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    Anaconda: Franquia ganhará reboot

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    Os estúdios de cinema estão mais uma vez olhando para o passado ao planejar projetos para o futuro, e a Columbia Pictures está procurando criar uma reinicialização do filme Anaconda, de 1997.

    Evan Daugherty, que escreveu anteriormente Branca de Neve e o Caçador e o reboot de Tomb Raider, foi chamado para escrever o roteiro. Nenhum outro cineasta está envolvido no momento.

    O estúdio garante que essa nova visão de Anaconda não será apenas um remake do filme original, mas, em vez disso, pretende repensar o conceito para o público moderno.

    No filme original, uma equipe viaja para as profundezas da Amazônia em busca dos misteriosos índios Shirishama para a produção de um documentário, mas acabam lutando com uma cobra gigantesca e insaciável que aperta sua presa até a morte, a come por inteiro, a regurgita e depois a come novamente.

    Embora o filme tenha recebido críticas ruins da crítica especializada, com o Rotten Tomatoes calculando 40% de críticas positivas o filme arrecadou US $ 136 milhões em todo o mundo com um orçamento de produção de apenas US $ 45 milhões. O filme também contou com vários atores cujas carreiras estavam começando a deslanchar, como Jennifer Lopez, Ice Cube e Owen Wilson, além de trazer o veterano ator Jon Voight para fazer uma de suas performances mais estranhas como o caçador de serpentes Paul Sarone.

    Apesar de estar longe de ser um “sucesso”, o filme ocupa um espaço muito específico no coração dos fãs de horror, pois estreou em um momento em que o CGI começava a ter destaque no mundo dos efeitos especiais, enquanto as criações práticas ainda eram o método mais econômico de dar vida às criaturas do cinema.

    Outro famoso filme de monstros daquele período foi Pânico no Lago, sobre um grupo de pesquisadores descobrindo que um crocodilo monstruoso estava morando em um remoto lago do Maine. Ambas as séries ganharam várias sequências, com as franquias chegando mesmo a se enfrentar no filme Pânico no Lago: Projeto Anaconda, de 2015.

    Fique de olho aqui no Feededigno para mais novidades do projeto.



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    Canário Negro: Conheça Dinah Laurel Lance

    Dinah Laurel Lance ou mais conhecida como Canário Negro, foi criada por Robert Kanigher e Carmine Infantino e teve sua primeira aparição em Justice League of America #75 em Novembro de 1969; já na Era Moderna ressurgiu em Justice League of America #219 (1983).

    ORIGEM

    Durante a Era de Ouro dos Quadrinhos o nome original da Canário Negro era Dinah Drake Lance, porém ela se casou com um policial da cidade de Gotham, Larry Lance e tiveram uma filha chamada Dinah Laurel Lance. O pai de Laurel morreu muito cedo e então sua mãe deixou de ser a Canário Negro para que pudesse dedicar sua vida a cuidar de sua filha.

    Laurel cresceu rodeada de heróis, amigos de sua mãe, que pertenciam a Sociedade da Justiça. Um dia Dinah Laurel descobriu que tinha um poderoso grito sônico que poderia destruir qualquer coisa. Inspirada pelo passado heroico de sua mãe, decidiu se tornar a Canário Negro, porém sua mãe não gostava da ideia e então, o Pantera (Ted Grant) lhe treinou secretamente.



    PODERES E HABILIDADES

    Considerada uma das heroínas mais eficazes da DC Comics, a Canário Negro é uma heroína muito forte e com grandes habilidades de luta. Além disso, Dinah tem o seu grito, nomeado “Grito da Canário” que é super poderoso. Com esse grito ela consegue quebrar os ossos de quem cruzar o seu caminho e na HQ Ponto de Ignição chega a utilizar esse grito para voar.

    CURIOSIDADES

    Durante seu treinamento e primeiros combates, Dinah Lance usava uma peruca loira para preservar sua identidade secreta, depois que entrou para as Aves de Rapina a mesma deixou de usar peruca e pintar o cabelo de castanho escuro natural, para o loiro.

    EQUIPES

    Dinah Laurel fez parte de uma equipe constituída somente por mulheres, as Aves de Rapina onde lutava ao lado de Oráculo, Batgirl, Caçadora e Mulher-Gato. Lady Shiva, Katana, Vixen e muitas outras também fizeram parte desse grupo com o passar do tempo.

    Canário Negro também é membro da Liga da Justiça.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | DC Comics: 10 personagens femininas que merecem um filme solo



    RELACIONAMENTOS

    Laurel e Oliver viveram um grande romance que resultou em um casamento, durante o casório o vilão Exterminador orquestrou um ataque com vários vilões e a cerimônia se tornou um campo de batalha porque havia muitos heróis presente.

    OUTRAS MÍDIAS

    Canário Negro já apareceu em diversos tipos de mídia, entre eles:

    Filmes

    • Justice League: The New Frontier;
    • DC Showcase: Green Arrow;
    • Justice League: Crisis on Two Earths e
    • Lego Batman Movie.

    TV

    • Legends of the Superheroes: No especial de TV de 1979, a personagem teve sua primeira versão live-action ao ser interpretada por Danuta Wesley;
    • Birds of Prey: Em sua segunda versão live-action a personagem é vivida pela atriz Rachel Skarsten;
    • Justice League;
    • Justice League Unlimited;
    • Batman: The Brave and the Bold;
    • Smallville: Provavelmente a melhor série de super-heróis nos anos 90, aqui a personagem tem sua estreia no episódio “Siren” da 7ª temporada e é vivida pela atriz Alaina Huffman;
    • Young Justice;
    • Arrowoverso (Arrow, The Flash e Legends of Tomorrow): Atualmente a CW fez o maior e mais bem sucedido universo de super-heróis da TV, principalmente ao unir várias séries da DC em seu “Arrowverso”. Aqui temos a atriz Katie Cassidy interpretando Laurel Lance/Canário Negro.
    • Vixen e
    • Justice League Action.

    Games

    • Justice League Heroes;
    • Justice League Heroes: The Flash;
    • Batman: the Brave and the Bold – The Videogame;
    • DC Universe Online;
    • Batman: Arkham City;
    • Lego Batman 2: DC Super Heroes;
    • LEGO Batman 3: Beyond Gotham;
    • Injustice: Gods Among Us;
    • DC Legends e
    • Injustice 2.

    Em breve Laurel Lance vai estrear no filme Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa sendo interpretada por Jurnee Smorllett-Bell ao lado de Arlequina, Caçadora, Cassandra Cain e Renee Montoya

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    Arlequina: Conheça a Palhaça Princesa do Crime

    Caçadora: Conheça Helena Bertinelli, das Aves de Rapina

    Conheça Cassandra Cain



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    Dungeons & Dragons: Diretores quebram silêncio sobre filme

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    O diretor Jonathan Goldstein quebrou o silêncio ao postar no Twitter uma foto de um roteiro, confirmando que ele e seu parceiro John Francis Daley estão trabalhando no roteiro do próximo filme de Dungeons & Dragons.

    Daley também provocou os fãs com seu envolvimento no filme quando no início deste mês, postou um par de dados de vinte lados no Twitter para comemorar o ano novo. Goldstein e Daley estão ligados ao filme desde Julho do ano passado, mas a declaração de Goldstein foi a primeira confirmação oficial de que os dois estavam trabalhando no próximo filme da Paramount. Anteriormente os dois dirigiram Game Night and Vacation e também escreveram juntos Homem-Aranha De Volta ao Lar e Horrible Bosses.

    O novo filme de Dungeons & Dragons espera aproveitar a popularidade da franquia de jogos, que viu um grande ressurgimento nos últimos anos. Impulsionado por um conjunto de regras simplificado e exposição dominante em programas como Stranger Things e The Big Bang Theory, o RPG de D&D cresceu exponencialmente nos últimos cinco anos. Tanto a Amazon Prime quanto a plataforma Peacock da NBC têm séries animadas em desenvolvimento baseadas nos programas populares de streaming Critical Role e The Adventure Zone, que usam o conjunto de regras da 5a. Edição de Dungeons & Dragons.

    D&D também se beneficia de uma enorme quantidade de conhecimento para extrair. Embora não seja tão popular quanto O Senhor dos Anéis ou a Game of Thrones, muitos fãs de fantasia estão familiarizados com o cenário de campanha de Forgotten Realms graças a jogos como Baldur’s Gate e a série de romances de RA Salvatore estrelado por Driz’zt, um famoso elfo negro. Agora resta saber se Jonathan Goldstein e John Francis Daley usarão esse cenário ou construirão seu próprio mundo do zero.

    Agora que Goldstein confirmou seu envolvimento com o filme Dungeons & Dragons, veremos se os anúncios de elenco chegarão em breve. O filme está programado para ser lançado em Outubro de 2021. Oremos para que dê tudo certo.



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    Deuses Americanos: Uma análise sobre a demissão de Orlando Jones, o Mr. Nancy

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    Na metade de Dezembro de 2019, a notícia de que Orlando Jones, responsável por dar vida a Mr. Nancy na série Deuses Americanos – transmitida pela emissora STARZ – havia sido demitido pegou muitos fãs, incluindo eu, de surpresa.

    Diante de uma situação desse tipo é sempre importante manter-se imparcial até que todos os motivos sejam apontados, pois quando se trata do “tribunal de internet” qualquer deslize resulta em um linchamento virtual. Porém a imparcialidade que busquei manter “morreu na praia” quando o real motivo por trás da demissão foi que a raiva do personagem que Orlando interpretava “manda uma mensagem errada para negros do Estados Unidos” – palavras da equipe responsável por dirigir a série.

    Para entender melhor isso vamos voltar para a primeira temporada de Deuses Americanos, lá em meados de abril de 2017.

    Para quem não está familiarizado, a série é baseada em um romance publicado em 2001, pelo autor Neil GaimanSandman, Marvel 1602, Coraline, Lugar Nenhum. O romance é uma mistura perfeita entre drama e fantasia com uma pegada mitológica, porém um pouco mais moderna. Em resumo, a premissa da obra é que deuses e criaturas mitológicas existem porque humanos acreditam neles. Porém, a medida em que os anos se passam as crenças de seus adoradores diminuem, por conta disso novos deuses começam a surgir e diante disso uma guerra está preses a acontecer.

    Mr. Ibis, deus egípcio Thoth – Deus do conhecimento, da sabedoria e da escrita, da música e da mágica. Mr. JaquelAnúbis, Deus dos mortos e responsável por guiar a alma dos mortos no submundo. BilquisRainha de Sabá Deusa que representa o amor. Czernobog, Deus da morte da mitologia eslava. Irmãs Zorya representam a Estrela da Manhã e Estrela da Noite – na cultura eslava são duas irmãs, já na série existem três, a última representa a Estrela da Meia-Noite. Jinn que não é um Deus e sim um Ifrit do Oriente Médio. Mad Sweeney que é um Leprechaun. Mr Wednsday que nada mais é do que o próprio Odin. E por último e responsável por essa publicação: Mr. Nancy, ou Anansi, um Deus do folclore africano que representa o espirito do conhecimento de todas as histórias. Esses, entre outros deuses, fazem parte do elenco de Deuses Americanos. Mas qual é a importância de Mr. Nancy para a narrativa da série?

    Bom, para começar, Mr. Nancy é trazido para América, como é visto no segundo episódio da primeira temporada, através de um adorador que é posto na condição de escravo, sem entender o motivo pelo qual foi posto no interior de um porão de um navio o então escravo pede ajuda para Anansi. Aqui vale ressaltar que a interpretação de Orlando na pele do Deus é simplesmente de tirar o fôlego, pois não existe sutileza alguma em suas palavras pesadas quando ele se refere a história dos negros nos Estados Unidos.

    ALERTA DE SPOILER

    “‘Era uma vez um homem que se fodeu’. Gostaram dessa história? Porque essa é a história dos negros nos EUA.”

    Simples assim. O típico dedo na ferida. E ele continua.

    “Merda. Vocês ainda nem sabem que são negros. Acham que são só pessoas. Deixe-me ser o primeiro a contar-lhes que todos vocês são negros. No momento que esses holandeses puseram o pé aqui e decidiram que eles eram brancos, e vocês eram os negros, e essa é a forma gentil que eles chamam vocês… Deixe-me ilustrar o que espera por vocês na costa. Vocês chegam nos EUA, terra das oportunidades, leite e mel, e adivinhem? Vocês todos serão escravizados. Serão separados, vendidos e trabalharão até morrer. Os sortudos folgarão no domingo para dormir, foder e fazer mais escravos. Tudo isso, pelo quê? Por algodão? Anil? Por uma camisa púrpura? A única boa notícia é que o tabaco que seus netos cultivarão de graça vai dar muito câncer nesses desgraçados. E eu ainda nem comecei. Cem anos depois, vocês ainda estarão fodidos. Cem anos depois disto. Fodidos. Cem anos depois de serem libertos, ainda estão sendo fodidos nos empregos e sendo baleados pela polícia. Entendem o que estou dizendo?”

    “(…)Este cara entende. Eu gosto dele. Ele está ficando com raiva. Raiva é boa. Raiva… Faz coisas acontecerem. Vocês derramam lágrimas por Anansi, e aqui ele está dizendo a vocês que estão olhando diretamente para 300 anos de subjugação, merdas racistas e doenças cardíacas. Ele está dizendo a vocês que não há nenhuma razão para que vocês não subirem agora e cortarem as gargantas de cada um desses escrotos e atear fogo neste navio!”

    Confesso que já vi esse episódio diversas vezes, pois embora não morando nos EUA eu sou negro e é impossível não se arrepiar com a ferocidade das palavras de Mr. Nancy e suas realidades.

    Outro momento mais impactante ainda ocorre no quarto episódio da segunda temporada, onde Mr. Ibis, Bilquis e Mr. Nancy conversam em uma sala, onde no centro dela há um corpo já sem vida de uma senhora negra. Nesse momento eles debatem o quanto é importante eles se prevenirem contra a guerra que se aproxima, resultada por um sentimento de retaliação por Odin que presenciou a morte de Zorya Vechernyanya, sua amiga, e protegida de Czernobog;

    “Eu não sou um Deus… no sentido de que consigo tolerar exploração, opressão e repressão. Meus adoradores sabem… que liberdade não é gratuita. Eles sabem que a arma mais potente de controle do opressor, é a mente do oprimido. Sabem que a escravidão não é uma condição. Escravidão é uma seita. Tráfico humano é uma seita. A escravidão ganhou uma cara nova como direita alternativa. E assim, mais um se vai. A cada trinta segundos, mais uma garota negra, morena, amarela, parda, mestiça refugiada com a melanina na pele é levada embora. A cada… trinta… segundos. E para piorar, esses deslumbrantes donos de plantação ‘construíram canais’ para levar as crianças da escola para a prisão, mais rápido que uma bala. E os sortudos vão da escola para a NFL (A National Football League é a liga esportiva profissional de futebol americano dos Estados Unidos), onde não podem nem protestar. Foram programados desde o nascimento com uma alienação pobre, água contaminada, violência armada, brutalidade policial e trauma após trauma, após trauma. TEPT (transtorno de estresse pós-traumático)? Nada de tratamento. Desaparecido? Nada de alerta. Sozinhos. Vulneráveis. Raptados. Mais uma se vai.”

    E ele continua:

    “Minha rainha – se referindo a Bilquis. O mundo presume que os brancos são naturalmente bons. Então quando algo ruim acontece é uma boa pessoa que fez algo ruim. Presumem que os negros… são naturalmente ruins. Então quando algo bom acontece é apenas questão de tempo até que a verdadeira natureza desse animal o domine. Quanto tempo podemos esperar? Você – se referindo a Mr. Ibis – acompanha os dias numerando os anos para os escribas que registram a história humana. Vê algum progresso? (…)

    (…) Eu contei um, dois, três deuses africanos nessa sala! E dois deles querem se conter?! E deixar o trabalho duro continuar enquanto vocês vivem suas vidas boas! A guerra está aqui. Uma senhora branca morreu. Wednesday irá vingar Zorya Vechernyanya, mas se fosse uma senhora negra… como essa doce alma… o martelo de Czernobog… não bateria.”

    Voltando para a demissão de Orlando Jones. Por mais que a série conte com um elenco sensacional, ela peca no quesito de linearidade, pois sua narrativa em diversos momentos se torna confusa, mas há momentos em que você esquece desse detalhe e foca nas atuações e psicodelia. Ian Mcshane – da franquia John Wick – está no elenco e interpreta Mr. Wednesday/Odin muito bem.

    Um dos detalhes que tem um pouco a ver com o fato da demissão de Orlando é que o mesmo diz que a narrativa da história deveria ser contada pela perspectiva de Shadown Moon, o protagonista negro da série, seguindo o livro de Neil Gaiman. Outro detalhe importante é que Orlando Jones não só interpretava na série, mas também escrevia, colaborando assim na construção do roteiro de alguns episódios – pedido esse feito tanto pelo criador da obra quanto o produtor Jessie Alexander – porém, essa tarefa não seria remunerada, como manda a Lei de Associação dos Roteiristas, da qual Orlando é membro.

    Em entrevista ao Geeks Worldwide, Orlando comenta:

    Eles tinham que me pagar. Mas disseram não. Eu disse; ‘Isso é meio racista. Vocês pagam os caras brancos e eles escrevem de casa.’. A associação requer isso. É por isso que foi tão estúpido da parte deles ficarem tão bravos comigo sobre isso.

    Eu sei que o pessoal da Fremantle – produtora da série – não se importa com os personagens negros da série. Eles mesmos disseram isso para mim. Disseram que os diretores devem se concentrar na trama do Mr. Wednesday. É por isso que ele ganha destaque na 2ª temporada. A história deveria ser contada da perspectiva do Shadow Moon, e não do Mr. Wednesday. Eles disseram que rostos negros não vendem na Europa.”

    Em contra partida, a Fremantle negou as acusações de Orlando:

    As histórias que estamos planejando para a próxima temporada evoluíram continuamente para acompanhar a complexa mitologia do material de origem. Jones não fará mais parte da série porque Mr. Nancy, entre outros personagens, não aparecem na parte do livro que estamos focando na 3ª temporada. Não há nenhuma motivação oculta em nossa decisão.”

    Vale ressaltar que até o momento Orlando Jones não foi notificado pela produtora Fremantle de sua liberação do seu contrato – contrato esse assinado para três temporadas para a série – impedindo-o de assinar como membro regular de para outras séries/produções.

    Relembre os incidentes mais importantes desde 1965, via G1:

    11-17 de Agosto 1965

    Watts – Los Angeles. A detenção por policiais brancos do jovem negro Marquette Frye, durante uma operação na estrada provoca uma revolta no gueto de Watts, em Los Angeles. Durante seis dias, esse bairro da periferia se transforma em uma zona de guerra, onde os guardas nacionais realizam patrulhas em jipes, armados com metralhadoras. É declarado toque de recolher. O saldo é dramático: 34 mortos, muitos feridos, 4.000 detidos e danos estimados em mais de US $ 40 milhões.

    12-17 de Julho 1967

    Newark – Nova Jersey. Uma briga entre dois policiais brancos e um taxista negro desencadeia uma revolta no gueto de Newark. A violência dura cinco dias com um registro de 26 mortos e 1.500 feridos.

    23-28 de Julho 1967

    Detroit – Michigan. Distúrbios eclodem em Detroit após uma intervenção policial na rua 12, de maioria negra. Guardas nacionais e militares são mobilizados. Os confrontos deixam 43 mortos e mais de 2.000 feridos. Os distúrbios se estendem para vários estados, entre eles Illinois, Carolina do Norte, Tennessee e Maryland. Ao longo de 1967, 83 pessoas morrem em episódios de violência racial em 128 cidades.

    4-11 de Abril 1968

    Após o assassinato do pastor Martin Luther King em Memphis (Tennessee) em 4 de Abril, a violência se espalha por 125 cidades dos Estados Unidos, deixando pelo menos 46 mortos e 2.600 feridos. Em Washington – onde dois terços da população é negra – são registrados incêndios intencionais e saques. Um dia depois, as desordens se estendem para o centro da cidade e chegam a 500 metros da Casa Branca. O presidente Lyndon B. Johnson recorre à 82ª Divisão Aerotransportada do Exército para controlar a situação.

    17-20 de Maio 1980

    Liberty City – Miami. Três dias de revolta deixam 18 mortos e mais de 400 feridos no bairro negro de Liberty City, em Miami (Flórida). A violência eclodiu após a absolvição em Tampa de quatro policiais brancos acusados de espancar até a morte um motociclista negro que havia furado um sinal vermelho.

    30 de Abril/1º de Maio 1992

    Los Angeles. A absolvição de quatro policiais brancos que no dia 3 de Março de 1992 haviam matado um motorista negro, Rodney King, incendeia a cidade de Los Angeles. A violência se propaga para São Francisco, Las Vegas, Atlanta e Nova Iorque, deixando 59 mortos e 2.328 feridos.

    9 de Abril 2001

    Cincinnati – Ohio. Um policial branco mata um jovem negro de 19 anos, Timothy Thomas, durante uma perseguição em Cincinnati. Seguem-se quatro dias de violência durante os quais 70 pessoas ficam feridas. Timothy, que não estava armado, foi o décimo quinto negro abatido pela polícia desde 1995.

    9-19 Agosto 2014

    Ferguson – Missouri. A morte do jovem negro Michael Brown, de 18 anos, baleado por um policial provoca dez dias de violência em meio à população negra e às forças de segurança, que utilizam fuzis e veículos blindados. No dia 24 de Novembro, ocorrem novos distúrbios em Ferguson após o anúncio do abandono das acusações contra o policial.

    Então não, a mensagem de Mr. Nancy não passa uma ideia errada, mas sim a dura realidade dos negros nos EUA, na terra da liberdade. Achar que a ferocidade do personagem não é pertinente – principalmente se olharmos a história dos negros nos EUA – é agir de extrema má fé. É basicamente tentar lucrar em cima de um fato existente e virar a cara para as consequências que aquilo causou.

    Aqui no Brasil não é muito diferente, em tempos de seletividade penal – onde 0,6 gramas de maconha e uma garrafa de Pinho Sol gera 11 anos e 3 meses de condenação, enquanto uma agressão de um famoso a sua companheira, gravida, gera 18 dias de regime semiaberto – nada mais me surpreende, principalmente quando o agressor determina o quando o agredido tem lugar de voz.

    Estou vivendo o suficiente para ver que no mundo de hoje, quando se sofre qualquer tipo de preconceito, a parte que oprimi determina até onde é conveniente ser exposta.

    Seguimos.



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    Werewolf by Night: Marvel anuncia HQ em parceria com integrante do Black Eyed Peas

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    A Marvel está lançando uma nova minissérie de Werewolf by Night em 2020. A série oferece uma nova visão do conceito do Lobisomem, projeto idealizado por Taboo, do Black Eyed Peas, e pelo co-escritor Benjamin Jackendoff, juntamente com o artista Scot Eaton. Juntos, eles trabalharam para amarrar o conceito de Werewolf by Night à mitologia e narração de nativos americanos. A série vê um novo lobisomem surgir.

    Em entrevista ao ComicBook, Taboo disse:

    “O herói Red Wolf tem a tarefa de caçar o monstro. Eu sempre tive um amor e apreço pelo personagem Red Wolf; Na verdade, eu fiz um cosplay me tornando Red Wolf.

    Estamos passando por uma nova perspectiva narrativa por causa da minha herança nativa americana. Eu sempre gostei de contar histórias por essa perspectiva. Embora eu tenha nascido na cidade de Los Angeles, recentemente estive realmente conectado com as comunidades nativas para poder ajudar e inspirar os jovens nativos, especialmente quando se trata de saúde e bem-estar, assim como com artes e música. Por isso, construímos nossa parceria sabendo que, quando criamos, criamos através de uma lente nativa… Tomamos todas as precauções adequadas, como convidar as pessoas certas que representam a comunidade indígena. No que diz respeito à narrativa, existe um respeito e uma empatia por idosos e pessoas de diferentes tribos, nações, especialmente quando você está contando uma história. Esta história é pessoal para mim, porque eu sou meio Hopi, que é minha tribo e o personagem é baseado em Hopi e na reserva Hopi. E para nós, sempre queremos ser respeitosos com os nativos, especialmente quando se trata do Universo Marvel.”

    Jackendoff acrescenta:

    “Eu acho que Werewolf by Night é uma história tão interessante e tem um personagem legal. Sua mitologia é realmente narcótica, e foi uma oportunidade emocionante poder renovar uma mitologia e vinculá-la à narrativa de nativos americanos. Isso foi o que realmente nos empolgou, porque eles ficaram tipo ‘Tudo bem, legal. Podemos pegar a marca Werewolf by Night e permanecer fiéis ao gênero de tudo isso, às criaturas, aos monstros, às grandes coisas, mas amarrá-la à narrativa de nativos americanos, a um plano de fundo de nativos americanos, mas ainda assim é uma divertida história de aventura sobre uma criança.”

    A nova série Werewolf by Night se manterá no tradicional gênero de filmes de terror de monstros, pelo qual a propriedade é conhecida. De acordo com Benjamin Jackendoff, o quadrinho abordará temas como identidade cultural, puberdade e autoconhecimento, uma vez que se trata de um personagem de 17 anos. Jackendoff complementa que a série será de suma importância para a comunidade indígena, pois os criadores respeitam muito as origens históricas deles e que a representatividade do povo nativo americano é essencial para a nova fase da Marvel.

    Apesar de ser uma série independente, Werewolf by Night, Jackendoff diz que terá alguma relação com o cânone da editora.

    “Nosso objetivo é tornar seu próprio mundinho para esta minissérie, mas queremos vinculá-lo ao Universo Marvel que é muito maior. Queremos trazer Nick Fury de alguma forma, queremos trazer a S.H.I.E.L.D., queremos encontrar uma maneira de inseri-lo na narrativa do Universo Marvel. Nossa ideia também é inserir elementos do universo do Homem-Aranha na trama, assim como o principal rival do protagonista: o Cavaleiro da Lua.”

    Werewolf by Night #1 estará à venda em Abril.



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    CRÍTICA | Gigant – Vol.1 (2019, Panini Comics)

    Imagine uma junção do filme Querida Estiquei o Bebê, de 1992, com a ex-atriz pornô Mia Khalilfa; é com essa mistura inusitada que temos o mangá Gigant; escrito e ilustrado por Hiroya Oku (autor e ilustrador do aclamado mangá GANTZ).

    Gigant é um mangá seinen (mangá +18) com gênero ficção cientifica, publicado originalmente em Dezembro 2017 no Japão pela editora Shogakukan e publicada pela editora Panini Brasil em Dezembro 2019.

    Aqui somos apresentados a Yokoyamada Rei, um colegial de 16 anos, nerd e cinéfilo de carteirinha que está à procura de uma colega de classe para participar do seu filme – Red String – junto com seu amigo para o festival de cinema Piano Film Festival, além das das dificuldades comuns na vida de um adolescente. Certo dia ao retornar da escola Rei se depara com diversos cartazes informando que a atriz pornô Papico mora em seu bairro. Por ser um grande fã da atriz, o conteúdo dos cartazes o incomoda e ele sai arrancado todos eles, até que um encontro inusitado causa uma grande mudança em sua vida.

    Para quem conhece o trabalho de Hiroya Oku já pode esperar uma trama normal de início, mas que à frente vai rolar um plot twist no qual o leitor vai ficar se perguntando “que diabos está acontecendo?”.

    Os personagens principais são bem construídos e nem um pouco clichês. Yokoyamada Rei não é aquele personagem tarado/caricato que jorra sangue do nariz ao ver uma garota peituda – igual ao Mestre Kame da franquia Dragon Ball – mesmo ele sendo um grande fã da Papico ele tem uma admiração muito grande por sua ídolo. Quanto a Papico apesar de ser uma atriz pornô ela não é objetificação sexual, pelo contrário, a mesma tem que sustentar sua família com sua profissão.

    A arte do mangá é excepcional, o cenário sobre a base em 3D fica muito bem feito, como se tivesse sido desenhado por mãos humanas muito competentes. Quanto ao o roteiro, a cada capítulo parece surgir uma nova pergunta que deixa o leitor extremamente curioso, para qual caminho essa trama vai seguir.

    Nossa nota

    A edição de Gigant da Panini contém 232 páginas, com 09 capítulos, não custa lembrar, mas o conteúdo da obra é impróprio para menores de 18 anos.



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