Início Site Página 338

    CRÍTICA | Real – Vol. 1 (2021, Panini)

    Real começou sua publicação originalmente em 1999 pela editora Weekly Young Jump e encontra-se em andamento com 15 volumes publicados no Japão. No Brasil o mangá vem sendo publicado pela editora Panini desde julho de 2021 e encontra-se com 5 volumes já publicados.

    O mangaká Takehiko Inoue que já é consagrado no Brasil com obras como Slam Dunk (1990-1996) e Vagabond (em hiato), tem com seu novo trabalho sendo considerado o mais notável deles.

    SINOPSE

    O estudante Tomomi Nomiya larga os estudos após se envolver em um grave acidente que deixa uma garota sem o movimento de suas pernas. Tomomi conhece, então, Kiyoharu Togawa, um estudante que joga basquete em cadeira de rodas e carrega muita mágoa em seu coração. Hisanobu Takahashi é o capitão do time de basquete do colégio e vive seus dias de forma fútil, até que algo inesperado muda completamente a sua vida. Em comum: a paixão pelo basquete.

    ANÁLISE

    Em Real, Takehiko Inoue conta uma história onde ele já conhece muito bem o gênero, o basquete, mas que dessa vez o mesmo vai além da exploração do esporte convencional e explora o basquete em cadeira de rodas de maneira brilhante.

    Nesse primeiro volume, Inoue apresenta os três protagonistas de forma bastante dinâmica e estabelecendo a personalidade de cada um deles explorando o passado e o presente até que a paixão pelo basquete una-os de maneira cômica ou trágica.

    Aqui, o mangaká continua fantástico ao construir personagens absurdamente humanos, mas que ao longo da trama evoluem de maneira positiva. O mesmo, realizou esse desenvolvimento de forma excepcional em Slam Dunk e Vagabond.

    Além disso, a maneira que a trama explora a deficiência e o basquete em cadeira de rodas é tão criativa e humana que apenas no primeiro volume já dar para ter uma ideia de como todo a trama ira ser desenvolvida.

    Juntamente da trama que é envolvente, outro destaque vai para a arte de Takehiko Inoue que segue sensacional seja com seu traço minucioso na anatomia ou mesmo nas partidas de basquete que transmitem perfeitamente a velocidade empolgante de uma partida de basquetebol em cadeira de rodas.

    Seja em uma batalha intensa entre dois espadachins em Vagabond, ou em um final de partida de basquete sobre rodas, em Real, a arte segué fenomenal e extremamente detalhista.

    Um mangá em constante evolução

    Definitivamente, Inoue continua evoluindo em sua arte e em escrever uma história empolgante e de superação. Dessa forma, não importa onde a história seja construída; seja no Japão feudal ou em uma quadra de basquete, seu conteúdo será sempre de alta qualidade.

    O trabalho de Takehiko Inoue é tão magnifico que o mesmo tem uma obsessão pela perfeição na arte e no desenvolver da trama.

    VEREDITO

    Real é um excelente mangá de esporte e explora a deficiência física e o basquete em cadeira de rodas de forma sensacional. Mostrando as adversidades e superação constante desses atletas.

    Além disso, a obra abre um leque de possibilidade para outras obras esportivas serem publicadas em nosso país. Visto que até pouco tempo as editoras não se arriscaram em publicar o gênero esportivo por supostamente não ter um público que não tem interesse.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Autor: Takehiko Inoue

    Editora: Panini

    Páginas: 224

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – A Vingança das Juanas (1ª temporada, 2021, Netflix)

    0

    A Vingança das Juanas é uma série original Netflix, e sua 1ª temporada chegou à plataforma de streaming no dia 6 de Outubro de 2021.

    A série mexicana em seu título original La Venganza de las Juanas é um remake da novela mexicana Las Juanas (1997), desde sua estreia tem estrelado no Top 10 Brasil de conteúdo mais visto da Netflix.

    SINOPSE

    Cinco mulheres com a mesma marca de nascença decidem desvendar a verdade sobre seu passado e descobrem uma teia de mentiras que leva a um político poderoso.

    ANÁLISE

    A Vingança das Juanas

    Com um conteúdo original, A Vingança das Juanas conta a história das jovens Caridad, Valentina, Bautista, Manuela e Matilde cujo destinos se cruzam por um acaso, mas que em breve as farão descobrir uma rede de mentiras que gira em torno de suas vidas.

    Ao descobrirem uma marca de nascença e nomes em comum, as 5 Juanas embarcam em uma busca incessante a fim de descobrir mais sobre o passado e o que as jovens têm em comum.

    A série que funciona aos trancos e barrancos em formato de uma novela mexicana, se estende ao longo de seus 18 episódios de cerca de 40 minutos de duração para contar uma trama que poderia ser reduzida pela metade, mas por abordar de assuntos que apenas o algoritmo de uma plataforma pornô seria capaz de angariar, a série flerta com a violência contra o corpo feminino, abandono parental e incesto.

    Sendo imensamente intragável em determinados momentos, a série se mostra um produto do algoritmo da Netflix por clientes que buscam em um modelo nada inovador uma trama enfadonha e cansativa.

    A divisão ao longo da primeira temporada da série, parece deixar claro que a primeira temporada de A Vingança das Juanas seria dividida em duas, pois seus arcos se fecham antes do fim da temporada, dando lugar à novos, tendo por vezes uma “recapitulação” desnecessária no início do episódio 11.

    Ainda que funcione como uma novela mexicana para maiores, a série da Netflix aborda assuntos indigestos em diversos momentos enquanto escancara o que está em voga, a violência contra as mulheres veladas e como suas vozes são silenciadas das mais diversas formas.

    VEREDITO

    Ainda que o elenco se sustente na beleza de seus atores, seus talentos são colocados a prova a todo momento. Eles falham miseravelmente a trazer qualquer tipo de emoção mais profunda que qualquer trama com reviravoltas e revelações que a série parece querer provocar em seus espectadores.

    Enquanto nos leva por caminhos duvidosos em todos os episódios, A Vingança das Juanas se mostra tão cansativa quanto triste, e mesmo quando as personagens centrais da trama parecem obter êxito em sua empreitada de vingança, parece sempre haver algo a puxá-las para baixo.

    Por abordar de uma trama que precisaria de muito mais camadas do que a série realmente tem, a trama perde muito da qualidade que teria se tivesse em sua direção mulheres ao invés de homens.

    Nossa nota

    0,5 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    Noites Sombrias #36 | 7 filmes de suspense imperdíveis na HBO Max

    0

    Nesta semana estamos entrando no ritmo do evento mais assustador do ano: o Halloween! E a HBO Max está com um catálogo recheado de produções clássicas e memoráveis de terror e suspense que vem conquistando fãs por onde passam.

    Se você curte muito esse gênero, já pega a pipoca, apague a luz e dê o play sem moderação! Confira nossas dicas para assistir na HBO Max. 🙂

    Boneco do Mal (2016)

    Direção: William Brent Bell

    Sinopse: Greta (Lauren Cohan) é uma jovem americana que aceita um trabalho como babá em uma pequena vila inglesa. Porém, o garoto de 8 anos de quem ela tem que cuidar é, na verdade, um boneco de quem o casal cuida como se fosse um menino de verdade, como uma forma de lidarem com a morte do filho, ocorrida 20 anos antes.

    Após violar uma lista de regras do garoto, uma série de eventos inexplicáveis transformam a vida dela em um pesadelo.

    Obsessão (2018)

    Direção: Neil Jordan

    Sinopse: Frances (Chloë Grace Moretz) é uma jovem cuja mãe acabou de falecer. Ela se muda para Manhattan e, cheia de problemas com o pai, faz uma amizade improvável com Greta, viúva e bem mais velha que ela.

    As duas se tornam melhores amigas, mas as atenções de Greta se mostram muito mais sinistras do que Frances imaginava.

    Antebellum (2020)

    Direção: Gerard Bush e Christopher Renz

    Sinopse: Em A Escolhida (Antebellum no idioma original), Veronica (Janelle Monáe) é uma autora bem sucedida que se encontra presa em dois diferentes períodos: Os dias atuais e o Antebellum, a era das plantações no sul.

    Imersa nesta horrorizante realidade, ela deve descobrir o mistério por trás desse acontecimentos e fugir, antes que seja tarde demais.

    Into the Dark: Uncanny Annie (2019, curta-metragem)

    Direção: Paul Davis

    Sinopse: Na noite de Halloween, um grupo de estudantes universitários fica preso em um misterioso jogo de tabuleiro que revela seus medos e segredos mais sinistros. Eles precisam jogar para escapar e vencer para sobreviver.

    Ecos na Escuridão (2018)

    Direção: Anthony Scott Burns

    Sinopse: Um jovem acidentalmente cria um dispositivo que amplifica a atividade paranormal existente em sua casa, possibilitando o retorno de espíritos de pessoas amadas e libertando também algo muito pior.

    Antes de Dormir (2014)

    Direção: Rowan Joffé

    Sinopse: Dia após dia, Christine Lucas (Nicole Kidman) desperta sem se lembrar de absolutamente nada que aconteceu em sua vida nos últimos 20 anos. Isto acontece devido a um acidente sofrido uma década atrás, que fez com que seu cérebro não consiga reter as informações recebidas ao longo do dia.

    Com isso, cabe ao seu marido Ben (Colin Firth) a tarefa de relembrá-la de sua vida, através de um mural de fotos e detalhes do passado. Além disto, ela passa por uma terapia sigilosa com o Dr. Nasch (Mark Strong), que procura incitá-la a ter lembranças sobre o que aconteceu. Só que, aos poucos, ela percebe que nem tudo é o que parece ser.

    A Aparição (2012)

    Direção: Todd Lincoln

    Sinopse: O jovem casal Kelly (Ashley Greene) e Ben (Sebastian Stan) passa por uma experiência paranormal na universidade em que estuda. Agora, eles são atormentados por um espírito maligno, alimentado pelo medo que sentem.

    Eles têm certeza de uma coisa: só morre quem de fato acredita na criatura. Entre medo e paranoia, eles têm ajuda de um especialista em atividades paranormais, chamado Patrick (Tom Felton).

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTube. Clique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Back 4 Blood (2021, Turtle Rock Studios)

    0

    Back 4 Blood é um retorno à adorada franquia Left 4 Dead, que após dois marcantes jogos e um enorme hiato, retorna à toda sua opulência em meio ao concorrido mercado de games online.

    Após o que foi criado pela franquia Left 4 Dead (2008) e Left 4 Dead 2 (2009), uma janela se abriu ao sentir um vácuo criado pela ausência dos games nos mesmos moldes no mercado nos dias atuais. A Saber Interactive em 2019 lançou World War Z, um game multiplataforma que garantia uma gameplay nos mesmos moldes dos games em que foram baseados e em 12 de outubro, Back 4 Blood foi lançado para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

    Muito diferente de dizer que um game copiou o outro, entendemos que a ideia tenha sido outra: a Turtle Rock Studios, desenvolvedora dos primeiros Left 4 Dead, viu o quão receptivo o público foi com o concorrente e percebeu assim, a oportunidade de retornar em toda sua grandeza. Ao apresentar um game divertido, envolvente e desafiador, o estúdio mostra que ambos games, ainda que rivais, têm muito a oferecer ao grande público.

    SINOPSE

    Back 4 Blood é um jogo de tiro em primeira pessoa dos criadores da franquia aclamada pela crítica Left 4 Dead. Você está no centro de uma guerra contra os contagiados. Esses humanos portadores de um parasita mortal se transformaram em criaturas assustadoras inclinadas a devorar o resto da civilização. Com a extinção da humanidade em jogo, cabe a você e seus amigos enfrentar esse inimigo, erradicar os contagiados e reconquistar o mundo.

    ANÁLISE

    Back 4 Blood

    Back 4 Blood é um retorno intenso a um mundo devastado por um vírus. E ainda que desolados, nossos sobreviventes precisam ir até as últimas consequências a fim de garantir que o mundo será retomado por humanos.

    Com 4 diferentes atos, 4 diferentes capítulos e 34 missões no modo Campanha, Back 4 Blood traz de volta toda a sanguinolência característica da franquia, enquanto nos apresenta desafios e criaturas que podem ser vistas apenas em uma situação como essa, de fim de mundo.

    A jogabilidade de Back 4 Blood nos apresenta uma vasta variedade de aproximações, seja pela variedade de aproximações, por meio de seu arsenal, mas também por meio dos seus baralhos, garantindo assim, que nenhuma partida será como a outra.

    TIROTEIO, BANHOS DE SANGUE E FOGO AMIGO

    Muito de Back 4 Blood parece ter sido não apenas inspirado em Left 4 Dead, mas também reaproveitado dos outros dois games da franquia. Com um refinamento nos movimentos e na jogabilidade, Back 4 Blood se mostra um game desafiador em que você precisa se atentar o tempo todo para o que vem das sombras, mas não só isso. Back 4 Blood é muito mais do que um FPS. Back 4 Blood é também um jogo de estratégia de tentativa e erro.

    Ainda que o game funcione nos moldes de seus antecessores, Back 4 Blood conta com uma evolução na IA dos adversários – que proporcionam um maior desafio – assim como uma escala muito maior do que foi visto no passado, não apenas pela limitação de hardware e de inimigos que podiam ser vistos em tela naquela época.

    Com um maior número de inimigos em tela, sua jogabilidade pode ser a mais sangrenta imaginável, ou melhor, o game pode ir além. Com arcos, missões e áreas muito bem delineadas, o game apresenta enormes desafios conforme a progressão do modo campanha, mas não para aí.

    Ainda que seja possível jogar e progredir no game sozinho, não é aconselhável.

    Back 4 Blood

    O jogo conta com três diferentes modos de jogos que nos lançam em missões diferentes. Conheça-os abaixo:

    • Modo Campanha: o modo campanha pode ser dividido em três diferentes dificuldades, que te garantirão benefícios diferentes ao fim de cada nível. E isso também influencia nas Cartas Corrompidas. Estas darão efeitos negativos à sua jogabilidade e podem variar de acordo com suas partidas, garantindo até dano por fogo amigo, caso disparado;
    • Modo Enxame: este modo conta com uma jogabilidade 4×4. Você jogará uma partida cooperativa que garantirá aos jogadores um pequeno tempo de preparação do cenário ao início de cada uma das ondas. Caso você seja eliminado, você poderá se transformar em infectado a fim de atrapalhar a partida da equipe adversária;
    • Partida rápida: As partidas rápidas nos proporcionam uma experiência de gameplay quase completa, mas servem para jogadores que não tem muito tempo para jogar.

    Todos os modos de jogos garantem a escolha de três diferentes dificuldades.

    VEREDITO

    Back 4 Blood enquanto um game cooperativo se faz imensamente importante no atual cenário de games online. Não apenas por se apoiar levemente no fator nostalgia, mas também por inovar em elementos in-game.

    Por ser lançado algum tempo após World War Z, a Turtle Rock Studios pôde avaliar os erros e acertos da Saber Interactive, mas não apenas isso. Os jogadores que tiveram a oportunidade de participar do alpha, assim como do beta aberto e do beta fechado, puderam ver o desenvolvimento e polimento de ferramentas e mecânicas desde o início.

    Sendo assim, com elementos como o gerenciamento de baralhos, o vasto arsenal e a variedade de sentinelas, com diferentes habilidades, o game traz uma experiência muito diferente da dos Left 4 Dead no passado. Com mecânicas refinadas, o game nos coloca no lugar de verdadeiros sobreviventes em um mundo que parece ter chegado ao fim. Um cenário ideal aos amantes de games de terror.

    Ainda que o game possa ser pouco desafiador para os jogadores com os baralhos montados de acordo com sua maneira de jogar, alguma Carta Corrompida pode se mostrar um desafio em meio à sua jogatina, servindo como um elemento que te deixará tão sem ação quanto possível diante do inesperado.

    Então se prepare e tenha em seu arsenal o necessário para derrotar as diversas hordas que se colocarem entre você e seus objetivos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    CRÍTICA – As Passageiras (2021, Adam Randall)

    0

    As Passageiras é o novo longa vampiresco original da Netflix e conta com Raul Castillo (Army of The Dead) em seu elenco. A direção é de Adam Randall.

    SINOPSE

    Benny (Jorge Lendeborg Jr.) é um estudante que tenta emplacar em algo e ajudar sua avó. Em uma noite ele pega a vaga de Jay (Raul Castillo), seu meio irmão, que lhe envia como motorista a duas belas garotas.

    O que ele Benny não sabe é que Jay é o líder dos humanos em uma luta ferrenha contra os vampiros liderados por Victor (Alfie Allen) e que a sua vida corre perigo nas mãos de Blaire (Debbie Ryan) e Zoé (Lucy Fry), duas vampiras mortais.

    ANÁLISE

    As Passageiras é um longa que tem uma proposta bastante batida, pois mostra mais uma batalha entre os humanos e uma raça de monstros. 

    Todavia, o que o difere dos demais é a forma de contar essa história, e talvez esse seja o maior problema do filme.

    Os dois primeiros atos são extremamente enfadonhos, uma vez que apresentam diversos personagens que não agregam nada. Além disso, o longa não sai do lugar, com muitos diálogos que não dizem muita coisa e o único alento é a ação que é bem econômica.

    As atuações até que são competentes, com destaque para Jorge Lendeborg Jr., Raul Castillo e Debbie Ryan que conseguem nos prender. Entretanto, o troféu de constrangimento e vergonha alheia vai para Megan Fox que é caricata e entrega uma cena bastante ruim. 

    A direção de Adam Randall é problemática, pois possui diversas técnicas confusas de câmera, principalmente com um recurso de câmera rodante usada em demasia. Além disso, as cenas de ação são bagunçadas, mesmo que usadas de forma interessante ao fundo do cenário. Como destaque, a paleta de cores neon agrada e traz uma estética bastante peculiar ao longa.

    VEREDITO

    As Passageira é chato, parado e não consegue contar nada de novo. Por mais que seu elenco se esforce, a direção e roteiristas não conseguem construir uma obra digna num oceano de longas vampirescos apresentados pela vermelhinha em 2021.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Confira o trailer de As Passageiras:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    TBT #147 | Pânico (1996, Wes Craven)

    0

    O TBT desta semana permanece no clima de Halloween e lembra um clássico dos anos 90: Pânico, dirigido por Wes Craven (A Hora do Pesadelo) e roteirizado por Kevin Williamson.

    No elenco estão Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette. A saga que completa 25 anos lançou recentemente o trailer do quinto filme que deve chegar aos cinemas em 2022.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Scream (3ª temporada, 2019, VH1)

    SINOPSE

    Sidney Prescott (Neve Campbell) começa a desconfiar que a morte de dois estudantes está relacionada com o falecimento da sua mãe, há cerca de um ano. Enquanto isso, os jovens da pacata cidadezinha começam a receber ligações de um maníaco que faz perguntas sobre filmes de horror. 

    ANÁLISE

    A última grande franquia de slasher. Pânico não só reviveu um gênero no cinema de horror, como entregou uma obra que permanece viva até hoje nos corações de amantes de filmes de terror. Há 25 anos, Wes Craven reformulava o gênero que ele próprio ajudou a criar com A Hora do Pesadelo e apresentava uma nova concepção das histórias de assassinos. 

    Pânico é um filme de sua época, as referências e o estilo noventista estão presentes no longa de maneira que sem eles não faria sentido. Um exemplo é a cena inicial com Casey Becker interpretada pela já famosa Drew Barrymore, atendendo um telefone de antena e conversando com um estranho sobre filmes de terror, enquanto o som da pipoca estourando mede toda tensão do filme. 

    Mais do que estiloso, o longa também é um filme metalinguístico que de maneira sublime faz uma homenagem aos grandes clássicos dos filmes de horror. Mas, precisamente, explica sobre si mesmo em seus diálogos e cenas. Frequentemente, os personagens estão falando sobre filmes de terror ou ditando regras sobre como sobreviver a um assassino em série. É a mais pura e divertida piscadela ao espectador.  

    Dessa forma, não estamos falando de um assassino qualquer sem nenhum motivo aparente para a matança (vide Michael Myers), Ghostface é um assassino nada convencional e foge dos estereótipos já existentes no cinema da época. Seu jeito meio atrapalhado, mas extremamente assustador e mortal garante sequências que misturam o cômico com o sanguinário. Essa dualidade encontra muito bem o peso dramático de Sidney como a verdadeira protagonista.

    LEIA TAMBÉM:

    Noites Sombrias #12 | Os 10 serial killers mais icônicos do cinema

    A jovem está passando pelo luto da mãe ao mesmo tempo que precisa lidar com o sacana do Ghostface e a insuportável jornalista Gale Weathers (Courteney Cox). Consequentemente, Sidney também não é uma final girl convencional. Primeiro, que ela constantemente desafia o assassino ao longo do filme, segundo que é ela quem salva os poucos sobreviventes ao seu redor, dando também o tiro final. Logo, Sydney se consagra pela sagacidade em aprender rápido os macetes para derrotar um assassino, sem perder tempo. 

    Sidney Prescott (Neve Campbell).

    Voltando ao Ghostface, sua verdadeira identidade ou melhor “identidades”, no plural, continua sendo um dos pontos ápices do filme e até hoje causa uma sensação de surpresa. O fato de ser Bill Loomis (Skeet Ulrich), namorado de Sydney, e Stuart Macher (Matthew Lillard), melhor amigo de Bill, rendeu uma das melhores cenas de plot twist da famosa pergunta: “Quem é o assassino?”. 

    Até mesmo os coadjuvantes, como Gale, já citada acima, e o Policial Dewey (David Arquette), formam o tipo de background relevante e descontraído para a trama e toda tensão presente. O romance entre ambos que continuou a ser explorado nas sequências, é um ponto chave que mostra a capacidade do filme em sobreviver além da protagonista. 

    Sendo assim, em um primeiro momento, a direção de Craven denota a fragilidade dos adolescentes e especialmente de Sydney em viver aquela situação. Por isso, o uso de lugares abertos e casas de vidro para passar a sensação de que estão sendo observados. Os closes dos rostos dos personagens expressam as apreensões momentos antes dos ataques frenéticos de Ghostface que geram boas cenas. 

    Ademais, Pânico combina uma ótima direção com um roteiro afiado que sabe que é mais do um filme de subgênero qualquer. O primeiro longa da saga é um marco no cinema de horror e com toda certeza ainda será relembrado por mais 25 anos. 

    VEREDITO

    Pânico, de 1996, é um filme de liberdade criativa que felizmente nas mãos do diretor Wes Craven e do roteirista  Kevin Williamson teve um enorme sucesso. Dificilmente outra dupla poderia realizar tamanha obra sem cair em galhofa, logo, é nítido que o longa aconteceu na época e no momento certo.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!