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    Fortnite: Veja como conseguir a armadura do Mando

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    A nova temporada de Fortnite conta com algumas coisas diferentes nela. Há alguns personagens com quem falar por várias razões ao redor do mapa, sem mencionar um novo mapa e novos objetivos. E, é claro, há o Mandaloriano.

    Fazendo uma aparição como um personagem e uma skin, o Mandaloriano é de muitas formas o ponto central da atual temporada de Fortnite.

    Apesar de desbloquear a armadura normal do Mandaloriano ser fácil, a Armadura de Beskar é um caminho mais longo. É uma missão de diversas etapas com muito a ser feito, então aqui está um guia de cada uma das etapas.

    Passo 1: Desbloqueie o Passe de Batalha

    A missão de desbloquear a Armadura de Beskar do Mandaloriano é dividida em etapas, e cada estágio é desbloqueado quando os jogadores atingir um certo nível do Passe de Batalha.

    O primeiro nível, te oferece a possibilidade de completar a primeira, com as outras divididas em meio a progressão, e a última pode ser atingida apenas no nível 100. Cada uma das missões libera uma parte da Armadura de Beskar, e reunir todas delas, libera a skin.

    Passo 2: Encontre a Razor Crest

    A primeira missão é encontrar a Razor Crest, a nave do Mando. Ela está caída a leste do centro do mapa, presa na areia próxima de um rio. Só de chegar nela, já é suficiente para terminar a missão.

    Passo 3: Ganhe um prêmio de especialista em armas

    Para fazer isso, o jogador precisa causar uma certa quantidade de dano a um único jogador com uma arma. Passando a barreira do dano (que necessitará de precisão e uma boa arma) te fará ganhar um prêmio com a arma, completando a missão.

    Passo 4: Colete 500 barras de ouro

    Barras de Ouro são as novas moedas apresentadas na 5ª temporada de Fortnite. Elas podem ser reunidas de várias maneiras, incluindo ao completar caçadas.

    Completar caçadas são uma importante parte da missão, então é importante se familiarizar com elas no começo.

    Passo 5: Encontre Beskar na Barriga do Tubarão

    Para encontrar Beskar na Barriga do Tubarão, os jogadores precisam viajar para a Ilha Tubarão, ao norte do Castelo Coral. Vá até o interior da ilha e procure por um cofre aberto. O Beskar, um cubo de metal, está em uma das prateleiras.

    Passo 6: Derrote Ruckus

    Ruckus é uma espécie de mini-boss no mapa. Ele está a oeste do Pântano Molhado, escondido em uma estrutura a leste do lago ao norte dos Prados Enevoados.

    Tome cuidado, pois ele é bem difícil de ser derrotado.

    Passo 7: Encontre Beskar onde a Terra encontra o Céu

    Encontrar Beskar “onde a Terra encontra o Céu” significa que você precisa encontrar o ponto mais alto do mapa. Esse é o cume do Monte Kay. Ele pode ser alcançado com o glider após descer do ônibus, e pode ser facilmente visto por meio de uma bandeira plantada lá.

    O Beskar está na neve, mais uma vez, em um pedaço de metal.

    Passo 8: Complete uma missão Lendária

    Essa é bem complicada. Pois missões lendárias mudam a cada semana, então dependendo de quando essa missão tiver início, os jogadores podem precisar fazer qualquer tipo de coisa.

    Então tenha em mente, que você precisará ser flexível.

    Passo 9: Complete uma Caçada

    Aqui é onde as caçadas são importantes. Para completar a caçada em Fortnite, os jogadores precisam receber uma de um NPC como o Mancake.

    Elas são dadas aos jogadores para caçar, identificado por nome e skin. Encontrar um jogador e derrotá-lo para completar a recompensa, é a missão final.

    Fortnite está disponível para PC, PS4, PS5, Nintendo Switch, Xbox One e Xbox Series X/S.

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    CRÍTICA – Vozes (2020, Ángel Gomez Hernandez)

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    Vozes é o mais novo longa espanhol original da Netflix e conta com Ángel Gomez Hernandez na direção.

    SINOPSE

    Uma família se muda para uma casa nova, pois o patriarca conserta as novas residências para revenda. Eric (Lucas Blas), o filho do casal, escuta vozes do além e consegue prever tragédias. Agora eles devem lidar com diversos problemas sobrenaturais e reais.

    ANÁLISE

    Vozes é o tipo de filme que arrepia até os cabelos dos dedos dos pés, visto que sua maior virtude é a construção do terror com jump scares.

    A direção consegue ser muito competente neste aspecto, uma vez que as cenas são muito bem pensadas e, muitas vezes, somos surpreendidos pelas decisões do roteiro.

    Por mais simples que a trama seja, pois se trata de mais uma história de casa mal-assombrada, Vozes tem em suas decisões suas principais virtudes.

    A todo o momento, tememos pela vida dos personagens, uma vez que não há uma zona segura para eles. As tragédias pautam a trama e a atmosfera sombria a deixa extremamente pesada e melancólica. Aliás, a definição dos personagens pode ser esta: sombrios e melancólicos.

    O ótimo trabalho dos atores, principalmente de Rodolfo Sancho (Daniel) e Belén Fabra (Sara), fazem com que nós fiquemos receosos com o futuro deles, pois são carismáticos e críveis.

    Daniel é cuidadoso, tem muito amor pela família e desmorona em momentos de perda. Sara é firme, cautelosa e tem a razão como força principal. Muito das personalidades dos protagonistas foi encarada fortemente pelo elenco.

    VOZES NA MINHA CABEÇA

    Se por um lado os jump scares são uma virtude da obra, por outro também são um problema. O excesso de utilização do recurso se torna cansativa, mesmo que seja muito bem feita.

    A fluência do filme também é irregular, uma vez que os dois primeiros atos tem uma boa cadência, mas o terceiro acelera demais, destoando muito do que foi construído.

    VEREDITO

    Vozes é um filme pesado e que tem uma aura sombria que mostra a dor de uma família. Com protagonista fortes e um roteiro surpreendente em diversos momentos, se mostra como uma boa surpresa em um ano repleto de filmes medianos e irregulares. 

    O longa é uma boa pedida para quem gosta de thrillers psicológicos e terror de espíritos.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira ao trailer de Vozes:

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    CCXP Worlds: Painel 30 anos de Tartarugas Ninja!

    Começou nesta sexta (4) a CCXP Worlds: A Journey of Hope, primeira edição 100% digital do maior evento de cultura pop do mundo.

    Após um painel inicial no Thunder Arena, com Neil GaimanRoberto Sadovski recebe virtualmente os artistas Kevin Eastman, co-criador dos personagens e o brasileiro Mateus Santolouco que é um dos principais artistas da série em quadrinhos Teenage Mutant Ninja Turtles (Tartarugas Ninja), da editora IDW Publishing.

    Ao relembrar os momentos de criação dos personagens Eastman começa com uma curiosidade:

    “Eu era muito fã de História e de arte… e durante o processo de criação das Tartarugas Ninja, Donaleto quase se chamou Bernini.” 

    Ao ser perguntado a respeito das primeiras publicações e a recepção do público, Kevin Eastman, respondeu:

    “No início a gente apresentou o projeto para muitas editoras. Na época existiam as mainstream (Marvel e DC) e as undergound. E quando conseguimos publicar a edição #1 a verba inicial era para três mil edições dela; mas quando lançamos a edição #2 a primeira edição já vendia mais de quinze mil unidades!”

    Além dos artistas que dão nome as Tartarugas NinjaEastman também tinha outras inspirações:

    “Eu era muito fã de Jack Kirby, mas também sou muito fã dos novos artistas, como o Mateus. É como o trabalho feito com Thor por Kirby e depois por Stan Lee. Muitos desses novos artistas desenham até mais que eu e trazem um novo olhar para os personagens, como por exemplo a minissérie The Secret History of the Foot Clan (A História Secreta do Clã do Pé) do próprio Mateus.”

    Como Mateus Santolouco confessou, para o apresentador da CCXP, que assistia os desenhos das Tartarugas Ninjas e era viciado no fliperama quando garoto, uma pergunta era necessária:

    Qual a frase de Michelangelo era mais marcante; a versão em inglês: “Cowabanga!“, ou a em português: “Santa Tartaruga!“?

    “Pois é, eu mergulhei no mundo das Tartarugas Ninja primeiro pelo fliperama. Eu não conseguia assistir ao desenho já que era justamente no horário em que eu estava na escola, mas depois que eu fiquei superviciado no game, eu passei a gravar o desenho no meu videocassete. Mas como eu conheci o game primeiro, a versão em inglês foi a que me marcou mais.”

    Fechando o painel, Roberto Sadovski tentou colocar os artistas em uma divertida “saia justa” com a clássica pergunta: Qual sua Tartaruga Ninja favorita?

    Santolouco comentou:

    “Depende muito do momento. Quando jogava os videogames, o Donatello era meu favorito, porque era mais fácil de jogar com ele. Com o filme, Leonardo virou meu favorito, adorava a coisa ‘zen’ dele. Mas quando estava trabalhando nos quadrinhos da IDW, Michelangelo se tornou meu favorito. Acho que estava ficando velho, então ter um espírito jovem ajudou a me conectar.”

    Eastman:

    “Michelangelo é o primogênito. Se tivesse que escolher, seria ele pois nasceu antes mesmo de ter esse nome. Mas todos os personagens foram baseados em grupos como Quarteto Fantásticos e X-Men, em que todos tinham opiniões diferentes, mas têm sucesso como time.”

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Tartarugas Ninja: Coleção Clássica – Vol.1 (2020, Pipoca e Nanquim)

    Além de ser realizada online, a maior parte da programação da CCXP Worlds é gratuita e é possível acessar a plataforma de qualquer lugar do mundo. E acontece entre os dias 4 e 6 de dezembro de 2020.

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    CCXP Worlds: Thunder Arena começa com Neil Gaiman

    Começou nesta sexta (4) a CCXP Worlds: A Journey of Hope, primeira edição 100% digital do maior evento de cultura pop do mundo.

    A programação teve início às 14h, com os apresentadores do Omelete fazendo as honras da casa, e seguirá por todo o fim de semana, levando atores, diretores e quadrinistas diretamente para a casa dos fãs.

    Sem deixar de seguir o distanciamento social, o evento deste ano conta com uma longa lista de atrações: painéis de Mulher-Maravilha 1984, Esquadrão Suicida, O Poderoso Chefão 3, His Dark Materials, Flash, Euphoria, The Walking Dead: World Beyond, entre outros, além da participação de quadrinistas como Jeff Smith, Matt Fraction, Garth Ennis, Kelly Sue DeConnick, Dave Gibbons, Tom King, e claro Neil Gaiman.

    Durante o painel de abertura do Thunder Arena, apresentados por Marcelo Forlani e Marimoon, Neil Gaiman falou um pouco sobre algumas de suas obras, adaptações para TV, suas visitas ao Brasil e obviamente sobre a futura série da NetflixSandman.

    Logo de início, Forlani questiona o autor sobre sua maior obra sobre qual é o legado de Sandman, que prontamente foi respondido com:

    “Sandman não é um legado […] É o presente. Quando olho para trás e lembro quando o quadrinho começou a fazer sucesso, lançamos o modelo graphic novel e em alguns momentos pareceu o fim das revistinhas em quadrinho.”

    Sobre a nova série da Netflix, Sandman, o Gaiman deixou claro para aos fãs sobre a dificuldade ao se tentar adaptar todo o material já publicado, por isso comentou:

    “É a série de Sandman. Não é o Sandman. Não é a HQ de Sandman. É a série.”

    Sobre a linha temporal da série Neil Gaiman fala:

    “A série  se passará em 2021, mas começa em 1926, 1926, 1935 no Sonhar e acredito que somente lá para o terceiro episódio chegaremos aos dias atuais.”

    O autor deixou no ar se a série apresentaria a pandemia de alguma forma, mas ao voltar no tema do distanciamento social, revelou uma divertida curiosidade:

    “Durante a pandemia me descobri como padeiro. Ok, meu primeiro pão ficou duro como concreto e mesmo duas semanas após tê-lo colocado na compostagem ele ainda estava do mesmo jeito, posso dizer que hoje faço pães muito melhores.” 

    MarimoonMarcelo Forlani reforçam para o autor como os fãs brasileiros gastam dele, que rapidamente relembra:

    “Quando estava em São Paulo [sessão de autógrafos na livraria FNAC, em Pinheiros] foi algo inesquecível, eu dei autógrafo para cerca de 700 pessoas e ainda tinham por volta de 500 na fila quando disseram que a sessão estava prestes a terminar. O público restante ficou inquieto e, após ameaçar destruir a loja, consegui convencer a equipe da livraria a continuar com a sessão. Eu assinei para todo mundo e abracei muitas pessoas.”

    E continuou:

    “Quando estive em Paraty (para a Festa Literária Internacional de Paraty) com a minha filha, havia também umas 700 pessoas para eu dar autógrafos. Pessoas que tinham vindo do Rio, de São Paulo, de várias cidades do Brasil. Foi algo incrível.” 

    Além de ser realizada online, a maior parte da programação da CCXP Worlds é gratuita e é possível acessar a plataforma de qualquer lugar do mundo. E acontece entre os dias 4 e 6 de dezembro de 2020.

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    Metal Gear Solid: Oscar Isaac será Solid Snake no filme da Sony

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    A tão esperada adaptação da Sony Pictures para Metal Gear Solid parece ter ganhado um grande impulso, já que fontes dizem a Deadline que Oscar Isaac vai interpretar Solid Snake no filme dirigido por Jordan Vot-Roberts.

    O filme é baseado no videogame Metal Gear Solid criado por Hideo Kojima e publicado pela Konami. O roteiro foi escrito por Derek Connolly, Avi Arad está produzindo e Peter Kang é o supervisor executivo do estúdio.

    O jogo foi lançado para PlayStation em 1998 e segue Snake, um soldado que se infiltra em uma instalação de armas nucleares para neutralizar a ameaça terrorista de Foxhound, uma unidade de forças especiais renegada. O jogo foi aclamado pela crítica, mas sua narrativa que tem um ar cinematográfico sempre fez parecer que uma adaptação para o cinema seria inevitável.

    Não sabemos quando o filme será lançado. Atualmente, o ator está gravando Scenes from a Marriage com Jessica Chastain para a HBO, antes de começar a gravar cenas da série Moon Knight da Marvel, para o Disney+. Ele também estrelará o filme de Barry Levinson, Francis and The Godfather, junto de Jake Gyllenhaal.

    A Sony está esperando lançado uma franquia com Metal Gear Solid, mas isso não funcionou tão bem para filmes como Assassin’s Creed e Need for Speed, então muitos fãs estão com o pé atrás. Isaac estrela o filme de Paul Schrader, The Card Counter e no filme de Denis Villeneuve, Duna, que em breve será lançado no HBO Max no mesmo dia em que chegar aos cinemas.



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    Swallow: Uma releitura do horror nos relacionamentos abusivos

    É impossível separar Swallow (2020) de dois acontecimentos: o primeiro é o movimento #MeToo que se propagou na comunidade hollywoodiana após a condenação do ex-produtor de filmes, Harvey Weinstein, por abuso sexual. A segunda é o lançamento de O Homem Invisível (2020) poucos meses antes de Swallow nos Estados Unidos.

    Esses dois fatores contribuem para a narrativa tanto dentro como fora de tela que o diretor Carlo Mirabella-Davis pretende. Assim como em O Homem Invisível, Swallow é um filme sobre uma mulher vivendo um relacionamento abusivo. Os dois longas apostam no terror social e juntos criam um movimento de filmes de horror com mulheres pós Me Too.

    Não à toa, ambos os filmes são dirigidos por homens, sendo provavelmente um recado de mudança para Hollywood. Porém, se em O Homem Invisível, o diretor Leigh Whannell apresenta uma abordagem mais violenta com ares de final girl. Em Swallow, Mirabella-Davis é mais silencioso, mas extremamente inquietante e agoniante.

    A começar por sua personagem principal. Hunter (Haley Bennett) é uma jovem dona de casa que após se casar com o jovem e rico Richie (Austin Stowell) descobre que está grávida. Nos primeiros minutos do filme, tudo parece perfeito se não fosse o comportamento submisso de Hunter perante o marido e os sogros.

    Nesse sentido, a atuação de Haley Bennett impressiona com a pura docilidade e obediência da personagem. Hunter parece sair de um passado totalmente patriarcal e isso é o que torna a personagem tão intragável. Ela nunca questiona o marido, deixa ser interrompida pelo sogro e acata as interferências da sogra em sua aparência.

    Ao contrário de Cecilia (Elisabeth Moss) em O Homem Invisível que é muito mais compenetrada em sair do seu relacionamento tóxico, Hunter se ilude em boa parte do filme de que é feliz. O fato de Hunter não ter o contato com sua família ou amigos a faz refém daquela situação. Logo, em sua cabeça, se submeter aos outros resultaria no amor que ela almeja.

    Desejo e controle 

    Carlo Mirabella-Davis é perspicaz ao atrelar os sentimentos de desejo e controle em seu filme. Ao ficar grávida, Hunter sente que mais uma vez perdeu um certo controle de sua vida que só caberia a ela. Logo, seu desejo por obter de volta seu próprio domínio se transforma em uma obsessão.

    Hunter começa a sofrer de um transtorno chamado alotriofagia que é o desejo de mastigar ou engolir objetos que não são comestíveis. A doença não é citada no filme, mas é algo ligada a gravidez e problemas familiares. Sendo assim, Hunter começa engolindo uma bola de gude, mas logo passa a objetos maiores e também afiados.

    Consequentemente, Swallow não explicita as pretensões de Hunter. Ao engolir objetos, ela tem o total controle de sua vida e também de sua gravidez. Sendo talvez o único momento em que ela não se sente um brinquedo de seu marido. Logo, Richie se apresenta como o homem perfeito, mas ao menor problema não hesita em humilhar e maltratar Hunter.

    Deste modo, o relacionamento tóxico entre Hunter e Richie configura como uma relação de desejo e controle. O distanciamento dos dois é tão grande que custa ao espectador acreditar que existe amor na relação. Logo, os dois são autoconscientes do seu próprio fingimento e do parceiro também.

    Sendo assim, o filme se arrasta alguns minutos a mais para que Richie e os pais descubram a doença de Hunter. Contudo, o final com um plot apresenta um resquício de esperança para Hunter. No mais, Mirabella-Davis constrói uma personagem inspirada em tantas outras mulheres que vivem caladas perante abusos. É extremamente difícil de aceitar, mas Hunter é real.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Swallow está disponível no streaming Mubi. O Mubi é um serviço de streaming que reúne em seu catálogo apenas produções clássicas, premiadas e consideradas “cult“.

    Confira o trailer de Swallow:

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