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    CRÍTICA – Kirby and the Forgotten Land (2022, Nintendo)

    Lançado em 25 de março de 2022 para Nintendo Switch, Kirby and the Forgotten Land é o primeiro game de ação e plataforma em 3D da franquia. O novo jogo do Kirby foi desenvolvido pela HAL Laboratory e publicado pela Nintendo.

    SINOPSE

    Embarque em uma aventura totalmente nova como a poderosa bolinha, Kirby. Explore livremente em fases 3D enquanto descobre um mundo misterioso com estruturas abandonadas de uma civilização passada – como um shopping center?!

    Copie as habilidades dos inimigos, como o novo Drill e Ranger, e use-as para atacar, explorar seus arredores e salvar os Waddle Dees sequestrados do feroz Beast Pack ao lado do misterioso Elfilin.

    ANÁLISE DE KIRBY AND THE FORGOTTEN LAND

    Prestes a completar 30 anos, Kirby na verdade deu um grande presente para a comunidade gamer: seu primeiro jogo de plataforma 3D! A história do personagem rosa da Nintendo e da HAL Laboratory é cheia de curiosidades e chama atenção o fato de só agora ter sua primeira aventura nesse gênero. Um dos motivos da demora é que foi complexo construir a exploração em 3D por se tratar de uma criatura tão peculiar e com um verdadeiro arsenal de habilidades.

    Por isso, os desenvolvedores dedicaram muito tempo para conseguir trazer essa experiência, e isso fica ainda mais evidente nos esforços da Big N em compartilhar detalhes da produção em entrevistas com esses profissionais. Você pode conferir o bate-papo nos links a seguir (em inglês): parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4.

    Pois bem… a espera valeu a pena! Kirby and the Forgotten Land é um jogo incrível, muito divertido e com efeitos terapêuticos – sério mesmo. A comunidade de Animal Crossing tem esse sentimento pelo game, e a experiência com o novo jogo do Kirby é tão prazerosa quanto desenvolver sua ilha e viver em comunidade nas terras do Tom Nook, mesmo com propostas tão diferentes.

    E por incrível que pareça, essa comparação com Animal Crossing faz ainda mais sentido, pois uma das novidades trazidas à franquia é o vilarejo Waddle Dee Town, que Kirby precisa ajudar os Waddle Dees a construir na Forgotten Land. É nela onde podemos aprimorar habilidades, comprar itens de cura, batalhar no torneio de boss rush, decorar sua casa, tirar uma soneca no seu quarto e curtir um cineminha, inclusive. O cinema exibe as cutscenes de partes da aventura que você já jogou.

    O jogo inicia com a possibilidade de escolher entre os níveis fácil (Spring-Breeze Mode) e difícil (Wild Mode). Isso pode ser modificado a qualquer tempo durante sua aventura. A seguir, a cutscene que mostra como Kirby foi parar na Forgotten Land. Ele (sim, Kirby é um menino) e os demais habitantes do planeta PopStar foram sugados por uma força misteriosa que levou geral para esse mundo esquecido. Irônico, não?

    Como já havia destacado na minha análise do jogo demo, ambas dificuldades são fáceis, o que torna o jogo bem acessível a todos os públicos. Isso contribui bastante para a experiência terapêutica, mas também há elementos que impõem certo desafio.

    Por exemplo: a cada fase você precisa libertar Waddle Dees raptados. Alguns fazem parte do avanço linear do mapa, mas outros estão escondidos ou devem ser libertados se você cumprir uma missão que só é possível descobrir ao concluí-la, ou então ao terminar a fase. Só que se você completar uma missão e houver duas incompletas, o jogo só exibirá uma delas para você poder jogar novamente quando quiser e tentar completá-la, mantendo a outra oculta. Sempre apenas uma nova exibição é mostrada, e isso agrega tempo de jogo para quem desejar concluir Kirby and the Forgotten Land com 100% de aproveitamento.

    A demo de Kirby and the Forgotten Land foi disponibilizada de graça em 03 de março na Nintendo eShop. Confira nossas primeiras impressões

    Em tempo: A demo não diz respeito às três primeiras fases do jogo completo. Ela é um versão adaptada para que você conheça as principais mecânicas e tenha a chance de enfrentar o primeiro boss, mas a experiência é diferente da oferecida no jogo completo. Na versão final o encontro com o chefe demora mais para acontecer. A Nintendo acertou em oferecer a versão demonstrativa com esses ajustes, pois valoriza muito o produto final.

    Também é preciso destacar o trabalho visual primoroso de Kirby and the Forgotten Land. O jogo é cheio de cores vivas, os personagens são muito bem feitos e os movimentos fluem com naturalidade. É ótimo de jogar e também de assistir.

    Novas experiências com as habilidades do Kirby

    A habilidade mouthful é a grande novidade trazida para a franquia. Ela permite sugar objetos (carros, máquinas de vendas de refrigerantes, cones de trânsito, etc) para que novas mecânicas sejam habilitadas. Por exemplo: Quando Kirby se transforma em uma máquina de vendas de refrigerantes, é possível pular e cuspir latas em direção aos adversários e a outros objetos nos cenários.

    Outro ponto que merece destaque em Kirby and the Forgotten Land são as áreas do mapa desse mundo esquecido. Cada uma possui quatro fases (sendo a última sempre com o chefe da região) e alguns minijogos que você pode descobrir explorando ou são indicados pelos Waddle Dees. Cada minigame exige que você vença uma fase em um tempo relativamente curto usando uma habilidade. Ao concluir, você recebe uma pedra rara, que deve ser usada para aperfeiçoar as habilidades na loja do vilarejo.

    Co-op divertido

    Divertido por natureza, muito mais em dupla. O co-op de Kirby and the Forgotten é muito bem feito, e a versão definitiva corrigiu os pequenos problemas que havia identificado na demo (perda de FPS ao realizar algumas ações e sensação de área limitada para controlar o player 2, Waddle Dee).

    O multiplayer local é satisfatório e agradável. É verdade que ela torna o jogo ainda mais fácil, mas não considero um problema.

    A experiência é muito agradável no co-op de Kirby and the Forgotten Land

    A experiência é realmente de cooperação e faz sentido em praticamente todas as fases, como nas que Kirby suga uma lâmpada para iluminar o cenário, facilitando o avanço lado a lado com o Waddle Dee. No entanto, em alguns poucos momentos a experiência como player 2 fica limitada, pois apenas Kirby com suas habilidades consegue acessar certas áreas, de modo que o segundo jogador é levado junto automaticamente.

    VEREDITO

    Minha primeira experiência com o jogo foi em live na nossa Twitch e fiquei jogando co-op por mais de 5 horas (confira aqui). Tanto tempo curtindo Kirby and the Forgotten Land se deve ao fato de ser um game prazeroso, relaxante e com gráficos muito bonitos. Com certeza esse é um dos melhores e mais divertidos jogos de 2022!

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Kirby and the Forgotten Land:

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    Cavaleiro da Lua: Conheça os Deuses Egípcios

    Cavaleiro da Lua da Marvel estreou no dia 30 de Março no Disney+ e já tivemos a oportunidade de assistir os 4 primeiros episódios. Você pode ver o que achamos da série clicando aqui! Ainda que atue lado a lado com personagens mais pés no chão, com as mais diversas origens, ele se distancia de todos da Marvel até hoje: Sua ligação com os deuses egípcios o tornam único. Não apenas por seus poderes virem diretamente do Deus da Lua, Marc Spector possui uma história intimamente ligada ao universo egípcio e suas deidades, principalmente por causa da Enéade – o Panteão de Deuses Egípcio, que costumam atuar como os principais inimigos de Spector.

    Assim como a história de Thor nos quadrinhos que mudou a origem e as histórias dos deuses asgardianos para se encaixar no Universo Marvel, vimos o mesmo ser feito com a mitologia egípcia na Marvel. Alguns dos deuses egípcios ligados ao Cavaleiro da Lua vão desde Bast – a deusa pantera de Pantera Negra -, até mesmo Seth e Rama-Tut (uma variante de Kang).

    Ainda que o Cavaleiro da Lua tenha ligação com diversos membros da Enéade, ele está diretamente ligado à outros deuses. Com histórias profundas ligadas à seu mundo, os personagens passaram a figurar nas mais diversas histórias do Cavaleiro da Lua. Seja na forma de deuses, ou divindades que atuam como vilões, eles estão diretamente ligados ao personagem de Spector nos quadrinhos.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Deuses Egípcios: Do Egito Antigo à cultura pop

    CAMPEÃO DE KHONSHU, O DEUS DA LUA

    deuses

    Khonshu é membro da Enéade e possui a história mais íntima com Marc Spector, também conhecido como Cavaleiro da Lua. Sendo um dos deuses que habitam a Heliópolis Celestial, Khonshu é incapaz de entrar no plano terreno, então ao longo de sua história, é sabido que o deus escolheu guerreiros na Terra e passou a chamá-los de campeões para guiá-los de acordo com suas vontades, e passou a denominá-los, Cavaleiro da Lua.

    Nos quadrinhos, a origem dos poderes de Marc vêm do fato dele ter sido morto no Egito enquanto atuava como um mercenário, antes de ter seu corpo colocado aos pés de uma estátua de Khonshu. O deus estão ofereceu poupar a vida de Spector em troca de seus serviços como o Cavaleiro da Lua. Marc então passou a atuar como o campeão de Khonshu e passou a obedecer todas as suas vontades como um vigilante, desde lutar contra o crime, até mesmo as alianças que passou a formar com os mais diversos heróis da Marvel.

    Na série do Disney+, Khonshu também terá um papel de extrema importância, atormentando Marc e fazendo-o de alguma forma despertar como o Cavaleiro da Lua. O deus da Lua conta com uma aparência bem próxima a dos quadrinhos, o personagem terá uma história de origem bem parecida com a dos quadrinhos.

    ARTHUR HARROW E SUA LIGAÇÃO COM AMMUT, O DEVORADOR DOS MORTOS

    deuses

    Harrow é o líder de um culto que vê Marc como um obstáculo em sua missão de “curar o mundo.” A missão de Harrow está diretamente ligada à outra deidade egípcia, Ammut, o devorador dos mortos.

    Nos quadrinhos, Ammut atuava como o devorador de almas dos mortos não dignos, impedindo que eles tivessem qualquer tipo de vida após a morte. Ammut nos quadrinhos da Marvel é mostrado bem próximo do que os egípcios o retratavam em suas ilustrações, dando ao personagem uma cabeça de crocodilo, e tinha um papel importante em decidir o destino das pessoas após a morte.

    CONEXÃO COM O DEUS SOL

    Na mitologia do mundo real, acredita-se que Ra era o Deus do Sol e governava com o Rei dos Deuses. Diferente do deus grego Zeus, Ra era visto como o pai de toda a criação. Mas assim como Khonshu, ele nunca pode adentrar no plano terreno, sendo assim, ele também escolhe um campeão para lançar sobre a Terra suas vontades, chamando-o de Rei Sol.

    A relação entre pai e filho nos quadrinhos nunca foi das melhores e essa relação nada amigável acabou se transferindo para seus campeões. E assim como os dois possuem campeões para desempenhar suas vontades, seus avatares já se enfrentaram.

    Ainda que a primeira temporada sirva para nos habituar ao mundo fantástico da Marvel – coisa que Doutor Estranho já fez no passado -, enquanto coloca Arthur Harrow como o principal vilão dessa temporada, seria interessante ver no futuro o verdadeiro rival do Cavaleiro da Lua ser ninguém mais, ninguém menos que o Rei Sol. Ainda que a Enéade seja enorme, e já tenhamos visto algo muito parecido com um panteão no UCM, quando apresentaram Asgard, será interessante ver mais uma aparição de Bast, e o que a Marvel pode fazer em seu universo de séries. Ainda que muitos deuses sejam extremamente difíceis de representar, será interessante ver a participação que a Enéade pode ter no futuro do Universo Cinematográfico Marvel.

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    Confira o trailer de Cavaleiro da Lua:

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    Sonic: Conheça Knuckles, o mais novo personagem do filme Sonic!

    Como um personagem já recorrente da franquia Sonic desde Sonic the Hedgehog 3 de 1994, o personagem é o último de sua espécie, os Guerreiros Echidna. Com o único propósito de proteger a Esmeralda Mestre, o personagem será capaz de tudo para colocar as mãos na joia que garante à seu portador incríveis poderes.

    O Feededigno já assistiu Sonic 2, e você pode conferir nossa crítica clicando aqui!

    DESIGN E CRIAÇÃO

    Knuckles

    Knuckles foi criado como um antagonista de Sonic, durante o desenvolvimento do game Sonic the Hedgehog 3. O design final do personagem foi inspirado em diversos animais, levando em conta sempre o que era mais visualmente interessante para as crianças da época. O personagem contava na época com oito diferentes visuais, mas o Knuckles que conhecemos acabou se mostrando o mais popular (um dos conceitos do personagem tinha um visual mais reptiliano, e tornava o personagem parecido com um dinossauro, isso por causa da popularidade de Jurassic Park na época.) A cauda do personagem, é um elemento remanescente do visual reptiliano do personagem.

    Quanto as cores, Knuckles foi criado para suas cores principais serem sempre vermelho e verde. Uma curiosidade do personagem, é que ele falaria com um sotaque jamaicano.

    O designer que o criou, Takashi Yuda, queria o tempo todo que o personagem não fosse nada além de um personagem secundário. Knuckles que foi apresentado em Sonic the Hedgehog 3, é intimidador por suas poderosas habilidades. Mas ele deixou de ser penas um personagem secundário no jogo seguinte da franquia, Sonic & Knuckles.

    APARIÇÃO EM SONIC 2 – O FILME

    Knuckles

    Jeff Fowler e Toby Ascher, respectivamente diretor e produtor do filme, revelaram em uma entrevista maiores detalhes do personagem. Com uma aparição parecida com a do game, Knuckles tem um papel importante na proteção da Esmeralda Mestre.

    “Knuckles é forte; ele é como o Incrível Hulk do mundo do Sonic. Nós nos divertimos muito dando vida ao personagem e levando-o para as telonas. Knuckles conta com uma história incrivelmente rica. Ele é muito diferente de Sonic: Sonic é um espírito livre, que procura diversão e aventuras; toda a vida de Knuckles foi baseada em duas coisas: Disciplina e honra. O que dá um contraste cômico aos dois personagens.”

    Segundo revelado na entrevista, o objeto da missão de Knuckles, é o que é chamado de “O Santo Graal do universo Sonic.”

    E os riscos não podiam ser maiores, todo o universo pode estar ameaçado caso a Esmeralda Mestre caia nas mãos erradas.

    Sonic 2 – O Filme estreia no dia 7 de Abril nos cinemas brasileiros.

    Assista ao trailer de Sonic 2 – O Filme:

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    TBT #170 | Nosferatu (1922, Friedrich Wilhelm)

    Diferente do que muitas pessoas pensam, o filme Drácula (1931), não foi a primeira produção cinematográfica sobre vampiros a ser lançada. Antes mesmo do clássico da Universal Studios, o diretor alemão Friedrich Wilhelm Murnau já havia produzido uma obra semelhante, em 1922. Considerado um ícone do expressionismo alemão, o filme Nosferatu inovou técnicas cinematográficas e inspirou gerações futuras de cineastas.

    Um dos maiores filmes do expressionismo alemão, ao lado de O Gabinete do Dr.Caligari (1920), a obra de F. W. Murnau é uma adaptação não oficial do romance de Bram Stoker, já que os realizadores não conseguiram os direitos do livro.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Nosferatu: Conheça a origem do vampiro e suas principais adaptações

    SINOPSE

    O misterioso Conde Orlok (Max Schreck) convoca Thomas Hutter (Gustav von Wangenheim) para seu remoto castelo nas montanhas da Transilvânia, onde o misterioso Orlok procura comprar uma casa perto de Hutter e sua esposa, Ellen (Greta Schroeder). Depois que Orlok revela sua natureza de vampiro, Hutter luta para escapar do castelo, sabendo que Ellen está em grave perigo. Enquanto isso, o servo de Orlok, Knock (Alexander Granach), se prepara para que seu mestre chegue em sua nova casa.

    ANÁLISE

    Os cenários impressionam, mesmo sendo uma produção do início do século XX, há uma grande variação em matéria de locação. Outro fator que chama a atenção é o quão forte é a maquiagem das personagens femininas, que miravam parecer mais condizentes com o padrão de beleza da época, evocando maturidade e não jovialidade.

    Curiosamente, a personagem de Orlock tinha uma aparência cuja tonalidade tinha semelhanças com o feminino, com diferenças fundamentais claro, já que suas feições eram mais fortes, com um nariz protuberante e sobrancelhas grossas. Mas sua maquiagem era forte, suas unhas tão afiadas que lembravam as garras de um animal selvagem, além é claro dos dentes alongados – os dois da frente, ao invés dos caninos, como seria comum pós Drácula de 1931.

    A personagem Ellen, desde o início, demonstra ter maus presságios sobre a tarefa do marido. Durante o filme, ela aparece sempre em transe, sonâmbula e pensativa. Murnau coloca a figura feminina como mais sensível e propensa às influências do vampiro Orlok.

    Nosferatu também traz contribuições significativas para a mitologia dos vampiros: a fraqueza a luz solar foi primeiro estabelecida aqui. Mas também há diferenças notáveis ao mito dos sugadores de sangue, já que Orlock matava as vítimas ao invés de transformá-las em seres mortos-vivos como ele.

    O cineasta conduziu uma obra seminal, visualmente agressiva, e que é tão acertada graças a entrega que Schreck exerce. Sua movimentação é muito diferente, particularmente assustadora, seus movimentos básicos evocam os de um animal sorrateiro e venenoso. Até quando não é cercado por ninguém, quando não é observado, ele age de maneira estranha e desconfiada, visto que não consegue ver os homens como pessoas que merecem sua estima, e por isso, ele faz tudo sozinho.

    VEREDITO

    Nosferatu é um filme que instituiu um manual no gênero. A presença do perverso, das sombras. A monstruosidade tácita, a construção do horror através da iluminação e dos cenários preparando para a entrada do animal. O amor como catalisador desse mal, como se sua essência dependesse disso, e que resultará no viciar e no condenar.

    A obra cita esses elementos mostrando a circularidade dos processos da existência, como se aquele monstro fosse mais um em busca de objetivo comum com métodos não aceitos por nós. Uma praga viva. Nosferatu é um caçador, matador, uma fera, uma doença, tal qual nós mesmos já fomos. E ainda não o somos?

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Cinema Mudo: 10 filmes essenciais para conhecer o gênero

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    CRÍTICA – Sonic 2: O Filme (2022, Jeff Fowler)

    Após dois anos do lançamento de seu primeiro filme, o ouriço azul favorito do mundo todo retorna às telonas com sua nova produção, intitulada Sonic 2: O Filme.

    Dirigida por Jeff Fowler e roteirizada por John Whittington, Josh Miller e Pat Casey, a sequência do grande sucesso da Paramount é marcada por uma maior duração e pela apresentação de mais personagens clássicos.

    No elenco de narração estão Ben Schwartz, Idris Elba e Collen O’Shanussy, e traz o retorno dos atores Jim Carrey, James Marsden, Tika Sumpter e Natasha Rothwell. A dublagem brasileira conta com os nomes de Manolo Rey, Vii Zedek, Ronaldo Júlio, Tatá Guarnieri e Raphael Rossatto.

    SINOPSE DE SONIC 2: O FILME

    Quando o maníaco Dr. Robotnik (Jim Carrey) retorna à Terra com um novo aliado, Knuckles the Echidna (Idris Elba), Sonic (Ben Schwartz) e seu novo amigo Tails (Collen O’Shanussy) são tudo o que resta para salvar a Terra.

    ANÁLISE

    O primeiro filme do Sonic chegou com grande desconfiança. Afinal, quando o trailer foi lançado, os efeitos foram massacrados e a equipe teve que refazer tudo, criando uma nova estética para o ouriço mais famoso dos videogames. No entanto, a primeira adaptação teve uma ótima recepção do público geral, colocando Sonic como um dos raros casos de filmes sobre jogos de videogame que deram certo.

    Com o ótimo retorno nos cinemas e notas mistas da crítica especializada, Sonic 2 ganhou sinal verde para ser desenvolvido. Jeff Fowler e sua equipe de roteiristas retornam nessa continuação, criando uma produção com 30 minutos a mais do que a anterior.

    É importante lembrar que, em 2021, Sonic completou 30 anos. Em 2022, um grande projeto de comemoração está a todo vapor, com diversas ações realizadas pela Sega – inclusive o lançamento do primeiro jogo de mundo aberto do ouriço e, claro, o segundo filme da franquia. Portanto, o novo Sonic vem com uma proposta de ser maior, mais divertido e mais impactante.

    Nessa nova aventura, Tails, personagem clássico dos jogos e que foi apresentado no primeiro filme, vem à Terra para alertar Sonic de que Knuckles está atrás dele. O equidna vermelho quer se vingar a todo custo e, para isso, se une com o famigerado Dr. Robotnik.

    Sonic, claro, precisa manter a Terra (e o universo) em segurança, pois o maníaco psicopata Dr. Eggman não possui limites em seus planos maquiavélicos. Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter) possuem pouco destaque nesse novo filme, servindo mais como uma base moral e parental para o extraterrestre azulzinho.

    Começo dizendo que a maior duração de Sonic 2 pesa bastante no resultado. Com duas horas e dois minutos de rodagem é difícil não se questionar se alguns arcos precisariam realmente ser mantidos no produto final.

    Explorando diversas referências da cultura pop e adaptando acontecimentos já vistos em outras produções do gênero, a produção brinca o tempo todo com sua seriedade, o que acaba facilitando no divertimento. Entretanto, isso não minimiza os problemas de ritmo, que são sentidos devido à longa duração.

    CRÍTICA - Sonic 2: O Filme (2022, Jeff Fowler)

    Com mais espaço para ousar, Jeff Fowler extrai o melhor de seus personagens animados, os mantendo durante grande período em tela. Essa facilidade garante ótimos momentos para a trama, mas também apresenta algumas situações estapafúrdias que não precisariam existir.

    Olhando para trás e comparando com o filme anterior, Sonic 2 faz com que o primeiro Sonic se pareça ainda melhor após dois anos de lançamento, pois seus acertos se sobressaem ao fraco roteiro da segunda produção. Ao utilizar demais alguns elementos que funcionaram no primeiro filme, Sonic 2 soa um pouco forçado e acaba se tornando cansativo em alguns aspectos.

    Vale destacar o ótimo trabalho da produção em prover diversos fanservices dos games ao longo do filme. Ao apostar em pequenos elementos aqui e ali, Sonic 2 capta os adultos pela nostalgia, trazendo diversas surpresas para os espectadores.

    VEREDITO

    Sonic 2: O Filme peca em seus excessos, entregando um resultado aquém do esperado para uma continuação de sucesso. Com uma trama inconsistente e arcos desnecessários, a produção perde um pouco o brilho que havia conquistado junto aos fãs na primeira obra cinematográfica.

    Mesmo assim, a nova aventura de Sonic é um entretenimento para crianças e adultos, trazendo referências à cultura pop e avançando a história do ouriço azul nos cinemas.

    Nossa nota

    2,7/5,0

    Assista ao trailer de Sonic 2 – O Filme:

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    CRÍTICA – Morbius (2022, Daniel Espinosa)

    0

    Desde sua primeira aparição nas páginas dos quadrinhos da Marvel Comics, em 1971, Morbius, o vampiro vivo passou de vilão a anti-herói e se tornou um dos personagens mais enigmáticos do Universo Marvel.

    O filme estrelado por Jared Leto conta também com nomes como Matt SmithAdria ArjonaJared HarrisAl Madrigal e Tyrese Gibson.

    A mais nova produção da Sony Pictures no Aranhaverso chega aos cinemas nesta quinta-feira, 31.

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    SINOPSE

    Gravemente enfermo por conta de um estranho distúrbio sanguíneo e determinado a salvar outras pessoas que padecem do seu mesmo destino, o Dr. Morbius (Jared Leto) arrisca a própria vida em uma aposta desesperada. Embora, a princípio, pareça ser um enorme sucesso, algo tenebroso é desencadeado dentro dele. O bem prevalecerá sobre o mal ou Michael sucumbirá às suas novas compulsões misteriosas?

    ANÁLISE

    Que Jared Leto é um artista versátil, não há dúvidas. De músico premiado do Thirty Seconds to Mars à vencedor do Oscar por O Clube de Compras Dallas (2013), Leto não tem emplacado grandes sucessos na sétima arte nos últimos anos; e com o seu polêmico Coringa de Esquadrão Suicida (2016), o longa Morbius sofreu com uma grande preocupação por parte dos fãs sobre como seria essa nova atuação no gênero de filmes de super-heróis.

    Para acalmar esses mesmos fãs preocupados, a produção apostou em um cast conhecido do grande público com nomes que estiveram presentes em produções de sucesso, como por exemplo: Matt Smith de Doctor Who, The Crown e a aguardadíssima série House of the Dragon, o veterano Jared Harris que ganhou ainda mais holofotes depois de Chernobyl e também com Tyrese Gibson, sempre presente nas franquias Transformers e Velozes & Furiosos.

    Infelizmente, aqui o elenco é mal aproveitado e todos parecem estar flutuando ao redor de Morbius (Jared Leto) e Milo (Matt Smith), incapazes de intercederem em algo quase sobrenatural; e apesar de contarem com o habilidoso Matthew E. Butler da Digital Domain que criou os efeitos visuais para Vingadores: Ultimato (2019), a experiência em dar vida a personagens digitais da Marvel, o CGI não é suficiente para fazer de Morbius um filme inesquecível.

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    VEREDITO

    Não há forma melhor de dizer do que sendo direto e reto: é ruim.

    Se tratando de roteiro, com uma trama e diálogos criativos, o mais recente filme do Aranhaverso da Sony Pictures está mais para os filmes do Venom que para os filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi. E, além da direção fazer com o elenco seja algo superficial para o desenvolvimento da trama, o uso do CGI apesar de trazer inovação com as cenas em que Morbius “sente/identifica” as correntes de ar, não nos apresenta uma sensação de novidade.

    Com um CGI extremamente borrado em cenas de ação mais rápidas, as cenas de luta lembram os combates em CGI visto em Blade 2 (2002) e os saltos dos vampiros remetem muito aos efeitos vistos em Noturno (Alan Cumming) no longa X-Men 2 (2003); agora note que estou falando de filmes de duas décadas atrás.

    Após a sessão de imprensa de Morbius, concluí que:

    Se uma andorinha não faz verão, dois vampiros não fazem um bom filme de vampiros; quem dirá de super-heróis“.

    Importante: Morbius conta com 2 cenas pós-créditos. Relevantes? Até são, mas não salvam o filme. E se pensar muito, pode até irritar mais (meu caso) que alegrar os fãs.

    Nossa nota

    1,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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