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    CRÍTICA – Medida Provisória (2022, Lázaro Ramos)

    Em um Brasil futurista distópico, somos apresentados a uma realidade ligeiramente parecida com a nossa. Medida Provisória nos introduz em uma cultura em que os negros passaram a ser chamados de “melaninados”, ou “pessoas com melanina acentuada” e vemos a vida de Antônio (Alfred Enoch), Capitú (Taís Araújo) e André (Seu Jorge) mudarem da noite para o dia.

    Na primeira direção da carreira de Lázaro Ramos, vemos a adaptação da peça tragicomédia “Namíbia, Não!”.

    SINOPSE

    Em um futuro próximo distópico no Brasil, um governo autoritário ordena que todos os cidadãos afrodescendentes se mudem para a África – criando caos, protestos e um movimento de resistência clandestino que inspira a nação.

    ANÁLISE

    Medida Provisória

    Confesso que Medida Provisória é um filme que esse que vos escreve esperava lançar há bastante tempo, esse atraso não se dá apenas pelo tempo de produção do filme, mas pela falta de incentivo da cultura brasileira, que desde 2016, passou a ser quase inexistente. Mas desde o anúncio em 2019, até o lançamento do filme, em 14 de Abril de 2022, a violência cresceu de forma acentuada, e as vítimas foram cada vez mais pessoas de pele negra.

    Após assistir toda a entrevista de Alfred Enoch e de Lázaro Ramos no Podpah – que é incrível -, o hype para o filme só aumentou. E eu preciso te confessar: Para assistir Medida Provisória, você precisa de estômago.

    “Em uma cultura de morte, a sobrevivência é desobediência civil”

    Medida Provisória é tão doloroso e forte, como a realidade. Em um futuro distópico, esse mundo se assemelha ainda mais com o nosso, e daí parece vir o incômodo. Comentários soltos na trama, que contribuem para um todo, nos colocam desconfortáveis o tempo todo, isso se você tiver o mínimo de consciência.

    As atuações de Enoch, Taís e Jorge nos lançam ao longo de toda a trama por um carrossel de emoções, nos fazendo testemunhar racismos reais e o que é conhecido como “racismo recreativo”, e dá ao filme um tom de “história de cautela” – ou seja, uma história que serve como um aviso para o que está por vir se as coisas não tomarem um rumo diferente.

    Medida Provisória

    Medida Provisória chega em tempos em que direitos são tirados, e pessoas morrem sem qualquer auxílio do governo, e a parte mais dolorida, é como o filme se assemelha do mundo real. Após atrasos ligados à censura imposta pela Ancine, confesso que isso pode ter comprometido o corte final do filme – que ainda se mostra como uma obra majestosa e necessária em tempos tão doloridos.

    Com a dessensibilização e o sensacionalismo imposto por jornais do tipo “espreme que sai sangue”, o corpo negro passou a ser visto acima de tudo, como um alvo. Não apenas da polícia, mas também como algo a ser combatido o tempo todo. O filme de Lázaro, Enoch, Thaís, Jorge e todos os outros atores, nos lança em uma campanha de entender a pessoa negra como semelhante e pertencente desta terra na qual vivemos.

    VEREDITO

    Com referências à história não apenas do Brasil, mas mundial, o filme se destaca nas participações comoventes e nas atuações do trio principal, mas não apenas nisso. O roteiro e a liberdade criativa que os atores parecem ter, vêm como um respiro em meio às cenas que são retratos cotidianos.

    Com um pequeno problema em acertar seu tempo, e falhando ligeiramente em nos conduzir pelo fio narrativo da trama, Lázaro brilha ao nos encaminhar por uma história de amor, de vida, de resistência e de luta.

    Medida Provisória é um soco no estômago, que te deixará sem ar sem pestanejar. Mas ainda que pungente, o filme te recompensará com esperanças de que um Brasil melhor há de chegar. E que ainda que existam pessoas lutando pelo certo há mais de 500 anos, e que pareça distante, esta luta um dia terá fim.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Elite (5ª temporada, 2022, Netflix)

    Esta semana recebemos o screener da Netflix com os três primeiros episódios, dos oito da quinta temporada de Elite, que de acordo com a plataforma, esta temporada será de libertação. Sem julgamentos. Sem regras. Você terá coragem?

    O elenco conta com os veteranos da série Itzan Escamilla (Samuel), Omar Ayuso (Omar), Georgina Amorós (Cayetana), Claudia Salas (Rebeka), Pol Granch (Phillipe) e os recém adicionados André Lamoglia, Valentina Zenere e Adam Nourou.

    A 5ª temporada chega ao catálogo da gigante do streaming nesta sexta-feira, 8 de abril.

    SINOPSE

    Novatos chegam ao colégio de elite Las Encinas, onde a rotina é tudo menos pacata. Nessa prestigiosa instituição, a convivência entre os alunos parece esquentar cada vez mais, trazendo à tona novas intrigas e novos problemas.

    ANÁLISE

    Valentina Zenere como Sofia.

    Os três primeiros episódios parecem dar o tom do que veremos nos episódios seguintes: rebeldia, prazer e um assassinato; o que me fez revirar os olhos sem paciência. Após quatro temporadas, mais uma vez teremos tudo que já vimos antes: jovens com hormônios em ebulição, cenas de sexo e um assassinato sendo investigado.

    É notório que os produtores Carlos Montero, Jaime Vaca, Almudena Ocaña e Darío Madrona criaram uma “receita de bolo” com esses três elementos, onde a única liberdade para tentar mudar esse “sabor” é a adição de dois ou três personagens novos a cada temporada substituindo personagens antigos, onde aqui temos:

    • Sofia (Valentina Zenere), a patricinha rica que se autointitula a “imperatriz de Ibiza”;
    • Gonzalo (André Lamoglia), o filho do jogador de futebol famoso que se diz hétero mas flerta abertamente com Patrick (Manu Ríos) e
    • Bilal (Adam Nourou), um jovem carente com dificuldades para sobreviver na cidade e conta com a ajuda de Omar (Omar Ayuso).

    Elite nunca foi a joia aos olhos da Netflix, como The Crown e La Casa de Papel, onde a primeira conquistou diversos prêmios importantes e a segunda angariou uma legião de fãs, ou muito menos um fenômeno como Round 6; mas a série espanhola apresenta seus bons números para a plataforma, já que ainda em 2021 foi confirmada a 6ª temporada.

    Mesmo apresentando boa audiência para a gigante do streaming e elenco dedicado, temos aqui o clássico erro de não saber quando parar. Temos diversas séries com esse problema de esticarem a trama ao máximo para “ordenhar o leite [$] até a vaca [a série] secar”; bons exemplos disso são The Walking Dead e Vikings, que a partir de determinando ponto, tornaram-se esquecíveis.

    Em Elite não é só a trama que é repetida; figurinos e cenários também estão incluso no pacote, fazendo com que a primeira impressão é de que teremos novamente mais do mesmo; infelizmente.

    A 5ª temporada estreia nesta sexta-feira, 8 de abril.

    Assista ao trailer legendado:

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    CRÍTICA – For Life (2ª temporada, 2020, ABC)

    Criada por Hank Steinberg, a segunda temporada da série de drama jurídico, For Life, que já estava disponível no catálogo do Paramount+, chegou também ao catálogo da Netflix. A série que é levemente baseada na história real de Isaac Wright Jr., que foi preso por um crime que não cometeu e enquanto estava preso, ele se tornou advogado e ajudou a reverter as condenações errôneas de vinte de seus companheiros de prisão, antes de finalmente provar sua própria inocência.

    Infelizmente, em maio de 2021, a série foi cancelada após duas temporadas.

    O elenco conta com Nicholas PinnockJoy BryantTyla HarrisTimothy Busfield, Indira Varma (Game of Thrones), Dorian Missick (Luke Cage) entre outros.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – For Life (1ª temporada, 2020, ABC)

    SINOPSE

    Após a longa jornada de Aaron (Nicholas Pinnock), o presidiário que se tornou advogado tentará de tudo para provar sua inocência e enquanto procura expor as falhas nos sistemas penal e legal americanos, ele também se esforça para recuperar sua vida anterior a prisão.

    ANÁLISE

    Nesta temporada, Aaron continua sua batalha contra a máquina política e com a ajuda contínua das pessoas que o apoiaram – sua família, o astuto defensor público Henry Roswell (Timothy Busfield) e sua ex-diretora prisional, Safiya Masry (Indira Varma), o trio busca alcançar mudanças reais no sistema jurídico e fazer resultados positivos na vida de pessoas e da comunidade.

    Com 10 episódios, a segunda temporada de For Life opta por se afastar da história real de Isaac Wright Jr. para retratar a história real dos EUA durante o início da pandemia de Covid-19 e movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em tradução direta) mesmo que de forma ficcional.

    Ao optar pela mudança de caminho, a segunda temporada acerta em cheio ao abordar temas importantes que marcaram a sociedade como um todo, não apenas nos EUA; a quarentena, o lockdown, a força tarefa do corpo de saúde no tratamento das vítimas do vírus, o trabalho de libertação de presos não violentos para um confinamento seguro para presos são pontos marcantes e fortes. bem como a morte de um cidadão negro, sufocado por policiais brancos – referência ao assassinato de George Floyd – trazendo novamente luz para a importância do movimento Black Lives Matter e o medo enraizado na comunidade afro-americana.

    Enquanto poucas produções para o cinema e TV abordaram a pandemia de Covid-19 e as repercussões do caso Floyd, em For Life tudo é muito bem trabalhado para retratar as situações e os impactos de tudo que vivemos nos últimos anos.

    VEREDITO

    Como já mencionado, apesar da temporada se afastar dos fatos reais do protagonista e trilhar o ficcional, os episódios são envolventes, tocantes e cheios de emoções variadas. Com um elenco dedicado, ver o desenvolvimento de personagens de apoio e temas importantes sendo abordados é tão gratificante que supera a tristeza do cancelamento precoce da série.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao teaser da 2ª temporada de For Life:

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    Noites Sombrias #60 | Pânico 5 e a interminável auto referência

    O Noite Sombrias dessa semana volta para Woodsboro em mais um ataque geracional de Ghostface. Após 10 anos do último filme da franquia Pânico, o novo longa da saga apresenta novas técnicas de horror sem deixar a linguagem característica de lado. 

    Com direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (Casamento Sangrento) e roteiro de James Vanderbilt (Zodíaco) e Guy Busick (Casamento Sangrento), Pânico (2022) ou obviamente, Pânico 5 não busca ser ousado ou diferente do que os fãs da saga estão acostumados. O filme se intera de seus antecessores para criar uma interminável auto referência que se torna o grande plot do longa.

    Tudo começa com um telefone fixo tocando – por mais clichê que possa parecer, ainda funciona – a jovem Tara Carpenter (Jenna Ortega), sozinha em casa, atende o telefonema e uma voz familiar começa a lhe perguntar sobre filmes de terror. Para Tara é simples, seus filmes favoritos de terror não são bem terror, como a própria diz, “são horror elevados” como The Babadook

    Para qualquer fã de terror, esse tipo de argumento seria o fim. Mas, para a geração de Tara, o chamado “pós horror” trouxe questões sociais para serem discutidas dentro dos filmes de terror (como se nenhum cineasta do gênero tivesse feito isso antes), o que soa mais atrativo. Porém, Tara conhece os clássicos do gênero, o que não a salva de ser atacada por Ghostface. 

    Pânico 5 quebra sua primeira regra, a primeira vítima a ser atacada não morre. Tara sobrevive de uma maneira extraordinária, o que faz com que sua irmã Sam (Melissa Barrera) volte para Woodsboro, após fugir de um passado sombrio. Sam traz junto o namorado Richie (Jack Quaid), o qual conheceu há apenas seis meses e qualquer um que já tenha visto um filme sobre “Quem é o assassino?” sabe que esse é um alerta vermelho. 

    É interessante que ao longo do filme, Pânico se propõe a ser fiel a sua franquia, da mesma forma que está sedento por novas coisas. Ainda temos um grupo de adolescentes que assim como podem ser vítimas, também podem ser  assassinos, os amigos de Tara sabem das regras e brincam com elas o tempo todo. Em uma reunião com todos os envolvidos é Mindy Meeks-Martin (Jasmin Savoy Brown), irmã gêmea de Chad Meeks-Martin (Mason Gooding), que explica para a turma as regras do filme, não à toa os gêmeos são sobrinhos de Randy (aficionado por filmes de terror e morto em Pânico 2).

    Praticamente, todos no grupo têm alguma ligação com moradores antigos de Woodsboro. Wes Hicks (Dylan Minnette) é filho de Judy Hicks (Marley Shelton) de Pânico 4, assim como, Amber (Mikey Madison) vive na casa que foi de Billy Loomis (Skeet Ulric), onde aconteceu o confronto final do primeiro filme. Logo, o longa traz aspectos familiares e locais para evidenciar que qualquer um pode ser o novo assassino ou novos asassinos.   

     Pânico têm uma enorme capacidade de fazer autocrítica, de uma forma que pareça uma piada de si mesmo. Mindy fala que os fãs de terror não querem mais saber de reboots ou remakes, a bola da vez são as requels. Uma forma de fazer sequências trazendo aspectos originais do conteúdo, mas com inovações como novos personagens. Justamente o que Pânico 5 se propõe a fazer. 

    Até mesmo a franquia de filmes dentro de Pânico, “Stab”, está saturada dos filmes de terror. Em uma cena, Richie comenta que a saga Stab desandou depois do quinto filme (lembrando estamos vendo Pânico 5), sendo o oitavo filme o pior de todos por supostamente trazer coisas diferentes a franquia, também é falado que Rian Johnson (Star Wars: Os Últimos Jedi) foi quem dirigiu esse filme odiado pelos fãs. 

    Dessa forma, o longa faz uma crítica às intermináveis franquias e também aos fãs tóxicos que lotam as redes sociais e os fórum de discussões da internet de comentários negativos quando um diretor ou estúdio resolve trazer o mínimo de criatividade a uma franquia já batida. 

    Apesar disso, Pânico 5 não é tão ousado quanto seu discurso mostra. O filme fica preso a velhos estigmas revelando uma dupla de assassinos já batidas de outros filmes da saga. É decepcionante para os fãs, mas confortável para a produção. O que leva a pensar o quanto a auto-referência de Pânico até um certo ponto não começa a ser prejudicial a franquia, se estamos no quinto filme e tudo que podemos fazer é uma auto análise e piadas com o gênero o terror, começa a ser desgastante e mais do mesmo. Ou seja, tudo que Pânico crítica e repudia de outras franquias de filmes. 

    DIREÇÃO E PERSONAGENS ANTIGOS

    Wes Craven, um dos mestres do horror e idealizador de filmes como A Hora do Pesadelo, revolucionou o gênero com Pânico (sobre isso temos conteúdo no site) criando uma trama com personagens fortes e um assassino lendário. Infelizmente, Craven morreu em 2015, mas Pânico 5 é uma grande homenagem ao diretor. 

    Por isso, talvez, o filme mantenha alguns aspectos de roteiro característicos de Graven, ainda que aposte em mais drama do que o diretor apostaria. Mas, para além disso, Pânico 5 ganha pela direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, a dupla faz mais movimentos de câmera robustos e constrói o filme mais violento da saga. 

    Pânico 5 escorre sangue e suas mortes gráficas são mais um adendo dos diretores. Em algumas cenas, como a que Tara precisa de salvar sozinha no hospital, revelam a capacidade técnica do filme em ser aterrorizante.

    Por último, é necessário falar do maior e melhor trio de filmes de horror. Dewey (David Arquette), um tanto mais dramático, continua sendo um dos personagens mais queridos da saga e não mede esforços para ajudar as novas vítimas a lidar com Ghostface. Já Gale (Courteney Cox) e Sidney (Neve Campbell) continuam as final girls que todos amam. 

    Logo, é evidente que esse filme também é um passada de bastão (ou tocha) para novos personagens que podem vir agregar em muito na franquia. É fato que Pânico ainda precisa ajustar algumas coisas, como aparições fantasmagóricas de personagens que já morreram e não fazem o menor sentido, mas o saldo final é divertido e extremamente sangrento. 

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    She-Hulk: Quem é Jennifer Walters, a prima de Bruce Banner?

    A advogada Jennifer Walters foi transformada em uma super-heroína movida a Gama conhecida como Mulher-Hulk (She-Hulk no original) graças ao seu primo Bruce Banner, e reforça sua força sensacional com sua inteligência e confiança selvagens.

    A personagem criada por Stan Lee e ‎John Buscema para a Marvel Comics teve sua estreia nas páginas da HQ Savage She-Hulk #1, publicada em fevereiro de 1980.

    ORIGEM

    Jennifer era a filha de Morris Walters, xerife do município de Los Angeles, e Elain Walters (que faleceu quando sua filha ainda era uma criança), e prima do Bruce Banner, o Hulk. Nascida em Los Angeles, Walters frequentemente passava as férias de verão com os parentes da mãe dela, os Banners, em Dayton, Ohio. Apesar de uma diferença de idade de cinco anos, Jennifer e Bruce ficaram tão íntimos quanto irmão e irmã, mas eles perderam contato depois que Banner deixou Dayton e seguiu sua vida até se tornar o Gigante Esmeralda.

    Jennifer Walters foi para uma faculdade de Los Angeles cursar Direito, se formando como uma das melhores alunas, Jennifer passou a exercer a profissão em Los Angeles.

    Muito tempo depois de Banner ter se tornado o Hulk, ele visitou Jennifer para restabelecer contato com os amigos de infância, e para confiar a ela seu trauma emocional. Naqueles dias, Jennifer estava defendendo um criminoso chamado Lou Monkton, um gângster que Nicholas Trask tinha chamado para o assassinar o próprio guarda-costas. Enquanto Walters se dirigia com Banner para sua casa em Los Angeles, um dos homens de Trask tentou assassiná-la, ferindo-a seriamente. Como ela estava perdendo sangue rapidamente, Bruce Banner improvisou uma transfusão de sangue de emergência, sabendo que ele e a prima compartilhavam do mesmo tipo sanguíneo.

    Percebendo que sua prima estava fora de perigo, o cientista desaparece temendo que a tensão do momento o transformasse em Hulk. Os efeitos da transfusão com sangue alterado por raios Gama se manifestam em Jennifer Walters quando os homens de Trask, disfarçados de médicos, invadem seu quarto de hospital. Ao reconhecê-los como ameaça, o ódio (e medo) da jovem desencadearam uma transformação em seu corpo, tornando-a numa versão feminina do Hulk, posteriormente denominada Mulher-Hulk.

    PODERES E HABILIDADES

    Mulher-Hulk: Quem é Jennifer Walters, a prime de Bruce Banner?

    Como Mulher-Hulk ela é extraordinariamente forte e resistente, capaz de saltar grandes alturas e se manter em uma luta física contra algumas das potências mais formidáveis ​​da Terra. Notavelmente, ao contrário de Bruce Banner e outros que se tornaram criaturas parecidas com o Hulk graças à exposição Gama, ela mantém sua inteligência após sua transformação.

    É difícil não notar a Mulher-Hulk, mas há muito mais em Jennifer Walters do que sua imensa força, estatura e pele verde (ou, às vezes, cinza). Jennifer é uma advogada de Nova Iorque, na qual seus talentos se comparam aos dos melhores advogados de defesa dos EUA, embora muitas vezes aceite casos que apelam mais ao seu senso de justiça do que ao seu bolso.

    EQUIPES

    Amiga próxima do Quarteto Fantástico, a Mulher-Hulk substituiu Ben Grimm como o quarto membro da equipe; lutou ao lado dos Vingadores, dos Defensores, A-Force, Fundação do Futuro e vários outros grupos. Ao contrário do Hulk, Walters quase sempre manteve sua inteligência, engenhosidade e esperteza enquanto estava em sua forma Mulher-Hulk e, também ao contrário de seu primo, tende a abraçar seu alter ego.

    CURIOSIDADES

    Mulher-Hulk: Quem é Jennifer Walters, a prime de Bruce Banner?

    Embora Stan Lee seja creditado como o cocriador da Mulher-Hulk, a personagem não foi originalmente ideia sua. A razão inicial para a criação foi ganhar direitos exclusivos para uma versão feminina do Hulk; e a ideia nasceu durante os anos 1970 da série de televisão live-action O Incrível Hulk. O programa teve tanto sucesso que o canal CBS considerou fazer uma série spin-off feminina do Hulk. Mas a Marvel ficou sabendo da ideia e agiu rapidamente, fazendo com que Stan Lee escrevesse a primeira edição de uma série de quadrinhos da Mulher-Hulk, junto com o artista John Buscema fazendo as artes.

    Embora Mulher-Hulk e Homem de Ferro estejam do mesmo lado durante a Primeira Guerra Civil dos Super-Heróis, Tony Stark a manipula para facilitar o envio do Hulk para fora da Terra. Os nanobots injetados em Jennifer Walters inibem seus poderes por algum tempo, e posteriormente Jennifer leva Tony ao tribunal como resultado.

    Recentemente Walters abriu seu próprio escritório de advocacia com dinheiro que recebeu de um cliente que ela ajudou, isso permitiu que ela trabalhasse em seus próprios termos. Como advogada, ela defendeu o Capitão América que estava sendo julgado por assassinato e ajudou o filho de Victor von Doom, o Doutor Destino, a se tornar independente da Latvéria.

    Nas páginas da série de HQ She-Hulks, Jennifer encontra diversas Mulheres-Hulks, entre aliadas e inimigas.

    INIMIGOS

    Mulher-Hulk vs Titânia.

    Dentre os diversos personagens da galeria de vilões da Marvel, o incrivelmente inteligente Líder é um antagonista para a maioria dos heróis movidos a radiação Gama, pois ele usa suas habilidades para tentar subjugar a humanidade em vez de ajudá-la.

    Outra adversária comum nas páginas da HQ She-Hulk é Mary MacPherran, também conhecida como Titânia. Uma jovem do Colorado que passou voluntariamente por alterações genéticas misturadas com radiação Gama pelo Doutor Destino.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Conheça Mary MacPherran, a Titânia

    OUTRAS MÍDIAS

    Mulher-Hulk (She-Hulk) na série do Disney+
    Imagem oficial da série She-Hulk, do serviço de streaming Disney+.

    GAMES

    A personagem sempre esteve muito presente nos games da Marvel, entre eles:

    • Marvel Super Heroes (1995);
    • Marvel Super Heroes: War of the Gems (1996);
    • Fantastic Four (1997);
    • Fantastic Four: Rise Of The Silver Surfer (2007);
    • Marvel: Ultimate Alliance 2 (2009);
    • Marvel vs Capcom 3: Fate of Two Worlds (2011);
    • Marvel: Avengers Alliance (2012);
    • Marvel Avengers Academy (2016);
    • Fornite (2020).

    TV

    A personagem esteve presentes em diversas animações para TV, como:

    • The Incredible Hulk (1982);
    • The Incredible Hulk (1996);
    • Fantastic Four: World’s Greatest Heroes (2006);
    • The Super Hero Squad Show (2010);
    • Hulk and the Agents of S.M.A.S.H. (2013);

    Em 2022, a série She-Hulk, da Marvel Studios para o serviço de streaming Disney+, apresentará Tatiana Maslany na primeira versão live-action da Mulher-Hulk.

    LEIA TAMBÉM:

    Marvel Comics: Conheça outros personagens da editora


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    CRÍTICA – Kirby and the Forgotten Land (2022, Nintendo)

    Lançado em 25 de março de 2022 para Nintendo Switch, Kirby and the Forgotten Land é o primeiro game de ação e plataforma em 3D da franquia. O novo jogo do Kirby foi desenvolvido pela HAL Laboratory e publicado pela Nintendo.

    SINOPSE

    Embarque em uma aventura totalmente nova como a poderosa bolinha, Kirby. Explore livremente em fases 3D enquanto descobre um mundo misterioso com estruturas abandonadas de uma civilização passada – como um shopping center?!

    Copie as habilidades dos inimigos, como o novo Drill e Ranger, e use-as para atacar, explorar seus arredores e salvar os Waddle Dees sequestrados do feroz Beast Pack ao lado do misterioso Elfilin.

    ANÁLISE DE KIRBY AND THE FORGOTTEN LAND

    Prestes a completar 30 anos, Kirby na verdade deu um grande presente para a comunidade gamer: seu primeiro jogo de plataforma 3D! A história do personagem rosa da Nintendo e da HAL Laboratory é cheia de curiosidades e chama atenção o fato de só agora ter sua primeira aventura nesse gênero. Um dos motivos da demora é que foi complexo construir a exploração em 3D por se tratar de uma criatura tão peculiar e com um verdadeiro arsenal de habilidades.

    Por isso, os desenvolvedores dedicaram muito tempo para conseguir trazer essa experiência, e isso fica ainda mais evidente nos esforços da Big N em compartilhar detalhes da produção em entrevistas com esses profissionais. Você pode conferir o bate-papo nos links a seguir (em inglês): parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4.

    Pois bem… a espera valeu a pena! Kirby and the Forgotten Land é um jogo incrível, muito divertido e com efeitos terapêuticos – sério mesmo. A comunidade de Animal Crossing tem esse sentimento pelo game, e a experiência com o novo jogo do Kirby é tão prazerosa quanto desenvolver sua ilha e viver em comunidade nas terras do Tom Nook, mesmo com propostas tão diferentes.

    E por incrível que pareça, essa comparação com Animal Crossing faz ainda mais sentido, pois uma das novidades trazidas à franquia é o vilarejo Waddle Dee Town, que Kirby precisa ajudar os Waddle Dees a construir na Forgotten Land. É nela onde podemos aprimorar habilidades, comprar itens de cura, batalhar no torneio de boss rush, decorar sua casa, tirar uma soneca no seu quarto e curtir um cineminha, inclusive. O cinema exibe as cutscenes de partes da aventura que você já jogou.

    O jogo inicia com a possibilidade de escolher entre os níveis fácil (Spring-Breeze Mode) e difícil (Wild Mode). Isso pode ser modificado a qualquer tempo durante sua aventura. A seguir, a cutscene que mostra como Kirby foi parar na Forgotten Land. Ele (sim, Kirby é um menino) e os demais habitantes do planeta PopStar foram sugados por uma força misteriosa que levou geral para esse mundo esquecido. Irônico, não?

    Como já havia destacado na minha análise do jogo demo, ambas dificuldades são fáceis, o que torna o jogo bem acessível a todos os públicos. Isso contribui bastante para a experiência terapêutica, mas também há elementos que impõem certo desafio.

    Por exemplo: a cada fase você precisa libertar Waddle Dees raptados. Alguns fazem parte do avanço linear do mapa, mas outros estão escondidos ou devem ser libertados se você cumprir uma missão que só é possível descobrir ao concluí-la, ou então ao terminar a fase. Só que se você completar uma missão e houver duas incompletas, o jogo só exibirá uma delas para você poder jogar novamente quando quiser e tentar completá-la, mantendo a outra oculta. Sempre apenas uma nova exibição é mostrada, e isso agrega tempo de jogo para quem desejar concluir Kirby and the Forgotten Land com 100% de aproveitamento.

    A demo de Kirby and the Forgotten Land foi disponibilizada de graça em 03 de março na Nintendo eShop. Confira nossas primeiras impressões

    Em tempo: A demo não diz respeito às três primeiras fases do jogo completo. Ela é um versão adaptada para que você conheça as principais mecânicas e tenha a chance de enfrentar o primeiro boss, mas a experiência é diferente da oferecida no jogo completo. Na versão final o encontro com o chefe demora mais para acontecer. A Nintendo acertou em oferecer a versão demonstrativa com esses ajustes, pois valoriza muito o produto final.

    Também é preciso destacar o trabalho visual primoroso de Kirby and the Forgotten Land. O jogo é cheio de cores vivas, os personagens são muito bem feitos e os movimentos fluem com naturalidade. É ótimo de jogar e também de assistir.

    Novas experiências com as habilidades do Kirby

    A habilidade mouthful é a grande novidade trazida para a franquia. Ela permite sugar objetos (carros, máquinas de vendas de refrigerantes, cones de trânsito, etc) para que novas mecânicas sejam habilitadas. Por exemplo: Quando Kirby se transforma em uma máquina de vendas de refrigerantes, é possível pular e cuspir latas em direção aos adversários e a outros objetos nos cenários.

    Outro ponto que merece destaque em Kirby and the Forgotten Land são as áreas do mapa desse mundo esquecido. Cada uma possui quatro fases (sendo a última sempre com o chefe da região) e alguns minijogos que você pode descobrir explorando ou são indicados pelos Waddle Dees. Cada minigame exige que você vença uma fase em um tempo relativamente curto usando uma habilidade. Ao concluir, você recebe uma pedra rara, que deve ser usada para aperfeiçoar as habilidades na loja do vilarejo.

    Co-op divertido

    Divertido por natureza, muito mais em dupla. O co-op de Kirby and the Forgotten é muito bem feito, e a versão definitiva corrigiu os pequenos problemas que havia identificado na demo (perda de FPS ao realizar algumas ações e sensação de área limitada para controlar o player 2, Waddle Dee).

    O multiplayer local é satisfatório e agradável. É verdade que ela torna o jogo ainda mais fácil, mas não considero um problema.

    A experiência é muito agradável no co-op de Kirby and the Forgotten Land

    A experiência é realmente de cooperação e faz sentido em praticamente todas as fases, como nas que Kirby suga uma lâmpada para iluminar o cenário, facilitando o avanço lado a lado com o Waddle Dee. No entanto, em alguns poucos momentos a experiência como player 2 fica limitada, pois apenas Kirby com suas habilidades consegue acessar certas áreas, de modo que o segundo jogador é levado junto automaticamente.

    VEREDITO

    Minha primeira experiência com o jogo foi em live na nossa Twitch e fiquei jogando co-op por mais de 5 horas (confira aqui). Tanto tempo curtindo Kirby and the Forgotten Land se deve ao fato de ser um game prazeroso, relaxante e com gráficos muito bonitos. Com certeza esse é um dos melhores e mais divertidos jogos de 2022!

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Kirby and the Forgotten Land:

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