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    CRÍTICA – O Urso do Pó Branco (2023, Elizabeth Banks)

    O Urso do Pó Branco é um dos filmes que mais me despertaram a curiosidade em 2023. Não apenas por ser dirigido por Elizabeth Banks, mas também pelo fato ser uma história de terror e humor obscuro. Enquanto adapta uma história real, o filme mostra uma trama completamente romantizada em cima dos acontecimentos que se desenrolaram em uma floresta na Geórgia.

    Uma das maiores viagens de Elizabeth Banks pode ser vista em O Urso do Pó Branco. O filme nos mostra o que aconteceria se um urso encontrasse um carregamento de droga vinda da Colômbia e instantaneamente se viciasse nela.

    SINOPSE

    Depois de uma operação de contrabando de drogas fracassada, um urso negro ingere uma grande quantidade de cocaína e começa um tumulto movido a drogas.

    ANÁLISE

    O Urso do Pó Branco

    Enquanto conta uma história curiosa, divertida e obscura, acompanhamos diversas linhas narrativas que se cruzam quando um urso extremamente violento rasga quem encontra em seu caminho. Estrelado por Kerri Russell, Jesse Tyler Ferguson, O’Shea Jackson Jr., Ray Liotta e grande elenco, vemos a história que teve início com um traficante atrapalhado se desenrolar.

    Descobrimos o tom do longa logo em seus primeiros minutos, quando uma citação do Wikipédia revela que “É mais fácil lutar com um urso pardo do que correr dele.”

    Para acompanhar toda a trama de maneira linear, entendemos como o caminho de diversos personagens os levaramTT até ali. Ambientado quase que inteiramente na Floresta Nacional de Chattahoochee, na Geórgia, acompanhamos a história de uma mãe que procura sua filha que após matar aula, some na floresta.

    O Urso do Pó Branco é uma história sanguinolenta mas extremamente engraçada, repleta de um humor sombrio que Elizabeth Banks já está acostumada a fazer.

    Com uma fotografia e cenografia absurda, o filme nos lança por uma história real que nos leva por extremos. Sejam eles de extrema euforia à momentos tenebrosos, o filme viaja em todos seus aspectos e a diretora se diverte fazendo o que sabe fazer de melhor, leva uma história até suas últimas consequências.

    Ainda que O Urso do Pó Branco não seja um filme para todo mundo, ele funciona como uma ótima sátira ao quão sérios os filmes de hoje acreditam ser. Elevando seus acontecimentos à enésima potência, o longa parece chafurdar no mais absurdo gore do terror que apenas os longas de predadores dos anos 70, 80 e 90 sabiam nos proporcionar.

    Com twists girando em torno desses predadores que não são bons ou maus, o longa coloca um urso pardo, um forte animal que habita a região sob a influência de uma droga. Ver como Banks faz uso dessa criatura por meio de CGI é algo incrível.

    VEREDITO

    O Urso do Pó Branco assusta em seus momentos iniciais, mas rapidamente se torna uma comédia sombria. Ao longo de seus 91 minutos, o longa leva seus espectadores por uma viagem absurda. E causa em nós uma mistura de excitação, alegria e medo muito rapidamente.

    O Urso do Pó Branco chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 30 de março.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA – Você (4ª temporada – Parte 2, 2023, Netflix)

    A segunda parte da quarta temporada da série Você chegou trazendo uma quantidade de surpresas que faltou em seu inicio. Sendo seus últimos episódios lançados no dia 9 de março em sua totalidade no serviço de streaming Netflix.

    O elenco é formado por Penn Badgley, Charlotte Ritchie, Stephen Hagan, Tilly Keeper, Greg Kinnear, entre outros.

    Outra novidade é que Badgley assumiu a direção de um dos episódios finais da temporada.

    SINOPSE

    Depois dos eventos da terceira temporada, Joe (Penn Badgley) precisa superar sua paixão por Marianne (Tati Gabrielle) e seguir em frente com sua nova vida em Londres.

    De volta aos Estados Unidos, ele assume uma nova identidade como o professor Jonathan Moore. Mas mesmo tentando recomeçar sua vida, ele não consegue deixar pra trás seus impulsos assassinos.

    ANÁLISE

    Diferente da parte anterior, os episódios finais da quarta temporada de Você se tornam mais empolgante, trazendo surpresas que dialogam com o universo interno do protagonista e mantendo o seu tom narrativo em alta.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Você (4ª temporada – Parte 1, 2023, Netflix)

    Durante os cinco episódios restantes desta temporada, temos a surpresa sobre quem é a pessoa por trás dos assassinatos do grupo de amigos de Kate Lockwood (Charlotte Ritchie) sendo esta a grande surpresa.

    Quando Joe percebe seus delírios vemos o personagem descer vertiginosamente em seus delírios e conflitos com a sua negação constante de culpa. Mas este tema circula em torno dos personagens nesta leva de episódios, dentre eles Kate e sua relação com Tom (Greg Kinnear) tentando uma reaproximação com sua filha.

    O bilionário tem seus próprios objetivos além de tentar restabelecer seus vínculos familiares. Colocando Joe em um jogo muito mais perigoso do que nas temporadas anteriores.

    Diversas tramas e muita intensidade

    A dinâmica interna de Joe é o maior destaque, mostrando de uma forma mais expositiva a psicodinâmica do assassino e como seu inconsciente encontrou uma forma de se manifestar.

    O personagem encarando a sua culpa pela manifestação de suas vítimas em seus delírios mostra o quão perturbadora é a mente do protagonista. Sendo o processo de aceitação um momento catártico tornando-o uma versão mais perigosa de si.

    A escalada de violência também é um ponto interessante a se ressaltar, Joe muda os seus métodos a medida que vai encarando a sua sombra ao longo da narrativa. Agora muito mais violento e em alguns momentos revelando a satisfação do resultado de seus atos.

    Nesta segunda parte Nadia (Amy-Leigh Hickman) ganha mais destaque em relação ao começo da temporada é a pessoa a descobrir quem esta por trás dos assassinatos. Mas se torna uma vítima e testemunha desta versão final e muito mais assustadora do protagonista.

    Apesar do roteiro estar mais centrado na problemática do protagonista, o entorno social que ambienta a série e a sua crítica a superficialidade dos mais ricos ganha desdobramentos mais intensos.

    O casal Phoebe (Tilly Keeper) e Adam ( Lukas Gage) continuam sendo relevantes neste aspecto. Mas de forma que concomitante a conhecermos o lado mais obscuro de Joe descobrimos o quão longe Adam vai para manter seu status social.

    VEREDITO

    A conclusão da temporada de Você é um sentimento agridoce sendo que alguns fatos surgem e padrões de comportamento do personagem perigosamente se repetem.

    Joe não se safar do que faz pelo meio que escolheu é algo que cria a expectativa de que ele futuramente irá pagar pelos seus crimes. Mas sua nova companheira assemelha-se a ele, utilizando seu poder e influência, o que permite cometer crimes e não ser punido; pelo menos por enquanto.

    Analisando o conjunto dos dez episódios ao todo, a série inicia dentro de suas características conhecidas; mas prepara o terreno para o que vem a seguir mantendo sua estrutura narrativa permitindo a intensidade de sua conclusão.

    Com uma sequência de episódios mais acelerada, com excelentes surpresas e um desenvolvimento muito mais amplo do seu protagonista, a Parte 2 da 4ª temporada de Você consegue um pico de qualidade que necessita para o seu passo seguinte e talvez conclusivo.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Realities de reforma em casa para se inspirar

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    Os programas de reformas já conquistaram espaço nas TVs e plataformas de streaming nos mais variados formatos. Das competições aos programas que acompanham reformas rápidas, há diferentes formatos de reality shows sobre o tema, e cada um traz variadas informações e inspirações sobre como apurar o olhar para espaços da casa.

    Confira uma lista de indicações de realities de reforma:

    Da Decoração ao Makeover

    Em quatro temporadas disponíveis na Netflix, a série acompanha uma empresa familiar de reformas. O casal McGee, a cada episódio, apresenta um caso diferente de cliente buscando adaptar alguma área mal utilizada da casa, como sala, quarto e cozinha.

    Com soluções econômicas, o programa inspira diversas dicas para pequenas mudanças no lar.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Netflix: 8 séries sobre organização e decoração

    De Casa Para Lar: Ambientes Que Ganham Vida

    O programa destaca grandes reformas feitas em espaços não convencionais que foram transformados em residências. São doze episódios que destacam desde lavanderias industriais e uma antiga igreja até uma estação ferroviária que foram adaptados, tornando-se casas para famílias.

    O programa pode ser assistido no Discovey+.

    Do Velho Ao Novo

    Em cinco temporadas, o casal Joanna e Chip Gaines reforma casas no Texas, EUA. Com um olhar apurado, chegam em espaços decadentes e percebem o potencial de cada ambiente, com grandes renovações. Alguns casos são surpreendentes, com reformas enormes que levam uma nova vida aos lares de diversas famílias.

    O programa é do Discovery+.

    Magos da Decoração

    Dez designers de interiores competem nessa reality britânico. Avaliados em grupos e individualmente, os profissionais passam por diversos desafios, de trabalhar em conjunto em um apartamento universitário até uma cabana de luxo. O vencedor ganha um importante contrato com um luxuoso bar histórico em Londres.

    Detalhe: conta com uma participante brasileira, Ju de Paula, que mora naquele país.

    A série tem oito episódios e está disponível na Netflix.

    Repaginando com André Henning

    O arquiteto curitibano André Henning comanda esse programa de reformas, que estreará sua quarta temporada em 25 de março. De ambientes comerciais a residências, Henning visita diferentes espaços e tem curto espaço de tempo para renovar quartos, salas e até salões de restaurantes e lanchonetes. Um dos projetos mais marcantes, no final da segunda temporada, foi a repaginação do jardim e da sala de espera da Santa Casa de Curitiba, um dos maiores hospitais filantrópicos do Paraná.

    O programa é um dos poucos a tratar de reforma a estar disponível na TV aberta, e também no YouTube.


    Se você curte realities de reforma então precisa ler:

    Decoração nerd/geek: Dicas criativas e inspiradoras

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    CRÍTICA – Mighty DOOM (2023, Bethesda Softworks)

    Mighty DOOM é o mais novo game da Bethesda baseado na clássica franquia Doom. Com um visual lindo e divertido, somos lançados no mundo de Doom e colocados no controle do Minislayer, um campeão que lutará contra hordas infernais.

    Ao longo de pouco mais de 3 dias realizando as missões, tive a oportunidade de avaliar alguns aspectos do game, indo desde jogabilidade, visual e mecânicas.

    Com visuais fofinhos e desafios reais, Mighty DOOM nos leva por um mundo em que brinquedos colecionáveis ganharam vidas e todos os inimigos dos games tradicionais da franquia estão aqui. Com um visual quase que chibi, os nossos inimigos não são tão visualmente imponentes, como no passado. E é isso que torna o game tão divertido e curioso.

    SINOPSE

    Mighty DOOM tem como estrela principal o Minislayer, um brinquedo colecionável de plástico encantador que ganhou vida quando eletrocutado com energia Argent. Infelizmente, colecionáveis dos mais terríveis demônios do Inferno foram desmancha-prazeres e fugiram com Daisy, a coelha de estimação do Minislayer!

    ANÁLISE

    Mighty DOOM é o salto lógico da franquia que teve início em 1993. Em um mundo em que alguns dos games mais rentáveis e mais citados no momento são mobile, a Bethesda parece ter visto uma oportunidade. Com o retorno da franquia tendo sido um enorme sucesso com Doom (2016) e Doom Eternal (2020), a desenvolvedora, junto da Alpha Dog Games vai além do tradicional modo “gacha” e mostra que para se tornar o melhor slayer que você pode ser, você precisa perseverar.

    Ao longo da minha primeira run, cheguei à 19ª fase, sem qualquer tipo de upgrade, apenas aprendendo os movimentos e ataques inimigos. Conforme progredi, fechei nos três primeiros dias de game os desafios que garantem tanto a moeda do jogo para upgrades – sejam eles de armas ou de equipamentos -, quanto as atividades diárias.

    Não apenas por meio das missões e dos mundos nos quais somos lançados, o game conta com uma espécie de “reinos”, que muito distante de funcionarem meramente como uma sequência de fases soltas, elas possuem uma coesão narrativa. Os eventos presentes na primeira semana atualizam a cada 24h e garantem diferentes itens em cada um deles.

    Os itens citados garantirão aos jogadores diferentes pontos de habilidade e nos lançarão em direção à criaturas demoníacas que apenas os slayers, ou melhor, os mini slayers podem garantir.

    VEREDITO

    Mighty Doom

    Servindo como uma ótima diversão, Mighty DOOM pode nos fazer passar algumas horas encarando o celular. Com dedicação, os jogadores avançarão sem muitos problemas e vá por mim: Nem é necessário gastar dinheiro real para se divertir.

    Enquanto o game nos permite encontrar a iminência do perigo nos seus mais diversos níveis, o game nos obriga a ter a movimentação como um de seus princípios básicos. E diferente da franquia original, que nos permite ver o perigo de frente, Mighty DOOM nos coloca com apenas um controle direcional em mãos e uma câmera top-down.

    Mighty DOOM antes de seu lançamento recebeu mais de 1 milhão de inscrições. E foi lançado no dia 22 de Março para iOS e Android.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o o trailer do game:

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    TBT #221 | Gremlins (1984, Joe Dante)

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    Gremlins é um filme de comédia e terror dirigido por Joe Dante e ficou conhecido por seu humor negro e pelo uso de efeitos práticos para dar vida aos Gremlins, criaturas que são adoravelmente grotescas e incrivelmente perigosas ao mesmo tempo.

    Lançado em 1984, o longa foi um sucesso de bilheteria arrecadando mundialmente US$ 212,9 milhões.

    O elenco é formado por Zach Galligan, Phoebe Cates, Hoyt Axton, Polly Holiday, Judge Reinhold, entre outros.

    SINOPSE

    Quando um jovem chamado Billy (Zach Galligan), que recebe um presente de Natal incomum de seu pai, um pequeno animal de crescimento chamado Gizmo. Billy rapidamente descobre que Gizmo tem três regras importantes que precisam ser seguidas: não expor Gizmo à luz forte, não molhá-lo e não alimentá-lo depois da meia-noite.

    Infelizmente, as regras são quebradas e, como resultado, Gizmo se multiplica e seus descendentes se transformam em criaturas misteriosas conhecidas como Gremlins. Eles começam a causar caos e destruição na pequena cidade onde Billy vive.

    ANÁLISE

    Gremlins é um filme divertido e emocionante que combina elementos de comédia, terror e aventura de uma forma única. O enredo é bem construído e mantém o espectador envolvido, enquanto os personagens são cativantes e têm ótima química em cena.

    O visual dos Gremlins é um dos destaques do filme, com sua aparência adoravelmente grotesca que torna essas criaturinhas um tanto animadas e apavorantes ao mesmo tempo. A escolha de usar efeitos práticos é um ponto positivo, pois adiciona uma sensação autônoma e tátil que impressiona até hoje.

    No entanto, o filme tem algumas falhas, como a falta de profundidade em alguns personagens secundários, como a rica e antipática Ruby Deagle (Polly Holiday) ou o pedante Gerald (Judge Reinhold), por exemplo; além de ter um pouco de previsibilidade em certas partes da trama. Bem como o tom, que oscila entre momentos cômicos e sombrios, o que pode não agradar a todos.

    No geral, Gremlins é um filme divertido e emocionante que certamente conquistará os fãs do gênero de comédia e terror. Embora possa parecer um pouco datado em algumas partes, a sua história atemporal e personagens memoráveis ​​garantem que ele continue sendo um clássico cult amado por muitos até hoje.

    Gremlins foi um grande sucesso de bilheteria e gerou uma sequência, Gremlins 2: A Nova Geração (1990). O filme é considerado um clássico cult da década de 1980 e é amado por muitos fãs do gênero de comédia e terror.

    VEREDITO

    Gremlins é um filme clássico e com bons efeitos especiais para sua época; porém ainda mais legal que reassistir a este filme inesquecível, seria vermos uma nova adaptação de Gremlins com a tecnologia atual e o uso de CGI e muito gore.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – O Rei das Sombras (2023, Marc Fouchard)

    O Rei das Sombras (do original Le Roi des ombres) é inspirado na antiga lenda malinesa. Que contava a história de dois irmãos que entrariam em um conflito que acabaria por causar a destruição de tudo em seu caminho. A história nos transporta para a França onde conhecemos a história de Adama (Alassane Diong) e Ibrahim (Kaaris), dois meios-irmãos que se veem em lados distintos de uma batalha que pode trazer o fim de um dos dois.

    O longa francês conta uma história original do Mali, mas que transportados para a França, para os dias atuais.

    SINOPSE

    Após a morte do pai, dois meios-irmãos se veem em lados opostos de um conflito com consequências trágicas.

    ANÁLISE

    O filme nos apresenta o passado da família de Adama desde seus primeiros dias na França antes mesmo dele e seu irmão nascerem. Que como uma família imigrante precisa se estabelecer em um lugar e criar um “lar.” O sonho do pai dos dois é abrir um restaurante e encontra no país europeu a chance de fazê-lo e fazer a família rapidamente se tornar parte daquela comunidade.

    Conforme os anos avançam Ibrahim nasce e seu pai em viagem ao seu país natal conhece a mãe de Adama. Ainda que enfrente grande resistência da mãe de Ibrahim, Ousmane a convence a dividir seu lar com uma segunda mulher.

    Enquanto a relação entre as duas e seus filhos se distanciam, Ousmane tenta levar uma vida tranquila mediando os conflitos. Enquanto trabalha em seu restaurante, seu filho mais velho Ibrahim faz escolhas erradas e durante sua adolescência começa a roubar e traficar.

    Algum tempo depois, Adama sofre um acidente e fica cego. Ainda que os dois irmãos tenham uma distância clara – não apenas pela rivalidade tradicional entre irmãos -, a percepção de distanciamento de ambos se torna ainda mais evidente na fase adulta. Quando Adame se torna um músico, seu irmão comanda uma das gangues mais perigosas da região.

    Quando o filme tira os dois do rumo tradicionalmente, os dois irmãos estão fadados a um combate que vai além do que os dois estão destinados a controlar.

    VEREDITO

    Ainda que conte uma história poderosa, a atuação do rapper Kaaris é muito mais convincente do que a de Alassane. Os dois funcionam como forças da natureza, mas Ibrahim é muito mais convincente. Por contar uma história singular, diferente do padrão hollywoodiano, o filme inova e nos deixa curiosos ao longo de seus 90 minutos.

    Enquanto parece contar uma história pé no chão, O Rei das Sombras flerta com o sobrenatural, com as lendas malinesas e os temores que os imigrantes possuem.

    No momento de postagem deste texto, O Rei das Sombras está no Top #1 filmes da Netflix Brasil e parece ter sido adorado pelo público.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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