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    CRÍTICA – O Pai Que Move Montanhas (2021, Daniel Sandu)

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    Já faz um tempo que a Netflix vem investindo em filmes/séries não americanos, e por muitas vezes acertando em cheio ao nos apresentar estas novas produções.

    Recentemente a gigante do streaming adicionou ao catálogo, o longa romeno O Pai Que Move Montanhas, prometendo drama psicológico sobre a determinação e o desespero de um pai.

    O elenco conta com Adrian Titieni, Judith State e Valeriu Andriutã.

    SINOPSE

    Mircea (Adrian Titieni) é um militar aposentado que recebe a notícia que seu filho desapareceu nas montanhas e vai procurá-lo. Depois de dias de busca sem sorte, Mircea monta sua própria equipe e volta para as buscas, provocando um confronto com a equipe de resgate local, mas que não vai impedi-lo de continuar sua tentativa de resgate.

    ANÁLISE

    O longa romeno traz o sofrimento e o luto tratado de forma diferente ao tradicional. O diretor Daniel Sandu se inspirou em uma história real que aconteceu em 2009 para produzir o filme e viu-se completamente envolvido pelas notícias divulgadas nas emissoras de TV romena, cujo a resiliência dos pais da criança desaparecida nas montanhas chamou atenção. O cineasta não divulgou o final da história real, porém acredito que não tenha fugido do enredo do longa.

    O filme se desenvolve muito bem nos primeiros 40 minutos, no entanto acaba se perdendo, tornando-se algo repetitivo e um tanto cansativo. Muitos espectadores se emocionaram com o longa, porém há inúmeras críticas negativas, e eu estou entre ambos.

    Por um lado pensa-se em um pai disposto a fazer de tudo para encontrar o filho, indo desde envolver formas ilegais de busca até emergir o lado sombrio e egocêntrico do protagonista ao ponto de negar ajuda a outros pais com o mesmo sofrimento, ou colocar pessoas em risco ao subir a montanha inúmeras vezes oferecendo recompensa.

    O filme realmente envolve, pois são duas famílias em busca de seus filhos desaparecidos, mas peca em desenvolver uma mudança no segundo ato. Por outro lado, com um enredo arrastado, Sandu não desenvolve um plot para o segundo ato e não finaliza o terceiro ato; deixando a conclusão “no ar”.

    VEREDITO

    O Pai Que Move Montanhas traz amor e ódio ao espectadores e acredito que valha a pena você tirar sua própria conclusão. Cada um tem uma perspectiva diferente e a história sempre tem dois lados.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer dublado:

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    CRÍTICA – A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais (2021)

    A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais são duas produções brasileiras que contam a história do assassinato da família Von Richthofen. Cada um dos filmes, que duram uma média de 85 minutos, apresentam os acontecimentos tanto na visão de Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt), quanto de Suzane Von Richthofen (Carla Diaz), autores do crime.

    A direção do projeto é de Maurício Eça, e os roteiros de Ilana Casoy e Raphael Montes. A produção é da Santa Rita Filmes em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.

    Ambas as produções estarão disponíveis no streaming Amazon Prime Video em 24 de setembro de 2021.

    SINOPSES

    Em 2002, Suzane e Daniel chocaram o Brasil quando se declararam culpados pelo brutal assassinato de Manfred e Marisia Von Richthofen. Ao longo dos filmes são apresentados o caso e possíveis motivos do casal para cometer essa atrocidade.

    Lançados simultaneamente, os dois filmes mostram os pontos de vista de cada um: A Menina Que Matou os Pais é inspirado no depoimento de Daniel, e O Menino Que Matou Meus Pais baseia-se no de Suzane Von Richthofen.

    ANÁLISE

    A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais são produções que, antes mesmo de seu lançamento, já causaram extrema controvérsia.

    O mesmo público que consome filmes, seriados e documentários true crime internacionais parece ter uma certa resistência com a ideia de produções que retratam assassinatos acontecidos no Brasil. Talvez por ser um crime ainda muito presente na mente das pessoas, assim como o caso Matsunaga, a recepção não seja tão natural por parte do grande público brasileiro.

    O caso Von Richthofen movimentou o país em 2002, após os acusados confessarem que planejaram e executaram a morte de Manfred e Marisia. Entretanto, cada um dos envolvidos contou uma história diferente sobre como a ideia e o planejamento aconteceram.

    A partir das incongruências nos discursos, o diretor Maurício Eça e os roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes desenvolveram o projeto de dois filmes separados, mas que se complementam.

    Pensado originalmente para chegar aos cinemas, A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais foi postergado durante muito tempo por causa da pandemia de Covid-19.

    No fim, encontrou uma casa para o seu lançamento na Amazon Prime Video. Uma boa escolha, ainda mais por se tratar de uma plataforma tão ampla. Isso poderá contribuir para que aumente o alvoroço em torno das produções.

    CRÍTICA - A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais (2021)

    Mesmo com uma ótima ideia de criar dois filmes para um mesmo caso, a execução de A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais não convence. Por mais que Carla Diaz atue de uma forma segura, transitando entre as duas personalidades impostas em cada produção, só sua atuação não consegue sustentar todo o desenvolvimento.

    Além dos constantes flashbacks, que acabam tornando o desenrolar confuso, diversas cenas beiram o caricato, principalmente aquelas mostram Suzane e Daniel usando drogas. Apesar de boa parte do roteiro seguir os relatos dos criminosos no tribunal, a forma como as produções reconstroem as cenas não causa nenhuma emoção.

    Por se tratar de duas produções que remontam mais de quatro anos de história, desde que o casal se conheceu até o dia do julgamento, há muitos acontecimentos para preencher a curta duração dos filmes. Buscando formas diferentes de contar algumas situações, há até uma quebra de quarta parede, destoando totalmente do restante da narrativa até aquele momento.

    CRÍTICA - A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais (2021)

    Creio que o que mais causa estranhamento nesses dois longas é o seu objetivo. Ambos os filmes mostram cenas muito parecidas para retratar pontos importantes, e de interesse público, mas boa parte de sua concepção é construída apenas no conturbado relacionamento de Daniel e Suzane.

    Ao término das duas produções, fica a sensação de que nada de novo foi apresentado, apenas inconsistências entre dois jovens que buscavam se safar da prisão culpando um ao outro durante o julgamento.

    Um ponto interessante a ser destacado é a ótima caracterização do elenco de apoio. Os personagens interpretados por Augusto Madeira, Vera Zimmermann, Debora Duboc e Leonardo Medeiros estão fisicamente muito parecidos com as pessoas da “vida real”, sendo um ponto positivo das produções.

    VEREDITO

    A ideia de criar dois filmes que se complementam é algo ousado e criativo, porém A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais não possuem uma execução à altura de suas intenções.

    Com narrativas difíceis de se conectar e pouco críveis em seus desenvolvimentos, os longas falham em sua missão de mostrar um “outro lado” dos criminosos mais famosos do Brasil.

    2,8/5,0

    Nossa nota

    Assista ao trailer:

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    O Hóspede Americano: Conheça a nova minissérie brasileira da HBO Max

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    Trazendo talentos brasileiros e internacionais de peso, como Chico Diaz e Aidan Quinn, a minissérie brasileira O Hóspede Americano será exibida na HBO Max e HBO.

    Baseada em uma história real, a produção criada e dirigida por Bruno Barreto, com roteiro de Matthew Chapman, apresenta a jornada de Theodore Roosevelt (Aidan Quinn) e Cândido Rondon (Chico Diaz) no início do século XX em terras brasileiras.

    O elenco conta ainda com Dana Delany, Trevor Eve, Theodoro Cochrane, Gene Jones, Jeff Pope, Nick Westrate, Maya Kazan, Cláudio Jaborandy, Arilson Lucas, João Côrtes, Michel Gomes, Arieta Corrêa e Luisa Rosa.

    Durante uma coletiva de imprensa da HBO Max, o elenco internacional e os criadores da produção comentaram sobre como foi a experiência de trazer essa história à vida, além de contarem algumas curiosidades sobre o seriado.

    Sinopse de O Hóspede Americano

    Depois de uma dura derrota na campanha presidencial americana, Roosevelt parte em busca de sua juventude perdida na selva brasileira, ao lado de seu amigo de longa data Farrel Nash (David Herman) e do filho Kermit (Chris Mason), com o objetivo de explorar o último rio não cartografado do país: o Rio da Dúvida, em Rondônia.

    Numa viagem repleta de perigos mortais, o ex-presidente conta com o apoio de Cândido Rondon, responsável por interligar as regiões mais remotas do país. Nesta jornada, os dois homens de perfis distintos terão que testar os seus limites físicos e morais, além de aprenderem a lidar com suas personalidades conflitantes para sobreviver.

    Como surgiu a ideia de O Hóspede Americano

    Durante a coletiva, Bruno Barreto e Matthew Chapman comentaram sobre o processo de criação dessa minissérie. Pensada originalmente como um filme de 2 horas, o projeto se tornou uma minissérie graças ao interesse do executivo Roberto Rios e da HBO Max.

    A ideia inicial era que o filme contasse apenas a jornada de Roosevelt e Rondon no Brasil, ao passo que o seriado mostra também os erros e acertos do presidente durante seus mandatos nos Estados Unidos.

    Bruno sempre teve vontade de contar essa história, principalmente por Roosevelt ser um político diferente. “O presidente encarna algo muito raro nos dias de hoje, que é a complexidade. Em um mundo de polarização, Theodore traz algo novo, apesar de ter vivido muitos anos atrás”. Para o criador da série, tanto Roosevelt, quanto Rondon, são grandes personagens.

    O Hóspede Americano: Conheça a nova minissérie brasileira da HBO Max

    Para Chapman, Rondon e Roosevelt são personagens semelhantes e, ao mesmo tempo, diferentes. “Rondon era muito otimista e o Theodore também, porém no final do show o presidente já havia perdido essa característica”, afirma o roteirista.

    Para ele, as visões de ambos os personagens sobre a natureza e a ganância dos seres humanos eram distintas, pois Rondon acreditava na evolução das civilizações, ao passo que Roosevelt só enxergava pessoas querendo lucrar com esses recursos naturais. “Tristemente a América do Norte estava mais certa sobre isso”, pontua Chapman.

    O Hóspede Americano: Conheça a nova minissérie brasileira da HBO Max

    Bruno comenta que muitos americanos não conhecem a figura de Theodore Roosevelt: “Eles sabem muito sobre o governo, mas não sobre o presidente. Não sabem que o ursinho Teddy se chama assim por causa dele, e que se não fosse ele, o Grand Canyon não existiria”. O seriado vem como uma forma de apresentar ainda mais essa figura histórica, elencando suas conquistas e mostrando um lado mais humano do político.

    A criação do cenário histórico e dos personagens

    Construir uma série de época não é tarefa fácil, principalmente com gravações em locações externas. A ambientação é um fator determinante para produções deste gênero, envolvendo não só cenários, como também a caracterização e concepção de personagens.

    De acordo com Bruno, Matthew Chapman conseguiu criar um balanço entre linguagem coloquial e diálogos entendíveis por diversos públicos, de diferentes idades: “Aidan, Chris e Dana (do elenco internacional) tornaram o coloquial bem acessível para a audiência de hoje, buscando não tornar o texto em algo shakespeariano, de difícil compreensão”.

    “Matthew fez essa combinação perfeita entre moderno e antigo, o que é algo muito único desse trabalho”, afirmou ainda o showrunner.

    Por sua vez, Aidan comentou que o que mais chamou a atenção dele nesse papel foi a questão política dessas diferentes nações. “É o trabalho mais difícil que já fiz, mas que eu precisava fazer”, completou o ator, que estava há algum tempo fazendo papéis coadjuvantes na televisão.

    O Hóspede Americano: Conheça a nova minissérie brasileira da HBO Max

    O amor real de Roosevelt pela natureza foi outro ponto importante para Aidan, que se sentiu animado em assumir o papel. De acordo com ele, se não fosse pelas ações de Roosevelt há décadas, muitas coisas seriam diferentes: “Ele trabalhou contra pessoas poderosas com tanta vontade e virou esse homem que realmente acreditava que todos deviam ter um bom país para viver. E só seria um bom país se fosse bom para todos”.

    “Roosevelt é um personagem muito difícil de interpretar. Ele tem que sair de uma personalidade frágil e se tornar presidente, se empoderar do trabalho. O empoderamento que ele tem é incrível. É um personagem muito desafiador, e Aidan fez um grande trabalho”, complementou Chapman durante uma série de elogios para o ator principal da produção.

    A conscientização sobre a importância da natureza

    Durante a coletiva, a equipe também comentou sobre como a preservação da natureza é um tema importante da série, e como a produção poderia causar algum efeito na audiência nesse sentido.

    “Eu torço que razão, ciência e compaixão irão prover esse entendimento. É uma análise de como seria se Rondon e Roosevelt estivessem vivendo até hoje. Eu espero que a série consiga mostrar a beleza da natureza”, disse Chapman. Em concordância, Aidan afirmou que sempre há esperança enquanto vivermos. “Pessoas que riram das mudanças climáticas estão vendo a diferença nos últimos anos, então não há mais espaço para negação”, acrescentou.

    “Se você der à natureza um pouco de chance, é impressionante como ela se restaura. Não é fácil, mas precisamos trabalhar nisso”, complementou Bruno.

    Confira o trailer:

    O Hóspede Americano estreia dia 26 de setembro na HBO Max.

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    CRÍTICA – PEN15 (2ª temporada, 2020, Paramount+)

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    Uma das séries queridinhas do momento é PEN15, comédia original do Hulu disponível no catálogo da Paramount+, estando inclusive entre as indicadas ao Emmy Awards 2021.

    Lançada em 18 de setembro de 2020, a segunda temporada da produção continua a mostrar, com toque de humor, as preocupações e os dramas vividos por Anna Konkle e Maya Erskine.

    SINOPSE DE PEN15 (2ª TEMPORADA)

    Com as mudanças corporais normais da adolescência, as amigas Maya e Anna estão com a autoestima lá em cima. Por isso, sentem que podem se arriscar mais e ir atrás do menino que Maya tanto quer.

    Porém percebem que a vida tem questões bem mais complexas do que ajudar a amiga ter o seu primeiro beijo, principalmente quando a diferença de tratamento entre meninos e meninas é gritante.

    ANÁLISE

    Ainda com o toque perfeito de nostalgia, PEN15 consegue passar a sensação de termos entrado em uma máquina do tempo e recordar nossas próprias expectativas e, claro, as frustrações da adolescência.

    Mesmo que a série trabalhe muito com o humor do absurdo, conseguimos com facilidade reconhecer alguns sentimentos ou reações da juventude, deixando aquele gostinho amargo da vergonha.

    PEN15 trabalha esses elementos com perfeição, pois não torna tudo tão dramático e foge da visão romantizada dessa fase da vida, mostrando com exatidão comportamentos bem esquisitos.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: CRÍTICA – PEN15 (1ª temporada, 2019, Paramount+)

    Vale destacar que na segunda temporada PEN15 continuou abordando não apenas o racismo, como outros assuntos também complexos. Entre eles: problemas conjugais, machismo, os perigos dos boatos, a descoberta da sexualidade, entre outros com menos leveza do que vimos na temporada anterior.

    Sem perder o sarcasmo marcante e corrigindo erros cometidos no primeiro ano, agora a série é fácil de ser consumida. Na verdade, tornou-se até viciante.

    PEN15 é uma série de comédia original do Hulu distribuída no Brasil pelo streaming Paramount+. A segunda temporada foi indicada ao Emmy 2021.

    Com episódios com duração entre 30 e 40 minutos, a trama ficou mais instigante, indo atrás da raiz dos impasses e mostrando a verdade por trás das nossas interpretações. PEN15 também mostra com tanta honestidade as relações entre mães e filhas, fugindo de qualquer estereótipo.

    Novamente, tem que ser elogiado o jogo de câmeras e a edição, enaltecendo também um roteiro tão rico e fluido, atuações incríveis não apenas para as personagens principais, como também dos demais atores.

    Tenho o dever de não apenas aplaudir PEN15 pelo conjunto da obra, mas também focar nos episódios sexto e sétimo, onde são notáveis os talentos e a sua execução, que dança com as técnicas do teatro e apresenta uma atuação simplesmente incrível.

    VEREDITO

    É totalmente justificado o tanto de reconhecimento e as indicações, inclusive ao Emmy 2021, que PEN15 está recebendo nos últimos meses.

    A segunda temporada conseguiu corrigir todos os erros da primeira e mostrou não apenas um roteiro impecável, como uma execução primorosa, capazes de encher os nossos olhos.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer da segunda temporada de PEN15:

    https://youtu.be/oFAHiU0g0xQ

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    TBT #143 | Star Trek (2009, J.J. Abrams)

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    Star Trek sempre foi uma franquia responsável por ser a mais inclusiva de sua época, contando com minorias e muito mais desde que foi lançada originalmente em 1966. A série foi responsável por colocar no imaginário coletivo elementos de extrema importância, provocar discussões raciais necessárias e também desenvolver o interesse dos jovens e adultos por ciência.

    Em 2009, muito antes de continuar a Saga Skywalker – de outro fandom -, J.J. Abrams começou sua trilogia de Star Trek, que levava a tripulação “original” da USS Enterprise por uma viagem que tem repercussões muito mais profundas no universo da série, criando a Linha do Tempo Kelvin.

    Diferente de Star Trek: Discovery, série da Netflix lançada em 2017, que é ambientada na mesma linha do tempo da série original, mas alguns anos antes, o filme de Abrams deu início à uma linha do tempo completamente nova, com repercussões que apenas uma viagem no tempo seriam capaz de causar.

    SINOPSE

    A bordo da USS Enterprise, a nave mais sofisticada já construída, uma tripulação de novatos embarca em sua viagem inaugural, que é atrapalhada por Nero, um comandante cuja vingança ameaça toda a humanidade. Para que os humanos possam sobreviver, James Kirk, um jovem oficial rebelde, e Spock, um Vulcan completamente lógico, devem superar a rivalidade que há entre eles e encontrar uma maneira de derrotar Nero antes que seja tarde demais.

    ANÁLISE

    Star Trek

    Ainda que conte com o puro suco dos anos 2000 e o que deu origem à carreira de J.J. Abrams – como os flares, e o que passou a ficar conhecido como a câmera de ação -, Star Trek mostrou que no mercado atual, ainda existe espaço para falar assuntos que só a já enorme franquia é capaz de abordar.

    Com uma história sucinta, que fecha em si, ela muda imensamente a história de James T. Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto), alterando para sempre a dinâmica dos dois personagens junto à USS Enterprise.

    Como é de costume, Star Trek discute temas muito mais profundos do que aparenta, enquanto nos envereda por rumos inesperados.

    Ao mostrar uma faceta completamente diferente de Kirk, o filme é responsável por mostrar um Spock mais emotivo do que conhecemos do início da série original de 1966 enquanto traz de volta personagens cativantes enquanto muda ligeiramente suas personas.

    VEREDITO

    Star Trek

    Hoje, 12 anos depois de seu lançamento, Star Trek ainda que peque em determinados aspectos, consegue se livrar das amarras de filmes dos anos 2000, que envelheceram mal. E se destaca pelos mesmos motivos que fizeram a série de 1966 ter um enorme fandom ao longo das décadas.

    Partindo de um ponto inédito naquele universo, Star Trek nos leva por um mundo familiar enquanto nos traz belas surpresas em que só o mundo da Frota Estelar é capaz de oferecer.

    Star Trek está disponível na Netflix.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    5 animações indispensáveis da DC Comics no HBO Max

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    A DC Comics sempre foi um sinônimo de qualidade no quesito de animações. Utilizando arcos bastante importantes e criando outros igualmente incríveis, a gigante do entretenimento nerd possui diversas opções interessantes de longas animados para nenhum dcnauta ou marvete colocar defeito. 

    O Hbo Max, novo streaming de sucesso no Brasil e no mundo, é a casa oficial da DC desde que foi criada e possui em seu catálogo muitas obras consolidadas, por isso, nós do Feededigno viemos aqui te indicar cinco delas para você se emocionar, se divertir e se empolgar. Confira agora mesmo!

    LIGA DA JUSTIÇA SOMBRIA: GUERRA DE APOKOLIPS (2020)

    Abrindo a lista, temos aqui o exemplo mais brutal da lista: Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips

    Na trama, o Superman quer enfrentar Darkseid em seus domínios, pois quase foi morto pelo vilão. Entretanto, ele descobre os planos por meio de Ciborgue e vence os nossos heróis, tornando a Terra um lugar inóspito. Agora, o que restou da Liga da Justiça deve tentar derrotar o temível vilão e juntar os cacos da dolorosa derrota.

    Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips é o mais sanguinolento, cruel e sombrio dos filmes da lista, pois sua atmosfera caótica de cara nos faz sentir a brutalidade da história mostrando a derrota acachapante dos membros mais poderosos da DC. Com confrontos improváveis, uma trama envolvente e que traz diversos elementos que nunca imaginamos, mas que formam um excelente roteiro, o longa animado é uma das grandes obras de todo o universo DC.

    A MORTE DO SUPERMAN (2018)

    Como gostamos de fazer nossos leitores sofrer de vez em quando, falemos mais uma vez de tragédias dentro do universo da DC Comics.

    A Morte do Superman mostra uma ameaça alienígena chamada Apocalipse invadindo a Terra e enfrentando a Liga da Justiça em seu caminho. Todavia, Apocalipse é um inimigo muito mais poderoso que eles imaginavam e agora só o Homem de Aço pode enfrentá-lo com toda sua força, sendo o último símbolo de esperança da humanidade.

    O Warverso sempre teve o Batman e o Superman como seus maiores destaques, assim como John Contantine. Aqui, o Homem de Aço ganha um filme digno de sua importância, pois consegue nos emocionar e mostrar o símbolo que o herói é para todos nós. Com um roteiro intenso e bem elaborado, a obra é uma excelente homenagem ao maior herói de todos os tempos.

    BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS – PARTE 1 E 2 (2012 E 2013)

    Como nós também somos bonzinhos, a terceira dica será dois em um, pois é impossível ver um e não assistir ao outro.

    Na história de Batman: O Cavaleiro das Trevas, Bruce Wayne pendurou a capa e a criminalidade subiu de vez em Gotham. Enquanto isso, um terrorista misterioso começa a assombrar os cidadãos do lugar, fazendo com que o Batman volte de vez a combater o crime.

    Adaptando as famosas hqs de Frank Miller, Batman: O Cavaleiro das Trevas 1 e 2 é o suco do que temos de melhor dos quadrinhos. 

    Adaptando de forma bastante fiel o arco apresentado pelo quadrinista, os longas são bem violentos e apresentam um Batman experiente e muito mais pragmático em sua luta contra os seus inimigos. A fibra moral, tão polêmica em muito tempo é traçada em vários momentos, apresentando um Homem-Morcego bem mais humano do que em sua juventude, por exemplo, valendo demais à pena conferir, principalmente quem não está familiarizado com a trama.

    BATMAN: ASSALTO AO ARKHAM (2014)

    Se você ama o Esquadrão Suicida e o Batman, achou aqui os dois mundos se unindo de forma perfeita!

    Batman: Assalto ao Arkham mostra a formação do Esquadrão Suicida, um grupo de criminosos que busca diminuir sua pena por meio de missões que nenhum soldado gostaria de cumprir. Eles devem neutralizar o Charada, mas para isso devem enfrentar um inimigo bastante complicado: o Batman.

    O longa de 2014 é um dos mais divertidos e empolgantes da lista, pois mostra todo o potencial do Cavaleiro das Trevas em deixar até os cabelos dos dedos dos pés da sua galeria de vilões em pé. O herói está em sua melhor forma e os antagonistas tremem diante dele. Além disso, o roteiro é bem amarrado, uma vez que possui diversas reviravoltas, personagens carismáticos e interessantes, além de saber trabalhar de forma incrível todo o seu potencial estético. Assistam!

    BATMAN CONTRA O CAPUZ VERMELHO (2010)

    E para fechar a lista, mais uma tragédia, mas dessa vez com uma história muito amada e polêmica! 

    Em Batman Contra o Capuz Vermelho, um novo justiceiro dá as caras em Gotham, fazendo uma pilha de corpos de diversos bandidos. 

    Agora Bruce deve descobrir a identidade dele, contando com a ajuda de Asa Noturna, o seu antigo pupilo Dick Grayson

    Batman Contra o Capuz Vermelho é a continuação de um dos melhores e mais controversos arcos da DC Comics, visto que na época houve uma votação para decidir se Jason Todd, o segundo Robin, seria morto ou não. Como o personagem era odiado pelos fãs, uma imensa maioria votou em acabar com o personagem, criando uma das histórias mais sombrias e complexas da DC Comics. O longa animado traz à tona as consequências disso com uma história de tirar o fôlego, com excelentes cenas de ação e diálogos incríveis que contestam a moral inabalada do Cavaleiro das Trevas.

    E vocês? Quais longas indicam? Comentem aqui embaixo!

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