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    CRÍTICA – Os Sete (2016, André Vianco)

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    Uma caravela portuguesa naufragada há mais de 500 anos é descoberta no litoral brasileiro. Dentro dela, uma estranha caixa de prata lacrada esconde um segredo; apesar do aviso grafado, com a recomendação de não abri-la, a equipe de pesquisadores, junto com os mergulhadores que a descobriu decidem seguir em frente e encontram sete cadáveres. Esses corpos misteriosos são levados para estudos e a situação parece estar sob controle até o despertar do primeiro d’Os Sete.

    ANÁLISE

    O livro do paulista André Vianco, foi lançado originalmente em 2000 de forma independente e logo se tornou um best-seller, o que rendeu a continuação intitulada Sétimo; além de outros livros.

    Em Os SeteVianco atualiza o mito dos vampiros ao apresentar aos leitores seres poderosos dotados de características únicas, mas com a já conhecida natureza monstruosa e sanguinária.

    O livro que eu já conhecia fazia muito tempo, infelizmente nunca tive me dado a oportunidade de lê-lo; E após 20 anos do seu lançamento original, tive uma grata surpresa ao receber o exemplar da Editora Aleph.

    A nova edição chama atenção já pela bela ilustração de capa feita por Rodrigo Bastos Didier onde podemos notar os vampiros do título. Mas para os que não gostam de spoilers, durante a leitura é fácil perceber que a ilustração tem um possível grande spoiler da trama.

    VEREDITO

    Os Sete é um bom livro de vampiros e faz jus ao sucesso que André Vianco merecidamente conquistou. A obra não é perfeita, já que tem suas pontas soltas com perguntas sem respostas e cortes abruptos de sequência; por outro lado, a escrita de Vianco é fluida e prazerosa. 

    Mesmo que seja impossível não comparar os vampiros do autor com os X-Men, ao trazer os vampiros portugueses do período das grandes navegações e descobrimento do Brasil aos dias atuais e situá-los em cidades como Porto Alegre e Osasco, Vianco cria algo totalmente novo para nós tupiniquins já tão acostumados com os vampiros hollywoodianos.

    Além da fácil leitura da escrita do autor, é divertida a descoberta dos seculares vampiros lusitanos após acordarem na ex-Ilha de Vera Cruz e que o Brasil e seus brasileiros evoluíram significativamente nesses 500 anos anos de descobrimento, além da emancipação do extinto Império Português.

    Achei extremamente interessante termos as representações culturais dos gaúchos em seus diálogos com palavras como bah, tchê, barbaridade, bem como as lusitanas como ó pá, gajo e muitas outras.

    Mas não se engane, apesar do cenário ser aqui no Brasil, André Vianco faz bem o dever de casa ao nos apresentar vampiros assassinos e que abraçam sua natureza monstruosa.

    Sim, aqui o gore está presente e o número de vítimas das presas e garras desses seres não são baixos. Prepare-se para muito sangue ao virar das páginas.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Editora: Aleph

    Autor: André Vianco

    Páginas: 429



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    Célere: Conheça um dos gêmeos da Feiticeira Escarlate

    Thomas (Tommy) Shepherd ou mais conhecido como Célere (Speed, no original) é um velocista da Marvel Comics, filho de Wanda Maximoff e VisãoTommy foi criado por Allan Heinberg e Jim Cheung e sua primeira aparição foi nos quadrinhos Jovens Vingadores #10 em fevereiro de 2006.

    ORIGEM

    Thomas Shepherd foi criado – junto com seu irmão – inicialmente pela Feiticeira Escarlate, mas após o colapso da mutante, Mephisto os retirou de Wanda e suas almas foram para outros corpos.PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Wiccano: Conheça o filho da Feiticeira EscarlateEm um novo corpo, Thomas nasceu em Springfield, New Jersey como o único filho de Frank e Mary Shepherd, que após um tempo se divorciaram. Anos mais tarde, os Jovens Vingadores precisavam de ajuda para encontrar Hulkling que havia sido sequestrado por Kl’rt, o Super-Skrull.Wiccano e o resto da equipe usaram um programa desenvolvido por Visão e o Rapaz de Ferro que localizava adolescentes e jovens com habilidades e poderes especiais.O jovem é encontrado em uma instalação do governo para jovens super-dotados localizada em Springfield chamado de “Salão Juvenil”; onde por fora parece ser apenas um reformatório, porém é bem protegida e equipada com tecnologia avançada ofensiva e defensiva, como trajes robóticos e células de contenção de amortecimento de energia.Tudo sobre WandaVision, série do Universo Marvel original do DIsney+Visão especula que Tommy foi preso por ordem do tribunal, porque “acidentalmente” vaporizou sua escola. Quando o libertam de sua cela, é imediatamente notado que Tommy, é um speedster e tem uma semelhança impressionante com Billy (gêmeo) e Pietro Maxmoff, inclusive compartilhando a mesma cor de cabelo e habilidades semelhantes de Mercúrio. Ao encontrar os policiais da instalação, Tommy Shepherd motivado por sua sede de vingança e justiça, atua de forma cínica e cruel ao atacar os policiais e médicos em fuga, afirmando que esteve preso por meses e que durante esse tempo foi testado e experimentado com o objetivo de torná-lo uma arma viva. Gaviã Arqueira (Kate Bishop) e Patriota conseguem detê-lo e convencê-lo a se juntar a eles para resgatar Hulkling do Super-Skrull.PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Quem é Kate Bishop?

    PODERES E HABILIDADES

    Tommy herdou os poderes do seu tio Pietro Maximoff e desenvolveu outros que envolvem velocidade. Ele é um mutante com o poder de se mover e acelerar a velocidades muito além das dos seres humanos normais. Sua fisiologia foi projetada para se mover em alta velocidade, o que também lhe confere reflexos sobre-humanos, agilidade e durabilidade. Essa durabilidade é limitada às forças de impacto, portanto, balas, explosões de energia e outros ataques perfurantes são capazes de prejudicá-lo.Embora sua velocidade máxima seja desconhecida, ele pode exceder a velocidade do som (cerca de 1.225 km/h) e resistir aos efeitos do atrito, oxigênio reduzido e impacto cinético enquanto se move a essas velocidades.Célere também pode gerar vibrações hipercinéticas que aceleram as moléculas da matéria, fazendo explodir qualquer objeto sólido para o qual direcione suas vibrações. A mente de Tommy Shepherd é capaz de operar em um estado acelerado, permitindo-lhe ler em super velocidade e lembrar de tudo que viu.

    EQUIPES

    Durante a missão de resgate de Hulkling pelos Jovens VingadoresTommy após se unir ao grupo assume o codinome Célere.PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Hulkling: Conheça a história do Jovem Vingador que se tornou ImperadorO jovem mutante também já fez parte dos Vingadores ao ser nomeado um Vingador Honorário pelo Capitão América em Vingadores: A Cruzada das Crianças #9 depois de seu período como Jovem VingadorCélere também fez parte de um grupo “familiar” chamado de A Casa de Magnus após Magneto conseguir abolir a perseguição mutante dos homo-sapiens e substituir seus governos por seu próprio governo. A Casa de Magnus foi criada por Brian Michael Bendis e Olivier Coipel e apareceu pela primeira vez na HQ House of M # 2 e era formada por MagnetoFeiticeira EscarlateMercúrio, CélereWiccanoPolaris. PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Conheça Polaris, a filha de MagnetoTommy também fez parte dos Vingadores Secretos, grupo montado pelo Capitão América durante a Guerra Civil, que era uma organização clandestina de heróis que resistiam ao Ato de Registro Super-Humano.

    RELACIONAMENTOS

    Logo quando Célere começou a fazer parte dos Jovens Vingadores, teve um relacionamento que não durou muito com Kate Bishop (Gaviã Arqueira), mais tarde, Thomas e o mutante Prodígio fizeram uma participação especial no arco Guerra do Amor Secreto onde os dois aparecem se beijando. Na HQ one-shot, Lords of Empyre: Emperor Hulkling, traz Prodígio e Célere ​​para o cânone como um casal gay saindo para beber com Hulkling, que os descreve dizendo:Sempre tomam exatamente um gole e meio e começam a namorar.”

    OUTRAS MÍDIAS

    Thomas Shepherd infelizmente só teve aparições nos quadrinhos da Marvel Comics e no game LEGO Marvel’s Avengers, mas é possível que ele apareça na série WandaVision que estreia no Disney+ em janeiro de 2021.LEIA TAMBÉM: Conheça Wanda Maximoff, a Feiticeira EscarlateConheça Visão, o sintozoide da Marvel Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA – Tudo Bem no Natal que Vem (2020, Roberto Santucci)

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    Tudo Bem no Natal que Vem é o mais novo longa brasileiro da Netflix e é estrelado por Leandro Hassum (O Candidato Honesto).

    SINOPSE

    Jorge (Leandro Hassum) é um homem amargurado com o Natal, pois seu aniversário é no mesmo dia do evento e ele sempre foi escanteado pela data.

    O avô de sua esposa Laura (Elisa Pinheiro), lhe lança uma maldição e agora Jorge acorda sempre no dia 24 de dezembro, não conseguindo se lembrar do que aconteceu no ano inteiro.

    ANÁLISE

    Tudo Bem no Natal que Vem é o Click brasileiro. Explico: um protagonista que não liga muito para momentos especiais com sua família e que liga muito mais para os estresses do cotidiano. Leandro Hassum emula Adam Sandler em seu papel, pois até sua atuação é parecida com o estilo mais pitoresco e gritão em diversos momentos.

    O longa tem um roteiro interessante, pois aborda o Natal como um momento de redenção. O fato de não olharmos para quem amamos ou para nós mesmos é algo muito perspicaz por parte do roteiro.

    Algumas questões do texto não fecham, pois se o personagem tem a condição de não lembrar em um ano o que fez o torna o candidato perfeito para ser um canalha, algo explorado pelo filme. O roteiro força a barra em alguns momentos, uma vez que não se sustenta por tanto tempo sem o carisma dos personagens.

    A obra nos mostra as consequências de viver no automático. Em alguns momentos, temos cenas emocionantes e de grande atuação dos atores. Os destaques vão para Hassum, Danielle Winits e Arianne Botelho que entrega o melhor momento de Tudo Bem no Natal que Vem com Leandro Hassum.

    O fato de mostrar o Natal brasileiro como ele é também é uma das virtudes do filme, junto com a piada de quem nasce no dia 24 ou 25 de dezembro que tem que dividir a data com um dos maiores eventos da humanidade.

    VEREDITO

    Tudo Bem no Natal que Vem mostra o Natal mais brasileiro de todos os tempos, pois aproveita todas nossas tradições. Com um timing cômico bom e um pouco de exagero por parte dos personagens, o longa é irregular em alguns momentos, mas passa a mensagem necessária para um ano tão difícil como o de 2020.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer Tudo Bem no Natal que Vem:

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    CRÍTICA – Alguém Avisa? (2020, Clea DuVall)

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    Alguém Avisa? é um longa natalino dirigido por Clea DuVall (A Intervenção) e é estrelado por Kristen Stewart (As Panteras).

    SINOPSE

    Abby (Kristen Stewart) é uma cuidadora de animais que namora Harper (Mackenzie Davis) uma jornalista talentosa. Harper convida Abby para passar o Natal na casa de sua família, todavia, não conta aos pais e irmãs que é homossexual, causando grandes confusões para as duas.

    ANÁLISE

    Alguém Avisa? É o tipo de longa no qual o constrangimento é a veia humorística. As piadas em torno das situações se baseiam em pequenas humilhações, principalmente por conta da reputação.

    O longa tem o intuito de trazer reflexões sobre aceitação, uma vez que além da questão da homossexualidade, temos também os conceitos de família perfeita e rivalidade entre irmãs.

    O problema está na construção dos personagens. Harper tem medo de decepcionar os pais e o longa dá inúmeras oportunidades para ela sair das amarras do preconceito e do peso em suas costas por conta de sua natureza. As atitudes dela são, no mínimo, questionáveis ao deixar de lado sua amada para focar tanto em sua imagem de filha sem defeitos.

    Abby, por sua vez, é forte e durona, mas não tem aquela paciência ingênua. Por mais que em alguns momentos não concordemos com suas escolhas, conseguimos entender também que ela está em uma situação extremamente difícil causada por sua parceira e quando precisa agir, Abby é coerente demais.

    As outras duas irmãs da família são exageradas e caricatas, pois o roteiro tenta mostrar que elas sofrem com o protagonismo da irmã do meio (Harper). Sloane (Alison Brie) é a mais velha que largou uma carreira promissora no Direito para ser uma mãe exemplar. Já Jane (Mary Holland) é a “esquisitona” por ser solteira e nerd, algo que é bastante controverso para um filme de 2020. 

    Aliás, as problemáticas de Alguém Avisa? deixam a desejar pelo simples fato de serem muito batidas atualmente. Por mais que tenhamos uma onda forte de conservadorismo e ignorância das pessoas, a aceitação por parte do papel da mulher e dos homossexuais tem aumentado bastante, algo que é extremamente positivo. Para mim, particularmente, causou bastante desconforto retratar as personagens de forma tão caricata, mesmo que esta seja a premissa do longa. Por mais que não seja meu local de fala, acredito que o tema poderia ser retratado com mais qualidade.

    ALGUÉM AVISA QUE O DAN LEVY ESTÁ AQUI?

    Entretanto, algumas mensagens são fortes no longa. John, interpretado de forma incrível por Daniel Levy (Schitt’s Creek) é o melhor personagem, pois faz as indagações que gostaríamos de fazer, além de trazer a mensagem mais bonita de todo o filme sobre a questão de como recebemos amor e aceitação de quem mais nos deveria proteger que são nossos pais. Ao mostrar que ao “sair do armário” os homossexuais podem receber afeto ou repulsa nos mostra também a realidade difícil de pessoas que apenas querem ser amadas, não interessando quem é seu parceiro.

    VEREDITO

    Alguém Avisa? É um longa divertido, mas que traz uma mensagem ambígua em 2020. Por mais que tenhamos lindas mensagens de amor e que as coisas se resolvam bem, algumas escolhas de roteiro são questionáveis. Entretanto, o longa é uma boa pedida para quem busca um filme de Natal um pouco diferente pela questão da diversidade.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer de Alguém Avisa?:

    https://www.youtube.com/watch?v=OX2KysLFLI0

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    CRÍTICA | Mulher-Maravilha 1984 (2020, Patty Jenkins)

    Não é tão fácil fazer com que uma sequência encontre a sua própria identidade. É necessário (re)estabelecer conceitos e criar conexões sobre o protagonista com elementos que sejam simbólicos, significativos e claro, marcantes para aquele universo. É nessa missão que a diretora Patty Jenkins se encontra para entregar uma nova aventura à princesa das amazonas em Mulher-Maravilha 1984. Dessa vez, em mundo estabelecido por novas questões sociais, políticas e desejos pessoais que tem muito a dizer sobre a humanidade.

    SINOPSE

    Ao contrário do primeiro longa, a trama mostra Diana Prince (Gal Gadot) vivendo na década de 1980 e já ambientada com o mundo fora de Themyscira. Agora a heroína trabalha como arqueóloga de um museu em Washington D.C. e ainda tenta lidar com a perda de Steve Trevor (Chris Pine).

    No mesmo ambiente de trabalho, Diana acaba conhecendo a geóloga e pesquisadora Barbara Minerva (Kristen Wiig), responsável por estudar alguns artefatos que estavam sendo comercializados ilegalmente. E uma dessas peças tem o poder de conceder um desejo a quem a segura. Por isso, obviamente, se torna alvo de muita cobiça.

    E é nesse momento que também somos introduzidos a conhecer o antagonista principal Max Lord (Pedro Pascal), um vigarista que está prestes a declarar falência da sua empresa petrolífera, mas com a descoberta da pedra valiosa, seus planos estão prestes a mudar de rumo.

    LEIA TAMBÉM:

    Mulher-Leopardo: Conheça a vilã do novo filme da Mulher-Maravilha

    Mulher-Maravilha 1984: Conheça a Armadura da Águia Dourada

    ANÁLISE

    O roteiro escrito pela própria Patty Jenkins em parceria com Dave Callaham e Geoff Johns (chefe criativo da DC) faz um bom trabalho ao conciliar sequências de ação ambiciosas com o desenvolvimento emocional de seus personagens, que enfrentam riscos maiores e conflitos mais complexos. A palavra-chave é o desejo pessoal que existe em cada um de nós e do que podemos abrir mão para realiza-lo.

    A filosofia nos ensina que o desejo é uma força que se dirige a um fim o qual é considerado, pela pessoa que a contém, uma fonte de satisfação que pode ser consciente/inconsciente ou reprimida. Por outro lado, a vontade é a capacidade fantástica de querer, de, com liberdade, praticar ou deixar de praticar uma ação sob o comando da razão. E é neste ponto que o filme quer chegar: o limite do certo e errado para se conseguir o que quer.

    Aqui, todos têm motivações claras e que fazem sentido com a forma que o roteiro está contido na trama. Porém, um ponto que talvez incomode são as soluções fáceis usadas para que os personagens possam ir do ponto A ao B de forma extremamente prática.

    A volta não gratuita de Steve Trevor representa grande dilema para a protagonista, marcando um amadurecimento necessário para a personagem. Nessa sequência podemos acompanhar e evidenciar a evolução de Gal Gadot como atriz, agora com mais responsabilidade por também assinar como produtora do longa. Seu carisma, humanidade, valentia e todos os elogios possíveis compõem perfeitamente o semblante de quem Diana de fato representa.

    CRÍTICA - Mulher-Maravilha 1984 (2020, Patty Jenkins)

    Uma adversidade presente é a duração do filme (2h35min), que em algum momento se alonga demais em acontecimentos inócuos, como em todo o arranjo passado em um momento específico que acontece no Egito. É algo que poderia ter sido abreviado sem maiores consequências para a trama.

    Analisando detalhadamente, houve uma ausência de embates mais impactantes, coreografias e takes de câmeras que valorizassem as lutas e a própria Diana. O CGI em alguns momentos não favorece tanto as cenas de ação, mas ainda sim toda a dinâmica breve funciona de modo geral.

    Em relação aos vilões, o destaque fica com Max Lord, interpretado por Pedro Pascal, que apresenta a dualidade de um personagem complexo, cheio de variáveis capazes de enveredar por caminhos diferentes, sejam do bem ou mal. Já Kristen Wiig como Mulher-Leopardo, possuiu uma boa apresentação, mas a antagonista clássica da Mulher-Maravilha merecia uma origem mais honrada e com embates marcantes que mostrasse o seu verdadeiro potencial como vilã, com direito a uma transformação de Barbara até a sua forma felina, mas que infelizmente não presenciamos no filme.

    CRÍTICA - Mulher-Maravilha 1984 (2020, Patty Jenkins)

    A trilha sonora de Mulher-Maravilha 1984, orquestrada pelo lendário Hans Zimmer, chega mais uma vez para tornar tudo ainda mais épico. Entretanto, por ser um filme ambientado nos anos 80, faltou a ‘ousadia’ em adicionar clássicos hits oitentistas que poderiam ter funcionado em diversos momentos do longa.

    De qualquer forma, Zimmer compensa em uma cena específica adicionando uma faixa do filme Batman vs. Superman: A Origem da Justiça em um momento extremamente simbólico e relevante para a trama.

    Como primeira franquia de heróis protagonizada por uma mulher, Mulher-Maravilha 1984 não deixa de tocar em pontos importantes ligados ao feminismo e essenciais no contexto atual. Patty Jenkins traz mais uma vez esse ponto crucial, assim como no primeiro filme, sobre a importância do empoderamento feminino e nas questões sociais sobre o tema.

    VEREDITO

    CRÍTICA - Mulher-Maravilha 1984 (2020, Patty Jenkins)

    Mulher-Maravilha 1984 aprende com as críticas de seu excelente predecessor, apresentando um final muito mais contido (e rápido) em comparação com o extravagante terceiro ato do primeiro filme.

    A direção de Patty Jenkins em conjunto com o roteiro poderia ter se beneficiado de um pouco mais de trabalho com os personagens, de ritmo mais preciso e de conclusões, além de um visual cinematograficamente mais marcante acompanhada de uma trilha sonora que tinha tudo para ser memorável.

    Apesar das falhas e da falta de ousadia, o filme se sai bem ao mostrar o conflito entre os valores contemporâneos e as filosofias da nossa heroína virtuosa, onde Gal Gadot mais uma vez transborda carisma e representa a verdade em um mundo superficial e sabe que deve escolher o altruísmo mesmo quando a cultura prega a ganância ao nosso redor.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer:

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    Call of Duty: Warzone | Como jogar na Rebirth Island, o novo mapa

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    Se você está imaginando como chegar na Rebirth Island para poder aproveitar o novo mapa em Call of Duty: Warzone, não se preocupe, para isso, precisamos jogar no modo Trios de Ressurgência no menu. E também é fácil de descobrir como chegar lá, quando você sabe onde ir.

    A Rebirth Island é um novo mapa, e ele é pequeno. Ele também é parte do evento sazonal, então não sabemos quanto tempo durará, então com isso em mente, vamos explicar como chegar lá, enquanto ainda podemos.

    Esperamos que você não tenha grandes problemas, como o código de erro de Cold War Zed 398 swift clover ou o código do Warzone dev error 5476, mas se você tiver esses problemas, também poderemos te ajudar.

    Como jogar na Rebirth Island em Warzone?

    Rebirth

    Apesar da enorme parte do evento Rebirth do menu do game, como é de se esperar, deve te dar acesso à Rebirth Island. Isso na verdade não te ajudará a chegar a lugar algum, ela apenas lista as recompensas e desafios que você pode desbloquear.

    Atualmente, a única forma de jogar na Rebirth Island é selecionando a opção Trios de Ressurgência.

    Esse modo muda algumas coisas, como a recolocação no mapa e algumas outras regras para mudar a gameplay nesse pequeno mapa. Por exemplo, assim como respawns grátis, você encontrará caixas de suprimento reutilizáveis, e mortes inimigas mostrarão o número de membros da equipe opositora no mapa por um curto período de tempo.

    Esteja preparado para alguns combates de curta distância, já que a ilha é relativamente menor que Verdansk. Por causa do tamanho do círculo também fechar em uma velocidade muito maior, então não fique confortável na sua posição.

    Se prepare para muitos confrontos a média distância e não se esqueça que caixas de suprimento podem ser reutilizadas, o que significa que você pode pegar equipamentos enquanto você estiver vivo.

    Rebirth

    Apesar dos Trios de Ressurgência ser a única forma de ter acesso a ilha no momento, nós sabemos que outras opções serão lançadas (equipes de quatro jogadores parecem uma provável próxima opção).

    Se você não conseguir encontrar a Rebirth Island, então procure saber se ilha não está disponível em outra opção.

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