A Owlcat Games e a Deep Silver rolaram os dados e hoje lançam o aclamado Pathfinder: Kingmaker Definitive Edition para PlayStation 4, Xbox One e Xbox One X. O jogo está disponível em lojas de varejo selecionadas, bem como nas lojas digitais do respectivas plataformas.
O RPG clássico levará aventureiros às Stolen Lands, apresentando todos os pacotes de conteúdo lançados anteriormente, bem como um novo modo baseado em turnos.
Alexander Mishulin, diretor criativo da Owlcat Games disse em uma entrevista:
“RPGs clássicos são raros convidados nos consoles, e estamos entusiasmados em apresentar a experiência Pathfinder completa aos proprietários de console. E com o novo combate baseado em turnos, os jogadores estão prestes a obter ainda mais variedade de jogabilidade que esperam de um jogo desse gênero.”
Veja o trailer de lançamento:
Pathfinder: Kingmaker – Definitive Edition
O Pathfinder Kingmaker: Definitive Edition adiciona todo o conteúdo DLC lançado anteriormente diretamente ao jogo e vem com o novo modo baseado em turnos, que não só traz o jogo mais perto da experiência de mesa, mas também adiciona uma nova camada tática. Os proprietários da versão para PC receberão este novo modo como uma atualização de patch grátis mais tarde.
A Definitive Edition conta com todo o conteúdo de jogo dos DLCs lançados anteriormente:
Pathfinder: Kingmaker – The Wildcards;
Pathfinder: Kingmaker – Varnhold’s Lot;
Pathfinder: Kingmaker – Beneath The Stolen Lands;
Pathfinder: Kingmaker – Bloody Mess;
Pathfinder: Kingmaker – Arcane Unleashed;
Pathfinder: Kingmaker – Royal Ascension.
Sobre Pathfinder: Kingmaker:
Pathfinder: Kingmaker leva os jogadores em um tour pelas infames Terras Roubadas, os territórios perigosos e turbulentos bem conhecidos entre os fãs de Pathfinder.
Kingmaker revisita personagens familiares e locais conhecidos da tradição da “série” e trata os jogadores para novas aventuras, inimigos mortais e reviravoltas imprevistas.
Os fãs do RPG de fantasia de mesa experimentarão seu universo épico e heroico de novas maneiras, enquanto os jogadores de RPG de computador descobrirão seu gênero favorito sob uma luz mais contemporânea, em impressionantes gráficos 3D que dão vida ao universo.
O gamedesafiará os jogadores como aventureiros e governantes, enquanto reivindicam terras exploradas e esculpem seu reino do deserto.
A fundação do Reino vai além da simples construção de fortalezas e se torna um verdadeiro reflexo do caráter do herói e das escolhas feitas ao longo do jogo.
Cada reino é uma coisa viva moldada pelo alinhamento, escolhas, aliados e a capacidade do herói de liderar seu povo.
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Nos últimos anos diversos jogos com a temática de samurai (Nioh, Sekiro, Onimusha e Samurai Shodown) vêm ressurgindo para alegria dos fãs que estavam órfãs desse gênero. Gênero esse que teve uma boa safra no PlayStation 2. Inclusive, um clássico do PS2 como Onimusha Warlords retornou para plataforma do PlayStation 4; alguns até ganharam até o GOTY de 2019, como Sekiro: Shadow Die Twice, e agora temos Ghost of Tsushima.
Entre todos os mencionados da indústria, nunca tivemos um jogo de samurai de mundo aberto que realmente captasse toda a essência desse período histórico da Era dos Samurais com o devido grau de detalhes e um contexto histórica absurdo.
Com isso em mente, lhes trago Ghost of Tsushima um game que é uma carta de amor da desenvolvedora Sucker Punch a esse período que foi tão importante para a história do Japão.
Ghost of Tsushima é um jogo desenvolvido pela Sucker Punch (Infamous e Sly Cooper) e publicado pela Sony, sendo o mais recente exclusivo para o PlayStation 4.
PARECE PRODUZIDO DO JAPÃO, MAS NÃO É
Esse é o primeiro jogo de mundo aberto da desenvolvedora norte-americana. O inusitado é que esse jogo poderia muito bem ser feito por desenvolvedores japoneses, assim como o próprio diretor executivo Toshihiro Nagoshi da série Yakuza citou:
“Venceram-nos. Penso que é um jogo que devia mesmo ter sido feito por pessoas japonesas, mas ouvi que eles fizeram um trabalho monstruoso para recolher dados e tudo isso. Também existe o Modo Kurosawa, demonstrando como tentaram perseguir uma sensação artística cinematográfica para o jogo no geral. É o tipo de trabalho, feito por pessoas não japonesas, que nos faz sentir que eles são ainda mais japoneses do que nós.”
UMA TEMPESTADE SE APROXIMA
“O ano é 1274. Os guerreiros samurais são os lendários defensores do Japão – até que o temível Império Mongol invade a ilha de Tsushima, causando estragos e conquistando a população local. Como um dos últimos samurais sobrevivente, você se levanta das cinzas para lutar. Mas, táticas honrosas não o levarão à vitória. Você deve ir além de suas tradições de samurai para forjar uma nova forma de luta – o caminho do Fantasma – enquanto você trava uma guerra não convencional pela liberdade do Japão.”
ANÁLISE
Ghost of Tsushima reúne tudo o que há de melhor em jogos de mundo aberto como por exemplo The Witcher 3, Horizon Zero Dawn e BOTW. O game apresenta um mapa vasto e rico em detalhes, além de uma ambientação do Japão feudal que é perfeita e bate muito bem com o contexto histórico.
O game é repleto de missões a serem realizadas, sendo elas, missões da história principal e side quests – que particularmente, achei como o ponto mais fraco do jogo.
Vale mencionar que ambos os tipos de missões que o game oferece conforme a sua progressão tem bastante semelhança com os primeiros games da série Assassin’s Creed.
As missões variam de stealth a conquistas de territórios invadidos pelos mongóis, por isso recomendo que fique alternando entres as missões da história principal e missões secundárias. Do contrário terá experiência extremamente repetitiva o que pode te deixar exausto.
Confesso que fiquei bastante frustrado com as missões secundárias por não serem tão elaboradas, como em The Witcher 3 (quem jogou TW3 sabe o como as side quests tem o mesmo nível de qualidade das missões principais), por mais que as missões tenham sido fracas não diminuiu a ótima experiência que tive durante todo o jogo. Contudo, essas missões secundárias são cruciais para o desenvolver do seu personagem.
Conforme você explora o mundo de Ghost of Tsushima serão encontrados recursos que se divididem em 4 categorias: madeira, metal, tecido e produtos. Que será necessário saber quais itens nessa categoria funcionará para melhorar o conjunto de equipamentos.
O tempo de loading de Ghost of Tsushima é incrivelmente satisfatório para um jogo de mundo aberto que levam cerca de 8 a 10 segundos para carregar. O que deixa o jogador mais imerso durante a jogatina. Fiquei bastante satisfeito, pois outros jogos de mundo aberto dessa geração não apresentam um loading tão rápido.
JOGABILIDADE
A jogabilidade do game é ágil e fluida junto ao combate que é um espetáculo. Contundo, na hora de você põe sua katana em ação contra os mongóis, temos a ausência da trava na mira, o famoso “lock on”, diante dos inimigos.
Essa ausência de trava na mira foi justificada pelo diretor do game, Nate Fox, em uma entrevista ao GameSpot:
“A ideia é que os principais inimigos do jogo, os mongóis, te enfrentassem como uma espécie de matilha de lobos. Ou seja, eles vão te cercar, e você precisará se livrar usando suas habilidades, ainda que venham de todos os lados. Se esse mecanismo de trava tivesse sido incluído, não seria possível se movimentar tão rapidamente nas lutas. É algo parecido como uma dança, que precisa ser fluída, se movendo pelo espaço.”
Por isso, seja rápido na hora de esquivar quando um grupo de mongóis se reunirem para confrontá-lo, pois um erro na esquiva pode levá-lo à grandes danos ou a morte.
Apesar da ausência da trava na mira, o combate é um espetáculo digno de cinema, como se tivesse saído de algum filme do diretor Akira Kurosawa. Além disso o modo foto permite deixar o game ainda mais com aspecto dos filmes do lendário diretor.
Detalhe: a empresa teve aprovação dos responsáveis pelo legado do diretor, que faleceu em 1998, para utilizar esse modo.
Assim como em Sekiro e Nioh o game apresenta a postura de luta do samurai (postura do vento, postura da água, postura da lua, postura da pedra) e cada inimigo é vulnerável a uma determinada posição de ataque, portanto mudar de postura é essencial para sobreviver.
O game apresenta um vasto arsenal de armas e munição como katana, tantô, kunai, arco e flecha, zarabatana, bomba aderente e bomba de fumaça.
VEREDITO
A minha experiência com Ghost of Tsushima foi incrível, por mais que tenha pequenos problemas, em momento algum me tirou as 50 horas de diversão que o jogo proporcionou em uma aventura épica.
Apesar do personagem principal, Jin Sakai, não ter me cativado no início do jogo, contudo, conforme avançava na história fui conhecendo suas motivações nobres e passei a me importar com ele (achei muito legal a dublagem japonesa, pois o dublador Kazuya Nakai é o mesmo do Zoro de One Piece).
Ghost of Tsushima é um jogão e tenho certeza que vai agradar tanto aos fãs da cultura oriental, quanto aos fãs da série Assassin’s Creed. Sem falar, que certamente o game é o mais lindo dessa geração, seus gráficos vão te deixar impressionado com nível de qualidade e detalhes. Contudo, as expressões faciais, a meu ver, foram apenas ok (depois de ter jogado The Last of Us Parte 2 fica difícil encontrar outro game para bater de frente).
Nossa nota
Confira o trailer do game:
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Destroy All Humans! foi lançado originalmente para PlayStation 2 e para o Xbox em 2005. O adorado game em 2020 ganhou um remake para o PlayStation 4, Xbox One, Google Stadia e PC. O game conta a história de Cryptosporidium, também conhecido como Crypto, um guerreiro Furon que vem à Terra para resgatar um de seus clones que caiu no planeta e foi capturado por humanos a fim de ser estudado.
Crypto é um daqueles alienígenas cinzas, mais conhecidos como “Gray”. No game, ele é comumente chamado de alienígena verde, ato que ele contesta sem pestanejar.
Crypto é da raça Furon, a raça perdeu a habilidade de se reproduzir e desde então, vem se clonando. Ao início do game, os Furon estão chegando agora ao seu esgotamento, quase não podendo mais criar clones.
Além de resgatar seu clone, Crypto é incumbido da missão de tentar restaurar a antiga glória de seu povo e seu império, ao coletar o DNA humano, que contém uma porcentagem de DNA Furon.
AMBIENTAÇÃO
O game é ambientado no que parece ser os anos 50. O pós-guerra e todos os temores de uma paz recém-adquirida são abordados de forma leve e irônica. Questionando sempre o “American Way of Life“.
A modelagem 3D dos personagens nos fazem sentir envoltos no momento histórico no qual parecia ser necessário apenas uma fagulha, para reacender todos os conflitos e fazer o mundo mergulhar novamente em um caos incessante.
A sombra do comunismo e a forma como os Estados Unidos parecia temer a antiga União Soviética flerta e permeia a história do game, sendo possível até mesmo culpar o país europeu por uma invasão alienígena.
JOGABILIDADE
A jogabilidade de Destroy All Humans! é extremamente divertida, e proporciona diversas aproximações para as mais adversas ameaças. A probabilidade de você sorrir em meio à destruição de cidades americanas, e o divertido enredo, são enormes, então se você planeja ser incisivo e sério em sua empreitada de dominar o planeta azul, pense novamente.
As habilidades tanto de Crypto quando de sua nave espacial, tornam a jogabilidade especialmente únicas, podendo variar de jogador para jogador, de acordo com seus upgrades (que são possíveis de realizar tanto em Crypto, quanto em seu meio de transporte).
A fragilidade do protagonista é inversamente proporcional à capacidade de destruição de sua nave. Tenha em mente, que somos capazes de queimar as unidades e as defesas terrestres do alto sem qualquer dificuldade. Ao optar por não colocar nenhum peso nas escolhas do jogador, Destroy All Humans! mostra que tanto os poderes diretamente destrutivos, podem ser divertidos, assim como os mentais, no qual apertamos um direcional para atrair um personagem, ou outro direcional para colocar o “Holozé”, para funcionar.
Apesar de uma premissa extremamente simples, o game parece tomar liberdades e direções que nos deixam tanto abismados, quanto surpresos. Tirando risadas, e provocando certo estranhamento quando encarados por personagens que atestam a existência de alienígenas.
As principais linhas de defesa da Terra, assim como os principais antagonistas do game, são a Majestic. Uma organização do governo coordenada para evitar e prevenir qualquer ataque vindo do espaço.
VEREDITO
O brilhantismo do game reside no fato dele não se levar a sério, e do fato de Crypto tirar sarro de qualquer costume terrestre. Nos fazendo tanto parar para pensar, quanto nos rendendo algumas boas gargalhadas.
Destroy All Humans! mostra de forma clara que a humanidade não é nem um pouco digna de confiança, e que apesar de esperar visita de seres superiores, mais evoluídos, estamos prontos para abatê-los do céu em um segundo.
O game tira sarro e reproduz típicos clichês, ou sinais do tempo, de uma época temerosa, cujos preconceitos e medos tomavam conta daqueles que preferiam se fechar em seus mundos, a aceitar o diferente, e que o mundo estava mudando.
O game se mostra extremamente divertido, e nos mostra que a Terra seria facilmente dominada, até mesmo por um exército de um homem só. Ou melhor, exército de um gray só.
Nossa nota
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É incontestável que os quadrinhos brasileiros de terror vêm apresentando uma nova safra de autores cada vez mais talentosos. Pândega: Terror, publicação da Editora Skript, é um desses casos de ótimos quadrinhos criados por incríveis quadrinistas brasileiros.
Em Pândega temos uma antologia de terror que conta com a presença de 50 autores. Cada antologia apresenta uma história mais bizarra que a outra sem falar da arte que é encantadora e outras bem sombrias.
ANÁLISE
A narrativa de Pândega é bem dinâmica e fluida, pois cada antologia é bem curtinha – e extremamente macabra. Em algumas histórias o leitor vai realmente ficar com medo, pois algumas das tramas traçam paralelos com a realidade que vivemos hoje.
Cada artista apresenta um traço versátil e outros bem peculiares, o que deixa o quadrinho bem mais bizarro e envolve o leitor a seguir a leitura.
Certamente, as histórias que mais me envolveram foram as que apresentaram críticas sociais ao desgoverno que o nosso país vem vivendo, pois alguns autores souberam muito bem transmitir o maior terror de todos: a onda de fascismo, racismo e desinformação que vem assombrando a todos que não foram infectados por essa insanidade.
VEREDITO
Pândega: Terror é um ótimo quadrinho, onde cada artista trata de forma criativa o gênero de terror – seja com contos mais sombrios ou outros que se misturam a nossa realidade. Realidade essa que não fica muito longe de uma terrível história de terror.
Entendo que a proposta da HQ é ser uma antologia, mas vejo que algumas histórias tinham grande potencial de ter uma expansão, pois são muito boas e bem escritas. Desejo que, futuramente, tenhamos uma continuação dessas histórias macabras e sombrias.
Nossa nota
EDITORA: Skript
AUTOR: Douglas Freitas e outros.
PÁGINA: 216
https://youtu.be/-4MM6FzDNIc
E você, O que achou dessa HQ? Deixe sua nota!
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Lovecraft Country, nova série da HBO criada por Misha Green e baseada na obra homônima de Matt Ruff, estreou no último domingo (16/8) e está movimentando a internet.
Produzida por J.J. Abrams e Jordan Peele, a série mistura elementos do terror cósmico (e weird fiction) de H.P. Lovecraft e a realidade dos Estados Unidos segregador dos anos 1950 para construir uma trama assustadora.
Nesta análise nós faremos uma crítica COM SPOILERS do episódio 1, intitulado Sundown, e, ao término, traremos todas as referências abordadas ao longo da trama. Então, leia por sua conta e risco.
SINOPSE
Há mais de um ano afastado de casa – enquanto prestava serviço militar para os Estados Unidos na Coreia do Sul – Atticus Freeman (Jonathan Majors) ou Tic, como é conhecido, resolve retornar à sua cidade natal (Chicago) após o desaparecimento de seu pai – em condições inexplicáveis.
Ao reencontrar seu tio George (Courtney B. Vance) e sua amiga Letitia (Jurnee Smollett), os três embarcam em uma viagem pela América de Jim Crow dos anos 1950 na esperança de encontrarem o pai de Tic.
ANÁLISE
Lovecraft Country começa com uma ótima apresentação de todos os três principais personagens.
Desde a primeira cena – uma invasão alienígena misturada com a imagem de Jackie Robinson (primeiro jogador negro a ingressar nas principais ligas de beisebol) – é possível perceber como o terror cósmico de Lovecraft se encaixa com a premissa do seriado e seu período histórico.
Assim que inicia o episódio, a produção deixa implícito seu ímpeto de ser grandiosa. Entretanto, os efeitos especiais, nesse primeiro momento, são um pouco simplórios, deixando um pé atrás sobre o que vamos encontrar ao longo da 1 hora e 8 minutos de duração.
Em seu arco de apresentação, Tic se mostra um rapaz culto, apaixonado por leitura e aficionado por obras de conceito pulp. Letitia é uma jovem livre e engajada, mas que não se dá muito bem com sua família.
Para fechar o trio, temos tio George, um personagem forte e determinado, pronto para colocar o bem-estar de todos acima do seu. George é o responsável pelo Guia – uma alusão ao Green Book, livro que mapeava os locais seguros para negros nos Estados Unidos na época da segregação.
É por meio do Guia que os três possuem locais mapeados onde podem fazer uma refeição, dormir ou tomar banho, por exemplo. Entretanto, vários locais ainda precisam ser mapeados, e a busca pelo pai de Tic (até então sem nome) acaba sendo uma motivação a mais para George completar mais uma área de seu livro.
O desenrolar da trama – com os três pegando a estrada e parando em diversos locais hostis -, já deixa claro que os monstros de H.P. Lovecraft podem ser assustadores, mas os seres humanos são ainda piores. O preconceito que o grupo enfrenta em cada local visitado escancara o quão difícil é a realidade que eles enfrentam.
Se a realidade é terrível, a literatura que George e Tic consomem também não é das melhores. Em uma reviravolta fantástica do último ato, somos inseridos em uma sequência de ação que lembra muito as boas cenas de Stranger Things e o pânico que o primeiro Jurassic Park despertava nos telespectadores.
O uso do CGI em um contexto de anoitecer foi uma boa escolha, pois consegue mascarar qualquer problema – ou baixo custo – que possa ocorrer na sequência em questão.
Apesar de algumas montagens apressadas em seus primeiros minutos, buscando logo passar para a parte importante da história (pós-apresentações), o primeiro episódio da série acerta em todas as suas escolhas, empolgando até mesmo os espectadores que já estavam hypados para o lançamento.
A qualidade do roteiro de Misha Green é incrível, principalmente quando ela consegue encaixar discursos e falas reais ao contexto de apresentação da trama, tornando toda a história ainda mais significativa.
REFERÊNCIAS
Ao longo do primeiro episódio de Lovecraft Country, diversos livros e citações são acrescentados à trama.
A primeira referência é a obra Uma Princesa de Marte, escrita por Edgar Rice Burroughs, considerada um clássico da literatura de ficção pulp.
Publicado pela primeira vez em 1912, o livro é o primeiro de uma série sobre o lendário personagem John Carter, um nativo americano e ex-confederado que um dia acorda em Marte e protagoniza diversas aventuras.
Durante a viagem de ônibus de volta para Chicago, Tic pega no sono e sonha com uma mulher descendo de uma nave alienígena, uma provável referência direta à Dejah Thoris, princesa do conto e interesse amoroso do herói.
Outro livro que aparece durante a cena em que Tic apresenta a carta de seu pai ao tio George é o The Outsider and Others do Lovecraft. A publicação reúne uma série de contos do escritor como O Horror Em Red Hook e O Chamado de Cthulhu, bem populares no Brasil e no mundo.
Como já se sabe, o autor era extremamente racista e usava citações e metáforas horrorosas em seus contos. Obviamente esse entendimento não passaria despercebido, sendo criticado pelos próprios personagens durante a cena.
Além do livro, a cidade de Arkham é também uma referência direta a um município criado por H.P. Lovecraft em um seus contos.
Na verdade, o local que eles estão procurando é Ardham, mas Tic lê erradamente o nome na carta escrita por seu pai e acaba referenciando a cidade clássica da literatura. De acordo com o site Fandom, a cidade fictícia foi citada tantas vezes pelo autor que muitas pessoas acreditam que o local realmente existiu.
Arkham by Michele Botticelli.
Uma outra curiosidade é sobre Bideford, local comentado pelo irmão de Leti durante o jantar. Na história – contada pelo irmão – uma mulher foi morta no local por ser considerada uma “bruxa”.
Sundowné um ótimo episódio inicial de série, empolgando e marcando o tom de Lovecraft Country.
Trazendo a palavra ressignificação como um ponto interessante na construção de sua narrativa, o seriado se propõe a criar uma obra diferenciada e única. Atrelada a um período vergonhoso na história dos Estados Unidos, o seriado tem tudo para traçar o caminho de Watchmen e quebrar diversas barreiras.
Além da ótima trama e do desenvolvimento narrativo perfeitamente executado, o elenco principal traz atuações incríveis e mostra uma química interessante em conjunto, fazendo os 68 minutos de duração do episódio passarem voando.
Com um cliffhanger bem construído ao término do primeiro episódio, Lovecraft Country mantém o telespectador interessado em saber o que acontecerá na próxima semana de exibição.
Nossa nota
Assista ao trailer legendado:
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Como esperado, Dragon Ball FighterZ revelou hoje que seu mais recente lutador DLC é ninguém menos que o Mestre Kame! Bem, a parte “Mestre Kame” é nova, de qualquer maneira, mas o anúncio do novo lutador DLC era esperado.
A revelação do personagem deixa apenas duas vagas abertas no atual passe de lutador que ainda não foram reveladas, os últimos adicionados fora. Kefla e Goku em sua versão Ultra Instinct. Com Goku, tendo sido lançado em Maio.
Enquanto o trailer de revelação, que você pode conferir abaixo, mostra algumas das habilidades de Mestre Kame contra Piccolo, um showcase específico para o próximo personagem DLC deve ser lançado no próximo mês, que também é quando o próprio Mestre Kame deve ser lançado.
Nenhuma data definitiva foi definida para o showcase ou o lançamento do personagem como um lutador DLC ainda, mas os proprietários de Dragon Ball FighterZ terão dois dias de acesso antecipado ao personagem quando ele for lançado.
Dragon Ball FighterZ está atualmente disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
O lançamento de Mestre Kame está previsto para Setembro. Ultra Instinct Goku, o lutador DLC mais recente, já está disponível no jogo, e mais dois lutadores ainda serão revelados no futuro.
O que você acha do que vimos do novo DLC de Dragon Ball FighterZ até agora? Você está animado para jogar como Mestre Kame quando ele for lançado?
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