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    CRÍTICA – Viúva Negra (2021, Cate Shortland)

    Não é exagero dizer que esperamos esse filme por muito tempo e a sua chegada é mais que especial. Viúva Negra está tendo seu momento de glória tanto nos cinemas, quanto no Disney+, trazendo muita felicidade para os fãs ao redor do planeta.

    O filme se passa após os eventos de Capitão América: Guerra Civil e antes dos acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita, e traz a protagonista do filme Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) fugindo do General Ross (William Hurt), que pretende prendê-la pela violação no tratado de Sokovia.

    A crítica a seguir pode conter alguns spoilers da trama.

    SINOPSE

    Ao nascer, Natasha Romanoff é entregue à KGB, que a prepara para se tornar sua agente suprema. Perseguida por uma força que não irá parar até derrotá-la, Natasha terá que lidar com sua antiga vida de espiã e também reencontrar membros de sua família que deixou para trás antes de se tornar parte dos Vingadores.

    ANÁLISE

    Logo no início de Viúva Negra acompanhamos a pequena Natasha, interpretada por Ever Anderson, uma menina corajosa, preocupada e séria que cuida de sua irmã Yelena Belova (Violet McGraw), uma criança inocente, frágil e bastante alegre.

    É passada uma impressão de que eles são uma família feliz, mas tudo isso muda no momento que Alexei Shostakov (David Harbour) chega em casa e chama Melina Vostokoff (Rachel Weisz) para conversar. Aparentemente, Alexei havia concluído uma missão, e eles precisam entregar os resultados para Dreykov (Ray Winstone), um homem poderoso que fundou e comanda a Sala Vermelha.

    É nesse momento do filme que se iniciam os créditos, com uma sequência de imagens que mostram meninas sendo sequestradas pela Sala Vermelha. Vemos crianças treinadas para serem espiãs e a presença de agentes do programa de Dreykov em momentos históricos. A edição é embalada pelos gritos e choros das crianças mesclados ao cover de Malia J. para Smells Like Teen Spirit, um clássico do Nirvana.

    Após os créditos iniciais temos um salto no tempo, mostrando Natasha em fuga e descobrindo que a Sala Vermelha ainda está na ativa sob o comando de Dreykov. A informação lhe assusta, pois sua última missão antes de entrar para a S.H.I.E.L.D. teve como objetivo explodir um prédio de cinco andares e assassinar Dreykov e sua filha.

    Adiante na história, Natasha se encontra com Yelena, agora interpretada por Florence Pugh. A irmã lhe explica sobre as novas agentes que estão sendo quimicamente manipuladas para se tornarem assassinas sem pudores. Juntas, elas se unem para derrotar o grande vilão que está por trás disso tudo.

    CRÍTICA - Viúva Negra (2021, Cate Shortland)

    Acredito que a atuação da Scarlett Johansson, além de fundamental para Viúva Negra, foi excepcional e conseguiu dar um ótimo desfecho para a história de Natasha Romanoff após aquele acontecimento de Vingadores: Ultimato. Em nenhum momento senti que a personagem estivesse passando o seu manto para a Yelena, mas sim aproveitando o máximo de tempo possível com a sua irmã.

    O protagonismo da atriz foi emocionante, e todas suas cenas de combate são de arrepiar. Em certos momentos pensamos até que Natasha poderia morrer, tamanha a dificuldade enfrentada pela personagem. Entretanto, lembramos da timeline da franquia e logo percebemos que isso não é possível.

    A atuação da Florence Pugh chama atenção por sua personagem ser bem carismática e habilidosa, fora o seu modo sarcástico que transita para a seriedade em questão de segundos. As coreografias de lutas não só entre Natasha e Yelena, mas também contra as viúvas que permaneceram controladas pela Sala Vermelha me chamaram muita atenção, pois foram muito bem executadas.

    Melina, a personagem da atriz Rachel Weisz, foi fundamental para a trama. Sendo um elemento principal para um plot específico da história, a personagem foi muito bem inserida no universo Marvel.

    Por sua vez, Alexei traz alívio cômico em cenas que são tristes e melancólicas. O personagem de David Harbour é um bom coadjuvante, funcionando como um guia para preencher lacunas em aberto e compartilhar informações essenciais no desenvolvimento da história.

    CRÍTICA - Viúva Negra (2021, Cate Shortland)

    As cenas com o Treinador, vilão do filme, demonstram a habilidade do personagem em copiar e aperfeiçoar os movimentos e golpes de seus adversários. No decorrer da produção, podemos identificar que ele consegue imitar as táticas de luta dos Vingadores e seus apetrechos de combate.

    A atuação do ator O.T. Fagbenle trouxe certo ar de comédia para algumas cenas, além de uma tensão amorosa entre ele e Natasha. Não é confirmado que eles tinham algum relacionamento além de sua amizade, que aparentava ser duradoura.

    VEREDITO

    Viúva Negra é emocionante e tem várias cenas arrepiantes e de tirar o fôlego. Não só nos combates, mas nas interações entre os personagens durante seus diálogos, o longa proporciona diversas gargalhadas, aflições e aquele sentimento de medo do que está por vir.

    Acredito que a diretora Cate Shortland conseguiu transmitir toda sua emoção e suas ideias nesse filme, nos fazendo sentir como se a produção estivesse mesmo acontecendo na ordem cronológica do Universo Cinematográfico Marvel.

    Além de, é claro, passar a mensagem sobre empoderamento feminino, tanto pela atuação da Scarlett, quanto pela diversidade de atrizes que foram escaladas para os seus papéis.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    Assista ao trailer:

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    Noites Sombrias #22 | Rua do Medo – 1978: Parte 2 (2021, Leigh Janiak)

    Rua do Medo – 1978: Parte 2 é a continuação de Rua do Medo – 1994: Parte 1 e tem em seu elenco Sadie Sink, a Maxine de Stranger Things. Os três longas do projeto são dirigidos por Leigh Janiak.

    SINOPSE

    C. Berman (Gillian Jacobs) é uma das poucas sobreviventes dos ataques realizados pela bruxa que assola a comunidade de Shadyside. Após receber a visita de Deena (Kiana Madeira) e Josh (Benjamin Flores Jr.), dois outros sobreviventes do ataque recente, Berman agora conta tudo que ocorreu no ano de 1978, no qual um massacre ocorreu em um acampamento, ceifando sua irmã.

    ANÁLISE

    Rua do Medo – 1978: Parte 2 é um longa que bebe, e muito, da fórmula dos filmes de terror de Jason Vorhees, pois traz um assassino voraz em um acampamento cheio de jovens.

    O seu primeiro ato é lento e pouco traz para a trama, tornando o filme sonolento em seus primeiros 45 minutos. O segundo e terceiro atos vão melhorando a medida que om vilão finalmente é revelado e os personagens deixam de ser apenas jovens pedantes e irritantes.

    A protagonista Cindy (Emily Rudd), assim como Deena (Kiana Madeira), são irritantes e difíceis de engolir, uma vez que destoam do restante do tom das duas obras. Entretanto, Cindy vai melhorando e se tornando uma personagem interessante, diferente de Deena.

    As atuações são boas aqui, com destaque para Sadie Sink que entrega ousadia e força, fugindo do estigma de mocinha em perigo, assim como Emily Rudd.

    VEREDITO

    Rua do Medo - 1978 Parte 2

    Por conta de seu primeiro ato moroso e alguns furos no que foi apresentado na história anterior, Rua do Medo – 1978: Parte 2 é um pouco inferior ao seu antecessor.

    Por mais que a trama apresente mais violência gráfica e sexo, por exemplo, o roteiro demora para entrar nos eixos, prejudicando o bom elenco.

    Com um texto um pouco mais criativo e soluções mais inventivas, por exemplo, o segundo filme do projeto ousado da Netflix poderia ter sido melhor. Contudo, a experiência continua divertida e com certeza estarei na frente da tv para o ato final.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer de Rua do Medo – 1978: Parte 2:

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    CRÍTICA – Resident Evil: No Escuro Absoluto (2021, Netflix)

    Resident Evil: No Escuro Absoluto é uma série animada da Netflix e já está disponível no catálogo para visualização. O anime é uma adaptação dos famosos games da CAPCOM e faz parte do cânone dos jogos.

    SINOPSE

    Uma conspiração assola a Casa Branca, fazendo com que um país pequeno em conflito sofra as consequências de tudo que está acontecendo, uma vez que os interesses norte americanos estão voltados para um confronto iminente

    Após algumas armas biológicas serem enviadas ao local, Leon Kennedy é chamado para resolver a questão. Paralelo a isso, Claire Redfield investiga o caso por conta própria e tenta ajudar Leon no processo.

    ANÁLISE

    Resident Evil: No Escuro Absoluto é mais um de tantos projetos da franquia no ramo das animações. A série da Netflix traz um roteiro repleto de intrigas e muita política, por exemplo, além de temas da sociedade.

    O ódio é a principal força motriz da trama, pois os vilões não são os monstros, e sim, os políticos. O fato da soberania estadunidense se manter na base do medo é algo muito bem aproveitado pela história, uma vez que os Estados Unidos não é o grande salvador, mesmo que no final tenha um discurso piegas.

    A qualidade da animação é impressionante, visto que os personagens tem texturas extremamente realistas. Os episódios mais curtos fazem com que seja rápida a absorção, mas, ao mesmo tempo, a trama básica repleta de chavões e tudo que já vimos nos games e em outros longas da franquia nos deixa com aquela sensação de mais do mesmo.

    Embora Leon seja o destaque, o ponto negativo é a pouca utilização de Claire no roteiro, uma heroína essencial em Resident Evil. A personagem é uma coadjuvante de luxo, todavia, quase não aparecendo para a decepção dos fãs, uma pena por conta do carisma da irmã de Chris.

    VEREDITO

    Resident Evil: No Escuro Absoluto é uma série mediana, mas que tem bons pontos, principalmente para quem ainda não conhece a história completa da franquia.

    Com uma qualidade impressionante da animação, mas com uma história episódica, a série fica no meio do caminho, mesmo entregando algumas coisas importantes em seu roteiro.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer de Resident Evil: No Escuro Absoluto:

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    CRÍTICA – Clara Sola (2021, Nathalie Álvarez Mesén)

    Parte da Directors’ Fortnight no Festival de Cannes 2021, Clara Sola é um filme Sueco/Costarriquenho dirigido e roteirizado por Nathalie Álvarez Mesén. O longa estreou no festival no dia 8 de julho e é o debut de Nathalie como diretora.

    SINOPSE

    Clara (Wendy Chinchilla Araya), uma mulher de 40 anos, acredita ter uma ligação especial com Deus. Como “curandeira”, sustenta uma família e uma aldeia carente de esperança, enquanto encontra consolo na sua relação com o mundo natural.

    Depois de anos sendo controlada pelos cuidados repreensivos de sua mãe, os desejos sexuais de Clara são estimulados por sua atração pelo novo namorado de sua sobrinha. Essa força recém-despertada leva Clara para um território inexplorado, permitindo-lhe cruzar fronteiras, tanto físicas quanto místicas. Fortalecida por sua autodescoberta, Clara gradualmente se liberta de seu papel de “santa” e começa a se curar.

    ANÁLISE

    Explorando com sensibilidade os sentimentos humanos e a conexão com a espiritualidade, Clara Sola é um filme construído em torno de diversas descobertas. No longa acompanhamos a história de Clara, uma mulher que nunca teve controle sobre a própria vida. Sua mãe é conservadora, manda e desmanda o tempo todo, decidindo, inclusive, se ela pode ver televisão ou ter determinado tratamento médico.

    Todo esse controle possui uma fonte: o fato de Clara ser milagrosa. Distribuindo bênçãos entre a população de seu vilarejo na Costa Rica, ela é uma fonte inesgotável de esperança para todos à sua volta. Entretanto, sua eterna doação e privação de liberdade a mantém sufocada e solitária.

    A visão que temos de Clara é que sua família a trata como uma pessoa incapacitada. Devido à sua conexão com a natureza e com os animais, ela passa a maior parte do tempo em sintonia com esses seres, não conseguindo realmente se conectar com os humanos que a cercam. A situação muda quando sua sobrinha arranja um namorado, e os desejos sexuais de Clara começam a despertar.

    O longa de Nathalie mostra a transição da personagem principal para uma fase de maturidade e descobrimento do próprio corpo depois dos 40 anos. Ao mesmo tempo que entendemos essa dualidade entre a mulher humana e a sua representação como virgem santa, o roteiro retrata o pensamento machista e patriarcal enraizado no modo de pensar das mulheres que vivem com Clara.

    CRÍTICA - Clara Sola (Nathalie Álvarez Mesén, 2021)

    É impressionante que Wendy Araya esteja em seu debut como atriz. A premiada dançarina costarriquenha está excepcional como Clara, dando vida a uma personagem sensível, mas forte e empoderada. Sua atuação é composta basicamente por suas expressões faciais e corporais, sendo um papel extremamente desafiador.

    Suas cenas com Daniel Castañeda Rincón, que interpreta Santiago, passam uma constante sensação de curiosidade e desejo, instigando o espectador a entender o que pode acontecer durante a conexão de duas pessoas tão diferentes.

    As locações de Clara Sola são simples, se passando basicamente no sítio da família principal e com poucas cenas fora daquele espaço. Entretanto, a produção não é monótona, tampouco cansativa, sabendo extrair acontecimentos interessantes e significativos da rotina de Clara e de sua família, pavimentando as decisões tomadas pela personagem principal ao longo da trama.

    CRÍTICA - Clara Sola (Nathalie Álvarez Mesén, 2021)

    O fator mais interessante do longa, que se distingue de outros filmes coming of age, é a espiritualidade. O fato de Clara ser abençoada com um dom e ajudar muitas pessoas, mas ter sua autonomia negada, é algo doloroso e injusto. Nathalie consegue explorar a situação com grande habilidade, dirigindo belíssimas cenas de Clara em sintonia com seu corpo e com a natureza.

    VEREDITO

    Clara Sola é um belíssimo filme. Sensível, intrigante e complexo, o longa de Nathalie Álvarez Mesén traz um ótimo estudo de personagem, explorando o gênero do realismo mágico em contraste com a realidade patriarcal e misógina em que vivemos.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Saiba mais sobre a diretora

    Nathalie Álvarez Mesén é uma roteirista e diretora costarriquenha-sueca. Ela começou sua carreira no teatro na Costa Rica antes de cursar licenciatura em Mime Acting na Universidade de Artes de Estocolmo na Suécia. Nathalie possui também Pós-Graduação em Cinema na Universidade de Columbia em Nova York.

    Aluna da Berlinale Talents, TIFF Filmmaker Lab e NYFF Artist Academy, Nathalie teve seus curtas exibidos em festivais de cinema em todo o mundo. Seu curta FILIP ganhou o prêmio de Melhor Filme com menos de 15 minutos no Palm Springs Shortfest de 2016. Já o curta ASUNDER foi exibido em 2016 no Telluride Film Festival. Ela também participou da roteirização de Entre Tú y Milagros, vencedor do Prêmio Orizzonti de Melhor Curta no Festival de Cinema de Veneza 2020.

    Atualmente, Nathalie está desenvolvendo seu segundo longa-metragem chamado “The Wolf Will Tear Your Immaculate Hands”.

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    Abigail Brand: Conheça a líder da E.S.P.A.D.A.

    Abigail Brand, mais conhecida profissionalmente como Agente Brand, foi criada por Joss Whedon e John Cassaday; a comandante da E.S.P.A.D.A. teve a sua primeira aparição na HQ Astonishing X-Men #3 em setembro de 2004.

    ORIGEM

    Brand é a oficial comandante da E.S.P.A.D.A., uma organização que trata da defesa da Terra de ameaças extraterrestres. Nos quadrinhos, quase nenhum detalhe sobre sua vida pessoal foi revelado, sabemos apenas que seu pai era um extraterrestre e que a ela herdou o gene X da sua mãe.

    Aos 28 anos, a abrasiva, mas altamente competente Abigail Brand ou Abby para os mais próximos, foi promovida a diretora da E.S.P.A.D.A., mas sua falta de habilidades sociais a tornou impopular entre os agentes da organização.

    PODERES E HABILIDADES

    Abigail exibiu a capacidade de revestir pelo menos as mãos com uma chama que é potente o suficiente para queimar a maioria dos metais. Esta chama foi mostrada com as cores azul e vermelha, embora não se saiba se as cores têm algum significado específico.

    Acreditasse que essa habilidade deriva de sua herança meio alienígena, já que a própria Abigail Brand revelou que seu poder é o resultado de sua herança meio humana e é mutante por natureza.

    Ela é capaz de falar línguas estranhas que os humanos não conhecem, incluindo linguagens extraterrestres que a maioria das pessoas não conseguiriam.

    Um bom exemplo foi quando Brand capaz de se comunicar fluentemente com Lockheed em sua língua nativa, um fato que claramente surpreendeu a todos.

    EQUIPES

    Abigail Brand é uma das únicas pessoas que consegue se comunicar com o dragão mutante Lockheed. Certa vez, foi necessário que o dragão fosse encaminhado para a Mansão X como um espião, a sua missão era vigiar os mutantes e repassar as informações que recebia para a E.S.P.A.D.A., mais especificamente para a Abigail Brand.

    Em várias HQs é possível ver a Abigail e Fera trabalhando juntos como uma dupla, há alguns rumores que eles já foram um casal, mas nada confirmado.

    CURIOSIDADES

    No universo Ultimate Marvel existe uma jovem versão de Abigail Brand que trabalha para a HYDRA após a morte da sua mãe. Após ser traída pelos soldados da HYDRA, Abby é recrutada por Nick Fury para fazer parte de uma equipe chamada Comando Selvagem (Howling Commandos).

    OUTRAS MIDIAS

    daenerys
    Emilia Clarke como Daenerys.

    Abigail já apareceu em desenhos animados como Homem de Ferro: Aventuras Blindadas sendo dublada por Cathy Weseluck e na animação Os Vingadores: Os Heróis Mais Poderosos da Terra, dessa vez com a voz de Mary Elizabeth McGlynn.

    Rumores afirmam que a atriz Emilia Clarke conhecida por seu papel como Daenerys na série Game of Thrones irá interpretar Brand na série Invasão Secreta que está em desenvolvimento pela Marvel Studios para o serviço de streaming Disney+

    A série já anunciada ainda não possui data de estreia.

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    CRÍTICA – Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Um dos assassinatos mais chocantes na história do Brasil e com grande cobertura midiática acaba de ser pauta de um seriado documental original da Netflix. Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime traz diversas visões e nuances a respeito do assassinato de Marcos Matsunaga, milionário executivo da Yoki.

    Elize Matsunaga assassinou o marido e confessou o crime em 2012. Ela está presa desde então. Em 2016, Elize foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, após ir a júri popular.

    As circunstâncias do assassinato – um tiro na cabeça e esquartejamento para ocultar o cadáver – e a proeminência da vítima na sociedade brasileira fazem do Caso Matsunaga um dos mais marcantes no país. Tudo isso o mantém alvo de comentários, repercussões e reviravoltas jurídicas até hoje, mesmo quase cinco anos após a sentença.

    SINOPSE

    Em um crime que chocou o Brasil, Elize Matsunaga mata e esquarteja o marido. Agora, ela dá sua primeira entrevista nesta série documental que explora o caso.

    ANÁLISE DE ELIZE MATSUNAGA: ERA UMA VEZ UM CRIME

    Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime é uma série documental que causa incômodo.

    A produção, dirigida pela premiada Eliza Capai, constrói a narrativa com fontes relevantes em todas as etapas do crime, do processo judicial e da cobertura da imprensa. Também dá espaço para amigos e familiares de Elize e Marcos comentarem situações que, em geral, não fizeram parte dos autos do processo.

    Dividido em quatro episódios com média de 50 minutos cada, o documentário é montado utilizando também recursos audiovisuais variados para complementar a história. Há diversas imagens da cobertura midiática ao longo dos anos, bem como registros de acervo do casal Matsunaga e da vida pessoal de Elize.

    A produção da Boutique Filmes distribuída globalmente pela Netflix realiza bem o difícil trabalho de montar uma narrativa que constantemente vai e volta na linha do tempo. A tarefa tinha tudo para confundir o espectador, mas em Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime é executada sem prejudicar o entendimento da cronologia dos fatos.

    Isso é possível graças às perguntas certeiras feitas para a maioria dos entrevistados. A divisão em quatro episódios também é responsável pelo êxito da montagem, pois cada capítulo traz um fato marcante que se encerra em si mesmo, pavimentando outra ocorrência importante que é detalhada ao longo do episódio seguinte.

    Série documental da Netflix aborda o assassinato do executivo da Yoki Marcos Matsunaga cometido pela esposa, Elize Matsunaga, em 2012
    Imagem do arquivo pessoal de Elize e Marcos Matsunaga

    Se fosse um documentário corrido, possivelmente perderia informações importantes, como uma forma de fazer com que a produção durasse no máximo três horas. Esse é outro mérito do formato de distribuição da Netflix, que recentemente realizou um bom trabalho com a minissérie documental de true crime Os Filhos de Sam.

    Outro aspecto positivo são as imagens produzidas para ilustrar situações. Há espaço para filmagens com um olhar artístico para abordar alguns tópicos.

    Destaco o uso de vídeos de arquivo mesclados a cenas de uma roda gigante com luzes vermelhas, cujo movimento remete ao fluxo sanguíneo, para complementar o relato de Elize a respeito das dificuldades de gravidez enfrentadas por ela e Marcos.

    Por que “era uma vez um crime”?

    Minha impressão inicial é de que o título do documentário era algo clichê e sem um esforço criativo. No entanto, a narrativa funciona e justifica a escolha do nome.

    Sem dar spoilers, a verdade é que Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime é uma produção que usa o Caso Matsunaga como ponto de partida para abordar diversos tópicos que causam incômodo.

    A série documental retrata temas como:

    • Abusos psicológico e sexual
    • Responsabilidade da imprensa em coberturas policiais
    • Interesses das forças policiais e do Poder Judiciário muitas vezes não relacionados à resolução dos casos
    • O uso de fatos não relacionados ao caso para contar “a melhor história” para que o júri popular decida baseado em emoções, e não em provas
    • A realidade do sistema carcerário no Brasil

    Não há uso de locução por parte da equipe do documentário. Toda a narrativa acontece a partir de um ping pong entre pessoas dos dois lados da história e adjacências – caso de jornalistas que participaram ativamente da cobertura ao longo dos anos.

    Essa construção ancorada praticamente a partir de entrevistas e imagens de acervo é importante, pois a diretora conseguiu captar relatos e opiniões de um lado da história que contrastam entre si. Um exemplo disso é a análise feita pela família de Marcos e seu advogado em contraste com o sentimento nutrido pelo promotor e pelo delegado a respeito da sentença.

    Dessa forma, o que está em tela é responsabilidade de quem está falando, e não da produção do documentário.

    Série documental da Netflix aborda o assassinato do executivo da Yoki Marcos Matsunaga cometido pela esposa, Elize Matsunaga, em 2012

    E por que, então, era uma vez um crime?

    Porque esse bate-cabeça do sistema brasileiro, e o relato de Elize Matsunaga sobre outras presidiárias com quem conviveu, deixam claro que essa é só mais uma barbárie no Brasil. Há outros tantos crimes, até mais cruéis que o Caso Matsunaga, que não ganham notoriedade. E o motivo, cíclico, está em tela.

    VEREDITO

    Não há como ser indiferente ao que Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime exibe em seus quatro episódios. A série documental da Netflix coloca a audiência em situação similar à vivida pelo júri popular que sentenciou Elize como culpada.

    O incômodo causado pelo documentário é positivo, pois é um convite à reflexão, mas certamente os motivos que o causarão não serão os mesmos para cada pessoa que assistir à produção.

    Afinal, mesmo com o Caso Matsunaga concluído, há situações que deixam dúvidas até hoje, além da vida de Elize e Marcos ser recheada de excentricidades que tornam o crime ainda mais marcante.

    Cabe destacar que a série documental não é irresponsável, pois exibe relatos de várias pessoas que continuamente reforçam que nada justifica o crime bárbaro cometido por Elize.

    Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime é, portanto, uma série documental que merece ser assistida, especialmente se você gosta de consumir conteúdos relacionados a crimes reais, ou se tem interesse em assuntos relacionados a Direito, Jornalismo e investigações policiais.

    Assista ao trailer de Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime:

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

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