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    CRÍTICA – Bramble: The Mountain King (2023, Dimfrost Studio)

    Bramble: The Mountain King é o mais novo game da Dimfrost Studio, estúdio responsável por desenvolver A Writer And His Daughter. O game conta com uma narrativa cativante, e com a jogabilidade movida pela história, somos lançados na história de Olle. Que após perder sua irmã, Lillimore, precisa enfrentar criaturas das lendas nórdicas a fim de levá-la de volta para casa.

    Quando ambientados ao mundo místico do game em um primeiro momento, duvidamos se as lendas contadas são reais e se a ameaça que Olle enfrentará realmente serão tão perigosas. Logo em seguida, temos certeza.

    O título em questão é um game simples, com uma história potente e amedrontadora que conta a história fantástica de como dois irmãos farão de tudo para se encontrar.

    SINOPSE

    Bramble The Mountain King leva você a uma jornada emocionante e perturbadora por ambientes deslumbrantes. Você é Olle, um garoto que parte numa missão para salvar a irmã, sequestrada por um temido troll.

    ANÁLISE

    Bramble

    O mistério por trás do game e o ambiente sombrio dão um tom único, e um pavor genuíno que apenas Bramble: The Mountain King foi capaz de me causar nos últimos anos. As ameaças que Olle enfrentará e os ambientes que essas ameaças estão inseridos garantem aos jogadores um perigo iminente, que podem surgir tanto do fundo de um lago, como também dos cenários hostis, que forçam aos usuários testarem suas habilidades de stealth.

    Mesmo ao longo das poouco mais de 6 horas em que joguei, o game me lançou por desafios, puzzles e mais perigos do que posso imaginar.

    Tendo um visual charmoso e sombrio, o game nos faz questionar os fatos que se desenrolam em tela, fazendo um belo trrabalho de luz e sombra que causa em todos os jogadores a sensação de que existe algo errado, mas é quase impossível descobrir o quê.

    Enquanto força os jogadores a tirar o melhor dos seus sentidos, nos faz sentir imersos naquele mundo que a qualquer surpresa, pode causar a morte de Olle, nos forçando a retornar ao começo de um segmento.

    A LUZ E A ESCURIDÃO DE BRAMBLE

    Bramble

    Ainda que conte uma história repleta de misticismo e com o brilho que uma história fantástica possui, o game brinca o tempo todo com a luz e sombra e se aproveita dessa luz, para dar um incrível poder à Olle. O de gerar luz com um artefato que não precisa de explicações. Em Bramble, Olle faz uso de uma pedra que serve tanto para repelir o espinheiro que toma aquele mundo de trevas, como iluminar o caminho pelo qual ele precisa passar. Sendo assim, o game brilha quando o assunto é fazer com que precisemos nos adaptar ao ambiente em que estamos inseridos com as ferramentas que temos.

    Mesmo que Olle enfrente desafios muito mais poderosos e muito maiores que ele e sua irmã, os perigos que o game nos força a atravessar garantem ao game um aspecto muito mais psicológico do que um perigo real e temerário. Quando brinca com os sentidos de Olle, sua visão e audição, o game força seus usuários a fazer o mesmo, lutando contra os inimigos e nos forçando a confiar nos nossos sentidos.

    Um ponto que gostaria de reforçar aqui, é como o áudio tem um papel importante no game. Ainda que os sons emitidos por Olle e Lillemor sejam limitados, a trilha sonora do game brilha, e a ambientação tende a nos prender assim como a trama. Nos levando por lugares que apenas a nossa imaginação são capazes de nos levar.

    VEREDITO

    Bramble: The Mountain King nos leva por um mundo tão fantástico quanto possível. Que se mostra tão revolto quanto belo. O cuidado da DimFrost Studio, nos permite acompanhar uma história cujo rumo depende só de nós. Os perigos e os desafios da trama, nos fazem ver que assim como tudo, o mundo do game possui momentos de luz e sombra. Em uma viagem interessante por dentro da psiqué de Olle, vemos que a escuridão do mundo e os espinheiros podem tomar nosso personagem, bem como permear nosso caminho.

    O game se mostra prudente em tudo que faz e funciona como uma história de cautela. Lillemor e Olle precisam perseverar mesmo diante de todos os desafios.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Bramble: The Mountain King foi lançado no dia 27 de abril para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

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    TBT #226 | Os Goonies (1985, Richard Donner)

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    O clássico Os Goonies é um filme de comédia e aventura co-produzida e dirigida por Richard Donner a partir de um roteiro de Chris Columbus, baseado na história do produtor executivo Steven Spielberg.

    O longa que marcou os anos 80 é lembrado por seu elenco jovem e talentoso, incluindo nomes como Sean Astin (O Senhor dos Anéis), Josh Brolin (Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato), Corey Feldman (Os Garotos Perdidos) e o recente vencedor do Oscar, Ke Huy Quan (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo).

    SINOPSE

    A história se passa em Astoria, uma pequena cidade costeira no estado de Oregon, nos Estados Unidos, onde um grupo de amigos descobre um mapa do tesouro que pertencia a um famoso pirata. Eles se unem para seguir as pistas e encontrar o tesouro, a fim de pagar as hipotecas de suas casas, que estão ameaçadas de serem tomadas pelo banco.

    No decorrer da jornada, os Goonies enfrentaram diversos obstáculos e perigos, incluindo a família Fratelli, uma gangue de criminosos que também está em busca do tesouro. O filme é repleto de ação, comédia e emoção, e é um clássico cult da década de 1980.

    Com os prédios de seu bairro estando prestes a ser demolidos, o que forçará a mudança de todos os residentes do local, um grupo de garotos resolve organizar uma cerimônia de despedida do local. Quando descobrem um legítimo mapa do tesouro, capaz de torná-los ricos e evitar a destruição de suas casas, Os Goonies resolvem então partir em uma grande aventura.

    ANÁLISE

    Daria para fazer uma lista com os pontos positivos de Os Goonies, como por exemplo:

    • Um bando de crianças que tentam salvar suas casas da execução hipotecária seguindo antigo mapa do tesouro de um lendário pirata do século XVII;
    • Mikey, Brand, Chunk, Bocão, Dado, Andy e Stef são todos personagens principais simpáticos;
    • Os Fratellis são vilões bem legais;
    • Sloth é um ótimo personagem coadjuvante e sua amizade com Chunk é muito fofa;
    • Muita comédia bem conduzida.

    Mas não menos importante, é preciso mencionar que design de cenário e os efeitos especiais são muito bem feitos e mesmo depois de 38 anos, a magia ainda se mantém.

    Curiosidade: Na época, o jogador da NFL, John Matuszak, levava certa de 5 horas para ter sua maquiagem completa e dar vida ao personagem Sloth.

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    A trilha sonora, composta por Dave Grusin, também é um dos pontos altos do filme, com uma música tema inesquecível. O filme foi um grande sucesso comercial e crítico na época do lançamento e continua a ser amado pelo público de todas as idades até hoje.

    Em um ano em que o cinema nos presenteou com filmes como De Volta Para o Futuro, Ran e Clube dos Cinco, por exemplo, Os Goonies não perdeu seu brilho e teve seu espaço conquistado merecidamente.

    VEREDITO

    Os Goonies é um filme nostálgico e divertido, que conquistou o coração de muitas gerações. Com sua trama emocionante e personagens carismáticos, o filme é considerado um clássico do cinema dos anos 80. Além disso, a música tema do filme, The Goonies ‘R’ Good Enough, de Cyndi Lauper, também se tornou um sucesso popular na época.

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    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original em 4K:

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    CRÍTICA – Sweet Tooth (2ª temporada, 2023, Netflix)

    O segundo ano de Sweet Tooth continua a história de Gus (Christian Convery), de Jepperd (Nonso Anozie), Ursa (Stefania LaVie Owen) e muitos outros personagens. Enquanto o cerco do General Abbot (Neil Sandilands) e dos Últimos Homens se fecha, os híbridos e seus simpatizantes precisam tomar cuidado, pois quase nada é o que aparenta ser.

    Com uma segunda temporada eletrizante, a série se mostra muito mais profunda do que durante a primeira. Enquanto acompanhamos as desventuras do Bico Doce e do Grandão, vemos que seus caminhos se cruzam com personagens inesperados, em uma viagem para dentro e para o passado daquele mundo.

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    Sweet Tooth chegou hoje, 27 de abril, ao catálogo da Netflix.

    SINOPSE

    Enquanto uma nova onda mortal do Flagelo avança, Gus e um grupo de companheiros híbridos são mantidos como prisioneiros pelo General Abbot e pelos Últimos Homens. Procurando consolidar seu poder encontrando a cura, Abbot usa as crianças como cobaias para os experimentos do Dr. Aditya Singh (Adeel Akhtar), que está correndo contra o tempo para salvar sua esposa infectada Rani (Aliza Vellani).

    ANÁLISE

    CRÍTICA - Sweet Tooth (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Ao longo dessa temporada, acompanhamos uma faceta tão mais sensível quanto mais dura de Gus, que se abre para o mundo como nunca antes, e por isso, precisa se proteger dos perigos externos e de possíveis ameaças. Quando o caminho de Gus finalmente se cruza com o do General Abbot e de seu exército, o jovem híbrido precisa unir força com outros de sua espécie a fim de sobreviver.

    Enquanto acompanhamos uma viagem ao passado em direção à origem do Flagelo e dos híbridos, testemunhamos como o mundo caiu no caos que conhecemos ao longo da primeira temporada. Sendo assim, a série nos faz acompanhar a viagem do adorado trio que busca a mãe de Gus.

    Em uma viagem por paisagens únicas, vemos Gus, Jepp e Ursa serem lançados por um mundo caótico, tomado pela falta de ordem que um apocalipse causado pelo Flagelo causou.

    Enquanto traça um paralelo com a pandemia de covid-19, a série causa nos espectadores uma maior empatia diante dos sintomas e das perdas causadas pelo Flagelo, que levou a morte de mais de 98% da população mundial. E uma nova onda da doença surge, colocando em risco os personagens humanos da trama. Sendo assim, a jornada do nosso adorado trio ganha um tom mais perigoso não apenas pelo Flagelo, mas também por apresentar perigos repentinos, e vai além.

    Ao misturar determinados núcleos, a série ganha novas dinâmicas e traz para história novos personagens que aprofundam a história daquele mundo e nos colocam a par de diferentes perspectivas. Com grupos insurgentes que se opõem ao controle de Abbot, a série nos permite entender como o perigo do mundo vai além de um vírus.

    A série criada por Jim Mickle e Jeff Lemire, nos apresenta um mundo único, a partir do ponto de vista único dos criadores. O mundo ao longo da segunda temporada é muito mais extenso, belo e profundo. Tudo que a série se propõe ao longo desse novo ano, dão à Sweet Tooth o respiro necessário para a produção ganhar mais força.

    Enquanto abusa de animatrônicos e utiliza VFX de maneira honesta, a temporada nos leva por um caminho belo, justo e interessante. Tudo isso enquanto pavimenta a série para um vindouro terceiro ano, com uma história pungente, sobre a sobrevivência de uma espécie e sua perpetuação.

    Reencontrar Gus, Jepp e os outros personagens nos fazem ver a série como um belo respiro em relação às atuais produções da gigante do streaming.

    VEREDITO

    A segunda temporada de Sweet Tooth se mostra interessante em tudo que se propõe e brilha quando o assunto é construção de mundo. Enquanto nos emociona e nos pega pela mão, a série dá espaço para outros personagens além dos centrais brilharem. Conforme Rani, o Doutor Singh e Aimee (Dania Ramirez) ganham mais relevância, a nova temporada dá a eles uma participação maior no que diz respeito à como eles encaram aquele mundo às suas maiores adversidades.

    Christian Convery brilha novamente em sua interpretação de Gus. Conforme progride, ele e seu personagem ganham tanto um tom mais pesado, quanto mais maduro. Sua vida, seu crescimento e o caminho que a história ganham, dão a Sweet Tooth uma vida maior do que a primeira temporada e mostram que a série ainda tem uma longa jornada pela frente.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Sweet Tooth (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Nossa nota

    4,6 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Sweet Tooth chegou hoje, 27 de abril, ao catálogo da Netflix.

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    CRÍTICA – O Chamado 4: Samara Ressurge (2023, Hisashi Kimura)

    A franquia Ring, conhecida aqui no ocidente como O Chamado chega ao cinema com mais um capítulo, chegando assim ao seu oitavo filme em toda a franquia. Dentre seus filmes, uma trilogia feita aos moldes do cinema americano e um crossover com a franquia O Grito com o título Sadako vs Kayako (2016).

    O recente filme é dirigido por Hisashi Kimura, conhecido por filmes como Masked Ward e 99,9 Criminal. O elenco é formado por Fuka Koshiba, Kazuma Kawamura, Mario Kuroba, Hiroyyki Ikeuchi, Yuki Yagi, Naomi Nishida e Hiroyuki Watanabe e roteiro escrito por Kôji Susuki e Yuga Takahashi.

    O título nacional de O Chamado 4 está conectado a uma sequência da franquia cujo os filmes são Ring (1998), Ring Espiral (1998), Ring 2 (1999) e Ring 0 (2000).

    A franquia são adaptações dos livros escritos por Koji Suzuki e O Chamado 4: Samara Ressurge chega hoje, 27 de abril, aos cinemas.

    SINOPSE

    As pessoas que assistem um vídeo amaldiçoado morrem repentinamente. Essas mortes ocorrem em todo o Japão. Ayaka Ichijo é uma estudante de pós-graduação extremamente inteligente com um QI de 200. Quando sua irmã mais nova assiste ao vídeo amaldiçoado, ela precisa encontrar uma solução para a maldição antes que seja tarde demais.

    ANÁLISE

    Algumas coisas não são possíveis explicar através da ciência, elas apenas existem.”

    Esta frase define não apenas o conceito da franquia, como o cerne narrativo em torno de O Chamado 4.

    Inicialmente, talvez seja confuso para o espectador, principalmente caso o assista legendado devido a tradução em torno do nome da vilã. Entretanto, não é um elemento tão caótico para tornar o filme confuso, dado que o longa está relacionado a sequência dos fatos da versão original da franquia.

    Em aspecto visuais, Kimura procura remeter a identidade que se estabeleceu ao longo dos anos na franquia, utilizando-se de efeitos práticos para boa parte das cenas. Em relação aos efeitos, não se utiliza de aspectos tão modernos, mas é um trabalho que se conecta com a estética que foi apresenta ao longo dos anos.

    Neste novo capítulo da franquia os conceitos e características anteriores mudam, assim modernizando o cânone da história. Aqui, apesar da utilização da fita, a viralização através da Internet é um elemento que torna Samara/Sadako mais perigosa que nos filmes anteriores.

    Assim como um vírus, a maldição se espalha de forma avassaladora, sendo uma excelente jogada de roteiro utilizar estes elementos modernos para trazer uma nova linguagem para a história. Além da modernização, a adaptação do espirito amaldiçoado tomando novas formas é outro atrativo de O Chamado 4: Samara Ressurge.

    Samara/Sadako agora toma forma de alguém cujo o infectado pela maldição tenha alguma relação próxima. Assim facilitando sua aproximação para que finalmente sua alma seja jogada ao fundo do poço.

    Apesar de se utilizar de diversos elementos, o filme possui características do gênero de terror asiático. De forma a ter um ritmo mais lento, com uma cadência que o torna moroso, principalmente ao longo do seu segundo ato, mesmo que seja uma preparação para o desfecho do filme.

    Se tratando de atuações, o maior destaque fica por conta de Ayaka, interpretada por Fuka Kobaiashi, que consegue transmitir de forma competente a importância de sua personagem na trama. Mesmo como protagonista, sua função na história é ir na contramão do que se espera nesta situação, buscando na ciência a solução de algo que epistemologicamente não era considerado possível.

    Ao longo do filme se constrói um ambiente de tensão que é interessante, mesmo que ele de fato não seja assustador, mas consegue ressaltar o perigo que a vilã representa. Porém no terceiro ato as soluções escolhidas para a conclusão remetem aos longas anteriores da franquia, gerando uma certa quebra de expectativa em relação a tudo que se constrói.

    VEREDITO

    Entre altos e baixos O Chamado 4: Samara Ressurge é um filme interessante, tanto pela construção de novos elementos para a franquia quanto sua modernização. Apesar de um terceiro ato não tão impactante, o longa é uma boa opção para fãs do gênero terror, principalmente de produções fora do eixo ocidental.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer dublado:

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    Superman: 85 anos de legado

    Para o dicionário, Esperança significa:

    1. Sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé (tb. us. no pl.).

    2. Expectativa, espera, aguardo.

    Exemplo: “O filho é a sua esperança de melhoria de vida.”

    Para a cultura pop significa: Superman ou, como chegou ao Brasil em tradução livre, Super-Homem.

    Concepção e a Era de Ouro dos quadrinhos

    O primeiro super-herói dos quadrinhos no modelo como se conhece hoje foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, então estreando na HQ Action Comics #1, publicada em abril de 1938. Contudo, curiosamente o conceito do personagem foi concebido como vilão que utilizava poderes mentais, mas posteriormente foi reescrito para ser um herói.

    Os primeiros anos a dupla foi responsável por cuidar de todas as histórias relacionadas ao recém criado personagem. Porém, com a deterioração da visão de Shuster, foi necessário a colaboração de um estúdio para o apoio do trabalho, mas o criador insistiu em continuar próximo ao trabalho desenhando o rosto do icônico personagem.

    No ano seguinte a Action Comics lançou o a HQ Superman #1, primeiro título destinado a um personagem solo na história. Entretanto a primeira edição do quadrinho mensal era um compilado de suas histórias anteriores e, durante este período, o herói se tornou membro honorário da Sociedade da Justiça da América na década de 40.

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    A Era de Prata

    O início da Era de Prata acontece com o lançamento de Flash de Dois Mundos em 1961, estabelecendo a existência do Multiverso na DC e surge uma nova versão do Superman. Contudo o Superman da Era de Ouro, assim como outros personagens que surgiram se estabelecem como a Terra 2.

    Neste período existe a expansão do universo do herói, com a chegada de outros sobreviventes da queda de Krypton, como Kara Zor-El/Supergirl, Superboy e Krypto. Mas com o grande volume de histórias e um cânone que se tornou muito confuso, a editora decide realinhar suas histórias com Crise nas Infinitas Terras, em 1985, retomando Kal-El/Clark Kent como o único sobrevivente.

    Morte e Renascimento: a renovação de um símbolo

    Após a época de John Byrne à frente do Homem de Aço, as vendas das revistas do personagem entram em queda e era necessário algo que fosse diferente para alcançar novos ares. Assim é lançada A Morte e Retorno de Superman.

    A equipe criativa composta por Dan Jurgens, Louise Simonson, Jerry Ordway e Roger Stern desenvolveu a história sobre um adversário que o Superman ao enfrentá-lo, viria a sucumbir. Até então nenhum personagem no universo de quadrinhos de fato havia encontrado um fim, porém o significado da história é ir além da morte do maior de todos, mostrando como seria o mundo sem a sua presença.

    Após o arco Funeral Para Um Amigo, uma dentre tantas histórias emocionantes do personagem, é lançado o Reign of the Supermen ou como chegou no Brasil: O Mistérios dos Supermen. Neste momento ocorre a disputa entre quatro figuras a seguir o manto do herói, sendo eles: John Irons/Aço, Superboy, o Erradicador e um Superman Ciborgue, que posteriormente teria sua identidade revelada.

    A conclusão com o retorno do herói, além de sua própria importância é a preparação para queda de outro personagem importante com a destruição de Coast City. Em seu retorno, algumas mudanças ocorrem na identidade visual do Superman, como seu cabelo longo e um traje preto que posteriormente seria substituído pelas suas cores originais.

    Em 2020, durante o arco Dark Nights Metal foi lançado uma coletânea de histórias de versões sombrias de clássicos do universo DC. Dentre elas A Morte do Superman, mostrando o que aconteceria se o Erradicador não conseguisse reclamar o corpo de Clark, assim transferido o legado de Krypton para Lois Lane.

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    Indicação de histórias interessantes do Homem do Amanhã

    Ao longo destas oito décadas, há diversas histórias marcantes do Homem de Aço, expandindo em inúmeros aspectos o significado de sua importância neste universo e nos quadrinhos em geral. Dentre elas algumas se destacam, seja pela sua mensagem esperançosa ou a proposta em torno do que significa.

    Action Comics #1 (1938) – Criada por Joe Shuster e Jerry Siegel é o começo de toda a grande jornada do personagem até os dias atuais. Sendo uma excelente leitura para se compreender a visão que se tinha de quadrinhos na época em comparação a contemporaneidade.

    O Que Aconteceu ao Homem de Aço? (1986) – Escrita por Alan Moore e arte de Curt Swan é considerada a história que encerra um importante capítulo da história do Homem de Aço, antes da run de John Byrne. Nesta história, Moore revisita personagens importantes do cânone do Homem do Amanhã, dando um desfecho definitivo para a história do Superman.

    Reino do Amanhã (1996) – Escrita por Mark Waid e arte de Alex Ross é considerada uma das maiores histórias se tratando de quadrinhos em geral. Além do aspecto visual, a discussão em torno do próprio heroísmo como crítica em meio ao recorte histórico daquele período nos quadrinhos e um excelente roteiro é uma das obras que mudam o curso de como se pensar em uma história.

    Superman: As Quatro Estações (1998) – Escrita por Jeph Loeb e desenhada por Tim Sale é uma história que remete ao começo de Clark Kent como Superman, sua vivência no interior e na cidade grande enquanto tenta se tornar um herói para o mundo. Na mais recente série de TV do herói, Superman & Lois, algumas referências desta história são utilizadas.

    Superman Grandes Astros (2005) – Escrita por Grant Morrison e arte de Frank Quitely é para muitos que se dizem especialistas em quadrinhos a maior obra já criada a respeito do Superman. Particularmente é uma história que conseguiu captar a essência, o significado do Homem do Amanhã e toda a bondade, altruísmo, respeito e empatia que representa.

    Superman: Para o Alto e Avante (2020) – Escrita por Tom King e desenhada pro Andy Kubert, é uma das minisséries que mais se aproximam de entrar no hall de histórias clássicas do Superman. Além do trabalho artístico de Kubert, a forma como King consegue utilizar os aspectos emocionais do Superman torna esta HQ uma excelente leitura que mostra o significado de esperança que o personagem incorpora.

    Superman em live action e futuro

    TBT #93 | O Homem de Aço (2013, Zack Snyder)

    Além de ser o primeiro herói de quadrinhos, Superman é um dos primeiros personagens deste gênero a ser adaptado para uma mídia em live action, em 1948, dez anos após a sua criação.

    Com o título original de As Aventuras do Superman, foi lançado com 15 episódios entre 1948 e 1950. A série foi estrelada por Kirk Alyn como Clark Kent/Superman e Noel Neill como Lois Lane. Além do lançamento em formato série o filme foi lançado para o cinema.

    A maior curiosidade sobre a primeira aparição do Homem de Aço gira em torno das cenas que o Superman voa, que eram animadas, dadas a tecnologia disponível na época. A série ainda tem um longa Atom Man vs Superman estrelada pelo mesmo ator.

    Em 1951, George Reeves assume o papel do maior herói de todos em Superman and The Mole Man sendo a primeira produção desenvolvida diretamente para o cinema. Posteriormente se tornou um seriado de 104 episódios lançados entre 1952 e 1958.

    O seriado foi inicialmente produzido em preto e branco e teve sua transição para o colorido ao longo de sua exibição. Em 1959, George Reeves é encontrado morto; sendo este momento conhecido como a maldição do Superman.

    O momento que estabelece o personagem em live action é no período de 1978 e 1987 com os quatro filmes do herói, interpretado por Cristopher Reeve. Este período ficou marcante na história pelos efeitos apresentados e o carisma do ator, considerado por muito até hoje o seu maior interprete e único a protagonizar mais produções.

    Entre 1987 e 2006 o personagem surgiu ainda em dois seriados que fizeram sucesso sendo o primeiro Lois e Clark: As Aventuras do Superman, em 1993 com 4 temporadas e Smallville, em 2001 com 10 temporadas; sendo esta última série de TV, a com mais temporadas produzidas até hoje.

    Em 2006 foi lançado Superman: O Retorno ambiente no universo dos quatro filmes protagonizados por Cristopher Reeve, porém interpretado por Brandon Routh e com a direção de Bryan Singer.

    Após 7 anos é lançado O Homem de Aço (2013) dirigido por Zack Snyder, que pretendia iniciar o seu próprio universo de filmes. Apesar das participações do personagem em filmes como Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), Liga da Justiça (2017 e 2021) e Adão Negro (2022), o filme de 2013 foi o último a ser lançado com sua história focada diretamente no universo do Superman.

    Atualmente o único produto do universo DC direcionado ao Homem do Amanhã é o seriado Superman e Lois protagonizado por Tyler Hoechlin como Clark Kent/Kal-El/Superman e Elizabeth Tulloch como Lois Lane. Além do seriado, foi divulgado pelo co-presidente da DC Studios, James Gunn o lançamento de Superman: Legacy com previsão para julho de 2025.

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    Acha que só o Superman já chegou na casa dos 80? leia também:

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    Lançamentos Netflix: Veja o que chega em maio

    Maio já está chegando e nada melhor que ficar por dentro dos próximos lançamentos Netflix: Conheça os filmes, séries, documentários e animes que chegarão ao catálogo da gigante do streaming.

    Veja abaixo a lista completa com os lançamentos Netflix de maio deste ano:

    SÉRIES

    Dia 2 – O Famoso Alfaiate – T1 

    Um alfaiate renomado começa a fazer o vestido de casamento da noiva do melhor amigo, mas os três guardam segredos que podem ter consequências inesperadas.

    Dia 2 – Vilarejo do Amor – T1

    Em busca de um novo amor, solteiros e solteiras com 35 anos ou mais se mudam para uma casa de campo. Será que vão encontrar sua alma gêmea ou vão embora sozinhos?

    Dia 3 – Casamento à Moda Judaica – T1

    Com foco no casamento, judeus e judias procuram Aleeza Ben Shalom na busca do par ideal nos EUA ou em Israel.

    Dia 4 – Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton – T1

    Nesta minissérie que antecede Bridgerton, o casamento da Rainha Charlotte com o Rei George é muito mais que uma história de amor: é uma transformação na alta sociedade.

    Dia 4 – Santuário do Sumô – T1

    Um jovem rebelde começa a lutar sumô e conquista o público com sua atitude ousada. Mas esse esporte cheio de tradições não aceita inovações.

    Dia 10 – Dance Brothers – T1

    Dois irmãos que buscam o sucesso como dançarinos abrem uma boate. Mas o amor pela arte logo entra em conflito com os negócios, abalando a relação dos dois.

    Dia 12 – Black Knight – T1

    Em um 2071 distópico, com o mundo arrasado pela poluição, a sobrevivência da humanidade depende de um extraordinário grupo de entregadores.

    Dia 12 – Mulligan – T1

    Nesta comédia de humor ácido, a Terra é praticamente destruída por alienígenas. E agora? Será que os sobreviventes vão conseguir reconstruir o que sobrou?

    Dia 18 – Com Carinho, Kitty – T1

    Kitty é uma jovem casamenteira que vai acabar topando com o namorado de longa distância num lugar especial: a escola de Seul que sua falecida mãe frequentou.

    Dia 19 – Silêncio – T1

    Sergio matou os pais há seis anos e, desde então, nunca mais falou uma palavra. Para descobrir o que aconteceu, uma psiquiatra decide fazer uma investigação intensa.

    Dia 20 – Dra. Cha – T1

    Vinte anos depois de abandonar a carreira na saúde, uma dona de casa luta para encontrar seu lugar no ambiente cheio de surpresas da residência médica.

    Dia 25 – FUBAR – T1

    Um agente da CIA prestes a se aposentar descobre um segredo de família e precisa desempenhar uma última (e inesperada) missão.

    Dia 26 – Mar Branco – T1

    Quando um barco carregado com cocaína afunda nos Açores, Eduardo enxerga uma oportunidade arriscada de ganhar dinheiro e realizar sonhos impossíveis.

    FILMES

    Dia 12 – A Mãe

    Uma assassina treinada sai do esconderijo onde vive para proteger a filha, que nunca conheceu, de criminosos em busca de vingança.

    Dia 24 – A Mãe do Ano

    Quando o filho que ela nunca conheceu é sequestrado, a ex-agente especial Nina volta à ativa para salvá-lo, custe o que custar.

    Dia 26 – Sangue e Ouro

    Nos últimos dias da Segunda Guerra, um desertor alemão e uma jovem mulher se envolvem em uma batalha sangrenta com um grupo de nazistas em busca de ouro escondido.

    Dia 26 – Tin & Tina

    Depois de sofrer um aborto traumático, um casal adota dois gêmeos em um convento. Mas a obsessão das crianças pela religião começa a incomodar a família.


    Dia 31 – Mixed by Erry

    Nos anos 1980, em Nápoles, um DJ e seus dois irmãos começam a contrabandear fitas piratas e se tornam grandes produtores de discos, procurados pela polícia.

    DOCUMENTÁRIOS

    Dia 10 – Busca Imediata: Pessoas Desaparecidas

    Acompanhe o trabalho da polícia da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, em busca de pessoas que desapareceram em circunstâncias estranhas.

    Dia 10 – Rainha Cleópatra

    Cleópatra luta para proteger o trono, a família e o legado. Esta série documental conta com reconstituições e entrevistas com especialistas.

    Dia 16 – Anna Nicole Smith: Vocês Não Me Conhecem

    Este documentário reconta a fama astronômica como modelo e a trágica morte de Anna Nicole Smith, trazendo relatos de pessoas próximas da estrela.

    Dia 17 – Conor McGregor: Além do Octógono

    Com seus golpes potentes e provocações de tirar a paciência, Conor McGregor virou a maior aposta do UFC. Esta série documental acompanha a carreira do lutador.

    Dia 23 – Vítima x Suspeita

    Uma jornalista decide investigar o caso de uma mulher acusada de fazer uma denúncia falsa de estupro, mas acaba descobrindo um padrão perturbador nos procedimentos das autoridades.


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