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    CRÍTICA – Sintonia Mortal: Contos de Terror Numa Rádio à Meia-noite (2021, Corvus)

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    A Editora Corvus está publicando Sintonia Mortal, uma excelente antologia de contos de terror centrada na mídia de rádio e podcast. Os contos são escritos por excepcionais autores nacionais; sendo eles: Bruny Guedes, Becca Stupello, Clara Madrigano, Denise Flaibam, Eduardo Peret, Flávio Karras, Guilherme Alaor, Jana Bianchi, Karen Alvares, Karine Ribeiro, Natália Mussato, Nina Ladeia, Thaísa Hossman, Verônica S. Freitas e Yago Gunchorowski.

    SINOPSE

    Todas as noites, em algum lugar por aí, a Frequência da Meia-Noite surge de forma misteriosa e aleatória. A rádio fantasma aparece à meia-noite para contar uma história de terror e suspense, instigante, feita para prender os ouvintes desavisados que se depararem com a sintonia correta… O que essas pobres almas que decidem escutar a história não sabem é que uma delas vai vivenciar o horror enquanto ele é contado.

    ANÁLISE

    Sintonia Mortal é uma obra que vai agradar a todos os fãs de suspense e terror. Ao longo de todos os contos cada escritor aborda o recurso de telecomunicação de rádio e podcast de uma maneira criativa e assustadora.

    Essa combinação de rádio, podcast e terror me agradou bastante, pois não lembro de ter lido outra obra que fazia tal junção de temas tão distintos. Garanto que cada conto apresenta uma escrita fácil e fluída.

    Além de ser repleta de referências a cultura pop, política e podcast bem famosos, como por exemplo o Caso Evandro do Projeto Humanos de Ivan Mizanzuk.

    Todos os contos são excepcionais, mas o meu destaque vai para Boa Noite, Anastácia, Moscas e Shiroi-Onna. Gostei bastante da escrita e do desenvolvimento que cada conto me envolveu em uma leitura intensa e divertida.

    Principalmente em Moscas, pois o autor Yago Gunchorowski, escreve de forma excelente o dia estressante em um ambiente de trabalho, desde clientes grosseiros, chefe impaciente e colegas fofoqueiros. Creio que outros leitores vão se identificar com esse ambiente de trabalho que já é um terror psicológico.

    Dessa forma, Sintonia Mortal é uma excelente antologia e a Editora Corvus acertou precisamente na escolha de cada autor que compõe toda a obra.

    VEREDITO

    Em suma, Sintonia Mortal: Contos de Terror Numa Rádio à Meia-noite foi uma leitura assustadoramente agradável e recomendo a todos os leitores que são amantes do gênero do terror e suspense.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Autor: Vários

    Editora: Corvus

    Páginas: 272

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    CRÍTICA – Monster Hunter (2021, Paul W.S. Anderson)

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    Monster Hunter é uma adaptação do game homônimo da Capcom e conta com Milla Jovovich (Resident Evil: O Hóspede Maldito) e a brasileira Nanda Costa no elenco. A direção é de Paul W.S. Anderson (Mortal Kombat: O Filme).

    SINOPSE

    Um grupo de soldados está em uma missão no deserto fazendo uma ronda tranquila. Entretanto, eles acabam sendo jogados para um novo lugar onde monstros gigantes dominam o terreno, será que eles conseguirão sobreviver?

    ANÁLISE

    Monster Hunter é mais uma das adaptações de games que infelizmente chega para dar muita raiva aos fãs. Paul W.S. Anderson já estragou a franquia Resident Evil com ideias esquisitas e total descaso com os personagens.

    Em Monster Hunter isso parece se repetir, uma vez que os protagonistas do jogo não são os que levam o filme adiante. Embora saibamos que em adaptações ser fiel demais pode ser ruim, em alguns pontos mudar demais é como mexer em um vespeiro.

    PAUL W.S. ANDERSON – THE HUNTER OF FRANCHISES

    Monster Hunter

    Não sabemos o que é pior no filme, visto que roteiro e direção, ambas feitas por Anderson, são confusas e mal trabalhadas. O texto é muito raso, quase inexistente, pois por mais que seja simples, se torna uma salada de frutas quando chega próximo ao terceiro ato. Quem não conhece os jogos vai ficar bastante perdido assistindo o longa. 

    Já a direção é uma questão à parte. Paul W.S. Anderson tenta usar todos os seus recursos disponíveis, criando uma grande bagunça visual. O diretor usa grua, cortes rápidos em cenas de ação completamente picotadas, closes, câmera lenta, câmera acelerada, tudo ao mesmo tempo em diversas cenas. Tudo fica épico e não conseguimos acompanhar normalmente seus conceitos.

    Além disso, o figurino e maquiagem são no mínimo engraçados, principalmente o de Ron Pearlman (Hellboy), uma vez que a sua maquiagem é bizarra. 

    Por fim, mas não menos importante, temos o CGI que é bem ruim. Em diversos momentos fica bem visível o uso de computação gráfica, visto que os monstros ficam bem artificiais. No entanto, há de se elogiar a criatura final que tem uma excelente textura e ficou muito bem feita.

    Outro ponto positivo é a dinâmica de Tony Jaa e Milla Jovovich que conseguem ser muito naturais e parecem se divertir fazendo suas cenas. Os dois atores são o ponto mais alto de Monster Hunter, entregando boas atuações e uma excelente química.

    VEREDITO

    Monster Hunter é uma colcha de retalhos de um diretor controverso que busca tornar todos os seus filmes épicos.

    Ao tentar mostrar serviço, Paul W.S. Anderson mostra que precisa pisar menos no acelerador e ter uma reciclagem para entregar filmes melhores.

    O longa tem potencial de franquia, visto que pelas pontas soltas, há sim o desejo. Contudo, se quiserem melhorar, está na hora de buscar um diretor mais preparado para isso.

    Nossa nota

    1,7 / 5,0

    Confira o trailer do longa:

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    Especial The Legend of Zelda: 35 anos de histórias fascinantes

    Em 21/02/1986, há exatos 35 anos, a Nintendo lançava o primeiro The Legend of Zelda. Se você já assistiu ao ótimo documentário GDLK (ou Highscore) da Netflix, lançado no ano passado, certamente já sabia disso.

    Antes de atingir seu merecido local de destaque, o game não passava de um projeto secundário, tocado por uma pequena equipe liderada por Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka. Isso porque à época o foco era expandir os ganhos de Super Mario Bros., utilizando tecnologias novas desenvolvidas para o Famicom (versão japonesa do saudoso Nintendo Entertainment System – NES).

    Talvez o nome de Miyamoto chame bastante atenção. Se você conhece um pouco da história da Nintendo, sabe que ele é uma das mentes mais brilhantes da gigante japonesa. Caso ainda não conheça muito sobre esse jovem senhor, ele foi em grande parte responsável por algumas obras de algum sucesso, como Super Mario, Donkey Kong, Star Fox, F-Zero e é claro, The Legend of Zelda.

    Miyamoto: exploração e inspiração

    A pequena equipe de Miyamoto e Tezuka estava focada em desenvolver um jogo de aventura com calabouços, onde os jogadores deveriam explorar e vencer os desafios que lá encontrassem, aproveitando ao máximo das tecnologias de ponta que a gigante Nintendo dispunha na época. A inspiração para este projeto veio de memórias da infância do pequeno Shigeru.

    Nascido em 1952 na região de Kyoto, o jovem gênio dos games (não há nada que indique a genialidade desde a infância, mas eu sou fã do cara) gostava de explorar as paisagens das redondezas. Numa dessas explorações ele encontrou uma caverna atrás de uma floresta de bambus. Esse foi o start para essa obra que, anos depois, ele tiraria do mundo das ideias.

    O início de The Legend of Zelda

    Primeiramente, como mencionado acima, a lenda da princesa Zelda não passava de um teste, uma aposta. Com o sucesso do título, e a guerra incessante pela hegemonia no mercado dos games, a Nintendo resolveu investir em mais títulos com o herói esmeralda, seguindo as tendências de sucesso e os avanços tecnológicos que ditavam os caminhos do mercado.

    Principalmente no início, cada jogo foi desenvolvido como uma história única. Apesar de compartilharem o mesmo universo e os mesmos personagens, nenhuma história tinha relação explicita ou anunciada.

    Essa relação e cronologia possivelmente tenha começado a ser traçada pelos fãs, porém foi se tornar canônica (pelo menos publicamente) com o livro The Legend of Zelda: Hyrule Historia, lançado em 2011 e publicado em inglês pela Dark Horse Comics. Até o lançamento da obra, haviam muitas teorias e especulações por parte dos fãs e da comunidade em geral, mas nada que fosse atestado pelos criadores e desenvolvedores.

    The Legend of Zelda: a lenda

    Desta forma, entendemos que A Lenda de Zelda conta a história da protetora de Hyrule e sua saga, junto do herói Link, para suplantar o mal que ronda em busca do poder da Triforce. Essa lenda, como muitos contos e histórias, pode tomar caminhos diferentes conforme passam o tempo e mudam os narradores.

    O próprio Link não necessariamente é o mesmo personagem. Isso já foi motivo de muitas brigas e reclamações de fãs. A comunidade em geral se revoltava a cada mudança drástica nas características e aparência do protagonista da franquia de jogos. Apesar das reclamações, os games sempre foram bem apreciados.

    E se eu contar que, apesar de todos os heróis das histórias e crônicas se chamarem Link, eles talvez possam não ser a mesma pessoa? E digo talvez porque não há clareza quanto a isso. Pode ser o mesmo. Pode não ser.

    O próprio Shigeru Miyamoto, em uma entrevista prévia ao lançamento de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, menciona que Link não possui um sobrenome. Não que ele não tenha família ou algo do gênero, mas talvez porque não seja realmente um nome, mas a alcunha do herói, dada a todo o campeão escolhido pela deusa Hylia, independente da era em que viva.

    Entenderam? Ficaram com mais dúvidas? Eu acho que é essa a intenção do grande Miyamoto. Mas pra não trazer só mais perguntas, apresento a seguir a linha do tempo canônica presente no livro Hyrule Historia, agregando ao fim informações coletadas a respeito do último jogo da franquia e sua disposição nesta cronologia.

    A cronologia dos jogos na História de Hyrule

    Não contarei para vocês aqui a história de Hyrule na integra, porque isto seria muito extenso, além de estar disponível e muito melhor detalhada no livro.

    Trago pra vocês um breve relato de cada jogo e sua posição na história. Abordo também também detalhes da era em que ele está inserido na cronologia do universo da Lenda de Zelda.

    The Legend of Zelda: Skyward Sword (2011)

    Lançado em novembro de 2011 para Nintendo Wii, Skyward Sword conta os primeiros momentos da história do mundo. Precedido pela criação do mundo (e da Triforce) pelas deusas Din, Nayru e Farore, o jogo de 2011 aborda duas eras da cronologia: a Era da Deusa Hylia e a Era Celeste.

    A primeira era apresenta a própria deusa, a qual foi incumbida pelas deusas criadoras de proteger o reino e a grande Batalha Ancestral, na qual ela renuncia sua divindade para cumprir sua missão e destruir Demise (o Arauto da Morte).

    Na Era Celeste ocorre a reencarnação da deusa, na pessoa da primeira princesa Hyliana a ter o nome de Zelda. Com isso, é feita a escolha do primeiro herói e campeão da deusa, Link.

    The Legend of Zelda: The Minish Cap (2004)

    Após os eventos de Skyward Sword, houve duas eras até a chegada da Era da Força, onde The Minish Cap (lançado em 2004 para GameBoy Advance) se passa.

    Após a reencarnação da deusa, houve o retorno da ilha celeste à superfície. No período seguinte, a Era do Caos, o Reino Sagrado foi selado pela proteção da deusa.

    Os Hylianos (descendentes da deusa Hylia) viviam neste mundo que eventualmente passou a ser chamado de Hyrule. Para que a proteção da deusa pudesse ser selada, e o reino protegido de todos aqueles que ambicionavam pelo poder da Triforce, Ruaru, o Sábio da Luz construiu o Templo do Tempo onde, com o poder do Reino Sagrado e da Espada Mestra (a famosa Master Sword), puderam selar o mundo de Hyrule.

    Após o caos, iniciou-se a Era da Prosperidade, quando os descendentes da deusa Hylia estabeleceram o reino de Hyrule e se tornaram a família real. Assim sendo, o Castelo de Hyrule foi construído no centro do reino, junto do Templo do Tempo, para proteção do mesmo e da Triforce.

    Após esses eventos, diz a lenda que o mundo foi envolto em trevas. Foi então que um pequeno Picori desceu dos céus e usando uma espada (a Lâmina Picori) e uma luz dourada (a Força Luminosa), o Herói dos Homens selou os seres malignos no Baú do Confinamento (Bound Chest), dando início à Era da Força.

    Após, a Lâmina Picori foi entregue à proteção da família real. Em troca, eles mantiveram o Reino Minish, a terra do Picoris, escondido em segredo.

    Em comemoração a esse evento, uma vez ao ano, realizava-se o Festival Picori. No centésimo aniversário do festival, um homem desconhecido chamado Vaati, acreditando que a Força Luminosa estava escondida no Baú do Confinamento, quebrou a Lâmina Picori e retirou o selo do baú, libertando o mal que estava selado.

    Após a libertação do mal, Vaati amaldiçoou a princesa Zelda. A única forma de quebrar a maldição era com o poder da Lâmina Picori, que só poderia ser reparada pela tribo Picori.

    No caminho para reparar a espada, Link conhece Ezlo, um sábio Minish transformado em um gorro por uma maldição. Junto do sábio Minish, o protagonista se desenvolve com a ajuda dos Picori e consegue reaver a Lâmina, que se transformou na Four Sword, por causa dos quatro elementos que foram utilizados para seu reparo. Dessa forma, Link conseguiu derrotar Vaati e quebrar a maldição contra a princesa Zelda.

    The Legend of Zelda: Four Swords (2002)

    Ainda na Era da Força, a história de Four Swords (jogo também lançado para GameBoy Advance, porém em 2002) retrata um momento após o reestabelecimento da paz em Hyrule e do fechamento do portal para a Vila Minish.

    Vaati ressurge e captura todas as belas jovens de Hyrule. Para combatê-lo, Link toma posse da Four Sword e, com o poder da espada, ele se dividiu em quatro pessoa.

    Após uma longa jornada, o herói chegou até o Palácio dos Ventos, onde Vaati havia se refugiado, e (novamente) o derrotou com o poder da espada.

    Vaati foi selado na Four Sword, a espada foi devolvida ao pedestal e as quatro versões de Link voltaram a ser uma só.

    The Legend of Zelda: Ocarina of Time (1998)

    The Legend of Zelda: Ocarina of Time foi lançado em 1998 para Nintendo 64, tornando-se o quinto jogo da franquia. Após mais um breve período de paz, em que o reino de Hyrule prosperava, a história se desenrola e dá início a Era do Herói do Tempo.

    Ganondorf, líder dos Gerudos (o povo do deserto), engana o rei sob o falso pretexto de um juramento de fidelidade, tendo como verdadeira intenção o desejo de se apoderar da Triforce.

    O vilão lançou um ataque ao Castelo de Hyrule tentando conquistar seu objetivo, mas conseguiu apenas obter a Triforce do Poder. Isso porque Link, junto de Zelda, conseguiu as três Pedras Espirituais. Dessa forma, ambos permitiram que energias da Sabedoria e Coragem da Triforce buscassem aqueles dignos de portá-las.

    Nessa parte da história, Link e Zelda contaram com a ajuda de Impa, que presentou o herói com a Ocarina do Tempo, um instrumento mágico.

    Link, munido da Ocarina e da Master Sword, através do Templo do Tempo consegue viajar pelo Reino Sagrado e pelo tempo, para impedir o triunfo de Ganondorf. É nessa história também que Link conhece sua égua, Epona, que o auxilia em sua empreitada.

    Após uma longa jornada e com o apoio dos Sete Sábios, Link vai ao encontro de Ganondorf para libertar o reino de sua tirania. Após o herói derrotar Ganondorf, o antagonista utilizou suas últimas forças para se transformar em Ganon, o Rei Demônio, o qual só é derrotado após Link, com o auxílio dos Sete Sábios, desferir o golpe final para aprisioná-lo.

    A ruptura no tempo

    Ramificações na história foram criadas com as viagens de Link no tempo. Para a linha cronológica da Lenda de Zelda, três são as ramificações mais relevantes.

    Em uma delas, Link foi derrotado por Ganondorf, que se apoderou da Triforce. Ele então se liberta e se transforma no Rei Demônio. Dessa forma, continua ameaçando o mundo por outras eras.

    Nas outras duas, o herói vence. No entanto, em uma delas, Link permanece como criança, e na outra, fica como adulto.

    A partir desse momento, a obra Hyrule Historia se torna um pouco confusa. Por isso, tentaremos não nos ater (neste momento) a detalhes para poder dar enfoque na cronologia em si, a qual se dividiu nas seguintes linhas:

    • O declínio de Hyrule e o Último Herói (vitória de Ganon);
    • O reino do Crepúsculo e o Legado do Herói (vitória do herói – criança), e;
    • O herói dos ventos e um Novo Mundo (vitória do herói – adulto).

    The Legend of Zelda: A Link to the Past (1991)

    Iniciando a sequência da cronologia pela única em que o herói é derrotado, temos a história do jogo A Link to the Past, terceiro game da franquia, lançado em 1991 para Super Nintendo. Nela, após a vitória de Ganon, os Sete Sábios selam o vilão e a Triforce no Reino Sagrado.

    No entanto, a corrupção já se espalhara pelo mundo, e o próprio Reino Sagrado se transformou no Reino das Trevas, devido à presença maligna de Ganon.

    Inicia-se então a Era da Luz e das Trevas, em que o poder da Triforce e a linhagem sanguínea dos Hylianos começam a enfraquecer. Com isso, Aghanim mata o rei, aprisiona Zelda e enfeitiça os soldados do Castelo. O objetivo do vilão é realizar um ritual, sacrificando donzelas, para trazer Ganon novamente ao mundo.

    Pedindo por ajuda, a princesa tem sua súplica ouvida por um novo herói. Link atende ao chamado e descobre que só poderá derrotar os inimigos com a Master Sword. Então, o herói entra em uma aventura para conquistá-la.

    Após muitos desafios e um desenvolvimento similar ao do jogo The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Aghanim consegue romper os selos e libertar Ganon. Assim, Link retorna ao Reino das Trevas, resgata as donzelas, derrota Ganon e devolve a Triforce às mãos da Família Real.

    The Legend of Zelda: Oracle of Ages e Oracle of Seasons (2001)

    Ainda na Era da Luz e das Trevas, a história se desenvolve com os jogos lançados em 2001 para Game Boy Color. Nessa sequência, as bruxas gêmeas conhecidas como Twinrova planejavam ressuscitar o Rei Demônio anteriormente derrotado.

    Para obter os elementos necessários para o ritual, elas enviaram Onox (o General das Trevas) para Holodrum, e Veran (a Feiticeira das Sombras) para Labrynna.

    Link, o herói de Hyrule, foi guiado pela Triforce para o Castelo de Hyrule, e de lá foi transportado para Holodrum. Aqui, a história de Oracle of Seasons evolui com Din (o Oráculo das Estações) sendo selado. Para libertá-lo, Link precisa das Oito Essências da Natureza. Após conseguir as Oito Essências, Link derrota Onox e liberta Din, partindo para sua nova missão.

    Em Labrynna, a história de Oracle of Ages acontece com Veran dominando Nayru (o Oráculo das Eras), o que interrompe o fluxo do tempo em Labrynna. Armado da Lira do Tempo, Link parte em busca das Oito Essências do Tempo para libertar Nayru e derrotar Veran.

    Apesar dos esforços de Link, Twinrova consegue os elementos e inicia o processo de ressureição de Ganon. O processo é interrompido pelo herói, que derrota os vilões (Twinrova e um ainda fraco Ganon) e resgata a princesa Zelda. Após a vitória, Link vai em direção a uma nova terra para seguir seu treinamento.

    The Legend of Zelda: Link’s Awakening (1993)

    Lançado em 1993 para GameBoy, Link’s Awakening é o quarto jogo da franquia. Após partir em sua viagem de barco para aprimoramento, o enredo se inicia com uma tempestade afundando o barco do herói.

    Quando recupera a consciência, Link se encontra na ilha de Koholint. O herói tenta sair do local, porém os habitantes insistem que não há nada além do oceano. Uma coruja aparece para Link e informa que a única forma de escapar é despertando o Peixe-Vento (Wind Fish).

    O que ele não sabia, porém, é que a ilha de Koholint só existia no sonho do Wind Fish, e acordá-lo faria com que tudo que existia naquele mundo desaparecesse. Apesar da dura decisão, Link reúne todos os instrumentos necessários e acorda o peixe.

    Após o fim de Koholint, o herói fica frustrado com sua inevitável falha e parte para uma nova viagem. Dessa vez, sem um destino específico.

    Após esse período, Hyrule vive uma Era de Ouro que, apesar do nome, não possui muitos detalhes na história, sendo representada por tempos em que os regentes de Hyrule conseguiam utilizar a Triforce para manter a ordem.

    The Legend of Zelda (1986)

    O primeiro. O original. O aniversariante desse 21 de fevereiro.

    Lançado em 1986 para Famicom/Nintendo Entertainment System (NES), a história do primeiro título da franquia se encaixa aos relatos contados brevemente em seu manual e prólogo.

    A Triforce vinha sendo usada pela família real para a manutenção da ordem em Hyrule, e o seu poder era herdado de geração em geração.

    Para nós, fãs e jogadores da franquia, a Lenda de Zelda iniciou com um rei que estava preocupado que seu filho – o príncipe de Hyrule – eventualmente fizesse mal uso da Triforce. Então, o rei destinou a Triforce da Coragem em segredo à sua filha – a princesa Zelda -, para que ela pudesse ser a real portadora da Triforce quando o momento oportuno chegasse.

    Após o falecimento do rei, o príncipe, revoltado por não ter o poder da Triforce, contou com a ajuda de um feiticeiro para fazer a irmã adormecer, colocando-a em um altar no Castelo do Norte.

    O agora rei se arrependeu de sua atitude e tentou governar Hyrule da melhor forma possível, mas sem a Triforce isso não foi suficiente. Como forma de redimir seu erro, ele decretou que toda menina nascida na família real se chamaria Zelda, em homenagem à Zelda I. E assim iniciou a Lenda, e concomitantemente, a Era do Declínio.

    Como nenhum dos sucessores foi capaz de empunhar a Triforce, o reino entrou em declínio e foi invadido pelo Rei Demônio Ganon, que roubou a Triforce do Poder. A então princesa regente Zelda dividiu a Triforce da Sabedoria em oito pedaços, de modo a escondê-la de Ganon e evitar que ele tomasse o controle da Triforce por completo.

    Um menino chamado Link surgiu em um momento em que Impa, protetora da princesa, fugia de lacaios de Ganon após ter escondido e protegido os oito pedaços. Ele salvou Impa e, após ela contar o que acontecia, o garoto decidiu que derrotaria Ganon.

    Após sua jornada, Link coletou os pedaços e utilizou o poder da Triforce da Sabedoria para derrotou Ganon e resgatar a Triforce do Poder. Por um breve momento, a paz retornou ao Reino de Hyrule.

    The Legend of Zelda II: The Adventure of Link (1987)

    Sequência imediata do jogo anterior, The Adventure of Link foi lançado em 1987 para Famicom e 1988 para NES. A história é realmente a sequência do primeiro jogo da franquia, contando que Link permaneceu em Hyrule para auxiliar na reconstrução do reino. Seis anos após a derrota de Ganon, a marca da Triforce da Coragem aparece em Link.

    Como alguns dos lacaios de Ganon ainda espreitavam, atacando frequentemente as terras de Hyrule em um plano para ressuscitar o Rei Demônio, Link vai até Impa para entender o que a marca significava.

    Sabendo de toda a história e conhecendo o paradeiro da princesa Zelda I, Link parte em uma jornada, orientado por Impa, para obter a Triforce da Coragem e assim resgatar Zelda de sua maldição e reestabelecer a ordem no reino de Hyrule com a Triforce completa.

    Após vencer as provações nos seis templos, Link obtém os cristais e derrota a deidade guardiã. Por fim, ele restaura a Triforce da Coragem, desperta a princesa Zelda I, impede a ressurreição de Ganon e garante a paz na terra de Hyrule.

    Assim se encerra a primeira variação cronológica.

    The Legend of Zelda: Majora’s Mask (2000)

    A segunda variação cronológica tem início com o jogo Majora’s Mask, o sexto da franquia, lançado em 2000 para Nintendo 64. Nessa linha, chamada O reino do Crepúsculo e o Legado do Herói, temos um Link criança novamente, graças aos poderes da princesa Zelda, que retrocedeu os 7 anos em que ele passou adormecido, restituindo o herói à sua era original.

    Tendo voltado no tempo, ele retorna à cena do início de Ocarina of Time e alerta a princesa sobre os planos de Ganondorf. Então, Zelda confia a Link a ocarina e envia o herói em uma viagem para evitar que Ganon vença.

    Link parte com Epona em busca de Navi, sua fada companheira. Na viagem, ele se perde em uma floresta que o conduziu para um mundo paralelo chamado Termina. Lá, ele se depara com uma situação apocalíptica e é obrigado a participar da resolução deste problema por ter sido furtado.

    Após recuperar Epona e a ocarina, o herói consegue evitar o desastre com o auxílio das máscaras mágicas. No fim, Link vence a causadora de tudo: a própria Máscara de Majora.

    The Legend of Zelda: Twilight Princess (2006)

    A princesa Zelda, após ser alertada por Link, ordenou a captura e julgamento de Ganondorf por todos seus crimes. Os Antigos Sábios procederam com a execução de Ganondorf nas Arbiter’s Grounds.

    No entanto, como esse havia sido o escolhido pela Triforce do Poder, resistiu à execução e conseguiu ainda matar um dos Sábios. Para evitar maiores males, os Sábios utilizaram do Espelho do Crepúsculo para banir Ganondorf para o Reino do Crepúsculo.

    A história do décimo segundo jogo, lançado em 2006 para Nintendo GameCube e Nintendo Wii, conta como Ganon deu poderes a Zant (transformando-o no Rei do Crepúsculo) e conseguiu por em prática o plano de transformar o Reino da Luz e o Reino do Crepúsculo em um só: o Mundo das Trevas. Esses eventos deram início à Era do Crepúsculo.

    Midna, a Princesa do Crepúsculo, tentou impedir os planos do Rei Demônio, mas foi amaldiçoada e fugiu para o mundo da Luz. Enquanto isso, a Princesa Zelda teve de se render, diante da escolha entre deixar Hyrule ser destruída ou entregar-se e permitir que o reino caísse sob o domínio da Escuridão.

    Transformado em fera pela Escuridão, Link encontra Midna e juntos consertam o Espelho do Crepúsculo, derrotam Zant & Ganon e resgatam Zelda.

    The Legend of Zelda: Four Swords Adventures (2004)

    Centenas de anos após os eventos de Twilight Princess, quando Hyrule e a Vila Gerudo tinham reatado sua relações, um novo vilão surge.

    Esse novo Ganondorf viola as leis, invade uma pirâmide antiga e rouba o Tridente. Também invade o Templo da Escuridão e rouba o Espelho do Crepúsculo.

    Apesar de suas similaridades com o jogo quase homônimo lançado em 2002, Four Swords Adventures tem uma história distinta e faz parte de uma linearidade diferente. Lançado em 2004 para Nintendo GameCube, esse é o décimo primeiro game da franquia.

    Com o objetivo de envolver Hyrule em trevas, o novo Ganondorf foca seus esforços na libertação do feiticeiro do vento, Vaati, que fora selado durante a Era da Força. Além disso, o vilão usou o poder do Espelho do Crepúsculo para trazer a Sombra de Link ao mundo e espalhar o caos pelo reino.

    Com isso, o herói precisou novamente adentrar ao Santuário dos Elementos para recuperar a Four Sword, se dividir em quatro para poder combater o maligno Vaati e suas próprias versões sombrias. Após vencer a batalha e em meio a um Palácio dos Ventos em ruínas, a princesa Zelda e as quatro facetas de Link enfrentam Ganon e o selam na Four Sword, repousando-a assim novamente em seu pedestal no Santuário dos Elementos.

    Após isso, é dito que a Luz brilhou novamente pelo reino, e as trevas começaram a desaparecer, enquanto todos esperam que a Four Sword não precise ser usada novamente.

    The Legend of Zelda: The Wind Waker (2002)

    Na terceira e última linha distorcida, a chamada linha O herói dos ventos e um Novo Mundo, Zelda sela Ganon e a Porta do Tempo. Dessa forma, evita que o Reino Sagrado seja reaberto e envia Link de volta à sua era original.

    Esse período ficou conhecido como a Era sem um Herói. Assim que os eventos de Ocarina of Time se encerraram, as nuvens escuras começaram a se dissipar, e a Luz voltou a brilhar sobre os céus de Hyrule. No entanto, assim que tempo suficiente se passou, Ganondorf rastejou novamente para o mundo e envolveu Hyrule em trevas. Apesar as orações, nenhum herói surgiu.

    Já sem esperança, o Rei Daphnes Nohansen Hyrule confiou o destino de seus reinos aos deuses. Os deuses então orientaram seus escolhidos a se resguardarem nas montanhas mais altas, inundando todo o mundo em seguida para afundar e selar Ganondorf e Hyrule.

    Antes disso, no entanto, a princesa Zelda conseguiu escapar com alguns súditos e se resguardar na superfície portando um pedaço da Triforce.

    Lançado para Nintendo GameCube em 2002, é assim que Wind Waker, o décimo título da franquia, conta a história da Era do Grande Mar. Centenas de anos após a inundação, Ganondorf é ressuscitado e, baseado na Fortaleza Esquecida, começa sua busca pela Princesa Zelda descendente, que era portadora da Triforce da Sabedoria.

    Com a missão de por fim às ambições de Ganondorf, o espírito do Rei Daphnes foi desperto pelos deuses e se apossou de uma embarcação chamada Rei dos Leões Vermelhos. Assim, ele começou sua busca pelo novo herói e pela descendente da família real (que nesse jogo era Tetra, a rainha dos piratas).

    Dessa forma, Link recebe a Wind Waker ao ser reconhecido como herói e então parte em uma aventura para resgatar sua irmã e subjugar Ganon. A Wind Waker era um instrumento usado para dedicar canções aos deuses.

    Nesse jogo, a história toma traços diferentes com um Ganon mais poderoso que consegue superar Link em vários momentos. Mas com a ajuda do Rei, a Triforce pode ser utilizada para enfraquecer Ganon e dar início à última batalha de Hyrule. Com as flechas de luz de Zelda e a Master Sword de Link, Ganon foi petrificado e relegado ao fundo do oceano, enquanto os heróis rumaram para a superfície junto do Rei.

    The Legend of Zelda: The Phantom Hourglass (2007)

    Lançado em 2007 para Nintendo DS, The Phantom Hourglass é o décimo quarto título da franquia e ocorre na sequência dos eventos de Wind Waker.

    Link e Tetra navegam sobre a Hyrule inundada, local que agora é conhecido apenas como o Grande Mar. Ambos descobrem um Navio Fantasma ao passarem por uma área que se encontrava sob o domínio do grande espírito conhecido como Rei do Oceano. Tetra sobe a bordo do navio para investigar, mas é raptada. Por sua vez, Link é lançado ao fundo do oceano.

    Nesse ponto, Link acorda na Ilha Mercay. Após explorar o local com orientação de um velho chamado Oshus, o herói esmeralda encontra a Ampulheta Fantasma, que contém as Areias das Horas. Com a ajuda de Oshus e do Capitão Linebeck, e de posse da Ampulheta Fantasma, os três partem em outra aventura.

    Utilizando o poder dos Espíritos, eles descobrem que Bellum, um monstro que se alimenta de vidas, sugou a Força Vital de Tetra. Oshus se revela como sendo o Rei do Oceano e ensina a forma de deter Bellum.

    Após uma batalha árdua, Link, Tetra e Linebeck superam Bellum. Então, Oshus recupera sua forma de uma grande baleia branca, e a paz é retomada.

    Os acontecimentos de The Phantom Hourglass se dão na transição entre o fim da Era do Grande Mar e a Era da Incrível Viagem

    The Legend of Zelda: Spirit Tracks (2009)

    Continuando a jornada marítima, Link, Tetra e os piratas finalmente encontram um novo continente. Nessa terra ficava uma estrutura chamada Torre dos Espíritos, de onde saíam os trilhos espirituais.

    É nesse local que Tetra, a descendente da princesa Zelda, fundou a Nova Hyrule. No passado, o Rei Demônio Malladus se envolveu em uma guerra sem fim com os Espíritos, que eventualmente o selaram usando os Trilhos Espirituais.

    O décimo quinto game da franquia, lançado para Nintendo DS em 2009, ocorre um século após os eventos de The Wind Waker e sua sequência direta (The Phantom Hourglass).

    Cem anos após a fundação desse novo reino, trechos dos Trilhos Espirituais começaram a desaparecer. Durante a investigação, Malladus, com a ajuda do chanceler do Reino de Hyrule, Cole, ressucita utilizando o corpo da princesa Zelda como recipiente, separando a princesa de seu corpo.

    Em uma saga para restaurar as barreiras protetoras do reino, Link entra no Reino das Trevas. Após uma intensa batalha contra Malladus, a princesa retoma seu corpo, e o reino é finalmente liberto da ameaça do Rei Demônio. Com isso, a proteção da terra é confiada à Zelda, e os ventos guiam Hyrule por novos caminhos durante a Era do Renascimento de Hyrule.

    The Legend of Zelda: Breath of the Wild (2017)

    É aqui que chegam ao fim as três linhas de distorção do tempo, segundo Miyamoto.

    Lançado em 2017 para Nintendo Switch, Breath of the Wild é o décimo nono título da franquia e se passa em um futuro muito distante (mesmo). Segundo relatos, 10 mil anos antes do período em que o jogo se passa, Hyrule era uma civilização avançada protegida por quatro máquinas chamadas Bestas Divinas e um exército de armas autônomas chamadas Guardiões.

    Com o ressurgimento de Ganon, quatro campeões foram escolhidos para pilotar as grandes máquinas e enfraquecer o Rei Demônio enquanto a princesa com sangue real e seu herói, também na batalha, se esforçavam para trancafiar e selar o mal de Ganon.

    9.900 anos depois, o reino havia regredido a um estado medieval. Com acesso às antigas profecias, os hylianos reconheceram os sinais do retorno do Rei Demônio e buscaram desenterrar as Bestas Divinas e os Guardiões. Paralelo a isso, a Princesa Zelda e Link – guerreiro escolhido para protegê-la por causa de sua habilidade com a Master Sword – treinavam para despertar a magia de selamento.

    No entanto, Ganon possuiu os Guardiões e as Bestas Divinas. Soma-se isso à precariedade das forças hylianas e o resultado não poderia ser outro a não ser a derrota. O Rei e os Campeões foram mortos, a cidade do Castelo foi destruída e Link foi gravemente ferido.

    A princesa levou Link para uma câmara de cura e, como seu último esforço, usou sua magia para selar Ganon no Castelo de Hyrule.

    Cem anos após essa era que ficou conhecida como Grande Calamidade, o herói desperta em uma Hyrule devastada, sem memória alguma dos acontecimentos do passado. Com a orientação do espírito do Rei, Link compreende o ocorrido e recebe a missão de ir até o Castelo de Hyrule, derrotar Ganon e libertar o reino da tragédia iminente.

    Após retornar a locais do passado e recuperar não só suas memórias, mas também as Bestas Divinas, ele liberta os espíritos dos Campeões. Juntos, eles derrotam e selam novamente o mal, permitindo que os espíritos sejam libertos e a paz reine em Hyrule.

    E essa, por enquanto, é a história de Hyrule e o universo da grande Lenda de Zelda.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: CRÍTICA – Hyrule Warriors: Age of Calamity (2020, Koei Tecmo)

    Top 5 jogos da franquia

    Deixo aqui para vocês uma lista com os cinco melhores jogos segundo o site metacritic, independente de console ou geração. Lembre apenas que, por ser uma franquia longeva, há jogos bem avaliados que são de gerações bem anteriores.

    Apesar dos gráficos não terem tanto primor se comparado aos jogos de hoje em dia, o game-design compensava muito mesmo no passado, pois não haveria a possibilidade de lançarem milhões de atualizações para consertar bugs ou simplesmente dar um sentido para um jogo lançado às pressas para agradar empresários. Pronto, desabafei.

    As críticas a seguir, que acompanham o ranking, foram retiradas ou adaptadas dos sites Zelda BR e Gamespot.

    5º lugar – The Legend of Zelda: Majora’s Mask

    Com avaliação 95/100 no metacritic, Majora’s Mask é uma espécie de jogo atmosférico, quase conceitual. Ele permite não apenas que os jogadores se divirtam bastante ao jogá-lo, mas também vivenciá-lo. Essa segunda experiência, contudo, exige um pouco mais de paciência e certo nível de disposição para se desprender de conceitos comuns em outros jogos.

    Sua história complexa é cheia de simbolismos e mensagens que permitem diversas interpretações. Isso junto ao seu clima sombrio, melancólico e à tensão do tempo que está sempre passando são coisas que até hoje afastam a maioria das pessoas.

    Esse certamente é o jogo mais sombrio e, ouso dizer, tenso de toda a saga. Ele pode ser jogado como mais um ótimo e muito bem executado jogo de aventura e ação, sem que isso necessariamente cause pesadelos sombrios ou mude sua vida.

    4º lugar – The Legend of Zelda: The Twilight Princess

    Falando objetivamente, ainda é um pouco decepcionante que a série não tenha evoluído muito com esse último episódio. Você quase certamente gostará do jogo por seus incríveis quebra-cabeças, personagens coloridos e história envolvente.

    Apesar da avaliação 95/100 no metacritic, em algum ponto o sentimento de nostalgia cruza os limites e impede que este jogo seja tão incrivelmente bom quanto alguns de seus antecessores.

    Por mais impressionante que seja, Twilight Princess parece que poderia ter sido muito melhor se a Nintendo tivesse ousado romper com a fórmula um pouco mais. Mas mesmo sem isso, Twilight Princess é um grande jogo que permanece extremamente fiel ao passado da franquia Zelda.

    Essa é uma excelente notícia para os fãs da série, que encontram no game um verdadeiro jogo Zelda com visuais atualizados, algumas novas reviravoltas e muitos quebra-cabeças desafiadores.

    3º lugar – The Legend of Zelda: The Wind Waker

    Com nota 96/100 no metacritic, resumo o jogo da seguinte forma: jogue e surpreenda-se.

    Muito se fala sobre o visual de desenho animado em cel-shaded de The Wind Waker, que inicialmente foi recebido com um pouco de ceticismo quando foi lançado há algum tempo. Esse ceticismo é completamente infundado, já que essa nova entrada na série parece absolutamente incrível. O que parece uma aparência relativamente simples na superfície se revela bastante complexo logo no início. Os personagens do jogo são extremamente expressivos em seu movimento e aparência, e isso adiciona peso emocional ao enredo baseado em texto do jogo. O foco do jogo no vento se traduz em grama que sopra naturalmente, velas que se enchem de vento quando você as aponta na direção certa, e rajadas de vento giratórias que indicam a direção e a força do vento – algo que realmente influencia a jogabilidade em mais de uma ocasião. Artisticamente, The Wind Waker é quase incomparável.

    Enquanto alguns podem ficar um pouco desanimados com a busca de itens no final do jogo, os quebra-cabeças fáceis e as batalhas contra chefes, The Wind Waker é, no entanto, uma grande conquista em todos os sentidos, desde sua apresentação gráfica deslumbrante até seu controle rígido e um enredo interessante. Pode não ter caído muito bem da árvore que a Nintendo plantou em 1998, mas a maneira como ele refina um dos jogos mais importantes da geração poligonal torna The Wind Waker um jogo tão obrigatório quanto o Ocarina of Time era antes isto.

    É incrível como uma franquia tão longeva continua mesclando bem a evolução tecnológica, a qualidade das histórias e a tradição iniciada no primeiro jogo.

    2º lugar – The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Metacritic 97)

    Não importa o quão belos seus ambientes sejam, quão inteligentes seus inimigos sejam, e quão complicados seus quebra-cabeças se tornem. O fato de Breath of the Wild continuar a surpreendê-lo com novas regras e possibilidades após dezenas de horas é de longe sua qualidade mais valiosa.

    É um jogo que permite que você se sinta gradualmente mais e mais fortalecido, mas ao mesmo tempo consegue manter um senso de desafio e mistério. Isso tudo cria um sentimento constante e consistente de gratificação durante toda a experiência.

    Avaliado com 97/100 no metacritic, Breath of the Wild é um momento decisivo para a série The Legend of Zelda, e o jogo mais impressionante que a Nintendo já criou.

    1º lugar – The Legend of Zelda: Ocarina of Time

    Graficamente, Ocarina of Time é simplesmente incomparável. Tudo no jogo parece fantástico.

    Você pode ver Death Mountain no fundo de algumas partes do jogo, completo com vários efeitos de fumaça, dependendo do estágio do jogo em que você está.

    As cinemáticas que, é claro, usam o motor de jogo, parecem absolutamente espetaculares e os efeitos usados ​​realmente dão ao jogo uma aparência espetacularmente majestosa. A sequência de viagem no tempo tem uma aparência especialmente agradável.

    O som do jogo também é realmente incrível. Cada música se relaciona perfeitamente com a ação na tela. Até as músicas que você toca na ocarina são agradáveis.

    Os efeitos sonoros também são perfeitos. O discurso consiste principalmente de risos, suspiros e gritos de batalha (“hi-yah!”). E funciona muito, muito bem! O jogo também leva em consideração sua localização.

    De certa forma, Ocarina of Time é um exemplo clássico de retro feito da maneira certa. Consegue combinar pequenos aspectos de todos os jogos Zelda anteriores, dando-lhe a mesma sensação de Zelda, mas de uma forma inteiramente nova.

    Mesmo em seu mundo enorme e ferozmente 3D, o jogo mantém uma sensação verdadeiramente clássica. Essa é uma sequência no seu melhor, expandindo os temas anteriores e trazendo muitas coisas novas para a mesa.

    Mesmo se você estiver procurando especificamente por isso, é difícil encontrar falhas em Ocarina of Time. Ok, para ser justo, há uma ligeira desaceleração em alguns locais, como o templo da água, mas não é frequente ou prejudicial o suficiente para ter importância.

    O game oferece um bom desafio, uma história incrivelmente bem contada e a jogabilidade que o sustenta. Esse jogo é real. Essa é a obra-prima que as pessoas ainda estarão falando daqui a dez anos.

    Avaliado com 99/100 no metacritic, esse é o jogo que exibe perfeitamente o mantra “qualidade, não quantidade” que a Nintendo tem alardeado desde o lançamento do N64. Em uma palavra, perfeito. Chamar de qualquer outra coisa seria uma mentira descarada.

    Enfim, esse é nosso artigo em comemoração aos 35 anos desta perfeição que é a majestosa Lenda de Zelda.

    Fãs de Zelda: compartilhem conosco alguma lembrança ou apreço pela franquia. Deixa um comentário ou nos manda um direct no Instagram. A gente vai adorar trocar essa ideia!

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    Cidade Invisível: Conheça as lendas do folclore brasileiro na série

    Cidade Invisível foi uma das grandes surpresas na Netflix, pois trouxe uma boa história com lendas brasileiras. Traremos aqui hoje uma lista com as criaturas míticas da série.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Cidade Invisível (1ª temporada, 2021, Netflix)

    A lista abaixo possui alguns spoilers da série, ou seja, leia por sua conta em risco!

    BOTO COR-DE-ROSA

    Cidade Invisível

    De origem indígena, o Boto Cor-de-Rosa é um ser que se transforma em um homem nas noites de lua cheia com o intuito de atrair mulheres inocentes. Depois de engravidá-las, ele vai embora de volta para o rio, assumindo novamente seu corpo animal.

    Em Cidade Invisível, o Boto é vivido por Victor Sparapane, sendo chamado de Manaus, fazendo uma alusão ao Estado do Amazonas, local onde a lenda do Boto nasceu.

    CORPO-SECO

    Cidade Invisível

    O Corpo-Seco é uma lenda brasileira sinistra, pois se trata de uma pessoa que foi tão cruel em vida que teve seu corpo rejeitado pelo Céu e pelo Inferno, vagando eternamente pela Terra sem rumo. Na trama de Cidade Invisível, existiram algumas modificações, uma vez que o Corpo-Seco é um espírito possessor que está perseguindo outras criaturas em busca de vingança após ser morto pelo Curupira.

    No seriado, Eduardo Chagas interpreta o vilão em vida com seu personagem chamado Antunes, um caçador sem escrúpulos.

    CUCA

    Cuidado com a Cuca! Alessandra Negrini dá vida a uma das lenas mais icônicas do folclore brasuca. A bruxa com corpo de jacaré vem buscar as crianças levadas e aparece a cada sete anos depois de um sono profundo. Ela possui cânticos assustadores que servem para que os pequenos durmam logo sem desobedecer seus pais.

    Na série, ela é uma das criaturas mais poderosas, visto que lidera os outros seres místicos. A vilã já havia ganho notoriedade por ser uma das principais personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo de Monteiro Lobato, sendo bastante importante para as histórias do autor.

    CURUPIRA

    Com os pés virados para trás, cabelo de fogo e uma força notável, o Curupira é um dos seres mitológicos brasileiros mais poderosos e é um dos mais interessantes de Cidade Invisível.

    Protetor das florestas, foi responsável por assassinar Antunes com sua lança. Desde então vive como indigente no Rio de Janeiro. O Curupira é interpretado por Fábio Lago, mais conhecido como Baiano em Tropa de Elite.

    IARA

    Cidade Invisível

    Iara ou Yara é uma bela mulher guerreira que sofria muito com a inveja de seus irmão, visto que ela era muito imponente em sua tribo. Após tentar matá-la, sem sucesso no combate, os irmãos de Iara acabam sendo mortos pela jovem guerreira. Ao saber do embate, o pai de Iara a joga no mar para morrer.

    Entretanto, os peixes acabaram salvando-a, lhe transformando em uma sereia. Seu canto atrai os homens para a morte e, caso consigam escapar dos encantos dela, eles ficam loucos em estado de choque eterno, somente sendo curados por um pajé. Jéssica Corés interpreta a personagem na série.

    SACI-PERERÊ

    Cidade Invisível

    Com uma perna só, gorro, cachimbo e muitas travessuras, o Saci-Pererê é uma das maiores lendas do folclore nacional, pois sua fama é conhecida em todo o país. 

    No seriado da Netflix, a sua adaptação é curiosa, uma vez que o Saci é um garoto de rua que usa uma prótese na perna. O gorro foi substituído por uma bandana, algo bastante criativo.

    O Saci é um personagem bastante conhecido também por conta das histórias de Monteiro Lobato, assim como a Cuca, por exemplo. Ele é interpretado por Wesley Guimarães e seu nome é Isac, um anagrama para Saci.

    TUTU MARAMBÁ

    Tutu Marambá ou Tutu na série é o personagem mais intrigante, visto que sua origem não é especificamente brasileira. Da espécie dos bichos papões, o Tutu Marambá vem da África, sendo uma espécie de porco do mato.

    Todavia, ele não tem uma forma definida, algo bastante curioso e ousado para a escolha do personagem. Em diversos momentos os espectadores acreditaram que a criatura interpretada por Jimmy London fosse o Boitatá, mas foi confirmado que ele era o monstro africano.

    Cidade Invisível está disponível no catálogo da Netflix e ainda não temos uma previsão para a segunda temporada, embora tenha muito material, aguardamos a segunda temporada para termos ainda mais diversão. 

    E vocês, gostaram da série? Comentem!

    Confira o trailer:

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    Trilhas sonoras de jogos: 5 artistas que fãs da Nintendo precisam conhecer

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    Uma das coisas que eu mais gosto em jogos de videogame é curtir as trilhas sonoras e ver como elas melhoram a experiência nos games. Se você compartilha o mesmo gosto, acredito que vá gostar desta lista com 5 artistas que fazem versões incríveis das trilhas sonoras de jogos da Nintendo.

    Existem diversas franquias com trilhas sonoras incríveis, mas particularmente acredito que a Big N é a empresa que possui os games com músicas mais marcantes.

    Aqui você encontra versões revisitadas de trilhas sonoras de jogos como Mario, Pokémon, The Legend of Zelda e Sonic. Também destaco diversas músicas de clássicos da Rare (antiga Rareware), como Banjo-Kazooie, Diddy Kong Racing e Donkey Kong 64.

    Abra seu Spotify, aumente o volume e divirta-se!

    Qumu

    Qumu Music é um prato cheio para os fãs da Nintendo!

    Esse artista revisita as músicas com uma pegada eletrônica, mas preserva o estilo original, fazendo com que a nostalgia seja forte em muitos casos.

    Separei para você o álbum Year 4 em que há músicas de jogos como Super Mario World, The Legend of Zelda: Breath of the Wild, Kirby Super Star e Animal Crossing.

    Confira também as versões das trilhas sonoras de Banjo-Kazooie e Diddy Kong Racing e perceba toda a identidade das músicas da Rare no estilo interessante do Qumu!

    Celestial Aeon Project

    Além de suas ótimas versões das trilhas sonoras de jogos, o Celestial Aeon Project ainda faz curadoria das músicas revisitadas por outros artistas. Esse é sem dúvida um artista muito completo, que também revisita anime, filmes e games de outras franquias.

    Ouça a seguir um álbum com 21 faixas em tributo a The Legend of Zelda.

    Confira também estas incríveis playlists com versões autorais e curadoria de outros músicos: Nintendo Chill & Orchestrated, Chiptune / VGM covers e Pokémon & Chill.

    Claire Waluch

    Curte piano? A Claire Waluch tem tudo para ser a sua favorita desta lista! Ela é uma pianista muito talentosa!

    Ouça a seguir o primeiro álbum disponibilizado pela Claire no Spotify, com trilhas sonoras de diversos jogos.

    Destaco também este álbum inteiro dedicado a diversos jogos da franquia The Legend of Zelda. Clique aqui para acessar.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Especial The Legend of Zelda: 35 anos de histórias fascinantes

    FalKKonE

    Esta dica é especial para fãs de Metal, principalmente Metal Sinfônico. Talento, repertório, acervo, Metal, sinfonia… FalKKonE tem tudo o que você quiser!

    Se você é fã de Pokémon e de Metal Sinfônico, certamente irá curtir o álbum Intense Symphonic Metal Covers: Metal ‘Em All que está logo abaixo:

    Nem só de Pokémon vive o FalKKonE. Não deixe de conferir os álbuns dele no Spotify. Atualmente há 24 volumes com covers de diversos games, além de alguns exclusivos para determinadas franquias.

    Hoopsandhiphop

    Nome difícil né? O que tem de dificuldade para ler o nome não tem para ouvir este baita artista. Hoopsandhiphop cria batidas incríveis para remixar trilhas de diversos jogos de Pokémon.

    Entre as batidas está, obviamente, o estilo Hip Hop. Mas não é só de batidas eletrônicas que vive esse cara. Em alguns casos, a pegada da música original é mantida, como na trilha de Goldenrod City (Gold / Silver / Crystal) em que há um violão bem de boa, ótimo para relaxar.

    Uma das trilhas mais clássicas dos jogos de Pokémon é a que toca em Lavender Town. Acredite: a versão do Hoopsandhiphop precisa ser ouvida!

    Tem algum(a) artista para indicar? Deixe nos comentários, pois certamente irei ouvir!

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    Mortal Kombat: Confira o caminho até o filme de 2021

    Que eu amo o game Mortal Kombat não é segredo pra ninguém. Passo horas real nas torres do tempo e me divertindo entre brutalities e fatalities (apertando todos os botões aleatoriamente, mas fazendo golpes incríveis, pasmem!).

    Mas até então pela fama dos filmes live-action, nunca tive curiosidade e nem quis me dar o trabalho de assistir e tirar minhas próprias conclusões – vou com fé nas críticas.

    Ontem, finalmente  a Warner Bros. divulgou o primeiro trailer oficial de Mortal Kombat que tem sua estreia confirmada para 15 de abril no Brasil e eu fiquei bem animada com o que vem por aí.

    A produção do longa já está acontecendo faz um tempo, mas só agora pudemos nos “deliciar” com cenas sanguinárias mostrando que realmente estão levando a sério a adaptação do game.

    A franquia até o momento conta com três filmes e algumas séries live action, além de uma série e três longas animados.

    Lançado em 1995, Mortal Kombat teve um orçamento de US$ 18 milhões e faturou US$ 122,1 milhões nas bilheterias mundiais. Mortal Kombat – A Aniquilação estreou dois anos depois e custou US$ 30 milhões, mas arrecadou apenas US$ 51,3 milhões. Apesar do sucesso de bilheteria do primeiro, ambos foram massacrados pela crítica.

    Entretanto, diferente do que todos pensavam, o roteirista Greg Russo afirmou que a nova adaptação do clássico jogo para os cinemas não repetirá as mesmas histórias que os longas predecessores.

    “A ideia para este novo filme sempre foi essa, não queremos repetir o que vocês já viram. Isso não é chamativo para ninguém, creio eu. E eles já assistiram àqueles filmes. Então, ao mesmo tempo que queremos contar uma nova história, ela será fiel ao panteão dos jogos que todos amam.”

    Pelo que pude ver na internet, o novo trailer de MK está dividindo opiniões entre os fãs.

    Poderiam os filmes, serem ÓTIMOS como os games? É pedir demais?

    Como eu entrei nesse mundo gamer de MK um pouco tarde – #arrependida -, não conheci alguns títulos da franquia tanto em game, quanto nas telonas. O mais recente que eu assisti e gostei bastante foi a animação Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion.

    E se você também não conhece todos, vou deixar uma lista para que após a leitura desse artigo você possa correr para assistir (e tirar suas próprias conclusões), enquanto o filme tão aguardado para 2021 não chega.

    Ah! e não esqueça de comentar sua opinião sobre os filmes e séries porque o que eu quero ver é treta!

    Mortal Kombat – O Filme (1995)

    Mortal Kombat

    Os planetas estão desalinhados. Para deter as forças do mal e salvar a humanidade, Lord Raiden, o protetor da Terra, escolhe as três pessoas capazes de vencer o Mortal Kombat, disputado pelos melhores lutadores do universo.

    Um dos maiores sucessos de bilheteria na franquia, esse com certeza fez a alegria dos fãs. Com uma ótima trilha sonora e o tema de Mortal Kombat que até hoje é lembrado, a adaptação trouxe o imortal Christopher Lambert de Highlander para interpretar outro imortal, Raiden.

    Curiosidades: Inicialmente seria Cameron Diaz a intérprete de Sonya Blade, mas pouco antes das filmagens terem início ela quebrou o punho e teve que ser substituída por Bridgette Wilson.

    Ed Boon, um dos criadores do jogo de vídeogame Mortal Kombat, dá voz ao personagem Scorpion no filme.

    Steven Spielberg faria uma ponta no filme! Quando somos apresentados a Johnny Cage, vemos o ator abandonando a gravação de um de seus filmes, o que deixa seu diretor bem preocupado. Se você sempre achou o tal diretor muito parecido com Spielberg, é porque a ideia era justamente essa.

    Na verdade, Steven Spielberg em pessoa tinha concordado fazer essa ponta em Mortal Kombat, sendo ele próprio um fã do jogo, mas por problemas de agenda, não pode comparecer. Para compensar, encontraram um outro ator muito parecido com ele. O diretor curtiu a homenagem.

    Mortal Kombat: A Viagem Começa (1995)

    Mortal Kombat: The Journey Begins é um filme de animação de 1995 lançado pela Turner Home Entertainment e Threshold Entertainment como uma ligação não oficial e uma prequel do filme que estreou no mesmo ano.

    Possui animação tradicional, captura de movimento e CGI para explicar as origens por trás de alguns dos personagens principais do filme, bem como um documentário de bastidores de 15 minutos do lançamento nos cinemas.

    O filme foi lançado direto para home video em VHS e Laserdisc, com duração de cinquenta e quatro minutos. Em 2011, foi incluído como bônus no Blu-ray de Mortal Kombat.

    Curiosidades: Apesar de seus papéis de destaque no filme live action, Kano, Kitana e Reptile não aparecem em The Journey Begins. No entanto, Kano é mencionado (embora nenhum nome seja fornecido) como o “homem procurado” que Sonya Blade está perseguindo.

    Vários guerreiros Tarkatan aparecem no filme, embora nenhum deles seja reconhecido como Baraka. Em vez disso, eles são chamados de “Nômades”.

    O Grande Kung Lao mencionado no flashback é o Kung Lao com o chapéu de aro de navalha, embora nos jogos, O Grande Kung Lao e o Kung Lao com o chapéu de aro de navalha sejam 2 personagens diferentes.

    Mortal Kombat: Os Defensores da Terra (1996)

    Mortal Kombat

    Os personagens e suas histórias de fundo são em sua maioria contínuos com os filmes Mortal Kombat e Mortal Kombat: Aniquilação, embora existam algumas pequenas diferenças. Isso inclui o visual dos personagens em Mortal Kombat 3 do jogo arcade.

    A série se passa no Plano Terreno (Earthrealm, em inglês), Exoterra (Outworld), e vários outros reinos após os eventos do primeiro filme, e o enredo tem muito pouco a ver com aquele de qualquer um dos jogos. Talvez o aspecto mais notável do show foi que este propiciou a aparição de estreia de Quan Chi, um personagem chave da série MK que foi vilão do jogo Mortal Kombat 4 e parte do jogo Deadly Alliance, no qual ele divide o antagonismo com Shang Tsung.

    O programa é focado em um grupo de guerreiros agrupados por Raiden para defender a Terra dos invasores de várias outras dimensões que entraram através de portais. Os guerreiros convocados incluem Liu Kang, Kurtis Stryker, Sonya Blade, Jax Briggs, Kitana e o Sub-Zero mais jovem, com Nightwolf funcionando principalmente como suporte técnico.

    Os guerreiros operavam a partir de uma base oculta de onde Nightwolf e Raiden monitoram a abertura de portais, com os bravos lutadores se deslocando rapidamente para lidar com perturbações.

    Shao Kahn é o grande vilão da série, sendo responsável por permitir que outros reinos invadam a Terra.

    O final envolve Kitana liderando uma rebelião da Exoterra contra seu padrasto, Shao Kahn.

    Curiosidades: A série animada teve um total de 13 episódios, que foram exibidos originalmente entre setembro a dezembro de 1996.

    Nos Estados Unidos, os episódios de Defensores da Terra foram transmitidos par a par com os da série animada Street Fighter. O dobro da quantidade de episódios (26) foi produzido para a animação baseada no jogo de luta da Capcom.

    Jax remove seus implantes metálicos em um episódio (Língua Ácida), assim dissipando a noção de muitos fãs que estavam permanentemente implantados.

    Por se tratar de uma série endereçada ao público jovem, não há mortes no programa.

    Mortal Kombat: A Aniquilação (1997)

    Mortal Kombat

    A produção é o segundo filme baseado na série de jogos. Após vencer o torneio Mortal Kombat, a Terra estaria livre da invasão de Shao Kahn e seu exército de guerreiros por uma geração, até o próximo torneio. Porém, o desejo de obter o Reino da Terra, fez o imperador desafiar os Deuses Anciões e quebrar as regras impostas por eles. Um portal entre a Exoterra e a Terra foi aberto, a invasão foi feita e os humanos foram atacados sem estarem preparados para o combate.

    O imperador maligno Shao Kahn abre um portal da Exoterra no Plano Terreno (Reino da Terra), trazendo consigo a falecida mãe de Kitana, a rainha Sindel.

    O Plano Terreno corre o risco de ser absorvido para Exoterra em seis dias, um destino que Liu Kang e os outros devem impedir que aconteça. Johnny Cage morre pelas mãos do imperador durante o primeiro combate, quebrando seu pescoço, e os guerreiros restantes do Plano Terreno decidem se reagrupar para pensar em um plano para derrotar Kahn. Sonya se sente culpada pela morte de Johnny e pede ajuda a seu antigo parceiro, Jax Briggs.

    Curiosidades: Mortal Kombat: A Aniquilação tem apenas 2% de aprovação, baseado em 43 análises, no site Rotten Tomatoes.

    Para economizar, a produção resolveu dar duas funções para muitos dos atores de Mortal Kombat: A Aniquilação. Ray Park, por exemplo, interpretou dois papéis (Raptor e Tarkatan). Muitos outros atores do elenco também trabalharam como dublês.

    Mortal Kombat: A Conquista (1998)

    Mortal Kombat: A Conquista (Mortal Kombat: Conquest) foi uma série de TV que foi ao ar de 1998 a 1999. A série é considerada uma prequel da história de Liu Kang, Kung Lao e companhia. Mas foi cancelada após a primeira temporada (com 22 episódios).

    Muitos milênios atrás, a Terra era um planeta jovem e desejável. Poderosa e rica em recursos naturais. O megalomaníaco Shao Kahn queria a Terra como parte de sua coleção crescente de reinos conquistados, conhecido como Exoterra.

    Para proteger o Plano Terreno de Shao Kahn, o Mortal Kombat, um torneio em que o destino do planeta é decidido em batalhas entre competidores de Plano Terreno e da Exoterra, foi criado. 500 anos atrás, o monge guerreiro Kung Lao derrotou o feiticeiro de Shao Kahn e o terrível Shang Tsung, no Mortal Kombat. Quando Kung Lao poupou sua vida, Kahn aprisionou Tsung em suas minas de cobalto.

    Curiosidades: Devido a restrições de orçamento, o departamento de figurinos não conseguiu comprar sutiãs para as mulheres do elenco. 

    No episódio Debt of the Dragon, a organização criminosa Dragão Negro é apresentada.

    O episódio The Serpent and the Ice contou com uma participação especial de Smoke na última cena antes dos créditos. Foi falado pelo mestre Lin Kuei que ele iria caçar o agora desonesto Sub-Zero. Este enredo nunca entrou em jogo, possivelmente porque a série foi cancelada prematuramente.

    O episódio The Master apresenta um personagem chamado Master Cho. Há rumores de que ele é o Bo’ Rai Cho, um dos mestres da Lótus Branca.

    Mortal Kombat: Renascimento (2010)

    Lançado no YouTube com o intuito de estimular a Warner Bros. a criar um filme com o universo da série reinventado, Mortal Kombat: Rebirth é um curta-metragem americano de 2010 dirigido por Kevin Tancharoen, com coreografia de luta de Larnell Stovall.

    O curta traz uma versão alternativa do universo de Mortal Kombat. Os personagens do jogo são retratados com origens muito diferentes, com base no realismo. Não há menção a Exoterra ou qualquer outro elemento sobrenatural, embora o torneio em si seja uma parte principal da história.

    Mortal Kombat Legacy (2011)

    Kevin Tancharoen mais uma vez nos trouxe o MK raiz em 2010, trazendo para as telas um curta com Jax e Sonya interrogando um suposto Scorpion.

    Esta versão atenuou a fantasia e colocou o torneio como algo do submundo do crime. A série fez tanto sucesso entre os fãs do game, que a Warner aceitou disponibilizar recursos para o projeto continuar.

    O curta contou até com Lateef Crowder como Baraka. Para quem não sabe, Crowder é famoso como dublê e um dos maiores capoeiristas do mundo, com aparições em vários filmes de artes marciais, como Ong Bak 2 e Tekken, onde viveu o personagem Eddy Gordo.

    A série Mortal Kombat: Legacy chegou à internet em 2011. Dois anos depois, veio uma segunda temporada – Mortal Kombat: Legacy II – pelo site Machinima e disponível no YouTube.

    Continuando de onde parou, o ritmo se mantém. Na primeira parte, foram apresentados os personagens menos fantasiosos, como Jax, Sonya e Striker, em operação para caçar o famigerado Kano, junto com a história da Iniciativa Ciborgue.

    Após apresentar a maior parte dos lutadores da Terra e também uma versão mais hardcore de Raiden, a série fecha deixando o pano de fundo da história pronto.

    A segunda temporada começa apresentando novos personagens como Liu Kang e Kung Lao, mostrando a situação entre os dois e o que aconteceu no passado.

    Muito mais interessante que o primeiro filme para o cinema, a série tem como curiosidade a volta do ator Cary Hiroyuki Tagawa, interpretando o feiticeiro Shang Tsung, desta vez numa versão mais envelhecida.

    Outros lutadores de destaque são Kenshi, o espadachim cego e a “esponja de almas” Ermac, com visual bem diferente do uniforme vermelho e preto do jogo, mas com as habilidades fiéis à história.

    Junto com eles, retornam lutadores da primeira temporada, ganhando muito mais peso na história e com seus passados e razões mais explorados.

    Mortal Kombat: Fates Beginning (2015)

    Mortal Kombat

    Filmes dessa escala, feitos por fãs, podem muitas vezes ser um sucesso e um fracasso; no entanto, há uma série de fatores positivos a favor de Mortal Kombat: Fates Beginning, nada menos do que ganhar o prêmio de melhor filme de Mortal Kombat no festival de cinema Urban Action Showcase, em 2015.

    Ter um veterano do Mortal Kombat, Daniel Pesina – que interpretou Johnny Cage, Scorpion, Sub Zero e muito mais nos dois primeiros jogos de arcade – a bordo como Shang Tsung, adiciona um nível de autenticidade aos procedimentos.

    Você pode esperar ver uma série de personagens clássicos retratados neste filme, como Raiden (Richard Lounello) Sonya Blade (Irina Gorovaia), Scorpion (Johnny Alicea), Johnny Cage (Basil Masters), Liu Kang (Immanuel Chang) e o cara que todo mundo adora odiar, Kano (Damien Colletti).

    Dada a curta escala de tempo em que este filme foi rodado, ele se saiu muito bem com alguns momentos realmente legais envolvendo os movimentos característicos dos personagens.

    Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion (2020)

    Após o massacre cruel de sua família pelo mercenário Sub-Zero, Hanzo Hasashi é exilado no tortuoso Submundo (Netherrealm). Lá, em troca de sua servidão ao sinistro Quan Chi, ele teve a chance de vingar sua família – e ressuscita como Scorpion, uma alma perdida que tem sede de sangue pelo clã Lin Kuei e seu eterno rival Bi-Han.

    De volta ao Plano Terreno, Lord Raiden reúne uma equipe de guerreiros de elite – o monge Liu Kang, a oficial das Forças Especiais, Sonya Blade e o ator de ação Johnny Cage – um grupo improvável de heróis com uma chance de salvar a humanidade. Para fazer isso, eles devem derrotar a horda de gladiadores da Exoterra de Shang Tsung e reinar sobre o torneio Mortal Kombat. 

    A animação que tem Scorpion como protagonista é violenta e traz um frescor na franquia, pois muda algumas histórias e apresenta embates improváveis e interessantes.

    Mortal Kombat (2021)

    Um grupo de lutadores vai em busca de um ser sobrenatural que dizimou uma equipe de soldados das Forças Especiais. Agora eles devem entrar no Mortal Kombat e lutar pelo futuro da Terra em um torneio sangrento.

    Simon McQuoid é o novo diretor da franquia e tem a chance de, enfim, trazer uma narrativa que agrade de vez o público e crítica.

    Após a estreia do trailer oficial, o filme recebeu diversas reações positivas, confira abaixo o trailer dublado:

    De acordo com o diretor, algumas histórias serão diferentes, pois elas já foram contadas e merecem uma nova roupagem.

    O novo filme apresenta personagens já conhecidos e já na primeira cena do trailer narrado por Sonya, Jax tem seus braços congelados e destroçados por Sub-Zero. Os fãs de Mortal Kombat sabem que é normal algo de ruim acontecer com os braços de Jax – em uma das histórias de origem do personagem, os braços dele são deteriorados num nível absurdo por Goro, enquanto em outro Ermac usa os próprios poderes para destruir os membros superiores do capitão. Isso serve para que, posteriormente, Jax consiga os tão famosos braços de aço, como mostrado no trailer.

    Simon McQuoid, o diretor do longa, comentou:

    “Nesse filme, precisávamos guiar certos personagens e narrativas. Considerando que Jax perdendo os braços é algo que já aconteceu antes, sentimos que tínhamos o direito de fazer isso novamente aqui.”

    Sub-Zero é um personagem com muita história no universo de Mortal Kombat. O manto foi vestido por dois irmãos, cada um com os próprios ideais. McQuoid diz que a versão do filme foi inspirada pelo primeiro Sub-Zero, chamado Bi-Han. Não é tão surpreendente vê-lo ser tratado como antagonista. Inclusive, o diretor se referiu ao personagem como o vilão mais importante do longa metragem.

    Além do diretor, teremos um novo protagonista chamado Cole Young, interpretado por Lewis Tan.

    Por nunca ter aparecido em outra mídia, os fãs têm especulado sobre o personagem. Uma das possibilidades é que os produtores tenham feito uma brincadeira e que Cole Young seja na verdade Kuai Liang, nome de batismo do segundo Sub-Zero. No filme, inclusive, Cole está sendo caçado pelo lutador de gelo, o que indica que pode mesmo haver uma correlação.

    Estão ansiosos para o novo filme? Comentem!

    Mortal Kombat tem estreia prevista para o dia 15 de abril nos cinemas brasileiros.

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