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    Os 5 monstros japoneses mais importantes da cultura pop

    Os monstros estão em alta atualmente com o filme Godzilla vs Kong, pois o hype de grandes batalhas sempre deixa os fãs enlouquecidos.

    A cultura pop japonesa já nos apresentou diversos personagens icônicos, por isso, vamos listar aqui os cinco mais icônicos! Confira:

    DR. GORI

    Abrindo a lista, temos o Dr. Gori, que foi apresentado em Spectremen. O personagem é um macaco alienígena que tem como plano principal dominar o mundo.

    O alien deu muito trabalho ao Spectremen, pois utilizava a poluição do mundo para dar poder aos monstros japoneses, sendo uma grande pedra no sapato do herói.

    BALTANS

    Os Baltans foram um terror na vida do Ultramen, uma vez que tentaram nada mais, nada menos do que oito vezes dominar a Terra!

    Eles tinham um aspecto diferenciado, visto que tinham garras metálicas em formato de tesouras, além de lembrar muito um inseto gigante.

    Os Ultramen penaram bastante para derrotar os Baltans, por isso eles devem estar nessa lista de monstros japoneses com muito mérito!

    KING GHIDORA

    Na nossa lista não poderia faltar um dragão gigante de três cabeças, não é mesmo? King Ghidora foi o primeiro grande adversário do Godzilla e é um dos destaques dos monstros gigantes.

    O monstrengo gigante já enfrentou o Rei dos Monstros diversas vezes, sendo a última delas em Godzilla 2: Rei dos Monstros, longa de 2019.

    MOTHRA

    Você está olhando para o céu e enxerga uma mariposa gigante nele, sem dúvidas se trata de Mothra, uma das adversárias mais poderosas de Godzilla.

    Sua primeira aparição foi em um filme solo, pois os estúdios Toho acreditavam muito no projeto. A obra foi dirigida por Ishirō Honda, em 1961, e desde então trava lutas épicas com o lagarto mais conhecido do planeta.

    Com poderes como clarividência, voo supersônico, cuspe de seda, além de conseguir reencarnar em diversas gerações, por exemplo, sendo uma adversária bem letal.

    GODZILLA

    O Rei dos Monstros japoneses, o temível e poderoso Godzilla ou Gojira, é o daikaijū mais famoso da cultura pop. Seu nome é uma fusão entre gorila (gorira) e baleia (kujira), visto que ele consegue viver na terra e no mar.

    Sua primeira aparição foi em 1954 e em 1962 houve o primeiro enfrentamento contra o King Kong. Ao todo, foram mais de 40 adaptações, sendo Godzilla vs Kong a mais recente, por exemplo.

    Dentre os poderes de Godzilla, estão raios radioativos e uma força colossal, pois é capaz de arremessar seus adversários com facilidade até na estratosfera!

    Não é à toa que o Rei dos Monstros deve ser temido e admirado por todos, pois sem dúvidas, ele é o mais icônico de todos os monstros japoneses já criados na cultura pop.

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    CRÍTICA – Wolfwalkers (2021, Tomm Moore e Ross Stewart)

    Wolfwalkers é o filme original da Apple TV+ que concorre ao Oscar de Melhor Animação na competição deste ano. Dirigido por Tomm Moore e Ross Stewart, o longa completa uma trilogia de histórias folclóricas desenvolvidas por Moore.

    SINOPSE

    Uma jovem caçadora aprendiz e seu pai viajam para a Irlanda para ajudar a eliminar a última matilha de lobos. Mas tudo muda quando ela faz amizade com uma garota de espírito livre de uma tribo misteriosa, que dizem que se transforma em lobos à noite.

    ANÁLISE

    Wolfwalkers é mais uma grata surpresa nessa temporada de premiações. Com uma trama que adapta a lenda folclórica irlandesa, a animação traz os valores de amizade, união e coragem para o centro do debate.

    Ambientada em um vilarejo da Irlanda, Wolfwalkers conta a história de Robyn (Honor Kneafsey), uma jovem inglesa que faz de tudo para se conectar com seu pai Bill (Sean Bean). Bill é um caçador e, a mando do tirano local, é obrigado a caçar os lobos que vivem em uma floresta próxima à cidade.

    Em um dia de caçada, Robyn resolve seguir seu pai e acaba descobrindo na floresta a pequena Mebh (Eva Whittaker), uma menina que, ao dormir, se transforma em lobo. A amizade das duas meninas acaba crescendo com o tempo e circunstâncias.

    Wolfwalkers aborda diversos assuntos importantes de forma simples e objetiva. Há espaço até para uma reflexão sobre o desmatamento excessivo e a importância da natureza em nossas vidas. É uma obra sensível que utiliza da amizade de duas crianças para apresentar um contexto muito maior.

    CRÍTICA – Wolfwalkers (2021, Tomm Moore e Ross Stewart)

    O traço da animação é incrível, principalmente por fugir da já enraizada técnica 3D que vemos na maioria das grandes animações atuais. Os cenários lembram muito o desenho clássico 101 Dálmatas, pois parecem realmente pinturas feitas à mão, ao passo que a caracterização do Lorde Protetor (Simon McBurney) lembra um pouco o vilão de Pocahontas.

    A animação é visualmente incrível, principalmente quando acompanhamos as mudanças dos personagens em lobos. Há um grande cuidado no uso das cores nesta produção, garantindo ótimo contraste entre a realidade alegre e cheia de vida da floresta com o cinza e azul depressivos do vilarejo.

    A história de Robyn e seu pai é um tanto exaustiva, mas reflete a realidade ao mesmo tempo em que o relacionamento entre Robyn e Mebh é fluido e divertido. A animação encontra espaço também para mostrar como o mundo dos homens está completamente doente, quebrado e distorcido, visto que entende a natureza como um mal terrível, e confia cegamente nas promessas de um tirano.

    A trilha sonora é um dos pontos mais acertados da animação. Wolfwalkers possui cânticos e instrumentais típicos das culturas irlandesa e celta. As canções provocam um sentimento de paz e serenidade, principalmente nas cenas que se passam na floresta com os lobos, mas também conseguem se encaixar nos momentos de alerta e perigo. Um trabalho muito bem conduzido e que merece ser destacado.

    CRÍTICA – Wolfwalkers (2021, Tomm Moore e Ross Stewart)

    Assim como toda animação, temos uma grande lição a ser aprendida no desfecho da história, e o arco final de Wolfwalkers segue essa mesma lógica. Sua conclusão é coesa, interessante e arrebatadora, permitindo que o espectador transite por diversos sentimentos ao longo do encerramento.

    VEREDITO

    Uma das melhores animações que estão na corrida para o Oscar deste ano, Wolfwalkers poderia sair facilmente com essa estatueta em mãos. Isso, claro, se não estivesse concorrendo contra Soul, outro grande lançamento deste ano, e favorito na disputa.

    Mesmo com poucas chances de vencer, Wolfwalkers se consagra como uma ótima animação, com um roteiro simples, mas intenso e espirituoso.

    Nossa nota

    4,5/5,0

    Assista ao trailer

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    Os 5 imóveis mais incríveis do cinema

    Falar sobre casas e suas construções já está virando uma rotina aqui no Feededigno, já que, com a pandemia, passamos a vê-las como prioridades no quesito conforto e funcionalidade, além de transformar um ambiente harmonioso com a decoração; e isso tem se retratado em muitas séries e documentários nos serviços de streamingE hoje trago uma lista dos imóveis mais incríveis do cinema segundo nossos colaboradores, e mostrar um pouco mais sobre elas. 

    HOTEL OVERLOOK

    Ok, sabemos que esta não é uma residência e sim um hotel, mas ele talvez seja tão icônico que não poderia estar de fora dessa seleta lista.

    No filme O Iluminado (1980), adaptação do livro de Stephen King, tem como destaque o Hotel Overlook onde toda trama acontece e ficou fortemente gravado, assim como o filme, na cultura pop.

    Na verdade, foi o famoso Stanley Hotel, localizado nas Montanhas Rochosas, no estado do Colorado, que serviu de inspiração para o clássico livro de King. Para escrever a obra, o autor passou um inverno neste hotel e recolheu histórias do staff e principalmente do bartender.

    Stephen King ficou hospedado em 1974, no quarto 217 do hotel e nesse mesmo número que se hospeda o personagem de Jack Nicholson.

    Embora todo o princípio tenha partido do Stanley Hotel, nenhuma cena do filme foi captada do local. As cenas internas foram filmadas em estúdio e as cenas que mostram a fachada do hotel foram rodadas no estado do Oregon, no hotel Timberline Lodge que representou o fictício hotel.

    CCBB-RJ: Veja programação da mostra Stephen KingO Stanley Hotel também serviu de locação para o filme Débi & Lóide (1994). Jim Carrey, o protagonista, decidiu se hospedar no famoso quarto 217, o mesmo utilizado pelo personagem de Nicholson em O Iluminado. Carrey não conseguiu ficar nem por uma hora no quarto, disse que jamais falaria sobre o que aconteceu no quarto e afirmou que nunca mais colocaria os pés lá.

    Uma das exigências do ator para filmar a continuação do filme Debi & Lóide 2 (2014) foi que nenhuma cena fosse gravada no Stanley Hotel.

    Há muitos relatos de que o hotel é mal assombrado e outras pessoas dizem que também já presenciaram fenômenos sobrenaturais em praticamente todos os cantos do hotel.

    CASA DA FAMÍLIA MCCALLISTER

    Cenário das aventuras do icônico garoto Kevin McCallister, interpretado pelo ator americano Macaulay Culkin, a casa do filme Esqueceram de Mim (1990) é inesquecível assim como o longa.

    Kevin é deixado em casa pela família que sai de férias no Natal. A princípio, o jovem McCallister está feliz por ficar sozinho dentro de um imóvel tão grande, mas logo se envolve na aventura de proteger a propriedade contra bandidos atrapalhados.

    O diretor Chris Columbus revelou à revista Entertainment Weekly que passou “várias semanas” visitando quatro cidades na região de Chicago até achar a casa certa para servir de cenário. Além de pedir autorização do dono, Chris precisou que os vizinhos também concordassem com a filmagem, já que as cenas da invasão dos bandidos foram gravadas madrugada adentro, com muitas luzes e barulhos.

    O imóvel em que o filme foi gravado fica em Winnetka, em Illinois nos Estados Unidos e conta com uma área de quase 400m² dividida em 3 andares e uma decoração clássica.

    Desde a estreia do longa, a casa tornou-se um ponto frequentemente procurado por turistas. Apesar das sessões de fotos na fachada, o local já teve diversos proprietários diferentes e foi vendido em 2012, por US$ 1,5 milhão. 

    MANSÃO XAVIER

    Uma mansão super famosa que não poderia estar de fora é a Mansão Xavier. A residência é a base de operações e local de treinamento dos X-Men; e que também é usada como uma escola para adolescentes mutantes sendo uma das escolas mais famosas dos quadrinhos e cinema.

    Seu endereço é Avenida Graymalkin Lane, n° 1407, na cidade de Salem Center, no Condado de Westchester, Nova Iorque, caso alguém queira fazer uma visita – contém  ironia.

    A Mansão X – como ficou popularmente conhecida – foi herdada por Charles Xavier, e tem estado em sua família há dez gerações.

    Charles cresceu na mansão, mas abriu mão do local quando foi para a Universidade de Oxford, posteriormente indo lutar na Guerra da Coreia. Charles Xavier eventualmente retornou a casa onde cresceu e a transformou em uma escola para mutantes.

    Nos quadrinhos, a primeira aluna da Escola para Jovens Superdotados do Professor Xavier foi a Jean Grey e o local de treinamento das duas primeiras gerações de X-Men adolescentes:

    No cinema, a Mansão Xavier se trata, na verdade, do Castelo Hatley, que foi usado em quase todos os filmes dos X-Men como o Instituto Xavier para Jovens Superdotados. Além de ter sido usado nos principais filmes dos X-Men, o castelo também apareceu no filme Geração-X (1996) e Deadpool (2016).

    Com diversos dormitórios, sala de reunião, biblioteca e outros cômodos, calcula-se que o valor da mansão seria cerca de 58 milhões de dólares. No entanto, o calculo não inclui as tecnologias e andares inferiores, onde ficam a Sala de Perigo e o Cérebro, por exemplo. Como o Professor X consegue bancar tudo isso ainda é um mistério, mas é um fato que ele herdou muito dinheiro junto com a mansão.

    MANSÃO WAYNE

    A Mansão Wayne é uma mansão fictícia e residência principal da Família Wayne, localizada nos arredores da cidade de Gotham. Apesar de nas primeiras histórias o próprio Bruce Wayne adquirir a propriedade, desde a década de 1950, o processo de continuidade retroativa admite que o local esteja sob posse de sua família há gerações. 

    A construção da Mansão Wayne começou no século XIX, mas foi deixada inacabada, pois o lugar foi considerado assombrado após a morte de Joshua Wayne nas cavernas abaixo da mansão. As ruínas foram muitas vezes usadas pelo pistoleiro Jonah Hex como ponto de encontro até o lugar ser reivindicado de volta e a construção finalmente concluída por Alan Wayne.

    A Mansão Wayne permaneceu como propriedade da família por gerações até que foi transferida para Bruce, o último herdeiro vivo do Império Wayne. Devido às suas atividades como Batman, Bruce foi forçado a encontrar uma área diferente que lhe proporcionasse segredo e espaço para os muitos equipamentos que ele começou a reunir. 

    Depois de encontrar um sistema de cavernas conectando-se à Mansão Wayne, Bruce construiu uma entrada secreta atrás do relógio do avô e mudou todo seu equipamento para a Batcaverna. Bruce morou na Mansão Wayne ao lado do mordomo da família, Alfred Pennyworth e alguns anos depois de Bruce ter começado suas atividades como Batman, eles foram acompanhados por Dick Grayson, como Robin.

    Trilogia Cavaleiro das Trevas (2005-2012)

    Em Batman Begins (2005), Mentmore Towers foi usada como locação da Mansão Wayne. Durante os eventos do filme, uma parte da propriedade é destruída por Ra’s al Ghul (Ken Watanabe) durante um incêndio, contudo suas fundações resistem permitindo que Bruce Wayne (Christian Bale) possa reconstruí-la futuramente. 

    Já reconstruída, a Mansão Wayne volta a figurar em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012), o último título da trilogia, cujos eventos se passam oito anos após o primeiro filme. Desta vez, Wollaton Hall serve de locação para a mansão. A cena do escritório de Selina Kyle (Anne Hathaway) foi filmada em Osterley Park, em Londres. Nos eventos finais do filme, Bruce Wayne transforma a propriedade em um orfanato.

    MANSÃO DO FILME PARASITA

    Parasita (2019) cativou fãs e críticos em todo o mundo. Na edição do Oscar em 2020, o filme ganhou quatro prêmios incluindo a categoria de Melhor Filme. Infelizmente o longa não ganhou a categoria de Melhor Design de Produção, que na minha opinião os caras mereciam muito!

    O filme é sobre divisão de classes e o seu design de produção joga também com este tema. O diretor do filme, Bong Joon Ho, e o designer de produção, Lee Ha Jun, foram os responsáveis pela construção da mansão que está no centro da história, existindo apenas um arquiteto fictício na trama.

    A casa foi meticulosamente projetada para criar composições atraentes e que favorecessem bons ângulos de filmagem. 

    A mansão e seus terrenos foram construídos propositadamente para o filme e consistiam em quatro cenários diferentes. Os principais eventos que ocorrem passam principalmente na mansão, um local estonteante, limpo, claro, com grandes janelas e uma vista para um belo jardim; o oposto da casa subterrânea onde vivem os protagonistas, que é escura e suja – cenário também criado por Lee Ha Juo e sua equipe.

    Uma das diferenças mais evidentes entre as duas casas além do luxo é a iluminação e a disposição do espaço. Enquanto os Kim vivem numa espécie de caverna localizada numa zona sem privilégios, onde recebem pouca luz e partilham espaços pequenos, os Park desfrutam de uma casa banhada pela luz do sol com muitas janelas e espaços de lazer – e que se apresenta como uma verdadeira peça de design.

    Por mais que a mansão não fosse uma edificação real, o mobiliário e elementos que compunham os ambientes eram de acordo com a realidade temática da família Park. A mesa de jantar está avaliada em US$ 22.300 e havia obras de arte que custaram quase US$ 200.000 no total. 

    O diretor, no release enviado à imprensa, fez o melhor resumo do que ele representa:

    Uma comédia sem palhaços, uma tragédia sem vilão. Apenas a comicidade e o drama do nosso cotidiano, tão cheio de contraste. O núcleo do viver, a casa ou a ausência dela, assim como a sua personificação são pontos fundamentais para que consigamos ampliar nossa empatia. E compreender os laços que conectam as nossas casas ao que somos… ou ao que queremos ser, na busca de um espaço ao Sol.”

    E você, tem algum imóvel incrível do cinema para incluir na lista? Deixe nos comentários! E se você curte casa, leia também:

    CRÍTICA – As Casas Mais Extraordinárias do Mundo (1ª e 2ª temporada, 2017-18, BBC)

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    CRÍTICA – Uzumaki (2020, Devir)

    As histórias de Junji Ito têm um histórico de causar além de surpresa, uma certa ojeriza por ir tão longe no gore e nos aspectos escatológicos de sua trama, que causam incômodo. Mas muito mais do que gore, a história que Ito entrega em Uzumaki é o horror psicológico em sua forma mais pura, mexendo não só com os muitos habitantes da cidade japonesa de Kurôzu, mas também com seus leitores.

    A edição de Uzumaki da Editora Devir, contém todos os capítulos do que hoje é considerada a opus magnum de Junji Ito, além de um capítulo especial em uma edição de luxo.

    O mangá que foi lançado originalmente entre 1998 e 1999, e rapidamente ganhou fãs pelo mundo todo. Tendo sido lançada no Brasil anteriormente em tomos separados pela editora Conrad, o esmero da Devir vai muito além, fazendo jus ao trabalho do grande mangaká.

    SINOPSE

    Uzumaki

    A vida de um casal de namorados é mudada para sempre quando acontecimentos grotescos começam a surgir em Kurôzu, a pequena localidade em que Kirie Goshima e Shuichi Saito nasceram e cresceram.

    ANÁLISE

    Alguns consideram uma sorte muito grande se deparar com a obra de Junji Ito pela primeira vez, dada a surpresa e o estranhamento causado pelo trabalho do mangaká. Mas o que eu tive ao ler, além de curiosidade, foi o fascínio pelas bizarras ilustrações e os caminhos que a narrativa tomava a cada capítulo.

    A história mostra os mais diversos aspectos da mente humana. Mesmo quando tomados pela loucura de uma Espiral, uma maldição que afeta não apenas os habitantes da cidade, mas também qualquer um que esteja de passagem pelo lugar.

    A forma como Ito lança seus protagonistas nesse abismo hipnótico de olhar para essa Espiral que logo toma a cidade também é algo único. Os capítulos de Uzumaki, compõem uma narrativa excepcional, indo desde Cicatriz – uma história que  possui como protagonista uma jovem com uma pequena cicatriz em formato de lua na testa que esconde um segredo horrível -, até Caracol – que aborda de um jeito peculiar o hermafroditismo das relações e da sexualidade humana.

    Junji Ito muito longe de pegar na nossa mão e nos encaminhar para o fim da história, mantém a si, e a narrativa os mais distantes do leitor quanto possível, e quando a história se encerra é de forma tão grandiosa como quando ela teve início.

    VEREDITO

    Uzumaki

    A versão de Uzumaki, do Selo Tsuru, da Devir, vem com uma sobrecapa incrível e com uma capa cartão com uma bela ilustração da trama. O horror de Ito é comparado por muitos com o horror cósmico de H. P. Lovecraft, e a única semelhança que vejo, é o desconhecido e as disrupções da vida dos personagens presentes na trama assim que a espiral, ou a loucura tem início.

    O horror de Junji Ito vem do psicológico e dos padrões que estão diante dos nossos olhos o tempo todo, padrões presentes na natureza, no mundo, e que apenas ao ler o mangá podemos notar.

    O esmero da edição da Devir conta não apenas com um prefácio e um posfácio, como também com um capítulo especial.

    A incredulidade da obra de Ito deve ser lida com um quê de desapego pela vida dos personagens presentes na trama, pois a cada curva, qualquer um deles pode ser possuído pela maldição da espiral.

    Uzumaki será reimpresso pela Devir e sua terceira edição será lançada no dia 30 de abril de 2021. Conta pra gente, você já leu Uzumaki?

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

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    CRÍTICA – Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020, Dan Scanlon)

    “Há muito tempo, o mundo era cheio de maravilhas. Tinha aventura. Tinha magia”. Lançado no ano passado e atualmente concorrendo ao Oscar de Melhor Animação, Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (ou Onward, no original) é mais uma obra prima Disney-Pixar.

    Falo obra prima porque, para mim, foi um dos melhores filmes do ano passado (confere a nossa lista). Assim como outra animação concorrente ao Oscar, Soul, o longa tem uma postura menos infantil que o usual, mas trabalhada de maneira adequada.

    SINOPSE

    Ambientado em um subúrbio de um mundo de fantasia, Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, da Disney-Pixar, apresenta dois irmãos elfos adolescentes que embarcam em uma missão extraordinária para descobrir se ainda há um pouco de mágica por aí. O longa-metragem original da Pixar Animation Studios é dirigido por Dan Scanlon e produzido por Kori Rae – a equipe por trás de Universidade Monstros.

    CRÍTICA – Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020, Dan Scanlon)

    [  ] Falar mais

    É quase impossível não se emocionar e não se deixar levar pela temática familiar e pela agradável abordagem que o filme dá ao tema. Com a introversão de Ian (dublado por Tom Holland) e a extroversão de Bradley (dublado por Chris Pratt), conseguimos observar relações cotidianas familiares de carinho e até mesmo embaraço dos dois irmãos.

    A jornada de ambos com o objetivo de resgatar seu pai possui altos e baixos, trazendo muito sobre relações do cotidiano entre irmãos. Mas, mais que isso, o longa também sabe abordar questões como ausência, um pouco sobre luto e muito sobre a força da família (seja ela constituída da maneira que for).

    Laços de afeto, confiança, coragem e superação são palavras-chave desta animação, segundo o meu entender.

    [  ] Aprender a dirigir

    A construção da trama é bastante clara e não deixa dúvidas ou pontas soltas. Desde os primeiros instantes de tela, podemos identificar aonde o longa nos levará e dá pistas de seu desenvolvimento.

    As vivas e alegres cores auxiliam muito a tornar mais leve o enredo, e aqui há de se destacar também a grande e constante evolução gráfica nas obras da Disney-Pixar. A fotografia é de encher os olhos e existem algumas tomadas com tanta qualidade que nos levam a acreditar que se trata de algo além de uma animação.

    E para alguns, talvez esse “algo a mais” realmente esteja presente. A carga de referências à Dungeons & Dragons (famoso RPG de tabuleiro) e à outras obras de alta fantasia, transformando o conteúdo do jogo em parte da história antiga do longa, é certamente uma grande sacada e um ótimo chamariz.

    CRÍTICA – Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020, Dan Scanlon)

    [  ] Convidar pessoas pra festa

    Talvez o único ponto baixo de Dois Irmãos seja que, ao longo de seus 102 minutos, pouco é explorado de todos os demais personagens que são apresentados. O foco na jornada propriamente dita, na ideia de explorar a relação entre os irmãos e as inúmeras referências à jogos e fantasia, talvez tome todo o tempo de tela, não deixando espaço para um rico elenco de personagens.

    As menções ou apresentações são breves, e algumas cenas que apenas trazem alguma piada poderiam ser melhor aproveitadas para um aprofundamento destes personagens secundários, como a própria Laurel, mãe dos protagonistas, a Mantícora ou até mesmo o policial Colt Bronco.

    [  ] Ser como o papai

    Ainda que não seja uma animação isenta de falhas, Dois Irmãos não pode ter seus méritos preteridos pela opção de não explorar todos os personagens que criou. A riqueza da temática, das referências e principalmente da animação em si, precisam ter um peso maior do que qualquer falha.

    Assim como outros grandes trabalhos da parceria Disney-Pixar, como a grande série Toy Story ou o mais recente, Divertidamente, Dois Irmãos cumpre seu papel com louvor em deixar marcado um lugar nos corações de cada fã, sabendo passar de maneira agradável e divertida uma mensagem positiva e abrindo espaço em cada casa para um debate saudável e proveitoso.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    E você, o que achou de Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica? Já assistiu esta animação? Caso queira conferir mais conteúdos sobre a Disney aqui no nosso site, clica aqui.

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    CRÍTICA – Quo Vadis, Aida? (2020, Jasmila Žbanić)

    Quo Vadis, Aida? é o representante da Bósnia-Herzegovina na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2021. Roteirizado e dirigido por Jasmila Žbanić, uma sobrevivente da guerra na Bósnia, o filme apresenta uma história ficcional que se passa durante o Massacre de Srebrenica em 1995.

    O longa chega nas plataformas digitais para compra e aluguel no dia 20 de abril.

    SINOPSE

    Aida (Jasna Djuricic) é uma tradutora das Nações Unidas (ONU) na área protegida de Srebrenica. Quando o exército sérvio toma conta da cidade, sua família está entre os milhares de cidadãos que estão procurando abrigo.

    Com o seu papel de fonte interna nas negociações, Aida tem acesso a informações cruciais que ela precisa interpretar. O que está no horizonte para a família dela e todas as outras pessoas: resgate ou morte? Qual atitude ela deve tomar?

    ANÁLISE

    Normalmente os filmes concorrentes na categoria de Melhor Filme Internacional são ótimos, e em 2021 a competição está muito bem servida de produções. Quo Vadis, Aida? é um longa tão bom e impactante que poderia facilmente ser um dos indicados na categoria principal de Melhor Filme.

    Situado durante o Massacre em Srebrenica, quando mais de 8 mil bósnios muçulmanos foram assassinados por tropas sérvias, a trama consegue manter o espectador absorvido em todos os acontecimentos, desejando a cada minuto que o final para aquela população seja diferente da história original.

    Sem uso de grandes efeitos especiais para recriar a guerra, nem excesso de dramatização nas situações, acompanhamos a tradutora Aida fazendo de tudo para salvar sua vida e a de sua família. Ela traduz cada mensagem que os soldados da ONU direcionam para os refugiados, bem como faz parte das negociações entre os holandeses e o prefeito de Srebrenica.

    CRÍTICA – Quo Vadis, Aida? (2020, Jasmila Žbanić)

    O thriller ficcional é certeiro em todas as suas escolhas. Jasna Djuricic possui uma atuação comovente, usando os poucos recursos que uma “forasteira” na base da ONU pode utilizar para mudar o seu iminente destino. Os poucos privilégios que Aida possui por trabalhar dentro da organização são ilusórios, e o roteiro de Jasmila consegue desenvolver esse argumento muito bem.

    O roteiro consegue também externar a pressão, o despreparo e desespero dos soldados da ONU abandonados naquela base, temendo por suas vidas tanto quanto os bósnios. Na hora da sobrevivência, é nítido que cada um pensa apenas em si e nos seus, deixando qualquer outra pessoa próxima à mercê do próprio destino.

    A montagem de Quo Vadis, Aida? também é feita de forma muito inteligente, pois consegue trazer cenas da vida de Aida e sua família em meio a todo o contexto da guerra que os refugiados estão passando. O trabalho de direção de arte é bem conduzido, construindo um bom ambiente para os desdobramentos da história. Entretanto, nada supera os diálogos poderosos e inúmeras vezes revoltantes.

    CRÍTICA – Quo Vadis, Aida? (2020, Jasmila Žbanić)

    É impossível não ficar arrasado com o desfecho de Quo Vadis, Aida?. Acompanhando aos poucos a tragédia iminente, quase que em câmera lenta, é difícil não se sentir desolado quando finalmente tudo acontece. Analisar que este genocídio aconteceu em 1995, tendo a presença da ONU, nos faz questionar a nossa frágil realidade.

    Em seu ato final, uma condução profunda que se conecta com uma fala de Aida fecha o ciclo perfeito para o filme. É uma grande obra que merece todos os reconhecimentos que vem recebendo nas premiações internacionais.

    VEREDITO

    Angustiante e brilhantemente conduzido, Quo Vadis, Aida? é uma ótima produção internacional que merece ser indicada e assistida pelo maior número de pessoas.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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