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    CRÍTICA | The Boys – Vol. 4: Hora de Partir (2020, Devir)

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    The Boys – Vol. 4 é mais uma edição das HQs insanas de Garth Ennis e Derrik Robertson, sendo distribuída no Brasil pela editora Devir.

    SINOPSE

    Os Rapazes agora se reúnem para atacar uma das bases mais lucrativas do Conglomerado: os poderosos G-Men. Em paralelo, um dos membros mais importantes do grupo de supers se suicida e Os Rapazes sabem: onde há fumaça, há fogo!

    ANÁLISE

    CRÍTICA | The Boys - Vol. 4: Hora de Partir (2020, Devir)

    O quarto volume de The Boys é um pouco menos insano em relação aos outros volumes, pois seu texto é mais focado no deboche ao grupo mais famoso da Marvel: os X-Men.

    Os G-Men são apresentados como jovens com super poderes cheios de arrogância e mimados. Eles possuem mais alguns sub-grupos formados por duas equipes de pessoas negras e uma versão europeia, além de um grupo que é uma categoria de base do G-Men, os G-Mil.

    A diversidade dos X-Men é feita de chacota, uma vez que cada um dos grupos é estereotipado aos montes de forma bem caricata.

    Os G-Men são os maiores e se odeiam, sendo egoístas e cheios de preconceitos, liderados por Godolkin, um homem que deixou o poder subir à cabeça.

    E por fim, mas não menos importante, os G-Mil, uma espécie de fraternidade de universidades, mais preocupados em fazer farra do que atuar como heróis.

    VIRTUDES DE THE BOYS VOL. 4

    A riqueza do quarto volume de The Boys está em seu sub-texto, pois ali são apresentados diversos assuntos difíceis. Alguns exemplos são o rapto de crianças, abuso sexual infantil e outras coisas horríveis.

    O protagonista Hughie é nosso representante nos G-Mil. Com as informações levantadas, nós vemos o porquê dos personagens agirem daquela forma, sem ser na galhofa como de costume em The Boys.

    Ele é o personagem que mais cresce, visto que há uma humanização e, ao mesmo tempo, a perda da sua inocência.

    A HQ consegue conscientizar sem perder o estilo, pois ainda tem o nonsense exacerbado típico de The Boys, ou seja, o quadrinho não perde a essência.

    As páginas finais apresentam um momento extremamente catártico, uma vez que o gore é divino em alguns momentos, entregando ao leitor tudo que ele gostaria naquele momento.

    VEREDITO

    CRÍTICA | The Boys – Vol. 2: Mandando Ver (2020, Devir)

    The Boys: Hora de Partir é a mais pé no chão até agora, pois apresenta uma trama séria e que fala sobre temas complicados e complexos de uma forma ácida e certeira.

    Com um texto mais voltado para a redenção dos supers em alguns momentos, a nova trama tenta apresentar a diversidade por trás de tantos heróis escrotos.

    Nossa nota

    CRÍTICA | The Boys - Vol. 4: Hora de Partir (2020, Devir)

    Editora: Devir

    Autores: Darick Robertson e Garth Ennis.

    Páginas: 202

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    CRÍTICA – O Diabo de Cada Dia (2020, Antonio Campos)

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    O Diabo de Cada Dia (The Devil at The Time) é uma das grandes apostas de 2020 da Netflix. O longa é dirigido por Antonio Campos e é estrelado por Tom Holland (Homem-Aranha Longe de Casa).

    SINOPSE

    O Diabo de Cada Dia

    No interior dos Estados Unidos, a corrupção moral faz até dos homens considerados justos perecerem por conta de péssimas escolhas e traumas do passado, uma vez que cicatrizes foram feitas em muitas almas daquele lugar.

    ANÁLISE

    O Diabo de Cada Dia

    O novo longa da Netflix tem uma aura tensa, pois aborda profundamente questões como a moralidade e valores corrompidos.

    A trama segue quatro personagens centrais, visto que tem o intuito de mostrar diversas linhas que se cruzam no fim. 

    A mais importante delas segue a jornada de Arkin Russell (Tom Holland), um jovem rapaz que teve uma infância difícil por conta do comportamento de seu pai Willard Russell (Bill Skarsgård). As outras histórias são protagonizadas pelo próprio Willard no primeiro ato, por Lee Bodecker (Sebastian Stan), Carl Henderson (Jason Clarke), Sandy Handerson (Riley Keough) e o próprio Arkin no presente.

    O filme tem um longo desenvolvimento, não se preocupando em contar suas histórias no tempo que for preciso, pois o importante é o quão complexos são seus personagens. 

    Há diversas discussões importantes em O Diabo de Cada Dia, pois são abordados temas pesados como pedofilia, corrupção, violência e prostituição. Antonio Campos aborda de forma crua seus personagens, pois mostra as piores facetas de cada um por meio de uma narrativa que tem como objetivo chocar o espectador muitas vezes.

    A leitura de Campos é precisa em alguns aspectos da psique humana, uma vez que cada um dos protagonistas quer atingir seus objetivos por subterfúgios ilícitos, pois não há uma consequência grave em seus atos.

    No entanto, o diretor nos prepara para um ápice que traz as devidas penitências aos seus personagens, gerando uma recompensa interessante, mesmo que destoante do ritmo do filme em seu terceiro ato.

    ATUAÇÕES

    O Diabo de Cada Dia

    O Diabo de Cada Dia conta com um elenco de peso que faz jus à sua contratação. Bill Skarsgård começa justo e bom, mas vai se tornando sombrio por conta dos acontecimentos que o levam a ter atos questionáveis.

    Robert Pattinson e Sebastian Stan abordam um tom mais canastrão aos seus personagens, deixando-os mais estereotipados. Os dois sãos os únicos que destoam dos demais.

    Jason Clarke e Riley Keough tem um arco repetitivo, mas entregam boas atuações.

    Tom Holland é a estrela do filme. O ator tem muito talento e consegue entregar um protagonista forte e cheio de camadas. Sua atuação é assustadora e merece uma indicação ao Oscar

    Arkin tem um passado sombrio e Holland consegue emular seus sentimentos. A sua fisicalidade e expressões faciais mostram um amadurecimento doloroso de um homem que tem muitos problemas. Sua atuação é forte e deixa para trás o nosso querido Peter Parker.

    VEREDITO

    Com uma trama pesada e uma discussão necessária sobre se corromper por meio de benesses, O Diabo de Cada Dia apresenta de forma dura a realidade de pessoas quebradas de espírito.

    As atuações são envolventes, seu ritmo é lento, contudo, o material final vale muito à pena, pois temos sim um dos postulantes a melhor filme de 2020.

    Nossa nota

    Confira o trailer do filme:

    O Diabo de Cada Dia chega no catálogo dia 16, quarta-feira. Lembre-se de após assistir, voltar aqui e deixar sua nota e comentários!

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    Denis Villeneuve: 5 filmes para conhecer o diretor de Duna

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    O mundo do cinema está em euforia com o trailer de Duna. Além de um elenco incrível com nomes como Timothée Chalamet, Oscar Isaac, Josh Brolin, Dave Bautista, Zendaya, Jason Momoa e Javier Bardem, a história que inspirou Star Wars é dirigida e roteirizada pelo criativo Denis Villeneuve

    Atualmente o diretor franco-canadense é um dos cineastas mais influentes do cinema. Seus filmes são aclamados pela crítica por carregarem uma linguagem própria construindo uma estética totalmente autoral de Villeneuve

    Sua filmografia transita por vários gêneros, desde suspenses como Os Suspeitos, a filmes de ficção com A Chegada. Por isso, o diretor foi a escolha perfeita para criar o universo de Duna. A ficção científica criada em 1965 por Frank Herbert carrega um tom crítico e dramático, abordando temas como imperialismo, fanatismo religioso e ecologia.

    Dessa forma, a direção de Denis Villeneuve promete uma estética marcante (Lembra Blade Runner 2049?) que levam a uma profunda imersão na trama.

    Duna só chegará às telas em Dezembro de 2020, antes disso, entenda a estilo de Villeneuve:

    O HOMEM DUPLICADO (2013)

    Um suspense incrível. O Homem Duplicado é o tipo de história que cresce à medida que assistimos, dessa forma, apresenta um roteiro enigmático e uma estética surrealista.

    Na trama, Adam (Jake Gyllenhaal) é um professor de história que descobre a existência de um homem exatamente igual a ele, que se chama Anthony e é ator.

    A medida que a vida dos dois se misturam como uma teia de aranha, Denis Villeneuve brinca com o que é real e o que é ilusão.

    É um filme potente que lança um olhar desafiador para as produções que sempre querem explicar tudo, aqui, fica por conta do espectador montar o quebra cabeça.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #138 | O Homem Duplicado (2013, Denis Villeneuve)

    OS SUSPEITOS (2013)

    O título original deste filme de Villeneuve, Prisoners em português Prisioneiros, realça o verdadeiro significado do longa. Uma vez que cada personagem acaba em um tipo de prisão, seja literal ou abstrata.

    Na história, duas meninas desaparecem no Dia de Ação de Graças e suas famílias desesperadas procuram a polícia. A medida que o detetive Loki (Jake Gyllenhaal) vai ficando sem pistas, os pais das crianças, Keller (Hugh Jackman) e Franklin (Terrence Howard) resolvem fazer justiças com as próprias mãos.

    Denis Villeneuve cria um filme angustiante e intenso do começo ao fim, mostrando toda sua habilidade para o suspense. Ao longo do filme, encaramos o sofrimento e o labirinto que é quando não se há respostas.

    SICARIO: TERRA DE NINGUÉM (2015) 

    Villeneuve faz tudo! Em Sicario, o cineasta contou sobre a guerra às drogas que o mundo vem travando ao longo dos anos. No entanto, através do olhar do diretor temos um filme que não dispensa a crítica ao sistema.

    Na trama, Kate Macer (Emily Blunt) é uma agente do FBI que está ajudando em uma ação para conter o tráfico de drogas na fronteira com o México. No entanto, do outro lado da fronteira, a violência e o horror dominam o ambiente.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Emily Blunt: Conheça a atriz e seus 10 melhores filmes

    Além de garantir o suspense, pois passamos a questionar as ações dos personagens, Denis Villeneuve também entrega ótimas cenas de ação e tensão. 

    A CHEGADA (2016)

    A ficção científica de Villeneuve é sempre um acontecimento no cinema, em A Chegada, o diretor apresenta uma trama sensível e cativante.

    Na história, espaçonaves alienígenas pousaram em diferentes locais na Terra e a linguista Louise Banks (Amy Adams) é chamada para traduzir a língua alienígena na tentativa de descobrir as intenções dos aliens no planeta.

    Filmes sobre extraterrestres invadindo a Terra existem aos montes, mas poucos foram tão longe nas ações e consequências que teríamos como o filme de Denis Villeneuve.

    A Chegada por ser considerado difícil de entender, mas é quase como uma viagem, onde o começo e o fim se encontram no meio.  

    BLADE RUNNER 2049 (2017)

    Blade RunnerVilleneuve foi o responsável pela volta do tão aclamado mundo de Blade Runner (1982). O primeiro filme foi dirigido por Ridley Scott e ficou conhecido como um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #3 | Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982, Ridley Scott)

    Essa história que carrega conceitos de existência atrelado a enigmas e suspense foi brilhantemente igualado na continuação de 2017. Villeneuve trouxe de volta o sentimento da obra original, ao mesmo tempo que, apresentou uma estética cheia de personalidade.

    Na trama, o replicante (Ryan Gosling) que trabalha para a polícia de Los Angeles começa a questionar sua própria historia e existência ao descobrir um segredo em uma missão.

    Logo, nas mãos do diretor, Blade Runner 2049 provocou reflexões sobre realidade e humanidade. 



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    Scott Pilgrim vs. The World: Ubisoft anuncia a volta do game após 10 anos

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    A Ubisoft anunciou que Scott Pilgrim vs. The World: The Game voltará à venda pela primeira vez desde 2014. Scott Pilgrim vs. The World: The Game – Complete Edition será lançado ainda em 2020 para PS4, Xbox One, Nintendo Switch, Stadia e PC.

    Anunciado após o aniversário de 10 anos do jogo, o re-lançamento do game incluirá o jogo e seu DLC, o pacote de complementos Knives Chau e o pacote de complementos Wallace Wells.

    Scott Pilgrim vs. The World: The Game, desenvolvido pela Ubisoft e pontuado por Anamanaguchi, foi um brawler lançado em 2010. E que remete a beat-em-ups side-scrolling old-school como River City Ransom e Streets of Rage, mas com algumas reviravoltas divertidas que o tornam um dos jogos mais legais da época.

    O jogo foi retirado da lista de títulos disponíveis em 2014, supostamente devido a uma licença expirada, e o criador de Scott Pilgrim, Bryan Lee O’Malley expressou repetidamente sua frustração com o desaparecimento do jogo.



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    Lovecraft Country: O que o grande twist do episódio 4 significa?

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    O episódio 4 de Lovecraft Country terminou com uma terrível reviravolta, que mostrou um importante personagem que parece estar a um empurrão de se tornar um vilão, mas o que isso realmente significa?

    No episódio 4, A History of Violence, Montrose Freeman (Michael K. Williams) matou a sangue frio uma personagem que ele, Leti (Jurnee Smollett), e Atticus (Jonathan Majors) passaram todo o episódio inadvertidamente tentando localizar. Apesar de não estarem procurando por Yahima (Monique Candelaria) diretamente, os três passaram por um momento meio Indiana Jones em uma aventura abaixo do Museu de História Natural – especificamente na exibição de Titus Braithwhite – para tentar descobrir mais sobre os poderes dos Filhos de Adão e Christina (Abbey Lee).

    Montrose, ainda sentindo o pesar da morte de seu irmão George (Courtney B. Vance), queimou o livro que recebeu no episódio 2, Whitey’s on the Moon, que estava conectado aos Filhos de Adão, e detalhava suas regras e costumes.

    O livro não é tão misterioso quanto o Livro dos Nomes, que Christina procura, especificamente suas páginas perdidas estão conectadas a Hiram Winthrop, o dono anterior – e extremamente racista – da nova casa de Leti.

    Entretanto, o fato de Montrose queimar o livro demonstra um grande problema. E coloca um precedente de que ele não está tão feliz para que seu filho descubra mais sobre os Filhos de Adão, se é para sua própria proteção ou por alguma outra razão, isso ainda é um mistério no Episódio 4.

    Atticus é um leitor ávido, e fã de ficção pulp, e foi um incrível navegador através de diversas aventuras perigosas que ele e seus companheiros viveram. Monstrose parece ser alguém bem decidido, um homem que pensa rápido e parece ter uma razão para tudo que faz. Dito isso, é provável que ele tenha uma boa razão – segundo ele – para matar alguém que era presumivelmente, inocente.

    Por que Monstrose matou Yahima?

    Lovecraft Country

    A razão mais provável de Montrose ter matado Yahima é por ela ter respostas sobre Titus Braithwhite diretamente. Foi revelado que Atticus é de alguma forma ligado a Titus diretamente; no episódio 2, ele foi usado por Samuel Braithwhite (Tony Goldwyn) em um ritual para abrir os portões do Éden.

    Samuel explicou que isso se deu pelo fato dele ser um descendente direto de Titus. O episódio 2 fez uma alusão ao fato dele estar conectado por meio de uma escrava que escapou da casa de Titus quando ela pegou fogo; é provável que a conexão se dê pelo lado da família de sua mãe. O episódio 1 de Lovecraft Country, Sundown, mostrou Atticus, George e Leti procurando seu pai perdido em Ardham, Massachussets, após ele ter partido em uma busca por respostas a respeito do histórico familiar de sua esposa já falecida – a mãe de Atticus.

    Pelo menos, isso foi o que eles presumiram por meio da carta que ele enviou. Mas isso se mostrou uma mentira, visto que o próprio Monstrose afirmou que ele havia sido coagido a escrever aquela carta. Mas isso também poderia ser uma mentira, e Montrose foi até a hospedaria apenas para procurar por respostas.

    Entretanto, isso levanta algumas questões, tal como: Atticus e Leti podem confiar em Montrose?

    Afinal, outra mentira foi possivelmente revelada quando ele e George conversavam, mas fizeram uma alusão ao fato de George ser o verdadeiro pai biológico de Atticus. Isso é indicado em uma interação que George teve com a mãe de Atticus, Dora (Erica Tazel). Apesar de ser uma relação em sua natureza romântica, sua presença na hospedaria era meramente uma ilusão mágica para o distrair.

    Montrose poderia ter se sentido traído pelo caso de George, e assim não quer Atticus herde o que é de direito dele, que pode conectá-lo a um grande poder.

    Também existe a chance de Montrose estar tentando impedir o sucesso dos Filhos de Adão completamente, e sabe que, se Atticus se juntar a organização e se for aceito nela, ele precise matá-lo também.

    No episódio 4 de Lovecraft Country, Montrose deixa claro que suas ações são apenas para proteger sua família, se ele se refere a George ou Atticus não sabemos – ou os dois. Apesar da ascendência de sangue de Atticus, eles ainda são parentes de sangue.

    É interessante o fato da personagem de Yahima – apesar de ter uma vida curta – ter adicionado outro elemento subversivo da história de racismo de Lovecraft. Não sendo apenas um instrumento para a recuperação das páginas perdidas do livro do Livro dos Nomes, mas para mostrar a verdade sobre Titus e sua crueldade, e que ele foi o responsável por dizimar o povo da tribo Arawak.

    Yahima serviu como tradutora de Titus, e talvez pudesse traduzir o livro, que seria crucial para que eles soubessem qual seria o próximo passo. Entretanto, Yahima agora está morta – a menos que algo possa trazê-la de volta, ou possivelmente descobrir como se comunicar com eles do além – eles precisarão tentar outro caminho para descobrir o que fazer em seguida.

    Qual papel Atticus pode ter nos Filhos de Adão?

    Lovecraft Country

    A linhagem de Atticus ainda é um mistério até o episódio 4. Entretanto, é possível que ele seja mais poderoso do que parece. Não apenas ele conseguiu fechar os portões do Éden no episódio 2, mas causou uma reação em cadeia que destruiu completamente a hospedaria e transformou todos os participantes do ritual, os Filhos de Adão, em pedra.

    Montrose parece quase certo que Atticus não é capaz de decifrar e ler o Livro dos Nomes. O poder por trás do livros é desconhecido, mas há uma razão pela qual todos o querem. Já que Atticus é um descendente direto de Titus Braithwhite, é possível que ele possa usar qualquer poder do Livro dos Nomes para que ele possa se defender dos outros Filhos de Adão.

    Isso seria um papel interessante a ser desempenhado por Atticus nos Filhos de Adão; na verdade, ele poderia se tornar seu líder ao descobrir como abrir o Portão do Éden e obter a imortalidade junto da linguagem de Adão. Com a imortalidade e o idioma como ferramentas em seu arsenal, é possível que ele possa se transformar no mago mais poderoso da história.

    Como Lovecraft Country lida diretamente com temas relacionados a história negra e os terrores que os afro descendentes viveram durante a Era Jim Crow, seria recompensador ver um homem negro subir a posição de poder em uma organização completamente composta por brancos e com um passado racista.

    Não apenas os Filhos de Adão discriminavam as mulheres, mas também era um grupo composto apenas por homens, mas eles também não pensaram muito em preservar a vida de Atticus mesmo apesar do fato dele ser um descendente de sangue de Titus. Ele pode ser um membro legado da fraternidade, mas ele ainda não é um deles, devido sua etnia e linhagem.

    Talvez a mãe de Atticus tenha descoberto que ele teria a habilidade de decifrar o idioma de Adão, e foi morta por isso. Sua morte ainda é um dos muitos mistérios que Lovecraft Country ainda deve revelar.

    Leia também as análises e referências de Lovecraft Country – episódio 1, episódio 2, episódio 3 e episódio 4.



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    Oscar reformula regras para mais diversidade para Melhor Filme

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    Os recentes movimentos por maior representatividade na indústria cinematográfica estão fazendo efeito. Segundo A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, novos padrões de representação e inclusão começaram a fazer parte da premiação em 2022, passando a serem obrigatórias em 2024.

    Dividido em quatro pilares, os estúdios terão que respeitar pelo menos duas das regras para concorrer ao Oscar de Melhor Filme. As categorias de Melhor Animação, Melhor Documentário e Melhor Filme Internacional serão consideradas separadamente. Visto que, esses filmes também são submetidos para a categoria de Melhor Filme.

    De acordo com o presidente da AcademiaDavid Rubin:

    “A abertura deve se alargar para refletir nossa população global diversificada tanto na criação de filmes quanto na audiência que se conectam com eles.”

    Já, o CEO Dawn Hudson ressaltou que os padrões de inclusão serão um catalisador para uma mudança essencial e duradoura no setor. 

    Confira as novas regras:

    Padrão A: representatividade de temas e narrativas na tela (o filme deve atender a um dos seguintes critérios):

    • A.1: Pelo menos um dos atores principais ou coadjuvantes de destaque deve pertencer a uma etnia ou grupo racial pouco representado (asiático, latino/hispânico, negro, nativo-americano, norte-africano, nativo havaiano);
    • A.2: Pelo menos 30% de todo o elenco em papéis secundários ou menores devem pertencer a dois grupos pouco representados (mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva);
    • A.3: A história principal, tema ou narrativa deve ser centrada em um grupo pouco representado.

    Padrão B: Liderança criativa e equipe do projeto (o filme deve atender a um dos critérios abaixo):

    • B.1: Pelo menos dois membros da liderança criativa e chefes de departamento – diretor de elenco, cinematógrafo, compositor, figurinista, diretor, editor, cabeleireiro, maquiador, produtor, designer de produção, decorador de set, editor de som, supervisor de efeitos visuais, roteirista – devem pertencer a um grupo pouco representado e pelo menos uma posição deve pertencer a uma etnia ou grupo racial pouco representado;
    • B.2: Pelo menos seis membros da equipe (com exceção de Produtor Associado) devem pertencer a um grupo pouco representado;
    • B.3: Pelo menos 30% da equipe técnica inteira deve pertencer a um grupo pouco representado.

    Padrão C: Acesso à Indústria e criação de oportunidades (o filme deve atender a ambos os critérios abaixo):

    • C.1: O produtor ou distribuidor do filme deve financiar aprendizado/estágio remunerado para pessoas de grupos pouco representados; grandes estúdios devem ter presença substancial de aprendizes/estagiários assalariados de grupos pouco representados na maior parte dos departamentos (desenvolvimento/pré-produção, produção presencial, pós-produção, música, efeitos visuais, aquisições, administração, distribuição, marketing e publicidade); estúdios pequenos e independentes devem ter pelo menos dois aprendizes/estagiários assalariados de grupos pouco representados (pelo menos um de um grupo étnico ou racial pouco representado) em pelo menos um dos departamentos;
    • C.2: A companhia responsável pela produção, distribuição e financiamento do filme deve oferecer oportunidades de emprego ou capacitação para pessoas de grupos pouco representados.

    Padrão D: Desenvolvimento com o público

    • O estúdio tem executivos sênior de grupos pouco representados (pelo menos um de um grupo étnico ou racial pouco representado) em suas equipes de marketing, publicidade e distribuição.

    A 93ª edição do Oscar acontecerá no dia 25 de Abril de 2021. Devido à pandemia, a elegibilidade ao Oscar se estende de 1º de Janeiro de 2020 a 28 de Fevereiro de 2021.



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