La Casa de Papel é uma série de televisão criada por Álex Pina para o canal Antena 3, da Espanha. Lançada em maio de 2017 – originalmente em uma única temporada -, a série foi lançada em dezembro do mesmo ano no catálogo da Netflix – em duas partes -; e com o sucesso ao redor do mundo, a novas temporadas foram produzidas.
A primeira parte da 5ª – e última – temporada, conta com 5 episódios, lançados ontem (3) e a parte 2, chegará ao catálogo no dia 3 de dezembro.
SINOPSE
Já faz mais de 100 horas que a missão no Banco de Espanha começou. O grupo de assaltantes conseguiu resgatar Lisboa (Itziar Ituño), mas não há motivos para comemorar – muito pelo contrário: o momento é de tensão e luto. O Professor (Álvaro Morte) foi capturado por Alicia Sierra (Najwa Nimri) e, pela primeira vez em sua vida, ele não tem um plano de fuga. E quando parecia que a situação não tinha como piorar, aparece um inimigo muito mais poderoso do que qualquer outro que já enfrentaram: o exército. O maior roubo da história está chegando ao fim e aquilo que começou como um assalto está prestes a se transformar em guerra.
ANÁLISE
O sucesso dos icônicos assaltantes de macacões vermelhos e máscaras de Salvador Dalí é inegável; e a gigante do streaming soube aproveitar isso. Sem uma campanha de marketing dedicada à Netflix, La Casa de Papel se tornou a primeira série em idioma não-inglês mais assistida na plataforma no início de 2018, quatro meses após ser adicionada ao catálogo.
E vale lembrar que a série permaneceu a mais assistida na plataforma por seis semanas consecutivas e se tornou uma das séries mais populares no IMDb. Sendo, também, tendência nas redes sociais em todo o mundo, principalmente porque celebridades comentaram sobre ela, como personalidades que vão desde Neymar até Stephen King.
Depois da morte de Nairóbi (Alba Flores) na Parte 4, eu fiquei tão revoltado que disse que não assistiria a Parte 5, mas, nem tudo na vida é como gostaríamos… e aqui estou.
Minha experiência foi prejudicada pela forma como foi concluída a temporada anterior? óbvio que sim, mas a La Casa de Papel ainda mantém seu poder de prender o espectador (a essa altura um fã) para descobrir como os planos mirabolantes do Professor se desdobrarão.
VEREDITO
Nesta última temporada, seguimos com os planos infalíveis, troca de tiros, negociação e claro, reviravoltas; mas o que mais me chamou atenção foi a introdução de René (Miguel Ángel Silvestre, de Sense8 e Sky Rojo), o homem com quem Tóquio (Úrsula Corberó) começou a assaltar e com quem ela viajou e aproveitou a vida antes de entrar para a equipe do Professor.
Eu adorei a atuação de Miguel Ángel Silvestre em Sense8, sendo disparado meu personagem favorito na série das diretoras Lana e Lilly Wachowski (Matrix), mas nesta reta final de La Casa de Papel, os muitos flashbacks de Tóquio não parecem agregar nada a trama principal, dando a sensação de ser apenas a oportunidade para inserir o ator, que atualmente faz sucesso em Sky Rojo.
Resumidamente, a Parte 5 – Vol. 1 serve apenas para um único propósito: jogar por terra a primeira teoria criada pelos fãs de La Casa de Papel e que perdurava desde a primeira temporada.
Nossa nota
3,0 / 5,0
Assista ao trailer legendado:
A primeira parte da 5ª – e última – temporada, conta com 5 episódios, lançados ontem (3) e a parte 2, chegará ao catálogo no dia 3 de dezembro.
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La Casa de Papel Parte 5 – Vol. 1 chegou na Netflix e os fãs estão ansiosos para descobrir o que vai acontecer a seguir. Com tantas voltas e reviravoltas que muitas vezes confundem a ordem dos acontecimentos neste hit espanhol, é importante lembrar todos os detalhes, mesmo aqueles que gostaríamos que não acontecessem.
De conexões improváveis entre ladrões à jornada de Raquel (Itzar Ituño) de volta à gangue, aqui está um resumo de tudo o que aconteceu na Parte 4 e como o final revela algumas teorias para o final.
O TIRO EM NAIRÓBI
Antes de seu trágico destino, a Parte 4 inicia justamente no ponto em que a Parte 3 terminou: depois que Nairóbi (Alba Flores) foi baleada por um atirador da polícia por ordem de Alicia Sierra (Nadjwa Nimri).
Os assaltantes estavam instantaneamente focados em salvar a vida da amiga e isso implicava em parar de brigarem entre si. Com medo de que eles não pudessem trabalhar juntos, Nairóbi se dispôs a ser entregue à polícia, para que recebesse assistência médica adequada. Tóquio (Úrsula Corberó) acaba realizando a cirurgia com a orientação de um cirurgião paquistanês por meio de uma vídeo chamada.
Durante a cirurgia, o Professor (Álvaro Morte) está negociando com a polícia para cuidar de Nairóbi. Tóquio remove a bala com sucesso e salva a vida da amiga, o que instantaneamente intensifica a fúria de Palermo (Rodrigo de La Serna) por não ter mais uma posição de poder.
PALERMO E GANDÍA
Palermo perdeu o controle quando Tóquio assumiu a liderança do assalto. Em um esforço para recuperar seu poder, Palermo liberta Gandía (Jose Manuel Poga), o impiedoso chefe da segurança do Banco da Espanha. Gandía então foge passando por um abalado Rio (Miguel Herrán) e ataca Helsinque (Darko Perić) e a debilitada Nairóbi, antes de se trancar na sala do pânico – uma sala secreta de segurança – e entrar em contato com a polícia.
O policial Antonanzas (Antonio Romero) relata a ligação de Gandía ao Professor, que então tenta contar a Tóquio sobre isso, mas não consegue antes que ela seja nocauteada pelo próprio Gandía.
O chefe da segurança continua a atormentar os outros assaltantes e até joga uma granada no Rio e Denver (Jaime Lorente). Há um grande tiroteio entre Gandía e a gangue, o que o leva a fazer Nairóbi como refém.
A TRAJÉDIA DE NAIRÓBI
Depois que Nairóbi – ainda debilitada da cirurgia – está sob a custódia de Gandía, ele enfia a cabeça dela por um buraco de uma porta e planeja sua fuga, mas não antes de atirar na mão da refém para afirmar suas ameaças.
Como ninguém ousaria machucá-la, ele a usa como escudo humano; no entanto, ele não foge imediatamente como esperamos. Em vez disso, Gandía atira na testa de Nairóbi e ela cai no chão (um momento sem precedentes e de arrancar as lágrimas para dos fãs).
Apesar de Denver jogar uma granada em Gandía em retaliação, eles não podem matá-lo nem salvar a vida de Nairóbi pela segunda vez.
O ATAQUE DO PROFESSOR
Após a morte de Nairóbi, o Professor continua a tramar uma solução para suas lutas. Ele tenta procurar a sala do pânico e rapidamente descobre que ela está localizada no banheiro do governador.
Ele também controla o resgate de Lisboa e, mais uma vez, confia em Marselha (Luka Peroš) para salvar o dia. A estratégia que ele inventa é encontrar a filmagem da tortura de Rio na Argélia e compartilhá-la com o resto do mundo para que eles fiquem do lado dos assaltantes.
A notícia agita a população da Espanha e a polícia é forçada a não apenas negar as acusações, mas também a recuar no ataque ao banco depois que uma entrevista com um dos torturadores foi transmitida durante o anúncio policial.
Além disso, o Professor conta que a polícia capturou Raquel ilegalmente e a manteve na tenda todo esse tempo.
A RUÍNA DE SIERRA
Frustrada com a súbita reviravolta dos acontecimentos, a inspetora Sierra foi a responsável pela tortura de Rio e admite isso em uma entrevista coletiva que marca sua queda. Grávida e despedida de sua ocupação, Alicia Sierra está sedenta por vingança e não tem medo de resolver o problema por conta própria.
Ela descobre que Antonazas estava colaborando com o Professor e depois de olhar várias imagens de segurança, ela descobre a placa do veículo utilizado pelo líder do assalto.
O RETORNO DE LISBOA
Enquanto Sierra vai atrás do Professor, ele continua planejando o resgate de Lisboa. Com alguma ajuda externa, seu grupo recupera Lisboa de uma das viaturas da polícia que a levava para a audiência.
O passo final é fazer todos pensarem que Gandía havia pedido um helicóptero para sair do banco. A distração é suficiente para Lisboa entrar no banco e se reunir com o resto da gangue.
Eles decidem que o roubo acontecerá em homenagem a Nairóbi. O Professor está entusiasmado com o fato de o Plano Paris ter ocorrido exatamente como ele imaginou, mas a felicidade não dura muito.
No final da season finalle da Parte 4, Sierra aponta uma arma para o Professor sinalizando que pode não haver saída.
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Invocação do Mal é uma franquia que adoramos revisitar e no Noites Sombrias de hoje vamos fazer a crítica do primeiro filme que iniciou o Invocaverso, dirigido por James Wan.
SINOPSE
Ed e Lorraine Warren (Vera Farmiga e Patrick Wilson) são um casal de demonologistas que averiguam casos paranormais. Os dois tem uma missão espinhosa pela frente: salvar a família Perron de um demônio poderoso que quer atormentar as suas pobres vítimas a todo o custo.
ANÁLISE
Invocação do Mal é uma das franquias que fizeram do gênero de terror ser popular novamente, pois trouxe uma história muito boa e diversos personagens carismáticos.
A começar pelos protagonistas Ed e Lorraine. Farmiga e Wilson dominam seus papéis, além de possuírem uma química incrível. Eles realmente parecem um casal de verdade, pois possuem uma intensidade incrível.
Wan trabalha de forma muito eficaz os espaços que ele tem em seu cenário, uma vez que usa um plano sequência que mostra a família Perron feliz em sua mudança e o cenário de terror que será utilizado por Bathsheba Sherman, um demônio zombeteiro e cruel. A dicotomia de emoções do início e terceiro ato é uma excelente sacada, pois mostra a euforia e a exaustão de todos depois de muito tempo de destruição do seu ânimo para a jogada final.
O roteiro é muito bem amarrado, visto que tememos pelos personagens a todo o momento e os sustos são muito bem garantidos pela direção e roteiristas., já que a trilha sonora, ou falta dela, são adicionados de forma bem trabalhada, além dos jump scares precisos de Wan.
VEREDITO
Invocação do Mal é um longa que tem uma atmosfera única, uma vez que tem uma equipe técnica que sabe o que faz. Com um roteiro, direção e elenco afiados, a obra se tornou um marco dentro do gênero depois de tanto tempo de marasmo.
Nossa nota
4,5/5,0
Confira o trailer de Invocação do Mal:
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Chegou o tão aguardado momento: neste dia 2 de setembro estreou nos cinemas Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, o mais novo filme da Marvel Studios que vem gerando grande expectativa entre os fãs e promete ser um marco na história do Universo Cinematográfico Marvel.
O novo filme acompanha Shang-Chi (Simu Liu), um jovem ligado à misteriosa organização dos Dez Anéis que embarca em uma jornada de autodescoberta e reconexão com seu complexo passado familiar.
Antes de correr para o cinema e se sentar na frente da telona, aqui estão oito fatos imperdíveis sobre a história, os personagens, os bastidores do filme e muito mais. Confira!
O FILME APRESENTA UM NOVO SUPER-HERÓI DA MARVEL
A nova produção do estúdio revela ao mundo um super-herói nunca antes visto no MCU. Além disso, ele é o primeiro super-herói asiático do estúdio. Tanto para os cineastas, como para o elenco (em sua maior parte de origem asiática), a entrada de Shang-Chi no MCU tem um grande impacto em termos de representatividade desta comunidade no cinema, abrindo um espaço importante para novas gerações.
No filme, Shang-Chi é um jovem que vive em São Francisco e, devido ao roubo de um presente que sua mãe lhe havia dado quando pequeno, viaja para Macau junto com sua melhor amiga para avisar a sua irmã do perigo que também se aproxima dela.
Lá, Shang-Chi deve enfrentar o passado que ele pensava ter deixado para trás. Ao ser atraído para a rede da misteriosa organização dos Dez Anéis liderada por seu pai, Shang-Chi percebe que deve deter a ele e aos membros de sua organização.
E GIRA EM TORNO DE UMA ORGANIZAÇÃO MÍTICA
Além de dar vida ao personagem de Shang-Chi, os cineastas do filme também mergulharam nos valiosos arquivos de quadrinhos da Marvel para incorporar à história um elemento pouco explorado: a organização dos Dez Anéis.
No filme, Shang-Chi tem uma estreita conexão familiar com a organização, mencionada pela primeira vez no MCU em 2008 como parte da trama de Homem de Ferro e retomada cinco anos depois em Homem de Ferro 3 com uma surpreendente reviravolta na história.
“Quando falamos sobre trazer para a tela a pessoa por trás da organização dos Dez Anéis, dissemos que queríamos fazê-lo quando sentíssemos que poderíamos fazer justiça ao personagem e mostrar sua complexidade”, explica o produtor Kevin Feige.
“Essa é a diversão do MCU nesta fase. Podemos fazer um filme como Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e apresentar um novo herói ao mundo, mas o título também conecta com o começo do MCU, que abre a porta para a exploração da organização e quem realmente está por trás dela”.
A HISTÓRIA É CONECTADA PELAS CULTURAS DO ORIENTE E OCIDENTE
A intrigante trama do filme engloba o público das ruas de São Francisco dos dias atuais até a pequena e milenar vila de Ta Lo, no coração da Ásia.
Assim, por meio dos diversos acontecimentos que vão se sucedendo e das revelações que são feitas dos personagens e suas histórias de vida, ocorre um encontro único entre a cultura asiático-americana e as diversas culturas do antigo continente. O longa apresenta personagens que honram suas raízes e, ao mesmo tempo, são atuais e plurais, facilitando na rápida identificação por parte do público.
O PÚBLICO CONHECERÁ NOVOS TALENTOS
O novo longa da Marvel fará o mundo inteiro conhecer o ator sino-canadense Simu Liu. Depois de se juntar ao elenco da série canadense Kim’s Convenience, o papel de Shang-Chi marca a estreia de Liu no cinema.
Por sua vez, o público irá conhecer também a atriz de origem chinesa Meng’er Zhang, que interpreta Xialing. Zhang conta com uma experiência em teatro e teatro musical, em sua cidade natal de Nanjing.
“Xialing é alguém com quem você não quer mexer, até Shang-Chi sabe que não deve incomodá-la. É uma mulher muito dura e independente, fria por fora, mas tem uma parte calorosa e frágil no fundo. Ela teve uma infância traumática, mas não afundou, ficou mais forte. É como uma flor que sobrevive ao inverno mais frio”, diz Zhang sobre sua personagem.
LENDAS DO CINEMA ASIÁTICO FAZEM PARTE DO FILME
Junto com novos talentos, o filme conta com a participação de atores e atrizes de extensa trajetória que são ícones do cinema asiático.
O personagem de Xu Wenwu, pai de Shang-Chi, é interpretado pelo lendário ator de Hong Kong Tony Leung, conhecido por sua contínua colaboração artística com o icônico diretor chinês Wong Kar-Wai. Entre outros, Leung participou de filmes como Amor à Flor da Pele, O Grande Mestre e Amores Expressos.
Trabalhar com o renomado ator foi muito emocionante para Simu Liu. “Estava muito ansioso para conhecer Tony. Não sabia o que esperar, mas quando o conheci, ele tinha um sorriso tão cativante e um carisma tão caloroso que imediatamente me senti completamente à vontade. Ele é o ser humano mais doce, bondoso e gentil, além de ser uma lenda do cinema”, confessa Liu.
O filme também inclui a atriz malaia Michelle Yeoh, que interpreta Ying Nan, tia de Shang-Chi, e é mundialmente conhecida por sua participação em filmes como 007 – O Amanhã Nunca Morre, O Tigre e o Dragão e Memórias de uma Geisha.
AS ARTES MARCIAIS ESTÃO NO CENTRO DA CENA
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis é uma verdadeira homenagem às artes marciais. O filme conta com várias cenas de lutas, nas quais se combinam diferentes disciplinas e técnicas.
Para a equipe de criação, a autenticidade destes cenas foi fundamental desde o início. “Foi um pouco complicado porque era necessário ter uma variedade de estilos e técnicas de artes marciais. Fizemos uma busca global por coordenadores de dublês e cenas de ação, coordenadores de lutas e diretores de segunda unidade que haviam feito este tipo de filme antes”, explica o produtor executivo Charles Newirth.
Assim, a equipe foi acompanhada por coreógrafos especialistas de todo o mundo, bem como cavaleiros e arqueiros da Mongólia e artistas de movimento e mestres de parkour dos Estados Unidos, Austrália e Canadá.
Por sua vez, Shang-Chi, treinado desde a infância como uma verdadeira “arma humana”, exibe uma variedade de estilos e técnicas em sua luta.
“Aprendi com os melhores do mundo. Passamos por quase todos os estilos imagináveis, desde o tradicional Kung Fu chinês, elementos de Wushu e Hong Quan, mas também mudamos para o sudeste asiático e exploramos o Muay Thai e Silat, Krav Maga e Jiu-Jitsu, além do boxe e lutas de rua”, diz Simu Liu sobre os treinos para o papel.
O CINEMA ASIÁTICO TEM UMA FORTE INFLUÊNCIA
Tanto os produtores, como o diretos e as equipes das diversas áreas criativas, sabiam desde o início que o cinema asiático seria uma grande influência no filme.
“Tirar inspiração de filmes de artes marciais nos permitiu levar este filme para um lugar diferente e injetar um sabor distinto do que tínhamos visto antes. O filme tem o que o público espera e ama em um filme da Marvel, mas com uma perspectiva completamente única, totalmente orgânica para o personagem e o mundo”, diz o produtor Jonathan Schwartz.
Sue Chan, a designer de Produção do filme, diz que cresceu assistindo filmes de Kung Fu nos cinemas chineses no bairro Chinatown, em Nova York. Seus pais também levavam para casa fitas VHS, então ela cresceu com Jackie Chan, Bruce Lee e outras estrelas das artes marciais.
Ao embarcar neste projeto, Chan se inspirou no trabalho do visionário diretor chinês Zhang Yimou e nos filmes do diretor taiwanês Ang Lee, bem como nos épicos de ação de Hong Kong, observando estruturalmente como esses filmes eram rodados.
“Percebi que, para filmar Kung Fu e outras artes marciais, precisamos de muitas tomadas que começam desde cima, então o chão realmente importa. Além disso, é preciso ter certeza de que o set é construído de maneira que as colunas e paredes possam ser usadas bem como os móveis”, diz Chan.
O FILME FARÁ HISTÓRIA DENTRO DO MCU
Devido ao seu impacto em termos de representação asiática, bem como às particularidades da história e a estética singular que percorre, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, sem dúvida, está deixando uma marca muito especial na história do MCU.
Os fãs não serão somente testemunhas de tudo isso, mas também encontrarão na tela tudo o que amam e valorizam em um filme da Marvel. E quando saírem do cinema, voltarão para casa pensando nesse novo super-herói que os conquistou para sempre.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis já está disponível nas salas de cinema de todo o Brasil.
Confira o trailer:
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Distribuído pela Synapse Distribution, chega ao Brasil em 3 de setembro, via plataformas digitais, o drama épico No Limite do Mundo (Edge of the World).
Estrelado por Jonathan Rhys Meyers (The Tudors), o filme retrata a aventura de Sir James Brooke, história real que já serviu como inspiração para clássicos do cinema, como Apocalypse Now (1979).
SINOPSE
No Limite do Mundo é baseado em fatos reais e mostra a jornada do explorador Sir James Brooke até se tornar o Rei de Sarawak. Brooke precisou desafiar a coroa britânica, em 1840, e lutar contra a colonização, escravidão e o ataque de piratas em suas terras, situadas na atual Malásia.
ANÁLISE DE NO LIMITE DO MUNDO
No Limite do Mundo chama atenção desde o primeiro minuto por conta da gravação em meio à natureza. O longa do diretor Michael Haussman foi todo filmado na ilha de Bornéu, na Malásia, onde se localiza a região de Sarawak.
Esse é um grande acerto da produção e, de fato, agrega bastante para outro ponto positivo: a atuação do elenco.
Não apenas Jonathan Rhys Meyers, que interpreta Sir James Brooke e está em tela em praticamente 100% do filme, como todo o elenco atua bem, mesmo em cenas mais desafiadoras em meio à natureza. Destaco o ator Samo Rafael, intérprete do Príncipe Badruddin, que entrega um personagem consistente e calmo, mesmo em meio às batalhas.
Apesar das atuações em cenários naturais e desafiadores, o roteiro de Rob Allyn deixa a desejar. A história é pouco atrativa para o público global e o desenrolar dos fatos são monótonos. Em alguns momentos No Limite do Mundo peca também por ser apressado, dificultando que haja qualquer conexão com os personagens.
O Rei de Sarawaka é conhecido por ter uma mentalidade um tanto pacifista, o que o fez ser bem quisto pelo povo de Bornéu. No entanto, nem mesmo essa diferenciação de Sir James Brooke em comparação com tantos outros reis torna a história cativante.
Por falar no caráter pacífico do Rei de Sarawaka, o ato final apresenta uma mudança na postura do personagem. Tal acontecimento não tem base nenhuma nas características até então apresentadas, nem no desenrolar das relações entre alguns personagens.
O resultado da narrativa confusa acaba sendo a entrega de clichês típicos de histórias de exploração.
VEREDITO
No Limite do Mundo exibe belos locais de gravação em meio à natureza que, muitas vezes, tornam um tanto desafiadoras as atuações – outro ponto positivo do filme. No entanto, a história é pouco atrativa, por vezes apressada, e com cenas de combate monótonas.
Em 3 de setembro, No Limite do Mundo estará disponível para compra e aluguel na Claro Now, Vivo Play, Sky Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes.
Nossa nota
2,0 / 5,0
Assista ao trailer de No Limite do Mundo:
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Meio século após sua estreia, Lawrence da Arábia é um clássico consagrado e uma obra que muitos consideram insuperável, não só por sua qualidade artística, mas também pelo caráter faraônico de um filme de quase quatro horas cujo custo a preços atuais quebraria muitos estúdios.
A produção, dirigida por David Lean e protagonizada por Peter O’Toole e Omar Sharif, estreou entre os dias 10 e 21 de dezembro de 1962 em Londres, Nova Iorque e Los Angeles e no Oscar do ano seguinte, conseguiu sete prêmios, entre eles o de Melhor Filme e Melhor Diretor.
SINOPSE
Em 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exército britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a península arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos.
ANÁLISE
Lawrence da Arábia se baseou no relato autobiográfico de Lawrence, Os sete pilares da sabedoria, na qual esse arqueólogo, militar e literato nascido em Gales em 1888 descreveu suas andanças no norte da África e no Oriente Médio. Após o início da conflagração em 1914, o autor deixou de trabalhar para a inteligência britânica no Cairo para ser assessor do príncipe Faiçal, filho do xerife de Meca, Hussein ibn Ali, e liderou uma guerra que foi decisiva no desmantelamento do império turco.
Os acampamentos e os combates foram recriados na imensidade de paisagens naturais, desérticas e poeirentas, localizadas em países como Espanha, Marrocos e Jordânia, uma odisseia provocada pelo tipo de produção e pela limitação de recursos tecnológicos dos anos 60, que na atualidade representaria um disparate. Lean também rodou o filme em 65 milímetros, quase o dobro da largura do formato cinematográfico tradicional de 35 milímetros.
Assim como o filme foge facilmente dos clichês das grandes produções que abordam a guerra – pois concentra-se mais nos conflitos e transformações psicológicas dos personagens do que em cenas de luta ou batalhas típicas para satisfazer o público adolescente, o personagem de Lawrence afasta-se do estereótipo do herói trivial do cinema, razão pela qual os realizadores do filme optaram por um ator não conhecido. O papel acabou ficando a cargo do inglês Peter O’Toole, em uma atuação que já foi mencionada com a maior da História do cinema pela Premiere Magazine.
Foi bastante corajosa a escalação de O’Toole para protagonizar uma produção de orçamento tão alto. Ainda mais levando-se em conta de que este era um filme muito arriscado, por estar rigorosamente alheio a toda receita de sucesso garantido: longuíssima duração (quase quatro horas), orçamento elevadíssimo, nenhum ator conhecido, nenhum romance, casal ou história de amor, nenhum personagem feminino. Com raras exceções, praticamente todos os planos externos em locações no deserto da antiga Jordânia, alguns em regiões totalmente desabitadas e sem contato com o homem desde o séc. XVII, onde no filme só são avistados camelos e homens em conflitos. Ainda assim, o que faz desse filme tão especial?
Steven Spielberg explica nos extras do DVD que, em sua opinião, só pra começar, Lawrence da Arábia tem o melhor roteiro já escrito para o cinema. De fato, é muito brilhante o modo como é desenvolvido o personagem de Lawrence, desde o início do filme. Sutilmente pequenos diálogos e ações vão dando as pistas de sua personalidade atípica e fantasiosa, um homem disposto a todo o momento a transgredir a sua condição humana e transformar-se no mais perto do que se pode imaginar ser um messias. Visualmente, segundo Spielberg, é o maior milagre que já se pôde ver em uma tela da sétima arte.
VEREDITO
Lawrence, interpretado por Peter O’Toole possui uma atuação marcante e definidora da carreira dele, é um dos personagens mais fascinantes e complexos da história do cinema. A narrativa do conquistador de tudo e nada é a superação completa de todos os sentidos do cinema naquela época e até mesmo hoje. Nada que foi inserido nesse texto é capaz de transmitir em totalidade a maestria dessa obra-prima. Imenso e grandioso como o deserto.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Confira o trailer do filme:
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