Muitos itens mágicos estão por aí no Universo DC Comics. A Lança do Destino, o Elmo de Nabu, o Laço da Verdade da Mulher-Maravilha, entre outros. Não é de se imaginar que alguns dos itens mágicos mais poderosos são dados à mortais comuns. E é estranho o fato de alguns dos itens mágicos mais poderosos terem ido parar nas mãos de meros mortais; mas o Necronomicon, só pode ser confiado a apenas um homem: o Superman.
O Necronomicon foi criação do escritor de horror clássico, H.P. Lovecraft. Sua primeira aparição foi no conto “The Hound“, apesar de ser imensamente referenciado em “A Cidade Sem Nome“.
No conto, dois homens roubam um túmulo e encontram um amuleto de jade. E eles “lêem muito no Necronomicon de Alhazred sobre as propriedades do amuleto”.
Ele foi mencionado de forma bem diferente no Universo DC. Em DC Comics Presents #18, o Superman estava imaginando o porquê ele, de todas as pessoas, ter uma vulnerabilidade tão grande quando o assunto é magia.
Apenas duas coisas podem machucar o Superman: kryptonita e magia. Procurando uma razão para sua fraqueza na Fortaleza da Solidão, o Homem de Aço procura por respostas no antigo livro que está apenas ali, largado, o Necronomicon. Com o livro, ele supõe que pode se proteger de ataques mágicos.
Mas Kal-El não procura no livro por respostas. Ao invés disso, ele usa um espectrômetro para ver se o livro está emitindo qualquer tipo de radiação. Ele vê que o livro está emanando uma energia que ele nunca viu antes. Então faz o que qualquer homem de ciência faria: recalibra o espectrômetro para atirar um raio daquela energia diretamente nele, esperando se imunizar contra magia.
Mas Superman faz isso exatamente no momento em que Zatanna está tentando abrir um portal para a “dimensão da magia”, de onde toda a magia vem.
A explosão de poder tira todos os poderes de Zatanna e os dá ao Superman. O resto da edição mostra Superman e a Zatanna se reunindo para dissipar o fluxo de magia na nossa dimensão e lutando com um mágico de palco que tem inveja de magos de verdade.
É claro que o Superman e Zatanna conseguem derrotar o inimigo, devolver a magia a sua dimensão correta e salvam o dia.
É estranho, pois o Necronomicon apareceu algumas vezes ao longo de 40 anos. Um artefato de imenso poder seria sem dúvida um dos itens mais desejados por usuários de magia, como John Constantine.
Talvez o pessoal da DC Comics seja inteligente o suficiente para não escrever sobre algo que eles não têm esperança de entender tão cedo.
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Após 30 anos, o terceiro filme de Bill & Ted trás os atores Alex Winter e Keanu Reeves de volta aos seus personagens tão queridos. No elenco Samara Weaving e Brigette Lundy-Paine também são os destaques. O filme está disponível em on demand.
SINOPSE
Após anos tentando escrever a melhor música de todos os tempos que irá unir a humanidade, Bill (Winter) e Ted (Reeves) estão desiludidos. Seus casamentos vão de mal a pior e suas carreiras como astros do rock não prosperam. Em dúvida se devem esquecer o sonho e encararem a vida adulta da meia idade, Bill e Ted recebem uma visita do futuro e descobrem que apenas a música criada por eles irá salvar a realidade (e o mundo) como conhecemos.
ANÁLISE
Em uma época tão conturbada e ainda por cima em um ano pandêmico são poucos os filmes que se propõem a ser alegres como Bill & Ted: Encare A Música. O fato é: há muito tempo já não existem mais produções que misturam aventura, comédia, ficção científica ; até musical de forma leve e simples.
Nesse sentido, o terceiro filme de Bill e Ted é um respiro para os millenials e um suspiro para os noventistas. O primeiro filme lançado, Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica, em 1989, foi um grande sucesso inesperado; a produção meio tosca e super divertida ganhou fãs e uma sequência Bill & Ted: Dois Loucos no Tempo (1991).
Ambas as tramas dos dois primeiros filmes certamente não funcionariam atualmente, apesar do humor no-sense, Bill e Ted sempre tiveram um tom quase iludido. O terceiro filme carrega as mesmas qualidade dos antecessores e vai além com uma produção mais elaborada.
Nessa maneira, a volta de Alex Winter e Keanu Reeves também é agradável. Logo no começo do filme pode ser estranho assistir Reeves em uma comédia, visto o grande astro que o ator se tornou. Porém, aos poucos acabamos nos familiarizado e revivendo Bill e Ted mais uma vez.
Uma história igual, mas diferente
Nessa nova aventura, nossos protagonistas precisam salvar a realidade que está colapsando já que eles ainda não criaram a música que irá unir o mundo. Ao serem chamados para o dever, eles visitam algumas de suas versões do futuro. Já suas filhas, Thea (Weaving) e Billie (Lundy-Paine) decidem ir para o passado juntar os maiores músicos para ajudar os pais.
Com grandes referências aos dois primeiros filmes, como a velha cabine telefônica de viajem no tempo (e espaço), robôs assassinos, ir parar no inferno e a maravilhosa Morte interpretada mais uma vez por William Sadler; o filme cativa e diverte.
Logo, a dinâmica entre Weaving e Lundy–Paine também chama a atenção, a dupla carrega o espírito do primeiro filme e garante bons momentos. Sendo assim, Bill & Ted: Encare A Música é um filme que não foge a sua receita original de tanto sucesso, mas acrescenta novas perspectivas e uma trama mais engajada.
Dessa forma, o filme é uma ótima pedida em tempos tão desgastantes e traz um calor aos nossos corações. O ato final, por exemplo, com seu plot twist é admirável. Logo, para além dos acontecimentos malucos da história, o terceiro filme de Bill e Ted gira em torno de um ensinamento poderoso: mais empatia em tempos estranhos.
VEREDITO
Bill & Ted: Encare A Música é o raro caso onde o terceiro filme é o melhor. Não só por isso, o filme passa uma mensagem de união com muito humor, afinal como diria Bill: “Be excellent to each other“. Consequentemente, a estranheza de ver Winter e Reeves mais uma vez nos papéis que fizeram ainda muito jovens seja o que difere o filme. Contudo, como diria Ted: “Party On!“.
Nossa nota
Assista ao trailer:
E você, é fã da dupla de roqueiros mais querida do cinema? Já assistiu ao filme? Deixe sua avaliação e seus comentários!
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Os personagens mais esquisitos e adoráveis de toda a Warner Bros. estão programados para fazer um retorno na TV no final deste ano. A amada série de animação dos anos 90, Animaniacs, está recebendo o tratamento de reboot no Hulu, com ninguém mais, ninguém menos que Steven Spielberg.
Embora o programa não chegue ao serviço de streaming até 20 de Novembro, o Hulu está comemorando o aniversário original de Animaniacs com uma prévia do que está por vir.
No domingo (13), o Hulu lançou um vídeo teaser dos bastidores do reboot, mostrando alguns esboços dos novos personagens e a voz do elenco trabalhando duro. Você pode dar uma olhada abaixo.
? HAPPY BIRTHDAY ANIMANIACS! ?
To celebrate the 27th anniversary of the original series premiere, we’re giving you a special behind-the-scenes look of your favorite voice cast at work.
“Happy Birthday Animaniacs . Para comemorar o 27º aniversário da estreia da série original, estamos dando a você um visual especial dos bastidores de seu elenco de voz favorito no trabalho. Os novos Animaniacs chegam em 20 de Novembro, apenas no Hulu.”
Como mostra o vídeo teaser, o elenco original dos Animaniacs voltou para a nova série. Isso inclui Rob Paulsen, que dá voz a Yakko e Pinky.
Yakko, Wakko e Dot não eram as únicas estrelas de Animaniacs, pois outros personagens ganhavam histórias e às vezes até séries solo. Com várias séries no currículo, os ratos de Pinky e Cérebro ganharam uma animação própria após o sucesso de suas esquetes dentro de Animaniacs.
O reboot de Animaniacs estreia em 20 de Novembro nos Estados Unidos.
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Com três meses para a estreia de Duna, o cineasta Denis Villeneuve parece já estar em um novo projeto com ninguém menos do que Jake Gyllenhaal. Segundo o site The Playlist, ambos estão juntos em um novo projeto sem maiores detalhes ainda.
A notícia foi revelada por Gyllenhaal no podcast Team Deakins. O ator falou sobre como seu relacionamento com Villeneuve e como os dois mal podem esperar para trabalhar juntos novamente. A amizade é antiga e antecede o primeiro trabalho em conjunto no filme O Homem Duplicado (2013).
“Denis me disse que tinha que fazer esse filme e não sabia por quê. Eu só me lembro de Denis dizendo: ‘Eu tenho que fazer esse filme e tenho que fazer com você. Posso encontrar outra pessoa para fazer isso, mas não consigo tirar você da minha mente para fazer isso’. Isso é muito raro.”
Ele continuou:
“Há algo em que estamos trabalhando agora e ele [Denis Villeneuve] apenas me escreveu: ‘Mal posso esperar para trabalhar com você novamente’. E eu me sinto da mesma maneira. Existem essas pessoas que você encontra em sua vida onde você apenas tem essas conexões.”
Apesar de Villeneuve querer filmar uma sequência de Duna, ele também discutiu recentemente o desejo de trabalhar em filmes menores, como O Homem Duplicado e Os Suspeitos (2013). Já que desde 2016, o diretor vem lançando somente ficção cientifica, como A Chegada (2016) e Blade Runner 2049 (2017).
Logo, talvez a parceria entre o cineasta e Gyllenhaal seja em um filme menor que mostrará mais uma vez todo o talento da dupla. O fato é: Já estamos super ansiosos!
O último filme de Jake Gyllenhaal foi em Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) interpretando Quentin Beck, o vilão Mystério.
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O quinto episódio de Lovecraft Country, intitulado Strange Case, estreou no último domingo (13/9) na HBO. Sendo um episódio focado na transição de narrativa, preparando terreno para os próximos passos da jornada dos heróis, Strange Case tem como protagonistas Ruby Baptiste (Wunmi Mosaku) e William (Jordan Patrick Smith).
O texto a seguir terá spoilers do episódio 5. Leia por sua conta e risco.
SINOPSE
Depois de fazer uma barganha com William, Ruby se transforma em uma mulher branca, mas sua mudança só fortalece seu descontentamento com a divisão racial nos Estados Unidos.
A traição de Montrose (Michael Kenneth Williams) libera a raiva reprimida de Tic (Jonathan Majors), deixando Leti (Jurnee Smollett) profundamente perturbada. Paralelamente, Montrose encontra abrigo nos braços de seu amante.
Esse episódio é o que chamamos de episódio de transição, pois não há muita ação relacionada à trama principal de Lovecraft Country. Strange Case é todo focado em Ruby e sua subtrama com William, que vimos ser iniciada no episódioA History of Violence serve como um desenvolvimento para a personagem secundária e também uma resolução de dúvidas em relação aos Braithwhite.
O episódio é necessário para alinhar detalhes que ainda não haviam sido explicados e dar impulso para a trama principal da série se desenrolar nos próximos capítulos. Sem um episódio de transição, provavelmente esses detalhes ficariam soltos no meio de outras informações, se tornando um problema de roteiro no futuro.
Começamos Strange Case com Ruby acordando no corpo de uma mulher branca. Sua aparência causa estranheza e a faz escapar da mansão de William, voltando para o Sul de Chicago. Estando completamente desnorteada, ela esbarra em um menino negro, o que aciona a polícia e quase coloca a vida do garoto em risco.
Nesse ponto já podemos ressaltar um dos problemas do episódio: sua montagem. Em várias cenas fica difícil saber como as coisas aconteceram, pois parece que seu desenrolar foi cortado na pós-produção. Ruby acorda na mansão, mas logo a vemos descabelada e andando pelas ruas do Sul de Chicago. Assim que ela entra no carro da polícia, ela percebe que está sendo levada de volta para mansão, porém nós não vimos ela escapando de lá.
Esse problema acontece em outras cenas do episódio, como, por exemplo, durante a missão de Ruby na mansão de Lancaster – que eu irei comentar novamente durante essa análise. Da cena do armário para a cena da loja de roupas não há uma explicação, então nós não sabemos como ela escapou. O mesmo acontece após a cena da entrevista de emprego, onde ela está sem a poção e entra em um elevador de carga.
Esse tipo de resolução simplória deixa o episódio confuso, fazendo com que ele gaste muito tempo em cenas repetidas e pouco tempo em algumas explicações necessárias. Saber como ela escapou dessas situações é algo importante. Portanto, a falta de detalhes acaba desfavorecendo a condução do episódio.
Após retornar à casa de William, Ruby passa por sua primeira metamorfose. Ele corta o casulo em que está escondida, fazendo com que ela “renasça” como uma borboleta. Durante a explanação sobre como a metamorfose funciona, William explica que essa foi uma técnica que ele incentivou Hiram (o dono da Mansão Winthrop) a estudar.
William deixa em cima da cômoda um frasco com a poção, abrindo espaço para que Ruby decida como quer passar o seu dia. Se quer ir embora como Ruby ou tentar viver novamente nos calçados da senhorita Hillary (Jamie Neumann). Ela opta pela segunda opção e, bom, acaba sentindo na pele – literalmente – a diferença de tratamento que ela recebe por todos à sua volta única e exclusivamente por ser branca.
A partir daqui, Ruby volta a tomar essa poção inúmeras vezes, usando a persona de Hillary para conseguir um emprego na loja de departamento que ela sempre sonhou. Por ser branca e ter um currículo inflado, Hillary logo consegue um dos cargos mais altos: assistente de gerente.
O episódio todo mostra como Ruby cria uma “competição” invisível com Tamara (Sibongile Mlambo), a menina negra que conseguiu emprego na loja antes dela. Porém, com o passar do tempo, ela acaba percebendo todos os problemas que Tamara vive – inclusive possíveis assédios cometidos por seu chefe Paul Hughes (David Stanbra).
Em um determinado momento, William “cobra” um favor de Ruby: ele pede que ela encontre Christina (Abbey Lee) em uma festa. No local, Christina entrega para Ruby o que parece ser uma runa com um símbolo no meio. Ela diz para Ruby que Seamus Lancaster (Mac Brandt) tentou matar William com um tiro nas costas, e que colocar a runa no escritório do chefe de polícia é a única forma de revidar.
Ruby aceita a missão e realmente coloca a runa na escrivaninha de Lancaster. Porém, ela escuta um barulho no armário e, lá dentro, encontra um homem amarrado e com a garganta cortada. Nessa hora, Lancaster e seus capangas entram no escritório, obrigando Ruby a se esconder no armário junto com o homem.
Durante o tempo que passa na sala, Ruby escuta Lancaster e seus capangas falando sobre um observatório. Eles dizem que o Observatório Winthrop está seguro, o que abre inúmeras possibilidades para o futuro. Uma delas já se destaca: será que a máquina do tempo está neste observatório?
Após essa cena no escritório, como mencionei anteriormente, nós já vemos Ruby novamente transformada em Hillary e tentando alertar Tamara a sempre ser a melhor em tudo, pois só assim ela pode escapar das garras dos brancos malucos que existem naquele lado na cidade. Nessa hora ela é “parada” por seu chefe e acaba dizendo que Tamara levará a todos ao Sul da cidade para uma noite de festa.
Durante a noitada, Ruby acaba se arrependendo da realidade que está vivendo e se desfaz definitivamente de sua pele de Hillary. Ela vê Hughes assediando Tamara nos fundos da festa, o que só alimenta ainda mais seu ódio.
Na mansão de William, Ruby encontra Christina, que a aconselha a usar a poção para fazer tudo o que ela tivesse vontade. Pensando nisso, Ruby resolve se vingar de seu chefe. Ela aborda Hughes (no corpo de Hillary) e o agride, em uma das cenas mais fortes do episódio – e da série até então. Conforme a carcaça de Hillary se desfaz, uma Ruby completamente diferente renasce daquela situação.
Já ao término do arco de Ruby, vemos William chegando na mansão e, sem ter tempo de renovar sua poção, acaba se transformando em Christina, confirmando todas as teorias desenvolvidas no episódio anterior.
Como eu mencionei no início, esse capítulo é um episódio de transição, então tivemos pouquíssimos avanços nos acontecimentos da semana anterior – sobre as páginas de Titus e as motivações de Montrose em atrasar o grupo. Entretanto, algumas boas informações foram inseridas nesse quinto capítulo.
Após o arco de Christina, temos a conclusão dos acontecimentos do episódio anterior, em que Montrose assassinou Yahima (Monique Candelaria). Ao dar a notícia de que Yahima “escapou” (junto com as páginas do livro) para Tic e Leti, Montrose é brutalmente agredido por Tic. Extremamente assustada, Leti chama algumas pessoas hospedadas na casa para impedirem que Tic assassine Montrose.
Desnorteado, Tic vai até o estúdio de Leti procurando fotos das páginas do Livro dos Nomes, torcendo para que todo o esforço deles não tenha sido em vão. Leti, com medo de Tic, desce com o bastão de beisebol – utilizado no episódio Holy Ghost – como forma de se proteger de Tic. Desapontado, ele vai embora da mansão Winthrop.
Algum tempo depois, vemos Montrose encontrando seu amante Sammy (Jon Hudson Odom). Ao que parece, ao chegar ao extremo de assassinar uma pessoa como forma de “proteger” sua família, Montrose percebe que não há mais nada que possa pará-lo de viver. Em uma cena muito bonita durante um ballroom, Montrose beija Sammy pela primeira vez, aceitando sua realidade e seus sentimentos.
Paralelamente ao ballroom, Leti e Tic conversam e fazem as pazes. Ele conta a ela sobre Ji-Ah (Jamie Chung), uma mulher com quem ele teve um relacionamento durante a guerra na Coréia – a mesma mulher que vemos em seu sonho sobre A Princesa de Marte no início do episódio Sundowne atacando Tic em Whitey’s on the Moon.
Posteriormente, após Leti entregar as fotos do pergaminho a Tic, ele diz a ela que Montrose matou Yahima. Leti afirma que todos esses feitiços e essas histórias são amaldiçoadas, e ele tenta convencê-la com um discurso clichê de “usar a magia para o bem”.
Enquanto analisa as fotos, Tic cai no sono e sonha com sua ancestral fugindo da casa de Titus Braithwhite com um livro embaixo dos braços – possivelmente o famigerado Livro dos Nomes.
Após muitas horas analisando as letras do pergaminho – e comparando com alguns caracteres que ele acredita que são suas iniciais e a palavra proteção – Tic acaba descobrindo uma mensagem que o deixa perturbado e o faz ligar para Ji-Ah. Ela pergunta se ele finalmente acredita nela, e ele pergunta como ela sabia. Ao desligar a ligação, a câmera foca na letras D-I-E escritas em um papel.
Por se tratar de um episódio de transição, Strange Case é provavelmente um dos episódios mais fracos lançados até agora. Apesar de termos todo o desenvolvimento de Ruby, a falta de explicação de alguns acontecimentos e o gasto excessivo de tempo nas transformações acabam tornando tudo um tanto cansativo.
Apesar de tomarem muito tempo, os efeitos especiais estão incríveis. As transformações de Hillary para Ruby são super trash, mas muito bem executadas. Todas as vezes em que ela sai daquele casulo, nos passa uma sensação de agonia e pavor, por não saber o que pode acontecer com Ruby e se ela ficará bem.
O mesmo podemos dizer da transformação de William para Christina que é visualmente impecável. O episódio possui uma ótima parte técnica relacionada aos efeitos especiais e merece um grande destaque nesse sentido.
Strange Case consegue também abrir outras perguntas que irão impulsionar a trama principal da série nos próximos episódios – como já havia mencionado anteriormente. Por exemplo:
O que está no porão de Christina? Ela trabalhava com Hiram antes dele morrer? Ela conheceu Horacio Winthrop?
O que Ji-Ah sabe sobre os Braithwhite? Como ela encontrou Tic? Quem é ela?
O que o Tic encontrou naqueles pergaminhos?
Quem é o cara do armário do Lancaster?
Por que Lancaster matou o próprio filho?
A Christina roubou a identidade do William?
Essas são algumas perguntas que ainda não temos respostas, mas que nos animam a continuar assistindo aos próximos episódios.
REFERÊNCIAS
Nesse episódio não tivemos nenhum livro referenciado diretamente. Entretanto, toda a ideia do capítulo se assemelha muito ao livro clássico O Médico e o Monstro (em inglês chamado de Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde) escrito por Robert Louis Stevenson.
No conto, publicado originalmente em 1886, Dr. Henry Jekyll descobre uma poção que o transforma periodicamente em Edward Hyde, exatamente como Ruby encarna seu lado cruel e vingativo no corpo de Hillary.
Outro ponto interessante é que a mesma atriz que interpreta Hillary também atua como Dell, a personagem que apareceu protegendo a torre onde Montrose era feito prisioneiro em Ardham.
Por que Christina decidiu transformar Ruby em alguém que ela já conhecia? Para fazer a poção dar certo é necessário utilizar algum elemento de uma pessoa que já existiu? Isso significa que Dell morreu após ser golpeada por Leti em Whitey’s on The Moon? Será que os dois estão no porão da Christina?
Durante a primeira transformação de Ruby, no momento em que William está abrindo a carcaça com uma faca, a câmera foca na televisão que está passando uma matéria sobre metamorfose de gafanhotos. Uma grande coincidência em um momento tão oportuno, não é mesmo?
Na cena que se passa no escritório de Lancaster muitas coisas acontecem. Entretanto, uma das que mais chama atenção é que, quando Lancaster tira a camisa, seu corpo possui outra cor. Será que o policial fez parte dos experimentos de Hiram Epstein?
Tudo que cerca a hospedaria de Chicago parece extremamente obscuro. Ainda não sabemos se a história sobre Lancaster ter assassinado o próprio filho é real, mas do jeito que ele mantém corpos mutilados dentro do armário… Não é de se duvidar, certo?
O símbolo que aparece na runa entregue por Christina para Ruby também pode ser visto em uma das páginas do Livro dos Nomes que são analisadas por Tic e Leti. Tic acredita que aquele seja um feitiço de proteção, porém Christina usa o símbolo em uma runa contra Lancaster.
Definitivamente aquele símbolo não deve significar algo de bom e, talvez por isso, Tic tenha ligado tão desesperado para Ji-Ah no final do episódio.
VEREDITO
Strange Case é um bom episódio para alinhar a trama, amarrar algumas pontas soltas, finalizar arcos e impulsionar a trama para sua próxima fase.
Apesar de alguns problemas em sua montagem e condução, ainda assim, Strange Case é um bom episódio e serve para expandir nosso conhecimento da personagem Ruby. Toda a experiência vivida por Ruby durante a metamorfose pode moldar seus passos ao longo da série, aproximando-a de sua irmã e colocando ambas na mesma jornada
Em suma, Strange Case cumpre seu papel e traz inúmeras novas perguntas a serem respondidas.
Nossa nota
3,5/5,0
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A Babá: Rainha da Morte é uma continuação de A Babá, filme de 2017 e está disponível no catálogo da Netflix sendo um dos mais assistidos do mês de Setembro.
SINOPSE
Cole (Judah Lewis) sobreviveu ao ataque de uma seita de adoradores do Diabo. Após dois anos, o jovem rapaz se vê novamente em apuros com a volta desta seita mortal que pretende terminar o serviço.
ANÁLISE
A Babá: Rainha da Morte é um filme que tem dividido opiniões, pois a crítica especializada está detonando o longa enquanto os espectadores têm gostado do resultado.
A questão norteadora para o sucesso é que desta vez o filme abraça de vez a galhofice, algo muito positivo. Se em 2017 os estereótipos do terror foram utilizados quase em tom de sátira, aqui eles são ainda mais escrachados.
Abordando a adolescência atual da qual fazem parte pessoas desajustadas, A Babá 2 brinca com a questão dos estranhos ou freaks, uma vez que mostra Cole como um garoto incompreendido, visto que se entope de remédios para poder esquecer seus traumas, tudo isto por conta da descrença de todos que acham que ele inventou os fatos ocorridos no primeiro filme. Ao mostrar que a adolescência é um período difícil, o longa nos apresenta um dos maiores temores que temos: crescer.
Uma cena específica inclusive exemplifica isto, pois tira sarro dos adolescentes que crucificam o garoto, todavia, usam diversas drogas para fugir de suas vidas.
Outro acerto é a forma com que A Babá: Rainha da Morte utiliza a violência, visto que há um gore exacerbado e muita criatividade nas mortes dos vilões com eles sendo empalados, decapitados, queimados e atropelados, por exemplo.
PROBLEMAS DE A BABÁ 2
Contudo, a sequência tem muitos problemas, a começar pelo seu roteiro pobre e que quer fazer o mais do mesmo. Ao trazer de volta diversos rostos, A Babá 2 não consegue fugir do que já foi visto em 2017. A volta de alguns personagens serve apenas para termos mais mortes e algumas piadas pontuais, entretanto, esta opção não foi a mais acertada.
Além disso, a obra peca ao tentar se levar a sério no terceiro ato, algo que é uma falha grotesca em um filme que tinha como objetivo ser quase um besteirol. Em certo momento, a trama fica piegas e o roteiro derrapa feio, tornando A Babá: Rainha da Morte brega, pois perde seu rumo.
Se a direção queria tentar fazer mais e melhor, deveria ter pensado antes sua estratégia. Alguns aspectos positivos estavam sendo apresentados como, por exemplo, a futilidade da geração atual e sua busca incansável por atenção.
Se o longa tivesse seguido esta linha e focado apenas em Melanie (Emily Alyn Lind) como antagonista, seria possível uma nova empreitada mais digna e divertida, uma vez que a atriz faz um excelente trabalho.
Todavia, infelizmente o diretor aposta em escolhas erradas, criando uma obra irregular e esquecível.
VEREDITO
A Babá: Rainha da Morte é um bom divertimento, pois tem aspectos necessários para uma comédia galhofa e pastelão com muita violência e pouco para se pensar.
Contudo, as derrapadas da direção e escolhas ruins o tornam sofrível e esquecível, criando apenas um pequeno divertimento para uma tarde de domingo.
Nossa nota
Confira o trailer legendado:
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