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    CRÍTICA – O Menu (2022, Mark Mylod)

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    Lançado nos cinemas brasileiros, O Menu chegou sem muito alarde, mas chamando bastante atenção daqueles que lhe deram uma chance. Dirigido por Mark Mylod e estrelado por Anya Taylor-Joy (O Homem do Norte) e Ralph Fiennes (Voldemort na franquia Harry Potter), o longa é uma produção de suspense e terror que chegou na quinta-feira, 19, no catálogo do serviço de streaming Star+.

    O filme faz uma sátira as elites e ao conceito do que hoje é visto como arte, como a atividade artística virou um mero produto elitizado e que só pode ser degustado por uma pequena parcela da sociedade, os privilegiados e apenas com o objetivo de sentirem prazer, embora a arte nasceu com o objetivo de incomodar e provocar reflexões.

    SINOPSE

    Em O Menu, a jovem Margot (Anya Taylor-Joy) é convidada por Tyler (Nicholas Hoult) para viver uma experiência inesquecível em um dos restaurantes mais conhecidos – e exclusivos – do mundo. Chamada às pressas por Tyler após o rapaz terminar um relacionamento pouco antes do evento, Margot logo percebe que aquele não é o seu lugar. Lá, a cozinha é liderada pelo famoso chef Julian Slowik (Ralph Fiennes) e estabelecimento fica localizado em uma ilha distante, na qual todos os seus ingredientes frescos são cultivados. Junto de outros clientes autointitulados especiais, como um astro de cinema, funcionários do mercado financeiro, uma crítica gastronômica e um casal milionário, Margot e Tyler entram no bizarro mundo comandado pelo chef Slowik.

    ANÁLISE

    O casal Margot e Tyler são opostos em suas personalidades e na expectativa sobre o que verão no restaurante luxuoso, em que se passa a trama. Desdenhando da experiência e dos outros convidados, Margot tira o chef Julian dos eixos. A interação dos dois atores é muito intensa e Anya Taylor-Joy entrega uma atuação consistente. 

    Além dos personagens e da trama, O Menu acerta novamente no quesito fotografia e cenografia. A escolha dos tons escuros ajuda a criar um restaurante chique e sombrio. Cada espaço do local foi pensado para ser o cenário de um momento específico da história. O mérito fica para o designer de produção Ethan Tobman, que já está habituado a criar ambientes fechados e relevantes, como fez em O Quarto de Jack (2015).

    A construção narrativa também agrada. Cada prato, desde a entrada até a refeição principal, vai sendo apresentado com imagens em close-up, como se o espectador estivesse diante de um reality show de culinária. O tom do roteiro, nessas apresentações, deixa claro as críticas que o longa faz.

    Um fato curioso, é que o roteirista Will Tracy garantiu que visitou um restaurante de luxo, na Noruega, que tinha um menu passo a passo e que a experiência foi “claustrofóbica”. Ele teria sido a fonte de inspiração para a trama do filme.

    Em tempos de polarização política, o alvo do diretor é certeiro: sua crítica serve para aqueles que se veem no topo sem necessariamente entenderem o que isso significa, independentemente de suas visões mais à esquerda ou à direita.

    VEREDITO

    O Menu tem uma trama exótica e inteligente. Por trás das excentricidades há conteúdo interessante, crítica social e até alguma filosofia, embora de difícil acesso, emaranhados nas camadas de humor sardônico. Ralph Fiennes entrega uma de suas melhores atuações dos últimos anos, lembrando ligeiramente o olhar insano do diretor do campo nazista da A Lista de Schindler (1993).

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Mila no Multiverso (1ª temporada, 2023, Disney+)

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    Mila no Multiverso é uma série de aventura e ficção-científica infantojuvenil do Disney+. A série nacional é uma das primeiras produções a serem lançadas na plataforma. Mila no Multiverso é estrelada por Malu Mader, Laura Luz, Rafaela Mandelli e grande elenco. A série chega ao streaming no dia 25 de janeiro.

    A série faz parte do selo Disney+ Original Productions e conta a história de Mila (Laura Luz), uma jovem que após descobrir a existência do multiverso, tem sua realidade alterada para sempre.

    SINOPSE

    Mila no Multiverso conta a história da jovem Mila, que em seu 16º aniversário descobre um dispositivo que pode levá-la para visitar universos paralelos à procura de sua mãe, Elis (Malu Mader).

    ANÁLISE

    Mila no Multiverso

    Ao longo de seus 8 episódios, a primeira temporada de Mila no Multiverso nos apresenta incríveis surpresas. Enquanto testemunhamos os acontecimentos daqueles mundos pelos olhos de Mila, vemos como o Multiverso pode ser vasto e perigoso – mas que a série acaba optando por limitar o nosso alcance e seu orçamento à basicamente três distintos universos.

    Enquanto somos lançados à história em um universo bem parecido com o nosso, Mila leva a vida de uma garota de 16 anos comum, uma estudante que quer se divertir. Mas no dia de seu aniversário, tudo muda. Os Operadores – seres multiversais com motivos escusos – se revelam para ela e sua mãe Elis, mudando suas vidas para sempre.

    Enquanto passa seus dias trancada no laboratório, Elis parece deixar sua relação com sua filha Mila minguar, as fazendo de certa forma se distanciar, e isso parece mudar no dia em que os Operadores chegam. Enquanto aborda temas como a monoparentalidade, vemos a relação das duas personagens crescer, e enquanto somos lançados ao mundo da série, testemunhamos todas as belezas e as particularidades daquelas realidades.

    Em uma delas, a São Paulo que conhecemos é completamente tóxica, já outra, a humanidade parece ter evoluído ao ponto de viver na pura e mais simples sinergia com a natureza, sendo assim, avançadíssimos tecnologicamente.

    Alguns detalhes da série nos fazem levantar alguns alertas. Mas outras, nos fazem só relaxar e testemunhar o desenrolar da série.

    Por se tratar de um elenco muito jovem, é interessante ver como a própria Laura Luz e o elenco de apoio pode fazer em tela. Ainda que outros não tenham muita expressão, a série não parece perder força quando a comparamos com as séries do mesmo nicho.

    VEREDITO

    Por se tratar de uma trama adolescente, ao assistir enquanto um adulto, a trama e os percalços que Mila e seus amigos passam parecem desinteressantes. Mas quando entendemos o subtexto de união, de respeito e de família, tudo se faz mais palatável.

    Enquanto apresenta uma inovação no que diz respeito ao já saturado tópico de “multiverso” – muito diferente de Loki, que criou inúmeras realidades e possibilidades – Mila, precisa se guiar na vastidão de possibilidades e realidades já existentes, a fim de encontrar sua mãe.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    Mila no Multiverso estreia no Disney+ no dia 25 de janeiro.

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    CRÍTICA – Run Rabbit Run (2023, Daina Reid)

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    Run Rabbit Run é mais um filme da sessão Midnight que estreou no Festival de Sundance 2023. O longa australiano foi dirigido por Daina Reid e escrito por Hannah Kent. No elenco estão Sarah Snook (Sucession), Lily Latorre e Damon Herriman.

    SINOPSE

    A médica de fertilidade Sarah (Sarah Snook) começa o sétimo aniversário de sua amada filha Mia (Lily Latorre) sem esperar nada de errado. Mas quando um vento ameaçador se aproxima, o mundo cuidadosamente controlado de Sarah começa a se alterar. Mia começa a se comportar de maneira estranha. Com o passar dos dias, Mia se torna cada vez menos ela mesma, exigindo ver a mãe hospitalizada de Sarah há muito tempo afastada.

    ANÁLISE

    O terror é capaz de criar alguns subgêneros que fogem a moda, é o caso das histórias envolvendo relações familiares, onde as crianças ou os pais passam a agir estranho de uma hora para outra. Run Rabbit Run não escapa do convencional, mas é perspicaz ao criar uma atmosfera de tensão que certamente irá impactar os espectadores.

    Isso se deve ao ótimo trabalho narrativo de Hannah Kent, que a partir da relação entre mãe e filha constrói uma experiência assustadora. Tal como The Babadook (2014), também australiano, Run Rabbit Run explora a complexidade da maternidade ao passo de se tornar aterrorizante, aqui não existe espaço para a romantização sobre ser mãe.

    Sarah, vivida por Sarah Snook, é um médico de fertilidade que cria praticamente sozinha sua filha de sete anos, Mia, interpretada por Lily Latorre. O pai é pouco presente, ainda que tenha uma boa relação com Sarah e a menina. É no aniversário de Mia que as coisas ficam estranhas, depois de encontrar um coelho em sua porta, a menina começa a agir como se fosse a irmã mais nova de Sarah, Alice, que desapareceu quando ainda era uma criança. Enquanto isso, Sarah também está passando por um luto, já que seu pai faleceu recentemente.

    Não é um momento bom, e isso é mais evidente na atuação de Snook que demonstra ser uma mãe cansada lidando sozinha com uma filha em crise, enquanto Latorre constrói uma Mia/Alice que alterna entre ser uma menina doce e uma criança levada e birrenta. A dinâmica entre ambas é estrondosa, Sarah busca se conectar a filha e entender o que a mesma está passando, mas a situação é tão irreal que aos poucos vai se tornando incompreensível.

    Mia, por sua vez, se torna uma criança assombrada e ao longo do filme sua presença se transforma em algo desconfortável. Na mesma medida, Sarah também passa a ser mais ameaçadora, confundindo o que é realidade e o que não é. Logo, Run Rabbit Run tem os conceitos básicos do terror familiar – quando nossos filhos e pais não são mais os mesmos – e pode até não ser inventivo nessa fórmula, mas trata de modo relevante os horrores da maternidade.

    VEREDITO

    A diretora Daina Reid aposta em planos mais extensos e lentos para construir a dramaticidade e assim dar ênfase aos momentos de tensão. O toque final certamente é a dupla Sarah Snook e Lily Latorre.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Festival Sundance 2023: Vem com o Feededigno!

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    CRÍTICA – Birth/Rebirth (2023, Laura Moss)

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    Birth/Rebirth é um suspense que estreou no Festival de Sundance 2023 na sessão Midnight. O longa é dirigido por Laura Moss, que também co-escreveu o roteiro ao lado de Brendan J. O’Brien; no elenco estão Marin Ireland, Judy Reyes e A. J. Lister

    SINOPSE

    Rose (Marin Ireland) é uma patologista que prefere trabalhar com cadáveres à interação social. Ela também tem uma obsessão – a reanimação dos mortos. Celie (Judy Reyes) é uma enfermeira da maternidade que construiu sua vida em torno de sua filha de 6 anos, Lila (A. J. Lister). Um dia infeliz, seus mundos colidem. As duas mulheres e a jovem embarcam em um caminho sombrio sem volta, onde serão forçadas a confrontar o quão longe estão dispostas a ir para proteger o que mais amam.

    ANÁLISE

    A história de Frankenstein já foi contada inúmeras vezes no cinema e de diferentes maneiras, por isso pode soar até um pouco repetitivo quando um filme resolve aproveitar novamente a premissa da autora Mary Shelley. Felizmente, Birth/Rebirth compreende essa limitação e por isso acrescenta um tema pertinente a sua narrativa: maternidade. 

    A diretora e roteirista Laura Moss cria uma trama tensa que foca principalmente em dar profundidade a seus personagens principais. O caminho de ambas se cruzam quando Lila falece repentinamente e na tentativa de manter a menina viva, Rose e Celie desenvolvem uma estranha relação de amparo. Apesar das cenas gore e do suspense crescente, o filme pouco busca recursos no terror, sendo mais um estudo de personagem que explora duas mulheres em contato com a maternidade. 

    Tanto Celie, como Rose experienciam de formas diferentes o que é ser mãe, Celie de forma mais carinhosa deseja cuidar de sua filha, enquanto Rose vê na menina uma chance de continuar seus experimentos. Dessa forma, o longa busca sua base na ciência, deixando evidente que o renascimento de Lila é uma obra da medicina, o que coloca Celie e Rose numa corrida para achar os recursos necessários para manter a menina viva. 

    Ainda assim, o Birth/Rebirth demora para ficar interessante e em outros momentos é até mesmo cansativo, isso se deve pelo fato do longa querer muito emular uma Frankenstein com ares modernos. Em contrapartida, o filme tem cenas de arrepiar, como uma placenta sendo arrancada de um corpo ou os grunhidos de Lila após ressuscitar. É uma releitura distorcida e bastante ácida, diga-se de passagem, mas simplório e bem menos do que poderia ser. 

    VEREDITO

    Birth/Rebirth vale muito por seus personagens principais; Celie e Rose são totalmente opostas, mas encontram uma ligação inusitada. Além disso, a aposta do gore traz um incentivo ao filme que por vezes pode ser um pouco arrastado.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    O longa estreou no Festival Sundance deste ano e ainda não possui trailer disponível.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Festival Sundance 2023: Vem com o Feededigno!

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    Cassie Lang: Conheça Estatura, a filha do Homem-Formiga

    Cassandra Eleanor Lang é uma personagem da Marvel Comics; Mais conhecida por Cassie Lang, também é conhecida pelo codinome Estatura.

    A personagem teve sua primeira aparição na HQ Marvel Premiere #47, publicada em abril de 1979; porém sua presença passou a ser mais frequente nos quadrinhos do Homem-Formiga.

    Cassie foi criada por David Micheline e John Byrne que são os mesmos criadores do Scott Lang, seu pai.

    ORIGEM

    A infância de Cassie Lang foi muito difícil, sua maior decepção foi ver seu pai sendo preso por roubo quando ainda era muito pequena e após um tempo ela descobriu que ele fazia isso para sustentá-la já que sua vida profissional não ia muito bem.

    Com toda essa situação, a mãe de Cassie, Peggy Rae acabou se divorciando de Scott o que causou outro pequeno trauma na menina.

    Ao ser libertado, Scott descobriu que Cassie tinha uma rara doença cardíaca, e essa foi a razão pela qual ele se tornou o Homem-Formiga. Cassie servia como motivação principal para a jornada de Scott Lang, o que ajudou a abordar a ideia de um super-herói que também é pai. Até hoje, ainda que já esteja mais crescida, ela é sempre vista como a responsável por manter Scott na linha.

    Seu pai se juntou aos Vingadores em várias ocasiões ao longo dos anos e – por um breve período – juntou-se ao Quarteto Fantástico trabalhando em nome de Reed Richards como suporte técnico (durante a breve ausência de Reed). Foi durante seu período no Quarteto Fantástico que Cassie morou no Edifício Baxter e muitas vezes cuidou de Franklin, filho de Reed e Sue Storm durante as missões. Foi neste período também que, visitando seu pai um fim de semana por mês, ela roubou as Partículas de Pym na esperança de se tornar uma super-heroína como ele.

    PODERES E HABILIDADES

    Cassie Lang possui os básicos poderes de diminuição e aumento de tamanho. Embora possa reduzir sua estatura para tamanhos minúsculos, ela prefere ficar gigante. No início de sua jornada, assim que Scott faleceu, Cassie chegou ao fundo do poço e roubou o traje de seu pai assim se tornando a heroína conhecida como Estatura.

    Contudo, ela possui uma diferença fundamental em relação aos seu pai e a Hank Pym: por ter passado por experimentos com Partículas Pym, ela não precisa mais de seu traje ou usar substâncias para acessar suas habilidades. Em vez disso, elas funcionam naturalmente – uma vez que sua própria genética foi alterada.

    Sua capacidade de mudar de tamanho parece estar ligada ao seu estado emocional, já que a raiva a fez crescer e a culpa encolher.

    EQUIPES

    Quando seu pai foi morto como um Vingador por uma Feiticeira Escarlate enlouquecida, ela se afastou de sua mãe e padrasto e planejou fugir para a Califórnia para se juntar aos Fugitivos; isso foi até que ela viu os Jovens Vingadores na TV.

    Em sua tentativa de se juntar a eles, Cassie conheceu Kate Bishop em um hospital, que se juntou a ela na tentativa de localizá-los.

    CURIOSIDADE

    Através de uma viagem no tempo, Cassie Lang foi capaz de revisitar a Mansão dos Vingadores antes da morte de Scott, e conseguiu salvar seu pai, trazendo-o para seu presente.

    Infelizmente tudo que é bom dura pouco, foi durante a Cruzada das Crianças que Cassie acabou enfrentando o próprio Doutor Destino, que era responsável por manter a Feiticeira Escarlate em cativeiro. Uma vez tendo absorvido todo o poder da Vingadora, Victor Von Doom partiu com tudo para cima de Estatura, que acabou matando a heroína e essa foi considerada uma das mortes mais trágicas dos quadrinhos, sendo esse o motivo principal para a separação oficial dos Jovens Vingadores.

    OUTRAS MÍDIAS

    Cassie Lang já apareceu nos games Academia dos Vingadores Marvel e LEGO Marvel’s Avengers.

    Nos desenhos animados é possível ver Cassie em um episódio de Homem-Formiga chamado “Feira de Ciências”, com a personagem sendo dublada por Laura Bailey.

    No Universo Cinematográfico Marvel a personagem já foi interpretada pela jovem atriz Abby Ryder Fortson em Homem-Formiga (2015) e em Homem-Formiga e a Vespa (2018); já em Vingadores: Ultimato (2019) quem deu vida à personagem foi a atriz Emma Fuhrmann.

    Com os novos traileres de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, que estreia em 16 de Fevereiro de 2023, podemos ver que Cassie já cresceu e está sendo interpretada pela atriz Kathryn Newton sendo uma grande aposta para novos filmes da Marvel Studios no futuro.


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    CRÍTICA – One Piece Odyssey (2023, Bandai Namco)

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    One Piece Odyssey é a mais nova adaptação da amada franquia criada por Eiichiro Oda. O game nos leva por uma viagem única, enquanto nos permite revisitar os arcos do mangá e do anime graças as habilidades de Lim, uma personagem apresentada logo no começo do game que conta com poderes misteriosos e habilidades curiosas.

    O mais novo game da Bandai Namco é um JRPG de turnos com características de dungeon crawler. O game nos apresenta aspectos repetitivos muito cansativos, que são utilizados à exaustão que por vezes nos tiram da experiência, sendo os jogadores fãs ou até mesmo curiosos pela franquia One Piece.

    SINOPSE

    O famoso pirata, Monkey.D.Luffy, mais conhecido como Luffy Chapéu de Palha, e sua tripulação do Chapéu de Palha, estão navegando pelo Novo Mundo em busca da próxima ilha e da próxima aventura que os aguarda. No entanto, durante a viagem, eles são pegos por uma tempestade. A tripulação percebe que ficou encalhada em uma ilha tropical cercada por tempestades violentas constantes.

    Longe de sua tripulação, Luffy parte em uma nova aventura grandiosa para encontrar seus amigos e fugir da ilha! Novos inimigos poderosos, forças da natureza e muito mais aguardam.

    ANÁLISE

    One Piece Odyssey

    One Piece Odyssey nos coloca no controle do bando do Chapéu de Palha. Que após serem pegos na tempestade nos arredores da ilha de Waford, seu barco, o The Thousand Sunny é destruído. Após os integrantes do bando ficarem espalhados pela ilha, Luffy precisa os outros tripulantes. Mas no meio do caminho, Adio e Lim os encontram e os apresentam aos desafios únicos daquele lugar.

    Após, reunir sua equipe, Luffy e seus amigos tem seus poderes retirados com um simples toque de Lim, que transforma suas habilidades e suas memórias em cubos – e os espalha pela ilha. A partir daí, precisamos explorar o lugar, e viajar pelas memórias da equipe a fim de recuperar nossas habilidades e continuar avançando.

    Ao longo de seus 9 capítulos, enfrentamos colossos pela ilha de Waford, e visitamos algumas das mais importantes sagas do material criado por Eiichiro Oda. Além do arco de Alabasta, testemunhamos o arco Water Seven, Marineford e Dressrosa com ligeiras mudanças, pois assim como Lim estabelece, as memórias nunca se desenrolam da mesma maneira – de maneira que os inimigos serão ainda mais poderosos do que antes.

    O mais bizarro dessa história, é o quão poderosos esses inimigos são. Já que quando Lim nos toca, coloca todos os nossos personagens no nível 1, precisamos enfrentar os mais diversos inimigos a fim de progredir. Mas você me pergunta: mas o que de RPG tem no game?

    O elemento JRPG do game fica na obtenção de itens para criação e que nos concedem status como mais força, mais defesa, mais vitalidade e muito mais.

    PERSONAGENS, HISTÓRIA E VIAGEM AO PASSADO

    Cada personagem da nossa equipe possui uma habilidade diferente Os personagens da nossa equipe contam cada um com habilidades diferentes. Luffy pode alcançar itens à longas distâncias e também lançar seus braços para escalar, Chopper pode acessar áreas com pequenas entradas graças a seu tamanho, já Zoro, pode cortar paredes, portões de ferro e até mesmo caixas de ferro com suas espadas.

    Suas movimentações – tirando a de Luffy – são bem parecidas. Agora, lembra os cubos que Lim produziu com nossas memórias e habilidades? Ao obtê-los, podemos melhorar nossas habilidades e ao final do cada capítulo obtemos novas. Fazendo quase sempre um paralelo com as habilidades que nossos personagens possuem em cada um dos arcos aos quais somos ambientados.

    A história do game se debruça quase que inteiramente nas habilidades de Lim, e também nos reveses que essa habilidade possui. O cuidado da equipe de produção ao nos lançar nesse mundo não é muito grande, e o game ainda parece ter alguns elementos inacabados mesmo após seu lançamento – tal como não conseguirmos marcar pontos de interesse no mapa, ou mesmo mexer o cursor nos gigantescos mapas.

    One Piece Odyssey

    Com a necessidade de cruzar grandes distâncias a pé, o game parece ter achado que colocar a opção “correr automático” fosse o suficiente, mas não é. Além de cansativo, o fato do game nos forçar a cruzar mapas inteiros apenas para obter itens ou realizar determinadas missões é completamente desnecessário. O que o game poderia fazer, além de facilitar em um primeiro momento um fast travel – que é obtido na metade do capítulo 2 -, seria haver um fast travel real, nos permitindo teleportar por entre as placas em que podemos utilizar o “caranguejo” que serve de veículo.

    A aparição de personagens amados pelos fãs é algo incrível. Ver Ace por uma última vez, nos traz um nó na garganta e uma emoção única. Assim como ver Vivi novamente, a princesa de Alabasta. O que One Piece Odyssey faz, é ganhar os fãs pela nostalgia, mas pode afastar até mesmo os fãs mais hardcore da franquia.

    O fator repetitivo coloca um peso desnecessário ao longo do game, e pode comprometer quase que inteiramente essa experiência. O fato do game nos permitir revisitar as sagas, é algo interessante, mas não haver outra coisa além disso é decepcionante. Enquanto vagamos pela ilha de Waford, e as “Memórias” que Lim obtém dos Chapéus de Palha, precisamos encontrar força e perseverança a fim de avançar e chegar ao fim dos capítulos do game.

    VEREDITO

    One Piece Odyssey nos leva para uma viagem completamente o oposto de intimista. Enquanto reúne não apenas todo o bando de Luffy, o game agrega à eles diversos personagens que eles encontraram pelo caminho. Além de Vivi, Jimbei, Trafalgar D. Water Law e muitos outros se unem à equipe, e nos levam por uma viagem conhecida, o game pode servir também de porta de entrada para os que ainda não são fãs da franquia.

    O game foi desenvolvido pelo estúdio da Bandai Namco ILCA, estúdio responsável por desenvolver games como Yakuza 0, Pokémon Brilliant Diamond e Pokémon Shining Pearl.

    One Piece Odyssey foi lançado no dia 10 de janeiro de 2023 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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