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    CRÍTICA – A Casta dos Metabarões Vol. 1 (2023, Pipoca & Nanquim)

    A Casta dos Metabarões sempre foi uma obsessão em minha mente desde a adolescência, a primeira vez que vi as artes absurdas do quadrinista argentino Juan Giménez que integravam a ficção científica e a fantasia com pinceladas profundas
    eu me senti extremamente atraído, quando descobri que a obra se tratava de lutas espaciais com uma narrativa que mesclava estruturas mitológicas e melodramáticas eu tinha em minha cabeça que eu deveria lê-la.

    SINOPSE

    O Metabarão, o guerreiro mais poderoso do universo, que por gerações aterrorizou exércitos inteiros com a simples menção do seu nome, está de volta. Depois de acompanhar o último detentor do título durante as aventuras de John Difool na maxi série Incal, chegou a hora de conhecer de perto a extraordinária história de seus antepassados.

    A revelação de um antigo segredo dos Castaka para salvar a vida de Othon von Salza dá início a uma grande guerra. Quando ela finalmente termina, o casal imperial, impressionado com os feitos de Othon, negocia com ele um planeta para que possa viver com seu filho, o outro sobrevivente da batalha, e um cavalo para levar a alegria de volta ao garoto, que perdera a mobilidade das pernas. A chegada de piratas ao planeta, porém, traz uma enorme tragédia e culmina na consolidação de Othon como o implacável mercenário que carrega o título de Metabarão!

    ANÁLISE

    Casta

    Mas para um jovem negro de origem humilde do norte do país era uma tarefa impossível. Tendo em vista que a obra não era mais publicada no Brasil, com sobrava apenas três opções, as versões antigas em sebos por preços absurdos, que era impossível, tentar adquirir a versão gringa, que também era um preço absurdo, ou seja, impossível, ou ler online, que foi a opção que me sobrou.

    Finalmente havia chegado o momento de adquirir o quadrinho, no mês de Janeiro de 2023, a editora Pipoca & Nanquim trouxe a espaçonave em forma de páginas de papel e capa dura para as terras tupiniquins. No início dos anos 1980, o roteirista e cineasta chileno Alejandro Jodorowsky e o ilustrador francês Jean Giraud (mais conhecido pelo nome de Moebius) deram início a Incal, uma das peças mais importantes da nona arte não só da Europa como do mundo.

    Rica em conceitos, que vão da ficção científica ao exotérico, a HQ deu origem a séries derivadas que exploravam seus protagonistas, e a mais dramática e divertida é justamente a que narra a história da dinastia do Metabarão. A Casta dos Metabarões conta a história dos ancestrais dessa linhagem de guerreiros sagrados. A trama é conduzida por dois robôs, Tonto e Lotar, que contam ao leitor com uma boa dose de bom humor o passado misterioso dessa dinastia que aterrorizou exércitos inteiros só de ouvir seu nome. Ao longo dos álbuns, somos apresentados às várias gerações desses guerreiros, desde o trisavô até o Metabarão atual.

    Uma das mais empolgantes é de justamente um de seus primeiros membros, Othon Von Salza, que vai da revelação de um antigo segredo dos Castaka até o início de uma grande guerra. Quando ela finalmente finaliza, o casal imperial, impressionado com os feitos de Othon, negocia com ele um planeta para que possa viver com seu filho. A chegada de piratas ao planeta, traz uma enorme tragédia que culminará na consolidação de Othon como o implacável mercenário que carrega o título de Metabarão.

    A trama é permeada de reviravoltas, batalhas espaciais e conceitos que vão da honra até entidades multiespaciais que dominam a galáxia. Tendo inspirações diretas do filme mais importante da ficção científica que nunca existiu, Duna de
    Jodorowsky, projeto esse que nunca viu a luz do sol, mas inspirou diretamente longas como Alien o Oitavo Passageiro, Blade Runner e Star Wars. Os membros desta casta são treinados desde a infância para se tornarem guerreiros invencíveis, tendo que provar sua coragem e força através de rituais brutais. A saga ainda explora temas como, tradição, destino e transcendência.

    A Casta dos Metabarões é marcada pela arte magnífica de Juan Giménez. Seus desenhos detalhados e realistas trazem vida ao universo criado por Jodorowsky. Giménez é conhecido por sua habilidade em criar naves espaciais, armaduras e seres exóticos, e seu trabalho nessa saga não é exceção. As batalhas espaciais são especialmente esplendorosas, com layouts dinâmicos e explosões energéticas que preenchem nossos olhos.

    VEREDITO

    Sua história vai além da ficção científica tradicional, incluindo elementos de fantasia e magia. O autor mescla conceitos de culturas antigas, como a cultura japonesa, pirataria e religiões, com ideias futuristas e tecnológicas. As batalhas com espadas e as referências a tradições antigas adicionam uma dimensão mística e mitológica à história.

    A saga será finalizada em 3 volumes que narrará todos os acontecimentos desses impressionantes seres. A saga dos Metabarões é uma obra-prima da ficção científica e fantasia. Com sua trama complexa, personagens cativantes e arte
    deslumbrante, ela cativa os leitores e os transporta para um universo de tirar o fôlego. Os quadrinhos de A Casta dos Metabarões são leitura obrigatória para qualquer fã de quadrinhos, e essa coleção definitiva é um tesouro para os amantes desse gênero.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Autor: Alejandro Jodorowsky

    Editora: Pipoca & Nanquim

    Páginas: 252

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    TBT #258 | O Ultimato Bourne (2007, Paul Greengrass)

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    Enquanto as memórias de Marie insistem em retornar à mente do nosso ainda desmemoriado protagonista, somos encaminhados para a continuação de sua história. Graças às antigas memórias que parecem insistir em chegar a superfície da mente do incansável Jason Bourne, ele dará um Ultimato naqueles que insistem em caçá-lo. O terceiro filme da franquia original lança luz sobre mais da história de Bourne, enquanto o envereda por uma história de vingança em que novos detalhes parecem surgir, aprofundando os espectadores ainda mais em suas histórias.

    Lançado em 2007 e estrelado pelo incrível Matt Damon, Ultimato Bourne foi um dos muitos filmes que acabaram por moldar outras franquias de ação como as conhecemos hoje.

    SINOPSE

    Jason Bourne é uma arma humana criada e perseguida pela CIA. Após sua última aparição, ele decidiu sumir definitivamente e esquecer sua antiga vida de matador. Entretanto, uma matéria em um jornal de Londres especulando sua existência, faz com que ele se torne um alvo outra vez. O projeto Treadstone, que deu origem a Bourne, já não existe mais, porém serviu de base para um novo projeto: o Blackbriar, desenvolvido pelo Departamento de Defesa. O Blackbriar desenvolve uma nova geração de matadores treinados, o governo acredita que Bourne é uma ameaça e deve ser eliminado imediatamente. Ao mesmo tempo, Bourne vê neles a oportunidade de descobrir quem realmente é e o que fizeram com ele enquanto o Treadstone esteja ativo. Agora, Bourne conta com a ajuda de Nicky Parsons e Pamela Landy para isso.

    ANÁLISE

    Ultimato

    Um traço marcante da franquia Bourne sempre foram suas perseguições incessantes e caminhos narrativos que culminam em: Bourne confrontar aqueles que o caçam. Por meio de uma narrativa muito bem conduzida, somos levados à períodos ainda mais antigos aos que somos ambientados em Identidade e Supremacia por meio das memórias de Jason Bourne.

    O tom sóbrio e brutal do longa, nos envereda pela história de um homem que é caçado como um animal por diversos países apenas para esconder os segredos perversos de uma nação oculta, que insiste em tentar ocultá-los a todo custo.

    Ao longo dos 111 minutos de Ultimato Bourne, somos levados por um mundo terrível, em que a brutalidade parece tomar todos aqueles que agora, parecem tentar levar uma vida normal, mesmo quando atravessados pelo horror baseado nas ações de agências “secretas” ou de “inteligência” por todo mundo.

    Servindo como uma grande crítica a como o ocidente vê o Oriente, como mero playground, a série de filmes mostra de maneira romantizada até onde um governo é capaz de ir quando seus líderes são inescrupulosos, ou são capazes de qualquer coisa para atingir seus objetivos.

    VEREDITO

    Nesta trilogia, Matt Damon mostra que além de um ótimo ator, é um brilhante ator de ação, que tornou a brutalidade de Jason Bourne conhecida e temida por muito de seus inimigos – e até mesmo por aqueles que o criaram. O terceiro filme tem como papel mostrar que Bourne é o alicerce de muitos produtos da cultura pop que viriam a ser criados no futuro, desde O Legado Bourne, até Jason Bourne e Threadstone.

    A franquia Bourne é rica de detalhes, histórias e pode ser assistida no Prime Video. A franquia é um deleite para os fãs de ação.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA – Dragon Quest Monsters: The Dark Prince (2023, Square Enix)

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    A franquia Dragon Quest Monsters é o spin-off da linha principal de games da Square Enix. Em The Dark Prince, somos levados pela história de Psaro, um personagem meio humano meio demônio, que tem como intuito acabar com a vida daquele que causou a morte de sua mãe, seu próprio pai, o rei demônio Randolfo.

    Randolfo é conhecido como Mestre da Monstruosidade e o game serve como um prelúdio para alguns acontecimentos da franquia principal Dragon Quest. Ao longo de The Dark Prince, conhecemos as motivações e viajamos por diferentes reinos, enquanto tentamos quebrar a maldição de Psaro colocada por seu pai: Ele nunca poderia fazer mal à nenhum monstro fisicamente. Mas com o tempo, nosso personagem aprendeu a fazer isso sem precisar lutar: passou a capturar e controlar monstros, levando-os a batalha.

    SINOPSE

    Psaro foi amaldiçoado e ficou incapaz de ferir quem tem sangue de monstro. Agora ele precisa se tornar um Monster Wrangler para criar seu próprio exército e lutar. A caça por monstros superiores faz Psaro presenciar as mudanças de estações constantes de Nadiria e seus cenários deslumbrantes, com rios de lava, ruínas antigas e misteriosas, e torres colossais de doce. Ao longo do caminho, Psaro encontra Rose, uma elfa bondosa, que se junta à sua aventura para encontrar novos monstros combatentes.

    A chave para o sucesso de Psaro está na Synthesis, a habilidade de combinar dois monstros para criar um mais forte. Cada criação nova deixa Psaro mais próximo de alcançar o objetivo de se tornar o Mestre da Monstruosidade.

    ANÁLISE

    The Dark Prince

    Dragon Quest Monsters: The Dark Prince nos permite entender as origens e motivações de um dos personagens mais emblemáticos da franquia, Psaro, o Mestre da Monstruosidade. Psaro serve como o principal antagonista de Dragon Quest IV. Ao longo das horas de gameplay, senti que a gameplay de Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é travada e possui problemas. E para progredir, você precisa se esforçar bastante, levando os jogadores à exaustão por meio de um grinding constante.

    Por meio de uma viagem entre reinos, podemos viajar por diferentes “Círculos”, e mundos que mudam de acordo com as estações, acessamos lugares diferentes e encontramos novos monstros quando adentramos desses reinos.

    Não apenas desafiando as criaturas que comandam esses lugares, mas também nos forçando a lutar contra monstros cada vez mais poderosos conforme avançamos pelos círculos. Ao longo de sequências de combates repetitivas e arcos da histórias escassos, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince não nos incentiva a fazer grinding, dando pouco, ou quase nenhum retorno ao tentar nos motivar à aumentar o nível dos nossos monstrinhos.

    The Dark Prince

    Com uma gameplay limitada, o game exclusivo do Nintendo Switch se mostra repleto de queda de frames e com problemas de processamento, com monstros desaparecendo diante dos nossos olhos, e pouquíssimos elementos em tela.

    O game se faz curioso em quase tudo, principalmente quando tenta se destacar como um RPG de captura de monstrinhos. Quando seus desafios realmente se apresentam, diferente da primeira vez, o desafio que os inimigos representa agora são bem mais significativos, e assim, voltamos no problema do game forçar seus jogadores à realizar longos períodos de grinding.

    The Dark Prince

    O combate repetitivo do game, bem como as sequências de exploração que nos esforça a competir em Coliseus a fim de avançar na história. E assim, nos permite entender que o mundo de Terrestria e também os outros Círculos podem posar como perigos reais, nos fazendo retornar à Torre de Rosehill – uma torre que viagem conosco por todos os reinos -, caso algo dê errado.

    Enquanto revela segredos daquele mundo e de Zenithia, dos dragões e dos seres celestiais, bem como de Azabel, que jurou destruir aquele mundo de uma vez por todas. Distante de quando o encontramos em Dragon Quest IV, Psaro ainda há de enfrentar seu destino de se tornar o Mestre da Monstruosidade e cumprir sua promessa, de matar Randolfo, o Tirano.

    VEREDITO

    Apesar dos claros problemas de processamento e longas telas de loading, o game exclusivo do Nintendo Switch pena e poderia ser muito mais do que isso – se tivesse sido lançado para outros consoles, algo diferente talvez pudesse ser visto. Ao longo de sequências de ação monótonas, o game força encontro ocasionais entre nossa party, de Psaro e Rose e nossos monstros.

    A diversão do game vem das histórias e não de seus combates. Ainda que seja elogiado por muitos, o elemento de complecionismo do game deixou a desejar. Enquanto não nos oferece nenhuma motivação para capturar todas as 500 criaturas do game, o combate acaba parecendo ser sempre a saída mais interessante para nossa equipe. Com sequências ocasionais que nos tiram da zona de conforto, somos lançados por um mundo que sempre parece tentar nos oprimir, nos destruir. Por Terrestria ou qualquer um dos outros Círculos, The Dark Prince nos decepciona no que diz respeito à progressão e seu ritmo lento acaba por tornar uma decepção.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Dragon Quest Monsters: The Dark Prince foi lançado em 1º de dezembro para o Nintendo Switch.

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    CRÍTICA – TEVI (2023, CreSpirit)

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    TEVI é o mais novo game do estúdio taiwanês CreSpirit. O game é conhecido por seus games visual novel Crying Pony, Last Command e outros. O game nos lança pela história de um metroidvania bullet hell em que é necessária muita esquiva e combos. O game foi lançado no dia 30 de novembro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

    SINOPSE

    Embarque em uma aventura de ação épica enquanto você corta, corre e avança com combos por uma vasta terra marcada por conflitos. Explore e descubra segredos ocultos. Personalize sua construção para triunfar em lutas espetaculares contra chefes. Experimente uma história de mistério, magia e caos em TEVI, um bullet hell metroidvania!

    ANÁLISE

    TEVI

    TEVI é mais um ótimo metroidvania com gráficos 2D e elementos de RPG. Além do design de chibi dos personagens do game que vem diretamente de Taiwan. O jogo traz um enredo repleto de ação e aventura juntamente a uma excelente trilha sonora. 

    Além disso, é possível personalizar seu personagem e deixando com estilo único antes de partir para as batalhas.

    Desse modo, o jogo apresenta o que há de melhor no gênero metroidvania com sua jogabilidade fluida que o torna um jogo formidável e divertido. Além de ter um fator de exploração que é ótimo que apresenta uma vasta ambientação.

    Com isso, o jogo apresenta uma ótima estrutura em suas fases que são desafiadoras e possuem diversas salas secretas que contém itens que melhoram o desempenho de seu personagem.

    Minha experiência com TEVI foi divertida e nostálgica, pois é inevitável não lembrar de Castlevania – Symphony of the Night. Muitas características do clássico da Konami estão presentes no game e será um prato cheio de diversão para todos os fãs do gênero metroidvania.

    Embora TEVI tenha sua própria identidade no gênero, o jogo pode acabar sendo cansativo em algumas fases que irá exigir mais habilidade de jogadores menos experientes, mas ainda assim o jogo não perde pontos por isso. 

    Outro ponto que o jogo deixa a desejar é que o mesmo não está localizado em PT – BR isso acaba tirando a imersão da história para os jogadores que não estão familiarizados com a língua inglesa. Mas diante da jogabilidade impecável, esse ponto é o menor dos problemas para curtir o jogo.

    Por fim, TEVI é um jogo muito divertido e acaba sendo uma excelente oportunidade para conhecer uma produção do Taiwan que assim como as grandes desenvolvedoras apresentam um ótimo metroidvania.

    VEREDITO

    Tevi é um ótimo metroidvania bullet hell e traz muitos desafios e fases memoráveis que vão deixar qualquer fã do gênero satisfeito com sua jogabilidade fluida e uma ambientação incrível.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA – Uma Questão de Química (1ª temporada, 2023, Apple TV+)

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    Uma Questão de Química (Lessons in Chermistry no original), minissérie da Apple TV+ em 8 capítulos, foi baseada no livro de Bonnie Garmus e produzida e estrelada pela vencedora do Oscar, Brie Larson. Na série, Brie vive a química Elizabeth Zott, uma mulher determinada e muito inteligente, mas que está à frente do seu tempo ao desafiar as tradições da época e ensinar química de uma maneira inusitada e deliciosa.

    SINOPSE

    Elizabeth Zott não é uma mulher como as outras da década de 1950. Ela quer mais da sua vida além do tradicional casamento e filhos impostos pela sociedade. Zott quer deixar seu nome marcado na história e por isso decide estudar química, virar cientista. Bem, acontece que naquele tempo não existiam muitas mulheres que partilhassem do mesmo interesse que Elizabeth.

    O que ela encontra nos laboratórios da faculdade é muita resistência ao seu progresso na área e óbvio, uma chuva de preconceitos e até assédio. Mas, nada pode parar Elizabeth, nem mesmo o renomado químico Calvin Evans (Lewis Pullman), a quem todos temem. Fascinado pela inteligência da colega, Calvin oferece de trabalharem juntos a fim de que ela possa ter o reconhecimento que merece. No entanto, eles acabam se apaixonando e a vida de Zott nunca mais vai ser a mesma. Talvez não do jeito que vocês imaginam.

    ANÁLISE

    Questão de Química

    Uma Questão de Química é dessas séries charmosas que vai te cativar e deixar com vontade de ver mais e mais dos personagens e da trama mesmo após o final. Ainda que se passe numa outra época, as questões abordadas são bem atuais como feminismo, racismo, papel da mulher na sociedade, educação, política, preconceito e outros tópicos. A adaptação ajuda ainda a evidenciar certos pontos não tão trabalhados no livro como, por exemplo, a convivência entre Elizabeth e sua vizinha Harriet, vivida na série pela atriz Aja Naomi King.

    O livro (até o momento da minha leitura) apenas fala que Harriet é uma mulher aposentada e disposta a ajudar Zott, pois seus filhos estão crescidos. Sendo que na série Harriet é uma mulher jovem, negra, casada e mãe de dois filhos cuja vida foi impactada pela amizade com Calvin, único morador caucasiano do seu bairro.

    Tal mudança é primordial para criar um contraponto na série sobre as questões enfrentadas pelas mulheres em diferentes âmbitos sociais.

    Questão de Química

    Enquanto Elizabeth duelava com os acadêmicos para ser vista como igual e fugia dos padrões impostos da sociedade, Harriet havia pausado sua carreira de advogada para cuidar dos filhos e esperar o marido retornar da guerra. E a forma que a série escolhe ilustrar essas diferenças é fundamental para expandir a trama e também abrir um debate fluído e natural sobre posicionamentos sociais, privilégios e outros assuntos como a importância da amizade e de estar aberto a conhecer diferentes pessoas e culturas.

    Não só isso, mas garante que Uma Questão de Química seja uma produção mais plural e não tão focada no desenvolvimento e ponto de vista da protagonista apenas. Essas alternâncias são o que o espectador precisa para criar conexão e empatia pelos personagens e nos deixar envolvidos o suficiente com a trama para saber o que vai acontecer.

    Somado a isso temos uma produção de alto nível com cenários, locações, figurinos e toda parte técnica bem trabalha de maneira a nos transportar diretamente para a década de 1950. Todavia, o grande destaque do show está na atuação de Brie Larson.

    Questão de Química

    A atriz consegue nos entregar uma atuação comovente e eletrizante ao mesmo tempo. Assim como o próprio Calvin, é muito fácil e até rápido se apaixonar por Elizabeth Zott. Em especial com diálogos tão certeiros e bem construídos de modo a transportar nossa atenção a esse mundo fantástico de elementos e cadeias químicas que alguns de nós falhamos miseravelmente em entender na escola. Afinal, a química está presente ao nosso redor desde sempre. E quer melhor maneira do que falar dela usando comida? Afinal, gastronomia é pura química.

    Desde o ponto de ebulição, a mistura de certos ingredientes, o tempo de cozimento correto, tudo relacionado à cozinha envolve muita química, além de temperos e habilidade. O corpo humano é pura química, assim como a própria Elizabeth Zott.

    VEREDITO

    Por fim, Uma Questão de Química é daquelas séries que parecem bobas e simplórias, mas que, no fundo, são verdadeiras pérolas. Porque assim como toda boa comida simples, o segredo está no bem que nos faz, no calor que deixa no coração e essa série tem o poder de provocar justamente esse sentimento em quem assiste.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA – Call of Duty: Modern Warfare 3 (2023, Infinity Ward)

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    Call of Duty: Modern Warfare 3 é o mais novo game da franquia Modern Warfare. Como um reboot dos games originais da franquia, ele tem um papel importante em alterar alguns fatos importantes para o enredo. Com alterações de mecânicas e gameplay, somos lançados por diferentes missões quando uma ameaça retorna. Colocando em risco relações, acendendo a fagulha de antigos conflitos e causando embates entre países que estrelam uma aparente Guerra Fria, a Força-Tarefa 141, Price, em conjunto com Kilo e outros integrantes, precisam se aliar a antigos inimigos a fim de evitar que os planos do principal vilão da história se realize.

    Desde seus primeiros minutos, Modern Warfare 3 nos lança por uma história concisa, mostrando que a fim de entender a história de nossos inimigos, precisamos testemunhá-la. Com um modo campanha relativamente mais curto do que seu antecessor, Modern Warfare 3 nos coloca no controle do time Bravo e o time Charlie precisam libertar seu líder Makarov.

    Makarov é um antigo antagonista da franquia e sua ameaça rende algumas das ameaças mais perigosas que nossos personagens – e os antigos jogadores – já testemunharam. Ao longo de Modern Warfare 3, sua empreitada de levar o mundo ao seu fim tem início.

    SINOPSE

    Na sequência direta do recordista Call of Duty®: Modern Warfare® II, Capitão Price e a Força-tarefa 141 enfrentam a ameaça definitiva. O criminoso de guerra e ultranacionalista, Vladimir Makarov, está expandindo seu alcance pelo mundo, fazendo a Força-tarefa 141 lutar como nunca lutou antes.

    ANÁLISE

    Modern Warfare 3

    Como já é tradicional na franquia, junto de Modern Warfare 3 veio um novo passe de batalha e uma nova temporada para o game competitivo. Não apenas no multiplayer, como em Warzone, acompanhamos uma mudança, e o mapa da vez é o Urziquistão, país de Farah. Farah, também conhecida como Kilo, no modo história tem uma batalha íntima com Makarov, e lança seu país em um conflito com o mundo após culpá-los de atos terroristas. Desde Modern Warfare 2, a presença do vilão pode ser sentida. Enquanto o caos se instala em diferentes nações, seu controle parece se estender e os conflitos parecem ser direcionados às nações mais poderosas.

    Por meio de conflitos deliberadamente abertos, Makarov parece ter total interesse em acabar com a “Guerra Fria” incitada a princípio, por ele e fazer parecer que o Urziquistão era um inimigo em potencial para todo o mundo. Mais especificamente, para as grandes nações, como os Estados Unidos. Como um ultranacionalista, Makarov tinha como interesse desmoralizar o país e fazê-lo ser destruído para que a Rússia o invadisse e tomasse o país, repleto de riquezas naturais e petróleo. Mas não apenas isso, se aproveitar do caos instaurado por esses conflitos.

    Desenvolvido para rodar na IW pela Sledgehammer Games, o game possui algumas diferenças significativas em relação a seu antecessor, mas o brilhante é ver como o game se comporta em consoles como o PlayStation 4 e o Xbox One. E olha, ele brilha! Algo interessante é ver como o game melhorou seu processamento. A fim de melhor o tempo de loading do game, que a fim de garantir uma aceleração para o início da partida, as texturas nem sempre carregam em um primeiro momento, mas isso rapidamente melhora em consoles da geração anterior.

    Modern Warfare 3

    Algo que preciso ressaltar, é que ainda que ele se comporte bem no PlayStation 4 e no PlayStation 5 no modo multiplayer, o game pena para rodar todas as texturas necessárias do Warzone. Ver o que a Sledgehammer fez com um game que acaba por funcionar como o complemento do outro, é triste, pois com todas as atualizações, a Activision não parece ter feito nenhuma melhoria no processamento do battle royale.

    Ao longo da campanha, é possível jogar com os vilões da história, mas também com icônicos personagens, desde Price, até Farah, Soap e Ghost. Ouso dizer que apesar do modo história, a melhor parte de Modern Warfare 3 vem do modo Multiplayer. Com 7 diferentes modos de gameplay se contarmos o modo Zumbis, o game brilha e nos leva por uma viagem alucinante, desafiadora e aterradora.

    Com os já conhecidos modos de jogo como Mata-mata em equipe, Contra todos, Dominação, Localizar e Destruir, Baixa Confirmada, Zona de Conflito e Controle, a diversão só aumenta, quando somos lançados em mapas já conhecidos de games anteriores com rework, como Afghan, Terminal, Sub Base, Karachi e outros.

    Algo interessante no game, é também o fato do Call of Duty Hub estar em pleno funcionamento. Diferente de Modern Warfare 2, em que eles eram mostrados separadamente, assim que entramos no game, Modern Warfare 2, Modern Warfare 3 e Warzone podem ser acessados rapidamente por meio do HUB de CoD.

    VEREDITO

    Modern Warfare 3

    Com os modos competitivos se mostrando bem mais interessantes do que o Warzone e o modo história, ouso dizer que esse é um dos melhores Multiplayers da franquia até aqui. Com um matchmaking honesto e divertidas sequências, ainda é compreensível que a Sledgehammer precise fazer algumas alterações no game. Desde o seu lançamento, ele se tornou um vício pra mim e depois de passar duas ou três madrugadas jogando, cheguei ao nível 50. A recompensa do game vem além de seus passes de batalha, que ainda que seja divertido de abrir e conquistar, são ligeiramente mais difíceis, graças ao novo modo de progressão.

    Liberar diferentes camuflagens e attachments, tornam o game muito mais divertido e competitivo. E sinceramente, a SVA 545, a MCW e a Renetti precisam de um nerf, Sledgehammer!

    A diversão de montar diferentes loadouts, ainda se faz presente em Modern Warfare 3 e nos leva a caminhos em que é necessário mergulhar e se desafiar o tempo todo, levando não apenas a diversão, mas também a competitividade a um nível inteiramente novo.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Call of Duty: Modern Warfare 3 foi lançado em 10 de novembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

    Confira o trailer de lançamento do game:

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