CRÍTICA – A Lista Terminal (1ª temporada, 2022, Prime Video)

    A Lista Terminal (em inglês The Terminal List) é a mais nova série de ação dramática do Prime Video. Estrelada por Chris Pratt (Jurassic World Domínio), Taylor Kisch (John Carter: Entre Dois Mundos) e Constance Wu (Podres de Rico), a série é baseada no livro homônimo de Jack Carr.

    A série conta a história do Comandante James Reece, que após uma missão que deu tudo errado vai perceber que nem tudo é o que parece ser.

    Com estreia marcada para 1º de julho, os episódios serão lançados semanalmente no catálogo do serviço de streaming da Amazon, que nos permitiu assisti-la antes de seu lançamento.

    SINOPSE

    A Lista Terminal acompanha James Reece (Chris Pratt) depois que todo o seu pelotão das Forças de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos (Navy SEALs) é emboscado durante uma missão secreta de alto risco.

    ANÁLISE

    A Lista Terminal

    A série do Prime Video apresenta os mais brutais aspectos da guerra, abordando a forma de lidar com os acontecimentos que a sucedem e até mesmo a brutalidade de se envolver em conflitos armados. Com um personagem que passa por um drama imenso, a série tenta fazer com que simpatizemos com um homem que é capaz de tudo para se vingar daqueles que o fizeram ser alguém sem nada a perder.

    Ambientada em grande parte na Califórnia, a série nos lança nos mais diversos dramas de uma verdadeira cruzada a fim de provar que a emboscada pela qual sua equipe passou não foi algo que não ocorreria em uma situação cotidiana.

    O treinamento de Navy SEALs é um dos mais rigorosos e exaustivos que existente e ao seu fim, os soldados são considerados armas de guerra. Suas habilidades vão desde conhecimento para operar no mar (Sea), no ar (Air) e na terra (Land), daí a sigla SEAL.

    Compreender que essas formações e treinamentos se dão para atuação e infiltração em países em grande parte da América Central e do Oriente Médio, nos faz compreender que a periculosidade das armas que o próprio Exército Americano cria pode ser usado apenas longe do próprio solo. A série faz crítica ao militarismo mas ao mesmo tempo o vangloria. Mas faz uma crítica ferrenha aos grupos paramilitares que operam dentro do solo Americano com aval do Congresso.

    Ainda que se apoie em um elenco de peso e extremamente capaz, a série não dá a Pratt a possibilidade de explorar muitas emoções além do pesar de seu personagem, mas dá uma posição e brilho à incrível Constance Wu, que dá vida a repórter Katie Buranek.

    PRODUÇÃO EXECUTIVA E DESIGNER DE PRODUÇÃO

    A Lista Terminal

    A produção executiva de Chris Pratt parece dar ao ator uma maior liberdade criativa, mas o oferece uma limitação. O ponto de quebra que seu personagem, James Reece, se dá ainda no primeiro episódio da série, e a partir daí, Pratt exibe sempre a mesma cara de “cão abandonado”. Ainda que isso seja uma vasta gama de emoções que não testemunhamos no ator por seus papéis como Peter Quill (Guardiões da Galáxia), ou até mesmo como Owen Grady (trilogia Jurassic World), ver essa faceta dramática do ator me surpreendeu ao longo dos quatro primeiros episódios, mas após isso…

    Bom, o quinto episódio da série é onde existe uma quebra e Chris Pratt parece encontrar seu lugar de conforto – mas ao longo de um dos episódios mais desconfortáveis da série, isso não deveria acontecer – fico balançado ao não ver um motivo positivo para o ator fazê-lo. Pratt entra no modo automático enquanto a narrativa da série só faz crescer.

    A Lista Terminal

    O designer de produção de A Lista Terminal, nos faz sentir tão sufocados e absortos nos pensamentos de James Reece quanto possível. E em meio à flashbacks e sequências/transições de tirar o fôlego, a série parece não saber se aborda o passado do personagem ou seu futuro – que agora não passa de um perigo iminente àqueles em sua lista.

    Um dos pontos em que a série brilha e preciso apontar é: o preparo das equipes e dos atores é brilhante. A série nos permite acreditar que testemunhamos esquadrões militares ou pessoas extremamente preparadas para agir.

    VEREDITO

    A Lista Terminal

    A Lista Terminal parece saber onde quer chegar, mas se perde em sua execução. Tendo mais episódios do que o necessário, a série se imerge em pensamentos e flashbacks; e parece querer nos fazer morar lá. Com sequências repetidas e pensamentos desconexos, ao longo de seu sexto e sétimo episódio, a série ganha uma barriga que é preenchida pelo passado de Reece e visões de uma vida traumática.

    Ao longo de seu oitavo episódio, a série parece encontrar o caminho que queria chegar enquanto chega ao fim da lista terminal de James Reece.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    O primeiro episódio de A Lista Terminal chega ao Prime Video no dia 1º de julho.

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