Blink-182, Tom DeLonge. A To The Stars iniciou os trabalhos com grande influência junto a políticos do Partido Democrata, fato que veio à tona em 2016 com o vazamento de e-mails de John Podesta, então coordenador da campanha de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos.

    Entretanto, o envolvimento de Tom DeLonge com a ufologia se limita a fala dos entrevistados e um momento em vídeo durante uma conferência. Sendo um documentário de um streaming tão prestigiado como a Netflix, é difícil de compreender por que Tom ou qualquer representante da To The Stars Academy of Arts & Science não participou da produção.

    Essa ausência infelizmente também contribui para o resultado final negativo, especialmente porque há fontes que enaltecem o trabalho de DeLonge.

    Narrativa confusa e superficial

    Apesar dos dois méritos mencionados, Top Secret: OVNIs possui uma montagem confusa e uma narrativa superficial. A série documental aborda dezenas de casos da década de 1950 até os dias atuais, mas de modo muito rápido e, quase sempre, com pouco ou nenhuma evidência, mesmo que documental.

    Um fato que comprova isso é a menção às falas de estudiosos como Bob Lazar. Lazar possui até mesmo documentário a respeito do seu trabalho, mas suas citações são mencionadas pelo locutor, ao invés de serem exibidas comprovações de que, de fato, ele falou o que está sendo indicado que é de autoria dele.

    Outro ponto mal explorado por Top Secret: OVNIs é como o governo dos Estados Unidos historicamente atuou para que a ufologia fosse desacreditada e motivo de chacota. Fora as falas dos entrevistados e a locução, há um único vídeo que comprova que a mídia foi usada para fazer piada do assunto e promover uma ruptura entre cientistas e ufólogos.

    É curioso que situações como essas ocorram, pois a Netflix possui boas séries documentais que mesclam bem entrevistas, repercussões midiáticas e documentos. Um bom exemplo é a série Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração.

    Voltando para Top Secret: OVNIs, o quinto episódio, Segredos Soviéticos, dá a entender que aborda apenas avistamentos de OVNIs e outros eventos ufológicos relacionados à extinta União Soviética, certo?

    Errado.

    Em determinado momento do capítulo o Brasil entra em cena. São superficialmente abordados dois casos no país, um deles o do famoso ET de Varginha, além da conhecida Operação Prato. E aqui, novamente, há muitas falas sobre a vasta documentação que comprovam atividades extraterrestres em nosso país, mas nada relevante é apresentado.

    VEREDITO

    Com uma montagem confusa e narrativa superficial, Top Secret: OVNIs possui poucos méritos e muitos problemas. O resultado final agrega pouco ao debate sério sobre ufologia, muitas vezes caindo em clichês de teorias da conspiração que acabam sendo um desserviço ao tema.

    1,5 / 5,0

    Assista ao trailer de Top Secret: OVNIs

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    CRÍTICA – O Último Mercenário (2021, David Charhon)

    O Último Mercenário é um filme de ação e comédia francesa, estrelado por Jean Claude Van Damme (Street Fighter: A Batalha Final) e é dirigido por David Charhon (Os Incompatíveis).

    SINOPSE

    Richard (Jean Claude Van Damme) é um mercenário letal francês que derrota qualquer inimigo. Entretanto, uma missão parece ser quase impossível de ser finalizada: a de ser pai.

    Ele agora deve se conectar com seu filho Archie (Samir Decazza) e salvá-lo das mãos do governo, limpando seu nome de um golpe.

    ANÁLISE

    O Último Mercenário é um longa que traz curiosidade pelo fato de trazer um dos brucutus do cinema em uma comédia galhofa e que tem o intuito de rir daquilo que fez o próprio Van Damme uma das lendas do cinema: as obras de ação.

    O protagonista é uma espécie de John Wick, um homem que é temido por todos por sua letalidade. As habilidades de Richard ou “a Névoa”, apelido que dá calafrios aos inimigos, são surreais, desde disfarces hilários a imitações de voz de seus inimigos. Essas características pitorescas são o que dão o charme e o entretenimento de O Último Mercenário, pois é muito bom ver um astro do gênero tirar sarro de si mesmo em uma atuação que é uma mistura de seriedade com o estereótipo máximo.

    Todavia, isso é uma das poucas coisas que realmente funcionam no longa, pois sua trama batida e personagens irritantes nos fazem ter mais ranço do que, de fato, simpatia por eles. A culpa não é do elenco, que é carismático e se esforça, mas sim, de uma direção que comete erros técnicos e de um roteiro fraco que não consegue trabalhar muita coisa ao longo das quase duas horas de duração.

    VEREDITO

    Com um elenco interessante, mas uma direção preguiçosa e não muito eficaz, O Último Mercenário é um longa que diverte pela galhofice e seu protagonista lendário.

    Para quem é fã de Jean Claude Van Damme ou simpatiza com ele, vale muito a conferida, principalmente pelas diversas homenagens e referências às obras do astro de ação.

    Entretanto, se você não gosta desse tipo de filme, passe longe, pois a experiência não será uma das melhores…

    2,8/5,0

    Confira o trailer de O Último Mercenário:

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