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    Especial Oscar 2020 | Críticas, curiosidades e palpites sobre os indicados

    A maior cerimônia do cinema está chegando! O Oscar 2020 acontece no dia 9 de Fevereiro e será transmitido pela TNT a partir das 22h. Nesse ano você também pode conferir a transmissão ao vivo pela internet no Globoplay, o streaming da Globo. A emissora também irá transmitir a premiação na TV aberta – após o Big Brother Brasil.

    Se você ainda não leu nada sobre os indicados ou está em dúvida sobre qual filme poderá levar pra casa a honraria de Melhor Filme do ano, não fique triste: Nós temos o conteúdo que você procura!

    Confira abaixo todas as nossas críticas em texto e vídeo, além do nosso bolão das categorias principais!

    CRÍTICAS E CURIOSIDADES

    • PARASITA

    Sinopse oficial: Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo em um porão sujo e apertado, mas uma obra do acaso faz com que ele comece a dar aulas de inglês a uma garota de família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe e filhos bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custam caro a todos.

    Clique aqui para ler a nossa crítica – em texto – sem spoilers. Abaixo o vídeo com algumas curiosidades sobre o longa em nossa websérie especial Corrida Para o Oscar.

    • O IRLANDÊS

    Sinopse oficial: Frank Sheeran, braço direito da família Bufalino, relembra os segredos que guardou por lealdade à máfia no aclamado filme de Martin Scorsese.

    Crítica – em texto – sem spoilers. Abaixo, as curiosidades:

    • JOJO RABBIT

    Sinopse oficial: Jojo é um garoto alemão solitário que descobre que sua mãe está escondendo uma garota judia no sótão. Ajudado apenas por seu amigo imaginário, Adolf Hitler, Jojo deve enfrentar seu nacionalismo cego enquanto a Segunda Guerra Mundial prossegue.

    Crítica – em texto – sem spoilers.

    • ADORÁVEIS MULHERES

    Sinopse oficial: Nos anos seguintes à Guerra de Secessão, Jo March e suas duas irmãs voltam para casa quando Beth, a tímida irmã caçula, desenvolve uma doença devastadora que muda para sempre suas vidas.

    Crítica – em texto – sem spoilers.

    • CORINGA

    Sinopse oficial: O comediante falido Arthur Fleck encontra violentos bandidos pelas ruas de Gotham City. Desconsiderado pela sociedade, Fleck começa a ficar louco e se transforma no criminoso conhecido como Coringa.

    Crítica – em texto – sem spoilers.



    • DOIS PAPAS

    Sinopse oficial: Num momento decisivo para a Igreja Católica, o Papa Bento XVI forma uma amizade surpreendente com o futuro Papa Francisco. Baseado em fatos reais.

    Crítica – em texto – sem spoilers.

    • 1917

    Sinopse oficial: Na Primeira Guerra Mundial, dois soldados britânicos recebem ordens aparentemente impossíveis de cumprir. Em uma corrida contra o tempo, eles precisam atravessar o território inimigo e entregar uma mensagem que pode salvar 1600 de seus companheiros.

    Crítica – em texto – sem spoilers.

    • HISTÓRIA DE UM CASAMENTO

    Sinopse oficial: Um olhar sensível sobre um casamento que termina e uma família que permanece unida. Do diretor Noah Baumbach, indicado ao Oscar.

    Crítica – em texto – sem spoilers.

    • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD

    Sinopse oficial: No final da década de 1960, Hollywood começa a se transformar e o astro de TV Rick Dalton e seu dublê Cliff Booth tentam acompanhar as mudanças.

    Crítica – em texto – sem spoilers

    • FORD VS FERRARI

    Sinopse oficial: O projetista Carroll Shelby e o piloto Ken Miles enfrentaram a interferência empresarial, as leis da física e os próprios demônios para construir um carro de corrida para a Ford Motors derrotar a hegemonia de Enzo Ferrari nas 24 horas de Le Mans.

    Crítica – em texto – sem spoilers.



    BOLÃO FEEDEDIGNO

    Confira as nossas apostas!

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    Oscar: As principais dúvidas sobre a votação da Academia

    Todos os anos, as controvérsias aumentam sobre alguma seleção do Oscar. Seja a falta de candidatas a diretora, a diversidade racial insuficiente entre as categorias de atuação ou as escolhas feitas na categoria de documentário ou idioma estrangeiro, as escolhas da Academia certamente serão questionadas.

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas fez um esforço conjunto para expandir a filiação nos últimos anos, na esperança de abordar algumas dessas preocupações. Mas muitos observadores do Oscar ainda não estão claros sobre quem são os membros votantes e como são distribuídos os cobiçados homenzinhos de ouro. Aqui está um breve resumo de como a maior premiação do cinema funciona!

    Oscar 2020: Confira os indicados a cada uma das categorias

    QUEM VOTA NO OSCAR?

    Atualmente, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas possui 8.469 membros elegíveis ao Oscar, um salto de 35% em relação a quatro anos atrás (6.261 eleitores em 2015). Cada pessoa pertence a um dos 17 ramos. Cada ramo nomeia para sua própria categoria – por exemplo, editores nomeiam editores, atores nomeiam para as quatro categorias de atuação. E todo mundo pode nomear para a categoria principal: Melhor Filme. Para a votação final do vencedor, todas as filiais votam em tudo.

    QUAIS SÃO OS RAMOS?

    Atores, diretores de fotografia, figurinistas, diretores, documentários, editores, maquiadores/cabeleireiros, músicos, produtores, design de produção, curtas-metragens/animação, som, efeitos visuais e escritores. Cada um deles tem pelo menos uma categoria do Oscar. Existem também três ramos que não são representados com prêmios: diretores de elenco, executivos e marketing/relações públicas.

    COMO SE TORNA UM MEMBRO?

    Basicamente, qualquer pessoa pode se inscrever, se tiver créditos para longas-metragens. Cada candidato deve ser aprovado pelo comitê executivo de cada ramo e depois submetido ao conselho da Academia.

    MELHOR FILME E SUAS INJUSTIÇAS

    Em outras categorias, os membros votam em uma única opção. Mas com tantos candidatos para Melhor Filme, a Academia não queria que um filme ganhasse um Oscar com apenas 10% dos votos. Portanto, os membros colocam suas escolhas em ordem de preferência. Os contadores da PricewaterhouseCooper começam contabilizando todas as opções número 1. Se um filme ganha mais de 50% dos votos, ele vence, mas é duvidoso que isso aconteça com frequência. Então a PwC vai para a segunda posição e, se necessário, para a terceira, mas os contadores dizem que é improvável que a contagem vá muito além disso. Se o “Filme A” recebe o maior número de votos – digamos 30% -, parece ser o favorito. Mas se o “Filme B” obtivesse apenas 20% dos votos número 1, mas fosse esmagadoramente popular nos votos número 2, isso poderia acabar vencendo, especialmente se muitos eleitores colocassem o “Filme A” como sua escolha número 4 ou 9, por exemplo.

    CERIMÔNIA LONGA

    A Academia insiste em que todas as 24 categorias sejam apresentadas durante a transmissão. Em um período de três horas, resta apenas 30 minutos para um monólogo de abertura (se houver um anfitrião), qualquer apresentação musical, o segmento In Memoriam, repescagens dos Governors Awards e Sci-Tech Awards, etc. Em contraste, os Grammys apresentam a maioria de seus prêmios fora da transmissão. Em 2019, os produtores do Oscar tentaram reduzir o número de apresentações no ar e foram recebidos com enormes protestos, incluindo alguns dos membros do conselho. Então eles desistiram da ideia, pelo menos por enquanto.

    QUEM FORMA O CONSELHO?

    O conselho é composto por três membros eleitos de cada ramo, além de três governadores em geral nomeados.

    Oscars: Como funcionada o Academy Awards

    AS CAMPANHAS

    Publicidade e promoção fazem parte do DNA de Hollywood. Se eles fazem algo de que se orgulham, eles o promovem. Com os prêmios, há também um motivo prático: o estúdio quer garantir que os eleitores assistam ao filme. Embora os críticos assistam a dezenas de filmes todos os meses, os membros geralmente trabalham em seus empregos e têm famílias, o que dificulta ter tempo de assistir a todos os filmes novos. Uma campanha é uma maneira de chamar a atenção para um filme.

    VENCER, VENCER, VENCER!

    Hollywood é como qualquer outro negócio: é movido por dinheiro e ego. Todo mundo no ramo de filmes está procurando o próximo emprego, e um Oscar pode abrir oportunidades de emprego e aumentar seu salário. Uma vitória na melhor imagem pode aumentar a taxa de TV, streaming e qualquer outro formato nos próximos anos. Além disso, os estúdios criam campanhas de premiação para que possam ganhar o favor dos melhores talentos, sejam estrelas ou pessoas por trás das câmeras. É uma maneira de dizer: “Veja como tratamos bem o nosso povo! Fique conosco.”

    A POPULARIDADE CONTA?

    Se fosse, Keanu Reeves e Margot Robbie venciam todos os anos. Ser simpático não dói, mas não garante nada. Em 2018, Rami Malek estava em toda parte, encantando pessoas em festas, sessões de perguntas e respostas e shows de prêmios. E ele ganhou um Oscar. Por outro lado, Olivia Colman estava ocupada no exterior e escassa no circuito de premiação. E ela ganhou também. Não há fórmulas para uma campanha bem-sucedida.

    OUTRAS PREMIAÇÕES

    Não. Elas não garantem um Oscar. Os membros votam no filme que mais gostaram. E às vezes eles concordam com Globo de Ouro, SAG Awards, BAFTA, etc, mas nem sempre. Eles são grupos de votação muito diferentes.

    MAS E OS ANALISTAS DO OSCAR?

    Os analistas do Oscar estão tentando aplicar princípios científicos a algo que não pode ser medido: gosto pessoal. A Academia mantém em segredo os resultados: sabemos quem ganhou, mas não por quantos votos, e não sabemos quem ficou em segundo, terceiro ou quarto. Portanto, jornalistas conversam com os membros para tentar entender seus sentimentos, mas sempre há suposições.

    Preparado para o #Oscar2020? A premiação acontece no dia 9 de fevereiro! Confira todas as nossas críticas em vídeo na playlist abaixo:

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    OPINIÃO – O fardo de Aves de Rapina

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    Nessa quinta-feira (6), chegou aos cinemas a mais nova aposta da DC Comics em conjunto da Warner Bros. Pictures, o primeiro filme a trazer uma equipe unicamente feminina em seu time principal: Aves de Rapina: Arlequina e sua Fantabulosa Emancipação. Contudo, além de suas conquistas pessoais enquanto quebra de padrões dentro desse universo cinematográfico dos heróis masculinos, o longa também carrega alguns fardos consigo.

    Quando Esquadrão Suicida foi lançado, mesmo que no geral ele não tenha sido uma experiência muito positiva, algo se destacou perante tudo: a Arlequina. A vilã conseguiu ser aclamada por uma parcela significativa de fãs, se tornou um grande ícone na cultura pop, uma referência em fantasias, entre diversas coisas. A Warner percebeu isso e investiu nela, assim Margot Robbie ganhou mais controle criativo sobre sua personagem dentro do universo.

    Margot Robbie, uma das protagonistas e produtoras do filme, já revelou em algumas entrevistas a luta que ela teve que travar para conseguir que esse filme saísse do papel e chegasse onde está hoje. Segundo a atriz, ela precisou de muito tempo para convencer a Warner Bros. a fazer um filme de uma equipe feminina e que fosse para maiores de idade, principalmente por não ter produções passadas para se tomar como base. Contudo, após o lançamento de Deadpool e seu futuro sucesso, o estúdio se tornou mais receptivo para a existência do filme, mesmo que ele demorasse ainda alguns anos para ver a luz do dia.

    Margot conseguiu convencer a Warner a produzir o longa e, mesmo que o estúdio preferisse que fosse desenvolvido um longa para as Sereias de Gotham – equipe formada pelas vilãs Arlequina, Mulher-Gato e Hera Venenosa -, a atriz lutou para que Aves de Rapina fosse desenvolvido primeiro, pois essas personagens eram incríveis e também precisavam de visibilidade.

    Opinião | O fardo de Aves de Rapina

    O projeto de Sereias de Gotham ainda está em desenvolvimento, mas, para isso, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa precisa de certo sucesso e apoio popular. O filme não custou tanto – por volta dos US $ 100 milhões, contando o marketing -, mas ainda assim seria de grande importância que ele fosse bem de bilheteria; ele precisa se pagar e ainda fazer uma quantia significativa de lucro.

    As previsões iniciais não são tão animadoras assim, mas ainda pode – e deve – melhorar. Não há grandes filmes para estrear por agora e ainda há alguns feriados chegando, e é imprescindível que o filme e o público se aproveitem deles.

    Opinião | O fardo de Aves de Rapina

    Com o devido sucesso de Aves de Rapina, alguns filmes devem seguir um desenvolvimento mais agilizado e outros ainda podem entrar em vigor, tais como Sereias de Gotham e Batgirl – que já haviam sido anunciados há algum tempo – ou até filmes solos para as personagens da Caçadora e da Canário Negro.

    A própria quadrinista de Aves de Rapina, Gail Simone, já se posicionou a favor do filme solo da Canário e até se ofereceu para roteirizar! E lembrando que, com a existência desse universo singular para ela, poderíamos presenciar o nascimento do Arqueiro Verde nas telonas, assim como o casal icônico que eles formam e toda a mitologia em volta de Star City.

    Opinião | O fardo de Aves de Rapina

    A sequência para a própria equipe poderia ser anunciada, seguindo as três aves principais: Renée, Caçadora e Canário Negro, e ainda introduzir grandes ícones como Oráculo, Katana, Vixen, Mulher-Gavião, Questão e a jornada da Cassandra Cain até se assumir o manto de Batgirl.

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    Tal sucesso pode não apenas afetar e ajudar a própria DC Comics, mas também sua rival de gênero, a Marvel. Filmes como A-Force ou algo mais focado nas heroínas pode encontrar alguma luz no próprio estúdio se Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa alcançar o sucesso.

    Muitos supostos fãs de quadrinhos usam como argumento que o gênero está saturando, mas coincidentemente isso só começou a acontecer e afetar agora em 2020, que a maioria dos filmes são de protagonismo feminino. Mas é só uma coincidência, não?

    Opinião | O fardo de Aves de Rapina

    Mesmo que o gênero esteja saturando, Aves de Rapina procura mudar algumas coisas, aposta numa classificação mais alta pra trazer um pouco mais de violência e assuntos mais pesados para tentar sair da mesmiceEntão, não adianta muito reclamar de tal “saturação” e mesmo assim não apoiar as mudanças. Histórias em quadrinhos são mais do que homens bombados lutando contra outros homens bombados em uniformes apertados. Então: ou você reclama da saturação e reciclagem das histórias ou apoia as mudanças.


    Mesmo que muitos – muitos – torcessem contra o filme e esperassem que ele fosse mal recebido, ainda assim ele está (até o momento dessa publicação) com 85% de aprovação no Rotten Tomatoes, sendo o terceiro filme da nova leva da DC Comics a ser mais aclamado pela crítica – até mais do que o premiadíssimo Coringa.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2020, Cathy Yan)

    Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa se encontra nos cinemas de todo o país. E lembrando que também está disponível em todas as plataformas de música o álbum com as músicas feitas exclusivamente para o filme – e que a maioria também toca nele – “Birds of Prey: The Album“. Vale a pena conferir. E em seguida temos Os Novos Mutantes que estreia em Abril, Viúva Negra em Maio e Mulher-Maravilha 1984 em Junho.

    A Arlequina retorna em Agosto de 2021 para a sequência de Esquadrão Suicida, dessa vez sob comando de James Gunn (Guardiões da Galáxia).

    Assista abaixo o trailer de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa!

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    CRÍTICA | Black Hammer – Origens Secretas – Vol. 1 (2018, Intrínseca)

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    Jeff Lemire tem um talento especial para escrever e surpreender com suas tramas intrigantes e envolventes, onde cada quadrinho que ele realizou tem um estilo próprio e sempre contou com a colaboração de algum artista excepcional que se adaptou ao roteiro proposto. E em Black Hammer – Origens Secretas não é diferente.

    Assim como nós nerds, Lemire adora super-heróis desde sua infância, entretanto sua carreira não começou por esse caminho. Anteriormente ele começou sua carreira com quadrinhos independentes como Condado Essex (2008- 2011), Sweet Tooth (2009-2011), O Ninguém (2009). Ademais, em sua visão as HQs de super-heróis eram HQs do mal, criadas por grandes corporações para a massa consumir.

    Aqui somos apresentados a heróis dos anos 50 (acredito que inspirado pela Liga da Justiça da Era de Ouro) onde eles salvam Spiral City de Antideus, embora tenham sido dados como mortos.

    Contundo Abraham Slam, Menina de Ouro, Coronel Weird, Madame Libélula e Barbalien – com Talkie Walkie como ajudante – que estão supostamente mortos foram na verdade teletransportados para Rockwood (as histórias de Jeff Lemire sempre se passam em alguma cidade do interior dos EUA. É provavel que se ele escrevesse uma história no Brasil se chamaria BACURAU HAHAHA).

    Na pequena cidade de Rockwood, nossos heróis são forçados a levar uma vida normal e manterem suas identidades preservadas daquela pequena cidade.

    Da esquerda para a direita: Abraham Slam, Coronel Weird, Talkie Walkie, Menina de Ouro, Barbalien e Madame Libélula.

    O que torna Black Hammer intrigante é a tentativa desses heróis tentarem escapar de Rockwood. Por qual motivo eles foram parar naquela cidade? Por qual motivo não consegue fugir de lá? A trama lembra da série LOST que foi exibida entre 2004 e 2010.

    Essa HQ consegue subverter qualquer outra história clichê de super-heróis, Lemire escreve seus personagens com bastante humanidade. Eles são carismáticos e o mistério proposto deixa o leitor maluco para ler as próximas edições.

    A arte fica por conta de Dean Ormston (Juiz Dredd, Lucifer e Predador) e é perfeita para Black Hammer – Origens Secretas e que é muito diferente outras HQs. Quanto a colorização de Dave Stewart é genial e sofisticada.

    Em Novembro 2018 os direitos da obra foram comprados pela Legendary Entertainment, para desenvolverem filmes e séries do universo de Black Hammer. Jeff Lemire e Dean Ormston são os produtores executivos das adaptações.

    Para quem não conhece o trabalho do Lemire, tenho certeza que é uma boa ideia começar por Black Hammer, decerto se tornará fã do quadrinista canadense.

    Nossa nota

    Black Hammer – Origens Secretas foi publicada originalmente pela editora Dark Horse Comics em Julho 2016 e segue sendo publicada. No Brasil a editora Intrínseca publicou, em Maio de 2018, o primeiro encadernado que inclui os seis primeiros volumes e segue com as publicações. Contendo três volumes publicados, o quarto volume será lançado em 09 de Abril de 2020.

    Editora: Intrínseca (Maio, 2018)

    Autores: Jeff Lemire (Roteiro), Dean Ormston (Arte) e Dave Stewart (Cores)

    Páginas: 184

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    TBT #58 | Taxi Driver (1976, Martin Scorsese)

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    Taxi Driver foi o filme gatilho que despertou o cinéfilo que há dentro de mim, com ele veio outros clássicos do cinema que moldaram meu caráter. Todas as vezes que eu o revejo esse filme sou completamente transportado para aquela Nova Iorque dos anos 70, decadente e escrota, sem perspectiva de melhoria.

    “À noite, saem animais de todos os tipos: prostitutas, cafetões, corruptos, drogados, traficantes e esquisitos de todo tipo. Um dia uma grande e verdadeira chuva vai limpar as ruas de toda essa escória.”

    O filme foi bastante impactante em minha vida por tratar de um tema tão reconte a na sétima arte: a solidão. Todos os anos quando encontro uma oportunidade eu revisito esse clássico e sempre vejo algo diferente em alguma cena (A última vez que vi notei o Super MKT, quem é gamer vai pegar a referência).

    Taxi Driver é o sexto filme dirigido por Martin Scorsese, que é escrito por Paul Schrader e tem a trilha sonora por conta Bernard Herrmann; lançado em 1976 o filme venceu Palma de Ouro no Festival de Cannes do mesmo ano e foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme, porém não venceu na maior premiação do cinema, que acredito por retratar uma América sem esperança, retratando o oposto do vencedor: Rocky: Um Lutador.

    O ano de 1976 foi um marco para o cinema, onde tivemos filmes que se tornaram clássicos como: Carrie, Rede de Intrigas, A Profecia, e até mesmo Rocky, mas certamente para muitos críticos de cinema Taxi Driver está entre os quatro melhores filmes do Scorsese junto com Touro IndomávelOs Bons Companheiros e O Rei da Comédia.

    A trama acompanha Travis Bickle (Robert De Niro), um jovem de 26 anos que sofre de insônia e está à procura de um emprego como taxista para ocupar o vazio existencial que lhe persegue; para ele tanto faz o horário ou o valor que lhe será pago, ele apenas deseja encontrar um significado para sua existência, mas ao conseguir o emprego passa por dias indistinguíveis um após outro, sem proposito ou objetivos.

    Tudo muda ao ele se encantar por Betsy (Cybill Shepherd), uma voluntária de campanha do senador e candidato à presidência Charles Palantine (Leonard Harris). Travis a convida para um encontro onde tudo parece normal, até o segundo encontro no qual é dispensando por Betsy devido um encontro no cinema com um filme nada sugestível. Após levar um fora, Travis entra em uma espécie de ciclo de deterioração mental no qual planeja o assassinato do candidato à presidência.

    “A solidão me perseguiu a vida toda. Em todo lugar. Em bares, carros, calçadas, lojas, em todo lugar. Não há escapatória. Sou um homem solitário de Deus.”

    A direção de Scorsese juntamente com o roteiro de Paul Schrader é magistral e a trilha sonora de Bernard Herrmann – Herrmann também foi responsável pela trilha sonora de Psicose de Alfred Hitchcock – que foi seu último trabalho para o cinema antes de seu falecimento é sombria e contém uma marcha que nos remete bem ao personagem principal: que a qualquer momento irá explodir com sua insanidade.

    Curiosidade: Martin Scorsese faz duas aparições no filme, coisa que ele aprendeu com seu mestre Alfred Hitchcock.

    O elenco têm atuações surpreendentes! Robert De Niro está incrível nesse filme, tão bem quanto em O Poderoso Chefão: Parte 2 (1974), uma menção especial para a jovem Jodie Foster interpretando uma prostituta de 12 anos bem convincente e agressiva.

    Apesar de Taxi Driver ser um filme de 1976 ele continua atemporal tratando de temas bastantes recorrentes como solidão, depressão e loucura. O filme continua tendo bastante influência para outros filmes, O Abutre (2014), Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017), Vivendo no Limite (1999), Drive (2011) e o premiadíssimo e um dos grandes favoritos ao Oscar desse ano: Coringa (2019).

    Nossa nota

    Assista ao trailer abaixo:

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    CRÍTICA – Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2020, Cathy Yan)

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    Filmes de super-heróis são uma onda consolidada em Hollywood, uma vez que há quase duas décadas temos obras do gênero todo o ano, um deleite para nós nerds. Aves de Rapina veio para ficar, visto que mostra que era um filme que precisávamos.

    HISTÓRIA DE AVES DE RAPINA

    Aves de Rapina: Primeiro teaser, possível título e Margot Robbie como Arlequina!

    A premissa é: após terminar seu relacionamento com Coringa, Arlequina (Margot Robbie) começa a ser caçada por todos os seus inimigos, gerando uma histeria em Gotham, principalmente quando Roman Sionis, o Máscara Negra (Ewan McGregor), é o principal interessado.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA : Conheça Roman Sionis, o Máscara Negra

    O grande acerto dos roteiristas foi fazer a narrativa ser contada pela perspectiva de Arlequina, uma vez que a cabeça da protagonista é completamente insana. A linearidade da história é confusa propositalmente, sendo muito enrolada, todavia, isso é um artifício da trama, uma sacada genial.

    O longa é bem quadrinesco em sua execução. Suas cores fortes, exageros, violência e non-sense são típicos das melhores HQs da personagem. A fotografia e cinematografia são excelentes, mostrando o quão desperdiçado foi o potencial de Esquadrão Suicida (2016), por exemplo. Como diz o ditado: um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, felizmente.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Aves de Rapina: 5 histórias para ler antes do filme

    ELENCO

    CRÍTICA - Aves de Rapina (2020, Cathy Yan)

    Quanto as atuações, Margot Robbie conseguiu se transformar na vilã maluca de verdade! a naturalidade das ações da atriz em tela são de arrepiar! Os movimentos, diálogos e cenas de ação ficaram tão naturais que não seria nenhum absurdo nossa talentosíssima Margot ser indicada a diversos prêmios. Esperamos que não seja sua despedida da personagem.

    Ewan McGregor está fantástico como Máscara Negra! O ator conseguiu dar excentricidade e um tom de ameaça diferenciado para seu papel. O antagonista é tão mesquinho e perturbado que ele merece com louvor o selo de vilão carismático da já tão aclamada galeria de vilões do Batman. Inclusive ele foi até um “Coringa” melhor que o Jared Leto, mesmo não sendo o Palhaço do Crime.

    Quanto aos demais atores e atrizes do elenco, suas atuações são boas, mas Robbie e McGregor estão tão sensacionais que fica difícil de se destacar. Méritos para a direção e roteiristas também.



    DESTAQUES

    CRÍTICA - Aves de Rapina (2020, Cathy Yan)

    Quantos aos personagens, o crítico que vos escreve gostou muito particularmente da Caçadora, talvez uma das personagens coadjuvantes mais legais dos últimos tempos. Mary Elizabeth Winstead (Scott Pilgrim – Contra o Mundo) consegue dar um ar de durona, mas sem ficar sem graça. A anti-heroína se transforma num alívio cômico em alguns momentos, uma vez que se trata de uma comédia de humor ácido, conseguindo ser divertida e se encaixar no tom divertido e sombrio do longa, algo que Josh Brolin não conseguiu com seu Cable em Deadpool 2.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: Conheça Helena Bertinelli, a Caçadora

    Sobre os problemas do filme, eles são muito pequenos, ficando mais nos detalhes. Os fãs mais fervorosos de Dinah Lance/Canário Negro podem ficar incomodados com a mudança realizada nas características da personagem, pois ela é badass, assim como as demais membros das Aves de Rapina, mas se fosse mais fiel as histórias em quadrinhos, ela seria a mais poderosa disparadamente do grupo, com tudo, a nova visão de Cathy Yan para a heroína é muito boa e bem executada por Jurnee Smollett-Bell, que além de ter uma atuação segura é uma excelente cantora.

    CRÍTICA - Aves de Rapina (2020, Cathy Yan)

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: Conheça Dinah Laurel Lance, a Canário Negro

    No mais, tudo que incomoda em filmes de ação está lá, com policiais que não atiram ou reviravoltas malucas, mas por se tratar de um filme de comédia, tudo faz sentido, afinal, em filmes de brucutus o vilão sempre atira no braço do herói, não é mesmo? Inclusive os roteiristas tiveram excelentes sacadas em relação a isso com piadas de filmes policiais dos anos 80 e o fato do vilão sempre querer contar todo o seu plano maquiavélico antes de tentar matar o mocinho, ou mocinha no caso.

    CONCLUSÃO

    Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa entrou com tudo nos cinemas! Com uma trama divertida e simples, o longa tem muitos méritos e mostra que a Warner mais uma vez acerta a mão nesta parceria com a DC, chutando as portas e mostrando ao mundo o que a produtora tem de melhor!

    Nossa nota

    Confira nossa crítica em vídeo:

    Assista também o trailer legendado:

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