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    A Maldição da Mansão Bly: Primeiro teaser é revelado!

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    A Maldição da Mansão Bly, sucessora de A Maldição da Residência Hill, ganhou seu primeiro teaser e a data de estreia para 9 de Outubro. 

    No teaser é possível ver que as crianças têm uma ligação com os fantasmas da casa, enquanto a atriz Victoria Pedretti busca entender o que está acontecendo no lugar. 

    Apesar de todos esses sustos, porém, o programa está sendo chamado de “romance gótico arrepiante” pela Netflix.

    O próximo capítulo da antologia que começou com A Maldição da Residência Hill se passa nos anos 80 na Inglaterra. Após a trágica morte da última babá, Henry Wingrave (Henry Thomas) contrata uma jovem babá (Victoria Pedretti) para cuidar de sua sobrinha e sobrinho órfãos (Amelie Bea Smith e Benjamin Evan Ainsworth) que residem na velha mansão. Ela se muda para o local para cuidar das crianças, mas logo descobre que nem tudo é como parece na residência.

    O show, que também conta com Rahul Kohli como o chef Owen da propriedade; Amelia Eve como a zeladora, Jamie; e T’Nia Miller como a governanta, Sra. Grose, irá explorar segredos sombrios de amor e perda através dos séculos na Mansão, onde “morto não significa ido”.

    Os responsáveis pela produção, Mike Flanagan e Trevor Macy, se inspiraram nas icônicas histórias sobrenaturais de Henry James para criar o drama. No elenco, também fazem parte, Oliver Jackson-Cohen, Kate Siegel e Tahirah Sharif

    A segunda temporada da antologia volta com alguns nomes do elenco original de forma similar a série American Horror Story. A primeira temporada da A Maldição da Residência Hill foi sucesso tanto de critica como de público e está disponível na Netflix

    Confira o trailer de A Maldição da Residência Bly:

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    CRÍTICA – Estou Pensando em Acabar com Tudo (2020, Charlie Kaufman)

    No dia 4 de Setembro estreará na Netflix o longa Estou Pensando em Acabar com Tudo, nova produção do diretor e roteirista Charlie Kaufman. O filme é baseado no livro homônimo escrito por Iain Reid e traz em seu elenco os atores Jessie Buckley, Toni Collette, Jesse Plemons e David Thewlis.

    SINOPSE

    Uma jovem mulher (Jessie Buckley) embarca em uma viagem para conhecer os pais de seu namorado Jake (Jesse Plemons). Ao longo dessa jornada, ela passa a questionar seus desejos e motivações, tendo o pensamento constante de acabar com tudo entre os dois.

    ANÁLISE

    Estou Pensando em Acabar com Tudo é um filme desafiador em todos os sentidos, pois o desenrolar da trama e dos acontecimentos mais trazem dúvidas do que resoluções.

    Com uma condução lenta e, por vezes, um tanto cansativa, o longa não é uma produção simples de ser consumida, portanto mantenha isso em mente antes mesmo de dar o play.

    O livro homônimo escrito por Iain Reid e lançado em 2017 é conhecido por sua narrativa exaustiva e tensão constante, mantendo o thriller psicológico vivo a cada novo capítulo. Adaptá-lo para a tela seria um desafio para qualquer cineasta e talvez por isso não exista um nome melhor para essa adaptação do que Charlie Kaufman.

    CRÍTICA – Estou Pensando em Acabar com Tudo (2020, Charlie Kaufman)

    Conhecido por longas extremamente aclamados pela crítica (Anomalisa, Quero ser John Malkovich), Kaufman provavelmente fará a felicidade de muitos fãs da obra original – mesmo tendo a liberdade criativa de adaptar a trama sob sua ótica particular.

    Estou Pensando em Acabar com Tudo possui uma estranheza peculiar que faz o espectador querer entender o seu desfecho, mesmo que o desenrolar seja um pouco complicado.

    A grande estranheza causada pela produção está ligada à forma como ela é montada. Com longas cenas – que aparentam, por vezes, quase não terem cortes – o espectador é mantido por muito tempo em um mesmo cenário, contemplando longos diálogos expositivos que, à primeira vista, podem não fazer muito sentido.

    A atuação de Jessie Buckley e Toni Collette são os grandes destaques do longa. Toni é sempre uma aparição, brilhando e roubando a cena em todos os projetos que se propõe a fazer. Jessie pode não ser tão conhecida do grande público, porém já mostrou toda a sua versatilidade em projetos como Fargo, Chernobyl e Taboo.

    CRÍTICA – Estou Pensando em Acabar com Tudo (2020, Charlie Kaufman)

    A cinematografia de Łukasz Żal, responsável por longas como Guerra Fria e Ida, é outro fator importantíssimo para a boa execução de Estou Pensando em Acabar com Tudo, dando o tom intimista e perturbador de diversas cenas.

    Os diálogos excêntricos de Kaufman obrigam os atores a se entregarem completamente às cenas, o que escancara a diferença de atuação entre Jessie e Jesse Plemon. Mesmo assim, a boa condução das cenas feita pelo diretor mantém o espectador entretido (mesmo nos momentos mais peculiares).

    VEREDITO

    Estou Pensando em Acabar com Tudo é um filme estranho, mas interessante. Uma experiência diferente da maioria dos filmes que você irá assistir em 2020.

    A leitura do livro – ou uma pesquisa após assistir ao longa – fará toda a diferença para o total entendimento da trama, que possui um desfecho inusitado e extremamente peculiar.

    Em suma, Estou Pensando em Acabar com Tudo é o tipo de filme que traz muitas questões para o espectador refletir, mas termina com muitas perguntas a serem respondidas pela trama.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Lovecraft Country: O que é o Poema no Episódio 2?

    Um poema cantado faz um incrível momento de Lovecraft Country ainda mais incrível no 2º episódio da primeira temporada, então como ele se conecta com a narrativa geral? Em “Whitey’s on the Moon“, dirigido por Daniel Sackheim e escrito pelo showrunner Misha Green, três protagonistas negros viajam de Chicago para o Meio-oeste americano, onde eles são confrontados pelo racismo e monstros enquanto procuram por um parente.

    A história toda se constrói com uma reviravolta surrealista, que é onde o poema cantado de Gil Scott-Heron de 1970 tem início. Conheça o poema abaixo:

    Esse artigo possui spoilers dos dois primeiros episódios de Lovecraft Country.

    Lovecraft Country se passa em um Estados Unidos dos anos 50 e conta a história de Atticus “Tic” Freeman (Jonathan Majors), um veterano de guerra e fã de revistas pulp.

    No primeiro episódio da série intitulado “Sundown“, Tic recebe uma carta com enigma de seu pai que menciona Ardham, Massachuetts. De acordo com Tic, a localização tem ligação com o trabalho do icônico H.P. Lovecraft, enquanto ele acredita que a carta do pai dele faz referência a Arkham – o lugar onde muitos dos contos de Lovecraft se passam – ao invés de Ardham.

    Entretanto, a teoria é rapidamente derrubada pelo tio de Tic, George Freeman (Courtney B. Vance). O tio e o sobrinho partem para o Território Lovecraft juntos, e tem a companhia da amiga de Tic, Leti Lewis (Jurnee Smollett).

    Os dois primeiros episódios da série da HBO faz referência as escolhas criativas de Lovecraft, assim como suas visões racistas.

    Whitey’s on the Moon” tem início como uma música pra cima, enquanto George e Leti dançam “Movin’ on Up“, a famosa música tema da série The Jeffersons – uma série que tecnicamente se passa duas décadas após os eventos mostrados em Lovecraft Country.

    Enquanto procuram pelo pai de Tic, Montrose (Michael K. Williams), os protagonistas são convidados a ficar em uma mansão, que é comandada por Samuel Braithwhite (Tony Goldwyn) e sua filha, Christina (Abbey Lee).

    Como o líder de uma sociedade secreta conhecida como A Ordem do Antigo Alvorecer, Samuel quer usar a linhagem sanguínea de Tic, para usar seu poder para abrir um portal para o Jardim do Éden.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Lovecraft Country: Por que o ritual dos Filhos de Adão falhou?

    Em Lovecraft Country, Samuel é um símbolo do privilégio branco que manipula outros para seus próprios propósitos. Então, quando “Whitey’s on the Moon” de Scott-Heron tem início, durante o climático ritual, as letras do poema tem um contexto sociopolítico: um homem branco que dá um grande salto para a humanidade (de acordo com ele) enquanto manipula as pessoas negras no processo.

    Lovecraft Country

    Scott-Heron escreveu “Whitey on the Moon” como resposta a um clima político turbulento. Em 1969, os Estados Unidos celebravam a missão do Apollo 11 que foi uma missão de sucesso que foi e voltou da lua, e os americanos negros eram mandados ao Vietnã enquanto enfrentavam racismo dentro do próprio país.

    Dentro do mundo de Lovecraft Country, os monstros perseguem os protagonistas negros, tal como o racismo insiste em os assombrar até nos dias de hoje.

    Quando Scott-Heron lançou o poema em um álbum em 1970, intitulado “Small Talk at 125th and Lenox“, ele estabeleceu o tom sociopolítico com a clássica abertura “A Revolução não será televisada”.

    Lovecraft Country utiliza “Whitey on the Moon” como Spike Lee utilizou a música de Marvin Gaye em 2020 no seu filme Destacamento Blood. Em ambas as histórias, os personagens negros precisam confrontar ameaças físicas. Entretanto, a verdadeira guerra é psicológica. O filme de Lee envolve um veterano negro lutando por sua saúde mental, e o episódio 2 de Lovecraft Country mostra os personagens negros tendo visões que afetam suas percepções de realidade.

    Como um episódio, “Whitey’s on the Moon” é amargo: Tic e Leti sobrevivem; George morre de um ferimento à bala. Como uma música, “Whitey on the Moon” é perfeita pois captura a essência do racismo casual em relação às pessoas negras.

    O poema também faz referência ao espaço sideral no título, que cerca vez foi citado por diversas vezes como o “horror cósmico”, um importante elemento das histórias de H.P. Lovecraft e de Lovecraft Country, enquanto reconhece que há uma grande divisão entre diferentes grupos de americanos.

    Veja também o resumo, crítica e referências do segundo episódio da mais nova série da HBO:



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    O que aconteceu com Daniel LaRusso entre Karatê Kid e Cobra Kai

    Aqui está tudo que aconteceu com Daniel LaRusso (Ralph Macchio) nas décadas entre a trilogia Karatê Kid e Cobra Kai.

    Junto do Sr. Miyagi (Noriyuki “Pat” Morita), Daniel foi o protagonista dos filmes Karatê Kid lançado entre 1984 até 1989.

    Ele foi brevemente mencionado na sequência de 1994, O Próximo Karatê Kid, que foi estrelado por Pat Morita e Hilary Swank, mas LaRusso não apareceu na saga até Cobra Kai, ambientado 34 anos após o filme original Karatê Kid – A Hora da Verdade.

    O parceiro de elenco de Ralph Macchio em Cobra Kai é William Zabka, que revive o antigo rival de Daniel LaRusso na escola, Johnny Lawrence.

    ESSE ARTIGO POSSUI SPOILERS DAS DUAS PRIMEIRA TEMPORADAS DE COBRA KAI!

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – Cobra Kai (1ª temporada, 2018, YouTube Red)

    CRÍTICA – Cobra Kai (2ª temporada, 2019, YouTube Red)

    O tempo da trilogia original, é de apenas 16 meses. A história de Daniel LaRusso começa quando ele se muda de Nova Jersey para Los Angeles com sua mãe Lucille (Randee Heller) no verão de 1984.

    Daniel imediatamente se torna inimigo de Johnny, o melhor estudante do dojo Cobra Kai, quando LaRusso começa a namorar a ex-namorada de Johnny, Ali Mills (Elisabeth Shue).

    A rivalidade adolescente de Johnny e Daniel culminou quando LaRusso derrotou Lawrence no All Valley Karate Tournament. No verão seguinte, Daniel acompanhou Sr. Miyagi até Okinawa e se viu em meio a uma vingança pessoal do sensei, como visto em Karatê Kid – A Hora da Verdade Continua.

    Ao fim do verão, Daniel e Miyagi retornaram para Los Angeles e abriram uma loja de bonsai juntos, mas LaRusso se viu ameaçado por membros do Cobra Kai, Terry Silver (Thomas Ian Griffith) e John Kreese (Martin Kove) em Karatê Kid 3 – O Desafio Final. Entretanto, Daniel por fim acabou frustrando sua trama de vingança e derrotou um dos alunos do Cobra Kai, Mike Barnes (Sean Kanan) para defender seu cinturão do All Valley Karate Championship.

    A história de Daniel, e de Johnny, foi retomada na 1ª temporada de Cobra Kai, que começou em 2018 e agora continua, com a terceira temporada da série que será lançada em 2021 pela Netflix. Mas a série de TV de Karatê Kid revelou muito do que aconteceu durante o sumiço temporário de 34 anos de LaRusso.

    Primeiro, Sr. Miyagi fala sobre Daniel para sua nova estudante, Julie Pierce (Hilary Swank) em O Próximo Karatê Kid, que estabeleceu que Daniel não mais vivia na casa do Sr. Miyagi, como ele vivia em Karatê Kid – A Hora da Verdade Continua e Karatê Kid 3 – O Desafio Final.

    Daniel e Miyagi também abriram uma loja chamada Mr. Miyagi’s Little Trees, mas o negócio eventualmente faliu. LaRusso então começou a vender carros, originalmente em uma loja de carros seminovos, o que serviu para ajudar Daniel em sua carreira de sucesso na área.

    Em algum momento antes de 2000, Daniel conheceu Amanda (Courtney Henggeler) quando eles trabalharam juntos na loja. Eles passaram até a ser conhecidos como “Danny e Mandy, os melhores vendedores do Vale”.

    Daniel e Amanda se casaram e abriram a LaRusso Auto Group em 2002, enquanto estava grávida da filha deles, Samantha (Mary Mouser). A LaRusso Auto Group se tornou uma das lojas mais bem sucedidas de San Fernando Valley, e Daniel se mostrou uma celebridade local que logo passou a ter seu rosto estampado em outdoors e propagandas de TV.

    Samantha nasceu no verão de 2002, e seu filho Anthony (Griffin Santopietro) nasceu em 2008. Daniel também contratou seu primo Louie (Bret Ernst) para trabalhar na LaRusso Auto Group. Além disso, Daniel manteve contato com alguns amigos da época da escola, como Ali Mills, que agora é Dr. Ali Schwarber, uma cirurgiã pediatra em Denver, Colorado.

    Infelizmente, Sr. Miyagi faleceu no dia 15 de Novembro de 2011, com 86 anos. Miyagi deixou sua casa para Daniel, que LaRusso manteve como uma forma de respeito para seu melhor amigo e amado mentor.

    Daniel também transformou um dos cômodos da sua casa, em um dojo, remanescente do que havia na casa da família Miyagi em Okinawa.

    Samantha foi a primeira aluna de Daniel até os 8 anos; e se manteve afastada até a adolescência. Mas retornou mais uma vez quando seu pai reabriu o dojo Miyagi-Do na segunda temporada de Cobra Kai.

    Daniel LaRusso

    Apesar de se sentir completo com sua família e seu negócio, Daniel ainda manteve seus olhos voltados para a cena local de karatê; como um antigo campeão e um homem de negócios importante, LaRusso se juntou ao comitê olímpico de sua cidade, que supervisiona o All Valley Karate Tournament, e Daniel sem sucesso, tentou usar sua influência para impedir que o ressuscitado Cobra Kai de Johnny competisse na 1ª temporada.



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    CRÍTICA – Cobra Kai (2ª temporada, 2019, YouTube Red)

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    Cobra Kai é uma produção do YouTube Red e suas duas temporadas chegaram à Netflix na última sexta-feira, 28. E a 3ª temporada já foi confirmada pela gigante do streaming.

    Se você ainda não assistiu a primeira temporada, leia nossa crítica sem spoiler:

    CRÍTICA – Cobra Kai (1ª temporada, 2018, YouTube Red)

    SINOPSE

    Relutante, Johnny Lawrence (William Zabka) resolve dar uma segunda chance ao seu ex-mestre, afinal, ele próprio ainda está em busca de redenção. Enquanto isso, Daniel LaRusso (Ralph Macchio) abre o dojo Miyagi-Do, em homenagem a seu mentor, Sr. Miyagi (Pat Morita). Além de Robby (Tanner Buchanan), agora ele volta a treinar também sua filha Samantha (Mary Mouser).

    ANÁLISE

    A segunda temporada de Cobra Kai começa exatamente de onde parou o último episódio da temporada anterior: com a chegada do antigo sensei de Johnny

    Após o resultado do campeonato regional o dojo Cobra Kai torna-se popular e as fileiras de alunos aumentam. Preocupado, Daniel decide reabrir o dojo Miyagi-Do para prosseguir com o treinamento de Robby, enquanto busca equilibrar a balança da rivalidade.

    Como qualquer nova temporada de série, novos rostos são introduzidos, personagens secundários ganham mais espaço e novas tramas são desenvolvidas. E aqui não é diferente.

    A rivalidade de décadas entre Johnny e Daniel ainda está lá e segue como trama principal, porém a rivalidade dos senseis agora se expande ainda mais para seus alunos, transformando a química Cobra Kai Miyagi-Do em algo explosivo.

    Os romances adolescentes seguem firmes, e depois da introdução de Tanner Buchanan como Robby – o filho de Johnny que se vê abraçado pelos LaRusso, na primeira temporada – que cai de paraquedas entre Miguel (Xolo Maridueña) e Samantha, agora temos Tory (Peyton List), a mais nova Cobra Kai para equilibrar a balança do romance.

    Em relação às lutas, se na temporada anterior tivemos Miguel Robby, dessa vez as meninas são o foco e Samantha Tory é a rixa da vez. E sim, as coreografias estão bem melhores.

    VEREDITO DA 2ª TEMP. DE COBRA KAI

    A série segue com um bom ritmo e com 10 episódios curtos – média de 30min de duração – segue leve de ser assistida e fácil de maratonar.

    Como você pode ter percebido, a palavra que define a segunda temporada de Cobra Kai é equilíbrio; Além de ser a base do Miyagi-Do, equilíbrio é facilmente percebido nesta segunda temporada; ou melhor, a falta dele. Explico.

    Enquanto a vida de Johnny parece caminhar para uma vida normal, a de Daniel começa a desandar; o dojo Cobra Kai perde alunos e o Miyagi-Do recebe os seus primeiros novatos; Johnny e Daniel parecem começar a se entender e seus alunos viram um monte de pólvora que só precisam de uma fagulha chamada John Kreese (Martin Kove).

    Kreese a propósito segue maníaco e assim como as cobras, espera o momento certo para dar o bote.

    Se na primeira temporada tivemos um campeonato rápido como fechamento, aqui temos um verdadeiro Street Fighter um tanto demorado em seu tempo de tela, mas com um final trágico.

    Cobra Kai mesmo com bem menos referências a seus filmes originais que sua temporada de estreia, segue bacana. Mas o maior ponto negativo é a perda de espaço do protagonista Xolo Maridueña para Tanner Buchanan.

    Infelizmente Hollywood segue com suas “equilibradas” (#sqn) doses de representatividade, onde o garoto branco de olhos claros, tipicamente americano é muito melhor que um latino.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer da segunda temporada:

    E você, já assistiu Cobra Kai? Deixe seus comentários e avaliação!



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    OPINIÃO – Sobre negros que se enxergaram no rei de Wakanda

    “Na minha cultura, a morte não é o fim, ela é como um ponto de partida. Se você esticar os braços Bast e Sekhmet levarão você até os campos verdes, onde poderá correr para sempre.” Rei T’Challa, Pantera Negra (2018).

    Você que é negro, me responde uma coisa: quantas vezes já se enxergou como rei ou rainha? Quase nunca, não é mesmo? Eu sei, é difícil se ver dessa forma quando os nossos estão morrendo diariamente em um país onde o negro lidera o ranking de vítimas de assassinatos. É difícil! E se torna ainda mais complicado quando não nos vemos em lugar de destaque, seja em qualquer segmento.

    Por conta disso, pautamos tanto a questão da representatividade positiva. Precisamos disso. Precisamos ver negros em cargos de liderança, na política, na arte, nas universidades, na mídia – não nos noticiários de polícia, mas levando um fio de esperança para os seus iguais, assim como fez o Chadwick Boseman, intérprete do Rei T’Challa, do filme Pantera Negra, que faleceu na última sexta-feira (28), aos 43 anos, após quatro anos lutando contra um câncer de cólon.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Pantera Negra (2018, Ryan Coogler)

    Com o lançamento desta película em 2018, milhares de pessoas negras ao redor do mundo conseguiram se sentir representadas pela primeira vez. Elas estavam vendo um dos deles governando Wakanda, a nação ficcional mais tecnologicamente avançada do mundo. Elas estavam vendo um rei. Um rei negro.

    Um rei que motivou campanhas e vaquinhas de arrecadação online para levar crianças da periferia ao cinema pela primeira vez. Um rei que preencheu o imaginário desses pequenos – e dos grandes também – com um poder inigualável: o da autoconfiança. “Se ele pode chegar lá, porque eu não posso?“. Olhar para uma tela a nossa frente e conseguir se identificar com o que está sendo mostrado nela sempre foi, e ainda continua sendo – infelizmente – um privilégio branco. E isso tem que ser mudado.

    Ao longo dos anos, tentaram apagar as nossas histórias, conquistas e êxitos. Ainda somos subjugados, desacreditados, e continuam nos matando. Andamos com uma mira apontada para as nossas cabeças diariamente. As estatísticas estão aí: 75,7% das vítimas de assassinatos no Brasil são negras, de acordo com o Atlas da Violência 2020.

    Quando temos uma produção audiovisual que ao invés de nos mostrar como o primeiro a morrer, o empregado, o personagem que tem uma tendência para o crime ou algo do tipo, e nos coloca como protagonistas, bem sucedidos e empoderados, ela passa ser muito mais do que um obra de entretenimento e se torna um manifesto. No caso de Pantera Negra um manifesto colossal com um alcance nunca visto antes.

    O longa da Marvel Studios não foi apenas um filme de arrecadação bilionária e com indicações ao Oscar, foi um marco para representatividade negra e permitiu que pessoas negras se enxergassem como reis e rainhas pela primeira vez. E é isso que nós somos. Obrigado, Chadwick Boseman. Descanse em paz.

    “Wakanda Forever!”

    LEIA TAMBÉM:

    Pantera Negra e suas belas representações da cultura africana



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