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    Homem-Aranha: Como o Teioso pode fazer parte do UCM e do Aranhaverso da Sony?

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    O Tom Holland pode aparecer no universo do Universo Cinematográfico Marvel e no universo dos vilões da Sony, mas parece que não será fácil e será uma bagunça… A Marvel Studios e a Sony Pictures chegaram a um novo acordo, o que significa que o Homem-Aranha de Holland continuará sendo parte do UCM. Os dois estúdios trabalharão juntos em Homem-Aranha: De Volta ao Lar 3, que será lançado em 2021, e o Cabeça de Teia também aparecerá em outro filme ainda não confirmado do UCM.

    Além disso, um comentário de Kevin Feige sugere que o Homem-Aranha de Tom Holland também possa fazer parte do Universo dos Vilões da Sony. E não é mais um segredo que a Sony quer encontrar maneiras de incorporar o Amigão da Vizinhança no seu universo compartilhado, e a observação de Feige sugere que isso possa de fato acontecer. E vale apontar que o novo acordo é bem diferente do que foi anunciado inicialmente lá em 2015.

    Lá atrás, a Marvel e a Sony revelou exatamente o que estava por vir; Capitão América: Guerra Civil, um filme solo do Homem-Aranha, e um futuro brilhante. Esse novo acordo, gira em torno de algo muito mais secreto, refletindo o fato da Marvel Studios ter parado de revelar seus planos de longo-prazo. E como resultado, um curioso comentário surgiu no meio disso tudo: “Como o Homem-Aranha irá existir no UCM e no universo compartilhado da Sony?” Aqui abordaremos três possibilidades.

    Os filmes da Sony podem ser “apêndices” do UCM

    A primeira opção é que a Marvel pode ter considerado fazer dos filmes da Sony parte de um Universo Cinematográfico Marvel mais amplo, com o Homem-Aranha agindo como um tipo de conector de ambos os universos. Há algumas evidências de que isso pode ser o que a Sony quer o tempo todo; lá em 2017, a produtora de Homem-Aranha, Amy Pascal sugeriu que Venom e outros filmes poderiam ser considerados “apêndices” do UCM. A palavra parece denotar um tipo de relação como aconteceu com a Marvel Television, que operou no UCM e teve várias referências ao Universo Marvel base neles, mas são dificilmente importantes como um todo para o Universo Cinematográfico Marvel.

    Isso seria de fato um ponto a mais para a Sony, permitindo que eles capitalizassem em cima do sucesso do UCM; a história do Homem-Aranha pode ir de Homem-Aranha: De Volta ao Lar 3, até um filme do Vingadores 5, e até mesmo uma reunião com o Venom. A maioria dos espectadores parecem não ter notado que os filmes estavam sendo feitos por diferentes estúdios.

    Mas será mesmo esse o caso? A Marvel é essencialmente a garota dos olhos da Disney; em seu livro The Ride of a Lifetime, o Presidente da Disney, Bob Iger revela mais sobre a importância de Kevin Feige e a Marvel Studios, do que as outras franquias da Disney.

    Essa é uma marca poderosa, e talvez permita que a Sony entre – mesmo que seja pela tangente – e isso pode tomar um caminho completamente diferente do esperado. E tudo que precisaria seria de um passo em falso da Sony, e então a Marvel ficaria marcada para sempre. Essa provavelmente é a razão da Marvel ter resistido da ideia a princípio.



    O Homem-Aranha pode saltar de um universo para o outro

    A próxima possibilidade é que o Homem-Aranha pode saltar entre as dimensões, viajando para o universo do Venom, e então indo para outros. Vale apontar que há um precedente nos quadrinhos para essa ideia; o Aranhaverso de 2014, que mostrou Peter Parker descobrindo que todos os Aranhas estão conectados em uma força Multiversal conhecidas como a Teia da Vida e o Destino, e então ele se juntou com diversas versões alternativas dele mesmo para derrotar uma ameaça cósmica conhecida como os Herdeiros. No confronto final do “Aranhaverso” – que foi levemente adaptado na animação Homem-Aranha no Aranhaverso – contou com uma enorme quantidade de Cabeças de Teia que se encontraram por causa de uma tecnologia interdimensional. Avançando cinco anos no futuro, e a popular Spider-Gwen – agora conhecida como a Ghost Spider – ainda vive na sua própria realidade, mas vai até a escola na linha principal do Universo Marvel.

    O Multiverso – que é sutilmente apresentado no UCM através dos filmes do Thor – parece ser crucial para a Fase 4. Doutor Estranho 2 ganhou o título de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, que contará com a Feiticeira Escarlate em um papel importante, possivelmente reescrevendo suas habilidades.

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    Muitas notícias a respeito da série Loki, do Disney+ terminará com o Deus da Trapaça em outra linha temporal retornando assim para a linha temporal principal do Universo Cinematográfico Marvel, junto do Mjölnir, explicando como Jane Foster será capaz de se tornar a Thor em Thor: Amor e Trovão. Não é difícil imaginar um cenário onde esse arco será continuado, com Peter Parker ganhando a habilidade de saltar entre as dimensões. Talvez ele possa espelhar o atual arco da Spider-Gwen nos quadrinhos, já que sua identidade foi revelada no UCM; ele pode continuar conhecido como um herói publicamente conhecido no UCM, mas ele partiria para o universo do Venom a fim de continuar seu crescimento.



    O Homem-Aranha pode até mesmo deixar o UCM inteiramente

    Mas há uma terceira possibilidade; a Marvel pode usar o Homem-Aranha de Tom Holland em mais dois filmes, e então ele deixaria o Universo Cinematográfico Marvel completamente.

    Um número de arcos nos quadrinhos mostraram personagens, objetos, e até mesmo localizações que partiram de uma realidade para a outra. Exemplos incluem o arco Heroes Reborn: The Return de 1997, Age of Ultron de 2013 e Secrets Wars de 2015. E não é difícil imaginar um filme-evento com o Homem-Aranha se sacrificando para salvar o Multiverso, trazendo sua história no UCM ao fim, e se transplantando para uma realidade alternativa – O Universo da Marvel na Sony.

    Algumas evidências parecem corroborar com essa ideia, com notícias ainda não confirmadas de que Kevin Feige está planejando a saída do Homem-Aranha do UCM. A triste verdade é que isso não faria sentido por um ponto de vista econômico; e as coisas como estão, apesar do Homem-Aranha voltar para mais dois filmes pelas mãos da Marvel Studios, a Marvel precisaria novamente negociar pelo personagem.

    Um novo acordo parece funcionar a favor da Sony, com a Marvel e a Disney assinando uma proposta que aparentemente ambos parecem ter desistido quando discutido pela primeira vez. O mais firme que o Homem-Aranha estiver no UCM, maior será a pressão feita na Marvel para chegar a um novo acordo nos próximos anos. De um ponto de vista meramente comercial, a Marvel realmente precisa pensar em uma saída estratégica.

    Aparentemente não tem como fugir; o novo acordo entre a Marvel Studios e a Sony Pictures significa que o Homem-Aranha de Tom Holland terá uma enorme mudança em seu status quo. Nesse ponto, ambos os estúdios estão fugindo de qualquer implicação que esse acordo trará, mas essas implicações serão profundas; e é possível que isso signifique em uma mudança na natureza do próprio Universo Cinematográfico Marvel, com os filmes da Sony fazendo parte do UCM.



    O mais provável é que a Marvel continuará se mantendo bem distante, e será que o Homem-Aranha irá – como Feige indicou – acabar entre dimensões? Ou ele irá retornar?

    Fernanda Montenegro: 9 filmes para comemorar os 90 anos da atriz

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    No mês em que comemora 90 anos de idade (16 de Outubro), Fernanda Montenegro, maior atriz brasileira de todos os tempos e única indicada ao Oscar, é homenageada pelo Feededigno com uma lista dos melhores filmes estrelados por ela para você assistir.

    As produções vão desde Central do Brasil (1998), de Walter Salles, passando também pelo especial Casa de Areia (2005), de Andrucha Waddington; O Tempo e o Vento (2013), de Jayme Monjardim; entre outros, até O Beijo no Asfalto (2018), de Murilo Benício.

    Confira abaixo a lista completa:

    CENTRAL DO BRASIL (1998, Walter Salles)

    CENTRAL DO BRASIL (1998, Walter Salles)Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil, estação de onde saem trens rumo à periferia do Rio de Janeiro. Uma de suas clientes é Ana (Soia Lira), que deseja escrever uma carta para o marido distante, acompanhada do filho, Josué (Vinícius de Oliveira). O menino sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Ao sair da estação, Ana morre em um acidente e deixa Josué abandonado. Mesmo a contragosto, Dora acaba acolhendo o garoto e envolvendo-se com ele. A partir daí, os dois começam uma jornada pelo interior do país à procura do pai desaparecido.

    Vale lembrar que Central do Brasil também figurou outra lista publicada aqui no Feededigno, confira também:

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    TRAIÇÃO (1998, Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique)

    TRAIÇÃO (1998, Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique)A dor e o prazer da traição pela mente dramática de Nelson Rodrigues. Em três episódios, o filme é marcado por uma ironia cortante sobre o adultério. Em O Primeiro Pecado, Irene (Fernanda Torres) e Mário (Pedro Cardoso) se conhecem num ponto de ônibus. Mário descobre que ela é casada, mas ainda assim continua a vê-la. Isso até encontrá-la no apartamento de um amigo, onde uma inusitada revelação lhe é feita. No segundo, Diabólica, Geraldo (Daniel Dantas) anuncia seu casamento com Dagmar (Fernanda Torres), filha de um coronel. Na festa de noivado, ela chama a atenção o do noivo para a irmã, Alice (Ludmila Dayer), de apenas 13 anos. Com o passar do tempo, a “Lolita” Alice vai se tornando mulher e começa a seduzi-lo. Em Cachorro!, de José Henrique Fonseca, um marido traído (Alexandre Borges) surpreende a mulher (Drica Moraes) e o amante – seu melhor amigo – num quarto de hotel.

    O AUTO DA COMPADECIDA (2000, Guel Arraes)

    O AUTO DA COMPADECIDA (2000, Guel Arraes)Com um elenco estelar composto por Matheus Nachtergaele, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Marco Nanini, Lima Duarte, Diogo Vilela, Denise Fraga, Paulo Goulart, Rogério Cardoso, Luiz Melo, dentre outros; o filme de estreia de Guel Arraes na direção é baseado na peça homônima do dramaturgo pernambucano Ariano Suassuna. O longa-metragem levou aos cinemas mais de dois milhões de pessoas, constituindo-se em um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema brasileiro na década de seu lançamento.

    A história é centrada na dupla João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira que se valem da esperteza de Grilo para sobreviver na dura vida no sertão. A dupla provoca muitas confusões, enganando ricos e poderosos. Como pano de fundo, uma severa crítica às relações díspares entre as camadas sociais, marca registrada das peças de Suassuna.

    Obviamente que O Auto da Compadecida também figurou a lista citada anteriormente.



    O OUTRO LADO DA RUA (2004, Marcos Bernstein)

    O OUTRO LADO DA RUA (2004, Marcos Bernstein)

    A aposentada Regina (Fernanda Montenegro) faz parte de um grupo que se dedica a denunciar pequenos delitos ocorridos em Copacabana (RJ). Numa noite, ao observar pelo binóculo o prédio em frente ao seu, testemunha o ex-juiz Camargo (Raul Cortez) aplicando uma injeção letal na esposa. Certa de ter presenciado um assassinato, chama os policiais, mas o óbito é considerado morte natural. Desmoralizada, ela decide investigar por conta própria o caso, mas acaba se apaixonando pelo suspeito. Ela passa, então, a temer que seus segredos atrapalhem a relação.

    CASA DE AREIA (2005, Andrucha Waddington)

    CASA DE AREIA (2005, Andrucha Waddington)O português Vasco (Ruy Guerra) leva a mulher grávida, Áurea (Fernanda Torres), e a mãe dela, Dona Maria (Fernanda Montenegro), em busca de um sonho: viver nas terras prósperas, recentemente compradas por ele. O sonho se transforma em pesadelo quando, após uma longa e cansativa viagem junto a uma caravana, o trio descobre que as terras estão em um lugar totalmente inóspito, rodeado de areia por todos os lados e sem nenhum indício de civilização por perto. Áurea quer retornar ao lugar de onde vieram, mas Vasco insiste em ficar e constrói uma casa de madeira para que lá possam viver. Depois de serem abandonados pela caravana, Vasco morre e deixa Áurea e Dona Maria sozinhas no local. Aos partirem em busca de ajuda, elas encontram Massu (Seu Jorge), um homem que nunca deixou o local. Massu passa a ajudá-las, levando comida e sal para que Áurea e Dona Maria possam sobreviver na casa recém-construída.

    A DAMA DO ESTÁCIO (2012, Eduardo Ades)

    A DAMA DO ESTÁCIO (2012, Eduardo Ades)Leon Hirszman dirigiu A Falecida (1965), uma adaptação da obra homônima de Nelson Rodrigues. O filme estrelado por Paulo Gracindo, Ivan Cândido e José Wilker marcou a estreia cinematográfica de Fernanda Montenegro. Quase cinco décadas após seu lançamento, a atriz volta a interpretar Zulmira, uma garota de programa obcecada pela própria morte, no primeiro curta-metragem de Eduardo Ades. Nessa continuação do clássico da década de 1960, a protagonista, já distante da juventude do primeiro ato, continua com a ideia fixa de que está em seus últimos dias. A neurose com o fim de sua existência toma conta de seu pensamento, e ela decide garantir o caixão para seu futuro enterro. Para isso, ela vai mexer com os sentimentos de Tibira (Nelson Xavier), homem apaixonado pela garota de programa.



    O TEMPO E O VENTO (2013, Jayme Monjardim)

    O TEMPO E O VENTO (2013, Jayme Monjardim)O Rio Grande do Sul do fim do século 19 é o palco para esse drama histórico que traça, por mais de 100 anos, um painel da formação social e política da região. Bibiana Terra (Fernanda Montenegro, já na terceira idade, e Marjorie Estiano, quando nova) é a ente mais velha de sua genealogia e narradora dessa trama. A personagem contextualiza o centenário confronto entre as famílias Amaral, republicana, e a Terra-Cambará, federalista, na cidade de Santa Fé. Após mais uma investida armada da primeira, a segunda tem seu sobrado invadido e se vê obrigada a se defender com as poucas armas à disposição. A vigília permanece por dias, mas a comida logo começa a faltar e a matriarca, idosa e enferma, recebe a visita do falecido marido, o capitão Rodrigo (Thiago Lacerda). Juntos, eles resgatam a trajetória do conflito e do amor separado pela morte.

    INFÂNCIA (2015, Domingos Oliveira)

    INFÂNCIA (2015, Domingos Oliveira)A trama passeia por acontecimentos entrelaçados em um dia comum na família da matriarca conservadora Dona Mocinha (Fernanda Montenegro). Após a morte de seu marido, ela vive saudosa e controla de perto a vida dos filhos, Conceição (Priscilla Rozembaum) e Orlando (Ricardo Kosovski), e do genro, Orlando (Paulo Betti), mantendo relacionamentos paradoxais cujo medo de ficar sozinha e o tratamento ríspido caminham juntos. Alheio às brigas e traições que ocorrem dentro da casa, o jovem Rodriguinho (Raul Guaraná) – alter ego de Domingos Oliveira – vive isolado do mundo exterior devido à superproteção, enquanto convive com dificuldades de lidar com seus parentes.

    O BEIJO NO ASFALTO (2018, Murilo Benício)

    O BEIJO NO ASFALTO (2018, Murilo Benício)Arandir (Lázaro Ramos) presencia o atropelamento de um desconhecido em uma conturbada tarde no centro do Rio de Janeiro e tenta ajudar o rapaz. A vítima dá seus últimos suspiros depois de ter sido atingido por um ônibus e, como um desejo final, pede-lhe um beijo. Amado Ribeiro (Otavio Müller), repórter sensacionalista de um periódico local, presencia o afago derradeiro e leva a história ao corrupto delegado Cunha (Augusto Madeira). Juntos, enxergam a oportunidade de garantir uma manchete vendável para o jornal e notoriedade para o policial de baixa reputação. O ato nobre do protagonista, no entanto, ganha contornos trágicos quando as notícias o acusam de pederastia, adultério – seu casamento com Selminha (Débora Falabella) começa a ruir – e até assassinato em um cenário conservador da década de 1960 pouco antes do golpe militar.



    E aí, o que achou da nossa pequena homenagem para a grande Fernanda Montenegro? Tem algum outro filme da atriz que merecia estar na lista? Deixe seus comentários e lembre-se de compartilhar com seus amigos.

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    Crise nas Infinitas Terras: Estrela da série Mulher-Gato reprisará papel

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    Tivemos uma nova confirmação das séries do passado se juntando ao “Arrowverso” nos episódios do crossover Crise nas Infinitas Terras. A série intitulada Birds of Prey ou Aves de Rapina veio como Mulher-Gato no Brasil e passava no Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, canal aberto que passava diversas séries da The CW.

    De acordo com o Entertainment Weekly, a atriz Ashley Scott reprisará o papel de Helena Kyle/Caçadora no episódio de cinco horas no qual será dividido entre as séries Arrow, The Flash, Supergirl, Legends of Tomorrow e Batwoman.

    A história tem como ponto de partida a morte da Mulher-Gato, vítima do Coringa. Com a morte de sua amante, Batman, deixa a cidade e cabe a Bárbara Gordon, sob a identidade de Oráculo, com a companhia da Caçadora/Helena Kyle e da Canário Negro/Dinah Redmond, manter a ordem em Nova Gotham.

    Esta será a segunda aparição de Caçadora nas séries da DC Comics. Jessica De Gouw deu vida à personagem nas duas primeiras temporadas de Arrow.

    Ashley Scott é mais um nome confirmado dentre tantos outros que já irão participar. Entre eles estão Tom Welling e Erica Durance que serão Clark Kent/Superman e Lois Lane vindos da série Smallville.



    Uma das estrelas de Legends of Tomorrow, Brandon Routh será a versão mais velha do Homem de Aço, reprisando seu papel de Superman – O Retorno (2006). Teremos também dois Cavaleiros das Trevas vividos por Kevin Conroy, dublador da série animada do Batman e Burt Ward.

    Crise nas Infinitas Terras será lançado em Supergirl no dia 08 de dezembro nos Estados Unidos, seguido por Batwoman, no dia 09 de dezembro e em The Flash no dia 10 de dezembro. Depois do hiato de inverno norte americano, o episódio especial será concluído no dia 14 de janeiro nas séries Arrow e Legends of Tomorrow respectivamente.

    Coringa: Dissecando o palhaço Príncipe do Crime

    Coringa é um dos maiores vilões da DC Comics, quiçá, de todos os tempos. O Agente do Caos é icônico e já deu muita dor de cabeça à Liga da Justiça, principalmente de um dos seus fundadores: o Batman, no qual é o arqui-inimigo.

    O filme solo do Palhaço Príncipe do Crime vem aí com alta expectativa e algumas premiações no currículo. Confira um pouco a trajetória do vilão em diversas plataformas.

    ORIGEM

    O Coringa é um vilão que não possui uma única origem, diversas vezes ela foi alterada para inserir o vilão em diversos contextos e aumentar o grau de rivalidade com Bruce Wayne. A mais utilizada é a de um comediante falido que, após não ter mais nada a perder, junta-se a um grupo de ladrões com a alcunha “Capuz Vermelho” e acaba sendo surpreendido por Batman num roubo frustrado, caindo em um tanque com componentes químicos que deformaram sua face e mexeram com seu cérebro, tornando-o um psicopata sanguinário e sem escrúpulos em Gotham.

    NOS QUADRINHOS

    Foi criado por Jerry RobinsonBill Finger e Bob Kane e apareceu pela primeira vez em Batman #1 (Abril de 1940). Parcialmente inspirado em Gwynplaine, um dos personagens principais do romance L’Homme qui rit (O Homem que Ri) de Vitor Hugo.

    Os créditos para a criação do Coringa são disputados; Robinson e Kane reclamam responsabilidade pelo seu desenho, apesar de reconhecerem a contribuição de Finger na escrita.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Batman 80 anos: O início e o legado do Morcego de Gotham

    Em relação à suas histórias, é bem difícil escolher quais não haja destaque por parte do Bobo da Corte do Genocídio. Algumas histórias são tão incríveis que não tem como não ficarmos impressionados com suas ações. Abaixo, seguem alguns exemplos:

    O HOMEM QUE RI

    O HOMEM QUE RI

    A primeira aparição do Palhaço do Crime nas histórias do Defensor de Gotham não poderia estar de fora da lista. Batman e Robin contra o Coringa nesta edição de 1940 com a arte do lendário Bob Kane.

    INJUSTIÇA – DEUSES ENTRE NÓS

    INJUSTIÇA - DEUSES ENTRE NÓS

    Em Injustice – God Among Us, depois de enganar nada mais nada menos que o poderoso Superman, usando o gás do medo do Espantalho, fazendo com que Lois Lane, grávida naquele momento de Kal-El, ficasse com a aparência de Apocalipse aos olhos do Azulão e fosse morta pelo próprio super-herói, matando metade dos habitantes de Metrópolis por instalar uma bomba no coração da pobre moça e, além disso tudo, ainda mata Jimmy Olsen com um tiro na cabeça, desencadeando a fúria do Homem de Aço que acaba empalando o vilão, se tornando um ditador na Terra.

    Sem dúvidas, o Coringa é o grande fio condutor da trama, causando perdas irreversíveis no universo DC.

    A MORTE DA FAMÍLIA

    batman - a morte em famíliaJá em Batman – Death Of The Family, Coringa mata um dos membros mais importantes para o Homem-Morcego: Jason Todd, o segundo Robin, com um pé de cabra e uma bomba, demonstrando sua frieza e perversidade do personagem.

    A PIADA MORTAL

    piada mortal

    Talvez a HQ Batman – The Killing Joke seja a mais memorável do vilão. Em Piada Mortal, o vilão mira toda sua fúria no Comissário Gordon, uma das pessoas nas quais Batman mais confia. Coringa aleija a filha adotiva de Gordon, Barbara, a estupra e tira fotos dela nua para mostrar ao seu pai adotivo, no qual sequestra e deixa nu em um parque de diversões.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Piada Mortal (2016, Sam Liu)

    Nesta edição, Alan Moore demonstra o quão doentio e psicótico é o palhaço, colocando os personagens em situações extremas, sugerindo no fim que Batman é tão complexado quanto seu arqui-inimigo, sugerindo que o herói o mate no fim.

    O CAVALEIRO DAS TREVAS II

    CAVALEIRO DAS TREVAS II

    Marcado por seu embate final com o Homem-Morcego, em Batman – The Dark Knight II, no qual o antagonista mata centenas de pessoas apenas para chamar a atenção do herói, com a cena memorável na qual ele vai em um programa de TV e mata todos os presentes com o gás do riso. Ao final do confronto, Batman quebra o pescoço de Coringa, dando fim a sua jornada.

    NOITES DE TREVAS – METAL

    NOITES DE TREVAS - METAL

    Em Dark Nights – Metal, o Batman que Ri, uma mistura do Batman com o Coringa. Isso mesmo, exatamente o que você acaba de ler! Precisa de mais alguma explicação? A genialidade dos dois personagens e a perversidade dúbia, nada é mais ameaçador do que isso, não é mesmo?

    CORINGA

    Escrita por Brian Azzarelo (mesmo autor de Superman – Pelo Amanhã 100 balas), e com a arte de Lee Bermejo (capista e desenhista de Hellblazer e Lex Luthor), a história se passa fora da cronologia da editora.

    Em CoringaAzzarello consegue mostrar toda a loucura do vilão por uma nova perspectiva, pois a narrativa é totalmente focada nas ações do arqui-inimigo do Batman que está mais insano do que nunca.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Coringa (2008, DC Comics)



    NA TV

    O Coringa teve diversas aparições em desenhos animados da DC Comics, sendo eles: Batman, Liga da Justiça, Liga da Justiça Sem Limites, Super Choque, entre outras tantas.

    BATMAN E ROBIN – Anos 60

    coringa de cesar romeroInterpretado por Cesar Romero, o vilão era caricato e é considerado o melhor Coringa pelos saudosistas. Com sua maquiagem pesada e terno roxo, atormentava a Dupla Dinâmica com seus planos maquiavélicos e excêntricos, provocando muitos risos e uma catarse coletiva para os fãs da série estrelada por Adam West.

    GOTHAM

    Coringa: Dissecando o palhaço Príncipe do CrimeCameron Monaghan deu vida ao vilão na série. Essa versão se assemelha a dos quadrinhos e filmes, por ter um visual macabro, assim como suas ações. tornando-o inescrupuloso e extremamente perigoso para Bruce Wayne e James Gordon.



    NOS GAMES

    SÉRIE BATMAN ARKHAM

    Coringa foi o grande vilão da série de games com o selo Arkham, sendo o antagonista principal dos títulos Arkham Asylum, Arkham City e Arkham Origins e o fio condutor de Arkham Knight. O vilao foi dublado pelo lendário Mark Hammill.

    INJUSTICE – GOD AMONG US 1 e 2

    Personagem jogável na franquia, tem movimentos rápidos é extremamente importante para a história.

    MORTAL KOMBAT VS DC UNIVERSE

    O jogo é uma mistura dos dois mundos consolidados, todavia, a execução não é muito boa. O vilão é um dos principais personagens do jogo.

    MORTAL KOMBAT 11

    Coringa será adicionado como DLC junto com outros personagens como Nightwolf, SpawnTerminator T-800, Sindel e Shang Tsung, e nós como fãs estamos muito ansiosos!



    NO CINEMA

    BATMAN – O HOMEM MORCEGO (1966)

    Batman, também conhecido como Batman: The Movie, é um filme de aventura e comédia, dirigido por Leslie H. Martinson, baseado na série de televisão homônima.

    Distribuído pela 20th Century Fox, foi lançado nos Estados Unidos em 30 de julho de 1966. O filme foi estrelado por Adam West como Batman e Burt Ward como Robin, ambos intérpretes dos personagens na série. Os vilões principais do filme foram o Coringa, vivido por Cesar Romero, Mulher-Gato (Lee Meriwether), Charada (Frank Gorshin) e o Pinguim (Burgess Meredith).

    BATMAN (1990)

    Coringa: Dissecando o palhaço Príncipe do CrimeJack Nicholson deu vida ao antagonista no filme de Tim Burton e sua atuação é lembrada até hoje. Com um tom sarcástico e ameaçador, Nicholson encorpou de forma magistral e hoje, sem sombra de dúvidas, é um dos mais amados Coringas da história em todas as plataformas.

    BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS (2008)

    Heath Ledger, a lenda, o mito! O melhor Coringa já feito nas telonas! Todos nós achávamos que Jack Nicholson seria insuperável, mas o ator conhecido por fazer comédias românticas e filmes históricos se destacou de forma tão improvável e perfeita que hoje nos lembramos dele como a personificação do personagem.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #19 | Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008, Christopher Nolan)

    Christopher Nolan acertou em cheio na composição do elenco e Ledger carrega o filme nas costas com sua atuação monstruosa e lendária, recebendo um Oscar póstumo como melhor ator coadjuvante.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Heath Ledger: Confira 10 filmes inesquecíveis do ator

    BATMAN LEGO (2017)

    Zach Galifianakis fez uma versão mais leve e divertida do personagem, uma vez que o filme é voltado para o público infantil e é do gênero de comédia, entretanto, não o deixa menos importante na nossa lista!

    ESQUADRÃO SUICIDA (2016)

    Coringa: Dissecando o palhaço Príncipe do CrimeJared Leto foi o Coringa mais controverso dos cinemas com seu personagem completamente estranho, isso mesmo, estranho até para os níveis de “Coringagem”! Uma mistura de cafetão com mafioso fez com que o ator ficasse marcado negativamente pela sua aparição no filme de David Ayer, nos fazendo questionar o porquê ele foi inserido no longa.

    CORINGA (2019)

    Coringa: Todd Phillips diz que o filme não seguirá os quadrinhosJoaquin Phoenix é a nova aposta da DC Comics e Warner Bros. para dar vida ao maior vilão de todos os tempos! Phoenix é um excelente ator e o filme já recebeu algumas premiações afora, algo muito positivo e que aumenta e muito a expectativa dos fãs.

    Muito elogiado por ser um artista completo, Phoenix tem tudo para ser um dos grandes nomes na história tão longa e rica do personagem que é um antagonista tão complexo.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Coringa (2019, Todd Phillips)

    O filme estréia no Brasil no dia 03 de outubro de 2019.



    E para vocês? Qual é o melhor Coringa de todos os tempos? Deixe nos comentários e siga a página em todos os agregadores de conteúdo!

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    CRÍTICA – Coringa (2019, Todd Phillips)

    Um filme baseado em um personagem de quadrinhos que não parece, nem um pouco, com um filme de herói. O personagem icônico, considerado um dos maiores vilões da cultura pop, retratado de uma maneira – até então – inimaginável. Seja bem-vindo à distopia cinematográfica que é Coringa, o longa de Todd Phillips protagonizado por Joaquin Phoenix.

    Quando as primeiras notícias sobre Coringa começaram a circular na internet, poucas pessoas acreditavam que o projeto poderia dar certo. As desconfianças se tornaram maiores quando o passado cinematográfico do diretor Todd Phillips foi associado ao longa: Phillips só tem comédias em seu currículo, dentre elas o famoso Se Beber, Não Case!, de 2009. O cenário também não era dos mais otimistas, pois muitos consideram que a DC vinha de inúmeros “fracassos” no cinema e parecia não encontrar o caminho certo para seguir.

    Felizmente para os otimistas, Coringa chega aos cinemas com um Leão de Ouro na bagagem e muitas críticas positivas a seu favor. As polêmicas, é claro, não poderiam ficar de fora, mas o que esperar do filme solo de um agente do caos? Coringa sempre foi um personagem idolatrado por sua legião de fãs – mesmo sabendo que suas atitudes são sórdidas e cruéis. Ele é o antagonista do Batman, a antítese de sua existência e, muitas vezes, a motivação para apreciarmos inúmeras obras do Homem-Morcego ano após ano.

    O filme de Todd Phillips retrata a história de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um aspirante a comediante que mora com sua mãe, Penny Fleck (Frances Conroy). Ele cuida de Penny e de sua saúde, sendo o “homem da casa” desde sempre. O personagem trabalha em uma agência de palhaços chamada Ha-Ha’s e convive com outros vários trabalhadores que o acham estranho devido à sua risada – um distúrbio psicológico devidamente sinalizado em um cartãozinho plastificado que ele carrega para todos os lugares.

    Arthur consulta periodicamente com sua psiquiatra e usa seu diário para anotar pensamentos e piadas para seu vindouro número de stand up comedy. Seu sonho é ter um espaço no talk show estrelado por Murray Franklin (Roberto De Niro), homem pelo qual ele nutre um sentimento de admiração – e amor paternal. Toda a construção do personagem se dá na incansável busca pela felicidade, dia após dia, mas “só é preciso um dia ruim para reduzir o mais são dos homens a um lunático”, certo?



    É com a constância de acontecimentos ruins e reviravoltas em sua vida que Arthur Fleck passa de uma pessoa trabalhadora e empenhada a um ser extremamente perigoso. Pelo menos, essa é a justificativa que ele utiliza para deixar aflorar o seu lado sombrio e doentio que sempre o acompanhou. O Coringa de Phillips não é estrategista – e isso é fato. Ele não busca ser um ícone ou a representação de um movimento. O Coringa aqui é um humano complexo, com sérios distúrbios e que não possui uma base sólida para mantê-lo estável.

    A forma como o roteiro de Phillips e Scott Silver (O Vencedor) constrói o personagem de Arthur até ele, de fato, se tornar o Coringa, é impressionante. Toda a produção bebe muito de filmes criados nos 1970 e 1980, que exploravam cada lacuna da personalidade dos protagonistas, criando nuances entre o bem e o mal. É difícil, por vezes, não sentir pena de Arthur Fleck, assim como é difícil não sentirmos pena de Rupert Pupkin (O Rei da Comédia), Travis Bickle (Taxi Driver), R.P. McMurphy (Um Estranho no Ninho) e tantos outros personagens complexos – e perturbadores – criados nessa era do cinema. Entretanto, fica mais do que claro ao longo dos 122 min do filme que Arthur não é alguém para se glorificar ou ter apreço. Todd Phillips faz questão de reforçar esse entendimento diversas vezes durante o longa.

    Falar que Joaquin Phoenix é um dos melhores atores da atualidade é, basicamente, confirmar que a água é molhada. Em uma de suas atuações mais impressionantes desde O Mestre (2012), Phoenix domina o tempo de tela, carregando todos os acontecimentos basicamente sozinho. Mesmo que, por vezes, esteja acompanhado de seus colegas de elenco, são nos closes fechados em sua atuação que se encontram os momentos mais esplêndidos do longa. Uma atuação memorável e digna de indicações. 

    A linguagem corporal de Phoenix é outro ponto a ser destacado, visto que inúmeras cenas são montadas basicamente com seus movimentos, jogo de luz e trilha sonora intensa e poderosa. Uma cena a se destacar é a dança de Coringa na escada ao som de Rock and Roll Part 2 de Gary Glitter, pontuando um momento de revolução. É quase como um instante de luz em meio à toda escuridão de Gotham.

    Aos fãs do cinema de Scorsese, Coringa entrega inúmeras referências de Taxi Driver, O Rei da Comédia e tantos outros filmes do diretor. A escolha de Robert De Niro no papel de Murray traz o toque de nostalgia – e a cara de anos 1980 – transformando o longa em uma grande homenagem ao cinema antigo.

    Em meio ao caos que só o Príncipe do Crime pode trazer, há espaço para sonhar com um pouco de Batman nesse novo universo da DC. Aos mais desacreditados, a insegurança com a nova safra de filmes da Warner – após o sucesso de Shazam! e, agora, Coringa – talvez possa, finalmente, ficar no passado.



    A ironia na finalização de Coringa é perturbadora e um pouco angustiante, deixando uma sensação de insanidade e admiração pelo que acaba de ser visto. É quase como o final de Um Estranho no Ninho, quando você simplesmente não acredita em tudo o que acabou de acontecer. Sem necessidade de ganchos ou continuações, Coringa se consagra como um divisor de águas em seu gênero, podendo inspirar novos projetos tão ambiciosos quanto.

    Nossa nota


    Assista ao trailer legendado:

    Coringa chega aos cinemas nesta quinta-feira, 3 de Outubro. Lembre-se de voltar aqui, deixar seus comentários e sua avaliação!


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    CRÍTICA – Predadores Assassinos (2019, Alexandre Aja)

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    Algo inegável sobre os longas com animais assassinos é que essas produções sempre tiveram um público muito grande. Desde Tubarão (Jaws), de Steven Spielberg, lançado em 1975, a “onda” de filmes com uma premissa que envolve uma criatura da natureza sedenta por carne humana tornou-se cada vez mais popular. Mesmo com a queda na qualidade das produções deste subgênero do horror, sempre tem um diretor que resolve se aventurar nesse seguimento conseguindo entregar bons, e divertidos, resultados – como Megatubarão (2018), por exemplo. Predadores Assassinos (Crawl), dirigido pelo francês Alexandre Aja (Espelhos do Medo), e produzido por Sam Raimi (A Morte do Demônio), também segue essa premissa e surpreende.

    Na trama, uma cidade na Flórida está sendo evacuada prestes a ser atingida por um furacão. Kaya Scodelario (Maze Runner) vive Haley, uma jovem que, preocupada, decide procurar o pai, Dave (Barry Pepper), que não está atendendo ao telefone. Ao encontra-lo desacordado na antiga casa da família, a protagonista descobre que ele foi gravemente ferido por um jacaré e eles precisam lutar para não se tornarem a próxima refeição do animal enquanto o imóvel está prestes a ser inundado pelas enchentes causadas pela chuva e pelo furacão.

    Predadores Assassinos faz um bom trabalho ao reconstruir uma relação, abalada, entre pai e filha, que vai evoluindo ao longo da trama, não é nada muito complexo, porém faz a história avançar. Scodelario está muito bem no papel, ela convence na atuação e na fisicalidade. É muito bom ver mais uma personagem feminina sendo bem aproveitada em um filme de terror e que não é resumida a gritos e chiliques quando o “bicho pega”. Haley é inteligente e forte, e isso não é evidenciado apenas através de diálogos, muito pelo contrário, o roteiro de Michael Rasmussen e Shawn Rasmussen sabe abordar essas características dela em cenas tensas e sem precisar apelar para clichês.

    Outro grande acerto do filme está na escolha do cenário e no ritmo. Uma boa parte da história se passa dentro de uma casa – no crawl space da residência, para ser mais específico –, rendendo alguns dos melhores momentos da narrativa. Por se passar em um ambiente fechado, há muitas cenas onde os personagens são colocados em situações claustrofóbicas. Isso, aliado às escolhas de câmera, sempre muito fechada nos rosto dos atores em determinadas situações, adotadas pelo diretor tornam a experiência de ver este filme ainda mais interessante.


    O ritmo, sempre frenético, faz o longa, que tem 87 minutos de duração, passar bem rápido. Por conta disso, o filme não permite ao espectador nem respirar, pois a luta pela sobrevivência é constante e o roteiro vai colocando os personagens em situações cada vez mais complicadas.

    A cinematografia de Maxime Alexandre (diretor de fotografia de A Freira e Shazam!) não é nada revolucionária, mas há coisas que devem ser elogiadas. Predadores Assassinos adota um filtro esverdeado em alguns momentos da projeção que contrastam muito bem com outros momentos quando um personagem está banhado em uma luz vermelha dos sinalizadores de fumaça. São pequenos detalhes como estes que destacam o cuidado do diretor e do diretor de fotografia na escolha das cores, mostrando como elas influenciam muito na estética de um filme.

    Infelizmente, o filme não tem só acertos. O CGI (efeitos criados em computadores) dos jacarés são um pouco problemáticos. É perceptível – principalmente quando os animais atacam – que são criaturas criadas digitalmente, no entanto isso não tira o impacto das cenas e nem afeta tanto o longa, que decide apostar na simplicidade e na criatividade e se sai muito bem.


    Predadores Assassinos é uma baita surpresa para quem é fã deste subgênero de animal assassino, é divertido, assustador e tenso.

    Nossa nota


    Confira o trailer legendado abaixo:

    O filme estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira, 26 de setembro, e é uma ótima pedida. E você, já assistiu? Deixe seus comentários e sua avaliação.


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