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    Al Pacino: 10 filmes com suas melhores atuações

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    Alfredo James Pacino é um premiado ator, produtor, roteirista e cineasta norte-americano de origem italiana e é considerado um dos maiores atores da história, isso é irrefutável. A cada filme uma nova obra prima, assim como a sua reinvenção, afinal, Al Pacino imortalizou diversos papéis na sétima arte, desde Michael Corleone em O Poderoso Chefão até Tony Montana em Scarface. E aos seus 79 anos, ainda permanece em filmes de extrema potência como O Irlandês, Era Uma Vez Em… Hollywood e agora a nova produção da Amazon Prime Video, a série Hunters, dirigida pelo renomado diretor Jordan Peele (Corra! e Nós).

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – Hunters: Tudo que sabemos sobre a série da Amazon

    Separamos, então, os principais filmes que consagraram o ator com todo o seu talento, essência e originalidade que acumulam mais de 50 filmes na sua filmografia. Confira!

    Nota da autora: A lista abaixo segue uma ordem – até certo ponto – de preferência (do melhor para o icônico). Porém, fica aqui o registro de que definir os melhores filmes de Al Pacino é uma tarefa sofrível para essa que vos escreve.

    O ADVOGADO DO DIABO (1997)

    Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um advogado interiorano que nunca perdeu um caso. Quando é contratado por John Milton (Al Pacino), dono do maior escritório de advocacia de Nova Iorque, sua vida parece que irá dar uma guinada. Só que diversas aparições paranormais começam entrar na vida de sua esposa Mary (Charlize Theron).

    Pacino consegue junto à trama, estabelecer uma espécie de alegoria para o embate maniqueísta entre o bem e o mal, uma luta constante que engendra as relações e reflexões filosóficas em uma sociedade mergulhada nos dogmas do cristianismo.

    O INFORMANTE (1999)

    Toda regra possui suas exceções. E aqui, neste thriller político que é uma biografia real, Al Pacino vive o produtor do programa investigativo 60 Minutes. Ele recebe um furo de reportagem fortíssimo através da denúncia do informante vivido por Russell Crowe, um funcionário do alto escalão da indústria tabagista, que resolve denunciar sobre todas as químicas do produto, criado para viciar seus consumidores.

    Este é um estupendo trabalho dirigido pelo eletrizante Michael Mann; a troca de habilidades entre Pacino e Crowe se torna o grande destaque, mostrando um retrato agudo tanto sobre um conflito ético-pessoal quanto a realidade da imprensa.



    O PAGAMENTO FINAL (1994)

    Um dos grandes filmes do diretor Brian De Palma (Os Intocáveis), garante ótimas sequências e boas funções no decorrer da trama. As atuações de Al Pacino e Sean Penn são memoráveis, contextualizando a história como um olhar humano para a biografia de um ex-mafioso que, agora, quer levar uma vida correta.

    A forma como o passado assombra o protagonista é simplesmente sufocante, poucos personagens criam tanta empatia no espectador, justamente pelo contraste entre o que ele pretende ser e os conflitos pelos fantasmas do passado que o impedem de seguir em frente.

    DONNIE BRASCO (1997)

    Mike Newell (diretor de Quatro Casamentos e um Funeral) pode parecer, inicialmente, uma escolha estranha para um drama criminal. No entanto, o cineasta conseguiu fazer de Donnie Brasco um dos melhores filmes dos anos 90, em uma história baseada em fatos vividos pelo agente Joseph Pistone.

    Al Pacino e Johnny Depp contracenam de forma apreciável, considerado uma das melhores duplas que trabalharam naquela década, se tornando um filme obrigatório para os amantes do gênero máfia que foge dos moldes tradicionais.



    FOGO CONTRA FOGO (1995)

    Al Pacino e Robert De Niro se encontram novamente em Fogo Contra Fogo, e o resultado é previsível: um duelo de duas lendas em uma trama extremamente elogiada por suas atuações. São cenas únicas, daquelas que captam a atenção de uma forma magnética, considerado um dos melhores do gênero com alguns elementos neo-noir. Além disso, o filme contém uma das cenas de ação mais intensas já feitas em tela, que anos depois influenciaria a obra-prima Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #19 – Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008, Christopher Nolan)

    PERFUME DE MULHER (1992)

    O filme que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator (após sete indicações), Pacino interpreta Frank Slade, um ex-coronel cego que viaja para Nova Iorque com o estudante Charlie Simms (Chris O’Donnell), com quem resolve ter um final de semana perfeito antes de falecer. Porém, durante a viagem ele começa a se interessar pela vida do jovem, esquecendo seus próprios problemas que o levaram até a decisão de viajar.

    Al Pacino se torna o proprietário do filme desde o primeiro segundo em que aparece diante da câmera, trazendo consigo a certeza e a consolidação do seu personagem. A famosa cena do tango se imortalizou como um dos momentos mais icônicos e delicados da história do cinema; vale ressaltar que Perfume de Mulher também ganhou mais três estatuetas nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Filme.



    SERPICO (1973)

    A história de um homem que se recusou a ceder ao crime, apesar das consequências. Uma história real e inspiradora, baseada na biografia do policial Frank Serpico – que expôs a corrupção na corporação. A direção é de Sidney Lumet (Um Dia de Cão), em um filme que fez Al Pacino receber a sua segunda indicação ao Oscar como Melhor Ator com imensos elogios da crítica. Mas a sua performance vai muito além. Ele consegue transmitir toda a frustração e indignação que tomam seu personagem pela expressão do ingênuo policial iniciante cheio de esperanças ao revoltado e inconformado homem da lei que enxerga bem diante de si toda corrupção onde trabalha.

    UM DIA DE CÃO (1975)

    Em mais uma interpretação magistral, Um Dia de Cão é lembrado como um filme antissistema em meio ao desencanto americano com a Guerra do Vietnã. Acima de tudo, aborda questões de identidade de gênero, por isso, também pode ser considerado um clássico queer. A trama é inspirada na história real de John Wojtowicz, adaptada de um artigo famoso da revista LIFE, “The Boys in the Bank“. Essa inusitada história rendeu um dos maiores clássicos da Nova Hollywood, Pacino consegue transparecer nitidamente toda a exaustão física e psicológica mostrando com outros olhos o sensacionalismo televisivo.



    SCARFACE (1983)

    E quais são os limites para um homem conseguir o que quer? Na década de 80, o criminoso cubano Tony Montana é exilado e vai para Miami onde, após não muito tempo, passa a trabalhar para o chefão das drogas local. Entretanto, a ambição desmedida de Montana combinada com uma terrível paranoia, logo vai garantindo para ele uma escalada natural no mundo do crime, transformando ele próprio o poder absoluto. Assim, a trama se torna um orgânico estudo de personagem onde se analisa, através do cenário do submundo do crime, a ganância do homem moderno.

    Al Pacino se transforma aqui, em um dos maiores ícones da história do cinema, transborda e domina talento com carisma, um olhar desconfiado e provocador, acrescentando oscilações repentinas no tom de voz.

    Contendo diálogos inteligentes, mostrando a degradação humana forjada pela ambição de poder e voltado para expor o desenvolvimento psicológico do protagonista. Melhor definição: triunfal.

    TRILOGIA O PODEROSO CHEFÃO (1972-1991)

    Incontestavelmente o maior de todos chega no final dessa lista. A obra-prima dirigida por Francis Ford Coppola é uma verdadeira análise da máfia e da imigração italiana nos Estados Unidos. O Poderoso Chefão não só influenciou o que seria feito a partir dali, se transformando em um dos melhores filmes de todos os tempos, como também foi um dos primeiros responsáveis a trazer Hollywood de volta aos seus anos dourados.

    Com Al Pacino somos levados, enquanto espectadores, ao mesmo confronto que o personagem: primeiramente porque nos identificamos com o tal, o cinismo e a distância do mesmo é algo que nos afasta, mas com o passar do tempo e das suas atitudes, fica impossível não criarmos uma afeição e, claro, a esperança de um resultado positivo. Ele chama o espectador para a trama com maestria, incluindo-o exatamente com o que atua, na construção de uma visão complexa em algo supostamente simples, mais uma vez visceral em toda a sutileza de detalhes entre a arte e a verdade.



    Aqui chegamos na difícil tarefa de listar os melhores filmes desse incrível ator, e obviamente muitos outros longas ficaram de fora. Conta pra gente, qual é o seu filme preferido com o mestre Al Pacino?

    CRÍTICA | Crônicas de R’Lyeh: A Testemunha (2020, Skript)

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    Em comemoração aos 100 anos da publicação do conto Dagon de H.P. Lovecraft, a HQ Crônicas de R’Lyeh: A Testemunha está com campanha de apoio coletivo no Cartase e nela temos a chegada de Cthulhu e os últimos dias da cidade perdida de R’Lyeh adaptados para os quadrinhos. Uma obra imperdível para apaixonados por terror e/ou Lovecraft e os Mitos de Cthulhu.

    H.P Lovecraft foi um dos grandes expoentes da literatura do horror e até hoje continua influenciando dentro da cultura pop seja no cinema, música, séries, games e quadrinhos. Apesar de sua carreira ter sido curta, até hoje continua sendo venerado em todo mundo dentro do universo do horror cósmico.

    “A Emoção mais antiga e mais forte do homem é o medo, e o medo mais antigo e mais forte é o medo do desconhecido.” – H.P Lovecraft

    A Testemunha é inspirado no conto Dagon, de Lovecraft (originalmente publicado em 1919 no The Vagrant) a trama funciona como um prelúdio e se passa décadas depois da história original. Aqui acompanhamos o bisneto (do personagem do conto Dagon) com a pesquisa do seu pai diante da carta do seu bisavô que foi passada de geração para geração, onde ele busca descobrir se o lugar em que o seu bisavô ficou louco, realmente existiu ou foi apenas um devaneio. Garanto para você, caro leitor, que o final desse quadrinho é surpreendente.

    Arte de capa por Alex Tso e cores/layout por Amaury Filho.

    Posso dizer que o trabalho de Douglas P. Freitas e Alice Monstrinho é bem desenvolvido e respeita o legado de H.P Lovecraft. O roteiro de Douglas é bem escrito e tem um excelente ritmo para história, quanto a arte de Alice é bem limpo e sombrio, seus traços lembram um pouco do Esteban Maroto em Os Mitos de Cthulhu, de 2019, da editora Pipoca e Nanquim.

    Nossa nota

    Recomendo que leia primeiro o conto Dagon e terminando a leitura do conto, parta imediatamente para o quadrinho Crônicas de R’Lyeh: A Testemunha, dessa forma você irá mergulhar nesse universo de insanidade.

    Caso queiram acompanhar o trabalho de Alice Monstrinho sigam-na no Instagram (@alicemonstrinho), em sua página tem artes mais lindas que as outras.

    A publicação está por conta da Skript Editora e terá um formato americano, mas sem lombada quadrada por conta do número de páginas (16 ao total). Espero que a editora continue dando oportunidade para os nossos quadrinista brasileiros.

    E você, já apoiou a campanha de Crônicas de R’Lyeh: A Testemunha no Cartase? Lembre-se que também temos uma, mas no Apoia.se!



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    Card games ganham espaço no PS4 e Xbox One

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    Quem nunca se divertiu com card games? Seja um bom e velho baralho com familiares, aqueles jogos de duelos que se popularizaram nos anos 2000 ou até mesmo os RPGs mais complexos, não há quem não tenha gastado algumas horas jogando com cartas. O que muitos não sabem, no entanto, é que os consoles também oferecem boas opções para quem gosta de um carteado.

    Tanto Xbox One quanto PlayStation 4 contam com alguns jogos que ganham espaço no mercado, desde jogos de pôquer (poker, em inglês) até clássicos como o Magic. Confira boas opções:

    MAGIC: THE GATHERING

    Card games ganham espaço no PS4 e Xbox One
    The Gathering: Duels of the Planeswalkers.

    O RPG mais popular do mundo, com aproximadamente 12 milhões de jogadores espalhados pelo planeta e uma série de torneios presenciais, o Magic: The Gathering também entrou na onda dos e-sports.

    Para jogadores de Xbox, algumas boas opções são o Magic: Duels of the Planeswalkers e Magic Duels: Origins, também disponíveis para PC, ambos os jogos permitem uma viagem pelo multiverso de Magic, com diversos boosters e decks e a possibilidade de jogar online.

    Para os amantes do Playstation, o jogo Magic: The Gathering: Duels of the Planeswalkers está disponível para PS3, embora haja a expectativa de que novas versões do card game sejam lançadas para as novas versões do console.



    YU-GI-OH

    Yu-Gi-Oh! Legacy of the Duelist.

    Quem não se lembra do anime que se popularizou no Brasil no começo dos anos 2000 e levou milhares de jovens a colecionarem cards e participarem de duelos com os amigos? O trading card game japonês é um dos mais populares do mundo – existe até um campeonato mundial disputado anualmente.

    Para aqueles que querem jogar sem sair de casa (e sem precisar gastar rios de dinheiro nas bancas de jornal), uma boa opção é o Yu-Gi-Oh! Legacy of the Duelist, disponível tanto para PlayStation 4 e Xbox One quanto para PC. O jogo permite a montagem dos decks e oferece a opção de jogar tanto offline quanto no modo multiplayer com outros jogadores. Nostalgia pura!

    PÔQUER

    Pure Hold’em.

    o jogo de cartas mais popular do mundo, o poker se expandiu mundialmente por meio de sites como partypoker com partidas e torneios online, mas também tem alternativas populares nos principais consoles da atualidade.

    Uma dessas opções é o Pure Hold’em, desenvolvido pela VooFoo Studios e disponível para Playstation 4, Xbox One e PC. O jogo proporciona uma experiência de cassino, com a possibilidade de jogar em 6 mesas diferentes, cada uma com um nível diferente de exigência. Também estão disponíveis algumas expansões para ampliar ainda mais a variedade do jogo.

    Outro que está disponível para as três plataformas é o Prominence Poker, desenvolvido pela Pipeworks Studio. Com ótimos gráficos, o game oferece um modo história bastante interessante, além da possibilidade de jogar online. Também é possível comprar itens para levar consigo nas mesas e tornar a experiência ainda mais real.

    Tanto o Pure Hold’em quanto o Prominence Poler são boas oportunidades para quem busca praticar a modalidade mais popular dos esportes da mente e, quem sabe, se profissionalizar e ganhar milhões em torneios ao vivo no Brasil e no mundo.

    OUTROS JOGOS

    GWENT: The Witcher Card Game.

    Um dos mais populares card games disponíveis para PlayStation 4, Xbox One e PC é o GWENT: The Witcher Card Game, jogo de cartas da franquia The Witcher, a mesma que se popularizou a partir do ano 2007 e ganhou série da Netflix em 2019, estrelada por Henry Cavill.

    Desenvolvido pela CD Projekt Red, Gwent consiste em partidas de melhor de três rounds e decks de no mínimo 25 cartas. Os decks pertencem a uma das chamadas facções: Nilfgaard, Monstros, Skellige, Reinos do Norte e Scoia’tael.

    Outra alternativa é o Eternal Card Game, para Xbox One, PC, Nintendo Switch e iOS. Constituído em um cenário de Weird West Fantasy, o jogo desenvolvido pela Dire Wolf Digital consiste em cartas separadas em cinco tipos e facções diferentes, e também permite o modo multiplayer.

    BÔNUS: MOBILE

    Já que citamos o iOS, podemos aproveitar a oportunidade e falarmos também de dois card games mobile; um que já possui uma legião e fãs e outro bem recente e que promete boas aventuras: Hearthstone Mythgard.

    HEARTHSTONE

    Hearthstone: Com apoio da Blizzard, game terá torneio semanalO card game digital gratuito que se tornou um sucesso da desenvolvedora Blizzard Entertainment conta com diversas expansões – como Os Salvadores de Uldum – e milhares de jogadores ao redor do mundo.

    Originalmente conhecido como Hearthstone: Heroes of Warcraft, é um jogo de cartas estratégico online desenvolvido e publicado pela Blizzard, além de ser o primeiro jogo da empresa gratuito e também o primeiro a ser lançado para plataformas móveis.

    MYTHGARD

    Do estúdio Rhino Games, e seu primeiro lançamento, o card game Mythgard, promete atrair uma legião de fãs.

    O game trata de um mundo abandonado por divindades, deixando humanos, anjos, vampiros e diversas criaturas mitológicas ao relento. Os mais aproveitadores instalaram sistemas próprios de controle, deixando facções em uma eterna guerra e a população em miséria.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Mythgard (2019, Rhino Games)

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    CRÍTICA – Frankie (2020, Ira Sachs)

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    Frankie, o novo filme de Ira Sachs (Melhores Amigos) é um filme um pouco fora do usual. Com um início confuso e enrolado nos seus primeiros 30 minutos, aposto com você, caro leitor, que se me dissessem que o primeiro ato tivesse sido escrito por Tommy Wiseau, diretor e escritor do lendário The Room, eu não iria me espantar, mas vamos do início:

    A TRAMA

    Frankie (Isabelle Huppert) é uma atriz famosa que enfrenta um câncer terminal. Ao saber que está em seus últimos meses de vida, decide reunir sua família na pacata e bela Sintra, em Portugal, para passar seus últimos momentos com quem mais ama no mundo.

    A trama do longa é muito simples e poderia ter bons frutos se as escolhas dos roteiristas e diretor não fossem tão equivocadas. Já tivemos excelentes filmes (e até HQs) com uma temática parecida, de uma pessoa doente ou nos seus últimos dias de vida tentando se permitir ao máximo aproveitar tudo enquanto pode.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – CRÍTICA – Duas Vidas (2018, Editora Nemo)

    Todavia, aqui temos alguns problemas graves. Entretanto, falaremos primeiro das virtudes da obra.

    PONTOS POSITIVOS

    Frankie conta com uma fotografia muito bonita, uma vez que a escolha da locação ajudou muito. Sintra é uma belíssima cidade, nos mostrando todo o esplendor das cidades tradicionais europeias, com uma arquitetura única e cenários paradisíacos.

    As atuações também são boas, pois há uma certa profundidade em alguns personagens, mesmo que suas personalidades sejam ofuscadas por uma história enrolada e que não chega a lugar algum.

    Destaque para Jérémie Renier (Paul), que interpreta o filho de Frankie e Vinnette Robinson (Sylvia) – que faz o papel da filha de Jimmy (Brendan Gleeson) – são os personagens mais complexos e que possuem alguma relevância dentro da história.

    Os dois são quebrados amorosamente, de formas diferentes. Ele por não conseguir se relacionar por muito tempo com suas namoradas e ela por viver num casamento infeliz por questão de comodidade.

    Por mais que a direção os escanteie ao longo das 01h40min, em seus momentos, os dois atores conseguem brilhar.

    PONTOS NEGATIVOS

    Agora falaremos dos diversos problemas de Frankie… começando justamente pelo tempo de tela dos personagens.

    A quantidade de subtramas em pouco tempo de filme faz com que o espectador perca o interesse por todas elas, ou pior, não adquira tal interesse por nenhuma. São tantos personagens que acabam todos não tendo o tempo necessário de tela para se desenvolverem e brilharem, perdendo o apreço do público.

    Sobre personagens, Greg Kinnear (Gary) fica completamente solto, sem ter nenhuma serventia na trama. Se o personagem não estivesse ali, nem notaríamos sua presença, vide que o guia turístico Tiago (Carloto Cotta) tem muito mais relevância que o personagem de Kinnear. Um desperdício, principalmente pelo fato do ator já ter trabalhado com Ira Sachs em Melhores Amigos (2016).

    Outro fator que prejudica muito o longa é a tentativa de misturar de estilos de direção europeia com a americana. Os filmes americanos costumam ser divididos em três atos e serem mais autoexplicativos.

    Já os do Velho Continente costumam ter uma outra forma de ver, podendo ter apenas dois atos ou atos bem longos, contando a história de formas menos usuais.

    Entretanto, o fato de Ira Sachs tentar nos inserir na trama com pouco conhecimento e exigindo que façamos deduções não auxilia, pois é quase uma caça ao tesouro extremamente arrastada e desinteressante, sem ter um final que sustente as escolhas do diretor.

    CONCLUSÃO

    Frankie é um filme que “começa e termina no meio”. Arrastado e sem relevância, não nos diz a que veio.

    As escolhas precipitadas acabaram nos dando um gosto amargo do que poderia ser doce e suave numa manhã nublada de terça-feira.

    Nossa nota

    Confira o trailer legendado:

    E vocês? Estão animados com o filme? Comentem e deem sua nota!



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    Hunters: Tudo que sabemos sobre a série da Amazon

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    Al Pacino lidera um time de vigilantes que tem como intuito caçar e levar justiça aos nazistas na Nova Iorque dos anos 70. Inspirada por eventos reais, a nova série da Amazon Prime, Hunters – não se confunda com a série da Syfy de mesmo nome – é o equivalente televisivo a socar nazistas na cara, não tão diferente de Bastardos Inglórios, dirigido por Quentin Tarantino.

    Originalmente intitulada como The Hunt (ou em tradução livre: A Caçada), a série foi anunciada em Março de 2018, e sumiu do radar de muitas pessoas por algum tempo. O vencedor do Oscar, Jordan Peele, será o produtor executivo da série e Al Pacino será o personagem central e o líder da equipe.

    Aqui está tudo que sabemos sobre Hunters:

    QUANDO A SÉRIE SERÁ LANÇADA?

    https://www.inverse.com/article/62171-hunters-amazon-prime-release-date-trailer-al-pacino-nazis-cast

    Marque no seu calendário: Hunters estreará na Amazon, no dia 21 de Fevereiro, sexta-feira. A primeira temporada consistirá em dez episódios, e todos estarão disponíveis na estreia da temporada.

    QUAIS ATORES ESTÃO EM HUNTERS E QUEM ELES VIVEM?

    Hunters

    Al Pacino, cujo último projeto foi O Irlandês de Martin Scorsese, dará vida a Meyer Offerman, um sobrevivente do Holocausto e fundador dos Caçadores. Offerman é responsável por reunir um grupo de caçadores de nazistas.

    POST RELACIONADO | CRÍTICA – O Irlandês (2019, Martin Scorsese)

    Logan Lerman se juntará a ele na caçada como Jonah Heidelbaum, cuja avó foi assassinada por um assaltante desconhecido. Offerman oferece à Jonah a chance de vingança: “A melhor vingança é vingança“, ele diz no trailer.

    O elenco também conta com Josh Radnor como Lonny Flash, um ator que também é um caçador de nazistas, Kate Mulvany como a Irmã Harriet, Tiffany Boone como Roxy Jones, Louis Azawa Changchie como o veterano do Vietnã Joe Torrance, e Carol Kane e Saul Rubinek como o casal Mindy e Murray Markowitz.



    QUAL O ENREDO DE HUNTERS?

    A série é focada em uma equipe habilidosa e secreta de caçadores em busca de oficiais nazistas de alta patente vivendo na Nova Iorque de 1977. É uma missão particularmente urgente dado que essas pessoas vis estão ativamente conspirando para criar um Quarto Reich nos Estados Unidos. Os caçadores são incumbidos de acabar com seus planos de um outro genocídio, antes que seja tarde demais.

    David Wail contou a TV Insider no mês passado:

    “A série é muitas coisas. É uma história de crescimento, um drama histórico e um terror de vingança. Imagine a moralidade de Arthur Miller misturada com os vários tons de um quadrinho de Frank Miller.”

    Wail diz que ele se inspirou nas histórias contadas por sua avó, que sobreviveu ao Holocausto.

    “Da minha mesma forma, Hunters é a minha busca por justiça.”



    MAS E O TRAILER DE HUNTERS?

    O trailer pode ser visto abaixo:

    QUÃO VIOLENTA É SÉRIE?

    A Amazon ficou bem mais ambiciosa com a sua programação original recentemente, mostrando um enorme apetite por brutalidade. Hunters conta com muitos socos, chutes, sangue; e explosões não irão faltar. Em certo momento, o personagem de Al Pacino esfaqueia até a mão de alguém, então a série definitivamente não é para as pessoas que se incomodam com sangue. Entretanto, o nível de violência não passará The Boys, e além de socar nazistas, nós esperamos uma boa quantidade de tempo na caçada, e também nas interações do elenco.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – Filmes da cultura pop em que nazistas se ferram 

    Hunters entrará no catálogo da Amazon Prime no dia 21 de Fevereiro de 2020.



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    Tudo o que você precisa saber sobre Jordan Peele

    Hunters, série produzida por Jordan Peele, chega ao serviço de streaming Amazon Prime Video no dia 21 de Fevereiro de 2020 e, para celebrar, montamos esse dossiê completinho sobre a vida e obra de Peele!

    HISTÓRIA

    Jordan Haworth Peele nasceu em Nova Iorque em 21 de Fevereiro de 1979 e foi criado por sua mãe solteira na Upper West Side de Manhattan. De acordo com a revista People, Peele começou a estudar cinema aos 12 anos de idade e costumava ir ao multiplex com sua mãe para assistir e analisar filmes clássicos como E.T. – O extraterrestre, Edward Mãos de Tesoura e Os Fantasmas Se Divertem.

    Peele quase se formou no curso de “marionetes” no Sarah Lawrence College, uma escola de artes liberais em Nova Iorque. Em 2018, ele disse à revista Time que escolheu o curso porque “era obcecado por fantoches”, mas também porque achava que fantoches eram algo em que “não achava que poderia falhar”.

    Ele frequentou a faculdade por dois anos, mas abandonou os estudos para formar uma dupla de comédia chamada Dois Caras Brancos com sua colega de quarto da faculdade e a futura roteirista do programa Key & Peele, Rebecca Drysdale .

    MADtv

    De 2003 a 2009, Peele se juntou ao elenco de atores da MADtv, uma série de televisão inspirada na revista americana Mad. Ele e Keegan-Michael Key – que viria a se tornar seu grande parceiro ao longo da carreira – foram demitidos ao mesmo tempo de seus antigos trabalhos, os colocando no elenco de MADtv no mesmo ano. O programa estava procurando apenas um comediante negro na época, mas a química da dupla os levou a serem contratados juntos.

    Jordan Peele foi indicado ao Emmy de 2008 por sua música “Sad Fitty Cent“, uma paródia de videoclipe do cantor 50 Cent que, em sua letra, lamentava sua rivalidade com o cantor Kanye West. O ator ficou famoso por suas imitações, que se tornaram marca registrada em sua carreira ao longo dos anos.

    KEY & PEELE

    Em 2010, Jordan Peele dava novos passos em sua carreira formando uma parceria com o ator Keegan-Michael Key – que ele considera como um irmão. Juntos criaram o Key & Peele, programa em que cada episódio consiste em várias esquetes pré-gravadas estrelando os dois atores. Os temas das esquetes abordavam uma variedade de tópicos da sociedade. A maioria delas tratam sobre cultura popular americana, estereótipos e críticas sociais.

    Key & Peele estreou em 31 de Janeiro de 2012 e terminou em 9 de Setembro de 2015, com um total de 53 episódios, ao longo de cinco temporadas. O seriado ganhou um Peabody Award e dois Primetime Emmy Awards. Também foi indicado para vários outros prêmios, incluindo o Writers Guild Award (WGA) e o NAACP Image Award.

    Corra! e a primeira vez de Jordan Peele no Oscar

    Tudo o que você precisa saber sobre Jordan PeeleUm dos filmes mais aclamados do Oscar 2018, Corra! pode ser considerado um grande sleeper hit. Com lançamento no início de 2017, o longa foi ganhando espaço na temporada de premiações e teve uma campanha sólida que o ajudou a chegar ao Oscar daquele ano. Dessa forma, a obra teve fôlego para ser indicado a quatro categorias (incluindo Melhor Filme) e vencer como Melhor Roteiro Original. Corra! também ganhou o prêmio do WGA de Melhor Roteiro Original e um BAFTA na mesma categoria.

    Jordan Peele fez história ao se tornar o primeiro negro a vencer a categoria de Melhor Roteiro Original. Em 2019, Spike Lee foi quem saiu com essa estatueta em mãos por Infiltrado na Klan (co-produzido pelo próprio Peele) e em 2020, Bong Joon-ho com o fenomenal Parasita. A vitória de Corra! abriu uma sequência positiva nessa categoria, trazendo (um pouco) mais de diversidade à premiação.

    Corra! é o primeiro filme de Peele como diretor – que decidiu se aposentar da atuação em 2018. Ele optou pelo gênero do terror por se familiarizar com o estilo. Em 2019, em uma entrevista à NPR, o diretor afirmou que, quando criança, tinha um relacionamento de amor e ódio com filmes de terror. Segundo afirmou, ele gostava de assisti-los, mesmo que ficasse aterrorizado. Jordan Peele disse ainda que uma das razões pelas quais faz filmes de terror é para superar seus próprios medos, fazendo com que se sinta mais forte e mais corajoso.



    NÓS (Us)

    Após o massivo sucesso de Corra!, Jordan Peele trouxe outro longa desafiador para as telonas. Nós, estrelado por Lupita Nyong’o, conta a história de uma família que se vê frente a frente com seus doppelgänger (cópias de si mesmos).

    Dirigido e roteirizado por Peele, Nós se tornou uma das maiores aberturas da história dos EUA para um filme original de terror, atingindo 71 milhões de dólares no seu fim de semana de estreia. O recorde anterior pertencia ao longa Um Lugar Silencioso com bilheteria de 50 milhões de dólares.

    Ao contrário de Corra!, Nós não teve fôlego para as premiações televisionadas desse ano, sendo completamente ignorado pela Academia. Muito se deve à época de lançamento – no início de 2019 – e ao pouco tempo de votação para o Oscar desse ano.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – As principais dúvisas sobre a votação da Academia

    Mesmo sem vencer os prêmios televisionados – e sendo esnobada pelo Oscar -, Lupita foi uma das atrizes mais premiadas na temporada entre as associações de críticos, vencendo inclusive o CFCA Award, HCA Award e o New York Film Critics Circle Awards.



    Mais projetos de Jordan Peele que merecem ser vistos

    Após dirigir Corra! e Nós e produzir Infiltrado na Klan, Jordan Peele ganhou mais espaço em Hollywood. Isso o credenciou a arriscar mais produzindo novos projetos. É o caso do novo The Twilight Zone (conhecida no Brasil como Além da Imaginação) e da série original do Youtube Weird City.

    A série é uma divertida mistura de horror, comédia e ficção científica. Weird City se passa em uma cidade distópica do futuro com cada episódio explorando personagens e cenários surreais de um mundo habitado por uma população de cidadãos desiludidos. A produção conta em seu elenco com grandes nomes como Awkwafina, Dylan O’Brien, Sara Gilbert, Gilian Jacobs, Michael Cera, Rosario Dawson, Laverne Cox e Ed O’Neill.

    Já a nova versão de The Twilight Zone para a CBS – com distribuição pela Amazon Prime Video – é uma revitalização da série clássica que já caiu na graça dos fãs. Com ótima recepção da crítica, o projeto de Jordan Peele já foi renovado para a segunda temporada. O elenco conta com nomes como Seth Rogen, Zazie Beetz, Morena Baccarin, Jacob Tremblay e Taissa Farmiga.

    Hunters (série original da Amazon Prime Video) protagonizada por Al Pacino, e o remake de O Mistério de Candyman, clássico cult de 1992 e considerado por Peele como um marco para a representação negra no gênero do terror, são os seus grandes lançamentos para 2020. Em ambos os casos, ele não é o diretor, mas atua como produtor executivo.

    O Mistério de Candyman será lançado em 12 de Junho deste ano e irá revisitar a história clássica dos anos 1990. Jordan Peele irá co-escrever o roteiro em parceria com Win Rosenfeld, e Nina DaCosta será a diretora. O longa conta a história de uma estudante cuja pesquisa sobre folclore moderno evoca espíritos dos mortos.

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    Por sua vez, Hunters é inspirada em fatos reais e segue uma equipe de caçadores de nazistas na cidade de Nova Iorque em 1977. O grupo descobre que centenas de fugitivos nazistas estão vivendo na América, fazendo o que qualquer esquadrão de vigilantes faria: uma sangrenta busca por vingança e justiça. No elenco da série estão confirmados Logan Lerman, Al Pacino, Josh Radnor e Jerrika Hinton.



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