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    CRÍTICA – Trek to Yomi (2022, Devolver Digital)

    Trek to Yomi é o mais novo game da Devolver Digital, estúdio responsável por Weird West e My Friend Pedro. O game ambientado no Período Edo (1603 – 1868), conta a história do jovem Hiroki, um aprendiz de samurai que vive em uma ilha que é constantemente atacada por bandidos.

    Após a morte de seu mestre, Hiroki precisa ascender ao cargo de defensor daquela ilha e impedir que os bandidos novamente destruam seu povo. Com uma perspectiva única, Trek to Yomi nos faz viajar por um Japão em que as invasões bárbaras tiveram um importante papel para seu desenvolvimento.

    SINOPSE

    Após um juramento diante do seu mestre, o jovem espadachim Hiroki jurou proteger a sua cidade e os seus habitantes contra todas as ameaças. Confrontado com a tragédia e sujeito ao dever, o único samurai deve viajar além da vida e da morte para se confrontar e decidir o seu caminho na vida.

    ANÁLISE

    Trek to Yomi

    Aponto que essa análise foi possível apenas por termos tido a oportunidade de jogar o game no Cloud Gaming do Xbox. Ainda que games de samurai tenham tomado a cultura pop como Nioh, Sekiro: Shadows Dies Twice e Ghost of Tsushima fizeram, um fio narrativo é herdado não apenas nos games do gênero – mas também dos filmes. Esse mesmo fio narrativo foi o qual Quentin Tarantino se inspirou para produzir Kill Bill.

    A vingança, é um dos aspectos mais presentes nas narrativas orientais, desde A Vingança dos 47 Ronin (1941) até Imperdoáveis (2013) e em Trek to Yomi, isso não é diferente. O caminho que Hiroki precisa percorrer, o levará até o Yomi a fim de encontrar vingança por aqueles que assolaram não apenas seu lar, mas também o amor de sua vida.

    Assim como Sekiro, Jin Sakai e Beatrix Kiddo, Hiroki é levado por um caminho de vingança e precisa literalmente fugir do inferno a fim de salvar aqueles com quem ele ainda se importa de uma ameaça tão avassaladora, que pode destruir o lar que ele jurou defender a todo e qualquer custo.

    JOGABILIDADE

    Trek to Yomi

    Trek to Yomi é tão punitivo quanto uma história do gênero pede. Enquanto nos enveredamos pela história, a dificuldade do game se dá não apenas no ato de dar parry e acabar com a barra de stamina do usuário, mas no ato de contra-atacar os adversários em qualquer oportunidade. Mas não se engane, você não encontrará apenas minibosses e adversários humanos em seu caminho.

    Criaturas sobrenaturais, espíritos e até mesmo demônios serão algumas das maiores ameaças e desafios presentes na história do game.

    O seu avanço e progressão estão diretamente ligadas à sua forma de se adaptar quando diante aos mais diferentes inimigos. Mas não se engane: você não terá apenas a sua katana para prosseguir. Com uso de kunai, arco e flecha e até mesmo uma arma explosiva, Hiroki precisará usar o que puder de seu arsenal para impedir não apenas o avanço das forças inimigas, mas também fugir do Yomi.

    Assim como as posturas tinham um importante papel em Ghost of Tsushima, o parry e o entendimento do movimentos dos adversários, bem como o timing são extrema importância para o desenvolvimento dos personagens. Tenha em mente que você não chegará ao fim do game com as mesmas habilidades do início.

    Uma dica que te dou é: em Trek to Yomi, explore o máximo que puder, a exploração é importante não apenas para o seu desenvolvimento e à sua forma de progredir – pois espalhadas pelas fases estão não apenas colecionáveis, mas também pergaminhos com novas habilidades e itens que aumentarão seu vigor e sua vida máxima.

    VISUAL

    Trek to Yomi

    O visual de Trek to Yomi é tão interessante, que me senti lançado em um dos filmes de Akira Kurosawa. Com seu visual em preto e branco, e sua câmera fixa, o game brinca com a perspectiva, mas acaba nos punindo em determinados momentos.

    Enquanto brilha com o level design, o game constantemente brinca com a nossa quebra de expectativa e nos lança em uma progressão tanto sidescroller, quanto de navegação vertical. Funcionando por vezes como um roguelike, Trek to Yomi nos lança por uma viagem tão enriquecedora e vasta, quanto games de mundo aberto. No entanto, faz isso não apenas por meio da gameplay, mas por meio dos colecionáveis e pelo diário. Estes contam mais da história daquele mundo não apenas desolado, mas também aterrador.

    Ainda que a câmera fixa por vezes nos lance em algumas confusões mentais – por não deixar claro nas transições qual rumo tínhamos tomado ao entrar em algum cômodo ou cenário -, ela também é um dos pontos mais altos. Atuando tanto como um aspecto delimitador, ele é um aspecto que colocará o sarrafo do game ainda mais alto quando fazemos um paralelo entre dificuldade e aspectos da jogabilidade.

    VEREDITO

    Trek to Yomi

    TTrek to Yomi é não é só uma viagem pelo Japão em uma das épocas mais difíceis que o país já enfrentou, mas também uma jornada intimista. O game se expande e ganha ainda mais camadas quando Hiroki passa a questionar seu papel naquela sociedade e os caminhos que suas escolhas o fizeram tomar.

    Quando passa a se aproveitar dos seus aspectos mais peculiares, como a gameplay e sua câmera, o game nos leva por caminhos intensos e difíceis que funcionam como uma provação para nosso protagonista em sua jornada a caminho de vingança e redenção.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Trek to Yomi está disponível para Xbox One, Xbox Series X, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

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    CRÍTICA – Instinto Assassino (2022, David Hackl)

    Instinto Assassino é um filme original da Netflix e conta com a direção de David Hackl, além de Mel Gibson e Famke Janssen no elenco.

    SINOPSE DE INSTINTO ASSASSINO

    D (Scott Eastwood) é um sociopata que está cumprindo uma pena por diversos assassinatos.

    Ele está prestes a ser liberado e encontrar seu irmão Sean, todavia, o rapaz acaba morrendo e agora D deve reabrir feridas do passado enquanto enfrenta um grupo de mercenários do qual fazia parte.

    ANÁLISE

    A Netflix tem investido em muitos longas de diversos gêneros e no quesito ação, tivemos alguns longas questionáveis, dentre eles agora contamos com Instinto Assassino.

    A direção é bastante confusa, muitas vezes com vários problemas de localização e cenas bem picotadas de tiroteios. Os personagens são rasos e com pouquíssimo desenvolvimento, contando com um protagonista que possui zero carisma e uma atuação vergonhosa de Scott Eastwood.

    O roteiro carece de boas ideias, sendo bem simples e com um texto bem pobre que se limita a reverenciar D e como ele é um matador sanguinário. Nem mesmo Mel Gibson consegue salvar Instinto Assassino, pois o seu personagem se resume a ser um alívio cômico que não tem nenhuma importância na trama.

    VEREDITO

    Instinto Assassino é um filme básico, mas que sofre com muitos problemas técnicos de uma direção perdida e um roteiro preguiçoso. Com um mínimo de capricho e vontade, o longa poderia ser pelo menos genérico e mediano, contudo, nem consegue isso, sendo um desperdício de alguns talentos.

    Nossa nota

    1,5/5,0

    Confira o trailer de Instinto Assassino:

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    CRÍTICA – Tico e Teco: Defensores da Lei (2022, Akiva Schiffer)

    Mais de 30 anos após a estreia do desenho original, a dupla de esquilos mais famosa da Disney está de volta em Tico e Teco: Defensores da Lei (Chip ‘n Dale: Rescue Rangers). O filme é dirigido por Akiva Schiffer e está disponível exclusivamente no Disney+.

    A nova produção de Tico e Teco mescla animação clássica, em 3D e live action para contar uma história original.

    No elenco de dublagem em inglês estão diversos nomes famosos. Confira a seguir quem dubla quem no idioma original e em português do Brasil.

    • Tico (adulto): Andy Samberg / Fabrício Vila Verde
    • Teco (adulto): John Mulaney / Marcelo Garcia
    • Ellie Steckler: KiKi Layne / Fernanda Baronne
    • Monterrey “Monte” Jack: Eric Bana / Mauro Ramos
    • Zipper: Dennis Haysbert / Jorge Vasconcellos
    • Geninha: Tress MacNeille / Sheila Dorfman
    • Capitão Massinha: J.K. Simmons / Márcio Dondi
    • Sweet Pete: Will Arnett / Renan Freitas
    • Sonic Feio: Tim Robinson / Manolo Rey

    SINOPSE DE TICO E TECO: DEFENSORES DA LEI

    Tico e Teco estão vivendo em Los Angeles, entre humanos e animações. Mas, agora, suas vidas são bem diferentes: décadas após sua série de sucesso ser cancelada, Tico se rendeu a uma vida doméstica suburbana como vendedor de seguros.

    Enquanto isso, Teco, desesperado para viver novamente seus dias de glória, passou por uma harmonização facial em CGI e agora trabalha no circuito de convenções nostálgicas.

    Porém, após o misterioso sumiço de um ex-colega de elenco, os dois devem retomar a amizade e assumir mais uma vez a postura de Defensores da Lei para salvar seu amigo.

    ANÁLISE

    Tico e Teco: Defensores da Lei é uma animação original lançada em 1989 e, após três temporadas, cancelada em 1990. O novo filme dos esquilos conta uma história original pegando como gancho os mais de 30 anos que a duplinha ficou separada, e também explica por que ambos se separaram.

    A produção original do Disney+ mistura de tudo um pouco. Atrizes e atores reais, animação clássica, CGI e personagens em 3D, franquias da Disney… tudo isso fica evidente já nos trailers, mas o mais legal em Tico e Teco: Defensores da Lei é a mescla também entre franquias de outros estúdios e estilos de animação.

    O filme satiriza a indústria de filmes e desenhos animados, especialmente produções da década de 1990, e também zomba de si mesmo. Por não se levar a sério, proporciona uma agradável comédia recheada de nostalgia. E mais: tanta mistura doida acaba construindo uma narrativa que faz sentido… Claro, lembre que se trata de uma produção que ri de si mesma.

    Mais de três décadas após o cancelamento da série animada, Tico e Teco: Defensores da Lei agora tem um novo filme disponível no Disney+

    Você provavelmente se deparou com muitos memes do Sonic Feio desde que Tico e Teco: Defensores da Lei foi lançado, na última sexta-feira, 20 de maio de 2022. Pois bem, o motivo é que o ouriço azul bugado que quase ganhou vida nas telonas é usado como um elemento cômico (obviamente), mas também como um personagem relevante para o desenrolar da trama.

    Essa mistura de elementos gráficos distintos junto a cenários e personagens live action corria um sério risco de dar errado. No entanto, Tico e Teco: Defensores da Lei entrega um produto visualmente agradável, bem feito na maioria das situações e que serve também como uma homenagem para tantas franquias populares na década de 1990.

    A escolha por ter Tico com o visual clássico e Teco com um look repaginado por meio da “harmonização facial em CGI” não é à toa.

    Com o apelo à nostalgia, o personagem clássico pode transitar facilmente com o público adulto, especialmente pessoas nascidas entre 1980 e 1990. Enquanto isso, o avatar modelado em 3D tende a gerar uma aproximação maior com crianças e adolescentes da atualidade, principalmente quem curte Alvin e os Esquilos. Claro que tem piada sobre isso também…

    Creio que o Tico e Teco de 2022 irá gerar mais interesse para quem hoje é adulto do que para crianças e adolescentes que não conheceram a animação original de 1989. No entanto, a Disney faz um movimento interessante de colocar a divulgação de ambas produções lado a lado no Disney+, com as três temporadas do desenho animado disponíveis na plataforma, o que pode fisgar novos públicos já na sequência do filme.

    VEREDITO

    Tico e Teco: Defensores da Lei diverte com o carisma tradicional dos esquilos da Disney ao entregar um filme que satiriza a indústria hollywoodiana e zomba de si mesmo. Um bom passatempo para toda a família, mas que provavelmente irá agradar mais aos adultos, por causa da nostalgia, do que às crianças.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Tico e Teco: Defensores da Lei

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    CRÍTICA – Top Gun: Maverick (2022, Joseph Kosinski)

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    Antes de começar é preciso lembrar que os fãs desejavam por anos uma continuação da franquia Top Gun e em setembro de 2018, Tom Cruise retornou à Miramar, a base militar onde muito de Top Gun foi filmado, mais de trinta anos atrás. Ele estava lá para submeter-se a um completo ASTC (Currículo de Treinamento de Sobrevivência de Aviação), para se qualificar para o extenso programa de voo sequências nos F/A 18 da Marinha dos EUA que ele pessoalmente insistiu que eram essenciais para a realização de sua tão esperada sequência, Top Gun: Maverick.

    Como ele embarcou em um programa de treinamento diferente de qualquer outro na história do cinema, era impossível não notar os paralelos entre Maverick e a pessoa que o interpreta; dois homens constantemente testando os limites de si mesmos e de sua profissão.

    Mais de três décadas se passaram do clássico Top Gun: Ases Indomáveis (1986) e agora Tom Cruise está de volta com Top Gun: Maverick e Pete “Maverick” Mitchell coleciona condecorações, medalhas de combate e grande reconhecimento pelos aviões inimigos abatidos, nos últimos 40 anos. Mas nada disso foi suficiente para sua carreira decolar e ele deixar de ser apenas um capitão de mar e guerra. A explicação está no fato de que uma coisa não mudou ao longo dos anos: ele continua o mesmo piloto rebelde, que não hesita em desafiar a morte, sendo considerado uma espécie em extinção.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #82 | Top Gun: Ases Indomáveis (1986, Tony Scott)

    O elenco liderado por Tom Cruise conta com nomes como Miles Teller, Glen Powell, Monica Barbaro, Greg Tarzan Davis, Danny Ramirez, Jay Ellis, Lewis Pullman e Jon Hamm.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – Top Gun: Maverick | Quem é o elenco do novo filme?

    SINOPSE

    Após mais de trinta anos de serviço como um dos melhores aviadores da Marinha, Pete Mitchell está onde pertence, ultrapassando os limites como um piloto de teste corajoso e evitando a promoção de patente que o manteria em terra.

    ANÁLISE

    Obviamente o longa é uma grande força conjunta entre a direção de Joseph Kosinski, roteiro de Peter Craig e Justin Marks, fotografia de Claudio Miranda, música de Lady Gaga (“Hold My Hand”), elenco e produção em geral que trabalham em perfeita sincronia como aviões militares em formação de combate. E por falar em aviões, é um fato que eles são, assim como alguns personagens, grandes estrelas da franquia.

    Em Top Gun: Maverick podemos ver os incríveis modelos:

    Darkstar

    O avião feito especificamente para o filme é um “clone” do avião hipersônico SR-72, que está sendo desenvolvido pela Lockheed Martin. A empresa, inclusive, foi quem desenhou o Darkstar para o longa, tornando o projeto ainda mais real.

    Se o SR-72 atingir a velocidade que o Darkstar atinge no longa será sem dúvidas algo surreal.

    F/A-18

    A estrela do novo longa da franquia Top Gun é o F/A-18, um caça bimotor que entrou em serviço na década de 1980 na Marinha dos EUA. Para conseguir capturar as imagens, foi feita uma adaptação para instalar seis câmeras de cinema na cabine. Embora os atores não tenham pilotado de fato o F/A-18, todas as cenas com eles a bordo foram gravadas em voos reais.

    Su-57

    O caça russo mais moderno da atualidade. Informações mais específicas do modelo são sigilosas até hoje, como dimensões, motores, velocidade etc. o Su-57 não tem nem dez unidades produzidas, e seu desenvolvimento ocorre há mais de uma década.

    F-14 Tomcat

    O grande astro do primeiro filme, o caça F-14 Tomcat chama atenção por suas asas de geometria variável, que mudam de posição, formando ângulos diferentes em relação à fuselagem. Isso representa uma vantagem, pois, em baixas velocidades, é interessante que a asa esteja na posição mais aberta possível para garantir a sustentação do avião. E, em altas velocidades, na posição mais recolhida, permitindo a operação do voo supersônico.

    Hoje aposentado das forças armadas dos Estados Unidos, o F-14 tinha velocidade máxima de cerca de 2.480 km/h e chegava a uma altitude de até 17 km. O caça a jato bimotor comportava até dois tripulantes a bordo.

    A nostalgia

    Muito provavelmente uma expectativa unanime entre os fãs é que Top Gun: Maverick se apoie principalmente na nostalgia; e assistindo ao filme, com um trecho da memorável música “Danger Zone” (Kenny Loggins) acreditei que essa seria de fato a força motriz da produção. Mas, a direção consegue surpreender os fãs. A nostalgia está lá; desde flashbacks de Nick “Goose” Bradshaw (Anthony Edwards), amigo e parceiro falecido de Maverick até a participação de Tom “Iceman” Kazansky (Val Kilmer). Entretanto a nostalgia não é a propulsão que faz o filme decolar.

    Em Top Gun: Maverick a nostalgia é delicada, respeitosa e principalmente no que se refere a Val Kilmer, a delicadeza que a produção teve com a condição real do ator foi algo extremamente tocante.

    A velocidade

    Com cenas de tirarem o fôlego, em alguns momentos ficamos bem encostados na cadeira do cinema, com unhas nos dentes e os olhos vidrados na tela, segurando a respiração como que sendo pressionados pela Força G. A principal característica de uma franquia de filmes de caça de combate é a velocidade, suas manobras e, claro, os combates aéreos. Todos esses elementos são impecáveis e uma experiência quase sensorial. Somos transportados para o cockpit e pela fisionomia dos atores, quase sentimos a adrenalina.

    O elenco

    Como mencionado, os atores estão em voo de verdade. E isso foi fundamental para transmitir mais realidade às cenas. Após vários meses de treinamentos com aviões menores, manobras em caças e teste com acelerações que chegam a força de 7G, os atores também foram treinados para operar as seis câmeras a bordo dos F/A-18, mantendo contato constante com a direção e o resultado é nitidamente visto no rosto dos atores, em alta velocidade o esforço físico para aguentar as acelerações fica visível na face de cada um. Uma experiência cinematográfica incrível e inédita na franquia e na sétima arte.

    Com um time misto, a diversidade na elite dos pilotos navais de Top Gun é algo importante e bem-vindo. Temos aqui mulheres, negros, latinos e até o nerd que sofre bullying. E todos têm seu tempo de tela bem equilibrados e pesos bem distribuídos ao longo das 2h17min de filme.

    VEREDITO

    Top Gun Maverick Promotion Kicks Off

    Felicidade define. Não apenas por um fã da franquia que tem uma memória afetiva do primeiro longa, mas por um espectador que foi ao cinema, teve diversas sensações ao longo da sessão e saiu satisfeito com a sensação de que o filme valeu o ingresso e a pipoca; e que voltaria para assistir mais uma vez; seja em IMAX, 3D e até em sessões normais DCP (Digital Cinema Package).

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Top Gun: Maverick estreia no dia 26 de maio.

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    CRÍTICA – Love, Death and Robots (3ª temporada, 2022, Netflix)

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    A antologia de animação vencedora de 11 Emmys está de volta em seu terceiro volume, com produção executiva de Tim Miller (Deadpool, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio) e David Fincher (Mindhunter, Mank). Os novos episódios de Love, Death & Robots misturam medo, imaginação e beleza, com histórias curtas de fantasia, terror e ficção científica que vão da descoberta de um antigo mal a um apocalipse cômico, sem abrir mão da perspicácia e da inventividade visual.

    O elenco conta com nomes como Joe Manganiello, Rosario Dawson e Seth Green.

    SINOPSE GERAL

    Criaturas aterrorizantes, surpresas bizarras e humor ácido. Tudo isso e muito mais nesta série de animação de Tim Miller e David Fincher.

    ANÁLISE

    S3E1 – Os Três Robôs

    Sinopse: Três robôs chegam ao pós-apocalipse… e fazem um tour para ver as últimas tentativas de salvação da humanidade.

    Duração: 11 min.

    Pela primeira vez temos na antologia de animação a continuação de um dos curtas. Os três robôs continuam em seu passeio pela Terra pós extinção e com humor típico sobre as decisões controversas dos humanos vemos como hoje caminhamos a passos largos para um futuro da humanidade parecido com o visto pelos três robôs.

    Entre os vários curtas excelentes das duas temporadas anteriores, Os Três Robôs não seria minha primeira escolha para uma continuação, mas ainda assim é muito bem vinda e é tão boa quando seu antecessor.

    S3E2 – Viagem Ruim

    Sinopse: Libertem o thanapod! Navegando em um oceano alienígena, um marinheiro faz um acordo com um monstro das profundezas.

    Duração: 21 min.

    Um mar sombrio, um navio de pesca, uma tripulação maltrapilha e um caranguejo gigante devorador de gente. Tem como piorar? Sim, em Love, Death and Robots sempre tem e aqui isso acontece. Com um estilo de animação excelente, vemos pessoas desesperadas tomarem decisões nada fáceis e difícil de serem questionadas dada a situação. A pergunta que muitos não querem responder é: Sua vida vale mais que a dos outros?

    S3E3 – O Mesmo Pulso da Máquina

    Sinopse: A única sobrevivente de uma missão de exploração a uma jovem lua começa uma jornada alucinante para tentar se salvar.

    Duração: 17 min.

    Toda temporada tem um episódio meio “psicodélico” e O Mesmo Pulso da Máquina é o episódio da vez. Muitas cores e formas é a definição aqui. Como toda temporada da série, há curtas excelentes, bons, medianos e ruins. Este fica na classe dos medianos.

    S3E4 – Noite dos Minimortos

    Sinopse: Uma transa profana no cemitério acaba mal e dá início a uma praga mundial de zumbis. É o apocalipse mais fofo que você vai ver na vida!

    Duração: 7 min.

    Nem toda história precisa de diálogos e como já dizia filósofo chinês Confúcio: “Uma imagem vale mais que mil palavras”; aqui no caso, as várias imagens do pequenino apocalipse zumbi que compõem o curta ao final é clara: somos todo pequeninos.

    Definitivamente foi a versão de apocalipse zumbi mais fofo e filosófico que já vi.

    S3E5 – Matança em Grupo

    Sinopse: As Forças Especiais dos EUA são treinadas para neutralizar qualquer ameaça, até mesmo uma máquina de matar cibernética criada pela CIA. Sua arma secreta? O humor.

    Duração: 14 min.

    Definitivamente o melhor episódio da terceira temporada! Nas duas temporadas anteriores meus favoritos foram os de maior qualidade gráfica: S1E1 – A Vantagem de Sonnie e S2E4 – Snow no Deserto, respectivamente. Neste temporada minhas expectativas estavam altas para o último episódio, mas fui arrebatado por Matança em Grupo por seu humor extremamente ácido, gore e cenas divertidas em meio ao terror imposto por uma máquina de matar fora de controle.

    S3E6 – Enxame

    Sinopse: Dois cientistas humanos estudam os segredos de uma entidade alienígena, mas logo descobrem que a sobrevivência tem um preço terrível em um universo hostil.

    Duração: 17 min.

    Um belo visual, cenas nojentas, mas uma história um pouco confusa. Particularmente achei bem mediano.

    S3E7 – Ratos de Mason

    Sinopse: Bem-vindos ao ratopocalipse! O fazendeiro Mason sabe que tem um problema sério com as pragas quando elas começam a revidar. É sangue para todo lado!

    Duração: 11 min.

    A primeira animação com estilo caricato da temporada mesmo com muito sangue, consegue ser divertida.

    S3E8 – Sepultados na Caverna

    Sinopse: Guerra moderna vs. deuses anciãos. Em uma missão de resgate, um esquadrão das forças especiais acaba preso em uma caverna que abriga um mal antigo.

    Duração: 15 min.

    Aqui temos um curta “lovecraftiano”. Se na segunda temporada tivemos a participação de Michael B. Jordan (Creed II), nesta temos Joe Manganiello (Liga da Justiça de Zack Snyder) em sua versão digital. Soldados em uma missão que são surpreendidos por criaturas mortais em um templo oculto. Como sobreviver a um antigo ser maligno com poderes além da imaginação? A resposta pode ser assustadora. Um ótimo episódio com final surpreendente.

    S3E9 – Fazendeiro

    Sinopse: Um cavaleiro surdo e uma sereia mitológica se envolvem em uma dança mortal, repleta de sangue, morte e riqueza.

    Duração: 17 min.

    Após assistir ao trailer da terceira temporada de Love, Death and Robots, mesmo sem saber o nome do episódio e detalhes dele, este era o que eu mais aguardava para assistir. Entretanto, apesar de visualmente belo, Fazendeiro que já começa com o titulo sem sentido se comparado com a história apresentada, faria mais sentido se mantivesse seu título original, Jirabi.

    Visualmente impecável, a qualidade gráfica aqui impressiona e nos faz questionar se o curta é 100% animado ou se há partes em live action tamanha é a perfeição. Mas, já diz o provérbio: “beleza não põe mesa” e mesmo o curta sendo visualmente maravilhoso, conta uma história simplória de ganância sobre a ingenuidade de um ser solitário. Já vimos isso em Malévola (2014).

    VEREDITO

    Love, Death and Robots é uma produção que conquistou um grande público desde sua estreia em 2019 e como poucas séries mantém a qualidade a cada nova temporada. Ao meu ver o grande “defeito” é que as temporadas sempre terminam, obviamente; mas, a temporada atual deu uma esperança de que os curtas podem sim ter continuações. E isso é muito bom, afinal, a grande maioria deles apresentados deixam um gostinho de quero mais, provando ser a maior qualidade do projeto criado por Tim Miller e David Fincher.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Love, Death and Robots (1ª temporada, 2019, Netflix)

    CRÍTICA – Love, Death and Robots (2ª temporada, 2021, Netflix)

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    Noites Sombrias #67 | Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira 13 (1993, Adam Marcus)

    Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira 13 é um longa slasher dos anos 90 e traz mais uma vez o amado Jason Vorhees em uma trama alucinante de matança desenfreada nas nossas Noites Sombrias do Feededigno.

    SINOPSE DE JASON VAI PARA O INFERNO

    Jason finalmente é morto por seus caçadores após uma emboscada que destruiu seu corpo completamente. Entretanto, seus poderes místicos fazem com que a sua alma passe para outras pessoas, pois agora ele busca alguém de seu sangue para triunfar novamente e fazer milhares de vítimas no caminho.

    ANÁLISE

    Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira 13 é considerado o pior filme da franquia que conta com pérolas como Jason X e Jason em Nova Iorque que são péssimos também. Mas afinal, o que faz o longa ser considerado tão ruim? Existem diversas justificativas para que tal título seja defendido como o pior deles.

    Primeiramente, a história é muito confusa, visto que tenta beber de várias fontes, principalmente de Brinquedo Assassino, filme de 1988 que tem na troca de corpos um grande triunfo, usado aqui até de forma bastante interessante, pois consegue dar uma urgência maior para a história, mas que é desperdiçada com personagens horrorosos e atuações ainda piores.

    Cada minuto o constrangimento aumenta ao passo que nada faz sentido e o roteiro conta com uma cacetada de conveniências absurdas. Quer um exemplo? Uma hora Jason precisa de alguém de seu sangue vivo para trocar de corpo e renascer, já em outra, não precisa de que essa pessoa esteja viva para que isso ocorra. Vários homens e mulheres morrem com cotovelaços e socos, contudo, Jason muda sua abordagem apenas com empurrões.

    A direção é péssima, com momentos hilários e uma produção baixíssima que demora a acontecer, porém quando algo começa a surgir, o filme corre para terminar logo, uma verdadeira bagunça, além do pior uso de anti-herói da história.

    VEREDITO

    Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira 13 é uma trasheira da pior qualidade, que diverte pela tosquice e escolhas duvidosas de roteiristas fracos e um diretor que não sabia o que estava fazendo com um monte de zé-ruelas no elenco, Sorte nossa que amamos esse tipo de coisa. No final ainda temos uma surpresa de um conhecidíssimo crossover tenebroso do futuro.

    Nossa nota

    1,0/5,0

    Confira o trailer de Jason Vai Para o Inferno:

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