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    Navegação no modo privado: Mitos e verdades

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    Presente na maioria dos principais browsers, o modo de navegação privada é uma funcionalidade que permite ao usuário alternar entre a tradicional navegação na internet e um modelo tido como “anônimo”, que promete certa privacidade na rede, uma vez que não grava o histórico de atividade usuário, não permite a instalação de cookies e apaga o cache automaticamente, após o término da sessão.

    Muitas pessoas utilizam o recurso para acessar sites de conteúdo adulto, como também para evitar anúncios e pop-ups indesejáveis e, principalmente, para fazer busca por produtos e serviços sem que as empresas tenham prévio conhecimento de gostos e preferências e se aproveitem disso para manipular ofertas e valores. Plugins e extensões ficam automaticamente desabilitado no modo anônimo.

    No intuito de esclarecer o que é realmente verdade e mito sobre a navegação privada e até que ponto você realmente está anônimo, seguro e suas atividades não estão sendo monitoradas ou registradas, é que decidimos elaborar esse artigo.

    1) Utilizar o modo de navegação privada garante o anonimato na rede – MITO

    Você definitivamente não vai navegar anonimamente ao utilizar o modo de navegação privada.

    O browser irá excluir o histórico de sites visitados e os cookies instalados assim que a aba de navegação privada for fechada. Entretanto, durante sua navegação seu endereço IP fica visível, indicando sua localização e seu provedor de internet. Além disso, os sites que você visita conseguem facilmente identificar o seu acesso. Por fim, o administrador da rede que você está utilizando também mantém um registro da atividade online, seja ele seu empregador ou seu provedor de internet.

    2) Navegar através do modo privado é mais seguro – MITO

    Muita gente acredita que utilizar o modo de navegação privada é um recurso extra de segurança ao acessar o Internet Banking, o que não é verdade, pois como já dito anteriormente, a funcionalidade não esconde o seu endereço IP, não evitando o acesso de hackers ao seu dispositivo. Para garantir a privacidade ao acessar serviços bancários, principalmente em redes públicas, o ideal é fazer uso de um bom serviço de VPN (Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual).

    3) Conseguir melhores ofertas em produtos e serviços – VERDADE

    Algo que se tornou extremamente funcional e popular foi a compra de passagens aéreas baratas através do modo de navegação privada.

    Viajar é o sonho de consumo da maioria dos brasileiros, segundo pesquisas. E, não é à toa que as empresas que disponibilizam passagens online têm sempre uma promoção imperdível, uma oferta de última hora, pois captam e armazenam seus registros de pesquisa e disponibilizam a você o que é interessante para elas – não necessariamente o preço mais barato -, em razão da instalação prévia de cookies em seu computador. O mesmo ocorre com os sites de reserva de acomodação e as grandes redes de comércio eletrônico.

    Utilizando o modo de navegação privada, você elimina o histórico de buscas nos sites de passagens e evita que as empresas “customizem” resultados direcionados ao seu perfil, por vezes, inflacionando os preços.

    Afinal, o que são os cookies?

    De maneira resumida, os cookies são pequenos arquivos enviados a você, uma vez que visita determinado site. Eles não são vírus, não danificam seu computador. Eles servem para identificar o usuário e fornecer a melhor experiência de navegação possível, personalizando a página conforme seus interesses, bem como gravando um histórico de atividade online, para que você não precise repetir ações anteriormente executadas.

    4) Desbloqueio de conteúdo restrito a assinantes de sites de notícias – VERDADE

    “Você já leu todo o conteúdo gratuito deste mês”

    Quem nunca se deparou com a mensagem acima, ao tentar acessar uma matéria importante num site de notícias conceituado?

    Isso acontece porque eles estão tentando vender uma assinatura digital em troca da informação. E, através dos cookies que foram instalados em seu dispositivo na primeira vez que você visitou aquele site , conseguem mapear cada tentativa de acesso a quaisquer conteúdos, provenientes de sua página.

    Ao utilizar o modo de navegação privada, não há registro prévio de navegação, nem tampouco cookies armazenados. Dessa forma, sempre que você quiser acessar um site passível de subscrição, basta abrir uma nova aba no modo anônimo e o site de notícias vai entender que você está consumindo a matéria pela primeira vez.

    CRÍTICA – Judy: Muito Além do Arco-Íris (2019, Rupert Goold)

    Judy Garland foi uma das atrizes mais jovens a atingir o estrelato na Hollywood do século XX. É interessante ver como o diretor do filme, Rupert Goold, optou por explorar a história de Judy ao adaptar a peça criada com o objetivo de contar os últimos anos de vida da atriz, “Rainbow’s End” de 2012.

    Judy

    Ao roubar a cena em Pigskin Parade, Garland – que apesar de não ter sido a atriz principal do filme, atraiu para si a atenção dos holofotes com apenas 13 anos na comédia-musical -, a atriz já se mostrava uma das cantoras mais proeminentes e com maior extensão vocal de sua geração. Mas antes mesmo de seu papel mais marcante, Garland viveu a personagem Esther Blodgett em 1937, na segunda versão de Nasce Uma Estrela.

    Apenas dois anos depois, a atriz ficou conhecida como o rosto de Dorothy Gale e foi responsável por uma das versões mais marcantes de Somewhere Over the Rainbow ao estrelar O Mágico de Oz em 1939.

    Por nascer no início do cinema falado, em 1922, Judy Garland fez parte de uma cultura do cinema que visava apenas o lucro e a beleza, quase sempre, não se importando com o bem-estar ou com a saúde dos atores.

    Garland foi uma das atrizes dessa mesma “safra” que sofria nas mãos de diretores e produtores exclusivamente homens, visto que Hollywood apesar de ostentar belos rostos em seus cartazes, era machista demais, para colocar uma mulher em cargos de importância dos grandes estúdios – vale lembrar que a primeira diretora a assumir um filme foi Dorothy Emma Arzner em 1943, muitos anos depois de inúmeras jovens atrizes terem sofrido nas mãos de diretores que visavam o lucro e belos rostos.

    Judy

    Tendo sido viciada em barbitúricos desde muito jovem, Judy vem de uma família disfuncional e foi, de certa forma, abandonada por sua mãe, que tinha em mente apenas o lucro que a carreira da filha podia trazer. Judy Garland depositou na carreira e em seu público o afeto que parecia querer receber daqueles mais próximos a ela.

    O filme de Rupert Goold coloca Renée Zellweger no papel que parece ser o de sua vida. Onde dá espaço para a atriz brilhar, se afastando de comédias galhofas e insistentemente dramáticas, como a franquia O Diário de Bridget Jones, que tornou a atriz mais conhecida.

    No palco em que dá a vida à Garland, Zellweger parece ser possuída por uma entidade como o que Judy Garland era e tem uma enorme facilidade para soltar sua voz, e mostrar de forma nua e crua, o papel que pode vir a dar o terceiro Oscar à atriz inglesa.

    Judy

    Por se cercar frenquentemente por homens e relacionamentos tóxicos, Goold têm o intuito de mostrar uma das razões de Judy se manter viciada até mesmo depois de sair dos holofotes das telonas.

    Ao resolver por deixar em tela grandes dilemas de infância/adolescência da atriz, como distúrbios alimentares e adicções, o diretor parece brilhar ao dirigir com esmero Renée Zellweger, com apenas aqueles enormes olhos expressivos – agora escuros e quase sem brilho.

    Judy

    Zellweger se mantém fiel ao pouco que sabemos da vida privada de Garland, e ganha uma proporção colossal ao escalar para as confusões e motivos do afastamento da atriz dos palcos, mas não se afastando das outras facetas da atriz e da mulher, como mãe preocupada, uma mulher carente, um desastre, mas também uma lenda – ao ser mostrada entorpecida por diversas vezes diante de parte de seus fãs.



    Judy Garland foi responsável pelo imaginário coletivo das crianças das gerações que se seguiram após o lançamento de O Mágico de Oz. A atriz carregou esse estigma até pouco antes de partir de forma prematura aos 47 anos.

    Judy: Muito Além do Arco-Íris estreia no dia 16 de Janeiro de 2020 e conta com um retorno brilhante de Renée Zellweger às telonas em um incrível papel dramático, que pode ser o mais marcante da carreira da atriz.

    Assista ao trailer legendado do filme:

    Lembre-se de após o lançamento, voltar aqui e deixar seus comentários e sua avaliação.

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    Michael B. Jordan promete que se viver o Superman, sua versão será fiel

    Há algum tempo, Michael B. Jordan tem sido o ponto principal de alguns boatos acerca de que ele vá ser o próximo Superman, agora o ator promete que se ele fosse dar vida ao personagem, sua versão seria fiel a versão dos quadrinhos. Conhecido por papéis em filmes como Creed e Pantera Negra, o ator vem sendo cotado há algum tempo para o papel.

    Em 2018, o nome de Jordan apareceu como Superman, potencialmente sucedendo Henry Cavill. Em setembro, especulações aumentaram quando os fãs descobriram que o ator se reuniu com a DC para uma reunião e que o personagem era o tópico principal dessa reunião. Dado o fato de que todos os atores que viveram o Superman em versões live action serem brancos, desde Kirk Alyn até Henry Cavill, isso seria uma interessante diferenciação. Mas uma olhada nos quadrinhos da DC Comics mostra que há uma base para um Superman negro, que é classificada como canônica.

    Houve quatro versões afro-americanas diferentes do Superman. Dois desses, Sunshine Superman e Superman da Terra-D, apareceram brevemente para ter uma história de plano de fundo contada. Entretanto, os outros dois foram personagens de extrema importância, com ricas histórias. Criados por Grant Morrison e Doug Mahnke, Calvin Ellis fez sua estreia em 2009. Com inspirações no Presidente Barack Obama e no lendário Muhammad Ali, Ellis foi apresentado como o Superman da Terra-23. O personagem inspiraria outros heróis a formarem sua própria versão da Liga da Justiça. Ele também se tornaria o Presidente dos Estados Unidos, como a pessoa na qual ele foi inspirado. Michael B. Jordan expressou interesse em viver Calvin Ellis. Val-Zod, da Terra-2, é outra opção digna de adaptação, entretanto. Ele tem um arco complicado, que provavelmente poderia ser traduzido para as telonas.



    Jordan pode ter tido esses personagens em mente quando pergunta pela MTV News, sobre os rumores persistentes de que ele será o próximo ator a viver o Superman. O ator inicialmente segue por um caminho mais tranquilo, revelando que ele também foi citado por outros projetos importantes. A partir daí, Michael B. Jordan admite que ele têm em mente a importância de se manter fiel aos quadrinhos.

    “Tudo que eu faço, tem que ser feito da forma correta. E precisa ser autêntico. Eu sou um fã dos quadrinhos, sabe? Eu entendo o fato dos fãs ficarem chateados… ‘Ah não, porquê vocês estão fazendo isso e porquê estão mudando isso?’ Eu me sentiria da mesma forma com algumas coisas. Então, tenha em mente que: Se um dia eu for fazer alguma coisa assim, será autêntico e algo que eu sinto que as pessoas realmente apoiariam.”

    Confira o vídeo abaixo:

    Jamie Foxx, entretanto, parece ter uma ideia diferente da de Michael B. Jordan, se formos julgar por suas expressões faciais. E pode ser que ele acredita que Jordan, e qualquer outro ator negro, poderia sofrer um revés por viver um personagem tipicamente branco. Halle Bailey pode confirmar isso, tendo sofrido comentários racistas após ser escolhida para viver a Ariel no remake live action de A Pequena Sereia.

    Olhando para trás, para a “preocupação” do público, e puramente por uma perspectiva narrativa, Calvin Ellis e Val-Zod são pessoas bem diferentes que brilhariam em filmes solos. A história de Elis como um Presidente dos Estados Unidos pode ser uma narrativa particularmente interessante, se feita direito. Dado que Jordan é fã de quadrinhos, é justo dizer que ele daria uma certa perspectiva a qualquer projeto do Superman que ele se juntar – se ele se juntar. E se manteria fiel ao material fonte, enquanto abriria um grande leque de possibilidades para o Universo DC.

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    TBT #52 | Duro de Matar (1988, John McTiernan)

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    Duro de Matar (Die Hard) é um filme de ação americano de 1988, dirigido por John McTiernan e estrelado por Bruce Willis. Teve quatro sequências: Duro de Matar 2 (1990), Duro de Matar – A Vingança (1995), Duro de Matar 4.0 (2007) e Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer (2013).

    O longa de McTiernan é baseado em um romance de 1970 do escritor Roderick Thorp intitulado Nothing Lasts Forever. E se você é fã da série Brooklyn Nine-Nine, você certamente sabe que esse é o filme favorito do detetive Jake Peralta (Andy Samberg) e praticamente já conhece esse filme, graças as referências de Jake.

    Se você for à Los Angeles, vá até Century City. Especificamente, na 2121 Avenue Of The Stars, onde você encontrará um prédio de aço e vidro marrom que se ergue a cerca de 150 metros. E se você perguntar a qualquer fãs de cinema do mundo, certamente dirão que este é o Nakatomi Plaza, o cenário para o filme que muitas pessoas, acreditam que é o melhor filme de ação já feito. E por incrível que pareça, tornou-se um filme tipicamente natalino.

    Em 1987, o produtor Joel Silver estava prestes a filmar seu projeto baseado no romance do ex-policial Roderick Thorp: Nothing Lasts Forever, que contaria a história do detetive John McClane, um policial de Nova Iorque que visitava sua esposa, em Los Angeles, para uma festa de Natal na sua empresa. Quando os terroristas violentamente atacam o evento, McClane se vê forçado a entrar em ação, armado apenas com uma pistola, seu juízo e seus pés descalços. Tudo parecia em ordem; Silver tinha um título (Die Hard), um diretor (John McTiernan) e uma estrela (Bruce Willis), mas o que ele não tinha era o arranha-céu onde toda a ação deveria ocorrer.

    Felizmente, a 20th Century Fox que havia acabado de inaugurar sua própria base multimilionária: o Fox Plaza, após consideráveis ​​discussões com advogados sobre logística (sem filmagens durante o dia e absolutamente sem explicações), Duro de Matar tinha sua localização. De fato, Silver e a Fox consideraram o prédio tão importante que, nas primeiras semanas da exibição teatral do filme, o Nakatomi/Fox Plaza ficou sozinho no pôster.

    Eventualmente, é claro, a estrela Bruce Willis veio a ilustrar os pôsteres do filme; mas quem deveria ter tido um espaço nesses pôsteres era certamente o vilão do filme; o calculista criminoso alemão Hans Gruber interpretado por Alan Rickman (nosso saudoso Professor Snape, da franquia Harry Potter).

    Anteriormente, bandidos de filmes de ação eram bandidos simplistas ou loucos delirantes. Gruber, impecavelmente vestido e culto era o oposto do despojado McClane, e inspirou uma nova safra de vilões urbanos e inteligentes. Reconhecendo o fascínio de seu vilão, o diretor McTiernan é esperto o suficiente para dar a Hans Gruber um momento de vitória no meio do caminho. Quando seus homens finalmente acionam o cofre do Nakatomi Plaza, contendo os US $ 640 milhões em títulos que procuraram.

    Escalado no lugar do galã Richard Gere, o produtor Joel Silver apostou US $ 5 milhões em um cara cuja carreira como protagonista corria o risco de estagnar. Afinal, Encontro às Escuras (1987) não foi um dos maiores sucessos de Bruce Willis. Talvez por isso, a atuação de Willis em Duro de Matar seja tão comprometida, fazendo com que seu John McClane – uma mistura agradável de neuroses, heroísmo desesperado e sarcasmo – mudasse a cara dos heróis da ação para sempre. 

    No entanto, o verdadeiro herói de Duro de Matar é o diretor John McTiernan, que recebeu o projeto do produtor Joel Silver depois de impressionar em Predador, de 1987. Mas ele não recriou o estilo de seu último filme, reajustando sua abordagem para levar em consideração não apenas o protagonista muito diferente, mas também a paisagem – da selva real à selva urbana.

    E você, já assistiu Duro de Matar? Deixe seus comentários, sua avaliação e lembre-se de compartilhar com seus amigos. Para conferir todas as nossas indicações anteriores do TBT do Feededigno, clique aqui.



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    Carrie, a Estranha terá minissérie produzida pelo FX

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    Mais grana vindo para o cofre de Stephen King! De acordo com o Collider, o estúdio pretende manter a parceria de sucesso da MGM, as duas empresas produziram juntas a série Fargo, filme de sucesso dos anos 90. Para a escalação da protagonista estão sendo cogitados dois perfis: uma jovem branca cis ou uma mulher trans, algo inovador para a adaptação que possui quatro longas homônimos (1976, 1999, 2002 e 2013).

    Na trama, Carrie é uma jovem tímida, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar uma vida comum. No dia de sua formatura, descobre que possui poderes telecinéticos quando os jovens mais populares da escola a humilham diante de todos. Puberdade, medo de mudanças e o excesso em questões religiosas de comportamento e o bullying são o norte para o sucesso dos livros e filmes.

    O escritor Stephen King teve um ano de 2019 extremamente lucrativo com diversas adaptações de suas obras. Tivemos It – Capítulo 2, Cemitério Maldito, Doutor Sono e Campo do Medo foram realizados para o cinema e plataformas de streaming. Já foram confirmadas para 2020 The Outsider e LOVE: A História de Lisey, duas novas adaptações de obras literárias do autor que conta com incríveis 45 adaptações de seus livros para o cinema ou TV, algo louvável para o escritor. Carrie, a Estranha ainda não tem previsão de data de estreia.

    Qual sua obra preferida de Stephen King? Comente!



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    CRÍTICA – O Irlandês (2019, Martin Scorcese)

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    Martin Scorcese é um dos diretores mais talentosos de todos os tempos. Seus filmes são sempre impactantes e de uma qualidade ímpar, um mérito honrado num mundo no qual errar é muito mais fácil que acertar. O Irlandês é mais um acerto incrível do cineasta que consegue unir o melhor de Os Bons Companheiros e O Poderoso Chefão na mesma obra.

    Sabemos que a Netflix está investindo pesado em seu catálogo. Com filmes como História de Um Casamento, Dois Papas e tantos outros excelentes, a gigante do streaming cada vez mais tem acertado em suas escolhas, colocando grandes nomes para dirigir e atuar em seus filmes.

    O Irlandês conta a história de Frank Sheeran (Robert De Niro), um motorista de caminhões com uma índole duvidável que acaba se unindo a Russel “Russ” Bufalino (Joe Pesci), um mafioso dos mais perigosos dos Estados Unidos, um homem frio e ao mesmo tempo simpático, unindo duas características letais para qualquer um de seus inimigos.

    A obra conta com tantos acertos que é difícil de elencar todos! Até mesmo rejuvenescimento artificial de alguns personagens são incríveis, quase não tendo diferença, eu particularmente não gosto da técnica, mas aqui ela foi muito bem utilizada, palmas para a equipe técnica que fez um excelente trabalho. A direção está impecável, com jogos de câmera que nos fazem ter uma percepção diferente a cada momento. Em alguns diálogos, o filme mostra os personagens em primeira pessoa, praticamente falando com o espectador. Outras vezes são utilizados planos sequências e em outras planos abertos, principalmente nas cenas de ação que soam tão naturais que chegam a nos assustar. Os tiros saem secos, dando um aperitivo de quão implacável Frank é. Outros pontos interessantes são a linearidade que a história é contada, pois ela é contada pelo ponto de vista de Frank, ou seja, tem elementos reais e fictícios daqueles personagens.

    Quanto as atuações, temos aqui muitas e das boas. De Niro e Ray Romano estão bem com seus personagens. O primeiro mais turrão e brucutu, o segundo forte à sua maneira, usando da inteligência e artimanhas para livrar seus comparsas. Entretanto, as estrelas do longa são Joe Pesci e Al Pacino! Pesci está incrível em sua melhor atuação de todos os tempos! Seu personagem possui camadas e é complexo, unindo a aparência frágil a uma força inegável por meio do dinheiro e influência, poderes que são muito mais perigosos do que qualquer arma de fogo. Pacino mais uma vez rouba a cena com seu coadjuvante James “Jimmy” Hoffa, um homem tradicional e durão, poderoso e político, sem escrúpulos e extremamente orgulhoso. Mesmo nos momentos em que está completamente errado, nos faz torcer por ele nos momentos mais cruciais da história.

    O Irlandês: filme de Martin Scorsese será exibido na BroadwayPor fim, e não menos importante, Scorcese usa de subterfúgios interessantes por meio de metáforas, nos mostrando que os maiores inimigos do homem são o orgulho e o tempo, que é implacável para todos, tornando frágil até o mais poderoso e influente ser na Terra.

    O Irlandês é uma obra-prima de 2019. Com uma direção espetacular e elenco afinado nos mostra que o gênero de drama e máfia não estão batidos, sendo muito necessário e irreverente nos dias atuais.

    Assista ao trailer legendado: 

    O Irlandês está disponível na Netflix. Já assistiu? Então deixe sua avaliação e seus comentários.



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