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    TBT #197 | O Lobisomem (2010, Joe Johnston)

    O Lobisomem é um remake do clássico filme do monstro da Universal. Junto do Drácula de Bram Stoker, apesar de seus problemas, O Lobisomem é um dos meus filmes de monstros favoritos. E para entrar no clima do Lobisomem na Noite, que estreia amanhã, trago o clássico filme estrelado por Benicio Del Toro.

    Estrelado por Anthony Hopkins, Emily Blunt e Hugo Weaving, o filme nos lança em uma trama obscura, com algumas das mortes e transformações mais violentas e mais marcantes para mim.

    SINOPSE

    Apesar de estar distante há muitos anos, o aristocrata Lawrence Talbot retorna da América para a casa de sua família, na Inglaterra, a pedido da noiva de seu irmão, que está desaparecido. Lawrence descobre que algo assustador vem aterrorizando os moradores do vilarejo de Blackmoor e pede ao detetive Aberline que investigue o caso.

    ANÁLISE

    O Lobisomem

    A meu ver, como a licantropia não passa de uma maldição, a transformação deve ser o mais dolorosa quanto possível para seu portador. Afinal, ao se transformar em uma criatura sanguinolenta e violenta, essa transformação e essa dor podem ser o que fazem o indivíduo perder o controle. Ainda que a melhor transformação de lobisomem seja a de Um Lobisomem Americano em Londres (1981), a bizarrice que uma transformação em lobisomem pede, assim como as mortes que eles ocasionam tornam O Lobisomem o melhor filme da criatura para esse que vos escreve.

    A atuação soturna de Hopkins e a atuação desconfiada, mas poderosa de Del Toro, tornam o filme um clássico moderno e nos fazem desconfiar de tudo na trama – principalmente de Anthony Hopkins.

    Com uma história que nos apresenta os preconceitos e as dificuldades da época do ponto de vista de um aristocrata, O Lobisomem nos causa incômodos à todo momento, seja por suas cenas gore, ou até mesmo pelos brilhantes efeitos práticos do filme, que ganhou um Oscar por sua maquiagem e seus penteados.

    Enquanto o filme nos faz questionar alguns momentos e escolhas de nossos personagens, ele nos lança em suas tramas sem qualquer escolha, espelhando nossa experiência narrativa ao do protagonista.

    VEREDITO

    O Lobisomem nos lança em uma história perversa e aterrorizante, e onde alguns personagens parecem saber mais do que outros, a carta na manga do nosso protagonista é lutar por sua humanidade, mesmo sob a pele de um monstro sanguinário e violento – ou talvez, sua única saída seja abraçar completamente sua natureza sombria.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    O Lobisomem está disponível na Netflix.

    POST RELACIONADO:

    Noites Sombrias #53 | 10 lobisomens mais marcantes do cinema

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    CRÍTICA – Morte, Morte, Morte (2022, Halina Reijn)

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    Morte, Morte, Morte é um longa da A24 e tem a direção de Halina Reijn. O elenco tem Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte) como uma das protagonistas.

    SINOPSE DE MORTE, MORTE, MORTE

    Um grupo de jovens se junta em uma noite de tempestade para fazer uma festa em um local isolado. Lá, as coisas começam a ficar macabras quando David (Pete Davidson) aparece com o pescoço cortado, morrendo aos pés dos convidados. Agora, todos são suspeitos e devem tentar sobreviver em uma noite alucinante.

    ANÁLISE

    A A24 sempre inovou em suas premissas e em Mortes, Mortes, Mortes, a princípio, traria uma ideia mais simples, pois se trata do primeiro slasher pastelão da produtora indie.

    Entretanto, depois de 01h35min, vemos que não é bem assim, visto que, mais uma vez, as propostas autorais fora da caixa aparecem muito bem no longa. A roupagem da obra lembra muito alguns clássicos como Eu Ainda Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e Pânico.

    Temos um conjunto de personagens diversos e que são extremamente difíceis de nos conectarmos, pois eles são uma forma bastante estereotipada de crítica da Geração Z, ou Zennials, que são jovens que, aparentemente, não possui preocupações maiores, com cada um dos possíveis suspeitos sendo pessoas fúteis e que tentam na base do vitimismo se encaixar em uma sociedade que busca holofote no melhor storytelling.

    Um exemplo disso é Alice, interpretada de forma brilhante por Rachel Sennott, que ao ver suas amigas numa pior, tenta se encaixar se colocando ainda mais para baixo em um diálogo muito inteligente e divertido. Brigas por conta de privilégios e inveja são um pano de fundo para diversas mortes bizarras.

    Mortes, Mortes, Mortes consegue segurar seu espectador com uma trama misteriosa e que joga pistas falsas a todo o momento, deixando todo o elenco com cara de suspeito. A narrativa usa das características de cada um como meio de torná-los culpados, uma excelente sacada do texto. O plot twist final é tão genial que todos os problemas do filme quase são sanados por conta dele.

    Falando dos pontos negativos, temos uma história arrastada e um segundo ato que pode tirar muitas pessoas de Morte, Morte, Morte. Os diálogos por mais inteligentes que sejam, ficam meio deslocados e artificiais. Para os mais descrentes, o longa pode não funcionar, já que para embarcar na trama, há a necessidade de deixar muitas coisas absurdas passarem despercebidas, mas isso é muito mais um detalhe, ainda mais por se tratar de uma comédia ácida de terror/suspense.

    VEREDITO

    Com uma ideia que parecia ser mais do mesmo, mas com uma reviravolta divertida, Mortes, Mortes, Mortes é a cara da A24. Por mais que se pareça com um slasher qualquer, a obra traz de forma bastante inteligente um subtexto que critica o vitimismo e os privilégios de uma classe hipócrita e que apenas quer curtir de forma bastante inconsequente.

    Nossa nota

    3,8/5,0

    Confira o trailer de Morte, Morte, Morte:

    Leia também:

    Noites Sombrias #81 | 7 filmes de terror da A24 para assistir

    Noites Sombrias #78 | Os melhores filmes de horror do primeiro semestre de 2022

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    CRÍTICA – Catherine Called Birdy (2022, Lena Dunham)

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    Catherine Called Birdy é uma comédia medieval original da Prime Video e tem a direção de Lena Dunham (Girls). O elenco conta com Bella Ramsey (Game of Thrones e The Last of Us) como a protagonista.

    SINOPSE DE CATHERINE CALLED BIRDY

    Catherine (Bella Ramsey) é uma jovem rebelde que tenta a todo custo ser contra as tradições da época, uma vez que por chegar próxima a idade de casamentos, quer ter sua liberdade plena. Agora, a moça vai causar muitas confusões com seus familiares e pessoas ao redor.

    ANÁLISE

    Catherine Called Birdy é uma obra homônima de um livro de 1994 e traz a aura de longas como Enola Holmes e Adoráveis Mulheres quando assistimos. A protagonista, entretanto, é bem menos cativante do que Enola ou qualquer uma das moças do livro de Louisa May Alcott, sendo até insuportável em alguns momentos.

    O filme da Prime Video tem uma estética interessante, contando com cenários lindos e boas atuações do elenco. Bella Ramsey consegue se impor, mesmo que Catherine não seja tão cativante. Andrew Scott, o eterno padre gato de Fleabag, é se destaca, mesmo que seu personagem, o pai da protagonista, seja detestável em várias cenas. O relacionamento entre eles é bastante conturbado e os conflitos podem ser bem agoniantes, mesmo que a comédia seja bem leve. A relação entre pai e filha é o grande trunfo do longa.

    Um dos pontos altos é a forma com que o roteiro questiona as tradições da época, uma vez que são completamente estapafúrdias olhando atualmente. O texto rápido e que emula muito bem as obras citadas acima, com uma conversa quase que íntima com espectador traz um tom bem humorado à Catherine Called Birdy. Vemos claramente que o “estilo Fleabag” veio para ficar, já que a acidez da brilhante comédia mudou o jogo.

    De negativo, o longa é cadenciado demais, se tornando enfadonho em muitos momentos. Diferente de outras obras de época, Catherine Called Birdy não se destaca pelos figurinos, tampouco a trilha sonora é enervante o suficiente para empolgar. Muitos dos personagens apresentados não são tão interessantes, o que causa um pouco de tédio no espectador.

    VEREDITO

    catherine

    Catherine Called Birdy é divertido e tem alma, mesmo que, em alguns momentos, falte um pouco mais de carisma na obra de Lena Dunham. Se o filme tentasse ter uma assinatura um pouco mais própria, talvez se saísse um pouco melhor, entretanto, as fontes das quais bebe são boas o suficiente para apresentar um longa legal e que deve ser assistido.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer:

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    CRÍTICA – Entergalactic (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Durante a experiência humana, o amor e sua expressão como um todo é uma das mais complexas formas de se entender e, partindo deste princípio, não existe uma fórmula específica para se determinar o amor e as construções de relacionamento. Com essa ideia ao lado da combinação de muita música e psicodelia foi lançada no serviço de streaming Netflix a animação Entergalactic.

    O titulo do longa é homônimo do mais recente álbum do músico Kid Cudi que tem um elenco muito qualificado tanto na música quanto em atuação.

    Além de Kid Cudi também estrelam o time de dublagem: Jessica Williams (Animais Fantásticos), Timothée Chalamet (Duna), Laura Harrier (Infiltrado na Klan), os rappers Ty e 070 Shake além das participações de Macaulay Culkin, Keith David e Jaden Smith  em uma história de amor moderna e muito intensa.

    SINOPSE

    Entergalactic acompanha Jabari (Kid Cudi), um jovem artista batalhando para ganhar a vida em Nova Iorque e alavancar sua carreira. Quando ele conhece Meadow (Jessica Williams), sua nova vizinha, a vida dos dois é conectada pelo amor à música e eles acabam se envolvendo em uma intensa história de amor.

    ANÁLISE

    Apesar de um começar de forma lenta que inicialmente dificulta uma conexão mais profunda com os personagens, acredito que Entergalactic é uma das melhores animações de 2022. Afinal, quando se consegue entrar no ritmo da produção temos um romance digno de emocionar até os mais gelados corações.

    A reflexão mais importante sobre a história gira em torno da construção de relacionamentos, como eles surgem e a procura inconsciente pela sua pessoa ideal. No caso de Entergalactic, Jabari e Meadows tem o acaso de serem vizinhos de porta e uma festa barulhenta colocar um na vida do outro.

    O roteiro é muito consciente em relação ao que deseja contar para o espectador, uma história de amor realista, com uma dinâmica moderna e madura sobre essa construção de relacionamento em uma época que muitas pessoas se relacionam em níveis e formas diferentes.

    Outro ponto que particularmente me agrada em relação a história é ser um romance entre pessoas pretas, tratando de um tema relevante como relacionamento, tendo um dialogo simbolicamente realista com o espectador sem estereotipar as figuras masculina e feminina na narrativa.

    Jabari, o nosso protagonista, tem encontros casuais com Carmen (Harrier) sua ex-namorada, porém o seu mundo ganha outra dinâmica ao conhecer Meadows e vemos a evolução gradativa deste relacionamento.

    Geralmente em romances ou comédias românticas existe uma extrapolação da realidade, na qual é possível se identificar com o conceito do romance, mas ainda é distante de como as coisas verdadeiramente se constroem.

    Apesar de ser uma animação, é muito claro se identificar com as construções de vínculo que são mostradas, principalmente quando conhecemos as perspectivas dos amigos do casal principal, além de falar de outros temas relevantes como os aplicativos de relacionamento.

    Assim como em todo o romance, o tom de dramaticidade na jornada de formação deste casal também é muito interessante e podemos sentir na mesma proporção ao longo de todo o caminho, sejam os bons ou maus momentos.

    A conclusão da história segue o que se espera de todo romance, porém a satisfação de que tudo acabe bem entre este casal é muito cativante pela simbologia construída em torno da importância um para o outro no momento de ausência.

    VEREDITO

    Entergalatic é uma animação romântica que aborda de forma mais realista os padrões modernos de relacionamento que existem no mundo atual, não deixando de aquecer o coração do espectador com um casal tão cativante e nos compelindo a torcer pelo final mais feliz para ambos.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Entergalctic está disponível na Netflix.

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    Quais atores já interpretaram Jeffrey Dahmer?

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    A estranha obsessão de Hollywood pelo serial killer Jeffrey Dahmer tem sido um tópico recorrente em filmes e programas de TV há décadas. Para quem não sabe, Dahmer foi um assassino em série que matou 17 homens e meninos ao longo de 13 anos. Ele acabou sendo pego, e suas entrevistas têm sido motivo de programas de TV e filmes desde então.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Noites Sombrias #85 | Quem é o serial killer Jeffrey Dahmer?

    Infelizmente, o mundo já viu muitos serial killers, cada um com um modus operandi diferente, mas alguns aparentemente foram fascinantes demais para a indústria do entretenimento deixá-los cair no esquecimento, tornando-os parte de nossa cultura pop coletiva.

    Veja abaixo os principais atores que já deram vida ao Canibal Americano!

    Carl Crew (Dahmer: O Canibal de Milwaukee, 1993)

    Ator americano, roteirista, autor, artista e co-proprietário de boate Carl Crew também foi co-roteirista de Dahmer: O Canibal de Milwaukee.

    Dentre as adaptações sobre a vida de Dahmer, o filme costuma ser bastante elogiado por sua abordagem crua dos fatos.

    Jeremy Renner (Dahmer: Mente Assassina, 2002)

    Pois é, o nosso Gavião Arqueiro já foi o Canibal de Milwaukee!

    Jeremy Renner é que é ator, cantor e compositor americano, começou sua carreira aparecendo em filmes independentes como Dahmer (2002) e Neo Ned (2005). Posteriormente, ganhou papéis coadjuvantes em filmes maiores, como SWAT (2003) e 28 Semanas Depois (2007).

    O ator foi indicado ao Oscar de Melhor Ator por sua atuação em Guerra ao Terror (2008) e ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação muito elogiada em Atração Perigosa (2010). Renner interpretou Gavião Arqueiro nos filmes e séries do Universo Cinematográfico Marvel:

    Ele também apareceu em Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011), O Legado Bourne (2012), João e Maria: Caçadores de Bruxas (2013), Missão: Impossível – Nação Secreta (2015) e A Chegada (2016).

    Renner também é músico de rock, cujo single Main Attraction” foi lançado em 2019.

    Rusty Sneary (O Perfil de um Assassino, 2006)

    Neste longa de 2006, o diretor Rich Ambler explora a relação de Jeffrey Dahmer com seu pai, Lionel Dahmer, durante um dos seus julgamentos em 1991. O assassino é interpretado pelo ator Rusty Sneary e, seu pai, por Scott Cordes.

    Ford Austin (Dahmer vs. Gacy, 2010)

    Ford Austin é ator, produtor de cinema e televisão, roteirista, editor de cinema e televisão, diretor de cinema e televisão, diretor de fotografia e compositor de trilhas sonoras.

    Na trama de Dahmer vs Gacy, um laboratório secreto do governo americano vem tentando criar o Assassino Perfeito usando o DNA dos famosos assassinos Jeffrey Dahmer e John Wayne Gacy. Porém os mesmos escapam e para tentar parar a matança desenfreada que domina as ruas de todo país, é mandado Ringo, um caipira que leva junto a si uma escopeta e uma garrafa de uísque. Em sua viagem rumo ao Inferno, ele terá que enfrentar seus próprios demônios, além de um exército de ninjas. Tudo isso leva ao confronto final.

    Ross Lynch (O Despertar de Um Assassino, 2019)

    O cantor, compositor, músico e ator americano Ross Lynch foi o vocalista da banda de pop rock R5 e da banda The Driver Era, com seu irmão, Rocky Lynch. Como ator, ele é conhecido por seu papel de estreia como Austin Moon na série Austin & Ally original do Disney Channel, e por seu papel como Brady na série Teen Beach Movie.

    Em 2017, Lynch se ramificou no cinema, estrelando o filme biográfico O Despertar de Um Assassino (My Friend Dahmer), onde interpretou um adolescente Jeffrey Dahmer. Em 2018, Ross Lynch estrelou como Harvey Kinkle, namorado de Sabrina Spellman, na série de televisão da Netflix O Mundo Sombrio de Sabrina, baseada na série de quadrinhos de mesmo nome.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – O Mundo Sombrio de Sabrina (Parte 4, 2020, Netflix)

    O Mundo Sombrio de Sabrina – Vol. 1 (2019, Geektopia)

    Evan Peters (Dahmer: Um Canibal Americano, 2022)

    A mais recente produção Dahmer: Um Canibal Americano, lançada pela Netflix, traz o ator americano Evan Peters, mais conhecido por seus múltiplos papéis na série antológica American Horror Story, além de seu papel como Stan Bowes na primeira temporada do drama POSE e o icônico mutante Pietro Maximoff, o Mercúrio no filmes de super-heróis X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014), X-Men: Apocalipse (2016) e X-Men: Fênix Negra (2019).

    Peters fez sua estreia como ator no filme de drama Clipping Adam (2004) e estrelou a série de ficção científica da ABC Invasion (2005 a 2006). De 2004 a 2010, Peters apareceu em vários comerciais nacionais para marcas estabelecidas como Kelloggs, Papa John’s Pizza e PlayStation. Durante esse tempo, ele também teve papéis recorrentes em Phil of the Future, do Disney Channel e One Tree Hill, da CW.

    O ator também teve um papel coadjuvante no filme de super-heróis Kick-Ass (2010).

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – Dahmer: Um Canibal Americano (Minissérie, 2022, Netflix)

    Dahmer: Um Canibal Americano | Quem é quem?

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    CRÍTICA – Valkyrie Elysium (2022, Square Enix)

    Valkyrie Elysium é um game de RPG tático que conta a história da jovem e inexperiente Valquíria. O game é a continuação da franquia que nasceu a partir de um spin-off de Final Fantasy, com Valkyrie Profile lançado originalmente em 1999. A franquia atualmente conta com cinco games, sendo os três primeiros Valkyrie Profiles para consoles e o quarto game, para mobile, e o quinto para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

    Anunciado no início de 2022, muitos o imaginaram como uma continuação da amada franquia, mas Valkyrie Elysium funciona muito bem como um game solo, com uma história não tão marcante, mas baseada fortemente na mitologia nórdica.

    SINOPSE

    Elysium acompanha a história de uma nova Valquíria, erguida por Odin para purificar um mundo desolado pelo começo do fim, com o iminente evento escatológico Ragnarok. Essa guerreira promete ter ao dispor diferentes armas, embora eu tenha usado apenas duas no meu teste limitado.

    ANÁLISE

    Valkyrie Elysium

    Após uma forte presença da Mitologia Nórdica em games das duas últimas gerações como God of War, Assassin’s Creed Valhalla e Valheim, a Square Enix parece ter visto na atual época a oportunidade de dar uma sobrevida à antiga franquia amada por muitos.

    Contando uma história independente dos games anteriores, acompanhamos o nascimento e a ascensão de uma nova Valquíria em um momento decisivo para a história dos deuses, ou pelo menos a história de Odin. Em uma medida desesperada, após quase ser morto por Fenrir durante o Ragnarok, o Pai de Todos usa suas últimas forças para criar novos deuses e impedir o fim dos dias.

    Valkyrie Elysium

    O papel de Valquíria no game, assim como na mitologia nórdica são bem parecidos, mas o game eventualmente a coloca distante de sua contraparte do material fonte enquanto desempenha o papel de uma mera lacaia de Odin. No game, além de ter a função de purificar as almas de uma Midgard destruída pela guerra e enviá-las para o Valhalla, Odin tenta reestabelecer seu poder como o Pai de Todos utilizando os poderes de Valquíria.

    MECÂNICAS, EINHERJAR E GAMEPLAY

    Valkyrie Elysium

    As mecânicas de Valkyrie Elysium são bem parecidas com as dos últimos Final Fantasy. Enquanto se distancia dos últimos games da franquia Valkyrie Profile – que a época eram RPGs de turno -, Elysium é um game tático em tempo real. Ao ter como premissa os elementos de seus personagens como sua principal mecânica para progressão, Elysium nos mostra que nem mesmo uma poderosa Valquíria pode salvar as almas de Midgard e restaurar o poder de Odin sozinha.

    Neste ponto, é onde encontramos os Einherjar pela primeira vez. Também conhecidos como os Guerreiros de Odin, os Einherjar garantem os aspecto elemental do game e concedem à Valquíria poderes elementais quando invocados para bater de frente com nossos inimigos que quase sempre se colocam como empecilho para nossas empreitadas.

    Noções de combate são importantes ao combater os mortos-vivos que são nossos principais inimigos, mas compreender e gravar as fraquezas e dominações elementais podem mudar completamente a sua maneira de jogar. Cada inimigo no game tem uma fraqueza elemental, ou seja, cada vez que o atacamos com o elemento que representa sua fraqueza, sua barra de postura é diminuída. Ao chegar a 0, o inimigo entra em um estado de Dominação Elemental, não representando qualquer tipo de ameaça por um curto período de tempo.

    Como citado anteriormente, os poderes elementais da Valquíria aparecem quando a personagem invoca para seu lado um de seus quatro Einherjar, Eygon (elemental elétrico), Cypher (elemental cryo), Kristoffer (elemental luz) e Taika (elemental de fogo), mas não apenas com auxílio deles. Muito antes de ter a nosso lado um dos quatro, podemos encontrar pelo mapa e pelas missões, habilidades de conjuração, que nos permitem conjurar tempestades de fogo, lanças de gelo e até mesmo nos curar.

    A gameplay de Valkyrie Elysium vai muito além de compreender essas mecânicas elementais e sua história, e é onde o game brilha, se aproveitando imensamente dos elementos exploratórios, nos garantindo recompensas e itens de cura, mas ao mesmo tempo parece pecar com um mapa quase que inteiramente vazio em determinadas áreas.

    Um elemento exaustivo do game, é o fato dele nos obrigar a atravessar inúmeras vezes enormes fases já percorridas, principalmente em suas sub-histórias, que estão diretamente ligadas à missão de Valquíria em Midgard, resgatar almas deixadas para trás com assuntos pendentes.

    TRILHA SONORA E NARRATIVA

    A trilha sonora de Valkyrie Elysium é tão primorosa, que garante aos jogadores diferentes trilhas para cada um dos Einherjar e seus arcos – vale apontar que em meio ao combate e todos os sons, de nossos personagens, parte de suas trilhas são tocadas, evocando aspectos em cada uma dessas trilhas.

    Embora a narrativa do game seja quase que inteiramente baseada na mitologia nórdica, um aspecto no qual o game aborda a todo o momento, é a natureza humana presente no arco de cada um dos nossos personagens. Ainda que Valquíria tenha habilidades divinas e Odin a chame de “deusa”, o elemento mais marcante é a experiência humana de existir em uma época em que uma guerra divina é travada e não há nada a fazer a não ser rezar para os deuses e torcer para o melhor.

    Alguns dos sinais que evidenciam a destruição causada por essa guerra que chegou perto de ocasionar o fim do mundo, além das cidades pelas quais passamos estarem quase que completamente destruídas, são as chamadas “flores ocas”, que são memórias daqueles que habitaram Midgard e alguns de seus pensamentos pouco antes de suas mortes.

    O temor de uma narrativa que vai além dos gráficos do game, causaram a esse que vos escreve uma experiência única e cativante.

    VEREDITO

    Valkyrie Elysium

    Mesmo que o game tenha sido anunciado para o PlayStation 4 o jogo não parece ter sido otimizado o suficiente para rodar sem gargalos no console, ocasionando quedas de frames que podem nos tirar ligeiramente da experiência – mas o visual é tão bonito quanto é de se esperar. O mundo ao que somos lançados – pelo menos quando visitamos Midgard – é quase que completamente destruído, o que dá ao game um tom pessimista que se estende durante quase toda sua duração.

    Os dilemas causados pelas tramas contidas na história, nos fazem entender a relação que Valquíria após nascer naquele mundo passa a desenvolver, bem como a sua relação próxima com a humanidade e os espíritos que ela tem como trabalho salvar.

    O cuidado da trama ao nos colocar como a principal arma de Odin e nos fazer saber pouco ou quase nada das suas intenções fazem alguns alertas se acenderem. Ao final dele, nada mais será o mesmo para Valquíria, para Odin, para Hilde e também para Fenrir.

    Valkyrie Elysium é uma história sobre divindades que descobrem que o divino é ser humano.

    Nossa nota

    4,3 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Valkyrie Elysium está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

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