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    Noites Sombrias #15 | Tudo sobre Espiral, o reboot de Jogos Mortais

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    No Noites Sombrias de hoje, falaremos sobre Espiral: O Legado de Jogos Mortais, longa que tem Chris Rock como protagonista.

    Após hiato de 2 anos, Jogos Mortais, criado em 2004, ganha reboot e volta às telonas no dia 21 de maio com Espiral: O Legado de Jogos Mortais. O elenco conta com Samuel L. Jackson, Max Minghella, Marisol Nichols, Zoie Palmer e Genelle Williams e o já citado Chris Rock.

    SINOPSE DE ESPIRAL

    Trabalhando nas sombras de um policial veterano (Samuel L. Jackson), o impetuoso detetive Ezekiel “Zeke” Banks (Chris Rock) e seu parceiro novato (Max Minghella) assumem a responsabilidade de uma investigação medonha de assassinatos que fazem parte do passado assombroso da cidade. Involuntariamente aprisionado em um mistério profundo, Zeke se vê no centro do jogo mórbido do assassino.

    OS BASTIDORES DE ESPIRAL

    Em entrevista ao podcast No Prize From God, o diretor Darren Lynn Bousman, que retorna à cadeira de direção no longa, revelou alguns detalhes sobre o personagem de Chris Rock, indicando que ele enfrentará seus demônios no novo capítulo da franquia.

    Especificamente, o personagem de Chris Rock está lidando com certos traumas, os quais acredito que eu e muitos outros irão compreender. Mais com a ideia de pai e filho, visto que Samuel L. Jackson será seu pai. Teremos muito em relação a isso.”

    Darren afirmou em outra entrevista que o reboot irá expandir a mitologia da icônica saga gore e que inclusive veremos até momentos mais cômicos que dificilmente veríamos nos filmes anteriores.

    Eu posso dizer que esse longa parece um filme da franquia em alguns momentos, mas é algo completamente diferente em outros. Ele irá expandir a mitologia de ‘Jogos Mortais’ e levará a história para uma direção completamente nova. É muito interessante.”

    Alguns veículos internacionais já assistiram ao longa e deixaram suas opiniões sobre ele. Apesar de tentativas de introduzir novas ideias para conquistar o público e ganhar relevância, há um consenso de que o resultado é mais do mesmo e não justifica a abordagem de reboot disfarçado, mas vale a experiência.

    CONFIRA ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE JOGOS MORTAIS

    Um dos cenários mais icônicos dos filmes, o banheiro, poderia ter sido um elevador.

    O escritor Leigh Whannell e o diretor James Wan juntaram o útil ao agradável, enquanto eles já tinham o interesse de fazer um filme que se passasse em um único cenário, o problema do orçamento ajudou muito, uma vez que foi muito mais barato gravar quase tudo em apenas um espaço.

    Jogos Mortais não foi adaptado de uma HQ, pelo contrário, fizeram uma HQ por conta do filme, e foi denominada “Saw Rebirth”.

    Embora seja uma franquia revolucionária, o primeiro filme foi gravado em apenas em 18 dias!

    Surpreendentemente, a maioria dos filmes tiveram gravações em Toronto, no Canadá.

    A cena onde o personagem mergulha a mão na privada imunda é feita em homenagem a Danny Boyle, de Trainspotting.

    Fonte: NIT

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    REVIEW – GameSir X2 Bluetooth (2021, GameSir)

    No começo de 2021, lançamos aqui no Feededigno a crítica da GameSir X2 Type-C, um controle para celular que ao meu ver era o máximo de highend que uma empresa de desenvolvimento gamer poderia fazer, mas estava completamente enganado. Apresento a vocês minhas impressões do GameSir X2 Bluetooth.

    Ao me deparar com a versão Bluetooth do controle, cheguei à conclusão de que nenhuma empresa poderá lançar algo tão imponente e perfeito para uma experiência mobile, até mesmo para jogadores mais casuais.

    Pequenas diferenças no analógico, no tamanho da GameSir X2 Bluetooth em relação ao design ergonômico, além da cor do controle, fazem o esse modelo sem fio e com Bluetooth ainda mais incríveis do que sua primeira versão.

    ANÁLISE

    Após o incrível desempenho da GameSir X2 Type-C no Android, um controle com maior autonomia e melhor desempenho era algo que eu não esperava. A mais nova atualização conta com a função Bluetooth e tem suporte até mesmo para aparelhos iOS, depois de dispensar o conector USB tipo-C. Portanto, o GameSir X2 Bluetooth nos apresenta mais possibilidades em relação à gameplay tanto no Android como no iOS.

    É muito legal perceber a preocupação da GameSir em aprimorar seus produtos e desenvolver um controle que adere ainda mais as nossas mãos, em relação à sua versão USB Tipo-C. A facilidade de conexão, e até mesmo de encaixe nos celulares, se torna muito mais fácil nessa versão do gamepad, que não possui qualquer tipo de conector para o celular.

    O GameSir X2 Bluetooth é expansível e pode ser conectado em aparelhos de até 17cm, sendo possível conectá-lo aos mais diversos modelos de celulares e tablets.

    O design do produto conta com um espaço para a passagem de ar. Isso facilita o arrefecimento do aparelho enquanto encaixado no gamepad.

    O controle é extremamente satisfatório também quando encaramos alguns jogos em que há excesso de informação e muitos comandos na tela. A GameSir acertou em cheio e conseguiu criar um produto que viabiliza uma experiência mais clean e a jogatina ainda mais fluída.

    PARTE TÉCNICA

    GameSir X2 Bluetooth

    O desempenho do gamepad pode ser comparado ao controle do Nintendo Switch. Tenha em mente que o GameSir X2 Bluetooth ganhou uma atualização em seus botões e componentes que se destacam entre os mais diversos periféricos highend.

    Gatilhos micro mecânicos com vida útil de até 3 milhões de toques, direcionais remodelados e encaixe aderente de borracha para as mãos tornam essa versão do controle o ponto mais alto de um produto da GameSir.

    A estabilidade do controle em nossas mãos, assim como o controle dos movimentos in-game, são extremamente precisos com o auxílio do gamepad Bluetooth.

    Apesar da versão do controle com conector Tipo-C contar com uma bateria interna para alimentação, o gamepad acabava se apoiando quase que inteiramente na bateria do seu aparelho móvel para funcionar apropriadamente, o que é muito diferente no GameSir X2 Bluetooth.

    Com um cabo USB tipo-C para alimentação, a versão Bluetooth do gamepad conta com uma bateria duradoura de 500maH. Apesar de fazer uso de conexão Bluetooth, o controle se mostra extremamente versátil e proporciona uma diversão duradoura.

    Alguns serviços de cloud gaming têm sido recomendados pela desenvolvedora do gamepad, como o Xbox Cloud Gaming e até mesmo os games do Apple Arcade. Quanto ao Apple Arcade deixarei a desejar nas impressões, pois testei o produto em um celular Android.

    Sobre o Xbox Cloud Gaming: A experiência de controlar pelo celular jogos como Hellblade: Senua’s Sacrifice, um dos pontos mais altos da geração anterior de consoles, mostra o quão completa a experiência com o uso da GameSir X2 Bluetooth pode ser.

    VEREDITO

    O mergulho tecnológico que é a integração entre aparelhos móveis e o gamepad dá uma sensação de completude de experiência gamer única, que somente pude sentir com um joystick de um console em mãos.

    O desenvolvimento que a GameSir nos proporciona com a possibilidade de uma experiência mais próxima dos consoles por meio da integração com diversas plataformas Cloud Gaming, chegando ao ponto de haver um botão embutido nos analógicos – como nos consoles. Isso mostra que a experiência por meio de um gamepad não precisa ser menos completa.

    Só tenho a agradecer a GameSir pela oportunidade de avaliar dois dos mais imponentes gamepads da atualidade. E preciso revelar aqui: Ainda hei de aproveitar muito do controle que mostra que o céu é o limite para me divertir utilizando apenas o celular.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    LEIA TAMBÉM: REVIEW | GameSir X2 Type-C (2020, GameSir)

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    Fortnite: 5 personagens que queremos no jogo

    Fortnite é um dos jogos mais populares dos últimos tempos, pois consegue agradar a todos os jogadores do mundo.

    Uma das características mais marcantes do jogo é trazer personagens extremamente relevantes da cultura pop por conta de diversas parcerias. Desde Pantera Negra, até Neymar, Fortnite traz uma gigantesca gama de players e hoje faremos uma lista com algumas dicas inusitadas e que fazem algum sentido. Confira!

    INVENCÍVEL

    Abrindo a lista, temos o super-herói do momento: Invencível! Como Fortnite é um jogo que trabalha muito bem as modas do momento, usar o jovem herói da série exclusiva da Amazon Prime Video seria uma boa sacada, já que está fresco na memória do público e há uma grande expectativa para a segunda temporada.

    Enquanto ela não chega, nada melhor do que poder usar Mark Grayson e tomar uma surra de outros personagens do jogo.

    PELÉ

    O Rei do Futebol não poderia ficar de fora de Fortnite! Por mais que no início do ano o jogo tenha feito uma parceria com trajes e comemorações do maior ídolo do esporte, uma skin dele seria ainda mais lendária.

    Já que Fortnite faz parcerias bastante diferenciadas, quem sabe acrescentar Pelé não seja uma das maiores sacadas? Fica aí a dica!

    CHRIS REDFIELD

    Fortnite

    Resident Evil está aí nos games com seu novo capítulo Village e, além disso, um filme está próximo com o diretor de Mortal Kombat, Simon McQuoid.

    Um dos personagens que está de volta é Chris Redfield e, sem dúvidas, ele seria extremamente rico para o jogo. Cris tem diversas habilidades de combate e sobrevivência, essenciais para Fornite. O fato dele estar em alta também seria benéfico para o já extremamente popular battle royale, sendo um grande agrado para os fãs das duas franquias.

    MOTOKO KUSANAGI

    Fortnite

    Indo para o Oriente, Ghost in The Shell é uma franquia de sucesso nos mangás e uma de suas protagonistas poderia tranquilamente fazer parte de Fortnite.

    Motoko Kusanagi é uma androide poderosa e estilosa, sendo uma excelente personagem para o game. Suas habilidades seriam uma boa adição e muitas pessoas se beneficiariam nas partidas, pois Motoko é extremamente poderosa.

    ALITA

    Fortnite

    Por fim, mas não menos importante, temos Alita. Com técnicas de combate corpo a corpo e com armas, por exemplo, ela seria semelhante a tantos outros como Mando, Lara Croft e até mesmo a indicação acima, Motoko Kusanagi.

    Alita seria uma boa escolha para aqueles que curtam bons protagonistas, uma vez que no seu longa ela já se mostra promissora. O seu dinamismo traria muitos benefícios aos jogadores mais habilidosos de Fortnite, pois há aqui muito potencial.

    Gostaram da lista? Quem mais vocês indicariam? Comentem!

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    Tudo que queremos ver em uma sequência de Mortal Kombat

    Mortal Kombat estreou no dia 20 de maio e deixou alguns ganchos para futuros filmes, uma vez que os estúdios realizadores pretendem fazer quatro longas. Sendo assim, confira agora tudo que gostaríamos que tivesse numa sequência da obra.

    Lembramos que o texto abaixo possui spoilers, ou seja, leia por sua conta em risco!

    O TORNEIO

    O primeiro ponto que deve ser utilizado no próximo filme é o que dá todo sentido ao que Mortal Kombat representa: o torneio.

    O primeiro longa focou bastante na trapaça de Shang Tsung (Chin Han) que quis vencer os seus adversários de forma tacanha.

    Com o torneio ocorrendo em local neutro, teremos batalhas mais elaboradas e mais épicas, pois tudo ficou muito picotado. Como foram diversas lutas ao mesmo tempo, ficamos bastante confusos com o que ocorre em cena, algo que comprometeu a experiência.

    PERSONAGENS QUERIDOS DE MORTAL KOMBAT

    Tivemos alguns flashes de personagens muito queridos em vários easter eggs de Mortal Kombat: O Filme. Muitos fãs criticaram o fato de Johnny Cage não ser um dos coadjuvantes da trama, mas ao final, Cole Young (Lewis Tan) vai atrás do ator de Hollywood, o que aqueceu os mais fervorosos kombatentes.

    Nightwolf, Kitana, Shao Khan, Bo Rai Cho e Shinnok também tiveram algumas referências, será que teremos todos os personagens? Essa aposta seria muito boa, pois temos fatos marcantes e os novos membros das equipes poderiam ajudar muito numa próxima jornada dos kombatentes.

    Além disso, muitos personagens foram mortos em combate, uma vez que não há como fazer Mortal Kombat sem mortes marcantes. Entretanto, sabemos que ninguém realmente morre em MK… será que teremos versões corrompidas e Noob Saibot? A possibilidade é muito grande.

    NOVOS PROTAGONISTAS

    Mortal Kombat

    Todos entramos em um consenso a respeito do novo filme: Cole Young é insuficiente como o escolhido, pois fica na sombra de todos os outros. A atuação fraca de Lewis Tan e o roteiro não ajudaram em nada o protagonista, trazendo momentos constrangedores.

    Uma solução para um novo longa seria trocar o protagonista, usando algum dos vários personagens do jogo. Liu Kang (Ludi Lin) naturalmente poderia tomar esse lugar, mas temos outras boas opções como Sonya Blade (Jessica McNamee), Kitana ou até mesmo Johnny Cage que podem ser os novos líderes. Tudo pode ser alterado para termos uma liderança melhor das ações.

    DESENVOLVIMENTO MAIS ELABORADO DA HISTÓRIA DE MORTAL KOMBAT

    mortal kombat

    Outro ponto que foi bastante criticado no novo Mortal Kombat foi sua trama completamente confusa e cheia de furos. Um roteiro mais elaborado, com tramas mais complexas e bons combates já ajuda, e muito, a sequência.

    Trazer novos personagens com profundidade, mais fatalities sanguinolentos, boas coreografias de luta e mais nexo no texto, com certeza fará do novo filme de MK algo mais digno para os fãs da franquia.

    Confira o trailer de Mortal Kombat:

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    CRÍTICA – The Boys: Volume 11 (2020, Devir)

    The Boys: Volume 11 ou The Boys: No Topo Da Colina Com As Espadas De Mil Homens, é o penúltimo episódio da trama criada por Garth Ennis e Darick Robertson.

    SINOPSE

    O cerco está se fechando e o embate final entre Os Sete e os Rapazes está chegando ao seu término. Agora Billy Butcher e sua equipe devem acabar de vez com o jogo. Será que eles vão sobreviver?

    ANÁLISE

    The Boys: Volume 11 é talvez o arco mais importante de todos os 12 volumes apresentados nos últimos anos, pois termina de forma sangrenta um embate mais que aguardado.

    O sangue e vísceras aqui são um detalhe, uma vez que o texto é completamente frenético. As tramas políticas tornam a história envolvente, visto que já estamos completamente apegados aos personagens e cada movimento é bem pensado.

    O fato do jogo de gato e rato em The Boys: Volume 11 é o principal destaque, ainda mais que temos grandes reviravoltas e até um sentimento de que poderia ser ainda mais catártico o momento final.

    Entretanto, o fechamento e combates são mais que satisfatórios, mesmo que em alguns momentos há uma certa pressa para resolver logo alguns problemas. Todavia, nada que estrague a experiência, mesmo que queiramos ver algo a mais em momentos derradeiros.

    VEREDITO

    Com muito sadismo e sanguinolência, The Boys: Volume 11 é o carpe diem dos leitores ávidos pelo encerramento da franquia, pois traz tudo que queremos, ou quase. Com um roteiro poderoso e boas cenas de ação, por exemplo, o penúltimo ato de The Boys vai ficar marcado por gerações de leitores dessa hq maravilhosa.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Editora: Devir

    Autores: Darick Robertson e Garth Ennis

    Páginas: 168

    E você, gosta de The Boys? Deixe sua opinião!

    CRÍTICA – The Boys: Vol. 1, Vol. 2, Vol. 3, Vol. 4, Vol. 5 e Vol. 6.

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    CRÍTICA – The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade (2021, Amazon Prime Video)

    The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é a adaptação da Amazon Prime Video para o livro homônimo de Colson Whitehead. Roteirizada e dirigida por Barry Jenkins, vencedor do Oscar pelo longa Moonlight: Sob a Luz do Luar, a produção traz Thuso Mbedu no papel principal.

    SINOPSE THE UNDERGROUND RAILROAD

    Uma jovem chamada Cora (Thuso Mbedu) faz uma descoberta surpreendente durante sua tentativa de se libertar da escravidão no extremo sul dos Estados Unidos.

    ANÁLISE 

    The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é um livro fantástico. Vencedor do Pulitzer, a maior honraria literária, a publicação é instigante, envolvente e possui uma leitura fluida. Fazer uma adaptação de uma obra tão aclamada é sempre uma tarefa difícil, pois as comparações são inevitáveis.

    É uma grande sorte ter Barry Jenkins à frente dessa produção, pois ele é extremamente talentoso e se cerca de ótimos profissionais. Sua série possui uma beleza estonteante e consegue traduzir muito bem a história principal do livro para a tela.

    Todos os acontecimentos-chave do livro estão ali. Desde a fazenda Randall, quando conhecemos Cora, até o grande desfecho no décimo capítulo. A personagem principal mantém a mesma personalidade criada no livro: ingênua, mas forte e destemida. Cora luta o tempo todo por sua vida e é considerada especial por ter superado cada percalço de sua jornada na ferrovia.

    O que mais chama atenção na adaptação de Barry Jenkins é a beleza da série. Com nível de produção de cinema, a qualidade da obra é perceptível desde o primeiro trailer. Enquadramentos que remetem a elementos angelicais, como quando uma luz brilha por trás de Mabel (Sheila Atim) ao dar luz a Cora. A luz no fim do túnel representada pela chegada do trem na estação. A tristeza e a solidão nas paisagens cinzentas do Tennessee durante a grande epidemia de febre amarela.

    Visualmente a adaptação de The Underground Railroad é um espetáculo, seja pelo ótimo trabalho de fotografia de James Laxton, ou pelo design de produção liderado por Mark Friedberg.

    Há de se destacar também a excelente trilha sonora composta por Nicholas Britell. A parceria com Jenkins é de longa data: eles trabalharam juntos em Moonlight e Se a Rua Beale Falasse e, assim como os trabalhos anteriores, as composições são certeiras em seus momentos de grandiosidade.

    Britell consegue embalar momentos de tristeza, angústia e suspense, ao passo que mescla pequenas baladas com momentos contemplativos de alegria e resistência. Um trabalho esplêndido que merece todo o reconhecimento na temporada de premiações.

    Os atores escolhidos para a série cumprem bem seus papéis. Até Joel Edgerton consegue construir um bom Ridgeway com a ótima condução de Jenkins. Entretanto, o destaque fica nas atuações de Thuso Mbedu como Cora e Aaron Pierre, que interpreta Caesar. Ambos aproveitam muito bem o seu tempo de tela, assim como o garoto Chase Dillon, intérprete de Homer.

    CRÍTICA – The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade (2021, Amazon Prime Video)

    A verdade é que The Underground Railroad é uma ótima série. Sua parte técnica é impecável e invejável. Uma qualidade incrível e que merece todos os reconhecimentos possíveis. Não há nada questionável em nenhuma das escolhas criativas feitas nesses pontos.

    Entretanto, quando debatemos o roteiro adaptado, há certas ressalvas a serem feitas. Como eu mencionei anteriormente, fazer a adaptação de um livro extremamente premiado não é tarefa fácil, pois além do material base há também as vontades criativas de quem vai executar a tarefa.

    Mesmo a obra de Colson sendo sólida e de fácil entendimento, com um storytelling impecável, Jenkins optou por esticar acontecimentos e trabalhar alguns personagens que, na publicação original, não possuem tanto desenvolvimento. Mingo, Jasper, Homer e o próprio Rigdeway possuem mais espaço e background na série do que no livro.

    Entretanto, essa escolha faz com que outros detalhes importantes sejam suprimidos durante o desenvolvimento, além de prolongar acontecimentos que não são tão longos no material base. A história em si já é dolorosa o suficiente, mas com as adições feitas em algumas situações a trama se torna duas vezes mais triste.

    CRÍTICA – The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade (2021, Amazon Prime Video)

    Os episódios de The Underground Railroad duram em média 70 minutos, sendo que facilmente poderiam ter em torno de 35 ou 40 minutos – caso as cenas de transição fossem enxugadas. Esses excessos de exposição tornam os episódios cansativos e, como no caso do episódio 5, um pouco desnecessário. Não havia necessidade de dividir o capítulo do Tennessee em dois e isso fica bem perceptível quando assistimos à produção.

    Mesmo assim, não há espaço para dizer que a série é ruim ou mal adaptada. A base da história e acontecimentos-chave estão ali, seguindo cronologicamente os acontecimentos da obra original. Entretanto, sua execução é vagarosa, tornando alguns episódios lentos e cansativos.

    VEREDITO

    The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é uma produção que respeita seu material base, adiciona mudanças satisfatórias e entrega um produto de qualidade impecável.

    A série deve aparecer nas principais premiações com indicações nas categorias técnicas de fotografia, design de produção e trilha sonora, além das categorias principais em melhor minissérie, direção, roteiro e atuação.

    Ouso dizer que o episódio 9 pode receber alguma indicação específica como melhor roteiro, pois sua execução é esplêndida e muito similar à idealização de Colson.

    Mesmo com a duração excessiva, o seriado é uma das melhores produções originais do catálogo da Amazon Prime Video.

    Nossa nota

    4,5/5,0

    Leia também | The Underground Railroad: Tudo que você precisa saber sobre a nova série da Amazon

    Assista ao trailer:

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