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    10 filmes de 1991 que definiram o cinema

    Em 1991, o cinema apresentou verdadeiras obras cinematográficas. O sucesso de algumas foram tão grandes que ainda ganham continuações (ou novas versões) até hoje! Inclusive, foi neste ano que aconteceu algo inédito no Oscar: uma animação foi indicada ao prêmio de Melhor Filme na cerimônia, deixando sua marca na história do cinema.

    Em termos de tecnologia cinematográfica, 1991 foi um ano de avanços significativos, com a introdução do primeiro sistema de som digital para cinemas, conhecido como Dolby Digital. Isso permitiu que os filmes fossem exibidos com som de alta qualidade e em várias faixas de áudio, tornando a experiência de cinema ainda mais imersiva para o público.

    Confira alguns dos melhores filmes de 1991, de vários gêneros, que se tornaram clássicos fundamentais daquele ano:

    A Bela e a Fera

    Depois de um longo período meio no piloto automático, a Disney vivia seu renascimento e emplacou aqui a primeira animação indicada ao Oscar de Melhor Filme. O conto-de-fadas ganhou um trabalho de animação estonteante, foi um passo à frente na modernização de suas princesas (outros viriam) e soube usar muito bem o tom de suspense nos momentos certos.

    Thelma & Louise

    Mais importante que o destino é a viagem: uma tese clássica dos road movies. Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) viajam para passar um fim de semana longe dos estresses do dia a dia. Encontraram a violência e o machismo. Encontraram também a si mesmas. Deslumbrante visualmente, cativante emocionalmente, impactante socialmente, Thelma & Louise mostra como é fácil a vida virar um inferno para as mulheres. Um coquetel dificílimo de equilibrar, mas que o roteiro de Callie Khouri e a direção de Ridley Scott montam com perfeição.

    O Silêncio dos Inocentes

    Anthony Hopkins tem 16 minutos em cena. Com eles, ganhou o Oscar de Melhor Ator e se tornou um ícone pop com o psicopata canibal Hannibal Lecter. Jodie Foster também venceu o Oscar de Melhor Atriz como Clarice Starling, a agente novata do FBI escalada para conseguir algumas informações dele na prisão para capturar outro serial killer. Mas, para isso, precisa encarar um jogo mental em que Hannibal tenta entrar na mente dela e fazê-la reviver dores do passado. Um suspense em que as conversas entre Clarice e Lecter, sempre separados por um vidro, são tão ou mais importantes e aflitivas que o enfrentamento ao sequestrador assassino no escuro total.

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    O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final

    Arnold Schwarzenegger volta como o andróide futurista. Mas em 1991 ele já era um superastro, então, em vez do vilão do primeiro filme, agora ele era o mocinho. Vindo do futuro com a missão de proteger o garoto que um dia será o líder da resistência humana contra o exército das máquinas. O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final se tornou um clássico e ficou marcante pelos efeitos visuais que marcou toda uma geração.

    Os Donos da Rua

    John Singleton foi o primeiro diretor negro indicado ao Oscar. Em 1984, no South Central, bairro de maioria negra de Los Angeles, a mãe de Tre Styles (Cuba Gooding Jr.) conclui que não tem condições de criar o filho rebelde, mas inteligente. Por isso decide entregá-lo aos cuidados do pai, que passa ao filho valores éticos e morais em uma região marcada pelo pobreza e violência. Após sete anos, Tre faz dois grandes amigos: Ricky (Morris Chestnut) e Doughboy (Ice Cube), mas cada um dos três tem objetivos distintos na vida.

    JKF – A Pergunta Que Não Quer Calar

    As investigações sobre o assassinato do então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1963, apontam um culpado. O suspeito é morto e um advogado desconfia que pode haver mais camadas nessas tramas. Usando imagens reais até então nunca vistas do assassinato de Kennedy (como Jackie catando o cérebro do marido sobre o capô do carro), o diretor adapta o livro do procurador Jim Garrison e sua investigação sobre o que havia sobre o caso que o governo não estava contando.

    Tomates Verdes Fritos

    São duas histórias de amizade feminina separadas no tempo, mas entrelaçadas. Evelyn (Kathy Bates), de vida infeliz, encontra conforto nos papos com a senhora Ninny (Jessica Tandy), que conta a história de carinho e apoio mútuo entre duas jovens que ela conheceu no passado. Há um romance entre elas no livro, que acabou sendo amenizado no filme, mas ainda assim há ternura, emoção e personagens cativantes.

    A Família Addams

    TBT #191 | A Família Addams (1991, Barry Sonnenfeld)

    Diretor de fotografia de grande personalidade, Barry Sonnenfeld estreou em grande estilo na direção nessa adaptação de A Família Addams. O acerto começou no elenco brilhante, com uma escalação perfeita de Raul Julia, Anjelica Huston e Christopher Lloyd, e que revelou Christina Ricci, e segue pelo visual estiloso.

    Cabo do Medo

    Martin Scorsese estendeu o tapete para Robert De Niro deitar e rolar. O papel é o de Max Cady, o psicopata que sai da prisão decidido a fazer um inferno na vida do advogado que não impediu sua prisão anos antes. Nick Nolte, Jessica Lange e Juliette Lewis são a família perfeita por fora e em pedaços por dentro que vai sendo enredada pelo predador. Lewis foi, aqui, uma revelação. E Scorsese entrega um suspense mais comercial, mas temperado com seu estilo expressivo e improvisações.

    O Pescador de Ilusões

    Locutor de rádio larga o ofício, traumatizado após ouvinte matar várias pessoas num bar porque seguiu seus conselhos num programa. É quando encontra ex-professor que, com a morte da esposa justamente naquele bar, torna-se um mendigo insano que procura pelo Santo Graal.


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    Nemesis: Conheça o supervilão criado por Mark Millar

    Imagine um assassino em série que combine a capacidade de preparo do Batman com a criatividade e o senso de humor perverso do Coringa. Assustador, não é mesmo?

    Nemesis é um supervilão criado por Mark Millar (Wolverine: Old Man Logan, Kick-Ass, Kingsman) e Steven McNiven (Guerra Civil, Marvel Knights) que cumpre todos os pré-requisitos para entrar na lista dos vilões mais detestáveis de todos os tempos. Sendo assim, a equipe do Feededigno preparou um dossiê completo com tudo que você precisa saber sobre este personagem que tem grande vocação para causar o caos por onde passa.

    Confira mais detalhes abaixo.

    Criação e inspirações

    Nemesis

    O conceito de Nemesis foi originalmente divulgado em 2009, com uma imagem teaser contendo a seguinte legenda: “E se Batman fosse o Coringa?“. Em uma entrevista subsequente, Millar revelou que era apenas uma das várias ideias possíveis que eles seguiriam. Tal publicação, claro, causou grande preocupação na DC Comics, porém Mark Millar negou que houvessem quaisquer ameaças de uma ação judicial contra ele por parte da editora.

    A primeira aparição do supervilão se deu com o lançamento de uma série limitada com quatro comic books lançada em 2010, intitulada “Nemesis” e publicada pela Marvel Comics. A série de quadrinhos teve uma recepção morna, obtendo notas medianas por parte da crítica.

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    A origem do personagem

    Nemesis

    Pouco se sabe a respeito da origem de Nemesis. Até mesmo sua origem é de fato duvidosa, uma vez que o próprio vilão altera sua narrativa em diferentes momentos da trama.

    No arco original o personagem revela aos seus capangas que seu nome verdadeiro é Matt Anderson, e que seu pai havia cometido suicídio após ser alvo de uma investigação policial na qual ele era suspeito, juntamente com um grupo de amigos, pelo assassinato de adolescentes fugitivos. Sua mãe havia morrido pouco tempo depois e, em seu leito de morte, teria pedido ao filho que buscasse vingança contra Blake Morrow, o detetive encarregado da investigação. Oriundo de uma família rica, Matt então teria passado anos viajando o mundo para aperfeiçoar-se nas artes criminosas.

    Porém, em um outro momento, Nemesis revela que essa história é falsa e ele seria apenas um jovem rico e entediado, buscando causar o caos para seu próprio entretenimento.

    Os atos terroristas de Nemesis

    As atrocidades cometidas pelo supervilão não deixam nenhum assassino em série para trás! Com um elevado nível de violência em todos os seus atos, os crimes de Nemesis normalmente envolvem centenas (as vezes milhares) de vítimas.

    Confira alguns de seus atos terroristas abaixo:

    • Destruição de um prédio em Tóquio, causando a morte de todo um esquadrão da SWAT e um oficial de polícia;
    • Sequestro do avião presidencial Air Force One, causando um colisão intencional em Washington D.C. e a morte de centenas de pessoas;
    • Assassinato de cerca de 20 mil com gás venenoso em um evento no Pentágono;
    • Assassinato de cerca de 90 guardas ao escapar de uma prisão.

    Quadrinhos e outras mídias

    A minissérie original, com quatro volumes, foi publicada originalmente em 2010. Uma coletânea organizada em um volume único, também intitulada “Nemesis”, foi publicada pela Marvel Comics em fevereiro de 2011.

    Em janeiro de 2023 o supervilão ganhou uma nova minissérie, intitulada Nemesis: Reloaded, que é uma sequência da história original e traz Jorge Jimenez (Batman) como desenhista. Após sua aparição em Reloaded é esperado que o vilão apareça em Big Game, o próximo grande crossover dos personagens do Millarverso. Seu lançamento está previsto para julho de 2023.

    Um suposto roteiro para uma adaptação cinematográfica de Nemesis estaria sendo elaborado desde o final de 2010. Em 2015, a Warner Bros. adquiriu os direitos de filmagem para trazer a adaptação às telonas, e em meados de 2021 o próprio Mark Millar anunciou que o último rascunho do roteiro havia sido escrito.

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    Noites Sombrias #108 | Os 5 melhores cameos de Stephen King

    Stephen King é conhecido como um mestre do terror devido à sua vasta biblioteca de romances que foram transformados em filmes, séries e minisséries. Ele tem uma paixão por essas histórias, e é por isso que os fãs o apreciam fazendo aparições nas adaptações de seu trabalho, semelhantes a Stan Lee nos filmes da Marvel.

    Ao longo dos anos, King fez muitas aparições no cinema e adaptações de TV que foram baseadas em suas criações. Alguns são apenas poucos segundos, enquanto outros são participações especiais que acabam roubando o show.

    Creepshow (1982)

    Personagem: Jordy Verrill

    Creepshow apresenta várias histórias escritas pelo próprio Stephen King e dirigidas por George A. Romero. Esta não seria a única vez que os dois trabalharam juntos, mas é a mais memorável. Uma das histórias, na verdade, é estrelada pelo próprio King interpretando um fazendeiro que encontra um meteoro.

    Essa é primeira participação de Stephen King em uma adaptação e também é a mais longa até hoje. King faz o papel principal em “A Morte Solitária de Jordy Verrill”, baseada em seu conto Weed.

    Essa é a segunda história do filme.

    Cemitério Maldito (1989)

    Personagem: O padre

    King, aparece em uma pequena ponta no filme, interpretando o padre na cena do funeral. Para que O Cemitério Maldito fosse rodado, Stephen solicitou aos produtores que o filme fosse rodado no estado norte-americano do Maine e que seu roteiro fosse seguido rigorosamente.

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    A Dança da Morte (1994)

    Personagem: Teddy Weizak

    Praticamente aqui como um papel secundário na minissérie, King interpreta Teddy Weizak, um dos sobreviventes durante a história apocalíptica, e em vez de seus papéis tipicamente cômicos, Stephen King é aqui muito mais sério. É um personagem genuinamente cativante e permitiu que King mostrasse seu alcance como ator, mesmo que fosse um papel menor.

    A Maldição (1996)

    Personagem: O Farmacêutico

    Mais um caso em que a aparição de Stephen King marca quando o horror começa. King faz uma breve aparição como o farmacêutico que fornece remédios para a lesão do cigano viajante antes que sua filha seja acidentalmente atropelada. King não tem muito em termos de diálogo e seu papel é um dos mais sérios em sua lista de participações especiais.

    It: Capítulo 2 (2019)

    Personagem: Dono de antiquário

    No filme, Stephen King aparece como o dono de uma loja onde Bill Denbrough, interpretado por James McAvoy vê sua antiga bicicleta a venda e resolve comprá-la de volta. Os dois acabam tendo um diálogo divertido, que termina com Bill empolgado em ter sua velha bicicleta de volta 27 anos depois.

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    CRÍTICA – Octopath Traveler II (2023, Square Enix)

    Octopath Traveler II me surgiu como uma enorme surpresa. Agindo como um belo RPG de turnos, o game surpreende em sua experiência narrativa, jogabilidade e nos lança por um mundo hostil com um lindo visual. Enquanto funciona como uma bela homenagem aos RPGs de turnos de 16bits, o game inova não apenas na sua forma de apresentar o mundo, mas também de um avanço no adorado visual HD2D.

    Assim como o primeiro game da franquia, Octopath Traveler II nos conta as histórias singulares de seus 8 protagonistas, algumas muito mais interessantes do que outras. Mas o que mais me deixa abismado é: Como podem haver tantos conflitos diferentes em um mundo tão pequeno.

    O que o game faz, é levantar o sarrafo no que diz respeito à sua narrativa, tudo isso enquanto se aprofunda nas mais diversas mecânicas introduzidas aqui.

    SINOPSE

    Este é um novo jogo da franquia OCTOPATH TRAVELER, que teve o primeiro título lançado em 2018 e vendeu 3 milhões de cópias no mundo todo. Ele leva o visual HD-2D da franquia, uma mistura de arte retrô em pixels com 3D, para patamares ainda mais altos. No mundo de Solistia, oito novos viajantes adentram uma nova e empolgante era. Aonde você irá? O que você fará? Quais histórias você viverá? Você pode trilhar o caminho que quiser. Embarque em uma aventura só sua.

    ANÁLISE

    Octopath

    As aventuras as quais adentraremos no mundo de Octopath Traveler giram em torno de seus 8 protagonistas, escolhi Partitio como o primeiro de minha aventura. Ao longo da minha jornada encontrei Ochette, Castti e muitos outros. Ainda que todas as histórias sejam muito interessantes, algumas delas se destacam em relação às outras. Quando Partitio deixa seu lar em busca de vingança, nada mais será o mesmo. Enquanto parte em busca de seu objetivo, 7 outros personagens se juntam à sua equipe e tornam a aventura muito mais divertida.

    Ao longo dos capítulos de cada uma das 8 histórias, testemunhamos algo que ficou parecido com o primeiro game da franquia, lançado originalmente em 2018 – que vendeu mais de 3 milhões de cópias. Ao retornar para a fórmula anterior, a Square Enix conta 8 histórias inteiramente novas e relativamente mais longas do que a do game anterior.

    Enquanto conta cada uma das histórias de maneira única, Octopath Traveler II brilha ao fazer o caminho de todos os personagens se cruzarem. Com tramas mais maduras e mais motivadas, vemos que o cuidado da Square ao localizar o game para o inglês foi pensado também no elenco de dublagem do game, que incide por dar ainda mais profundidade às histórias.

    JOGABILIDADE, GRÁFICOS E DIFICULDADE

    Octopath

    O que pode ser visto na arena de batalha de Octopath Traveler II por meio de seus encontros aleatórios dão um respiro no já tradicional sistema de combate por turnos. E ainda que os encontros pareçam aleatórios, eles se dão a cerca de 15 à 20 segundos no mapa.

    Com dois sistema interessantes, o game se destaca de seus concorrentes, que acabam por fazer mais do mesmo. Os sistemas de Boost e Break garantem vantagem em diferentes aspectos do combate. Ganhando um ponto de Boost a cada turno em que jogamos, podemos concentrar energia no combate, garantindo mais força, ou maior número de hits de acordo com quantos PBs você tiver. Essa mecânica acaba por desencadear a mecânica de Break.

    Quando adentramos um combate, cada um dos inimigos tem fraquezas. A fim de tirarmos um valor satisfatório de dano, precisamos atacá-lo com o que sabemos que o acertará, caso não o façamos, ele perderá apenas um valor ínfimo de HP.

    Octopath

    Ao acertarmos os inimigos com armas ou magias que são suas fraquezas, tiramos um ponto de sua durabilidade que pode variar. Ao chegar ao 0, nosso inimigos entrarão em um estado catatônico e passará duas rodadas sem te atacar, dando aos jogadores a oportunidade dar o máximo de dano possível nestas rodadas.

    O gráfico de Octopath Traveller II é algo que se destaca em relação ao seu antecessor. Ainda que bonito, ele se limitava graficamente falando, e vemos um salto no game lançado em 2023. Com mapas e áreas muito bem trabalhadas, o game nos tira o ar ao adentrarmos em novas regiões, em que se torna claro que houve um enorme trabalho de level design.

    A dificuldade do game varia de acordo com a área que adentramos. Se você for do tipo explorador, como eu, encontrará um maior desafio ao adentrar determinadas áreas antes da hora, o que te forçará a dar voltas e mais voltas no mapa derrotando inimigos a fim de ganhar níveis, antes de avançar. Mas se você seguir um roteiro pré-determinado pela história, não terá muitos problemas.

    VEREDITO

    Sem entrar em maiores detalhes, Octopath Traveler II se destaca por sua narrativa e nos leva por histórias inteiramente novas, mas que são tão encantadoras quanto desafiadoras. Os perigos que enfrentamos, nos levará a passar horas a fim de finalizar um único combate.

    O game se mostra como um salto evolutivo e se faz muito feliz no que diz respeito à progressão e uma maior imersão de mundo. As escolhas narrativas mostram que a Square mergulhou ainda mais nas histórias que quer contar e consequentemente faz o mesmo com os jogadores. Quando nos apresenta a opção de realizar missões secundárias nos garantem itens importantes para a progressão e um significativo aumento de experiência, mostrando a importância de seguir não apenas a linha narrativa principal.

    Após cerca de 45 horas de game, ouso dizer que o brilhantismo de Octopath Traveler II vem não apenas de seu visual, mas do valor emocional e narrativo que a trama carrega.

    Octopath Traveler II foi lançado em 9 de fevereiro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    Sweet Tooth: Quem é o elenco da 2ª temporada?

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    Sweet Tooth retorna em 27 de abril ao catálogo da Netflix e é hora dos híbridos reagirem! Na primeira temporada, acompanhamos a dupla improvável: Gus (Christian Convery) e Jepperd (Nonso Anozie), à medida que eles partem à procura de respostas sobre as origens de Gus, o passado de Jepperd e o verdadeiro significado de casa.

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    Já na 2ª temporada – produção executiva de Robert Downey Jr., Susan Downey, Amanda Burrell e Linda Moran – Gus e seus companheiros híbridos ainda são mantidos prisioneiros pelo vilão General Abbot (Neil Sandilands) e os Últimos Homens, um violento grupo de mercenários que caçam híbridos, mas isso está prestes a mudar.

    Gus, sempre um herói, concorda em ajudar o Dr. Singh (Adeel Akhtar), iniciando assim uma jornada sombria para descobrir suas próprias origens. Ele também pode aprender mais sobre o papel de sua mãe, Birdie (Amy Seimetz) nos eventos que antecederam o Flagelo. Em outro lugar, Jepperd e Aimee Eden (Dania Ramirez) se unem para libertar os híbridos, criando uma parceria que será testada quando os segredos de Jepperd forem revelados.

    Quem está no elenco de Sweet Tooth? 

    Além de Christian Convery e Nonso Anozie como os protagonistas, retornam:

    STEFANIA LAVIE OWEN como Ursa

    Ursa, é uma adolescente que acredita que tanto as crianças híbridas quanto o vírus são a forma natural de curar os danos causados ​​à Terra pela humanidade. Ela fundou o Exército Animal, um grupo de crianças órfãs que vestem fantasias de animais e usam táticas de guerrilha para evitar que os híbridos sejam caçados e mortos.

    Stefania LaVie Owen é conhecida por interpretar Nicole Chance na série de TV ChanceRebecca Iguero na também série de TV Messiah.

    DANIA RAMIREZ como Aimee Eden

    Aimee Eden é uma conselheira que se sente presa em sua vida, até que o Flagelo chegou e ela descobriu que sua vida está completamente destruída.

    Depois que um bebê híbrido é abandonado em sua porta, Aimee estabelece um refúgio seguro para os híbridos dentro das paredes de um zoológico, até que o mundo exterior ameace invadir o local.

    Dania Ramirez também é conhecida por interpretar Hannah Perez na série de TV Tell Me A Story e Maya Herrera na também série de TV Heroes.

    ADEEL AKHTAR como Dr. Aditya Singh

    No passado, um médico comum que lidava com joelhos ralados e nariz escorrendo, o Dr. Aditya Singh agora se encontra no centro da busca pela cura do vírus.

    Sua esposa, Rani, é mantida viva por meio de tratamentos experimentais desenvolvidos a um custo altíssimo. Quando o médico local se aposenta e passa o trabalho dela para Adi, ele é forçado a escolher entre sua ética profissional e seu amor pela esposa.

    Adeel Akhtar também é conhecido por interpretar Faisal em Four Lions e Naveed em The Big Sick.

    NEIL SANDILANDS como General Abbott

    As antigas estruturas de poder desmoronaram nos dias atuais em Sweet Tooth, e o homem no comando agora é o sádico General Abbott.

    Líder de uma organização militar chamada Os Últimos Homens, Abbott acha que crianças híbridas só servem para serem exterminadas ou capturadas para experimentos.

    Neil Sandilands é conhecido por interpretar Clifford DeVoe, também conhecido como O Pensador em The Flash e Titus in The 100.


    Sweet Tooth  é inspirado na série de quadrinhos DC de Jeff Lemire, que estreou em 2009. Embora você seja bem-vindo a mergulhar nos lindos quadrinhos de Lemire, você não precisa ler a série para aproveitar as reviravoltas da Sweet Tooth  na Netflix.

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    TBT #220 | Tempos Modernos (1936, Charlie Chaplin)

    Na década de 30 a o cinema engatinhava se comparado ao quão longe se pode voar em uma produção cinematográfica atualmente. As câmeras cada vez mais inovadoras, efeitos tridimensionais, interpretações em tela verde são a evolução da memória longínqua da maior pérola que a Sétima Arte nos trouxe: Tempos Modernos.

    O filme lançado em 25 de fevereiro de 1936, foi dirigido, roteirizado e estrelado pelo excepcional, altamente talentoso Charlie Chaplin; o artista influenciado por Max Linder, Georges Méliès, D.W. Griffith, Luis Mumière e Auguste Lumière usava a pantomima para atuar em seus filmes.

    Pantomima é uma forma de teatro gestual que ao invés de palavras se usa o maior número de gestos. O corpo do ator se torna a mensagem utilizando-se de mímica que remete do mesmo período da dramaturgia na Grécia Antiga.

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    A inspiração de Chaplin para Tempos Modernos surge de seu descontentamento sobre impactos da Grande Depressão, aumentando o índice de desemprego, além da repressão em torno dos movimentos sociais em 1933.

    As próprias reflexões diante do cenário, o seu encontro com Mahatma Gandhi contribuíram para o conceito do filme. Pois Charles Chaplin acreditava que as máquinas utilizadas direcionadas apenas para o lucro trariam a miséria ao mundo.

    O elenco é formado por Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sanford e Chester Conklin e sua trilha sonora composta por Chaplin e Alfred Newman. Tempos Modernos arrecadou impressionantes US$ 1,4 milhões, um valor muito alto considerando a época.

    SINOPSE

    O personagem icônico de Chaplin, Carlitos trabalha em uma fábrica nas piores condições possíveis. As máquinas o dominam ao longo de uma linha de montagem, levando-o a prisão. Mas ao lado de uma órfã, tenta lidar com as atribulações da vida moderna.

    ANÁLISE

    A filmagem em 18 quadros por segundo é mantida para que a sua conversão aos métodos modernos de 24 quadros criasse o aspecto de aceleração, enfatizando este aspecto mais frenético das cenas, principalmente nas mais engraçadas.

    É impressionante como este filme ainda é tão moderno mesmo 87 anos depois de seu lançamento. E ainda hoje somos engolidos pelas engrenagens da modernidade assim como o Vagabundo enquanto trabalha na fábrica. Em contrapartida, há um subtexto tão intenso e atual que não se deixa de lado mesmo com o aspecto divertido do filme.

    A respeito do lado humorístico é fantástico como cenas tão simples se tornam engraçadas comparado ao humor mais moderno que se abriga no duplo sentido, na conotação sexual ou infelizmente se faz presente em ofender algum gênero fora do espectro heteronormativo para se fazer engraçado sob uma forma nonsense de comédia.

    Carlitos é genial neste filme por tornar as coisas cotidianas daquele recorte histórico engraçadas. Utilizando do seu corpo como instrumento da mensagem em ambos os aspectos: tanto no entretenimento, quanto na reflexão, torna Tempos Modernos na maior excelência de produção artística.

    A crítica as questões do mundo através da arte

    Tempos Modernos é um filme histórico tão importante, mas que ainda possui simplicidade em seu roteiro; não pelo fato da ausência dos seus diálogos, mas utilizando o elemento mais simples que se pode imaginar em uma narrativa: o cotidiano.

    Carlitos arrumar um trabalho na fábrica é um elemento do cotidiano. Assim como ele, temos as nossas dificuldades, que no filme ganham maior proporção por se tratar de uma comédia.

    Na cena icônica do filme o personagem “engolido” pelas engrenagens se torna a metáfora mais moderna que existe no longa, pelo fato da expansão do sistema capitalista que permeia até hoje. Além da inconsciente cobrança existente de estarmos sempre produzindo cada vez mais, como se existisse uma enorme linha de produção social que necessita de alimentação.

    Esta produção não seria apenas no aspecto financeiro, mas também social; como se tudo o que sobrou ao ser humano moderno é ser uma ferramenta de produção, seja para um ofício, seja para alimentar um eu virtual que tem uma imagem a zelar ou nas relações que se estabelecem, pois daquele vínculo se deve surgir um “produto” que tenha algum benefício.

    O mais valioso sobre Tempos Moderno é que o filme é genial e polêmico, dadas as restrições do período e se mantendo ao seu estilo em um cinema que já procurava outros caminhos; se tornando a obra que atravessa décadas e continuará seguindo mesmo que o cinema evolua ainda mais.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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