A Escola do Bem e do Mal é uma adaptação dos bests-sellers de Soman Chainani e conta com Kerry Washington, Charlize Theron e Lawrence Fishburne no elenco. Paul Feig dirige o longa.
Sophie (Sophia Anne Caruso) é uma jovem sonhadora que quer se tornar uma princesa. Sua melhor amiga, Agatha ou Aggie (Sofia Wylie) é considerada uma bruxa e não quer que Sophie vá para a Escola do Bem e do Mal. Ao tentar impedí-la, as duas acabam sendo convocadas para fazer parte das turmas, mas não da forma que elas gostariam…
ANÁLISE
Adaptações de obras literárias são um tipo de projeto que podem consagrar ou destruir a vida de um cineasta, pois contam sempre com um fandom considerável e personagens amados por parte de um público que anseia em ver seus heróis e vilões preferidos em tela.
O conceito de A Escola do Bem e do Mal é muito simples, uma vez que são apresentados dois lados muito claros de personagens e a dicotomia que deixa o mundo quase preto e branco é básica para um universo bastante vasto. O fato de Sophie e Aggie existirem para quebrar esses estereótipos dos mocinhos e antagonistas é um dos poucos pontos positivos do longa que deixa muito a desejar em diversos aspectos.
O primeiro deles é da expositividade do roteiro que é demasiada. Por mais que o longa seja mais voltado para o público juvenil, não há a necessidade de diálogos tão óbvios e que ficam rodando em círculos para falar sobre o mesmo assunto incessantemente, tornando o filme cansativo pelas suas longas 02h36min. Não há o porquê de A Escola do Bem e do Mal ter uma duração tão grande já que não avança a história ou trabalha todo seu universo que parece bem rico, assim como não desenvolve seus personagens a ponto de justificar tal decisão.
Sobre a direção, as lutas não são bem coreografadas, salve algumas exceções. O uso exagerado de um CGI plastificado prejudicam e muito Paul Feig e as atuações estão medianas ou caricatas demais, com destaque bastante negativo para Kerry Washington, que dá vida a uma tutora irritante e Kit Young que faz dois papeis de gêmeos e manda mal nas duas funções, mais por culpa dos roteiristas do que de fato pelo seu trabalho.
Nada flui naturalmente e mesmo que a obra tente satirizar várias adaptações da Disney como A Pequena Sereia, Cinderela, Rapunzel e tantas outras, o texto ácido fica apenas como um pequeno alívio dentro da canastrice do roteiro.
Os figurinos são bonitos e os cenários enchem os olhos, mostrando que pelo menos algumas coisas funcionam em A Escola do Bem e do Mal, todavia, é pouco para uma construção de franquia que a Netflix certamente deve tentar realizar no futuro, pois há grandes possibilidades para pelo menos mais um longa.
VEREDITO
Tentando ser Harry Potter, A Escola do Bem e do Mal parece ser mais uma paródia que tenta tirar sarro dos contos de fadas produzidos por outros estúdios. Com algumas ideias boas, o filme poderia ser muito melhor, mas com escolhas equivocadas, desde a sua duração até o uso exagerado de CGI, atrapalham e muito a experiência de quem assiste.
Batora: Lost Haven é um RPG de ação e aventura interplanetário com uma história rica à base de escolhas.
Avril nunca pensou ter de assumir o papel de heroína, mas, após um episódio misterioso e devastador, o seu mundo ficou do avesso. Com o seu planeta natal à beira da destruição, Avril foi dotada de poderes extraordinários e terá de viajar o universo para desvendar segredos ancestrais e tomar uma série de decisões determinantes.
ANÁLISE DE BATORA: LOST HAVEN
Minha primeira curiosidade ao ter acesso à versão completa do game foi buscar os pontos em que os desenvolvedores tinham trabalhado para alteração e melhoramento. Identifiquei consideráveis aprimoramentos em alguns aspectos que tratei no decorrer deste texto, destacando pontos positivos e negativos durante a experiência.
História
Num primeiro momento, senti que estava jogando ainda a demo. O início do jogo não introduz muito a história, simplesmente lançando o jogador em um cenário de uma cidade devastada onde Avril e Mila se encontram. A história vai sendo contada aos poucos através de flashbacks e da lore de cada personagem que é introduzido.
Apesar de uma falta de “liga” na história, ela não chega a ser um grande ponto negativo. Os arcos que são criados e a simpatia dos personagens suprem as carências recém mencionadas, equilibrando bem a história como um todo.
O jogo ainda oferece uma camada de escolhas que afetam o jogo (aquele famoso choices matter). Este sistema, inclusive, é um tanto interessante. As escolhas muitas vezes não afetam tanto a história em si, mas sim a forma como Avril se põe em relação a ela. E isto influencia nas mecânicas de combate da mesma.
Um ponto da história que me impressionou foi que, apesar de achar que a história acaba sendo rasa, os debates e discussões são de uma profundidade muito bacana. A tomada de decisões, em si, convida a refletir sobre liberdade e consequências, dando um peso inesperado à obra.
Mecânicas
Assim como mencionado no texto anterior, o jogo oferece mecânicas que variam conforme os poderes da Lua e do Sol. Estes dois são entidades que dão poderes à Avril, e seguem a linha dual: um oferecendo habilidades físicas e o outro, mentais.
Tanto adversários quanto quebra-cabeças possuem suas próprias naturezas, obrigando Avril a fluir entre as duas formas para poder suplantar os desafios. O conceito é em geral bem executado, não trazendo dificuldade muito alta mas também garantindo um bom desafio.
Notei também alguns aprimoramentos no uso de algumas habilidades, na mira e nos cooldowns. É perceptível que foi adicionado algum tipo de assistência na mira, tornando os combates e puzzles mais fluidos. Este aspecto auxiliou também no uso mais preciso das habilidades. Falando nelas, percebe-se melhor agora o impacto de cada uma, ficando mais visual o atordoamento ou não de adversários.
Os cooldowns, tempo de espera para reutilizar a habilidade, ficaram mais confortáveis, evitando que se use apenas uma habilidade mas não restringindo por muito tempo o uso da preferida. Falando também sobre conforto, apesar do jogo ser indicado para utilização de “Controle com Alavanca Dupla”, senti que a otimização está melhor feita para o jogo através do teclado e mouse.
Gráficos
As criações que misturam fantasia e ficção científica de Batora: Lost Haven possuem traços pintados a mão e com cores alegres. O jogo oferece gráficos bem trabalhados e um 3D isométrico bem desenvolvido. Percebi pontuais melhoras em detalhes e serrilhados que deram um ganho grande na experiência.
O design dos personagens também é muito bem feito. Os traços traduzir bem elementos de hostilidade e fofura, com mesclas bem empregadas, compondo também com as reflexões que a trama oferece.
VEREDITO
Fiquei feliz em ver o crescimento e acompanhar o desenvolvimento deste trabalho do Stormwind Games com a Team17. Grata foi a minha surpresa ao ver que eles souberam trabalhar sobre vários pontos assinalados nas versões anteriores, dando melhor forma à Batora: Lost Haven.
O storytelling, como um todo, acaba tendo alguns pontos baixos que quebram a fluidez do progresso da história. Em um hack and slash, acompanhar a história acaba por vezes se tornando fundamental para dar um sentido à toda a “pancadaria”. Mais ainda em um jogo onde suas escolhas influenciam no andamento do game.
Ainda que com estas carências, o jogo consegue dar a carga de pertencimento e o devido peso nas escolhas, superando a consequência imediata do problema.
Batora: Lost Haven, em aproximadamente 8 horas de gameplay de seu modo história (quem acompanha o site sabe que eu jogo no modo slow, curtindo cada pedacinho do game), oferece uma agradável experiência e divertidos desafios.
Nossa nota
3,5 / 5,0
Confira o trailer de Batora: Lost Haven
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Esperando Bojangles (En Attendant Bojangles) é um filme francês estrelado por Virginie Efira e Roman Duris. Ambientado na segunda metade do Século XX, somos lançados à história de amor arrebatadora de Camille e Georges. Após se apaixonarem, os dois dançam toda noite ao som de sua música favorita Mr. Bojangles.
Em uma história que parece fantasiosa demais, somos lançados por uma trama de amor, de perseverança, de abnegação e doença mentais, como elas nascem, se desenvolvem e como eram tratadas no passado.
SINOPSE
Em Esperando Bojangles, na frente de seu filho, Camille e Georges dançam sua música favorita “Mr Bojangles”. Com eles, só há lugar para diversão e fantasia. Quem guia o caminho é a mãe, que os leva a um turbilhão de poesia e amor, para que a festa continue de novo e de novo, não importa o que aconteça. Até que um dia, a imprevisível Camille desce mais fundo em sua própria mente, e Georges e o pequeno Gary precisam mantê-la segura.
ANÁLISE
Em uma história que se estende pela França e Espanha, conhecemos a história de amor de um casal de tirar o fôlego, mas como nem tudo são flores, conhecemos também o lado mais obscuro dos dois. Ainda que a trama aborde uma história de uma maneira unilateral, a partir do ponto de vista de Georges, enquanto sua esposa Camille parece ter uma oscilação de humor constante, a levando próximo de um rompimento com a realidade em diversos momentos.
Enquanto se assemelha à uma espécie de bipolaridade de Camille e sua instabilidade, somos ambientados no filme à uma época em que os tratamentos manicomiais e as instituições baseavam sua atuação quase que inteiramente na brutalidade, normalizando banhos de gelo e eletrochoques como tratamento. Ainda que a lobotomia tenha sido proibida nos anos 40, cádmio, mercúrio e chumbo – metais tóxicos – costumavam ser usados como remédio, sem qualquer tipo de comprovação de sua eficácia. Com comportamentos abusivos, “tratamentos” sem comprovação e agressividade, a forma destes institutos tratarem seus pacientes muda a vida de Camille, Georges e do pequeno Gary para sempre.
O longa é dirigido de maneira poética, e mesmo em meio às suas crises, Camille e seu marido Georges levam a vida de maneira leve, e essa é a beleza do longa. O cuidado do diretor Régis Roinsard, diretor de Os Tradutores (2019) nos provoca o tempo todo, mas subverte nossas expectativas, nos lançando à todo tempo por sequências de tirar o fôlego.
VEREDITO
Assim como a letra Mr. Bojangles da Nitty Gritty Dirt Band, a história de amor de Georges e Camille nos apresenta seu amor e sua liberdade. Em grande parte caracterizada pelos desafios da relação e como os dois precisam abrir mão da normalidade a fim de garantir a leveza em suas vidas. A interação do casal principal com o mundo que os rodeia, nos permite entender que ainda que a relação dos dois não seja ideal, é a forma dos dois serem felizes juntos.
Em uma história caracterizada pela abnegação e uma tentativa incessante de manter os pés de sua família no chão, seus personagens farão de tudo para preservar seu amor e sua família unida.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Confira o trailer:
Esperando Bojangles foi lançado nos cinemas brasileiros no dia 20 de outubro.
A Casa do Dragão (House of The Dragon) é uma adaptação da obra Fogo & Sangue, que mostra como os Targaryen se consolidaram como uma das Casas mais poderosas de Westeros e também apresenta o início de sua queda com uma guerra civil denominada Dança dos Dragões.
SINOPSE DE A CASA DO DRAGÃO
Aproximadamente 200 anos antes de Daenerys Targaryen, o poderoso clã se consolidava no poder e liderava as casas de Westeros. Entretanto, as escolhas dos líderes dos dragões trouxeram um período de trevas que culminará em uma guerra sangrenta pelo poder.
ANÁLISE
É impossível não compararmos A Casa do Dragão com sua antecessora na TV Game of Thrones por conta do sucessos estrondoso que o programa fez e que ao longo dos anos foi gerando polêmica até o seu derradeiro final que deixou os fãs das obras mitológicas de George R. R. Martin enfurecidos.
Com um ar de desconfiança e, ao mesmo tempo, esperança, A Casa do Dragão chegou e mostrou a que veio rapidamente em seu piloto que lembrava muito os melhores momentos de GoT.
Os figurinos exuberantes, os dragões imponentes, batalhas violentas com gore marcante e uma trama política bem desenvolvida aqueceram o coração daqueles que tinham dúvidas da qualidade da série. Esteticamente, A Casa do Dragão é um show à parte, pois conta com um capricho absurdo em seus efeitos visuais, com cenários magníficos, texturas quase reais dos dragões que tem características individuais marcantes, como o lindo Caraxes, o Verme de Sangue, de Daemon Targaryen que parece uma serpente vermelha, fantástica!
Sobre o roteiro especificamente, as escolhas me agradaram e muito sobre a construção da narrativa de A Casa do Dragão, uma vez que os showrunners e roteiristas deixaram ainda mais cinza e cheia de camadas as peças do tabuleiro.
Diferentemente do livro, aqui não é tão clara a intenção de vilanizar os verdes, já que os argumentos de cada lado são muito válidos, com situações que nos fazem pensar em qual lado escolher a todo o momento. Se por um lado Rhaenyra Targaryen é a Rainha de direito e deveria ser a monarca principal de Westeros, o desejo de Alicent Hightower de salvar os filhos não é legítimo? A filha de Otto Hightower é muito mais uma vítima do que uma vilã e Rhaenyra traz em sua bagagem a cobiça por poder de homens sem escrúpulos como Daemon.
Algumas decisões diferentes do que estão nas páginas de Fogo & Sangue dão nuances interessantes para o que vem pela frente. Alguns personagens chaves se mantém vivos e podem colocar ainda mais gasolina nessa fogueira, assim como mortes marcantes foram realizadas com intenções diferentes, o que altera bastante o modo de pensar de personagens centrais da trama o que ao meu ver soa extremamente positivo.
UM ELENCO DE MILHÕES EM A CASA DO DRAGÃO
Tão espetaculares quanto o figurino e aspectos técnicos são as atuações do elenco que está afiadíssimo. Mesmo com alterações significantes de casting por conta das incessantes passagens de tempo, os atores conseguiram entregar a mesma caracterização dos antecessores, mantendo até fisicamente os traços e dando sua personalidade, mesmo que em breves momentos. Milly Alcock e Emma D’Arcy conseguiram entregar uma Rhaenyra Targaryen forte, destemida e imponente, que sabe o que quer e que não abre mão de nada para fazer o que precisa. A primeira tinha ainda os ares de ingenuidade, mas com uma malandragem interessante. A segunda conseguiu ser poderosa em suas cenas e mesmo nos momentos de fragilidade da princesa, conseguiu se sobrepor ao excelente elenco.
Entretanto, temos que falar de outros tantos destaques, tentarei ser breve, pois seria necessário um texto inteiro apenas para as atuações. Matt Smith (Daemon Targaryen), Steve Toussaint (Corlys Velaryon) e Emily Carey (versão jovem de Alicent Hightower) entregaram momentos sublimes, com um controle absurdo de seus personagens e pelo menos o primeiro deve ser indicado a premiações. Entretanto, a jovem atriz que deu vida a Alicent na juventude merece mais trabalhos marcantes, pois conseguiu por meio de olhares e imposição física nos emocionar em suas cenas mais difíceis.
Por fim, os maiores destaques da série, junto com as duas interpretes de Rhaenyra são os seguintes: Eve Best (Rhaenys), Olivia Cooke (Alicent Hightower adulta) e, principalmente, Paddy Considine, que interpretou brilhantemente o Rei Viserys I Targaryen. A primeira mesmo com poucas cenas engoliu seus parceiros de tela com uma sutileza misturada com malícia. Rhaenys é uma mulher que foi demovida de seu direito, mas que entendeu que aquele mundo cruel não era para ela e escolheu o amor como significado para sua vida. Contudo, Rhaenys é imponente e seria a rainha que faria de Westeros um lugar muito melhor. Best deu show com sua fisicalidade, sua demonstração de sentimentos e veracidade em suas falas e atos. Se não for indicada a nada, será uma barbeiragem completa.
Olivia Cooke é uma força da natureza, pois conseguiu manter em alto nível a atuação da já brilhante Emily Carey, carregando um fardo pesado de ser a rainha usurpadora. Cooke se destacava demais em cenas incríveis, principalmente quando interagia com seu filho mais velho Aegon. Se enxergando no lugar de todas as mulheres que o seu primogênito humilhou e assediou, a atriz conseguia transcrever a dor de Alicent tendo que lidar com aquela situação, ao passo que por conta de seu amor pela família, agia das maneiras mais horríveis possíveis para encobrir os erros do filho. O desejo de ser como Rhanyra e não ter esse direito era algo que Cooke conseguia dizer no olhar e nas falas duras cheias de mágoa por parte de sua personagem, gerando um sentimento de pena e não ódio para mim pelo menos.
Já Paddy Considine foi o melhor ator de A Casa do Dragão e conseguiu deixar os demais comendo poeira a cada capítulo que passava, seja por sua total falta de noção como rei, seja pelo amor genuíno que nutria por sua família, principalmente por sua filha e irmão. Viserys é um bom homem, porém, um péssimo rei, pois para ser o regente, decisões quase impossíveis devem ser tomadas, o que o colocava em uma situação insustentável. Muitas vezes Viserys tinha que decidir de forma imparcial para manter o reino em paz, mas seus sentimentos sempre estiveram presentes em suas decisões, o que afetava muito seu julgamento em um mundo onde os homens buscam apenas o poder a qualquer custo. Considine entendeu o seu personagem de forma tão surreal que parecia mesmo ter se transformado nele, em Viserys, o Rei Justo. Seu trabalho foi tão contundente que o oitavo episódio foi praticamente uma homenagem a ele.
ALGUMAS ESCOLHAS FORAM NEGATIVAS EM A CASA DO DRAGÃO
Se por um lado a série contou com diversos acertos, por outro, as escolhas dos roteiristas atrapalharam bastante o ritmo de HOTD.
A velocidade da trama tirou bastante peso de nomes importantes como Lady Laena Velaryon, que em pouco tempo nos cativou. Harwin Strong e alguns outros sofreram do mesmo mal, ficando às vezes em destaque por apenas um episódio.
Além disso, um dos piores defeitos de GoT foi a falta de consequências das ações tomadas por alguns personagens, principalmente um: Sor Criston Cole.
Cole matou membros da corte a sangue frio, assassinou cavaleiros da guarda real de aliados, agrediu príncipes e nunca sofreu um dano sequer. Isso ajudou na construção de ódio em cima do bom trabalho de Fabian Frankel, mas para a história soou como um furo de roteiro.
VEREDITO
A Casa do Dragão trouxe o melhor e o pior, em menor escala, de Game of Thrones, mas com uma identidade extremamente positiva e própria.
A série derivada de GoT conseguiu apresentar uma trama poderosa e personagens que vão ficar por muito tempo na boca do povo, sendo sem sombra de dúvidas uma das melhores séries do ano e que com certeza vem muito forte na temporada de premiações merecidamente. Aguardarei a próxima temporada ansiosamente!
Nossa nota
4,6/5,0
Assista ao trailer legendado:
A Casa do Dragão conta com muitos conteúdos especiais no site e também em nosso canal do YouTube, clique nos links abaixo e confira tudo sobre a série no Feededigno!
Alguns crimes chocam pelos detalhes sórdidos e muitos criminosos ganharam notoriedade pela forma como cometeram estes crimes, como no caso de Theodore Robert Bundy, conhecido para o publico geral como Ted Bundy.
HISTÓRIA DE UM SERIAL KILLER SEDUTOR
Nascido em 24 de novembro de 1946, na cidade de Burlington, Ted foi criado por seus avós que tentaram esconder a maternidade de sua filha alegando aos vizinhos que Theodore era seu irmão mais novo, mas na verdade ele era o fruto de um breve relacionamento de Eleanor Louise Cowell com um militar muito mais velho.
Algum tempo depois Eleanor se casou John Culppeper Bundy, dando seu sobrenome a Theodore, na época com cinco anos de idade, mudando-se de seu local de nascimento devido ao ambiente de constante violência tanto verbal quanto física por parte de seu avô com sua avó.
Durante este período da infância Ted não foi capaz de compreender porque saiu da casa de seus “pais” para morar com sua “irmã”, se tornando uma criança tímida e isolada além de relatos de torturar pequenos animais.
A relação com seu padrasto era distante apesar dos esforços em tentar realizar uma vinculação com seu enteando e no período escolar foi vítima de bullying, mas tendo um desempenho acadêmico que o creditava como o melhor aluno da escola.
No início da fase adulta Theodore passa por um término de relação com uma garota de classe social mais alta que a sua, o relacionamento dura por um ano e não houve uma boa aceitação do rompimento e, no mesmo ano, descobre a verdade sobre os papéis de seus genitores.
Ele se formou em psicologia, após seu casamento com Meg Anders cursou direito e ainda filiou-se ao Partido Republicano sendo visto por muitos membros como um político de futuro.
O MODUS OPERANDI DE TED BUNDY
O perfil das vítimas de Ted Bundy eram jovens mulheres e, segundo relatos do período, o mesmo dizia que odiava a figura feminina culpando a sua mãe e procurava mulheres fisicamente semelhantes a ela.
Os crimes ocorreram no período de 1974 a 1978 com relatos de desaparecimento de jovens em campus universitários de Washington e Oregon e durante sua graduação em Direito houveram relatos de mulheres vítimas de abuso, desaparecidas e assassinadas.
Seus métodos de cometer os assassinatos foram evoluindo, passando de invasão seguido de um ataque violento enquanto a vítima dormia para sequestros em lugares previamente selecionados, se passando por diversos papéis desde uma pessoa com alguma incapacidade física até uma figura de autoridade.
Ted Bundy utilizava-se de uma abordagem carismática, aproveitando-se do fato de ser considerado um homem bonito conquistando a confiança de suas vítimas e posteriormente mostrando o seu lado violento.
As práticas violentas aconteciam tanto no processo de morte quanto após, com a realização de práticas como necrofilia mesmo após um estado avançado de decomposição da vítima, além da decapitação de algumas delas guardando os membros como uma lembrança.
Em aspectos de personalidade foi dito que Theodore tinha uma personalidade narcisista, controladora além de um diagnóstico de esquizofrenia relacionado as suas constantes mudanças de humor.
O FIM DA LINHA PARA TED BUNDY
Ele foi preso em duas circunstâncias sendo a primeira vez em 1974 ao tentar fugir de uma abordagem da polícia que encontrou diversos itens suspeitos no seu carro como algemas, um picador de gelo, pé de cabra e uma meia com furos para os olhos sendo acusado e condenado pelo sequestro de Carol DaRonch fugindo da prisão em 1977 antes de ser julgado pelo assassinato de Caryn Campbell.
No ano seguinte Bundy foi preso novamente ao ser parado pela polícia com um carro roubado. Neste momento a polícia encontrou provas que o ligavam a mais três assassinatos.
Em 1979 foi condenado a pena de morte em um julgamento que o próprio realizou a sua defesa e pela sua forma de se expressar angariou admiradores e no ano seguinte recebeu uma segunda condenação a pena de morte, mas desta vez dois advogados realizaram a sua defesa.
Após tentar reverter a condenação em todas as instancias possíveis no sistema judiciário Ted Bundy decidiu confessar todos os crimes que praticou, relatando detalhadamente para as autoridades os acontecimentos de cada assassinato. Apesar de ter confessado mais de 30 crimes a polícia desconfiava que o número de vítimas era muito maior sendo a primeira quando o serial killer tinha quatorze anos.
Enquanto aguardava no corredor da morte, o assassino concedeu algumas entrevistas para veículos jornalísticos tentando alcançar repercussão da mídia para reverter a sua situação até que em janeiro de 1989 foi executado com um grande publico do lado de fora da prisão Prisão Estadual da Flórida um grupo de duas mil pessoas celebrava o acontecimento.
A história dos assassinatos de Ted Bundy virou tema de diversos filmes e documentários ao longo das décadas sendo a mais recente o documentário Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes e o filme Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (2019), estrelado por Zac Efron como o serial killer, ao lado de Lilly Colins e Kaya Escodelário.
Halloween é uma data que ganhou força nos últimos anos e que já faz parte da vida dos brasileiros que estão cada vez mais reforçando essa tradição. Como de praxe, os estúdios costumam fazer grandes lançamentos de filmes de terror para aproveitar o hype e por isso vamos apresentar aqui os principais lançamentos do mês que são parada obrigatória para se curtir. Confira!
MORTE, MORTE, MORTE
Abrindo a lista, temos um dos novos longas da queridinha A24 e que tem uma proposta um pouco mais comercial, o Pânico da nova geração, Morte, Morte, Morte.
Um grupo de jovens se junta em uma noite de tempestade para fazer uma festa em um local isolado. Lá, as coisas começam a ficar macabras quando David (Pete Davidson) aparece com o pescoço cortado, morrendo aos pés dos convidados. Agora, todos são suspeitos e devem tentar sobreviver em uma noite alucinante.
Confira a crítica de Morte, Morte, Morte clicando aqui.
HALLOWEEN ENDS
O capítulo final da trilogia iniciada em 2018, Halloween Ends, é aquele filme que divide opiniões, mas qie deve agradar alguns.
Quatro anos após os eventos de Halloween Kills, Laurie e Allyson (Andi Matichak) retomam sua vida normal, mesmo que o passado volte a assombrá-las em várias oportunidades. Enquanto isso, Corey (Rohan Campbell), um jovem morador de Haddonfield, tenta esquecer um trauma por conta de um acidente macabro. Entretanto, a sombras de Michael Myers vai afetar seu julgamento e fazer com que a vida dele e das Strode se cruze.
Você pode conferir a crítica do longa em vídeo abaixo:
LOBISOMEM NA NOITE
Temos filme de super-herói na lista também! Lobisomem na Noite, longa da Marvel já está disponível no Disney+ para ser assistido.
Em uma noite escura e sombria, uma cabala secreta de caçadores de monstros emerge das sombras e se reúne no Templo Bloodstone após a morte de seu líder. Em um estranho e macabro memorial à vida do líder, os participantes são empurrados para uma misteriosa e mortal competição por uma relíquia poderosa – uma caçada que, em última análise, os colocará cara a cara com uma criatura perigosa.
Apesar de sua temática mais soft, a Marvel entrou de vez em um formato interessante, emulando as obras dos anos 30 com mutilações, sangue e violência gráfica. Vale muito a pena assistir!
Confira a nossa crítica e artigos relacionados sobre o personagem nos links abaixo:
O Meme do Mal aproveita um dos casos que chocou muitas pessoas que foi o meme da Momo, uma figura assustadora da internet que gerou preocupação por conta dos ferimentos propostos por um desafio.
Um desafio mortal está sendo feito na internet com a influência de uma criatura maligna conhecida como Grimcutty. Agora, Asha (Sara Wolfkind), uma influencer frustrada, tentará derrotar esse monstro.
Para quem gosta de tosquice pura e quer dar algumas risadas sem compromisso, O Meme do Mal é uma baita pedida. Confere a crítica dessa perola clicando aqui.
NOITES BRUTAIS
Um dos filmes mais aclamados do ano na crítica especializada, Noites Brutais (Barbarian) chegará no dia 26 de outubro na Star+.
Em Noites Brutais, na cidade para uma entrevista de emprego, uma jovem chamada Tess (Georgina Campbell) chega ao seu aluguel no Airbnb tarde da noite apenas para descobrir que a casa foi reservada por engano e um homem estranho (Bill Skarsgård) já está hospedado lá. Contra seu melhor julgamento, ela decide passar a noite de qualquer maneira, mas logo descobre que há muito mais a temer na casa do que o outro hóspede.
Com Bill Skarsgård (It: A Coisa e Clark), um dos melhores atores do gênero do terror no elenco, Noites Brutais tem tudo para ser um dos melhores longas do ano e em breve teremos crítica por aqui no Feededigno.
O ENFERMEIRO DA NOITE
Fechando a lista temos O Enfermeiro da Noite, trazendo uma dupla de respeito em seu elenco: os oscarizados Jessica Chastain e Eddie Redmayne.
Uma enfermeira sobrecarregada, interpretada por Jessica Chastain, faz amizade com um novo colega no trabalho (Eddie Redmayne). Até que uma morte inesperada a faz enxergá-lo de outra forma.
O longa original da Netflix estreia no dia 26/10/2022.
A LUZ DO DEMÔNIO
Numa lista de filmes de Halloween não poderia faltar um de possessão, não é mesmo?
Lançada na linha de frente espiritual, Ann (Jacqueline Byers), uma jovem freira, se encontra em uma batalha pela alma de uma garota que está possuída pelo mesmo demônio que atormentou sua própria mãe anos antes. Agora ela deve lidar com essa questão que abre feridas do passado.
O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 27/10/2022.
CONVITE MALDITO
Um dos longas polêmicos do ano por conta das críticas negativas, Convite Maldito é uma daquelas farofas boas de assistir.
Após um teste de DNA, Evie (Nathalie Emmanuel) tem notícias de um primo distante e, melhor ainda, recebe um convite para um casamento luxuoso no campo. No entanto, pouco depois de chegar, ela descobre a terrível verdade por trás do evento.