Início Site Página 113

    CRÍTICA – Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon (2023, PlatinumGames)

    Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é o quarto game da franquia que conta a história de Bayonetta, mas antes mesmo dela se chamar assim, ainda, como Cereza. A história da jovem bruxa conta com um tom muito mais fantástico do que já conhecemos da franquia. Nos remetendo quase sempre à um conto de fadas, acompanhamos a história de Cereza antes dela se tornar a poderosa bruxa que conhecemos.

    Com uma jogabilidade única, que nos remete tanto à Blanc quanto Brother: A Tale of Two Sons, podemos controlar tanto Cereza quanto Cheshire separadamente com os dois direcionais. A beleza do game vem do seu tom lúdico, mesmo que sua jogabilidade não seja nada amigável.

    SINOPSE

    Muito antes dessa aprendiz das artes sombrias vir a se chamar Bayonetta, ela fez uma viagem decisiva para a proibida Avalon Forest. Ao lado dela estava Cheshire, seu primeiro demônio, encarnado no brinquedo de pelúcia de Cereza. Jogue como Cereza e Cheshire e explore a floresta traiçoeira em busca do poder para salvar a mãe de Cereza.

    ANÁLISE

    Bayonetta Origins

    A história de Cereza é a razão dela viver do jeito que vive: isolada e solitária. Fruto da relação entre um Sábio Lumen da Luz e uma Bruxa Umbra das trevas, dois povos cujas relações são estritamente proibidas, ela foi abnegada e expulsa do convívio entre os dois povos.

    Criada na floresta pela bruxa Morgana, Cereza cumpre suas atividades diárias enquanto tenta se fortalecer e desenvolver seus poderes.

    Quando as ações a levam para dentro da Floresta Avalon, o lar das fadas, Cereza precisa sobreviver a fim de encontrar sua mãe e se mostrar como merecedora de se tornar a bruxa que Morgana a treina para ser.

    Enquanto nos remete imensamente à Alice no País das Maravilhas, conhecemos Cheshire, o gato demônio que fará com que Cereza transpasse qualquer dificuldade relacionada à se defender fisicamente.

    VISUAL, HABILIDADES, JOGABILIDADE

    Bayonetta Origins

    O visual de Bayonetta Origins nos remete quase que a um sonho. Quando lançados na história, vemos o cuidado da Platinum ao contar a trama da poderosa bruxa que conhecemos, mas ainda jovem. Tudo no mundo do game é responsivo.

    Desde colecionáveis que podem ser encontrados em meio às plantas rasteiras e também as plantas que pairam no topo das árvores. Sendo assim, o desafio de colecionar tudo daquele mundo, é quase impossível em uma primeira run. Um brilhante aspecto de Bayonetta Origins, é o fato de parecer que mergulhamos em um conto de fadas quando entramos na história.

    Quando adentramos a Floresta Avalon, somos surpreendidos por todas criaturas, fadas, dragões e inimigos que encontramos. Alguns deles nos surpreendem e aguardam nossa aproximação por de trás dos arbustos, já outros, não pestanejam em avançar em nossa direção.

    Bayonetta Origins

    As habilidades de Cereza giram em torno de prender nossos inimigos para que possamos atacá-los com Cheshire, esse sim possui habilidades muito interessantes. A fim de progredir na Floresta de Avalon, Cereza precisa destruir 4 orbes elementais espalhados pelos enormes mapas. Cada um deles garantem à Cheshire habilidades distintas baseadas nestes elementos.

    Sendo elas de grama, pedra, gelo e fogo, somos lançados ao mundo em que precisamos atuar junto de Cereza a fim de destruir nossos inimigos. A movimentação dos personagens ao longo do game e nas arenas de combate podem ser confusas, mas se mostram desafiadoras e interessantes.

    Com árvores de habilidade para ambos os personagens, o game nos permite melhorar nossa aproximação dos desafios tornando tanto Cereza quanto Cheshire mais poderosos, garantindo à primeira uma maior possibilidade no que diz respeito às habilidades de contenção, permitindo que a pequena bruxinha capture inimigos por mais tempo, ou até mesmo mais de um ao mesmo tempo.

    Já a árvore de habilidade de Cheshire foca em sua capacidade destrutiva, seja de dano de área, até mesmo aumentando sua força e habilidades de finalização. Como citado anteriormente, o game pode parecer desafiador em um primeiro momento e para que possamos nos acostumar, será necessário um pouco mais de treinamento e prática.

    VEREDITO

    Quando acompanhamos a história de Cereza – muito antes dela se tornar a poderosa bruxa que encontramos em Bayonetta -, nos surpreendemos por sua origem criativa e curiosa. Quando aquele mundo se faz muito mais profundo do que como o compreendemos em Bayonetta, Bayonetta 2 e Bayonetta 3, vemos que sua luta por sobrevivência acontece há mais tempo do que esperamos.

    Depois de vermos como sua história de origem e a de seu familiar – o gato demônio Cheshire -, estão intimamente conectadas, compreendemos que aquele mundo e sua história darão à personagem muitos motivos para lutar. Quando encaramos sua jogabilidade com os jogos da franquia principal, vemos uma diferença abismal, sendo sua origem minimalista, enquanto o principal, megalomaníaco. E isso está tudo bem.

    Como o título do game explicita, Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon, conta a história da jovem Cereza, e não de Bayonetta. Antes dela ascender e se tornar a poderosa e habilidosa bruxa que conhecemos, antes mesmo da guerra entre ela, as fadas, os anjos e demônios ter início.

    Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon está disponível exclusivamente no Nintendo Switch.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    CRÍTICA – O Agente Noturno (1ª temporada, 2023, Netflix)

    O Agente Noturno é uma série dramática da Netflix. Ao longo de seus 10 episódios nos leva por uma trama por vezes confusa, mas que conta uma história interessante, repleta de críticas ao governo americano. Enquanto conta a história do agente do FBI Peter Sutherland (Gabriel Basso), a produção nos lança em uma rede de intrigas, com consequências que podem mudar completamente a organização de poder na Casa Branca.

    Em um primeiro momento, somos lançados à série em flashbacks, que funcionam para nos ambientar ao passado dos personagens que acompanharemos. O primeiro flashback acompanha o que parecia ser um dia comum para Peter, mas que ao testemunhar uma tentativa de atentado, vê se vida virar de cabeça para baixo e passa a entregar uma operação secreta no porão da casa Branca, atendendo um telefone que quase nunca toca.

    A série é baseada nos romances de Matthew Quirk.

    SINOPSE

    Ao atender uma ligação de emergência, um agente do FBI se vê no centro de uma conspiração letal, envolvendo espionagem na Casa Branca.

    ANÁLISE

    O Agente Noturno

    A história de O Agente Noturno nos apresenta a vida de Peter Sutherland, que após impedir que mortes aconteçam em um atentado ao metrô, rapidamente passa a ser percebido por grande parte da população como o culpado. Tudo isso, graças ao histórico de seu pai, que foi culpado de traição pelo governo americano.

    Por ser uma pessoa correta, enquanto tenta descobrir a verdade sobre seu pai, ele segue um caminho de retidão sem qualquer chance de desvio. Quando é convidado para assumir o papel de “telefonista”, ele se vê engendrado em uma trama mais profunda do que a entende a princípio.

    O Agente Noturno

    Quando o caminho dele cruza com o de Rose Larkin (Luciane Buchanan), uma testemunha desta trama, ele se torna seu principal protetor. Enquanto a história dos dois se mistura, eles precisam se ajudar a fim de chegar ao fundo de uma história que coloca os dois em risco.

    Com um grande elenco, como Hong Chu, D.B. Woodside e muitos outros, vemos que a série não tem pena de aprofundar sua história e tira o melhor de seus atores. Dando à seus personagens a profundidade necessária para torná-los relevantes.

    VEREDITO

    Ao longo dos 10 episódios, a série conta com tramas que giram em torno do passado, presente e futuro dos personagens. Tudo isso, enquanto garante que todos tenham um interessante tempo de tela, permitindo um maior aprofundamento de cada um deles. O trabalho de Gabriel Basso como Peter Sutherland é poderoso, e mostra o quão difícil é se manter em um caminho de retidão quando forças externas tentam te dobrar, fazendo até mesmo sua vida correr riscos.

    O final da série é ambíguo, e será necessário esperar algum tempo a fim de descobrir se a série ganhará uma segunda temporada, visto que a mesma estrela desde seu lançamento no Top #1 da Netflix Brasil.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Cidade Invisível: Quem são as figuras folclóricas da 2ª temporada?

    A segunda temporada de Cidade Invisível já está disponível na Netflix. Criada por Mirna Nogueira, Rodrigo Nogueira e pelo experiente Carlos Saldanha, a série se tornou um dos maiores sucessos originais da gigante de streaming.

    No elenco estão Marco PigossiAlessandra Negrini e Manu Dieguez e em sua nova fase traz outras figuras folclóricas populares no Brasil e por isso nós trouxemos mais uma listinha do que vai rolar nesta temporada.

    Conheça cada uma delas!

    Matinta Perê (Letícia Spiller)

    Matinta Perê (ou Matina Pereira) é uma personagem do folclore brasileiro, mais precisamente na Região Norte do país. A lenda conta que Matinta é uma velha bruxa que à noite se transforma em um pássaro. Ela pousa sobre os muros e telhados das casas e começa a assobiar até que o morador do local a prometa tabaco ou fumo. No outro dia, ela retorna para cobrar o que lhe foi prometido e, caso o prometido seja negado, uma tragédia acontece à quem fez a promessa não cumprida.

    Lobisomem (Tomás de França)

    Ele é conhecido como uma criatura feroz que possui as características de um homem comum de dia e nas noites de lua cheia se transforma em lobo. A lenda possui várias versões ao redor do mundo, mas suas origens costumam ser parecidas em todos os lugares.

    A série aborda a versão popular no Brasil: Bento, o menino lobo é o oitavo filho de um casal que só teve mulheres. Em seu aniversário de 13 anos, ele se transforma pela primeira vez.

    O personagem é vivido por Tomás de França.

    Zaori (Mestre Sebá)

    Folclore mais conhecido no Sul do Brasil, os Zaoris são homens que nasceram na Sexta-Feira Santa e, por isso, tem a capacidade de enxergar as riquezas da terra, como ouro, diamantes e outras pedras preciosas. Normalmente são criaturas altruístas e benevolentes, com forte senso de dever, mas há exceções.

    Mestre Sebá dá vida ao personagem Lazo, o Zaori.

    Boiuna (Zahy Tentehar)

    Outra personagem folclórica proveniente da região norte do país vista em Cidade Invisível é Boiuna. A história da criatura é conhecida por várias etnias indígenas e recontada de muitas formas. Uma delas é que a cobra gigante com seus olhos brilhantes, consegue atrair pessoas para comê-las; na série, os poderes são utilizados para hipnose.

    Em outras versões, Boiúna pode se transformar nas mais diferentes coisas e pessoas, enganando assim suas vítimas. Na série, quem vive a lenda é Zahy Tentehar e aparece como Débora, uma das principais antagonistas da trama.

    Curiosidade: Esse personagem do folclore brasileiro, também é conhecido pelos nomes Cobra Honorato ou Norato.

    Mula Sem Cabeça (Simone Spoladore)

    Um dos mais conhecidos mitos do Brasil, a figura folclórica Mula Sem Cabeça é interpretada por Simone Spoladore, surge em tela com vários efeitos incríveis.  

    A lenda da criatura conta a história de uma mulher que foi amaldiçoada por ter se entregado a um padre se transformando em uma mula de cor preta ou marrom, que em lugar da cabeça tem uma tocha de fogo. 

    Curiosidade: De acordo com a região do nosso país pode haver variações na nomenclatura utilizada, podendo ser chamada de Mulher de Padre, Mula de Padre, Mula Preta, entre outros.

    Assista ao trailer:

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Cidade Invisível (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Cidade Invisível: Conheça as lendas do folclore brasileiro presentes na 1 ª temporada da série


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Outer Banks (3ª temporada, 2023, Netflix)

    0

    A série de drama e aventura Outer Banks é uma produção original Netflix que estreou em abril de 2020. A história segue um grupo de amigos adolescentes, os Pogues, que moram em Outer Banks, uma região costeira da Carolina do Norte conhecida por suas praias paradisíacas e comunidades ricas, os Kooks.

    O elenco conta com Chase Stokes, Madelyn Cline, Rudy Pankow, Jonathan Daviss, Madison Bailey, Carlacia Grant, entre outros.

    Com a estreia da 3ª temporada, a gigante do streaming já confirmou a próxima!

    SINOPSE

    Na terceira temporada de Outer Banks, os Pogues, aparentemente, perderam tudo: o ouro e a cruz de Santo Domingo. Ainda por cima, estão presos em uma ilha deserta sem expectativa de resgate. Náufragos, os amigos batizam o local de Poguelândia e tentam aproveitar o máximo da situação, porém o estilo de vida da ilha não pode durar para sempre. Além de precisarem se preocupar com a sobrevivência do grupo, John B (Chase Stokes), Sarah (Madelyn Clin), JJ (Rudy Pankow), Pope (Jonathan Daviss,), Kiara (Madison Bailey) e Cleo (Carlacia Grant) tentam recuperar suas relíquias das mãos de Ward (Charles Esten) e do obstinado Rafe (Drew Starkey), além de novos inimigos no Caribe e de volta à OBX. Eles finalmente conquistarão o tão sonhado tesouro ou vão acabar caindo nas armadilhas do caminho?

    ANÁLISE

    Além da busca pelo tesouro, a série também segue abordando temas como amizade, romance, família e lealdade; com a boa receptividade do público e crítica com a segunda temporada, a série rapidamente se tornou uma das mais populares da Netflix; e o serviço de streaming rapidamente tratou de fazer uma “produção em série” lançando a temporada atual e confirmando a quarta como já visto anteriormente em outras produções como La Casa de Papel e Elite, por exemplo.

    Entretanto, a grande jogada de marketing da plataforma foi vender a Poguelândia. A terceira temporada foi toda divulgada em cima da situação dos Pogues no fim da 2ª temporada; porém, com a estreia desta temporada vimos que todo o marketing foi a respeito de “10min” do primeiro episódio. Lamentável.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – Outer Banks (2ª temporada, 2021, Netflix)

    Outer Banks: Resumo da 2ª temporada

    Os episódios seguintes seguem a mesma receita das temporadas passadas e pior, tem tem muitos mais falhas de roteiro:

    • Um poderoso antagonista com um passado entre Ward e Big John (Charles Halford) que nunca foi mencionado;
    • Um desfecho risível para Carla Limbey (Elizabeth Mitchell);
    • E Ward com uma personalidade que mais parece roda gigante.

    Com o fim da terceira temporada, fica claro que os Pogues agora se torarão uma espécie de “Clube Indiana Jones”, porém sem o chicote, o chapéu, Harrison Ford e sem um bom roteirista.

    VEREDITO

    Outer Banks nitidamente está caminhando para o que chamo de “crise do leite de vaca” ou seja, “espreme a produção até sair a última nota de dólar”. Basicamente, a plataforma simplesmente não sabe quando parar e faz com que as histórias e personagens se percam em suas próprias aventuras, tornando-se algo esquecível. Algo comum no catálogo da Netflix que só produções de longa data conhecem.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Outer Banks está disponível na Netflix.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – O Urso do Pó Branco (2023, Elizabeth Banks)

    O Urso do Pó Branco é um dos filmes que mais me despertaram a curiosidade em 2023. Não apenas por ser dirigido por Elizabeth Banks, mas também pelo fato ser uma história de terror e humor obscuro. Enquanto adapta uma história real, o filme mostra uma trama completamente romantizada em cima dos acontecimentos que se desenrolaram em uma floresta na Geórgia.

    Uma das maiores viagens de Elizabeth Banks pode ser vista em O Urso do Pó Branco. O filme nos mostra o que aconteceria se um urso encontrasse um carregamento de droga vinda da Colômbia e instantaneamente se viciasse nela.

    SINOPSE

    Depois de uma operação de contrabando de drogas fracassada, um urso negro ingere uma grande quantidade de cocaína e começa um tumulto movido a drogas.

    ANÁLISE

    O Urso do Pó Branco

    Enquanto conta uma história curiosa, divertida e obscura, acompanhamos diversas linhas narrativas que se cruzam quando um urso extremamente violento rasga quem encontra em seu caminho. Estrelado por Kerri Russell, Jesse Tyler Ferguson, O’Shea Jackson Jr., Ray Liotta e grande elenco, vemos a história que teve início com um traficante atrapalhado se desenrolar.

    Descobrimos o tom do longa logo em seus primeiros minutos, quando uma citação do Wikipédia revela que “É mais fácil lutar com um urso pardo do que correr dele.”

    Para acompanhar toda a trama de maneira linear, entendemos como o caminho de diversos personagens os levaramTT até ali. Ambientado quase que inteiramente na Floresta Nacional de Chattahoochee, na Geórgia, acompanhamos a história de uma mãe que procura sua filha que após matar aula, some na floresta.

    O Urso do Pó Branco é uma história sanguinolenta mas extremamente engraçada, repleta de um humor sombrio que Elizabeth Banks já está acostumada a fazer.

    Com uma fotografia e cenografia absurda, o filme nos lança por uma história real que nos leva por extremos. Sejam eles de extrema euforia à momentos tenebrosos, o filme viaja em todos seus aspectos e a diretora se diverte fazendo o que sabe fazer de melhor, leva uma história até suas últimas consequências.

    Ainda que O Urso do Pó Branco não seja um filme para todo mundo, ele funciona como uma ótima sátira ao quão sérios os filmes de hoje acreditam ser. Elevando seus acontecimentos à enésima potência, o longa parece chafurdar no mais absurdo gore do terror que apenas os longas de predadores dos anos 70, 80 e 90 sabiam nos proporcionar.

    Com twists girando em torno desses predadores que não são bons ou maus, o longa coloca um urso pardo, um forte animal que habita a região sob a influência de uma droga. Ver como Banks faz uso dessa criatura por meio de CGI é algo incrível.

    VEREDITO

    O Urso do Pó Branco assusta em seus momentos iniciais, mas rapidamente se torna uma comédia sombria. Ao longo de seus 91 minutos, o longa leva seus espectadores por uma viagem absurda. E causa em nós uma mistura de excitação, alegria e medo muito rapidamente.

    O Urso do Pó Branco chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 30 de março.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTube. Clique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Você (4ª temporada – Parte 2, 2023, Netflix)

    A segunda parte da quarta temporada da série Você chegou trazendo uma quantidade de surpresas que faltou em seu inicio. Sendo seus últimos episódios lançados no dia 9 de março em sua totalidade no serviço de streaming Netflix.

    O elenco é formado por Penn Badgley, Charlotte Ritchie, Stephen Hagan, Tilly Keeper, Greg Kinnear, entre outros.

    Outra novidade é que Badgley assumiu a direção de um dos episódios finais da temporada.

    SINOPSE

    Depois dos eventos da terceira temporada, Joe (Penn Badgley) precisa superar sua paixão por Marianne (Tati Gabrielle) e seguir em frente com sua nova vida em Londres.

    De volta aos Estados Unidos, ele assume uma nova identidade como o professor Jonathan Moore. Mas mesmo tentando recomeçar sua vida, ele não consegue deixar pra trás seus impulsos assassinos.

    ANÁLISE

    Diferente da parte anterior, os episódios finais da quarta temporada de Você se tornam mais empolgante, trazendo surpresas que dialogam com o universo interno do protagonista e mantendo o seu tom narrativo em alta.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Você (4ª temporada – Parte 1, 2023, Netflix)

    Durante os cinco episódios restantes desta temporada, temos a surpresa sobre quem é a pessoa por trás dos assassinatos do grupo de amigos de Kate Lockwood (Charlotte Ritchie) sendo esta a grande surpresa.

    Quando Joe percebe seus delírios vemos o personagem descer vertiginosamente em seus delírios e conflitos com a sua negação constante de culpa. Mas este tema circula em torno dos personagens nesta leva de episódios, dentre eles Kate e sua relação com Tom (Greg Kinnear) tentando uma reaproximação com sua filha.

    O bilionário tem seus próprios objetivos além de tentar restabelecer seus vínculos familiares. Colocando Joe em um jogo muito mais perigoso do que nas temporadas anteriores.

    Diversas tramas e muita intensidade

    A dinâmica interna de Joe é o maior destaque, mostrando de uma forma mais expositiva a psicodinâmica do assassino e como seu inconsciente encontrou uma forma de se manifestar.

    O personagem encarando a sua culpa pela manifestação de suas vítimas em seus delírios mostra o quão perturbadora é a mente do protagonista. Sendo o processo de aceitação um momento catártico tornando-o uma versão mais perigosa de si.

    A escalada de violência também é um ponto interessante a se ressaltar, Joe muda os seus métodos a medida que vai encarando a sua sombra ao longo da narrativa. Agora muito mais violento e em alguns momentos revelando a satisfação do resultado de seus atos.

    Nesta segunda parte Nadia (Amy-Leigh Hickman) ganha mais destaque em relação ao começo da temporada é a pessoa a descobrir quem esta por trás dos assassinatos. Mas se torna uma vítima e testemunha desta versão final e muito mais assustadora do protagonista.

    Apesar do roteiro estar mais centrado na problemática do protagonista, o entorno social que ambienta a série e a sua crítica a superficialidade dos mais ricos ganha desdobramentos mais intensos.

    O casal Phoebe (Tilly Keeper) e Adam ( Lukas Gage) continuam sendo relevantes neste aspecto. Mas de forma que concomitante a conhecermos o lado mais obscuro de Joe descobrimos o quão longe Adam vai para manter seu status social.

    VEREDITO

    A conclusão da temporada de Você é um sentimento agridoce sendo que alguns fatos surgem e padrões de comportamento do personagem perigosamente se repetem.

    Joe não se safar do que faz pelo meio que escolheu é algo que cria a expectativa de que ele futuramente irá pagar pelos seus crimes. Mas sua nova companheira assemelha-se a ele, utilizando seu poder e influência, o que permite cometer crimes e não ser punido; pelo menos por enquanto.

    Analisando o conjunto dos dez episódios ao todo, a série inicia dentro de suas características conhecidas; mas prepara o terreno para o que vem a seguir mantendo sua estrutura narrativa permitindo a intensidade de sua conclusão.

    Com uma sequência de episódios mais acelerada, com excelentes surpresas e um desenvolvimento muito mais amplo do seu protagonista, a Parte 2 da 4ª temporada de Você consegue um pico de qualidade que necessita para o seu passo seguinte e talvez conclusivo.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTube. Clique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!