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    Cyberpunk 2077: Conheça a Moxes, uma das gangues de Night City

    A Moxes é uma das muitas gangues que estarão presentes em Cyberpunk 2077.

    PANORAMA

    A Moxes é uma das gangues de Night City e seu emblema é o nome do grupo escrito por extenso.

    Formada em 2076 após a morte de Elizabeth “Lizzie” Borden, uma dona de um strip club e ex-prostituta que tratava seus empregados justamente e os defendia de clientes violentos, os Moxes falam de si mesmos como “aqueles que protegem as garotas e garotos que trabalham” da violência e do abuso.

    Eles são baseados no Bar da Lizzie e raramente se aventuram fora do distrito. Eles costumam realizar várias estações de Braindance em seu quartel general.

    DETALHES

    A Moxes é um grupo relativamente pequeno, não-territorialista e em sua grande parte, composto por profissionais do sexo, anarquistas, punks e minorias sexuais.

    Formado em 2067 no interesse de auto defesa para diversos propósitos, seu nome vem de uma antiga gíria “moxie“, denotando sua determinação de se impor em relação a seus opressores.

    Os integrantes da Moxes gostam de se vestir com roupas que são uma mistura de estética punk e trajes normalmente vestidos por prostitutas, entretanto eles nunca usam roupas que restrinjam seus movimentos de qualquer forma, fazendo-os parecer com membros de gangue, do que com profissionais do sexo.

    Alguns membros, principalmente aqueles focados em combate, modificaram tanto seus corpos que as vezes remetem ao estilo “plastic doll“, mas também se disfarçam com peles sintéticas.

    Um dos símbolos da gangue é um labrys – um machado duplo, que fica exposto em suas paredes, roupas, tatuagens e joias.

    FILOSOFIA E ESTRUTURA

    A Moxes se formou durante os protestos que ocorreram após a morte de Elizabeth “Lizzie” Borden, uma conhecida dona de strip club, e ex-prostituta.

    Em 2076, uma das garotas de Lizzie foi brutalmente estuprada e assassinada pelos membros da Tyger Claw. Lizzie a vingou matando os três estupradores com o machado e expondo seu corpo na frente de seu clube, dizendo que o mesmo aconteceria àqueles que machucassem uma prostituta.

    Na mesma noite, os Tyger Claws invadiram o clube, destruíram o bar pouco antes de matarem Elizabeth. Essas ações levaram a um levante que os Tygers não poderiam prever. A morte de Lizzie gerou uma onda de protestos por toda Night City, e os membros da Tyger Claws e homens de negócio se tornaram os principais alvos de violência.

    Esses protestos colocaram Elizabeth Borden como um símbolo de desafio contra a brutalidade e a ilegalidade das gangues. Seus sucessores ideológicos comemoraram reconstruindo seu clube e chamando de “Bar da Lizzie“, e formando uma gangue que reunia aqueles que eram maltratados e oprimidos, especialmente aqueles entre os profissionais do sexo e minorias sexuais.

    A Moxes não tem uma hierarquia definida. Mas é uma gangue, e independente do fato dos membros se referirem a gangue como “aqueles que protegem as meninas e os meninos que trabalham” da violência e abusos, eles pedem uma quantia ínfima por seus serviços. Eles também possuem diversos pequenos bordéis onde eles lucram com a prostituição.

    FONTE DE RENDA

    A maior parte da renda da Moxes vem do Bar da Lizzie, que agora é um clube extremamente exclusivo. Eles não controlam uma porção específica de Night Ciry, mas focam em proteger suas instalações, membros e profissionais do sexo que operam dentro do Bar da Lizzie.

    Enquanto não forem confrontados, eles não procuram conflitos com outras gangues, apesar de terem uma relação tensa com os Tyger Claws, que continuam testando sua paciência e habilidades em combate.

    Cyberpunk 2077 será lançado para PC, PlayStation 4PlayStation 5Google StadiaXbox One e Xbox One Serie X e S em 19 de novembro de 2020.



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    Genshin Impact: Como conseguir Xiangling de graça

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    Além do sistema de gatcha de Genshin Impact, há uma forma de conseguir a personagem de quatro estrelas, Xiangling, sem gastar dinheiro; mas os jogadores precisarão garantir que estarão num nível alto o suficiente para chegar até essa área.

    Genshin Impact é um game de RPG de aventura free-to-play, o que significa que ele garante no sistema gatcha de “Orações” para dar para a empresa MiHoYo. Por meio das Orações, os jogadores tem chances extremamente baixas de ganhar personagens de quatro ou cinco estrelas, e para fazê-lo, geralmente você precisa gastar uma grana.

    Apesar do game oferecer vários personagens grátis, eles não são tão poderosos quanto personagens cinco estrelas geralmente são – os personagens que você geralmente precisa pagar para obter. Mas Xiangling é única, pois pode ser obtida por meio de Orações ou ao completar uma das fases de domínio completamente difíceis.

    Xiangling aparecerá em uma sidequest de cozinhar, mas provavelmente levará um tempo até você conseguir ganhá-a. O primeiro passo para adquirir a personagem do elemento Pyro de quatro estrelas, é chegar ao Rank de Aventura 20 em Genshin Impact.

    Infelizmente, isso significa que os jogadores precisarão batalhar bastante a fim de tentar ser recompensados com a personagem e mesmo assim, talvez você precise subir mais alguns níveis e Ascender seus personagens antes de estar forte o suficiente para derrotar o Domínio que a tem como recompensa.

    Ao chegar ao Rank de Aventura 20, isso desbloqueará o Domínio Espiral Abissal encontrado na beirada sudeste de Mondstadt em uma ilha, acessada através de um buraco de minhoca na ponta do Cabo do Juramento.

    Apesar de estar no Domínio Espiral Abissal, ele é diferente dos outros no fato dele se dividir entre câmaras e andares. Cada andar é dividido entre 3 câmaras, e cada uma delas possui um desafio único com dificuldades que aumentam, tal como defender o objetivo ou batalhas cronometradas.

    Avançar para o próximo andar te renderá 6 Estrelas Abissais dos andares anteriores, que são recompensas recebidas baseadas nas condições de cada um dos desafios.

    Xiangling

    Pode ser que você tenha um certo trabalho se seus personagens não estiverem pelo menos no nível 50, mas após completar a câmara 3 do 3º andar, Xiangling será dada a você como recompensa.

    Tenha em mente que cada uma das câmaras vem com seus buffs de personagens específicos, tal como aumento em taxas de ataque que mudam a cada área, consumíveis não são acessíveis no Abismo Espiral, e os mesmos quatro personagens que você escolher, devem ser usados durante toda a jornada.

    Não é fácil, mas as recompensas valem o desafio.

    Felizmente, isso significa que a MiHoYo tem planos de oferecer mais personagens quatro estrelas de graça via quests in-game e Domínios no desenvolvimento do game.

    Personagens, tal como a recém-chegada Klee, estarão disponíveis para que os jogadores tentem tirá-la via Orações conforme o tempo, esperamos poder ajudar os jogadores que não tem intenção de gastar nada em Genshin Impact, em breve traremos mais tutoriais.

    Genshin Impact está disponível para dispositivos móveis, PC, PS4 e em breve chegará ao Switch.

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    Assassin’s Creed Valhalla te permitirá visitar Asgard e Jotunheim

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    Os fãs estão loucos para colocarem as mãos em Assassin’s Creed Valhalla, já que falta menos de um mês para o seu lançamento, mas agora, novas informações do game com influência nórdica contará com muitos detalhes incríveis que acabaram de ser revelados.

    Em uma entrevista com a PCGamesN, o diretor do game Eric Baptizat revelou que enquanto visita vários locais do mundo de Assassin’s Creed Valhalla, os jogadores poderão se aventurar nos mundos clássicos da mitologia nórdica, como Asgard e Jotunheim, enquanto os jogadores navegam em um novo elemento da série, Missões de Visão.

    Baptizat, que trabalha na série desde Assassin’s Creed: Black Flag, revelou que pelo fato da mitologia e da religião serem grande parte da história do mundo na época, sua presença será sentida através da crença dos personagens de Valhalla, e as ações que eles escolhem fazer.

    O mais novo game da franquia parece mais uma vez misturar as linhas da história e mitologia com AC Valhalla, tanto um significante enredo para o jogador enquanto partem em Missões de Visão. As missões permitirão que os jogadores visitem diferentes reinos no game e comecem então a interagir com uma xamã chamada Valka, a vidente.

    Valhalla

    Enquanto Assassin’s Creed Valhalla procura mergulhar mais fundo nas mecânicas apresentadas em Assassin’s Creed Origins e melhoradas em Assassin’s Creed Odyssey, os fãs dos games mais antigos podem esperar o retorno de elementos clássicos do clássico Credo do Assassino, como a lâmina oculta, o ato de seguir inimigos pelas cidades e cutscenes de diálogo que se desenrolam após um assassinato dos games originais, apesar do retorno desses elementos conterem pequenas reviravoltas.

    Um grande aspecto do game é a continuação da história nos dias modernos que começou com Assassin’s Creed Origins. O retorno de Layla Hassan, que foi vista pela última vez durante a DLC de Assassin’s Creed Odyssey.

    Apesar de detalhes de sua histórias serem mantidos em sigilo, foi revelado que alguns momentos do game contarão com exploração enquanto Layla em locais de Assassin’s Creed Valhalla. Layla resolverá puzzles e aprenderá novas informações sobre a história da série. 

    LEIA TAMBÉM:

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    Assassin’s Creed Valhalla será lançado no dia 10 de novembro de 2020 para PC, PS4, Xbox One e para o Xbox Series X e S. A versão de PS5 será lançada no dia 12 de novembro de 2020.

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    CRÍTICA | Rebecca – A Mulher Inesquecível (2020, Ben Wheatley)

    Rebecca – A Mulher Inesquecível é o novo lançamento de outubro da Netflix. O longa é baseado no clássico romance de 1938 escrito por Daphne du Maurier, que já havia sido adaptado para as telonas em 1940 por Alfred Hitchcock.

    SINOPSE

    Após se mudar para a mansão do marido, uma jovem recém-casada é assombrada pela presença da falecida mulher dele e por uma governanta assustadora.

    ANÁLISE

    Rebecca – A Mulher Inesquecível chega com a difícil tarefa de ser uma adaptação à altura do longa de Hitchcock lançado em 1940 e ganhador do Oscar de Melhor Filme. Partindo do mesmo material base, o livro homônimo de Daphne Du Maurier, o filme dirigido por Ben Wheatley tem um começo bem similar ao de seu antecessor (uma narração da personagem principal sobre a casa em Manderley), mas parte para uma visão mais atualizada da trama.

    Lily James interpreta a moça sem nome que narra a história principal. Durante uma viagem para a Europa, servindo como Dama de Companhia para a senhora Van Hopper (Ann Dowd), a jovem conhece Maxim de Winter (Armie Hammer), um homem rico e transtornado pela morte prematura de sua esposa Rebecca. O relacionamento dos dois se desenvolve a ponto de, em pouco tempo, eles se casarem.

    A trama possui um misto de suspense e drama, mas fica longe de deixar o espectador apreensivo com o desenrolar dos acontecimentos. Mesmo os roteiristas do projeto se empenhando para criarem uma trama com diversas reviravoltas, é difícil não se sentir, por vezes, entediado com o resultado final.

    CRÍTICA – Rebecca - A Mulher Inesquecível (2020, Ben Wheatley)

    A personagem de Lily James é extremamente frágil e vive constantemente amedrontada pelo fantasma da ex-esposa. Rebecca era, basicamente, uma deusa na Terra: todos a amavam. Andar nos sapatos de uma pessoa dessas é uma tarefa difícil, e Lily consegue demonstrar muito bem o seu sofrimento ao longo das 2 horas de duração.

    Maxim, o personagem de Armie Hammer, é o clássico homem rico dos anos 1940: sisudo, calado e intempestivo. Mesmo com bastante tempo de tela, não conseguimos sentir toda a profundidade que o personagem poderia ter, o que faz com que não nos importemos verdadeiramente com o destino de Maxim. Hammer não possui nenhuma presença como ator e sua atuação não causa impacto.

    As diversas subtramas criadas em Rebecca – A Mulher Inesquecível tornam o desenrolar um pouco arrastado e, por vezes, entediante. Toda a questão do suspense – que aqui deveria ser o principal atrativo da história – parece não surtir efeito, criando apenas uma sensação de picuinha entre Mrs. Danvers (Kristin Scott Thomas) e a jovem.

    O que mais chama atenção no longa é a ambientação. Não só o design das roupas e os carros, mas também a casa em Manderley. O trabalho de construção desse visual é muito bem executado e a casa se torna, muitas vezes, um personagem vivo em meio aos dramas e situações do roteiro.

    VEREDITO

    CRÍTICA – Rebecca - A Mulher Inesquecível (2020, Ben Wheatley)

    Rebecca – A Mulher Inesquecível não se sustenta como um grande suspense. As reviravoltas não causam surpresas, e a direção de Ben Wheatley não é nem comparável à de Hitchcock – que fez um trabalho excelente em sua adaptação do romance.

    Com potencial para reinventar a história clássica e trazer algo novo e interessante para a adaptação, o longa falha em cativar a audiência e causar o impacto esperado.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA | The Boys – Vol. 8: O Rapaz Escocês (2019, Devir)

    The Boys – Volume 8: O Rapaz Escocês é uma minissérie que aborda a jornada de Hughie “Mijão” Campbell de volta à sua terra natal, uma vez que ele está confuso com o rumo d’Os Rapazes. A distribuição é feita pela Devir no Brasil.

    SINOPSE

    The Boys

    Hughie está decepcionado com tudo que tem acontecido na luta entre Os Rapazes e Os Sete, visto que a violência está cada vez maior. 

    Sendo assim, parte para sua cidade de origem no interior da Escócia para se reencontrar, todavia, tudo parece diferente para o jovem rapaz.

    ANÁLISE

    The Boys: O Rapaz Escocês é uma jornada de busca pela identidade de um dos personagens menos carismáticos do grupo: Hughie Campbell. O jovem é o coração e régua moral do grupo, pois ainda está há pouco tempo enfrentando os supers na busca sedenta por vingança de seu grupo de renegados. Entretanto, já vemos uma grande mudança em seu comportamento, pois a violência e maldade o tornou menos ingênuo.

    Contudo, a minissérie talvez seja o título mais fraco até agora, uma vez que por mais corajosa que tente ser, ela é baseada em diversos clichês narrativos.

    Para explicar melhor o meu ponto de vista: o personagem mais bonzinho volta ao seu ponto de origem para se reencontrar e se reconectar com seu eu. Entretanto, vê que suas mudanças o alteraram, fazendo com que cada vez mais se mostre menos à vontade, uma condição muito normal da humanidade.

    O fato de The Boys explorar isso, mesmo que na sua forma um pouco nonsense é um pouco batida, ainda mais que o protagonista não consiga nos cativar.

    Aliás, Hughie se mostra um incrível canalha em alguns momentos, pois mostra que teve uma regressão em relação ao seus valores como pessoa, demonstrando uma involução. O núcleo de apoio não ajuda muito na construção, pois os coadjuvantes são até mais desinteressantes que o escocês desengonçado.

    VEREDITO

    The Boys

    Com uma estrutura narrativa batida e pouco carisma, a minissérie de The Boys não envolve. Se por um lado Hughie é crucial para trama, por outro seu spin-off é deveras desnecessário, pois não acrescenta nada de novo na trama e tampouco ao personagem, uma pena para quem gosta tanto do grupo completo em The Boys.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    The boys

    Editora: Devir

    Autores: Darick Robertson e Garth Ennis.

    Páginas: 152

    E você, gosta de The Boys? Deixe sua opinião e nota!

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – The Boys: Vol. 1, Vol. 2, Vol. 3, Vol. 4, Vol. 5 e Vol. 6.

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    CRÍTICA – Utopia (1ª temporada, 2020, Amazon Prime Video)

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    Utopia é uma produção da Amazon Prime Video e chega ao catálogo no dia 30 de outubro. A série é uma criação de Gillian Flynn (Objetos Cortantes) sendo derivada da série original britânica de Dennis Kelly (The Third Day), de 2013. No elenco temos John Cusack, Sasha Lane, Rainn Wilson, Ashleigh LaThrop, Dan Byrd, Desmin Borges e outros.

    SINOPSE

    O grupo de amigos online composto por Ian (Dan Byrd), Becky (Ashleigh LaThrop), Samantha (Jessica Rothe), Wilson (Desmin Borges) e Grant (Javon “Wanna” Walton) se encontram pela primeira vez após a notícia do surgimento da última edição da graphic novel de Utopia.

    Determinados a descobrir os mistérios que rondam Utopia para salvar o mundo de perigosas doenças. Porém, a situação se agrava quando o grupo descobre que a personagem principal de Utopia, Jessica Hyde (Sasha Lane) é real e precisa da ajuda deles.

    ANÁLISE

    Stay alive, Jessica Hyde. A mais nova série da Amazon Prime Video é uma grande sacada para os tempos atuais, porém falta carisma. Utopia é um remake de uma série britânica de mesmo nome criada por Dennis Kelly que durou somente duas temporadas. Apesar de ser amplamente elogiada, a série de Kelly não teve o devido conhecimento.

    Contudo, uma trama cheia de conspirações com sensação de fim do mundo não é de se jogar fora. A série então ganhou um novo começo nas mãos da escritora Gillian Flynn que detém no currículo os livros Objetos Cortantes (adaptada para uma série da HBO em 2019) e Garota Exemplar (adaptada para filme em 2014). Logo, os direitos de produção ganharam um embate entre HBO e a Amazon Prime Video, que levou a melhor.

    Sendo assim, é justo perguntar: o que fez Utopia ganhar um remake quando há muitas outras histórias a serem contadas?

    O fato é que Utopia é uma ótima história original para ser assistida durante uma pandemia. Sendo a maior de todas as conspirações, já que a trama se baseia em uma saga de HQ que em suas entrelinhas conta como o mundo ira acabar.

    Em Utopia, Ian, Becky, Wilson, Sam e Grant são amigos online que tentam decifrar os mistérios das HQs. Em todas as edições pistas de novos vírus globais são encontrados mesmo antes do surgimento da doença, é como se o autor estivesse prevendo a situação. Porém, para o grupo de amigos, a HQ é um alerta a população que deve ser seguido.

    A história segue com o grupo descobrindo que a personagem principal de Utopia, Jessica Hyde é real e está sendo caçada pela mesma organização ficcional, a Colheita comandada por Sr. Coelho. De uma hora para outra, tudo nas páginas de Utopia está realmente acontecendo.

    A série então embarca em uma grande teoria da conspiração. Na HQ de Utopia, o pai de Jessica era um grande cientista que foi sequestrado pelo Sr. Coelho para criar vários vírus que poderiam controlar ou exterminar o mundo e afim de salvar o pai, Jessica trilha uma jornada atrás do vilão.

    No mundo real da série Jessica tem o mesmo objetivo, porém, a personagem é praticamente um contraponto ao ingênuo grupo de amigos. Jessica é uma espécie de anti-herói matando qualquer um que for um empecilho a ela e por isso, é uma personagem forte e que não pede para ser admirada. Ao contrário de Ian, Becky e Wilson que após suas apresentações na trama são extremamente esquecíveis sendo somente uma ligação fraca do público para com a trama.

    Em desenvolvimento com o arco de Jessica, a série mostra uma epidemia surgindo nos Estados Unidos. Após ser acusado de adoecer crianças com os seus produtos farmacêuticos, o Dr. Kevin Christie (John Cusake) vai em busca do virologista Michael Stearns (Rainn Wilson) para achar a cura.

    A série segue essas duas narrativas que parecem ter pouco em comum, mas que ao longo dos episódios se revela um grande plot twist.

    CUIDADO SPOILERS:

    Nesse sentido, Christie é um personagem extremamente impactante na série que ao ser revelado como Sr. Coelho tem um comportamento típico do vilão frio e calculista. Seu desenvolvimento ao longo de Utopia vai de homem altruísta a um fanático que acredita que a única maneira de salvar a humanidade do colapso populacional é esterilizando todos sem consentimento.

    Apesar de a premissa de salvar o mundo evitando a natalidade seja algo já batido, Utopia soube como introduzir aos poucos o plot twist deixando o espectador reflexivo se realmente não é a melhor opção.

    FIM DOS SPOILERS.

    Até aqui, o cientista Michael se consagrada como o personagem mais carismático de toda a série sendo talvez o único pelo qual de fato há uma torcida por parte do público.

    O que você fez hoje para ganhar o seu lugar nesse mundo lotado de pessoas?

    Utopia escolheu um ano bastante interessante para ser lançada. Em plena pandemia poderia ser até proposital uma série que fala sobre a destruição do mundo através de um vírus iminente, se não fosse pelo aviso de ficção sem comprometimento com a realidade no início de cada episódio.

    Dessa forma, Utopia está em seu ambiente natural com toques de ficção tem em mente fazer o público se questionar sobre o ramo farmacêutico e as instituições governamentais. Claro que tudo de uma forma extremamente conspiracionista, mas que nos deixa com “a pulga atrás da orelha”.

    Além disso, a trama também trata sobre a massificação dos veículos de imprensa que em muitos casos são manipulados para alastrarem mais ainda o caos. Nessa medida, algumas cenas de Utopia são vistas através de gravações de celulares dando a sensação de que o mundo inteiro está vendo também. Logo, mesmo que a globalização não se faça presente em Utopia, ela é evidente no arco da epidemia.

    Sendo assim, o plot twist sobre os vírus serem reais e estarem em Utopia ultrapassa a própria descoberta da HQ e se torna ainda mais interessante. Já que atualmente existe uma discussão sobre a superpopulação humana e como iremos enfrentar esse colapso ecológico/social quando não houver mais recursos na Terra.

    É por isso que a pergunta que Christie faz desde o primeiro episódio, reverterá ao longo da série inteira:

    “O que você fez hoje para ganhar o seu lugar nesse mundo lotado de pessoas?”

    Não se trata em como controlar a população mundial, mas o que é feito no dia a dia para se merecer um lugar no mundo. Dessa forma, em sua primeira temporada Utopia opta por deixar em aberto se o fim realmente justifica os meios.

    VEREDITO

    Utopia não é a melhor criação de Gillian Flynn, mas a autora sabe como ninguém criar um bom suspense. Já que o final de temporada deixou vários mistérios e os paradeiros dos personagens sem explicação.

    A trama tem um espírito original e juvenil, porém se há uma série que pode dar certo sem personagens muito carismáticos é Utopia.

    A produção adota uma direção segura com liberdade criativa para fazer a própria HQ de Utopia se tornar uma bela animação em um episódio permitindo outro estilo de narrativa, o que é sempre bem vindo. Sendo assim, é uma série bem construída que aposta na sua própria dinâmica.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado da mais nova série da Amazon Prime Video:

    Lembre-se, a série estreia no catálogo da Amazon Prime Video no dia 30 de Outubro. Lembre-se de voltar aqui na crítica para deixar seus comentários sobre Utopia!



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