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    Napoleão: Conheça o filme de Stanley Kubrick que nunca chegou às telas

    O renomado diretor Stanley Kubrick é conhecido por suas obras-primas cinematográficas, como 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968), Laranja Mecânica (1971) e O Iluminado (1980). No entanto, poucos sabem que Kubrick planejou realizar um épico sobre a vida de Napoleão Bonaparte, o lendário imperador francês.

    Infelizmente, esse projeto ambicioso nunca foi realizado, mas ainda é objeto de fascínio e especulação entre cinéfilos e estudiosos do cinema. Neste artigo, exploraremos o projeto de Napoleão de Stanley Kubrick, examinando sua concepção, os motivos que levaram ao seu cancelamento e seu legado duradouro na indústria cinematográfica.

    A CONCEPÇÃO DO PROJETO

    Stanley Kubrick: Conheça o diretor e seus 10 melhores filmes

    Kubrick tinha um fascínio duradouro pela figura histórica de Napoleão Bonaparte desde sua juventude. Ele admirava as realizações do líder militar e estava ansioso para retratá-lo no cinema. O diretor passou anos pesquisando a vida de Napoleão, estudando meticulosamente sua biografia, cartas e campanhas militares. Sua abordagem detalhada e rigorosa era típica de seu estilo de direção.

    O PROJETO TOMA FORMA

    Com base em sua extensa pesquisa, Stanley Kubrick começou a desenvolver um roteiro detalhado, que abrangia a vida inteira de Napoleão, desde sua juventude até sua morte. Ele pretendia retratar Napoleão como uma figura complexa, explorando tanto suas qualidades heroicas quanto seus defeitos e erros estratégicos.

    Além disso, Kubrick tinha a intenção de realizar um épico visualmente grandioso, buscando recriar com precisão as batalhas históricas e os cenários da Era Napoleônica. Ele planejava utilizar um número massivo de figurantes e elaborar meticulosos sets de produção.

    O CANCELAMENTO DO PROJETO

    O projeto Napoleão era ambicioso demais em termos de escala e custos de produção. Os estúdios de Hollywood ficaram receosos em financiar um filme tão caro, especialmente porque Stanley Kubrick insistia em filmar em locações autênticas na Europa.

    O filme Waterloo (1970), dirigido por Sergei Bondarchuk, retratou a mesma época histórica e foi um fracasso de bilheteria. Isso fez com que os estúdios considerassem o projeto de Kubrick um risco comercial, mesmo com seu renome como diretor.

    LEGADO E INFLUÊNCIA

    O projeto de Napoleão de Kubrick atraiu interesse contínuo ao longo dos anos, resultando em documentários e livros que exploraram os detalhes do projeto e a visão do diretor para o filme. Embora o Stanley Kubrick tenha passado para outros projetos após o cancelamento de Napoleão, é possível identificar elementos do seu estilo e visão artística que foram desenvolvidos durante a preparação para o filme.

    O projeto inacabado de Kubrick sobre Napoleão permanece como uma das maiores fantasias cinematográficas não realizadas. Embora o filme nunca tenha chegado às telas, a dedicação e o cuidado de Kubrick ao pesquisar e desenvolver o projeto revelam sua paixão pela figura histórica e sua ambição artística.

    O legado duradouro do projeto de Napoleão de Kubrick é testemunho do impacto duradouro que o diretor teve na indústria cinematográfica e da fascinação contínua com seu trabalho e sua visão.

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    CRÍTICA – Barbie (2023, Greta Gerwig)

    Com o passar dos meses, Barbie se tornou um dos filmes mais esperados de 2023. E com o lançamento se aproximando, fomos convidados a assistir o filme na cabine de imprensa. O hype que vem sendo construído ao redor do filme vem não apenas por seu elenco repleto de estrelas, mas também por todo o empenho na promoção do filme, e toda a construção que foi feita em cima da história da personagem que mudou o mundo dos brinquedos para sempre. Quando lançados na história de Barbie, vemos a Barbieland pela primeira vez.

    Enquanto a vida perfeita da Barbie Estereotípica (Margot Robbie) se desenrola, acompanhamos seus dias na cidade perfeita, onde todas as Barbies vivem em harmonia e levam uma vida em que tudo parece estar a seu favor. Muito distante de ter sido criada como uma boneca que servisse para criar estereótipos, seu papel é ainda mais importante na vida das meninas dos anos 50. A Barbie tomou o lugar das bonecas “bebês” que colocavam as crianças nos papéis de mãe, e a Mattel criou assim uma personagem identificável, com diversas facetas e muitas carreiras.

    SINOPSE

    Barbie levava uma vida perfeita na Barbieland. Após perceber que sua “perfeição” diminuía dia após dia, ela precisa partir do seu lar e ir em direção ao mundo real a fim de descobrir o que está acontecendo.

    ANÁLISE

    Barbie

    Como uma clara homenagem a toda a história da boneca Barbie e sua importância na vida das crianças, jovens e adultas, acompanhamos a história da Barbie em uma odisseia a fim de descobrir o que há de errado consigo mesma. Desde seus primeiros minutos, temos o tom do filme com a cena do trailer que foi proibido no Brasil, pois em uma clara homenagem à 2001: Uma Odisseia no Espaço, mostrava crianças se livrando de bonecas mais infantilizadas para brincar com a Barbie. Mostrando o nascimento de uma nova era ali. Essa cena pode ser assistida abaixo:

    Com a brilhante narração de Helen Mirren e a direção de Greta Gerwig somos lançados à uma linda aventura. Ainda que Barbie tenha diversas referências, críticas e piadinhas, elas não se dão de maneira excessiva, mas se mostram, sim, pontuais. Com momentos divertidos e críticas incisivas não apenas ao patriarcado, mas também à normalização de relações tóxicas, o longa nos diverte, nos deixa chocados e nos faz suspirar.

    O incrível talento de Margot Robbie e o timing cômico de Ryan Gosling fazem o filme ganhar cada vez mais força, fazendo todos os arcos do filme só crescerem. Mas não apenas isso, o longa nos faz viajar por muitos mundos e todos eles distintos. Algo que entretém ao longo do filme, é o fato do mundo real não ser nada como Barbie imagina, mas também sua interação com este mundo.

    Funcionando não apenas como uma comédia, como também uma crítica, o longa nos diverte e eu preciso confessar: Barbie, o longa sobre a boneca de plástico mais icônica do mundo, consegue ser mais humano do que todo o longa de Christopher Nolan, sobre o pai da bomba atômica e muito dos outros filmes em cartaz.

    Os 114 minutos de Barbie quase não são sentidos. Ao longo desse tempo, somos levados por uma história com o coração no lugar certo e uma trama cujo mais belos momentos nos fazem abrir um sorriso largo.

    VEREDITO

    Barbie corresponde a todo o hype criado. Antes mesmo da estreia, o filme havia batido o recorde de pré-venda no Brasil e com estreia em mais salas de cinema do que Oppenheimer, e eventualmente se consagrará como o filme que com certeza desbancará o filme de Christopher Nolan.

    Um efeito, ou melhor, o que Barbie me causou ao longo de suas quase 2 horas, foi um sorriso e um coração leve ao acompanhar uma trama corajosa e divertida. Trama essa, que nem mesmo a diretora Greta Gerwig acreditou que a Mattel fosse aceitar. Para além das abstrações, Barbie é uma história sobre humanidade, aceitação e sobre como a vida pode te levar pelos mais diversos lugares. Enquanto te faz questionar sobre a sua relação consigo mesma, Barbie diverte, investiga e contesta a normalização de atos que se perpetuam sobre as mais diversas relações, principalmente nas propiciadas pelo patriarcado.

    E ah, só para deixar claro: Barbie é o filme do ano.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Barbie estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 20 de Julho.

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    REVIEW – GameSir G7 SE (2023, GameSir)

    Se você tem Xbox One, Xbox Series ou PC, mas curte jogar com controle de console; saiba que a GameSir acaba de lançar o GameSir G7 SE!

    E temos muito o que falar desse controle.

    Transparência: O GameSir G7 SE foi enviado pela GameSir para fazermos essa análise. O link com desconto disponível no fim do texto não é uma parceria paga com o Feededigno, e sim parte da campanha promocional em vigor. Portanto, a promoção pode mudar ou expirar a qualquer momento sem aviso prévio, sendo de total responsabilidade da fabricante.

    ANÁLISE

    Desde a geração anterior de consoles, a vida dos gamers não tem sido fácil: consoles caros, jogos caros e claro, periféricos caros. Para o gamer comum, o preço dos produtos oficiais muitas vezes é um fator que acaba pesando na decisão de compra, o que faz aumentar as buscas por produtos paralelos com preços mais em conta, mas que deixam a desejar na qualidade e durabilidade se comparado com um produto oficial.

    Entretanto, a GameSir atenta a necessidades da comunidade gamer chega com a sua atualização do seu controle G7. O Second Edition apesar de não ser o controle oficial, é licenciado pela Microsoft, tornando-o a melhor opção para que busca preços baixos.

    Melhor que o original

    Depois de ouvir o feedback de sua comunidade sobre o G7, o GameSir G7 SE traz uma revolução em relação aos famigerados drifts (aquela “micro falha” de sincronia nos sticks) e muitas outras ferramentas interessantes.

    Com a tecnologia Hall Effect nos sticks e gatilhos, a primeira percepção será a diferença sentida nos sticks, as famosas alavancas do controle. Ao utilizar sensores magnéticos não há atrito entre os sensores, o que acaba com o desgaste nas peças e assim eliminado o odiado drift.

    Já o direcional e os botões X, Y, A e B possuem membranas que os deixam mais macios e menos barulhentos.

    Os gatilhos inferiores R4 e L4, agora contam com travas de bloqueio que impedem o acionamento acidental.

    Além de grips texturizados que impedem do controle escorregar da sua mão durante sua gameplay.

    Decididamente, o G7 SE supera facilmente o original do Xbox.

    GameSir Nexus

    Com certeza você já pegou aquele jogo que só é permitido controlar com o stick do controle, mas você adoraria jogar com o direcional, certo? Com o GameSir Nexus você não precisa ficar triste com esse tipo de problema, além do software permitir diversas funções, você ainda pode alterar o controlador principal do seu controle alterando o uso entre o stick esquerdo e o D-pad!

    Veja abaixo algumas funções disponíveis no Nexus:

    • Configuração de 4 perfis para utilização;
    • Configuração de botões;
    • Ajuste da zona de atuação das alavancas;
    • Configuração e ajuste dos gatilhos;
    • Ajuste de vibração para controle e gatilhos.

    Achei incrível a opção de poder ter em um único controle um perfil com comandos definidos para meu game de corrida favorito, outro para aquele jogo de ação em primeira pessoa e até para o clássico futebol com os amigos.

    Outra novidade muito inteligente é a opção de alterar os perfis do G7 SE sem a necessidade de acessar seu software. Ao utilizar o D-pad e os botões principais é possível alterar o perfil do controle mesmo durante a gameplay.

    Baixe o aplicativo na Microsoft Store clicando aqui.

    VEREDITO

    Visualmente o GameSir G7 SE é lindíssimo; o controle possui um aspecto clean, além de contar com botões e gatilhos macios, reduzindo drasticamente o ruído durante seu uso. Mas sem sombra de dúvida, a cereja do bolo é o sistema Hall Effect nos sticks garantindo uma precisão surreal e “exorcizando” de vez o fantasma do drift dos controles.

    Para se ter uma ideia, um teste de precisão dos sticks do GameSir G7 SE no site Hardware Tester, mostra uma margem de erro de 0,5% em ambos os sticks. É quase perfeito! Meu controle original Xbox (já usado, claro) deu uma margem de erro de 6,5%!

    Em poucas palavras: Se o G7 SE fosse sem fio (não que seja ruim) ele seria realmente perfeito.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Informações técnicas

    Peso: 221g

    Tamanho: 15cm x 10cm x 6cm

    Cor: branco (com faceplate removível)

    Dispositivos Compatíveis: Xbox One, Xbox Series e PC (Windows 10 e 11)

    Acessórios:

    • Cabo padrão cord de 3m;
    • Código Xbox Game Pass Ultimate 30 dias;
    • Adesivo GameSir;
    • Manual do usuário.

    Assista ao vídeo de lançamento do GameSir G7 SE:

    Compre o GameSir G7 SE na loja oficial da GameSirclicando aqui.

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    CRÍTICA – Fall of Porcupine (2023, Critical Rabbit)

    Fall of Porcupine é um daqueles cozy games que abrange um tema muito mais significativo do que apresenta em um primeiro momento. Desenvolvido completamente na Unity, o game nos conta a história de Finley, um médico recém formado que resolve morar na pequena cidade de Porcupine, uma pequena cidade interiorana com um hospital que tem um enorme impacto naquela região.

    Com personagens com formas de animais antropomorfizados, acompanhamos a história tanto do Hospital St. Ursula, os habitantes de Porcupine e de Finley, enquanto viajamos para um mundo tão próximo do nosso quanto possível. Enquanto nos apresenta uma história de cautela sobre o sistema de saúde público, o game nos faz entender o quão danoso e cruel, problemas de saúde mental podem ser.

    Fall of Porcupine está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4 e 5, PC, Xbox Series X/S e Xbox One.

    SINOPSE

    Fall of Porcupine é um game guiado pela história. A colisão da vida cotidiana, de trabalho e pessoal – por meio de uma reflexão de um sistema de saúde não saudável. Experiencie a história de Finley e seus amigos em um mundo brilhantemente ilustrado e descubra os segredos sombrios de Porcupine e de seus habitantes.

    ANÁLISE

    Fall of Porcupine

    Alguns dos elementos mais interessantes de Fall of Porcupine giram em torno de seu visual lúdico e sua gameplay completamente focada na história. Com diversas mecânicas diferentes, o mundo do game nos leva por uma história única, tanto pela vida de Finley, quanto pela vida dos habitantes da pequena cidade. Uma coisa que Fall of Porcupine faz desde seus primeiros momentos, é tirar o estigma de que um estilo gráfico “fofo” não poderia necessariamente mostrar uma história potente e dura.

    Em Fall of Porcupine, o dia de Finley consiste em realizar 3 tarefas distintas no hospital. Mas não limita as ações do nosso personagem em relação à interação com os habitantes da cidade. Após ou antes de seus turnos tanto diários quanto noturnos, Finley pode interagir com os habitantes de Porcupine fora do ambiente de trabalho, seja na festa de outono, ou jogando basquete, ou até mesmo em um bar à noite.

    O caminho pela qual a Critical Rabbit opta por nos lançar, gira em torno de apresentar histórias simplistas, mas que contribuem tanto para o estado de Finley, como o dos personagens que o rodeiam. Sendo assim, Fall of Porcupine é acima de tudo uma história sobre saúde mental e a importância de terapia, manter a saúde em dia e não entrar no automático, independente da atividade que está desempenhando.

    Lidando com o cansaço, o processo do luto ao perder pacientes e com a mudança para uma cidade inteiramente nova, Finley precisa lidar também com questões familiares não resolvidas. Tudo isso, enquanto imerso naquele mundo, enquanto precisa criar um vínculo com seus pacientes a fim de entendê-los e também lidar com problemas pessoais.

    O visual de Fall of Porcupine nos apresenta elementos 2D belíssimos, e com gráficos que nos encantam, o game se propõe a fazer o mesmo com sua história. Enquanto percorremos a história de Finley, de seus novos amigos e pacientes, vemos que seu mundo vai além do que quase sempre entendemos como o real. Com problemas, perigos e a saúde de Finley, é fácil compreender as razões de Fall of Porcupine ocupar até mesmo um lugar parecido com o do adorado Celeste.

    VEREDITO

    A Critical Rabbit nos traz uma visão inteiramente nova de um assunto que precisa ser discutido nos dias de hoje. Durante a pandemia, com o número absurdo de perdas e a sobrecarga dos sistemas de saúde, os profissionais da saúde foram levados até as mais insalubres das condições. Sendo assim, o game nos apresenta uma dinâmica interessante do ponto de vista que é trabalhar na área da saúde, mas não apenas isso. As consequências de quem precisa continuar trabalhando mesmo quando tudo dá errado.

    A história de Finley a caminho de uma nova vida é repleta de percalços, sendo assim, é identificável. Enquanto passa uma mensagem importante sobre saúde mental e física, somos lançados por um mundo estranhamente familiar.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    Noites Sombrias #116 | Filmes de terror de década de 50

    A década de 50 é uma época cinematográfica interessante pelo andamento de sua tecnologia e a busca de complexidade narrativa; indo além dos filmes de cotidiano de seu período anterior.

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    Neste período acontece a produção de uma grande diversidade de filmes excelentes como Disque M Para Matar, Planeta Proibido, 20.000 Léguas Submarinas, Os Dez Mandamentos além de muitos épicos como Ben-Hur, A Ponte do Rio Kwai, Rashomon e muitos outros. E, assim como todos os gêneros que foram desenvolvendo-se, o terror também teve suas produções, buscando a sua própria diversidade e indo em direção a uma boa pluralidade de histórias.

    O terror neste período variou entre diversos temas: o medo do sobrenatural, criaturas obscuras, o medo – até então – do espaço não descoberto e até mesmo a própria ciência em busca de inovação tornaram-se objetos narrativos interessantes para diversos filmes.

    Nesta edição de Noites Sombrias vamos indicar alguns filmes de terror da década de 50 que foram relevantes para o gênero e o cinema. 

    A Noiva do Monstro (1955)

    A Noiva do Monstro é produzido, dirigido e roteirizado por Ed Wood, conhecido por filmes como Plano 9 que tornou-se um filme trash de status cult para os fãs de terror. O filme é estrelado por Bela Lugosi que participou de diversas produções do cineasta, incluindo Drácula (1931), além de Tor Johnston, Tony McCoy e Loretta King; tendo o orçamento de 70 mil dólares, o que para época era um valor alto, foi o filme mais caro realizado por Wood.

    A história é sobre o cientista Eric Vornoff (Bela Lugosi) que pretende aperfeiçoar uma máquina capaz de criar super humanos, mas ao realizar testes com um polvo, o molusco marinho torna-se um monstro que mata diversas pessoas.

    O filme pode ser considerado mais uma dentre tantas obras trashes desenvolvidas por Ed Wood; que tornou-se famoso por obras deste estilo e, como todo filme trash, tem a curiosidade do polvo assassino do filme ter sido adquirido do set de No Rastro da Bruxa Vermelha tendo uma infinidade de problemas ao manusear a criatura de borracha pois não trouxeram o motor que a fazia se mover.

    A Noiva do Monstro ainda teve uma sequência intitulada Noite das Assombrações (1987) e o único ator a retornar para esta sequência é Tor Johnston como o capanga Lobo.

    Terror que Mata (1955)

    Baseado em uma série de TV lançada na BBC dois anos antes de sua versão cinematográfica Terror que Mata (The Quatermass Experiment) é dirigido por Val Guest que participou do roteiro ao lado de Richard Landau.

    Neste filme é contado sobre uma viagem ao espaço cuja a maioria de seus tripulantes desapareceram exceto um sobrevivente que retorna incomunicável ao ser dominado por um fungo alienígena.

    É um filme que utilizou este medo do desconhecido para estabelecer a sua base narrativa, principalmente em uma época que ainda não se havia realizado viagens para fora do planeta e a ciência caminhava neste estudo.

    Terror que Mata teve sucesso em sua época a ponto de ter as sequência, Inimigo do Espaço (1957), e dez anos depois em Uma Sepultura na Eternidade (1967).

    Em 2005 o filme recebeu um remake dirigido por Sam Miller e estrelado por Jason Flemyng, David Tenant e Indira Varma.

    A Mosca da Cabeça Branca (1958)

    A primeira versão cinematográfica de A Mosca é dirigido por Kurt Neumann e roteirizado por James Clavell e foi uma adaptação de um conto de George Langelaan publicado um ano antes na versão americana da revista Playboy.

    O filme é estrelado por David HedisonVincent Price, conhecido por fazer filmes do gênero a ponto de ser chamado de “O Mestre do Macabro” e Patricia Owens; em uma combinação entre o terror e a ficção cientifica.

    A história é sobre Andre Delambre (David Hedison), um cientista que desenvolveu uma máquina de teletransporte e ao testa-la não percebe que uma mosca entra no mesmo compartimento que ele. Assim, ao mesclar o seu DNA com o do inseto seu corpo começa uma transformação com desdobramentos catastróficos.

    Este filme é interessante pela mesma razão que Terror que Mata, a imaginação do cinema a respeito da tecnologia e a evolução da ciência. Atualmente já somos visitantes frequentes de outros planetas, quem sabe no futuro não surja este impressionante sistema de teletransporte.

    Na década de 80 foi realizado um remake de A Mosca dirigido por David Cronenberg estrelado por Jeff Goldblum e Geena Davis que ainda teve uma sequência, mas sem o retorno dos atores ou do diretor.

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    A Casa dos Maus Espíritos (1959)

    O ultimo filme desta lista é dirigido por William Castle conhecido por uma extensa quantidade de filmes que dirigiu entre eles Os 13 Fantasmas; o roteiro foi idealizado por Robb White.

    Estrelado por Vincent Price que além de A Mosca participou de diversos clássicos do terror, Carol Ohmart, Richard Long, Alan Marshal, Carolyn Craig e Elisha Cook Jr sendo muito elogiado pela crítica em seu lançamento e em análises posteriores.

    A história é sobre o casal Frederick (Vincent Price) e Annabelle Loren (Carol Ohmart), que convidam cinco pessoas para uma festa temática de casa assombrada e quem continuasse na residência até o final da noite receberia um prêmio, porém os convidados passam por uma noite repleta de armadilhas assustadoras.

    O filme ainda recebeu um remake em 1999 que no Brasil foi chamado de A Casa na Colina, estrelado por Geoffrey Rush, Famke Janssen, Taye Diggs e Ali Later, a curiosidade em relação a este remake foi o personagem de Rush ser nomeado como Price em homenagem ao ator clássico do terror; o filme de 99 ainda recebeu uma sequência em 2007 com o título De Volta a Casa da Colina.


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    TBT #237 | 60 Segundos (2000, Dominic Sena)

    Ambientado na Los Angeles dos anos 2000, somos lançados à história de Memphis Raines, um ex-ladrão de carros que se vê forçado à voltar aos antigos hábitos a fim de salvar a vida de seu irmão. Após abrir mão de uma carreira promissora como um dos melhores ladrões de carros de Los Angeles e optar por levar uma vida pacata, Memphis retorna ao lar após 6 anos longe, para descobrir que a vida de seu irmão mais novo mudou bastante.

    Estrelado por Nicolas Cage, Angelina Jolie, Tymothy Olyphant, Delroy Lindo e grande elenco, o filme é uma ode ao filmes de roubos. Sendo assim, Velozes e Furiosos que viria a ser lançado um ano depois parece ter bebido muito da fonte.

    SINOPSE

    Randall “Memphis” Raines (Nicolas Cage) um lendário ladrão de carros. Nenhuma fechadura ou alarme pode pará-lo e ele consegue roubar seu carro em apenas 60 segundos. Durante anos, Memphis iludiu a polícia local, aplicando todo tipo de golpe imaginável. Mas quando o cerco ficou muito intenso, ele decidiu por largar a vida de crimes e partir para uma vida completamente diferente. Mas agora, quando seu irmão caçula (Giovanni Ribisi) está tentando seguir seus passos no mundo do assalto a automóveis, Memphis volta a agir para tentar salvar a vida de seu irmão.

    ANÁLISE

    Após ser obrigado a voltar para o mundo do crime, Memphis se vê obrigado a roubar 50 carros em um prazo curtíssimo de 3 dias. Enquanto precisa montar uma equipe, antigos parceiros retornam, dando à vida do ex-ladrão um sentido de continuidade, cuja vida ele havia interrompido bruscamente na tentativa de não ser preso. Assim sendo, o filme é ambientado em uma janela de 4 dias e nesse período de tempo, acompanhamos uma história de gato e rato, enquanto ladrões tentam roubar uma quantidade obscena de carros, a polícia os acompanha de mais perto do que imaginam.

    Sendo hoje, um clássico do cinema norte-americano de ação, 60 segundos elenca a incrível lista de filmes estrelado por Nicolas Cage no final do século XX. Quando comparamos o filme com outros da mesma época, vemos que ele acabou por mudar ligeiramente o cinema, assim como a franquia Bourne mudou para sempre a franquia 007.

    Ao longo do suas quase duas horas, somos lançados por uma Los Angeles clandestina, e por um mundo conhecido por muitos. Sendo assim, o longa nos faz ser maravilhados com as sequências de perseguição e ação, os planos policiais para capturar os bandidos e impedir que eles obtenham êxito em seu plano.

    VEREDITO

    Quando paramos para pensar nos filmes de ação dos anos 90/2000, poucos atores acabam elencando a lista dos “brucutus” do cinema. Mas Nicolas Cage sempre foi um ator que chamou minha atenção, não só pelos filmes de ação como Con-Air, 8 Milímetros, A Outra Face e A Rocha, mas também por Arizona Nunca Mais, Adaptação e Atraídos Pelo Destino.

    Ainda que Nicolas Cage tenha abraçado algumas das facetas de seus personagens, vê-lo como um ator de ação em 60 segundos é um dos motivos que me fazem entender a razão de adorar quase todos os filmes estrelados pelo ator.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    60 Segundos está disponível no Star+.

    Confira o trailer do filme:

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