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    CRÍTICA – O Diretor Nu (2ª temporada, 2021, Netflix)

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    A temporada final de O Diretor Nu chegou ao catálogo da Netflix na última quinta-feira (24). Baseada na história real de Toru Muranishi, um inovador e polêmico diretor japonês vídeos adultos que ficou conhecido no Japão como o “Imperador da Pornografia”.

    O elenco conta com Takayuki Yamada, Shinnosuke Mitsushima, Tetsuji Tamayama, Sairi Ito, Tokio Emoto, Takenori Gotô e Misato Morita.

    SINOPSE

    O Diretor Nu conta a história de vida peculiar e dramática de Toru Muranishi (Takayuki Yamada), o ambicioso homem responsável por tentar sacudir a indústria pornográfica do Japão deixando-a de cabeça para baixo, causando grandes mudanças no segmento e gerando muitos problemas durante o processo ao ser consumido pela ambição desenfreada de fazer com que “caia pornô do céu”.

    ANÁLISE

    CRÍTICA - O Diretor Nu (2ª temporada, 2021, Netflix)Após sair da Crystal-Eizou (na série chama-se Sapphire Pictures) em setembro de 1988, Muranishi formou sua própria empresa, a Diamond Visual, que veio a se tornar uma gigante da indústria levando a pornografia a novos limites e muitas vezes além deles.

    Kaoru Kuroki estrela da Crystal-Eizou também trabalhou na Diamond Visual e em 1989, uma nova estrela, Kimiko Matsuzaka (na série ela chama-se Mariko Nogi), estreou na empresa. Apesar de sua popularidade, Diamond Visual faliu em 1992 com dívidas de 5 bilhões de ienes.

    VEREDITO

    Diferente de Elite, temos aqui uma série baseada na indústria pornô japonesa, logo, cenas de nudez e sexo, mesmo que não seja explícito, está implícito.

    Nesta segunda – e última – temporada de O Diretor Nu, temos mais uma vez uma montanha russa na vida do visionário diretor Toru Muranishi: Uma nova empresa, transmissão via satélite e claro problemas com a polícia e a Yakuza.

    Os 8 episódios seguem um bom ritmo, que somado ao carisma do elenco e um roteiro objetivo, colaboram para uma boa experiência tanto para os que curtem assistir séries maratonando ou episodicamente.

    Infelizmente o fechamento da série traz um final agridoce para alguns dos protagonistas e que por se tratar de uma obra semi-biográfica é difícil dizer quais personagens são baseados em pessoas reais e quais são fictícios.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado da 2ª temporada de O Diretor Nu:

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    CRÍTICA – X-Ray (1ª temporada, 2021, Netflix)

    X-Ray é a nova série indiana do catálogo da Netflix. Criado por Sayantan Mukherjee, o seriado antológico é composto de quatro episódios que adaptam contos do diretor e escritor Satyajit Ray. Com média de 50 minutos por episódio, a produção é uma mistura de sátira, drama e situações bizarras.

    SINOPSE

    De uma sátira a um suspense psicológico, quatro contos do célebre escritor Satyajit Ray são adaptados para as telas nesta série.

    ANÁLISE

    X-Ray certamente não é uma série que está no radar do grande público da Netflix. Ela é uma daquelas produções que fica escondida no meio da imensidão de conteúdos disponíveis na plataforma. Entretanto, sua premissa me chamou a atenção, principalmente por adaptar contos do famoso cineasta Satyajit Ray.

    As histórias de X-Ray ficam entre o drama, o suspense e o absurdo. Os episódios Bahrupiya e Forget Me Not se encaixam perfeitamente na definição de absurdo, pois as situações mesclam elementos de fantasia e horror em situações que seriam críveis. Se esses episódios estivessem ancorados em elementos tecnológicos, eles poderiam ser encaixados facilmente em alguma temporada de Black Mirror.

    O episódio Forget Me Not é certamente o pior e, infelizmente, a temporada inicia com ele. Com um suspense bem construído, a ideia do episódio é ótima. Um homem que nunca esquece nada passa a esquecer nomes, pessoas e lugares por onde esteve. O plot twist está no final da trama, quando descobrimos o que de fato está acontecendo com a vida de Ipsit Rama Nair (Ali Fazal).

    É exatamente no desfecho que se dá a derrocada do episódio. Com péssimas escolhas criativas – incluindo uma cena super machista -, a condução de Forget Me Not perde tudo em seus últimos minutos. Vale ressaltar que todas as representações femininas nos episódios de X-Ray são bem contestáveis, puxando sutilmente para uma perspectiva de vilanização da mulher.

    CRÍTICA - X-Ray (1ª temporada, 2021, Netflix)

    A história de Bahrupiya, por outro lado, é interessante e realmente prende a nossa atenção. Os conflitos do personagem Indrashish (Kay Kay Menon), que mais parece um incel de meia idade, tem um desfecho bem satisfatório. Apesar do design das caracterizações não ser muito bom, o roteiro consegue construir uma grande tensão, encontrando seu ponto alto nos últimos minutos de duração.

    Os outros dois episódios, Hungama Hai Kyon Barpa e Spotlight, são menos absurdos e focam bastante em temas existenciais. Não que Bahrupiya não tenha boas reflexões, mas sua veia para a bizarrice se sobressai.

    Hungama Hai Kyon Barpa é provavelmente o meu favorito da temporada. Baseado no conto Barin Bhowmick’s Ailment, o episódio conta a história de dois homens que dividem uma cabine no trem. Quando Musafir Ali (Manoj Bajpayee) percebe que já encontrou o seu colega de cabine em um outro momento de sua vida, a trama ganha tons dramáticos e divertidos. Contando com pouquíssimas locações, todo o entretenimento do episódio fica a cargo das atuações de Manoj Bajpayee e Gajraj Rao, e eles se saem muito bem.

    Para fechar, Spotlight conta a história de um jovem ator chamado Vikram “Vik” Arora (Harshvardhan Kapoor). Extremamente mimado e com síndrome de Deus na terra, o menino se recusa a dividir as atenções com uma figura religiosa local chamada Didi. Em meio à crise de ego de Vik, o episódio escalona sua tensão para um desfecho inacreditável.

    CRÍTICA - X-Ray (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Acredito que todas as histórias possuem uma mesma ótica, que é a análise do ser humano por meio de metáforas absurdas. Entretanto, nem todas as execuções possuem o mesmo impacto, mesmo que seu material base tenha um grande senso de unidade.

    As melhores execuções, a meu ver, estão nos contos Hungama Hai Kyon Barpa e Bahrupiya, pois além das histórias não terem pontas soltas, elas conseguem trabalhar bem seus elementos chave (humor e suspense, respectivamente), entregando uma boa “moral da história”.

    Vale ressaltar como ponto positivo a construção de cenários e sets da temporada. Cada capítulo possui uma estética única, trabalhando elementos distintos nas composições das empresas, prédios, hotéis e outros espaços retratados. Entretanto, toda essa beleza visual não é explorada da melhor forma, pois a edição das cenas não nos permite aproveitar por muito tempo essas locações.

    VEREDITO

    X-Ray é uma série antológica interessante e pode abrir caminho para a adaptação de outros contos de Satyajit Ray. O saldo dessa primeira temporada é mediano, com dois episódios bons e dois episódios abaixo do esperado.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Assista ao trailer:

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    Stanley Kubrick: Conheça o diretor e seus 10 melhores filmes

    Considerado por muitos como o maior gênio do cinema e um homem à frente do seu tempo, Stanley Kubrick foi um cineasta, roteirista, produtor e fotógrafo estadunidense nascido em 26 de julho de 1928 em Manhattan, Nova Iorque.

    Frequentemente apontado como um dos cineastas mais influentes do cinema, Kubrick foi eleito o sexto maior diretor de todos os tempos pelos cineastas pesquisados pelo British Film Institute e a revista Sight & Sound em 2002.

    UM HOBBY QUE MUDARIA A SUA VIDA 

    Extremamente inteligente, mas facilmente entediado, Stanley Kubrick não era um estudante exemplar. Seu pai, um médico, tentou de tudo para fazê-lo se interessar pela escola e chegou a enviá-lo à Califórnia para passar um tempo com um tio, na esperança de que a mudança de ares ajudasse. Como presente de aniversário de 13 anos, ganhou uma câmera fotográfica, que logo se transformou em um hobby.

    A fotografia sempre chamou atenção nos filmes do diretor, que sempre prezava pela simetria, profundidade e abusava da técnica do ponto de fuga. Dono de um preciosismo quase doentio, Kubrick começou sua carreira com 17 anos, como fotógrafo da Revista Look, onde começou a obter notoriedade.

    INÍCIO DE CARREIRA 

    Trabalhando na Look, ele passou a frequentar o circuito de artistas e fotojornalistas e se interessou especialmente pelos trabalhos de Orson Welles (diretor de Cidadão Kane) e Sergey Eisenstein (diretor de A Greve). Resolveu experimentar e fazer seu próprio documentário, O Dia da Luta (1951), sobre a rotina de um lutador de boxe. A partir daí, foi fisgado pelo cinema e saiu da revista para se tornar aluno ouvinte em aulas de filme na Universidade Columbia.

    E aos poucos de maneira experimental, Stanley Kubrick atribuiu um estilo próprio. Com o diretor, cada filme fala por si só, graças à apuração e maestria do seu trabalho, que desnudou características da sociedade moderna.

    OS 10 MELHORES FILMES DIRIGIDOS POR STANLEY KUBRICK

    O Dia da Luta (1951)

    Documentário baseado em um artigo para a Look Maganize, conta a história de um dia na vida de Walter Cartier, um boxeador famoso. Durante o dia ele se prepara para sua luta noturna, enquanto cumpre compromissos rotineiros. À noite, ele se transforma em uma máquina mortífera de luta, enfrentando adversário peso-médio Bobby James.

    Assim como Flying Padre (seu primeiro projeto), o objetivo de O Dia da Luta é simples: fazer uma espécie de documentário, em forma de curta-metragem, mostrando a realidade de alguém – aqui, o boxeador Walter Cartier. Mas diferente do anterior, esse já possui algumas características que já fogem ao documentário e acentuam a sagacidade de direção de Kubrick, como a trilha sonora bem elaborada e as tomadas e enquadramentos da câmera que, nos aproximam mais de Walter e fazem termos de empatia por ele.

    Glória Feita de Sangue (1957)

    Quando soldados franceses nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial recusam-se a continuar um ataque aparentemente impossível de se vencer, seus superiores resolvem levá-los à corte marcial, onde poderão ser julgados à morte.

    Aqui, Stanley Kubrick capta o espírito da guerra com refinado realismo. Kirk Douglas pontua pesadamente em sua compreensão de que sua batalha é perdida contra o sistema, e George Macready, como o general implacável, instilado na crença de que uma ordem é uma ordem, mesmo que signifique a morte de milhares de pessoas, duvida do que pode ser considerado seu mais papel efetivo até o momento.

    Inspirado por notícias reais de jornais, Glória Feita de Sangue, move-se rapidamente de um ataque mal concebido para a corte marcial que se segue. Enquanto a raiva ferve, a câmera de Kubrick permanece oculta, patrulhando as trincheiras, andando pelo tribunal. Pode ser conciso e implacável, mas o floreio final é talvez o grace note mais adequado.

    Certa vez, o grandioso Kirk Douglas disse que não precisava esperar 50 anos para saber que Glória Feita de Sangue “sempre seria bom”. E vamos combinar? Kirk estava certo.

    Spartacus (1960)

    Na trama, Spartacus, nascido e criado escravo, é vendido para um treinador de gladiadores para disputar duelos mortais. Rebelde, consegue formar um grupo e libertar-se, tornando-se líder dos escravos e trazendo problemas à Roma.

    Apesar das revelações do próprio diretor dizendo que não possuiu a liberdade criativa que precisava, Stanley Kubrick não deixa a desejar, o maestro sabe fazer um corte e como manipular o espectador a emoções daqueles que estão em cena.

    Um bom épico histórico, foi um gênero bastante diferente dos filmes do diretor. Mas, nas décadas de 50 e 60 ocorreram muitos épicos bíblicos e relatando o Império Romano. Spartacus é um deles, e tem o protagonismo do lendário Kirk Douglas, que também foi produtor do longa.

    Dr. Fantástico (1964)

    Nessa sátira ácida que foi lançada quando o mundo vivia a Guerra Fria, um general completamente insano, Jack Ripper (Sterling Hayden), ameaça, durante uma reunião entre nações, neutralizar a U.R.S.S. com bombas nucleares, o que poderia gerar um holocausto fulminante na Terra. Todos os outros membros fazem de tudo para evitar. Entre eles está o ator Peter Sellers, que retrata três das pessoas que podem impedir a tragédia: o Capitão britânico Mandrake, o presidente norte-americano Merkin Muffley e o alemão bêbado Dr. Fantástico.

    O filme consegue balancear bem as críticas e com isso satirizar igualmente os dois lados do conflito. Kubrick não poupa ninguém, políticos, religiosos e militares são igualmente ridicularizados. Aqui, o diretor usa muito os diálogos para apresentar críticas como o abuso de poder, a ambição desmedida e a falta de escrúpulos de homens que se julgam acima do bem e do mal, e que por isso, acham que podem fazer o que quiser. Esse é o clima: o verdadeiro caos generalizado.

    2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)

    Desde a “Aurora do Homem” (a pré-história), um misterioso monólito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada a Júpiter para investigar o enigmático monólito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000.

    Terminado um ano antes do primeiro pouso na Lua, a visão de Stanley Kubrick da era espacial ainda surpreende e convence incrivelmente. O filme se estrutura sem rigidez numa série de pontos de virada na evolução humana que se consolidou como um dos primeiros clássicos do gênero de ficção científica.

    Estranho, único e inesquecível, 2001: Uma Odisseia no Espaço nos transporta para um outro universo, um que precisamos desacelerar, diminuir nossa exigência por cortes a cada três segundos (ou menos) e por ação ininterrupta. É um universo em que devemos observar. Ir além da narrativa e verificar os detalhes. Apreciar como o design da produção dá soluções criativas para a falta de gravidade, como Kubrick usa – ou deixa de usar – o som, a música, para marcar os momentos.

    Laranja Mecânica (1973)

    O anti-herói do filme é Alex DeLarge (Malcolm McDowell), um jovem líder de uma gangue de delinquentes, amante de leite, drogas e música clássica. Tem por diversão bater, estuprar, matar. Enfim, cometer qualquer brutalidade que tenha vontade, não se importando com as leis ou o senso humanitário. Quando finalmente é pego pela polícia, sofre um tratamento duro de reabilitação. E no momento em que Alex volta às ruas, totalmente regenerado, passa a sofrer com aqueles que antes eram as vítimas.

    O filme é baseado do romance homônimo de Anthony Burgess, publicado em 1962. Explorando questões sociais e políticas intemporais, Laranja Mecânica reflete sobre temas como a delinquência juvenil, a psiquiatria, o livre arbítrio e a corrupção moral das autoridades. Perturbador e repleto de imagens cruas de violência, se tornou um filme cult, aclamado pelo público e a crítica, e apontado como uma das obras mais icônicas de Stanley Kubrick.

    Barry Lyndon (1975)

    TBT #90 | Barry Lyndon (1975, Stanley Kubrick)Vencedor de quatro Oscars em categorias técnicas, o filme conta as aventuras de um irlandês que, expulso de seu país, tem por objetivo alcançar a aristocracia e conquistar a felicidade, jogando, duelando e utilizando a arma da sedução.

    Barry Lyndon foi um fracasso de bilheteria em sua época, mas o longa ganhou ares de superprodução com o passar dos anos. Novamente, o olhar apurado de Kubrick retrata com exatidão outro momento importante da História: a falência social e moral da aristocracia europeia.

    Há aqui belas performances, bela cinematografia, e uma jornada única. Além de uma reflexão praticamente shakesperiana sobre o quão inútil é o que fazemos ou deixamos de fazer (em um contexto amplo, claro), quando no final tudo isso deixará de existir e será esquecido eventualmente por trás da cortina do tempo, que segue cruel e imperdoável.

    O Iluminado (1980)

    O Iluminado terá sessões nos cinemas brasileirosJack Torrance se torna caseiro de inverno do isolado Hotel Overlook, nas montanhas do Colorado, na esperança de curar seu bloqueio de escritor. Ele se instala com a esposa Wendy e o filho Danny, que é atormentando por premonições. Jack não consegue escrever e as visões de Danny se tornam mais perturbadoras. O contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso.

    Esse filme tem um favoritismo especial pela autora dessa matéria.

    Kubrick está tão vividamente em evidência quando ele usa uma câmera Steadicam para mover-se ao longo de vistas infinitas de corredores e quartos opulentos, onde por um lado temos Jack Nicholson que entrega uma atuação em enorme potencial de maneira incomparável, por outro temos a honrada Shelley Duvall onde pode nos conceder todas as suas expressões por exigências até exorbitantes pelo diretor, que preza pelo seu perfeccionismo intenso.

    O filme definitivamente não é um filme de terror convencional, isso é certo, e sua aceitação pública sofreu por esse motivo. Stanley Kubrick cortou vinte e cinco minutos em uma edição desesperada de última hora antes de sua estreia na Grã-Bretanha, em um esforço para fazer o filme parecer mais convencional. Se O Iluminado não é considerado trivial, certamente encoraja alguém a pensar que é.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – Noites Sombrias #12 | Os 10 serial killers mais icônicos do cinema

    Nascido Para Matar (1987)

    Um sargento interpretado pelo ator R. Lee Ermey treina de forma fanática e sádica os recrutas em uma base de treinamentos, na intenção de transformá-los em máquinas para combater na Guerra do Vietnã. Após serem transformados em fuzileiros navais, eles são enviados para a guerra, e quando lá chegam, se deparam com seus horrores.

    A experiência transmite as facetas da Guerra do Vietnã, deixando de lado os momentos épicos para focar nas tragédias particulares. Com um enquadramento preciso, uma trilha sonora marcante e um roteiro assíduo, o penúltimo longa dirigido por Kubrick demonstra o quanto os homens sem propósito da metade pro final do século XX estão propensos a se autodestruírem quando colocados sob pressão e disciplina extrema. Em resumo, essa é uma obra indispensável para qualquer amante de cinema e do gênero de guerra.

    De Olhos Bem Fechados (1999)

    Bill Harford (Tom Cruise) é casado com a curadora de arte Alice (Nicole Kidman). Ambos vivem o casamento perfeito até que, logo após uma festa, Alice confessa que sentiu atração por outro homem no passado e que seria capaz de largar Bill e sua filha por ele. A confissão desnorteia o sujeito, que sai pelas ruas de Nova Iorque assombrado com a imagem da mulher nos braços de outro. Ele acaba descobrindo um grupo sexual secreto e comparece a um dos encontros, percebendo que se envolveu mais do que deveria.

    Intrigante, envolvente e com um leve toque de eroticidade. Stanley Kubrick cria uma atmosfera misteriosa maravilhosamente única, somos hipnotizados e atraídos da mesma maneira que Bill e questionamos a complexidade das intenções e relação como Alice. Poderosos diálogos e grandíssimo trabalho de direção.
    Filme de muitas camadas e leituras.

    De Olhos Bem Fechados foi o último filme produzido pelo diretor, com a incrível despedida de um espetacular mestre.

    BÔNUS: AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM FILME “KUBRICKIANO”

    PERSPECTIVA COMO UM PONTO DE FUGA

    Desenvolvida no Renascimento, a técnica possibilita que objetos tridimensionais sejam representados em planos bidimensionais que até hoje influencia as artes. Como se percebe nas projeções mapeadas com vários pontos de fuga, a perspectiva procura representar o mundo, a partir de um ponto de vista fixo, da forma espacial como percebemos na imagem acima.

    TRILHA SONORA MARCANTE 

    Kubrick entendeu como, além dos diálogos e ações dos personagens, a trilha sonora também é essencial para contar uma história. Fã de música clássica, abusou de Beethoven, Schubert e Bartók em seus filmes e acabou mudando a forma como as melodias eram percebidas no cinema.

    EDIÇÃO

    Stanley Kubrick participava de todo o processo, revendo cada tomada e pensando nas melhores soluções. Com isso, é conhecido por um dos match cut mais famoso do cinema em 2001 – Uma Odisseia no Espaço – quando o macaco arremessa o osso para cima e, por meio da edição, surge um satélite em órbita.

    A técnica é usada para unir duas cenas, juntando o final de uma com o começo da outra. Os elementos não necessitam estar exatamente na mesma posição, mas precisa haver semelhança para poder relacionar.

    OBSESSÃO PELO PERFECCIONISMO 

    O diretor carrega a fama de ser extremamente perfeccionista e querer controlar todos os aspectos em uma produção. Costumava pedir aos atores para refazer as cenas diversas vezes, chegando a, muitas vezes, causar um mal-estar no set.

    O nova-iorquino gostava de ver seus filmes tomando grandes proporções, e, com isso, a meticulosidade crescia também. Nunca considerava uma história finalizada, a ponto de mudar inúmeras vezes o roteiro de De Olhos Bem Fechados durante as filmagens.

    O que cabe a nós decidir se o olhar foi extremo demais ou se acabou tornando-se parte essencial do gênio responsável por mudar o modo de fazer cinema, Kubrick.

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    CRÍTICA – À Segunda Vista (2021, Kimmy Gatewood)

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    À Segunda Vista é uma produção original da Netflix, dirigida pela estreante Kimmy Gatewood e conta com as comediantes Iliza Shlesinger (Pieces of Woman) e Margaret Cho (Sob Medida) no elenco.

    SINOPSE

    Andrea (Iliza Shlesinger) é uma comediante de sucesso que quer atuar como atriz em algum projeto de destaque e crescer mais. Entretanto, seu outro objetivo é sair da solteirice e ela acaba encontrando o seu “príncipe encantado”. Todavia, será que ele é tão perfeito assim?

    ANÁLISE

    À Segunda Vista é o tipo de comédia romântica diferentona que temos visto nos últimos anos, uma vez que sua estrutura é um pouco diferente por conta das quebras de expectativas apresentadas ao longo das 01h34min de filme.

    O seu formato se diferencia por apresentar flashes de um show de stand-up, algo que Shlesinger domina pro ser do ramo há muito tempo. 

    Como destaques, temos a dupla de amigas Andrea e  Margot, interpretadas por Iliza Shlesinger e Margaret Cho tem uma boa dinâmica e suas personagens são bastante divertidas, mesmo que Andrea passe do ponto na ingenuidade.

    Contudo, se as personagens funcionam muito bem, o roteiro é o grande vilão de À Segunda Vista, pois ele testa nossa paciência. A inocência da protagonista é tamanha que ficamos com raiva dela em alguns momentos, uma vez que o vilão deixa um caminho gigantesco de mentiras estapafúrdias em suas histórias.

    Entendemos que relacionamentos são complicados e que as mulheres tem muita dificuldade hoje em dia de achar um bom partido dentre os homens, mas aqui o absurdo é levado ao extremo, nos deixando muito incomodados com a tamanha falta de noção de Andrea.

    Além disso, por mais que a discussão seja válida e gostemos das caricaturas de homens “machos”, viris e que tentam se mostrar bons partidos, aqui o exagero prejudica bastante a trama.

    O personagem de Ryan Hanssen é um estereótipo ambulante e nos incomoda bastante em diversos aspectos, sendo mais irritante do que propositivo para a história.

    VEREDITO

    À Segunda Vista é um filme de comédia romântica que começa irreverente, mas que ao longo do tempo se torna irritante e cansativa. 

    Com uma boa protagonista, porém, um roteiro que fica andando em círculos, o longa infelizmente desperdiça um elenco afiado e que traz boas risadas, apesar do vários problemas. Tomara que tenhamos a oportunidade de ver os atores em projetos melhores para termos a certeza de que eles podem muito mais.

    Nossa nota

    2,3/5,0

    Confira o trailer de À Segunda Vista:

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    Pokémon GO: Melhores Pokémon para a Copa Elemental (Element Cup)

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    A Copa Elemental (Element Cup) é a nova modalidade lançada nesta 8ª temporada da Liga de Batalha GO. A competição estará disponível entre os dias 28 de junho e 12 de julho, iniciando e terminando às 17h no horário de Brasília.

    As batalhas durante esse período darão o dobro de poeira estelar, um atrativo a mais para escolher os melhores Pokémon e vencer muito na Copa Elemental.

    As regras da Copa Elemental são: utilizar Pokémon que sejam os primeiros de sua linha evolutiva; tenham um dos tipos sendo água, fogo ou planta; e com limite máximo de 500 CP.

    Na prática, isso significa que Pokémon como Bulbasaur, Charmander e Squirtle são elegíveis, por exemplo. Por outro lado, um Pokémon como Lapras, que é de água, não pode ser usado, pois não possui evolução.

    A Copa Elemental tem tudo para trazer as mesmas emoções que a Copinha (Little Cup) já ofereceu aos treinadores. O baixo limite de CP possibilita que jogadoras e jogadores de todos os níveis tenham chances de vencer, o que viabiliza uma grande participação da comunidade.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Pokémon GO: Especialista dá dicas para chegar ao rank máximo no PVP

    A cada nova modalidade do PVP do Pokémon GO nós publicamos artigos indicando os melhores Pokémon para você vencer muito na Liga de Batalha GO.

    Neste texto, vamos fazer um pouco diferente, e dividir a lista entre os 5 melhores Pokémon de cada tipo, por conta das particularidades da Copa Elemental.

    5 melhores Pokémon de água para Copa Elemental

    O diferencial dos Pokémon de água é saber aproveitar bem os dual-type para superar adversários, especialmente contra os de planta, tipo para o qual água tem fraqueza.

    Tentacool

    A Copa Elemental (Element Cup) permite o uso de Pokémon dos tipos água, fogo e planta que possam evoluir e tenham no máximo 500 CP

    Tipos: Água / Venenoso

    Ataque rápido:

    Ferrão Venenoso (Poison Sting – Venenoso)

    Ataques carregados:

    Embrulho (Wrap – Normal)
    Jato de Bolhas (Bubble Beam – Água)

    Slowpoke (sombroso ou não)

    A Copa Elemental (Element Cup) permite o uso de Pokémon dos tipos água, fogo e planta que possam evoluir e tenham no máximo 500 CP

    Tipos: Água / Psíquico

    Ataque rápido:

    Confusão (Confusion – Psíquico)

    Ataques carregados:

    Choque Psíquico (Psychock – Psíquico)
    Psíquico (Psychic – Psíquico)

    Seel

    Seel é um Pokémon versátil por ter ataques de água e de gelo, o que lhe torna uma boa opção contra os principais adversários da Little Cup

    Tipo: Água

    Ataque rápido:

    Caco de Gelo (Ice Shard – Gelo)

    Ataques carregados:

    Aqua Cauda (Aqua Tail – Água)
    Vento Congelante (Icy Wind – Gelo)

    Chinchou

    A Copa Elemental (Element Cup) permite o uso de Pokémon dos tipos água, fogo e planta que possam evoluir e tenham no máximo 500 CP

    Tipos: Água / Elétrico

    Ataque rápido:

    Faísca (Spark – Elétrico)

    Ataques carregados:

    Relâmpago (Thunderbolt – Elétrico)
    Jato de Bolhas (Bubble Beam – Água)

    Ducklett*

    Ducklett é melhor de todos os Meta da Element Cup

    Tipos: Água / Voador

    Ataque rápido:

    Ataque de Asa (Wing Attack – Voador)

    Ataques carregados:

    Ás dos Ares (Aerial Ace – Voador)
    Pássaro Bravo (Brave Bird – Voador)

    *Obs: Ducklett é o melhor Pokémon da Copa Elemental. No momento em que escrevo este artigo a Elemental Cup ainda não começou, mas a tendência é que ele seja amplamente utilizado.

    De acordo com dados do PvPoke, Ducklett só perde contra 10 Pokémon em circunstâncias de igualdade entre ele e o adversário. Então você pode estar se perguntando: como vencer Ducklett?

    Veja os 10 melhores counters para ganhar do Ducklett, em ordem do que vence mais rápido ao mais demorado:

    • Chinchou
    • Clauncher
    • Slugma
    • Growlithe (sombroso)
    • Chikorita
    • Omanyte
    • Slowpoke
    • Bulbasaur
    • Binacle
    • Oddish (sombroso)

    5 melhores Pokémon de fogo para a Copa Elemental

    Dos três tipos, fogo com certeza é o com menos variedade de boas opções para a Element Cup. No entanto, há bons Pokémon que podem fazer um estrago, até mesmo contra adversários de água ou fogo.

    Darumaka

    A Copa Elemental (Element Cup) permite o uso de Pokémon dos tipos água, fogo e planta que possam evoluir e tenham no máximo 500 CP

    Tipo: Fogo

    Ataque rápido:

    Presas de Fogo (Fire Fang – Fogo)

    Ataques carregados:

    Soco de Fogo (Fire Punch – Fogo)
    Ataque de Chamas (Flame Charge – Fogo)

    Slugma

    Tipo: Fogo

    Ataque rápido:

    Lançamento de Rocha (Rock Throw – Pedra)

    Ataques carregados:

    Deslize de Pedras (Rock Slide – Pedra)
    Ataque de Chamas (Flame Charge – Fogo)

    Tepig

    Tipo: Fogo

    Ataque rápido:

    Brasa (Ember – Fogo)

    Ataques carregados:

    Pancada Corporal (Body Slam – Normal)
    Ataque de Chamas (Flame Charge – Fogo)

    Growlithe (sombroso ou não)

    Tipo: Fogo

    Ataque rápido:

    Brasa (Ember – Fogo)

    Ataques carregados:

    Pancada Corporal (Body Slam – Normal)
    Lança-Chamas (Flamethrower – Fogo)

    Vulpix (sombroso ou não)

    Vulpix é uma ótima opção para enfrentar Bronzor, que é o melhor Pokémon na Little Cup

    Tipo: Fogo

    Ataque rápido:

    Brasa (Ember – Fogo)

    Ataques carregados:

    Esfera Climática (Weather Ball – Fogo)
    Pancada Corporal (Body Slam – Normal)

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Pokémon GO: Conheça os melhores ataques de cada tipo para o PvP

    5 melhores Pokémon de planta para a Element Cup

    Os Pokémon de planta dual-type também são as melhores alternativas para criar sua estratégia na Copa Elemental. No entanto, há uma ótima opção solo-type na lista.

    Oddish (sombroso ou não)

    A Copa Elemental (Element Cup) permite o uso de Pokémon dos tipos água, fogo e planta que possam evoluir e tenham no máximo 500 CP

    Tipos: Planta / Venenoso

    Ataque rápido:

    Folha Navalha (Razor Leaf – Planta)

    Ataques carregados:

    Bomba de Lodo (Sludge Bomb – Venenoso)
    Bomba de Sementes (Seed Bomb – Planta)

    Exeggcute (sombroso ou não)

    Tipos: Planta / Psíquico

    Ataque rápido:

    Confusão (Confusion – Psíquico)

    Ataques carregados:

    Bomba de Sementes (Seed Bomb – Planta)
    Poder Ancestral (Ancient Power – Pedra)

    Chikorita

    A Copa Elemental (Element Cup) permite o uso de Pokémon dos tipos água, fogo e planta que possam evoluir e tenham no máximo 500 CP

    Tipo: Planta

    Ataque rápido:

    Chicote de Vinha (Vine Whip – Planta)

    Ataques carregados:

    Pancada Corporal (Body Slam – Normal)
    Nó de Grama (Grass Knot – Planta)

    Bulbasaur (sombroso ou não)

    Tipos: Planta / Venenoso

    Ataque rápido:

    Chicote de Vinha (Vine Whip – Planta)

    Ataques carregados:

    Bomba de Lodo (Sludge Bomb – Venenoso)
    Bomba de Sementes (Seed Bomb – Planta)

    Cottonee

    Cottonee é excelente contra o Deino, muito utilizado na Little Cup e um dos melhores

    Tipos: Planta / Fada

    Ataque rápido:

    Encantar (Charm – Fada)

    Ataques carregados:

    Nó de Grama (Grass Knot – Planta)
    Bomba de Sementes (Seed Bomb – Planta)

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    CRÍTICA – Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 (2021, Activision, Nintendo Switch)

    A versão revisitada dos dois primeiros jogos da franquia Tony Hawk’s Pro Skater (THPS) acaba de chegar para Nintendo Switch. Lançado em 25 de junho de 2021, Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 traz a inesquecível jogabilidade dos títulos iniciais da saga para os recursos tecnológicos do atual console da Big N.

    Em 2020, Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 já havia sido lançado para PlayStation 4Xbox One e PC. Agora em 2021, o jogo também foi lançado para PlayStation 5 e Xbox Series X/S. Você pode conferir nossa crítica do game para PS4 clicando aqui.

    Além de ser um remake de Tony Hawk’s Pro Skater (1999) e Tony Hawk’s Pro Skater 2 (2000), o jogo da Activision traz novos recursos de customização, skatistas inéditos e músicas extras com a mesma pegada Hardcore e Ska-Punk da épica trilha que embalou as manobras dos jogadores no passado.

    SINOPSE

    A versão do Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 para Nintendo Switch está disponível exclusivamente por meio de Download Digital na eShop da Nintendo no Brasil.

    Jogue Tony Hawk’s Pro Skater e Tony Hawk’s Pro Skater 2 numa coleção nervosa, recriada do zero em alta definição. Todos os skatistas profissionais, todas as fases e todas as manobras estão de volta, tudo totalmente remasterizado, além de muito mais!

    ANÁLISE DE TONY HAWK’S PRO SKATER 1 + 2

    A nostalgia remasterizada finalmente chegou para quem possui um Nintendo Switch. O público nintendista não poderia ficar de fora dessa adrenalina. Como eu e muitos amigos meus costumamos dizer: a franquia Tony Hawk’s Pro Skater ofereceu momentos inesquecíveis, apresentou bandas incríveis e moldou caráter.

    Com o peso da responsabilidade criada pela saga, é seguro dizer que Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 para Nintendo Switch honra o legado e remasteriza a jogabilidade que fez de THPS um dos jogos inesquecíveis que precisam ser jogados.

    O novo jogo traz todos os 13 skatistas que fizeram parte de THPS 2, sendo que 10 também estavam no primeiro game da franquia. Além desses, há novos personagens baseados em profissionais reais.

    O famoso skatista Tony Hawk em screenshot de THPS 1 + 2 para Nintendo Switch
    O famoso skatista Tony Hawk em screenshot de THPS 1 + 2 para Nintendo Switch

    Veja a lista de skatistas a seguir:

    • Tony Hawk
    • Bob Burnquist (brasileiro)
    • Steve Caballero
    • Kareem Campbell
    • Rune Glifberg
    • Eric Koston
    • Bucky Lasek
    • Rodney Mullen
    • Chad Muska
    • Andrew Reynolds
    • Geoff Rowley
    • Elissa Steamer
    • Jamie Thomas
    • Lizzie Armanto*
    • Leo Baker*
    • Leticia Bufoni* (brasileira)
    • Riley Hawk* (filho de Tony Hawk)
    • Nyjah Huston*
    • Tyshawn Jones*
    • Aori Nishimura*
    • Shane O’Neill*
    • Officer Dick / Jack Black* (desbloqueável)
    • Roswell Alien*
    • The Ripper* (exclusivo da versão Deluxe)

    *Novos skatistas.

    Modos de jogo em THPS 1 + 2

    Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 oferece o clássico modo carreira dividido em duas categorias de jogo separadas: uma para curtir as fases de THPS, outra para jogar pelos mapas de THPS 2.

    Individualmente também há a possibilidade de jogar o Ranked & Free Skate, com três modos de jogo: Estilo Livre, Sessão Individual e Speedrun.

    Desses, destaco o Speedrun, em que você deve completar todos os desafios das fases o mais rápido possível. Após ranquear, é possível ver o tempo recorde de outros players do Nintendo Switch, se você for assinante do Nintendo Switch Online.

    A brasileira Leticia Bufoni é uma importante adição à franquia THPS
    A brasileira Leticia Bufoni é uma importante adição à franquia THPS

    O modo multijogador permite jogar de maneira local ou online (também necessita assinar o Nintendo Switch Online). O multiplayer é dividido em Rolês e Competitivo, oferecendo desafios como:

    • Quem faz a maior pontuação
    • Quem bate a maior pontuação estabelecida pelo jogo
    • Quem faz a maior pontuação em um único combo
    • Grafite

    Na minha opinião, o multijogador é a única falha do jogo, pois o sistema é confuso e sem atrativos. A diferença entre Rolês e Competitivo é que os desafios do segundo são mais difíceis, porém a dinâmica é exatamente a mesma entre as modalidades.

    Outro ponto fraco do multiplayer é que você entra numa partida a esmo. Não é possível escolher nada.

    Seria interessante poder escolher servidores com limite de jogadores por fase, modo de jogo único ou sequência de desafios (que é o padrão do multijogador), ou simplesmente ter a existência de um ranking que estimule a competição no modo Competitivo.

    Há também a modalidade Crie-sua-pista em que você pode… criar sua pista. Além de estimular sua criatividade, esse modo também conta com pistas criadas pelas equipes de desenvolvimento e que não fazem parte do modo carreira.

    Customização e desafios

    O modo carreira de THPS ou THPS 2 por si é relativamente curto. No entanto, quando você une ambos jogos e um só, agregando também 820 desafios e muitas possibilidades de customização do seu skatista e acessórios… Bem, aí temos muitas e muitas horas de jogo.

    Isso sem falar na possibilidade de fazer carreira com mais um(a) skatista, ou criar seu próprio avatar. Sem dúvida são acertos da Activision e demais empresas envolvidas no game.

    Trilha sonora de Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2

    Falar da franquia Tony Hawk’s Pro Skater e não falar da trilha sonora é o mesmo que não falar que o jogo é sobre skate. Junto com os skatistas, as músicas sempre foram e continuam sendo a alma do jogo.

    A trilha sonora de THPS 1 + 2 é ainda mais especial para o público brasileiro. Goste você ou não de Charlie Brown Jr., é inegável que o esforço feito pelos fãs do falecido cantor Chorão (e também skatista) foi uma das situações mais bonitas desse retorno dos títulos remasterizados.

    Apesar do intuito inicial da mobilização dos fãs ter sido para tornar Chorão um personagem jogável, o resultado foi a inclusão da faixa Confisco em THPS 1 + 2, com direito ao uso no trailer de divulgação.

    Sim, as trilhas sonoras originais de THPS e THPS 2 estão de volta, e são ainda mais épicas com a inclusão de outras músicas incríveis, como Bomb Drop (Less Than Jake), além de Confisco, é claro.

    Jogabilidade e qualidade gráfica

    Não há nenhum mistério na jogabilidade para quem já conhece pelo menos um jogo da franquia Tony Hawk’s Pro Skater. A diferença é o controle que você tem em mãos, basicamente.

    Entretanto, vale destacar o acerto em trazer um tutorial logo no início para rapidamente ensinar as manobras básicas e especiais. Os movimentos básicos você aprende num piscar de olhos. Após concluída essa etapa, se decidir seguir até o fim, aprenderá habilidades de fácil execução e que vão lhe ajudar a pontuar mais e cada combo.

    No que diz respeito aos grinds, fica o alerta de que, eventualmente, ao pular de algumas estruturas, o combo é cortado. Isso tem acontecido comigo principalmente em School II, o que acaba sendo frustrante, pois corta a pontuação de combos promissores.

    A remasterização dos cenários é outro ponto forte de THPS 1 + 2. Apesar disso, a qualidade gráfica dos rostos de skatistas nas telas inicial e de multijogador deixam a desejar. Jamie Thomas, por exemplo, é um dos que realmente ficam estranhos quando em tela grande.

    Acredito que poderia ter havido um cuidado maior na caracterização física dos skatistas.

    VEREDITO

    Dizem que em time que está ganhando não se mexe. Bem, Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 comprova que é possível inovar em jogos clássicos sem estragá-los. THPS 1 + 2 potencializa a jogabilidade clássica e sem dúvida merece ser jogado, tanto no portátil, como no dock.

    Prepare-se para muitas horas de jogo e aprimoramento de skatistas para superar todas as fases de THPS e THPS 2, além de tentar quebrar recordes insanos no modo Speedrun.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer de Tony Hawk’s Pro Skater 1 + 2 para Nintendo Switch:

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