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    Nova Hollywood: O renascimento da Indústria Cinematográfica

    Após a Era de Ouro do cinema hollywoodiano, entre os anos 20 e 60, a Indústria Cinematográfica norte-americana enfrentou uma dura crise de consumo. Em 1969, as companhias de Hollywood perdiam mais de 200 milhões de dólares por ano.

    Como estratégia para reagir a essa crise, os produtores passaram a produzir filmes direcionados ao público jovem, seguindo tendências da contracultura. Os mais influentes foram Sem Destino (1969), M.A.S.H. (1970), Bonnie e Clyde (1967) e A Primeira Noite de Um Homem (1967).

    Filmes como estes proporcionaram uma nova abertura para outras produções que visavam audiências mais amplas. Os mais conhecidos são O Poderoso Chefão (1972), O Exorcista (1973), Tubarão (1975), Taxi Driver (1976) e Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977).

    O MOVIMENTO

    George Lucas e Martin Scorsese.

    Se grande parte dessas produções são consagradas até hoje como grandes filmes do cinema norte-americano, o mesmo podemos afirmar sobre seus diretores. Conhecidos como os “moleques do cinema” (movie brats), eles frequentaram em sua maioria escolas de cinema e aprenderam não apenas a mecânica da produção cinematográfica, mas também estudaram o cinema em sua estética e história.

    Com técnicas novas e recriadas, esses diretores aperfeiçoaram as estratégias narrativas tradicionais de Hollywood. Os autores citam Tubarão, de Steven Spielberg, que utiliza técnicas de foco profundo assim como Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. Já George Lucas tornou-se líder na tecnologia de efeitos especiais com sua empresa Industrial Light and Magic (ILM), após desenvolver técnicas de controle de movimento para filmar as miniaturas em Star Wars.

    CARACTERÍSTICAS DA NOVA HOLLYWOOD

    Desafio às convenções tradicionais de Hollywood

    Os cineastas da Nova Hollywood desafiaram as convenções de Hollywood em relação a temas, estilos e narrativas. Eles questionaram a estrutura tradicional dos gêneros de cinema, como faroeste e filme de gângster, e deram a esses gêneros um novo toque. Por exemplo, o filme Bonnie e Clyde, de Arthur Penn, retratou dois criminosos em busca de fama e aventura, em vez de simplesmente apresentar a típica história de um casal de bandidos procurados pela polícia.

    Esses cineastas também utilizaram técnicas de filmagem não convencionais, como câmeras de mão e iluminação natural, para criar um visual mais realista e autêntico.

    Autenticidade

    A Primeira Noite de um Homem é um filme que retrata a geração dos anos 1960, a contracultura, o estilo da juventude e os valores da época

    Os filmes muitas vezes retratavam personagens e situações mais realistas, muitas vezes abordando temas controversos e explorando as complexidades da condição humana. Esses filmes apresentavam personagens com problemas e desafios da vida real, que os espectadores podiam se identificar. O filme A Primeira Noite de um Homem, de Mike Nichols, aborda a alienação da classe média e a dificuldade dos jovens adultos em encontrar um propósito na vida.

    Esses filmes também abordavam temas como sexo, drogas e política, que eram anteriormente considerados tabus em Hollywood.

    Autoria

    Os cineastas do movimento frequentemente exerciam um alto grau de controle sobre seus filmes, desafiando o modelo de produção em que os estúdios de Hollywood tinham mais poder criativo. Eles queriam criar filmes com sua própria visão artística e muitas vezes lutaram para manter a integridade de seus filmes contra os executivos de estúdio que queriam interferir na produção. Por exemplo, Francis Ford Coppola teve uma batalha com a Paramount Pictures durante a produção de O Poderoso Chefão, mas acabou conseguindo manter o controle criativo e criar um dos maiores filmes da história do cinema.

    Tecnologia e inovação

    A Nova Hollywood aproveitou as inovações tecnológicas para criar filmes mais ambiciosos, como o uso de técnicas de câmera inovadoras e trilhas sonoras não convencionais. Esses cineastas usaram técnicas como o uso de câmeras de mão, edição rápida e efeitos especiais para criar filmes mais dinâmicos e emocionantes. A trilha sonora também se tornou um elemento importante dos filmes, com músicas pop e rock sendo usadas em vez de orquestras tradicionais. O filme Sem Destino, de Dennis Hopper, usou músicas de artistas como Jimi Hendrix e The Byrds para criar uma trilha sonora icônica que se tornou um marco do movimento.

    Representavidade

    A Nova Hollywood apresentou uma representação mais diversa de personagens e perspectivas, incluindo mais representações de mulheres, pessoas negras e outras minorias. Isso foi uma mudança significativa da era anterior de Hollywood, onde a maioria dos personagens principais eram homens brancos. Outros filmes da Nova Hollywood apresentavam personagens femininas fortes e complexas, como Alice Não Mora Mais Aqui (1974), de Martin Scorsese, que retrata uma mãe solteira tentando reconstruir sua vida após a morte do marido.

    Essa diversidade de representação tornou os filmes da Nova Hollywood mais inclusivos e relevantes para uma ampla variedade de espectadores.


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    CRÍTICA – The Guise (2023, Ratalaika Games)

    The Guise nos ambienta à um conto de fadas sombrio. Enquanto avançamos mais neste mundo, descobrimos que este mundo vai muito além do que imaginamos. Com um visual que nos remete a obra de Tim Burton, vemos que o mundo repleto de criaturas sombrias nos desafiará. E no controle de Ogden, um órfão transformado em uma criatura, precisa encontrar a cura para sua assombrosa desventura.

    Repleto de escuridão, o metroidvania desenvolvido por Rasul Mono e publicado pela GameNet busca nos desafiar em todas suas curvas e nos levar por caminhos que apenas o terrível visual da história se propõe a contar.

    SINOPSE

    Enquanto somos lançados à história de Ogden, um órfão que deixou sua curiosidade vencer. Que quando ele adentrou em um quarto trancado e experimentou uma máscara amaldiçoada, foi transformado em um monstro.

    Em uma tentativa de não perder o que resta de sua humanidade, Ogden precisará utilizar seu corpo monstruoso e se acostumar com sua maldição.

    ANÁLISE

    The Guise

    Em uma tentativa de mergulhar na história, juro que tentei por diversas vezes perseverar na história. Mas sem sucesso. Após receber o game para Nintendo Switch, passei algumas horas a fio na frente da tv tentando tirar o melhor do jogo, que sem uma gameplay fluída, o game acaba por se provar como travado e infrutífero.

    É compreensível que o desenvolvedor tente nos levar por um caminho divertido, mas por meio de sua história macabra e cansativa, o metroidvania tenta mirar em Hollow Knight, mas acerta no bizarro e incômodo Anima: Ark of Sinners.

    Com um visual cansativo e escuro, o game tenta nos enganar de diversas maneiras, escondendo os problemas de seu level design com áreas escuras, que servem também para “enganar” os jogadores e fazê-los morrer.

    As habilidades de Ogden tendem a funcionar separadamente. Mas não que o game tenha sido planejado para ser assim. As habilidades dele ou melhor, suas limitações estão diretamente ligadas aos problemas de animação do personagem.

    Com um visual sombrio e por vezes bizarro, é necessário avançar no game com cuidado, pois nunca sabemos de onde perigos podem surgir. The Guise é absurdo no que diz respeito à sua progressão, que é dificultada pela falta de um mapa e uma claridade no objetivo.

    Ainda que localizado em português do Brasil, o game não se mostra claro em sua proposta, e parece querer forçar a avançar indiscriminadamente, apenas por avançar.

    VEREDITO

    The Guise

    The Guise é cansativo, repetitivo e desafiador. Sem falar no seu visual. Quando analisamos e aliamos todos esses aspectos, percebemos que ele nos causa um incômodo enorme no que diz respeito às horas que precisamos desprender a fim de avançar em sua história.

    Não apenas pela ansiedade causa pelo game e seu efeito repetitivo, ele nos desanima quando o assunto é um visual depressivo. Com games que abordam maldições e possessões de maneira muito mais tranquila, The Guise é completamente oposto do que um game deve ser, não instigando em nada a continuar sua história e a desenvolver seus personagens.

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA – Road 96: Mile 0 (2023, DigixArt)

    Road 96: Mile 0 é o game prequel de Road 96. Desenvolvido pelo estúdio francês DigixArt, ganhador de diversos prêmios Pégases por Road 96 e 11-11 Memories Retold e publicado pela Ravenscourt. Ao longo do game acompanhamos a história de Zoe e Kaito, dois amigos que vivem em mundos completamente diferentes, mas que logo, serão forçados à entrar em conflito. Ambientados à um mundo cujo perigo pode surgir de onde menos se espera, um sistema cármico pode nos colocar do lado certo, da revolução, ou do lado errado, apoiando um governo totalitarista.

    Em uma realidade parecida com a nossa, após os acontecimentos de 1986, em que uma bomba explodiu e levou à ascensão de um governo fascista ao poder. Logo nos primeiros momentos, somos ambientados à uma das principais mecânicas do game e isso é genial!

    SINOPSE

    Venha conhecer Zoe e Kaito, dois amigos com vivências diferentes, em uma história que precede os acontecimentos de Road 96. Descubra como tudo começou e desafie suas crenças!

    ANÁLISE

    Mile 0

    Com uma enorme disparidade de realidades que serve para nos apresentar um abismo entre Zoe e Kaito, os dois se tornam amigos mesmo entre as maiores adversidades. Sendo pertencentes à diferentes “castas” daquela sociedade distópica, os que são considerados de “classe mais baixa”, tendem a ser percebidos como menos importantes, ou menores.

    Como Zoe é filha de um membro do alto escalão do governo, sua vida é considerada de maior importância que a de Kaito, filho de dois faz-tudos da cidade. Como citado anteriormente, a forma como o game apresenta suas dinâmicas desde seus primeiros minutos, que nos força a entender que por ser um game guiado pela história, ele precisa de um respiro.

    E esses respiros se dão em momentos que somos transportados à sequências rítmicas. Seja com Kaito e seu skate, ou com Zoe e seus patins, somos transportados à uma imaginação de momentos corriqueiros.

    Mile 0

    Com uma história curta, o game pode ser finalizado com pouco mais de 8 horas. E preciso lhes contar, algumas sequências são muito difíceis.

    O sistema de carma no jogo proporciona aos personagens 4 finais diferentes, o que torna tudo mais curioso. Pois em meio às nossas respostas, precisamos tomar decisões que terão um grande impacto no final da história. Muito diferente de Road 96, que conta a história da jornada de Zoey com as pessoas que ela encontra no meio do caminho, Mile 0 conta sua origem, a história de onde ela veio e aprofunda ainda mais seu mundo, e o qual somos ambientados desde o primeiro game.

    Ainda que exista um enorme número de personagens presentes na nossa história, poucos deles cativam ao ponto de nos fazer sentir verdadeiramente imersos nesta trama. Ainda que o que mais cative seja o plano de fundo e como a manutenção de poder é feita naquela realidade, que acaba ficando em terceiro, quarto plano e apenas pequenas pílulas de fatos são reveladas.

    Para além do que vimos até o fim do game, a realidade na qual somos introduzidos, nos faz sentir tão entorpecidos quanto desnorteados. Enquanto parece ter o intuito de contar uma história dividida em muitos arcos e games, a Digixart parece querer contar diversos lados de uma mesma história em momentos diferentes. Seja na história de Zoe como no primeiro game na série, ou a história de Kaito em possíveis e vindouros games.

    VEREDITO

    Mile 0

    Se houver um movimento de retornar cada vez mais ao passado em jogos futuros, o jogo deixa claro em Mile 0 que pode ir muito além. Mergulhando ainda mais ao passado a fim de mostrar o que aconteceu naquela história, acompanhamos como dois personagens veem suas vidas pessoas se misturarem com do mundo no qual estão inseridos.

    Mesmo que não fique claro como isso se desenrolará no futuro, ver como dois personagens tão próximos estão em dois momentos diferentes e possivelmente em lados opostos de uma guerra em movimento, o game prepara o terreno para como essa história se desenrolará no futuro.

    Road 96: Mile 0 conta com protagonistas cativantes, gameplay divertida, mas história desinteressante. Focando no que não dará retorno algum à trama, o game foca no passado e parece passar longe do futuro.

    O game foi lançado no dia 4 de abril para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X, Series S, Nintendo Switch e PC.

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    The Last Voyage of the Demeter: Tudo sobre a nova adaptação de Drácula

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    Baseado em um único capítulo arrepiante de Drácula, romance clássico de Bram Stoker, o filme The Last Voyage of the Demeter (ainda sem título nacional oficial), o longa chega aos cinemas americanos em 11 de agosto; mas, ainda sem data de lançamento no Brasil.

    The Last Voyage of the Demeter é dirigido pelo virtuoso norueguês do terror André Øvredal (Histórias Assustadoras para Contar no Escuro, Trollhunter), com roteiro de Bragi F. Schut (Escape Room). Baseado no capítulo “Diário de bordo do Deméter”, que narra a jornada da tripulação desde sua saída dos portos de Varna até Whitby e seus 64 dias de terror.

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    SINOPSE

    The Last Voyage of the Demeter: Tudo sobre a nova adaptação de Drácula

    O navio mercante Deméter, que foi fretado para transportar carga privada: cinquenta caixotes de madeira sem identificação, de Carpathia à Londres. Estranhos eventos acontecem à tripulação condenada enquanto tentam sobreviver à viagem oceânica, perseguidos todas as noites por uma presença impiedosa a bordo do navio. Quando o Deméter finalmente chega à costa da Inglaterra, é um naufrágio carbonizado e abandonado. Não há vestígios da tripulação.

    ELENCO

    O filme é estrelado por Corey Hawkins (Infiltrado na Klan), Aisling Franciosi (Game of Thrones), Liam Cunningham (Game of Thrones, Fúria de Titãs) e David Dastmalchian (Duna, O Esquadrão Suicida, Homem-Formiga).

    O filme também conta com Jon Jon Briones (Ratched, American Horror Story), Stefan Kapicic (Deadpool, Better Call Saul), Nikolai Nikolaeff (Stranger Things, Bruised) e Javier Botet (Slender Man, Mama).

    OS PERSONAGENS

    O capitão

    Liam Cunningham dará vida ao capitão do navio (personagem ainda sem nome oficial), a maior autoridade à bordo do Deméter.

    O primeiro imediato

    David Dastmalchian será o primeiro oficial (personagem ainda sem nome oficial), que tem a responsabilidade da organização do trabalho a bordo, a elaboração dos horários de trabalho, o planejamento e supervisão dos cálculos de estiva ou cargas e a supervisão dela, bem como a supervisão das equipes de segurança e contra incêndios, entre outras funções.

    A clandestina

    Aisling Franciosi será uma clandestina involuntária (personagem ainda sem nome oficial).

    Clemens

    The Last Voyage of the Demeter: Tudo sobre a nova adaptação de Drácula

    Corey Hawkins dará vida a um médico que se junta à equipe Deméter, o único personagem com nome oficial apresentado até o momento desta publicação.

    NO LIVRO

    A viagem do Deméter nas páginas do romance de Bram Stoker acontece de 6 de junho até 8 de agosto, quando chega ao pier de Tate Hill, em Whitby, na Inglaterra.

    A embarcação contava inicialmente com cinco marinheiros, dois imediatos, um cozinheiro e o capitão, sendo russos e um romeno.

    Dez dias após a partida, o primeiro desaparecimento: um marinheiro, Petrofsky. Com a Abramoff assumindo as funções do desaparecido.

    No capítulo “Diário de bordo do Deméter” há apenas mais um nome mencionado, Olgaren, outro marinheiro. Entretanto, não há registro de um médico ou uma clandestina, mas toda adaptação possui suas liberdades criativas para melhor adaptar uma obra em uma mídia diferente.

    Assista ao trailer original:


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    O Império dos Chimpanzés: Conheça alguns nomes marcantes

    Eles competem entre si pelo domínio, a aparência é fundamental para seu status social e eles estão constantemente olhando de soslaio. Não, não é o elenco de um reality show – mas é quase isso. Entre no mundo hierárquico de O Império dos Chimpanzés (Chimp Empire), a série documental dirigida pelo vencedor do Oscar James Reed (Professor Polvo) e narrada pelo também vencedor do Oscar Mahershala Ali (Moonlight: Sob a Luz do Luar e Green Book: O Guia).

    Os cineastas colocaram suas câmeras na paisagem da floresta tropical e em meio à politicagem implacável da comunidade Ngogo no Parque Nacional de Kibale, em Uganda. O Ngogo é o maior grupo conhecido de chimpanzés do mundo, com mais de 120 indivíduos em uma única sociedade. Uma vez harmoniosos, eles se dividiram em dois subconjuntos hostis, conhecidos por cientistas e pesquisadores como as facções Central e Ocidental. E a partir daí, a intriga só começa.

    Você pode ter dificuldade em distinguir cada um dos chimpanzés apresentados nos quatro episódios de O Império dos Chimpanzés, então reunimos este guia útil para a intrincada rede social do programa: o nome de cada chimpanzé (dado a eles por pesquisadores e guias de campo de Uganda), idade, parentes, posição social (atribuída na série a certos chimpanzés da Central), características físicas únicas, atitude, personalidade e motivação – que podem ser tão sinistras quanto as de qualquer outro vilão de reality show que não veio aqui para fazer amigos.

    Chimpanzés Ngogo Central

    Jackson

    Idade: 31

    Classificação de Poder: 1

    Jackson é grande (embora não tão grande quanto seu protetor, Miles), com coloração muito escura e olhos quase pretos. Uma mancha branca cobre a parte inferior das costas. Ele se move rapidamente, com propósito e balança os braços. Quando ele se aproxima, outros chimpanzés da comunidade Central gritam em reconhecimento.

    Jackson tem que ser rápido e forte porque, como o macho alfa da Central, ele é alvo de chimpanzés Ocidentais rivais. Ele costumava ser um deles, até que se separou para formar seu próprio clã.

    A animosidade entre Jackson e os ocidentais é palpável.

    Miles

    Idade: 41

    Classificação de Poder: 2

    Miles é o executor da Central. Ele é pesado, em todos os sentidos da palavra: você pode identificá-lo por sua massa corporal ampla (a maior já registrada na comunidade Ngogo) e expressão severa, olhos castanhos, coloração escura, com mechas cor de ferrugem nos braços.

    Ele é o chimpanzé braço direito de Jackson e governa com um silêncio sereno, como o cara no final do bar que é tão legal que nunca pronuncia uma única palavra. Ele está lá há anos (os chimpanzés podem viver até mais de 60), mas é melhor não testá-lo. 

    Abrams

    Idade: 21

    Classificação de Poder: 3

    Embora não seja o maior, Abrams é um macho de alto escalão no grupo Central, com esperança de garantir o status de alfa. Infelizmente, sua ambição pode estar subindo à cabeça. Ele não perde a chance de mostrar seu poder, inclusive em uma dança da chuva arrogante.

    Ele tem olhos cor de caramelo marcantes, com uma pele bronzeada, quase rosada no rosto e manchas escuras acima do lábio superior. Ele também gosta de sair com Christine, uma importante chimpanzé do grupo.

    Peterson

    Idade: 26

    Classificação de Poder: 4

    Peterson se dedica ao patrulhamento e a qualquer combate potencial com os Ocidentais, e é marcado com uma mancha rosa perceptível sob o olho direito.

    Wilson

    Idade: 21

    Classificação de Poder: 8

    Wilson é indisciplinado e está sempre procurando oportunidades. Embora ainda não esteja no grupo seleto do alfa Jackson, ele pode se tornar o novo Miles para seu amigo (e esperançoso alfa) Abrams, se ele jogar bem suas cartas.

    Chimpanzés Ngogo Ocidentais

    Hutcherson

    Idade: 27

    Hutcherson está seguro em seu status de alfa da comunidade Ocidental, mas ele não é Jackson. Ele é mais jovem e menos assertivo, com um rosto carrancudo característico; e sua liderança também é diferente dos Centrais. Ele estabeleceu uma estrutura mais igualitária, permitindo que chimpanzés fêmeas participem de tarefas perigosas como patrulhamento.

    Garrison

    Idade: 44

    O macho mais velho e sábio entre os Ocidentais e a cola que mantém o grupo unido, Garrison pode ser rastreado por sua exclusiva barba branca com padrão em U e a coloração rosa manchada arrastando seus olhos. Você pode encontrá-lo procurando por um jovem chimpanzé como Bergl.

    Richmond

    Idade: 34

    Irmão de Hutcherson, Richmond costumava ser o líder por aqui, até que perdeu uma de suas mãos em uma armadinha de caçador – o ponto de couro e carne onde sua mão costumava estar o torna instantaneamente reconhecível. Tudo é mais difícil para ele desde a lesão, mas Richmond é feito de material duro; ele não precisa que ninguém sinta pena dele.

    Garbo

    Idade: 65

    Garbo tem uma energia icônica. Ela é a chimpanzé mais velha de toda Ngogo, com rugas profundas ao redor dos olhos e também é mãe do alfa dos Ocidentais, Hutcherson.


    O Império dos Chimpanzés está disponível no catálogo da Netflix.

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    CRÍTICA – A Morte do Demônio: A Ascensão (2023, Lee Cronin)

    Clássicos nunca morrem, na verdade se reinventam, e no terror esta regra se aplica claramente a franquia Evil Dead ou A Morte do Demônio. Sendo assim, tentando ressurgir mais uma vez, foi lançado mais um capítulo da franquia intitulado A Morte do Demônio: Ascensão.

    Dirigido e roteirizado por Lee Cronin, conhecido por Ghost Train (2013), o longa é produzido pelo renomado Sam Raimi e o até então protagonista da franquia Bruce Campbell. O ultimo filme lançado da franquia foi em 2013, dez anos antes do seu mais recente lançamento.

    O elenco é formado por Alyssa Sutherland (Vikings), Morgan Davies, Gabrielle Echols e Lily Sullivan. Quanto a trilha sonora ela é composta por Stephen Mckeon e Joel J. Richard.

    Aqui no Brasil Evil Dead também é conhecido como Uma Noite Alucinante, cuja a trilogia foi lançada em 1981, 87 e 92.

    SINOPSE

    No filme, Beth (Lily Sullivan) vai até Los Angeles para visitar sua irmã mais velha, Ellie (Alyssa Sutherland), que mora com os três filhos em um pequeno apartamento.

    Com uma relação distante, essa seria a oportunidade para uma reaproximação entre as irmãs. Porém, o reencontro toma um rumo macabro quando elas encontram um livro antigo que dá vida a demônios possuidores. Agora, para sobreviverem, serão forçadas a enfrentar uma versão aterrorizante da família.

    ANÁLISE

    A Morte do Demônio: A ascensão pode ser definido como o terror raiz. Sendo um filme que instiga o espectador ao medo, sem pausas leves em sua narrativa e ampliando ao máximo limite do que espera-se em cena.

    Dadas devidas proporções, o filme não é uma apresentação gratuita de violência e gore, mas neste aspecto não deixa a desejar com cenas visualmente chocantes. Sendo assim, mantém a característica da franquia de ser expositiva em questão da crueldade dos deadites, aproveitando-se da não compreensão do que está acontecendo.

    Em aspectos visuais o filme é excelente, se utilizando formidavelmente de efeitos práticos para tornar os acontecimentos os mais assustadores possíveis; combinando trilha sonora com cenas tensas e bons jump scares.

    Mesmo sendo uma produção mais sofisticada, a essência da franquia de A Morte do Demônio não é apenas bem representada como homenageada. Além da própria franquia, referências a clássicos do terror como O Exorcista, Carrie, a Estranha e O Iluminado são referenciados em alguns momentos, sem deixar de lado a sua identidade.

    Uma homenagem com sua própria identidade

    O roteiro é coerente e não se prende a soluções clichês de filmes de terror, protegendo o seu protagonista ou destacando-o em comparação a outros personagens. Assim gerando importância para todos os membros da família e preocupação ao espectador sobre o que irá acontecer com eles.

    Narrativamente é uma história intensa, frenética e se utiliza do contexto familiar para ambientar os acontecimentos. Contudo em nenhum momento ao longo do filme ele sai do seu gênero, mas toca nestas relações para que seja a motivação de Beth a salvar seus sobrinhos de sua irmã.

    Individualmente A Morte do Demônio: A Ascenção tem boas atuações, como Morgan Davis e Alyssa Sutherland, que toma conta em cena quando interpreta Ellie possuída. Porém é muito importante destacar que todo o elenco faz um bom trabalho e possui uma química excelente.

    Outro elemento do filme a se destacar está relacionado a competência de Lee Cronin em criar um ambiente claustrofóbico em um espaço amplo como uma cidade. Assim, dando a sua visão particular de uma história de Evil Dead e uma nova energia para a franquia.

    VEREDITO

    Com uma excelente direção, um bom trabalho de elenco e cenas que podem nausear percepções mais sensíveis, A Morte do Demônio: A Ascenção é uma grata surpresa que o terror proporcionou neste ano de 2023.

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer dublado:

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