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    CRÍTICA – Uma Mãe Perfeita (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Uma Mãe Perfeita (no original Une Mère Parfaite) é uma produção dramática franco-germânica e conta a história da jovem Anya Berg (Eden Ducourant) que é acusada de um assassinato e de fugir da cena do crime. A mãe de Anya, Hélène (Julie Gayet) é a única que parece acreditar em sua inocência de sua filha.

    A série da Netflix conta com 4 episódios em sua primeira temporada e a cada curva que toma, aumenta ainda mais o escopo de sua trama. Com atores como Andreas Pietschmann (Dark) e Tomer Sisley, a trama ganha ainda mais camadas e seus núcleos ficam ainda mais diversos.

    SINOPSE

    Hélène Berg (Julie Gayet) e sua família vivem uma vida tranquila. Contudo, a normalidade é jogada pela janela quando, certo dia, eles recebem um telefonema. A notícia é que Anya (Eden Ducourant), filha de Hélène e estudante em Paris, está sendo acusada de assassinato. Convencida de que Anya é inocente, Hélène pega o primeiro voo para Paris e promete à família que irá retornar com a filha em segurança.

    ANÁLISE

    Uma Mãe Perfeita

    Com uma trama que nos lança desde seus primeiros momentos por caminhos que parecem sem retorno, Uma Mãe Perfeita nos apresenta uma trama contundente, concisa e que sabe onde quer chegar. Mesmo que uma segunda temporada ainda não tenha sido confirmada, a série franco-germânica estrela no Top 10 Brasil da Netflix desde a época de seu lançamento.

    Com um desenrolar curioso, em dois lugares diferentes, a trama se divide entre o núcleo investigativo de Anya e sua mãe Hélène em Paris, e de seu pai Mathias (Andres Pietschmann) e seu irmão Lukas (Maxim Driesen) em Berlim. Por meio dos mais diversos artifícios de roteiro, a trama nos leva pela vida até então desconhecida de Anya longe de seus pais. E ao aprofundá-la, temos mais motivos para desacreditar em sua inocência.

    Como um claro joguete narrativo, que se mostra cansativo, é fácil entender a razão dos roteiristas mostrarem as falhas de Anya. Difícil é acreditar que os roteiristas claramente querem colocar na personagem central da trama o benefício da dúvida, não apenas de ter matado, mas por ter culpa pelos acontecimentos que antecederam a morte da qual a mesma foi acusada.

    Ainda que a trama da série nos faça viajar pelos mais diversos caminhos e possibilidades, ela nos apresenta um roteiro conciso que acaba não entregando alguns dos argumentos necessários, deixando a desejar nas curvas que a história toma.

    VEREDITO

    Ainda que Uma Mãe Perfeita tenha tido início interessante e poderoso, a série falha em alguns momentos por abordar alguns assuntos polêmicos e por entregar um mote que nos deixe satisfeito ao final de seu quarto episódio. Com essa falha – a falta do gancho narrativo que precisamos para ter um final satisfatório -, a série falha e tenta jogar em seus últimos minutos um plot twist a fim de tentar salvar o que neste momento parece um trem desgovernado. Com isso, entender que os caminhos que a série como um produto de mídia toma, são extremamente prejudiciais nos dias de hoje.

    Uma Mãe Perfeita é uma daquelas séries que podem ser assistidas em uma tarde, mas deixo um aviso: para fazê-lo, você precisa de estômago e também de entender que nem tudo é como a gente quer – nem mesmo o fim daquela série que parecia tão promissora.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer de Uma Mãe Perfeita:

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    Quais são os dinossauros de Jurassic World Domínio?

    O supervisor de animatrônica, John Nolan, e sua equipe de designers, criaram 27 dinossauros para o filme Jurassic World Domínio, 10 dos quais nunca foram vistos em nenhum dos filmes anteriores da franquia Jurassic.

    Do arquiteto e diretor de Jurassic World (2015), Colin Trevorrow, o mais recente longa da franquia, se passa quatro anos após a destruição da Ilha Nublar. Os dinossauros agora vivem – e caçam – ao lado de humanos em todo o mundo. Esse frágil equilíbrio vai reconfigurar o futuro e determinar, de uma vez por todas, se os seres humanos vão continuar a ser os maiores predadores do planeta, habitado também pelas criaturas mais temíveis da história.

    Conheça todas as espécies de dinossauros mostrados no último filme da franquia!

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    Atrociraptor

    Cuidado, Blue. Há um novo bando de velociraptors na cidade. Os Atrociraptors, cujo nome significa “ladrão selvagem”, são um bando feroz de quatro carnívoros do Cretáceo. Pouco maior que o Velociraptor, mas igualmente mortal, o Atrociraptor mede até 2 metros de comprimento e altura, e pesa cerca de 15 quilos. Estes puros-sangues elegantes e mortais foram modificados para serem mais velozes e treinados para atacar pelo cheiro onde quer que seu alfa humano ordene – o resultado perigoso da pesquisa de Owen Grady e Barry Sembenè no primeiro Jurassic World. Os quatro predadores letais – Ghost, Stripe, Tiger e Red – foram nomeados de acordo com suas distintas listras coloridas. Estes predadores resolutos estão prontos para matar sob comando… mesmo que os alvos sejam Owen Grady e Claire Dearing.

    Dilofossauro

    Desde Jurassic Park, quando atacou Dennis Nedry enquanto ele tentava roubar embriões de dinossauros da Ilha Nublar, o Dilofossauro não foi mais visto. Agora, ele retorna à franquia com uma vingança em Jurassic World Domínio. O Dilofossauro é um terópode do início do Período Jurássico cujo nome significa “lagarto de duas cristas”, por causa da crista de cor brilhante que flanqueia sua cabeça. A versão do Dilofossauro criada para os filmes Jurassic tem apenas 1,20 m de altura, mas sua pequena estatura não o torna menos letal do que outros carnívoros do Vale Biosyn. Com movimentos sinuosos e um espírito aparentemente brincalhão, o Dilofossauro pode parecer até estar sorrindo enquanto persegue e ataca sua presa. Mas num segundo, este predador assassino pode aparecer, atacar com seu rijo e colorido pescoço, enquanto assopra e cospe um veneno negro mortal em sua vítima.

    Dimetrodon

    O Dimetrodon, cujo nome significa “duas medidas de dentes”, é um réptil parecido com crocodilo, com uma enorme crista ao longo das costas, medindo três vezes sua própria altura, 1,5 a 5 metros de comprimento e pesando de 27 a 250 quilos. Seus gritos são quase ensurdecedores quando está perseguindo nossos heróis nas minas subterrâneas de âmbar do Vale Biosyn.

    Giganotossauro

    Um terópode que viveu durante o período Cretáceo Tardio, o Giganotossauro é o maior carnívoro terrestre conhecido. Este robusto predador dos mais perigosos faz jus ao seu nome, que significa “lagarto gigante do sul”. Maior que um Tiranossauro Rex, pode chegar a pesar 13 toneladas, medir 13 metros de comprimento e atingir velocidade de 45 quilômetros por hora. Um colossal assassino de costas afiadas, o Giganotossauro é a maior e mais formidável ameaça a todos e tudo no Vale Biosyn, até mesmo para o próprio T. Rex. Com sua pele de soldado de guerra, tamanho e força descomunais, o Giganotossauro é invencível e destrói tudo que encontra em seu caminho.

    Pyroraptor

    O Pyroraptor, cujo nome significa “ladrão de fogo”, é um lindo e aterrorizante dinossauro vermelho-fogo do período Cretáceo Final. Pequeno terópode, parecido com um pássaro com garras curvas, esticadas no segundo dedo de cada pé, mede cerca de 2,5 metros e chega a pesar 35 quilos. Totalmente coberto de penas vermelhas brilhantes, o Pyroraptor persegue sua presa pelos terrenos acidentados e climas variados do Vale Biosyn. Da densa selva às montanhas cobertas de neve, os movimentos furtivos do predador fatal lhe dão a capacidade de caçar seu alvo mesmo debaixo de águas geladas, depois de suas vítimas caírem pelas rachaduras do gelo de um lago congelado.

    Quetzalcoatlus

    Nomeado em homenagem ao deus da serpente asteca, o Quetzalcoatlus, pterossauro do Cretáceo Tardio, é um dos maiores animais voadores do reino animal. Do tamanho de um avião Cessna, é da família de pterossauros desdentados evoluídos, Azhdarchidae, de pescoços extraordinariamente longos e rijos. Com envergadura de até 11 metros, podendo pesar até 180 quilos, a gigantesca criatura alada comanda o céu sobre o Vale Biosyn.

    Therizinossauro

    “Lagarto foice” é o significado do nome Therizinossauro, herbívoro terópode que viveu no período Cretáceo, ostenta um pescoço de 6 metros de comprimento e garras afiadas gigantescas do tamanho de tacos de beisebol. Estima-se que suas três garras em cada membro tenham mais de 90 centímetros de comprimento – as mais longas já encontradas. Este dinossauro de pele emplumada cinza e preta mede cerca de 10 metros, e pode pesar até 5 toneladas. Felizmente, você provavelmente vai ouvi-lo antes de vê-lo: seu assobio típico e seus gritos estridentes ecoam por todo o Vale Biosyn. Apesar de ser herbívoro, a habilidade dos Terizinossauros de cortar quase tudo faz dele uma verdadeira ameaça a qualquer predador em potencial.

    Tiranosauro Rex

    O maior predador de todos os dinossauros está de volta. Mais uma vez, T. Rex prova que nunca recua de uma luta. Mesmo quando desafiado a lutar contra duas novas espécies imponentes, incluindo um dos predadores mais ferozes que já enfrentou, T. Rex se recusa a cair sem lutar e defender seu título do maior animal carnívoro de todos os tempos.

    Velociraptor

    Beta

    Uma bebê velociraptor de 1,20 metros, Beta é a imagem e semelhança, clone idêntico de Blue. Rápida e alerta, mas ainda um pouco desajeitada em suas pernas inseguras, Beta aprende a caçar e sobreviver nas colinas de Sierra Nevada. Lá, encontra em Maisie uma nova aliada. A garota de 13 anos está sendo criada por Owen Grady e Claire Dearing ali por perto. Apesar de aparentemente sereno e tranquilo, Beta rapidamente descobre que o local é mais ameaçador do que parece, quando se torna alvo de uma caçada nefasta, com implicações que podem ir além do que preservar apenas sua própria vida.

    Blue

    Blue sempre foi líder de seu bando, mas desta vez está no comando, ensinando e protegendo uma cria própria, para se adaptar e sobreviver em um ambiente ainda mais perigoso do que Blue encontrou nas selvas da Ilha Nublar. Quando Beta, o clone genético idêntico de Blue, é ameaçada por nefastos caçadores de dinossauros, Blue entra em ação para proteger seus filhotes. Ninguém fica no caminho de Blue se Beta estiver em perigo. Nem mesmo Owen Grady pode confiar no vínculo que tem com Blue, se ele acreditar que seu amigo humano é uma ameaça.

    Dreadnoughtus

    Enorme dinossauro herbívoro de pescoço comprido. Primo de Braquiossauro, teria o peso de um Boeing 737. O Dreadnoughtus é um gênero extinto de dinossauro saurópode titanossauro que viveu na América do Sul durante o período Cretáceo Superior. É o titanossauro mais completo já descoberto e é amplamente considerado o dinossauro mais pesado que já existiu.

    Iguanodon

    Iguanodon significa “dente de iguana” e é um gênero dos ornitópodes. Atualmente, supõe-se que ele fique em seus membros posteriores e, no entanto, normalmente ande de quatro. Se atacado, pode dissuadir um predador com seu poderoso espinho de polegar.

    O Iguanodon tornou-se bastante famoso como resultado de seu papel de protagonista no filme de animação da Disney Dinosauro (2000).

    Microceratus

    Microceratus é um gênero extinto de pequeno dinossauro que viveu no Cretáceo na Ásia. Ele teria usado seu bico afiado para morder as folhas ou agulhas. No primeiro romance de Jurassic Park, eles passam a maior parte do tempo nas árvores.

    Ficou conhecido como Microceratops quando foi descoberto pela primeira vez em 1953, mas esse nome já era ocupado por uma vespa com o mesmo nome. O nome de substituição Microceratus foi criado em 2008 para o espécime.

    Moros Intrépido

    Moros é um gênero deterópodes tiranossauroides que viveu durante o período Cretáceo Superior no que hoje é Utah, Estados Unidos. Contém uma única espécie, Moros Intrepido. Moros representa o mais antigo material tiranossauroide de diagnóstico conhecido do Cretáceo da América do Norte por uma margem de cerca de 15 milhões de anos.

    Oviraptor

    Oviraptor é um dinossauro muito original com algumas características bastante estranhas. Em vez de dentes, tem um bico e algo não visto em nenhum outro dinossauro: um par de dentes no céu da boca. A razão pela qual recebeu esse nome é que, quando foi descoberto o Oviraptor estava sentado em um ninho de ovos. Pensava-se que estava a roubar os ovos de outro dinossauro. Anos depois, descobriu-se que os ovos eram seus e que estava tentando protegê-los de uma tempestade de areia que se aproximava.

    O Oviraptor tem outra característica incomum: tem uma fina crista de osso na testa. Esta crista parece ter crescido e mudado ao longo de toda a sua vida. Pode ter sido usado como forma de identificação individual ou para diferenciar gênero. Além disso, diferentes espécies do gênero Oviraptor tinham cristas diferentes. Não está claro o que o Oviraptor comia. Embora provavelmente ainda incluísse os ovos de outros dinossauros, tinha mandíbulas muito fortes, fazendo alguns pensarem que teria comido mariscos que poderiam facilmente ser abertos com seu bico. Outros argumentam que deve ter sido um herbívoro, pois seu crânio não mostrava características para comer carne.


    E as espécies de dinossauros já vistos anteriormente:

    • Alossauro;

    • Anquilossauro

    • Apatossauro;

    • Braquiossauro

    • Carnotauro;

    • Composognato;

    • Dimorfodonte

    • Estegossauro

    • Galimino

    • Juvenile Baryonyx;

    • Juvenile Nasutoceratops;

    • Mosassauro;

    • Nasutoceratops;

    • Parassaurolofo;

    • Pteranodonte;

    • Juvenile Stygimoloch;

    • Juvenile Carnotaurus;

    • Tricerátopo e

    • Sinoceratops.

    Jurassic World Domínio já está disponível nos cinemas.

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    5 melhores séries de ficção científica de todos os tempos

    As séries de TV desde sua origem passaram a moldar não apenas a forma como seus espectadores viam o mundo, mas passou também a definir padrões de comportamento. O fenômeno causado por I Love Lucy nos anos 50, passou a definir no futuro, não apenas nos Estados Unidos mas no mundo todo o comportamento dos espectadores, que assim como na série dos anos 50, paravam tudo para assistir episódios de suas séries favoritas em grupos, fenômeno que se repetiu com Game of Thrones.

    Comportamentos tímidos dos espectadores que se reúnem para assistir os episódios de suas séries favoritas tem diminuído com os serviços de streaming e a possibilidade que os indivíduos tem de assistir seus episódios em qualquer horário.

    Trago nesse artigo as 5 melhores séries de ficção científica de todos os tempos de acordo com uma lista do top #15 do Rotten Tomatoes e outras séries do meu gosto. Ao lado de todas as séries, coloco a classificação das mesmas no Rotten.

    5. The Twilight Zone (1959) – 82%

    Ficção-científica

    The Twilight Zone foi lançado originalmente em 1959 e contou com 5 temporadas. A série ficou conhecida no Brasil como Além da Imaginação e nos lançava nas mais diferentes realidades onde tudo era possível. Quase sempre com ameaças que fugiam do controle dos protagonistas, a série tendia a representar não apenas a ameaça que o mundo enfrentava na época – a Guerra Fria -, mas também a corrida espacial. Com um tom bem sombrio e nada otimista, a série nos lançava pelos cantos mais sombrios da nossa mente enquanto fazia uma crítica aos acontecimentos do final dos anos 50.

    The Twilight Zone foi responsável por alguns dos episódios mais marcantes de uma série de TV que já assisti. Inclusive, elenquei em um artigo os meus favoritos da série clássica. Ainda que a primeira edição da série não possa ser assistida por meio das plataformas de streaming, as duas últimas temporadas dirigidas por Jordan Peele podem.

    As duas últimas temporadas de The Twilight Zone podem ser assistidas no Prime Video.

    4. Fringe (2008) 90%

    Fringe é uma das inúmeras séries dos anos 2000 criadas por J.J. Abrams. Distribuída pela Warner Bros. a série contou com 5 temporadas que contava as mais diversas loucuras que apenas uma série de ficção científica é capaz de fazê-lo. Contando a história do grupo do FBI responsável por investigar eventos fora do comum, a série era estrelada por Anna Torv, John Noble e Joshua Jackson.

    Ainda que todo o cerne de Fringe pareça imensamente simplório, a série te surpreenderá antes do fim da primeira temporada. Com tramas que envolvem guerras multiversais, sequestros e esquemas para destruir o universo – que se repetem várias vezes -, as ameaças na série parecem sempre escalar, nos lançando vez após outra em direção à ameaças. Vale lembrar que Fringe foi o último trabalho da carreira do brilhante ator Leonard Nimoy.

    Fringe pode ser assistida na HBO Max.

    3. The Expanse (2015) 94%

    Ficção-científica

    The Expanse é ambientada centenas de anos no futuro, em um momento em que a humanidade partiu para colonizar o sistema solar. Neste ponto, Marte se tornou uma força militar independente. Enquanto as tensões entre Marte e Terra só aumentam, o Cinturão de Asteroides, agora povoado se torna uma importante força na luta contra a Terra.

    O que mais me cativa em The Expanse é o quão realista a série é em termos científicos. Sendo ambientada em um momento em que viagem por dobra ainda não é possível. A série nos lança por diversos caminhos e nos mostra que independente de onde seus personagens nasceram, suas intensões, tensões e motivações são mais humanas do que se é de esperar.

    Muito diferente de Star Wars, Star Trek ou até mesmo Duna, The Expanse nos apresenta uma ficção científica verossímil de acordo com o que conhecemos hoje sobre o espaço mapeado da nossa galáxia. Sem qualquer tipo de raças alienígenas, a série cresce a todo momento em torno de tramas políticas e plots que nem sempre se fecham sobre si, mas que nos fazem entender e simpatizar com suas motivações e crescimento – tirando o arrombado do Marco Inaros.

    As 6 temporadas de The Expanse podem ser assistidas no Prime Video.

    2. Star Trek (1966) – 80%

    Ficção-científica

    Star Trek foi criada por Gene Roddenberry, assim como Além da Imaginação, a série nos apresentava elementos reais, porém de forma lúdica. Apresentando tramas que nos remetiam à Guerra Fria, a série colocava raças alienígenas em papéis de ameaça, mas não apenas isso. A série foi responsável por colocar uma das primeiras mulheres negras no ar em um papel de destaque, tendo a atriz Nichelle Nichols dado vida à personagem Uhura.

    Ambientada no século XXIII, a série aborda a tripulação da nave Enterprise em sua missão de formar a Federação Unida de Planetas, com o objetivo de desbravar o cosmos. Star Trek ganhou diversos spin-offs e além de suas três temporadas, a tripulação da Enterprise reprisou seu papel em mais 6 filmes da franquia.

    Star Trek the Original Series pode ser assistida na Netflix.

    1. Doctor Who (1963) – 90%

    Em 2023, Doctor Who completará 60 anos no ar. Tendo sido lançada originalmente em 1963, a série foi criada com objetivos educacionais, mas ao longo dos anos que viriam, acabou inveredando completamente na ficção científica. A série originalmente contava a história do Doutor, que com sua neta e seus companheiros viajavam pela galáxia ensinando ciência básica aos espectadores.

    Com o passar dos anos, e 13 encarnações do Doutor, a série passou a inovar e suas histórias abordavam muito mais do que ciência. Ainda que tenha sido interrompida ao longo dos anos 90, Doctor Who é considerada uma das séries mais duradouras de tv. Isso porque a série continuou por meio de livros e filmes. Em 2005, a série teve seu revival e apresentou o ator Christopher Eccleston no papel do Nono Doutor.

    Ainda que Eccleston tenha dado vida ao Doutor em apenas uma temporada e não seja um dos doutores favoritos do grande público, Doctor Who ocupa um lugar de imensa importância no meu coração de fã.

    A 13ª Temporada de Doctor Who pode ser assistida no GloboPlay.

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    CRÍTICA – A Hora do Desespero (2022, Phillip Noyce)

    A Hora do Desespero já está disponível nos cinemas de todo o Brasil. Lançamento da Paris Filmes, o longa é protagonizado e produzido por Naomi Watts.

    Confira abaixo nossa crítica sem spoilers.

    SINOPSE

    Amy Carr (Naomi Watts) sai para o que devia ter sido uma corrida matinal restauradora, quando uma amiga liga com notícias terríveis: a escola local que o filho de Noah (Colton Gobbo) frequenta foi sitiada por um atirador.

    ANÁLISE

    A Hora do Desespero é uma produção que utiliza de poucas locações e poucos personagens. Totalmente ancorada na atuação de Naomi Watts, a produção acompanha a sua personagem, Amy Carr, tentando chegar até um abrigo local para tentar reencontrar o seu filho.

    Sem carro e longe do local de destino, Amy precisa obter informações sobre a situação de Noah, que é feito refém em uma escola durante um tiroteio. Portanto, ela passa a telefonar para diversas pessoas que possam auxiliá-la, ao mesmo tempo em que ela tenta chegar ao local do massacre.

    A dinâmica de A Hora do Desespero se assemelha muito a produções desenvolvidas em formato de áudio (podcasts), já que Amy passa o tempo todo tentando contatar essas pessoas por telefone. Todo o desenrolar da história se deve a essas trocas, sendo elas as responsáveis por tentar criar o tom de tensão e angústia da produção.

    A atuação de Naomi Watts não é só a peça principal, mas sim toda a base do filme, exigindo da atriz um grande esforço para manter o espectador entretido ao longo dos 85 minutos de duração. Entretanto, nem todo o empenho da atriz consegue surtir algum efeito.

    Talvez o grande problema de A Hora do Desespero não seja seu formato, mas sim o quão previsível é o roteiro. Os acontecimentos são tão comuns e pouco inspirados que é difícil realmente se surpreender em algum momento da trama. Até o grande “twist” que acontece na metade do segundo ato é clichê e batido.

    Com um tema tão oportuno e importante, principalmente nos Estados Unidos, o longa de Phillip Noyce perde a oportunidade de explorar possibilidades e criar algo realmente satisfatório.

    VEREDITO

    Com poucos momentos memoráveis, A Hora do Desespero tem apenas Naomi Watts como ponto positivo. Ao optar por caminhos pouco inspirados, a produção perde oportunidades e entrega um suspense morno.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Assista ao trailer:

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    TBT #180 | Chumbo Grosso (2007, Edgar Wright)

    Chumbo Grosso é o segundo filme da trilogia do Cornetto de Edgar Wright que teve início em Todo Mundo Quase Morto de 2004. O filme nos apresenta Nicholas Angel (Simon Pegg) como um policial londrino que é certinho demais. E que por se destacar entre os membros de sua corporação, foi mandado para a vila interiorana de Sandford.

    Ao chegar em Sanford, as coisas parecem mais tranquilas do que seria considerado normal. E tudo muda quando mortes suspeitas começam a acontecer.

    SINOPSE

    Nicholas Angels, um policial de Londres, é transferido para a pacata vila britânica de Sandford e estranha o sossego do local. No entanto, essa tranquilidade está para acabar quando alguns moradores morrem em acidentes sinistros.

    ANÁLISE

    Chumbo Grosso

    A direção característica de Edgar Wright que mais tarde passaria a ser conhecida pelo grande público é um dos mais interessantes destaques do filme. Com cortes dinâmicos e transições incríveis, o filme já se destaca em seus primeiros momentos.

    Com um enredo um tanto genérico, o filme nos apresenta uma conspiração incrível de se desvendar e nos lança por uma trama divertida, com o típico humor que só o retorno da parceria entre Simon Pegg e Nick Frost é capaz de fazer. Chumbo Grosso é um dos filmes que passaram a definir a carreira de Edgar Wright, e ainda que não tão experimental como o blockbuster lançado em 2017, Em Ritmo de Fuga, vemos nele alguns elementos que seriam referenciados no terceiro filme da trilogia do Cornetto, Heróis de Ressaca. Mas não apenas neles.

    Chumbo Grosso é divertido e nos lança por uma história que te desafia a descobrir seus detalhes e seus mistérios. Enquanto joga pistas ao longo da trama, o filme nos permite ser por mais de 120 minutos investigadores e não apenas espectadores. Enquanto lança por todo canto dicas e elementos narrativos que nos permitirão decifrar o destino da trama, o filme se mostra imensamente feliz em suas escolhas criativas.

    VEREDITO

    Chumbo Grosso é divertido do início ao fim e a direção de Edgar Wright e as atuações de Simon Pegg e Nick Frost, e até mesmo a de um ex-007 como Timothy Dalton o fazem ser a loucura que ele é. O filme nos leva por diversos lugares e essas viagens fazem parte da diversão, mas não apenas isso, elas o permitem fazer dele o que ele é.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Chumbo Grosso está disponível na Netflix.

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    CRÍTICA – Policial ou Bandido: O Enigma de Eirik Jensen (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Policial ou Bandido: O Enigma de Eirik Jensen (Mr. Good: Cop or Crook?, em inglês) é uma docussérie de true crime original da Netflix com 4 episódios.

    Dirigida por Trond Kvig Andreassen e Ragne Riise, a produção documental foi lançada em 3 de junho de 2022 e retrata um dos crimes mais complexos e chocantes da história da Noruega.

    Leia nossa análise sem spoilers.

    SINOPSE

    Um renomado policial norueguês suspeito de traficar drogas deixa os investigadores na maior dúvida: será que ele é um bom policial ou um grande criminoso?

    ANÁLISE DE POLICIAL OU BANDIDO: O ENIGMA DE EIRIK JENSEN

    As histórias de Eirik Jensen e de seu julgamento são situações daquelas que você não acredita no que está vendo. Entre tantos pontos que chamam atenção nesse famoso caso da Noruega, talvez o mais incrível seja perceber que essa história aqui no Brasil estaria longe de ser chocante.

    É importante se distanciar um pouco do contexto sociocultural brasileiro para melhor compreender o impacto dessa história na sociedade norueguesa. A narrativa desse curto seriado documental ajuda a fazer isso.

    A docussérie Policial ou Bandido: O Enigma de Eirik Jensen é muito efetiva em sua narrativa. Isso se deve principalmente ao fato de ser praticamente todo baseada em entrevistas com fontes relevantes relacionadas a todos os lados da história.

    Os dois primeiros episódios são bastante dedicados a explicar os detalhes da atuação da polícia norueguesa com informantes, além de mostrar como as pessoas percebiam a personalidade e a conduta de Eirik Jensen. De modo resumido, informantes são criminosos que aceitam essa posição “secreta” para auxiliarem as autoridades a pegarem outros bandidos e, assim, reduzirem suas penas.

    Existem regras que os policiais devem seguir para que a atuação com informantes sejam feitas com ordem e transparência. No entanto, o perfil de Eirik Jensen nunca foi de seguir regras. E as fontes entrevistadas sempre deixam isso bem evidente.

    É realmente complexo e, de certa forma, fascinante essa história. A docussérie também me fascinou por parecer muito desafiador construir a narrativa de modo coeso, sem julgamentos por parte da equipe de documentaristas e com uma montagem que não se perca na linha do tempo. E Policial ou Bandido: O Enigma de Eirik Jensen obteve êxito em todos esses pontos.

    Aliás, linha do tempo é uma palavra-chave para a narrativa, o que torna o resultado ainda mais notável.

    Embora a produção seja amplamente construída a partir de entrevistas com dezenas de fontes, o uso de imagens genéricas é um tanto excessivo. No último episódio isso é um pouco incômodo, mas nada que prejudique o desenrolar dos fatos.

    Você pode olhar para a quantidade de episódios e a duração de cada um (55 minutos em média) e pensar que se trata de uma minissérie. Até poderia ser, mas como é um caso totalmente fora da curva, não é de se duvidar que novos acontecimentos resultem em mais temporadas de Policial ou Bandido: O Enigma de Eirik Jensen.

    Isso fica bem evidente na virada do terceiro episódio para o quarto.

    Um ponto negativo do último capítulo é a falta de registros do que ocorreu nos julgamentos apresentados. Após vermos as audiências do primeiro julgamento em detalhes, acaba sendo estranho os demais terem pouco aproveitamento.

    Outro aspecto que merece atenção, mas da Netflix apenas, diz respeito às legendas.

    Essa é mais uma produção documental em idioma estrangeiro que não identifica a maioria das fontes. Os nomes e cargos aparecem em norueguês, mas a legenda não traduz as informações.

    Já havia apontado isso no documentário coreano Cyber Hell: Exposing an Internet Horror (2022), e agora mais um caso igual. Isso prejudica muito a experiência, especialmente por não ter como saber facilmente a relevância das fontes ouvidas.

    VEREDITO

    Policial ou Bandido: O Enigma de Eirik Jensen é uma série essencial para amantes de true crime e profissionais da área do Direito. Também é uma ótima opção de entretenimento que compensa o tempo investido, pois essa história que ainda choca a Noruega é surreal demais e merece ser assistida.

    Além, claro, dos méritos da produção, que construiu muito bem a narrativa ouvindo fontes muito importantes e montou tudo com muita eficiência.

    Nossa nota

    4,8 / 5,0

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