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    Tenet: Assista ao trailer do novo filme de Christopher Nolan

    A Warner Bros. Pictures divulga as primeiras cenas de Tenet, longa dirigido pelo aclamado diretor Christopher Nolan e protagonizado por John David Washington (Infiltrado na Klan) e Robert Pattinson (The Batman). O elenco ainda conta com Elizabeth Debicki, Dimple Kapadia, Aaron Taylor-Johnson e Clémence Poésy, Michael Caine e Kenneth Branagh.

    No vídeo, assistimos o personagem de John David Washington passando por algumas provas de fogo que o levam à misteriosa palavra Tenet.

    O filme, que está sendo rodado em locações em sete países, é uma ação épica que aborda o mundo da espionagem internacional.

    Nolan está dirigindo a partir de seu próprio roteiro original, utilizando uma mistura de IMAX e 70mm para trazer a história para o cinema.

    O filme está sendo produzido por Christopher Nolan e Emma Thomas. Thomas Hayslip é o produtor executivo.

    A equipe criativa de Nolan nos bastidores inclui o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema, o desenhista de produção Nathan Crowley, a editora Jennifer Lame, o figurinista Jeffrey Kurland e o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson. A trilha sonora está sendo composta por Ludwig Göransson.

    A Warner Bros. Pictures distribuirá Tenet em todo o mundo, com data de lançamento prevista para 23 de Julho de 2020 no Brasil.

    Assista ao trailer oficial legendado:



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    Jackass: Paramount confirma novo filme de Johnny Knoxville e cia

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    Jackass continuará a prevalecer na tela grande. A Paramount anunciou uma data de lançamento para o quarto filme, em 5 de Março de 2021, com base no reality show da MTV que foi lançado em 2000.

    A Paramount levou a marca criada por Johnny Knoxville, Spike Jonze e Jeff Tremaine às telas em 2002. Através de três filmes, até agora a franquia já arrecadou mais de US $ 335 milhões em todo o mundo.

    Tremaine dirigiu os três primeiros filmes, além da comédia Vovô Sem Vergonha, de Knoxville, que faturou US $ 151,8 milhões em 2013 e foi faturada como uma produção de ‘Jackass presents’.

    Jackass: O filme fez uma reverência em 2002 com Johnny Knoxville e seus colegas de trabalho, incluindo Bam Margera, Chris Pontius, Steve-O. Foi seguido por  Jackass 2 em 2006 e  Jackass 3D em 2010. Os créditos de Knoxville também incluem a comédia Action Point de 2018, no qual ele estrelou, produziu e escreveu a história.

    Ainda não há informações se Margera irá participar, visto que o humorista e integrante do Jackass, entrou em depressão profunda após a trágica morte de seu colega de elenco Ryan Dunn, em um trágico acidente automobilístico no dia 20 de Junho de 2011. No início do ano, Bam Margera deu entrada em uma clínica de reabilitação pela terceira vez. O humorista, que sempre falou abertamente sobre seus problemas com álcool, compartilhou com seus seguidores no Instagram o início da nova fase.

    Já existem três outros longas no calendário de 5 a 7 de Março de 2021: Masters of the Universe da Sony,  um filme Universal sem título e outro também sem título da Warner Bros. Será que Jackass terá espaço nas bilheterias?



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    CRÍTICA – Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019, J.J Abrams)

    Star Wars: A Ascensão Skywalker chega aos cinemas com a missão de encerrar o legado de 42 anos da franquia. Desde a sua estreia em 1977, a saga criada por George Lucas se tornou um marco no cinema, quebrando barreiras e abrindo portas para uma nova leva de filmes de ficção. Seja pelos efeitos especiais ou pela qualidade narrativa, a saga clássica estabeleceu padrões que são, até hoje, aclamados por público e crítica.

    O novo longa marca o retorno de J.J. Abrams à direção da trilogia após a demissão de Colin Trevorrow. O roteiro é creditado a Chris Terrio e ao próprio J.J. Abrams a partir do argumento inicial de Trevorrow e Derek Connolly.

    CRÍTICA – Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019, J.J Abrams)

    Star Wars: A Ascensão Skywalker inicia alguns anos após os acontecimentos de Os Últimos Jedi, mostrando a Resistência cada vez mais fraca perante o fortalecimento da Primeira Ordem. Kylo Ren (Adam Driver) que foi enganado por Luke Skywalker (Mark Hamill) no longa anterior, retorna mais furioso do que nunca, desempenhando o papel de Líder Supremo perante as tropas do novo Império.

    Na contextualização dos créditos iniciais, uma mensagem de Palpatine (Ian McDiarmid), distribuída em todas as frequências, seria o estopim para o retorno do Darth Sidious à trama de Star Wars, fazendo com que Kylo, Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac) saiam em uma caçada ao antigo senador da república. Diferentemente do Episódio VIII, aqui os heróis da Resistência estão unidos novamente, trabalhando em conjunto para destruírem a Primeira Ordem de uma vez por todas.

    CRÍTICA – Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019, J.J Abrams)

    Star Wars: A Ascensão Skywalker parece uma continuidade direta de O Despertar da Força, ignorando quase 100% das escolhas polêmicas de Rian Johnson. O resultado é um filme bagunçado, sem unidade e identidade, com cortes abruptos e ação frenética e constante. Há pouco tempo de filme para explicar tudo o que precisa ser explicado, mesmo com uma duração de 2 horas e 22 minutos.



    Essa sensação de falta de tempo e de foco é resultado dos inúmeros ganchos criados em Star Wars: O Despertar da Força que não foram resolvidos em Os Últimos Jedi. Esse último, por sua vez, criou novas narrativas e abriu possibilidades que também precisavam ser finalizadas. Todo o engodo envolvendo o Episódio IX se dá, basicamente, por diversas visões diferentes comandando dois filmes que deveriam seguir uma unidade. Infelizmente, o resultado decepcionante da produção já era esperado.

    CRÍTICA – Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019, J.J Abrams)

    Abrams busca emular momentos extremamente similares aos já vistos na franquia clássica ao longo de toda a trama. Entretanto, o excesso de homenagens e repetições torna toda a experiência extremamente cansativa. O mesmo podemos dizer das cenas de ação: com tantas lutas entre Kylo e Rey, a batalha final acaba perdendo seu clímax, se tornando banal e pouco atrativa.

    Star Wars: A Ascensão Skywalker parece uma grande correção de percurso. Quando as escolhas anteriores destoaram do planejamento pensado para a franquia, a equipe criativa optou por ignorar todos os acontecimentos, seguindo em frente, sem olhar pra trás. É uma pena, pois se a nova trilogia fosse trabalhada com um mesmo roteirista ao longo de todos os seus filmes, os problemas de desenvolvimento, tom e foco teriam sido evitados.

    CRÍTICA – Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019, J.J Abrams)

    Mesmo com todos os problemas, o longa consegue arrancar sorrisos e lágrimas de emoção em algumas cenas. A química entre o elenco principal é, provavelmente, o melhor elemento de toda a saga nova. Daisy, John e Oscar são ótimos juntos e entregam bons momentos de cumplicidade e lealdade – algo que Star Wars sempre possuiu em suas histórias. O mesmo podemos falar do espaço que J.J. Abrams disponibiliza para os droides, que são – e sempre serão – a alma das aventuras na galáxia muito distante.



    Infelizmente, o pior de tudo, é saber que não há como tentar novamente. Havia apenas uma oportunidade de vermos os personagens antigos unidos e iniciar um novo legado. Não há como voltar atrás. Não há como trazer Carrie Fisher de volta. As cenas da atriz, que possui 8 minutos de tela, são simples e pouquíssimo inspiradas. Sua interação com os outros personagens é quase nula, mostrando que todos os rumores de que ela seria a peça-chave dessa produção não passavam de, apenas, rumores. Ainda assim, o abraço entre Leia e Rey é um dos momentos de esperança mais bonitos da produção.

    CRÍTICA – Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019, J.J Abrams)

    Star Wars: A Ascensão Skywalker encerra uma trilogia mediana, que não faz jus ao legado criado pela saga clássica – e nem ao rico e bem construído universo expandido – e que é marcada pelo ego de seus diretores e roteiristas na busca de criar um novo O Império Contra-Ataca. Infelizmente, para os fãs, apenas nós saímos perdendo nessa batalha.

    Assista ao trailer

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    Dungeons & Dragons: Dark Alliance | RPG em terceira pessoa é anunciado para 2020

    A Wizards of the Coast e a Tuque Games colaboraram para um novo jogo de videogame de Dungeons & Dragons, um RPG de ação em terceira pessoa chamado Dark Alliance.

    O novo game se concentrará em Drizzt Do’Urden, um herói criado pelo autor R.A. Salvatore para o cenário de campanha de D&D: Forgotten Realms. A história do jogo é descrita como um “sucessor espiritual” do popular jogo Baldur’s Gate: Dark Alliance e suas sequências, lançados em 2001 e 2004. Os jogadores podem jogar como Drizzt Do’Urden ou um de seus companheiros Catti-Brie, Bruenor ou Wulfgar na cooperação on-line ou no modo singleplayer. A jogabilidade promete mesclar “a ação pulsante de um rastreador de masmorras de hack-and-slash com os sistemas de progressão e pilhagem de um jogo de role-playing”.

    Assista ao trailer alucinante:

    Drizzt Do’Urden apareceu pela primeira vez como personagem coadjuvante na trilogia The Icewind Dale e tornou-se protagonista principal da trilogia Dark Elf, da série Paths of Darkness e da série Transitions, entre outros romances, contos e histórias em quadrinhos.

    Nathan Stewart, chefe de franquia da Dungeons & Dragons, explicou:

    “Drizzt Do’Urden e seus companheiros são alguns dos heróis mais famosos de Dungeons & Dragons. Dark Alliance dará aos jogadores uma experiência visceral que os coloca na ação de uma história do Drizzt como nunca antes.”

    A produção do jogo foi anunciada oficialmente no 5º Game Awards em Renton, Washington.

    Jeff Hattem, diretor de estúdio da Tuque Games, comentou:

    “Desde o momento em que fundei a Tuque, nossa equipe sabia que queríamos trazer nossa paixão por D&D e criatividade para a série Dark Alliance. Estamos levando os jogadores em uma jornada épica pelo violento Vale do Vento, onde eles precisarão usar sua inteligência, armas e membros do grupo para ajudá-los a sobreviver aos monstros icônicos que enfrentarão.”

    Dungeons & Dragons: Dark Alliance será lançado para consoles e PC em 2020.



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    TBT #51 | Hunter x Hunter: The Last Mission (2013, Keiichiro Kawaguchi)

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    Hunter x Hunter é um anime fruto dos animes da década de 80, talvez por pertencer a Yoshihiro Togashi, não coincidentemente o mesmo criador de um dos mais famosos animes desta época, Yu Yu Hakusho.

    Hunter x Hunter se passa em um mundo incrivelmente fantástico, com monstros gigantes e criaturas de todos os tipos, o universo do anime se destaca não por ter a grandiosidade e beleza de outras obras, mas é fantástico de uma forma meio suja, não convencional. Neste mundo existe uma classe/profissão de pessoas conhecidas como Hunters, caçadores de recompensas com imunidade diplomática e existem vários tipos deles nesse universo: Caçador, Gourmet, Professor, etc. Mas o que une todos os estilos de Hunter é resumida com a frase “ser um guerreiro corajoso com desejo de ultrapassar tudo e todos, sempre querendo descobrir mais e alcançar objetivos maiores”, ou seja, são pessoas que querem mais, que não se contentam com o básico.

    Hunter x Hunter encanta por ter vários arcos diferentes e independentes entre si dentro da própria obra, todos os arcos têm início, meio e fim, é como se fosse um novo anime dentro do próprio anime, todos tem sua história, novos personagens e temática que após a finalização, ficam esquecidos e a história segue adiante. Os arcos são dos tipos mais variados, torneios, jogos de realidade virtual, investigação policial e máfia, tudo mostrado de uma forma totalmente ímpar e diferente.

    OS PERSONAGENS

    Neste mundo fantástico, temos o nosso protagonista Gon Freecss, que foi abandonado pelo pai, que era um Hunter, mas ao invés de desejar vingança ou se tornar um jovem rebelde e obstinado a derrotar o pai, este deseja apenas se tornar um Hunter para se encontrar com o mesmo, pois para ele, ser um Hunter é tão espetacular que faz até mesmo um pai abandonar o próprio filho.

    Gon, um menino de 12 anos que é muito bom em lidar com animais e que também possui sentidos extraordinários de olfato e visão.

    Killua Zoldyck, também de 12 anos e melhor amigo de Gon; Killua pertence a uma famosa família de assassinos. Envitando ter o mesmo destino de se tornar um assassino, ele decide participar do exame para se tornar um Hunter. Suas principais características é ser muito ágil e forte em combate.

    Kurapika é o último membro do clã Kuruta, conhecidos pelos olhos escarlates. Seu principal objetivo é perseguir e destruir o grupo responsável pela destruição de seu clã.

    E temos também Leorio Paradinight, um adolescente que entra no exame Hunter para ganhar dinheiro e pagar seus estudos para se tornar médico, Leorio é inteligente e está sempre disposto a ajudar.



    O FILME

    A partir daqui iremos viajar nesta obra que é Hunter x Hunter: The Last Mission. O filme foi lançado em dezembro de 2013 arrecadando mais de 573 milhões de ienes, o equivalente a mais de 5 milhões de dólares.

    O longa acontece despreocupadamente fora de qualquer arco do anime principal, o que por si só, poderia ser facilmente considerado mais um arco, uma vez que são todos independentes, porém é considerado por muitos fãs, com enredo abaixo da qualidade do anime; no entanto esta obra tem seus pontos positivos, pois nem só de críticas de fanboy vive a indústria de longa-metragem de animação japonesa.

    A história narra o lado negro da Associação de Hunters, que é responsável pelo controle e licenciamento de Hunters em todo mundo, uma pessoa tem que ser aprovada no exame Hunter para ser membro da elite da humanidade. No mundo de Hunter x Hunter a “força espiritual”, “ki”, “chakra”, ou equivalente, chama-se “Nen”, que é uma força positiva, construtivista, mas somos apresentados a usuários de “On”, uma força maligna que domina o usuário e tem seu poder alimentado apenas pelo ódio.

    A história de Hunter x Hunter: The Last Mission começa muitos anos antes de conhecermos Gon e Killua, quando Netero, presidente da Associação de Hunters, tem uma batalha contra Jed, mas uma força tão devastadora como o “On”, deixa marcas, além de ser fácil corromper aqueles que guardam algum tipo de mágoa da associação Hunter. Um perigo assim não pode ficar à solta no mundo, e então Netero toma uma decisão drástica em relação aos usuários de “On”, por julgar tal poder como um câncer para o mundo.

    Entretanto, Jed não foi totalmente destruído e retorna diante de todos durante as lutas na Torre Celestial (local onde são realizadas lutas remuneradas, possui 251 andares, cada um com seu líder; onde ao subir cada andar, aumenta sua influência), capturando a todos os espectadores das lutas, incluindo Gon e Killua, além do próprio Netero. A partir deste ponto, começam as lutas para salvar Netero e libertar todos.

    A qualidade da animação certamente é um dos pontos fortes do filme, mantem a mesma simplicidade nos traços e a caracterização dos personagens principais, a motivação do vilão é a vingança, algo bem usado em diversas obras, mas as lutas são de tirar o folego e muito bem desenhadas, fáceis de acompanhar e gostosas de assistir.

    O desfecho fica por conta do “protagonismo power” de Gon com seu coração puro, derrotando o vilão e fazendo-o ascender ao Nirvana.

    Hunter x Hunter: The Last Mission poderia perfeitamente ser um arco do anime, com mais tempo a ser trabalhado e mais riqueza nos novos personagens, e claro, sem hiato.

    Confira também os outros TBTs do Feededigno.



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    CRÍTICA – O Caso Richard Jewell (2019, Clint Eastwood)

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    Ou você morre como herói, ou vive o bastante para ver você mesmo se tornar vilão, mesmo que forçadamente por culpa do FBI ou da mídia. No filme O Caso Richard Jewell os dois se juntaram para achar um bode expiatório.

    O longa conta a trajetória do ex-policial desajeitado e estranho Richard Jewell (Paul Walter Hauser), um homem que sempre sonhou em servir e proteger a sua nação. Após um atentado terrorista no Parque Olímpico de Atlanta nas Olimpíadas de 1996, que seifou duas vidas, além de deixar 100 feridos, Jewell conseguiu salvar centenas de pessoas evacuando o local. Considerado o herói dos estadunidenses, sofreu um revés ao ser acusado pelo agente Tom Shaw (John Hamm) por parte do FBI e Kathy Scriggs (Olivia Wilde) por parte da imprensa, fazendo da vida de Richard e sua mãe Barbara “Bobi” Jewell (Kathy Bates) um inferno. O único fato que incomoda um pouco é uma fórmula mágica de reconstituição do crime, algo que diversos personagens fazem e que torna um pouco idiota a conclusão do caso.

    Clint Eastwood possui como ninguém uma visão completamente patriota dos Estados Unidos, algo que ele consegue colocar muito bem no filme com sua estética abertamente pró-ianques, até de uma certa forma brega, algo que é feito propositalmente. Assim como em centenas de filmes sobre terrorismo, há um herói nacional, um homem branco comum que salva o dia, todavia, aqui temos uma subversão: esse homem tem problemas de conduta, é solitário e extremamente ingênuo, algo que até incomoda o espectador em diversos momentos: a vítima perfeita para uma manipulação nas investigações.

    Paul Walter Hauser consegue nos apresentar um personagem que vai evoluindo aos poucos, mas que tem um crescimento admirável no terceiro ato, grande mérito do ator, roteiristas e direção. Sam Rockwell e Kathy Bates são os grandes destaques da trama, entregando atuações de luxo e que poderiam ser tranquilamente indicadas em diversas premiações. Enquanto Rockwell é durão e sarcástico, mas com empatia e vigor, Bates é uma mulher doce e orgulhosa de seu filho, protegendo-o dos males causados por todas as injustiças e brilhando em momentos de fragilidade da personagem.

    Por motivos dos bastidores o filme acabou entrando em algumas polêmicas por mostrar de forma misógina a jornalista Kathy Scriggs e por denegrir a imagem do Atlanta Journal-Constitution, jornal que que fez a acusação de Richard Jewell em primeira mão. A personagem de Olivia Wilde troca informações por sexo e em tempos de #MeToo isso é algo imperdoável.

    Com uma abordagem comovente, excelentes atuações e uma mistura de fatos reais com ficção, O Caso Richard Jewell é um filme forte que consegue nos emocionar, nos fazer rir nos momentos certos e nos prender. Eastwood tem uma visão única e consegue nos passar de forma magistral, sem tentar inventar a roda.

    Assista ao trailer oficial legendado:

    O filme chegou aos cinemas americanos dia 13 de Dezembro, mas estreia no Brasil somente no dia 02 de Janeiro de 2020.



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