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    CRÍTICA – A Morte do Demônio: A Ascensão (2023, Lee Cronin)

    Clássicos nunca morrem, na verdade se reinventam, e no terror esta regra se aplica claramente a franquia Evil Dead ou A Morte do Demônio. Sendo assim, tentando ressurgir mais uma vez, foi lançado mais um capítulo da franquia intitulado A Morte do Demônio: Ascensão.

    Dirigido e roteirizado por Lee Cronin, conhecido por Ghost Train (2013), o longa é produzido pelo renomado Sam Raimi e o até então protagonista da franquia Bruce Campbell. O ultimo filme lançado da franquia foi em 2013, dez anos antes do seu mais recente lançamento.

    O elenco é formado por Alyssa Sutherland (Vikings), Morgan Davies, Gabrielle Echols e Lily Sullivan. Quanto a trilha sonora ela é composta por Stephen Mckeon e Joel J. Richard.

    Aqui no Brasil Evil Dead também é conhecido como Uma Noite Alucinante, cuja a trilogia foi lançada em 1981, 87 e 92.

    SINOPSE

    No filme, Beth (Lily Sullivan) vai até Los Angeles para visitar sua irmã mais velha, Ellie (Alyssa Sutherland), que mora com os três filhos em um pequeno apartamento.

    Com uma relação distante, essa seria a oportunidade para uma reaproximação entre as irmãs. Porém, o reencontro toma um rumo macabro quando elas encontram um livro antigo que dá vida a demônios possuidores. Agora, para sobreviverem, serão forçadas a enfrentar uma versão aterrorizante da família.

    ANÁLISE

    A Morte do Demônio: A ascensão pode ser definido como o terror raiz. Sendo um filme que instiga o espectador ao medo, sem pausas leves em sua narrativa e ampliando ao máximo limite do que espera-se em cena.

    Dadas devidas proporções, o filme não é uma apresentação gratuita de violência e gore, mas neste aspecto não deixa a desejar com cenas visualmente chocantes. Sendo assim, mantém a característica da franquia de ser expositiva em questão da crueldade dos deadites, aproveitando-se da não compreensão do que está acontecendo.

    Em aspectos visuais o filme é excelente, se utilizando formidavelmente de efeitos práticos para tornar os acontecimentos os mais assustadores possíveis; combinando trilha sonora com cenas tensas e bons jump scares.

    Mesmo sendo uma produção mais sofisticada, a essência da franquia de A Morte do Demônio não é apenas bem representada como homenageada. Além da própria franquia, referências a clássicos do terror como O Exorcista, Carrie, a Estranha e O Iluminado são referenciados em alguns momentos, sem deixar de lado a sua identidade.

    Uma homenagem com sua própria identidade

    O roteiro é coerente e não se prende a soluções clichês de filmes de terror, protegendo o seu protagonista ou destacando-o em comparação a outros personagens. Assim gerando importância para todos os membros da família e preocupação ao espectador sobre o que irá acontecer com eles.

    Narrativamente é uma história intensa, frenética e se utiliza do contexto familiar para ambientar os acontecimentos. Contudo em nenhum momento ao longo do filme ele sai do seu gênero, mas toca nestas relações para que seja a motivação de Beth a salvar seus sobrinhos de sua irmã.

    Individualmente A Morte do Demônio: A Ascenção tem boas atuações, como Morgan Davis e Alyssa Sutherland, que toma conta em cena quando interpreta Ellie possuída. Porém é muito importante destacar que todo o elenco faz um bom trabalho e possui uma química excelente.

    Outro elemento do filme a se destacar está relacionado a competência de Lee Cronin em criar um ambiente claustrofóbico em um espaço amplo como uma cidade. Assim, dando a sua visão particular de uma história de Evil Dead e uma nova energia para a franquia.

    VEREDITO

    Com uma excelente direção, um bom trabalho de elenco e cenas que podem nausear percepções mais sensíveis, A Morte do Demônio: A Ascenção é uma grata surpresa que o terror proporcionou neste ano de 2023.

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer dublado:

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    CRÍTICA – Beau Tem Medo (2023, Ari Aster)

    Beau Tem Medo (do original Beau is Afraid) é o mais novo filme de Ari Aster em sua colaboração com a A24. Com Joaquin Phoenix no papel principal, o filme nos leva por uma viagem tão profunda à mente de Beau, um personagem tenso e paranoico, cuja vida parece escorregar por entre seus dedos quando uma trama se desenrola. Ao longo de suas 2 horas e 59 minutos, nos vemos imersos em traumas geracionais, abusos emocionais e a assombrosa capacidade de atuação de Phoenix.

    Com um grande elenco de apoio, o longa nos apresenta à história de Beau, um homem que após receber uma notícia vê sua vida espiralar em uma maré de autodepreciação. Tudo isso, enquanto os horrores do passado parecem brotar em meio à um mundo em que o pior das pessoas parecem desabrochar, exacerbando ainda mais o quão destacado daquele mundo Beau parece estar inserido.

    SINOPSE

    Beau (Joaquin Phoenix) é um homem paranoico que embarca em uma odisseia épica para visitar a casa de sua mãe controladora. O trailer do filme mostra Beau em uma aventura nada convencional.

    ANÁLISE

    Beau

    Ao longo de suas quase 3 horas, o longa nos lança por uma trama cansativa, mas com uma mensagem necessária e potente. Por meio das viagens narrativas, Ari Aster mostra a história de Beau que mergulha cada vez mais em suas tramas paranoicas. Após receber a notícia de uma grande perda, Beau precisa voltar para a casa da mãe, fazendo assim uma viagem não apenas na sua relação com a sua mãe, mas revivendo aos poucos fatos que despertam o pior dele.

    Enquanto adentramos a história, vemos arcos se desenrolar que por fim, não nos levam à lugar nenhum. Beau, um homem de meia idade que vive em um constante estado catatônico, parece ver o mundo de uma maneira completamente irreal. Os traumas geracionais, são algumas das raízes principais de transtornos psiquiátricos, e o longa mostra algumas das raízes dos problemas de Beau conforme a história progride.

    Com Armen Nahapetian dando vida à um Beau mais jovem, vemos o quão complicada era a vida do personagem. Desde uma infância quase sempre guiada pelo gaslighting e por uma frustração profunda de sua mãe, de modo que constantes manipulações costumavam dar o tom de uma realidade deturpada a ele.

    Beau

    Enquanto cresce, Beau vê qualquer ímpeto seu de rebeldia, curiosidade e “revolução” ser podada, forçando-o a ser basicamente o personagem que conhecemos hoje.

    Ari Aster flerta quase sempre com o fato do personagem ser quase sempre uma figura alheia aos acontecimentos de sua vida, dificilmente tomando qualquer atitude que desse um rumo à mesma. Sendo assim, constantes rompantes de viagens imaginativas sobre como a vida de Beau seria, ou até mesmo viagens ao passado se dão em tela. Quase sempre forçando aspectos negativos de suas relações, o personagem não parece ver qualquer elemento positivo diante de suas vivências.

    Com tramas e linhas narrativas truncadas, o longa tende a ignorar completamente a história que quer contar, optando por dar início à histórias que não mudarão em nada a vida de Beau, mas que só exacerbam sua condição, lançando-o mais ainda à um lugar distante da realidade. Sendo um dos arcos mais potentes, preocupantes e problemáticos, vemos como a reação dele diante dos desafios que encontra só o lançam por caminhos mais distantes do seu objetivo, ir até a casa de sua mãe.

    VEREDITO

    Beau tem medo é confuso e para entender sua mensagem é necessário no mínimo uma colherada de senso crítico, tanto nosso quanto do filme em geral, forçando-nos a nos perceber como indivíduos falhos, o diretor parece captar um personagem real de sua vida. Enquanto aborda firmemente traumas geracionais e sua perpetuação, Beau é “castrado” por sua mãe desde sua primeira infância, que o força a ser uma pessoa dócil e cooperativa e assim, o leva para uma vida adulta como alguém alheio à seus próprios sentimentos e vontades.

    E que mesmo tendo se livrado das “garras” de uma mãe na primeira oportunidade, Beau precisa enfrentar seus próprios sentimentos, a fim de se entender como um indivíduo que precisa passar pelo luto e por uma vida mais normal possível com todos esses problemas.

    O filme acaba funcionando como um grande ataque de pânico, não estabelecendo desde seu início como um retrato do nosso mundo, ou uma realidade paralela a nossa, em que mesmo que alguns absurdismos se desenrolem, acaba funcionando como um retrato de uma realidade bem similar à nossa.

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Beau Tem Medo estreia no dia 20 de abril de 2023 em cinemas selecionados de todo o Braisl.

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    TBT #225 | Ran (1985, Akira Kurosawa)

    Akira Kurosawa é um gênio cinematográfico de sua época, tanto em preto e branco quanto no cinema colorido. Seu trabalho como cineasta se tornou uma referência para as épocas seguintes no cinema e, no TBT desta semana, vamos indicar Ran (1985).

    O longa tem sua inspiração na tragédia teatral Rei Lear de William Shakespeare, umas das obras mais famosas do dramaturgo. Entretanto Kurosawa adapta a história para os seus elementos culturais, assim se tornando um clássico do cinema.

    Estrelado por Tatsuia Nakadai, Akira Terao, Jinpachi Nezu e Mieko Harada; Ran também contou com a participação de Serge Siberman, o único nome ocidental em todo o projeto. A distribuição foi feita pela Toho no Japão e Acteurs Auteurs Associés, responsável pela produção de outros filmes como O Nome da Rosa (1986).

    O roteiro é assinado por Hideo Oguni, Masato Ide além do próprio Kurosawa, também responsável pela edição representando seu comprometido com o projeto. Seu figurino fica por conta de Emi Wada, que posteriormente trabalharia com o diretor em Sonhos (1990) e seu ultimo trabalho foi o Clã das Adagas Voadoras (2005).

    SINOPSE

    Japão, século XVI. Hidetora Ichimonji (Tatsuya Nakadai), o poderoso chefe do clã dos Ichimonjis, decide dividir seus bens entre os três filhos: Taro Takatora (Akira Terao), Jiro Masatora (Jinpachi Nezu) e Saburu Naotora (Daisuke Ryu). Com o primeiro fica a chefia do feudo, as terras e a cavalaria. Os outros dois ficam com alguns castelos, terras e o dever de ajudar e obedecer Taro. Saburu, prevendo as desgraças que viriam, se mostra contrário à decisão paterna. Expulso do feudo e acaba sendo acolhido por Nobuhiro Fujimaki (Hitoshi Ueki), de quem se torna genro. Hidetora vai ao seu antigo castelo, que agora é de Taro, e não é bem recebido. O mesmo acontece ao visitar Jiro e, isolado em seu ex-império, Hidetora se aproxima da insanidade.

    Storyboards como obras de arte

    George Lucas, Akira Kurosawa e Steven Spielberg.

    O processo criativo de Ran tem algumas peculiaridades, como o diretor ter pintado os storyboards ao longo de dez anos. De acordo com Akira Kurosawa, Hidetora, o lorde do filme, era o próprio Kurosawa e alguns estudiosos de sua obra concordam com esta afirmação.

    Ran é o último filme da Terceira Era de Kurosawa como diretor e foi o período mais turbulento de sua carreira. Sendo a época que o cineasta lida com a crítica por ser considerado antiquado, não conseguindo novos projetos por um período de cinco anos.

    As gravações ocorreram durante dois anos e usou locações como o Monte Fuji e o vulcão de Aso, o maior vulcão ativo no Japão.

    A produção foi indicada ao Oscar em 1986 nas categorias Melhor Direção, Direção de Arte, bem como Fotografia e Figurino; sendo vencedor nesta última. Além de receber dois prêmios no BAFTA de 1987 como Melhor Filme e Maquiagem.

    A melhor interpretação de uma tragédia Shakesperiana

    Sua trama é sobre Hidetora Ichimonji, um senhor feudal do século XVI que, em sua velhice, divide seus domínios entre seus filhos Taro, Jiro e Saburu. Durante a divisão, o primogênito (Taro) seria o líder enquanto seus irmãos seriam seus apoiadores mantendo o poder, como a parábola das três flechas de Motonari Mori.

    Saburo refuta a ideia de seu pai lembrando como realizou suas conquistas, sendo banido apesar dos avisos de seu servo fiel. A partir deste momento Hidetora vivencia a destruição de sua família e legado levando-o a loucura.

    Ran é um filme que pode ser explicada exatamente pelo seu título, cuja a tradução é desordem ou caos. Apesar de ter a inspiração na peça Shakesperiana, seu roteiro tem sua própria identidade, além da interpretação para a cultura de seu idealizador.

    Apesar de estruturalmente o filme utilizar os mesmos arquétipos de personagens de sua obra inspiradora, o longa tem a sua própria perspectiva de uma tragédia. Talvez o termo popularizado “visão do diretor” seria a melhor forma de descrever, a grosso modo, a produção.

    A tragédia sob o olhar do lendário Kurosawa

    Akira Kurosawa: O impacto de Os Sete Samurais no cinema

    Akira Kurosawa traz a visão desta tragédia para a sua cultura, utilizando os contextos de seu país para dar o tom de originalidade que torna Ran excepcional. Principalmente na figura de Hidetora, assim direcionando sua visão da história para o aspecto da vingança e consequência.

    O lorde feudal é um homem orgulhoso, arrogante e cruel, repetindo a visão de mundo de sua vida em sua velhice. Assim, em sua cega convicção não aceita a discordância de seu filho a ponto de bani-lo.

    Neste aspecto o roteiro se torna mais livre para construir sua figura central, a marcante personalidade cruel de Hidetora. Sendo assim, simbolizada em seus atos como ordenar a remoção da visão de Tsurumaru (Mansai Nomura).

    Além do lorde, outros personagens ganham mais complexidade como Kyoami (Peter). Desta forma os personagens ganham motivações mais amplas para a contenda que se inicia entre os dois filhos de Hidetora para com ele.

    Um fim épico para a Terceira Era do cineasta

    Em relação a direção, apenas elogiar o cineasta seria algo simplório diante do grande trabalho realizado. Ran é a resposta de Kurosawa para as críticas que recebeu, não abrindo mão de sua identidade como diretor e se renovando com uma grande narrativa.

    Cada cena do filme reproduz uma carga dramática excelente, com a graciosidade de um filme de época oriental e sua expressão cultural. Não considero que este filme seja apenas uma releitura de uma obra, mas uma verdadeira expressão artística.

    A nível de atuação, vale destacar Tatsuia Nakadai, que posteriormente seria reverenciado com um dos atores mais renomados do Japão. Seu trabalho em Ran se utiliza da sua experiência no teatro, resultando em  um trabalho dramático que remete ao estilo de teatro Noh.

    A conclusão do filme se assemelha com a obra a qual se inspira, afinal como toda tragédia um desfecho positivo é improvável. Mas, diferente de Rei Lear, Ran não se prende em sua história a consequência de um sofrimento não merecido, mas a vingança que se cultiva perante a crueldade.

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Conheça outras obras do diretor:

    Akira Kurosawa: O impacto de Os Sete Samurais no cinema

    TBT #159 | Rashomon (1950, Akira Kurosawa)

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    6 filmes sobre o espaço para assistir na Netflix

    Desde que Alan B. Shepard se tornou o primeiro americano no espaço em 1961, ficamos obcecados com as estrelas – e o que está além delas. É natural que esse fascínio pelas galáxias se traduza no cinema. Seja assistindo astronautas fictícios se unirem para impedir um asteroide que avança em direção à Terra ou ver astronautas reais falarem sobre suas experiências vivendo em gravidade zero, essas histórias são tão fascinantes quanto divertidas.

    Aqui, destacamos 6 filmes sobre o espaço (alguns fictícios, alguns baseados na vida real e alguns documentários) que você pode assistir agora, sem necessidade de contagem regressiva para a decolagem.

    Órbita 9 (2017)

    Imagine passar toda a sua vida sozinho no espaço. É provável que você tenha algumas fantasias sobre alguém vindo para salvá-lo – e é exatamente isso que acontece com Helena (Clara Lago) no filme espanhol Órbita 9. Helena passou toda a sua vida a bordo da nave titular depois que seus pais morreram por suicídio para que ela sobrevivesse com os suprimentos restantes. Ela foi criada pelo computador da nave, mas agora que Helena está na casa dos 20 anos, a nave é abordada por um (bonito) engenheiro chamado Alex (Álex González).

    O filme se desenrola como parte do mistério, parte do romance, conforme você aprende rapidamente que as coisas não são o que parecem.

    Passageiro Acidental (2019)

    A vida no espaço pode ser desafiadora mesmo quando tudo dá certo. E nada dá certo neste thriller de ficção científica de 2021 dirigido por Joe Penna. Em Passageiro Acidental seguimos os astronautas Zoe Levenson (Anna Kendrick), David Kim (Daniel Dae Kim) e Marina Barnett (Toni Collette) iniciando sua missão de dois anos à Marte apenas para descobrir – você adivinhou! – um clandestino (Shamier Anderson) a bordo. Esse passageiro extra acidental significa que não haverá oxigênio ou suprimentos suficientes para toda a viagem para as quatro pessoas. 

    Terra à Deriva (2019)

    Imagine que a Terra está morrendo e toda a população precisa chegar ao sistema Alpha Centauri para sobreviver. Mas em vez de irem em naves espaciais, eles vão… na Terra. Essa é a premissa deste thriller de ficção científica chinês de 2019: para escapar do gigante sol vermelho da Terra em 2061, a humanidade se une para transformar o planeta em seu próprio “transporte”.

    Eles instalam motores para ajudar o mundo inteiro a viajar com segurança em outro sistema solar. Parece difícil? Sim, certamente tem seus desafios. Os cidadãos encontram tantos desastres na superfície que devem construir grandes cidades no subsolo. Mas de alguma forma esse conceito maluco funciona: Terra à Deriva é um dos filmes de maior bilheteria da China de todos os tempos.

    O Céu da Meia-Noite (2020)

    Se restasse um homem que pudesse salvar a civilização, graças a Deus é George Clooney. Ele dirige e estrela como Augustine Lofthouse, um homem sozinho no Ártico. Todo mundo evacuou a superfície da Terra após um desastre catastrófico, mas ele ficou para trás porque já está morrendo – e é bom que ele tenha feito isso. Ele descobre uma nave interplanetária chamada Aether que está voltando para a Terra da lua habitável de Júpiter. A tripulação do Aether (interpretada por Felicity Jones, David Oyelowo, Tiffany Boone, Demián Bichir e Kyle Chandler) não sabe que a população foi exterminada. A missão de morte literal de Augustine é fazer contato com a tripulação do Aether e ajudá-los a voltar para Júpiter.

    Capitã Nova (2021)

    O filme de ficção científica holandês mostra um astronauta de 37 anos (interpretado por Anniek Pheifer) viajando 25 anos no tempo para salvar a Terra de um catastrófico colapso ambiental. O único problema é que, uma vez que ela pousa, ela é a mesma de 12 anos. Quando adolescente, ela se une a um garoto chamado Nas (Marouane Meftah) para encontrar e parar o homem responsável pela escalada do aquecimento global. Infelizmente, nem todo mundo está disposto a ouvir uma criança de 12 anos do futuro.

    Oxigênio (2021)

    Se você é claustrofóbico, convém proceder com cautela. Este thriller de ficção científica francês de 2021 se passa no espaço – mas principalmente em uma pequena câmara criogênica no espaço. O filme começa com uma mulher (Mélanie Laurent) acordando em um pequeno espaço sem nenhuma lembrança de quem ela é ou por que está ali. Com a ajuda de uma IA chamada MILO (dublada por Mathieu Amalric), ela consegue entrar em contato com os serviços de emergência, mas eles não conseguem ajudar. Para piorar as coisas: os níveis de oxigênio em sua câmara estão acabando e MILO não a libera. O filme é uma corrida pelo tempo – e pelo ar – que fará você prender a respiração.


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    A Diplomata: Tudo sobre a nova série da Netflix

    Saindo da coletiva de imprensa da Casa Branca: Keri Russell (Star Wars: A Ascensão de Skywalker e Urso do Pó Branco) estrelará A Diplomata como Kate Wyler, uma diplomata de carreira que consegue um emprego de alto nível que ela não deseja nem acredita ser adequada para ela. Quando ela estava prestes a ir para o Afeganistão, o governo dos Estados Unidos a alistou para servir como embaixadora dos EUA no Reino Unido em meio a uma crise internacional. É um papel que tem implicações tectônicas para seu casamento e seu futuro político.

    Quem está por trás do novo drama?

    A série política vem da mente de Debora Cahn, que é experiente com o tema depois de seu trabalho em Segurança Nacional e Os Homens do Presidente. Cahn atua como produtora executiva da série ao lado de Russell e Janice Williams.

    Se você está se perguntando o que esperar de A Diplomata, Debora Cahn tem um recado para você:

    A Diplomata é uma série sobre a transcendência e a tortura de relacionamentos de longo prazo. É difícil manter um relacionamento, seja um casamento ou uma aliança militar. Nós mudamos, o mundo muda e, no entanto, queremos que esses relacionamentos durem para sempre. É uma série sobre um monte de gente boa fazendo o possível para manter intactas suas parcerias globais e pessoais sem matar umas às outras. No mundo da diplomacia, você está lidando com muitos comportamentos orientados por regras e protocolos, mas, por baixo de tudo isso, são pessoas que suam, derramam café na roupa e esquecem o nome da pessoa que está falando. Tudo isso sempre borbulhando sob a grandeza e majestade de trabalhar com chefes de Estado.”

    Elenco

    Juntando-se a Keri Russell nesta missão está Rufus Sewell como Hal Wyler, o marido de Kate e ele próprio um brilhante diplomata. Completando o elenco em outros lugares da embaixada estão David Gyasi, Ato Essandoh, Rory Kinnear, Ali Ahn, Nana Mensah, Michael McKean e Miguel Sandoval.

    A estreia

    A Diplomata chega amanhã, 20 de abril, ao catálogo da Netflix.

    Assista ao trailer legendado:


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    CRÍTICA | DE-EXIT – Eternal Matters (2023, HandyGames)

    O pós vida é um tema recorrente em jogos de diversos gêneros, que se utiliza de diversas narrativas e já foi abordado em muitos momentos da história dos games. Desde Death Stranding até The Medium, o que acontece após a morte tem uma interpretação diferente e a mais recente é DE-EXIT – Eternal Matters.

    O título é desenvolvido pela SandBloom Studio, tendo sua distribuição pela HandyGames conhecida por jogos como Endling: Extinction is Forever. O novo game é um indie de plataforma, com resolução de puzzles e aventura de mundo semiaberto.

    Seu lançamento ocorreu no dia 14 de abril tanto para a antiga quanto nova geração: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X | S e PC. A versão demo do título foi disponibilizada no mês de fevereiro poucos meses antes de seu lançamento para as plataformas.

    O criadores responsáveis pelo jogo indie é Gabriel Jiménez Cabrera e Julien Gatumel Fernandez, cuja ideia é explorar o tema morte de uma forma diferente, não usada com tanta frequência.

    SINOPSE

    Embarque em uma jornada surrealista após a morte para descobrir os segredos do quebrado e misterioso Plano da Memória nesta aventura leve e atmosférica com um toque de furtividade. Explore um maravilhoso mundo voxel com uma intensa abordagem cinematográfica.

    ANÁLISE

    Alguns jogos são feitos para serem jogados, seja por curtos ou longos períodos de tempo, outros para se aproveitar a diversão que proporciona. Mas existe uma vertente que vai além destes caminhos sendo uma vivência narrativa e muito reflexiva.

    DE-EXIT é uma experiência de jogo incomum até mesmo para os padrões atuais de games. Utilizando de todos os seus elementos gráficos para simbolizar a mensagem que carrega, uma excelente reflexão sobre a vida e o que existe através dela.

    Apesar de Lux, o personagem que controlamos estar existindo no pós vida, não significa que se pode saltar de lugares altos e não se tornar uma pilha de ossos. Entretanto, não se tem uma barra de vida ou status, apenas o seu menu de habilidades para alterna-las a medida que se aprimora o artefato.

    A mecânica do jogo é simples, porém não é um elemento que o torne menos desafiador; pelo contrário, alguns puzzles exigem habilidade para se posicionar de forma correta, realizar um salto ou passar por determinado local.

    Explore o (outro) mundo

    O jogo se utiliza de um mundo semiaberto, permitindo explorar alguns locais como a cidade de Nexus. Mas sempre direcionado de forma a progredir na história de seis capítulos.

    DE-EXIT – Eternal Matters não é um jogo de gameplay muito longa, chegando a ser entre seis a oito horas de história. Porém, ser considerado curto para os padrões dos títulos atuais não é um demérito, pois o valor está em sua narrativa muito emocionante.

    A ideia dos criadores é clara desde os conceitos gráficos apresentados em DE-EXIT, pois a escolha pelo estilo vox remete a impressão de algo imaterial. Mas não se deixe pensar que por ter este conceito, o game tenha um trabalho gráfico inferior; pelo contrário, é esteticamente muito agradável de visualizar.

    Apesar de possuir mecânicas simples, fato que poderia se tornar caótico em alguns momentos, ele é fluído e dinâmico. Inclusive para coisas sutis como passar uma linha de dialogo apertando um botão para a fala seguinte.

    A ambientação do jogo é interessante, pois remete diversos lugares diferentes como templos budistas, uma vila no interior do México ou uma região montanhosa. Claro, todos construídos aos moldes de um universo de Minecraft.

    Em sua questão de narrativa, DE-EXIT – Eternal Matters é um jogo emocionante pela história que conta, abordando a existência do além da vida. A escolha de vox para a elaboração deste universo é acertada, pois remete a algo sem uma forma física especifica, mesmo que os personagens sejam esqueletos.

    Sua história consegue ter riqueza e identidade, com potencial para que possa ser adaptado para outras mídias, como as animações, por exemplo.

    VEREDITO

    DE-EXIT – Eternal Matters é uma excelente pedida para os fãs de jogos indies, com um desafio de gameplay balanceado, graficamente muito bonito e com uma história excelente para aqueles que gostam de uma experiência de jogo/ cinematográfica.

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de lançamento:

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