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    CRÍTICA – Departamento de Conspirações (2ª temporada, 2022, Netflix)

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    Departamento de Conspirações ou Inside Job entrou em sua segunda temporada e adicionou ao elenco de voz o ator Adam Scott (Ruptura) como um coadjuvante.

    SINOPSE DE DEPARTAMENTO DE CONSPIRAÇÕES

    Depois da virada de mesa de Rand (Christian Slater), Reagan (Lizzy Caplan) e seus amigos agora devem lidar com o novo comando enquanto a cientista busca vingança contra o seu pai. As coisas mudam quando ela conhece Ron Stadler (Adam Scott), um homem que trabalha para Os Illuminati, rivais da Cognito.

    ANÁLISE

    departamento de conspirações

    Departamento de Conspirações foi uma grata surpresa dentro do catálogo da Netflix por conta de seu texto bastante ácido que faz troça com todos os doidos que vivem em um mundo paralelo, principalmente os extremistas, sobrando até para o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Se no primeiro ano testemunhamos uma realidade completamente diferente e complexa com as confirmações de tais sandices, com um personagem orelha na figura de Brett (Clark Duke), agora a série animada aprofunda as relações, mantendo em alta toda a loucura da atualidade.

    Se aproveitando de diversas pautas políticas e de temas bastante atuais, Departamento de Conspirações vai profundamente nas inseguranças de cada um de seus principais personagens. Reagan tem muito medo de não ser amada e respeitada, Brett precisa ser aceito a qualquer custo e os outros precisam se afirmar à sua maneira, o que é muito bem colocado no texto.

    Visualmente não há um capricho estético, o que é ótimo, pois dá a liberdade criativa da Netflix levar ao máximo a ridicularização das caricaturas apresentadas. O roteiro soube aproveitar vários memes e situações grotescas que passamos para constranger e levar os protagonistas para as situações mais absurdas como, por exemplo, insinuar que alguns homens de Hollywood não se relacionam com mulheres mais velhas porque sugam sua energia vital pelo sangue, se mantendo jovens para sempre e dando chá de sumiço em suas cônjuges que tem idade acima dos 27 anos ou criando um político fake que se contradiz o tempo todo e angaria um monte de fanáticos prontos para matar se for necessário, algo bastante real.

    VEREDITO

    Departamento de Conspirações chega ainda mais afiada em sua segunda parte, abordando de forma extremamente sarcástica assuntos diversos e ainda construindo uma trama envolvente dentro de sua história. Por mais que a bola pareça cair em um episódio ou outro, todos possuem grandes momentos, sendo divertida e inteligente o bastante para nos cativar.

    Nossa nota

    5,0/5,0

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    CRÍTICA – Sally: Fisiculturismo e Assassinato (2022, Netflix)

    A cultura do fisiculturismo traz a busca de esculpir o corpo perfeito, fazendo com que cada fibra do corpo se torne fisiologicamente ideal seja em tamanho ou definição e, em alguns casos, se torna uma obsessão saindo do universo do esporte.

    O concurso mais conhecido do fisiculturismo é o Mr. Olimpia, que iniciou-se nos anos 60 e algumas celebridades da cultura pop participaram da disputa como Arnold Schwarzenegger e Lou Ferrigno sendo o primeiro vencedor de algumas edições.

    Nos anos 90 surge Ray McNeil, um fisiculturista promissor que começa a se destacar no meio e cinco anos depois é assassinato por sua esposa no dia de São Valentim (Dia dos Namorados na cultura americana).

    O documentário dividido em três partes Sally: Fisiculturismo e Assassinato, foi lançado no ultimo dia 2 de novembro no serviço de streaming Netflix, dirigido por Nanette Burstein e recorda todos os detalhes da vida do casal Ray e Sally McNeil desde a sua relação até o dia do assassinato.

    SINOPSE DE SALLY: FISICULTURISMO E ASSASSINATO

    Amigos, familiares e a própria fisiculturista Sally McNeil relembram o caso do chocante assassinato de Ray McNeil, que ocorreu no Dia dos Namorados em 1995, cometido pela própria Sally que atirou contra Ray. Um caso complexo que envolvia fama, família e violência doméstica.

    ANÁLISE

    sally

    Dividido em três episódios o documentário aborda da forma mais neutra possível todos os acontecimentos que circundam o assassinato de Ray e o processo Sally como a responsável pelo o que ocorreu.

    Como um registro que busca a neutralidade as entrevistas com pessoas próximas ao casal, os filhos e a própria Sally McNeil trazem diversas reflexões a respeito de assuntos que na década de noventa eram tratados sem a devida atenção.

    Além da rotina de ambos a produção procura pelas pessoas que fizeram parte do julgamento como o promotor Dan Goldstein o advogado de defesa e a própria cobertura dos meios de comunicação a respeito de Sally e como idealizaram a acusada.

    O documentário é muito relevante para diversas discussões sociais como relacionamentos tóxicos, violência doméstica, o uso de anabolizantes feito pelos praticantes do fisiculturismo e como um ambiente tão hostil se torna um trauma geracional para os filhos.

    A condução das entrevistas expõe todos os detalhes a respeito da versão de Sally, que claramente entende como uma oportunidade que não lhe foi dada e fala de forma detalhada a sua perspectiva, revelando a complexidade entorno do caso que erroneamente não foi compreendida no período.

    Acredito que a mensagem mais importante esta em torno da violência contra a mulher, a dificuldade em falar sobre este tema como vivência, relembrar coisas dolorosas e as consequências em torno de um relacionamento tóxico.

    Também podemos pensar sobre como este documentário também aborda a cultura de violência que existe na sociedade norte americana, a desvalorização da figura feminina e a como os meios de comunicação retrataram esta mulher em escuta da sua narrativa.

    Interessante que mostrando o lado de Sally se pode compreender que ela não é uma mulher inocente, como em muitos documentários procura passar a impressão, mas uma mulher que tinha defeitos, virtudes e uma história de vida muito problemática.

    A direção de Burnstein além de abordar o caso mostra o desfechos das figuras centrais apresentadas que são Sally e os seus filhos, criados por seus avós durante o cumprimento de sua pena, mostrando a herança maldita do trauma geracional e o estágio mais recente desta relação familiar.

    VEREDITO

    Com um material polêmico, reflexivo e aborda questões atuais que devem sempre ser discutidas Sally: Fisiculturismo e Assassinato é um documentário que aborda de forma mais ampla um dos assassinatos mais chocantes da década de noventa.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    Confira o trailer:

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    CRÍTICA – Beacon Pines (2022, Fellow Traveller)

    Beacon Pines é um jogo desenvolvido pela Hiding Spot Games e distribuído pela Fellow Traveller. O game está disponível para PC, Nintendo Switch, Xbox One e Xbox Series X|S.

    Confira abaixo a nossa crítica de Beacon Pines para Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Tem algo estranho acontecendo no antigo armazém, e Luka e seus amigos parecem ser os únicos que perceberam. Saia de fininho à noite, faça novas amizades, descubra verdades secretas e colete palavras que mudarão o destino!

    USE AMULETOS PARA REESCREVER EVENTOS

    Ao ajudar Luka a investigar os eventos estranhos em Beacon Pines, você coletará amuletos dourados especiais com palavras gravadas. Eles podem ser usados em momentos decisivos da história para preencher o espaço de uma palavra e mudar tudo o que virá depois.

    DESCUBRA NOVOS CAMINHOS

    Como leitor do livro, você explorará os momentos decisivos da história usando A Crônica: uma história interativa com ramificações que se expandem com as suas escolhas. Ao explorar um grupo de eventos, você poderá desbloquear novos amuletos para usar em outra ramificação, permitindo que você alterne entre diversas versões da história para desvendar os mistérios de Beacon Pines.

    ANÁLISE DE BEACON PINES

    Beacon Pines é uma daquelas joias escondidas em um catálogo enorme de games disponíveis no Nintendo Switch. Lançado em setembro de 2022, o jogo da Hiding Spot Games é uma viagem eletrizante e imersiva que surpreende a cada novo desdobramento.

    O enredo se passa em um livro que está incompleto. Você, como leitor, terá que completar as partes faltantes, levando a história de Luka e seus amigos para diferentes caminhos. Beacon Pines está longe de ser uma experiência feliz, pois apesar dos gráficos belíssimos e dos personagens fofos, sua história é sombria e triste.

    Durante a trama você viverá o personagem Luka, uma criança que já sofreu muito em pouco tempo de vida. Luka possui um grande amigo, Rolo, e é por meio da habilidade dos dois de se meter em confusão que boa parte das situações macabras se desenrolam.

    A cada nova palavra que você descobre, aqui chamadas de charm, é possível testar o curso da narrativa e encontrar um novo final para essa grande odisseia. As combinações são múltiplas e cada uma delas traz explicações importantes sobre os acontecimentos em Beacon Pines. Portanto, apesar dos diversos becos sem saída, não há aquela sensação de ter perdido tempo quando um final não termina da forma que você gostaria.

    Créditos: Divulgação / Fellow Traveller

    Além do ótimo material gráfico e do roteiro fantástico, Beacon Pines possui um trabalho de narração incrível e uma trilha sonora que combina muito bem com os acontecimentos. Por mais que você não faça grandes movimentos de ação com os personagens, é possível explorar bastante a cidade, e a história faz valer a pena cada reviravolta encontrada no meio do caminho.

    O principal fator que faz Beacon Pines um jogo tão bacana é a emoção. É impossível não se sentir envolvido pela história de Luka e seus amigos, e a cada final você se sente ainda mais conectado com a trama. A forma como você se apega aos personagens é genuína, e os diversos finais conseguem emocionar bastante e deixar o coração quentinho.

    Todos os personagens retratados na história principal possuem desenvolvimento, explorando não só seus medos, mas suas aspirações para o futuro. Por muitos serem crianças, a inocência também está presente, tornando tudo ainda mais melancólico e devastador.

    Créditos: Divulgação / Fellow Traveller

    Infelizmente, o jogo não possui localização em português, o que é algo restritivo, pois diálogos e explicações são o fio condutor do game. Acredito que é uma grande pena não termos o jogo localizado, pois certamente faria com que mais pessoas tivessem interesse no título da Hiding Spot Games e poderia trazer grande notoriedade.

    Por fim, Beacon Pines é uma experiência narrativa belíssima e extremamente recompensadora. Com personagens carismáticos, uma história envolvente e conteúdo imersivo, é difícil não sentir saudade de toda a experiência quando ela acaba. O desfecho oficial é simplesmente perfeito e vale toda jornada percorrida ao chegar até ele.

    VEREDITO

    Beacon Pines é um excelente jogo de narrativa desenvolvido pela Hiding Spot Games. Com aspectos técnicos perfeitos e um conteúdo realmente envolvente, é um dos jogos indie para Nintendo Switch que você precisa conhecer.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Beacon Pines:

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    CRÍTICA – Wandinha (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Wandinha é a nova série original do catálogo da Netflix. Criada por Alfred Gough e Miles Millar, a produção conta com episódios dirigidos por Tim Burton, James Marshall e Gandja Monteiro.

    Fazem parte do elenco principal os atores Jenna Ortega, Gwendoline Christie, Catherine Zeta-Jones, Luis Guzmán e Christina Ricci. O seriado estará disponível na Netflix no dia 23 de novembro.

    Confira abaixo nossa crítica sem spoilers da produção.

    SINOPSE DE WANDINHA

    Inteligente, sarcástica e apática, Wandinha Addams (Jenna Ortega) pode estar meio morta por dentro, mas na Escola Nunca Mais ela vai fazer amigos, inimigos e investigar assassinatos.

    ANÁLISE

    A Família Addams é uma franquia muito conhecida e adorada no mundo todo. Desde o seu surgimento, o grupo familiar gótico e sombrio dominou a cultura pop, sendo uma marca forte e lembrada até os dias atuais. Seja por meio dos quadrinhos, das adaptações live-action para o cinema e TV, ou dos jogos de videogame, a família se saiu muito bem em diversos formatos, angariando fãs de diversas gerações.

    Dentre os personagens mais carismáticos da família está Wandinha, uma pequena garota com ar apático, mas que possui muita empolgação para assuntos macabros. Para o novo mundo da Geração Z, talvez Wandinha seja a personagem ideal para exemplificar a fadiga social que toma conta do contexto pós-pandêmico: uma jovem fiel à sua originalidade e que simplesmente tem aversão à opinião alheia.

    Portanto, adaptar a personagem para uma série solo foi uma ótima sacada dos criadores Alfred Gough e Miles Millar. Mesmo que a produção já tenha ganhado o status de “série do Tim Burton”, o famoso diretor só participa de alguns episódios e, mesmo sendo produtor executivo, o seriado está longe de imprimir suas marcas registradas na história – principalmente quando falamos de visuais.

    Trazer a personagem para o século XXI, como feito com outros personagens clássicos em produções recentes, é uma atitude ousada e que, de certa forma, tira um pouco o charme da história. Porém, quando bem adaptado, pode ser um grande acerto. Entretanto, Wandinha possui diversos deslizes em sua história, o que torna o resultado um pouco decepcionante.

    Em Wandinha, a personagem principal já foi expulsa de diversas escolas comuns ao longo dos anos. Se vingando dos colegas (com requintes de crueldade), Wandinha cria grandes problemas para a sua família, que acaba decidindo matricular a menina na Escola Nunca Mais para Excluídos.

    CRÍTICA - Wandinha (1ª Temporada, 2022, Netflix)

    Com uma pegada Hogwarts macabra, a Escola Nunca Mais abriga diversos tipos de criaturas. Lobisomens, Sereias, e outros tantos “monstros” que conhecemos na cultura folclórica. Mortícia (Catherine Zeta-Jones) e Gomez (Luis Guzmán) também fizeram parte da escola em sua época de juventude, e entendem que esse seja o caminho ideal para Wandinha encontrar satisfação via sofrimento.

    A série, portanto, se passa boa parte na escola e também na cidade de Jericho, município que se mantém às custas do dinheiro provido pela escola. Jericho é um município fundado por peregrinos e historicamente existe um desdém da população com os Excluídos, tornando esse impasse uma tensão entre moradores e alunos.

    Com 8 episódios, Wandinha avança lentamente em sua história, criando uma possível ameaça para a personagem principal com uma trama adolescente de suspense. Verdade seja dita, não fosse pelo nome Wandinha, a série poderia se encaixar como qualquer outra trama juvenil de suspense da Netflix.

    Visualmente, o seriado também não se diferencia dos demais. Por se tratar de uma série com uma personagem de A Família Addams, eu esperava que os visuais fossem melhor aproveitados, criando uma atmosfera mais parecida com o que vemos nas mídias da franquia. Entretanto, tirando a ótima Jenna Ortega como Wandinha, todo o restante parece… comum.

    Apesar do roteiro não ter uma ótima história para a Wandinha, a direção é muito bem executada. Não só os episódios dirigidos por Burton como, também os encabeçados por James Marshall e Gandja Monteiro. O recurso de utilizar Mãozinha em momentos que valorizam a história, acabam nos lembrando do charme que a franquia possui e quebram um pouco o ritmo de drama infantil do roteiro.

    Dentre Harry Potter e A Família Addams, Wandinha vai mais para a primeira opção, mas infelizmente há diversos dramas desnecessários envolvendo outros personagens que acabam atrasando a trama e deixam os episódios do meio da temporada um tanto quanto morosos.

    Apesar da consistente season finale, o melhor episódio da temporada é o número 5. Com ótimas atuações e uma subtrama interessante, o capítulo dá uma pequena amostra do que a série poderia ser se mantivesse um pouco mais fiel às suas raízes.

    Quanto ao elenco, todos funcionam muito bem em cena. Apesar de alguns atores não parecerem adolescentes, como é o caso de Hunter Doohan que dá vida ao personagem Tyler Galpin, o elenco possui uma boa química. Além de Jenna Ortega, Christina Ricci, Emma Myers e Gwendoline Christie também estão ótimas em seus papéis, e é bem legal ver Ricci – a Wandinha das produções clássicas – e Ortega atuando juntas.

    A primeira temporada de Wandinha é, portanto, uma produção interessante, mas longe de alcançar as expectativas criadas para a personagem e para o elenco envolvido. Se houver a possibilidade de uma segunda temporada, é torcer que haja espaço para a trama investir em um suspense mais complexo e interessante, deixando as amarras dos clichês adolescentes um pouco de lado.

    VEREDITO

    Com bom humor e um ótimo elenco, Wandinha é um entretenimento regular, mas que provavelmente fará bastante sucesso devido à personagem principal. Os personagens são cativantes e, apesar das derrapadas de roteiro e ritmo, a série é muito bem dirigida.

    Com potencial para alcançar o Top 10 da Netflix e se tornar muito popular no TikTok e Twitter, talvez Wandinha possa ser renovada para um novo e trazer uma trama mais coesa e interessante, à altura da perspicácia da filha exemplar dos Addams.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – God of War Ragnarök (2022, Santa Monica Studios)

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    Produzido pela Santa Mônica Studios, o game God of War Ragnarök foi lançado no dia 9 de novembro, sendo lançado de forma exclusiva para o PlayStation 4 e PlayStation 5. E com isso, o inverno sem fim chegou para o Deus da Guerra, um dos jogos mais aguardados do ano finalmente está disponível e podemos conhecer o desfecho da aventura nórdica de Kratos neste universo.

    O título foi adiado em quase dois anos por alguns obstáculos na produção até que sua data oficial foi confirmada no começo de 2022.

    O elenco de vozes conta com o retorno de nomes conhecidos da franquia como Christopher Judge (Kratos), Sunny Suljic (Atreus) e Danielle Bisutti (Freya) e a novidade em destaque é Ryan Hurst como o imponente Thor. Para a nossa língua temos novamente Ricardo Juarez, Lipe Volpato e Beatriz Villa como Kratos, Atreus e Freya, respectivamente.

    SINOPSE

    Kratos e Atreus devem viajar pelos Nove Reinos em busca de respostas enquanto as forças asgardianas se preparam para uma batalha profetizada que causará o fim do mundo. Nessa jornada, eles explorarão paisagens míticas impressionantes e enfrentarão inimigos aterradores: deuses nórdicos e monstros. A ameaça do Ragnarök se aproxima. Kratos e Atreus terão de escolher entre a segurança deles próprios e a dos reinos.

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    ANÁLISE

    O maior segredo de nós Anões podemos construir qualquer coisa é porque entendemos que tudo é sobre a natureza e não a forma das coisas.”

    O ano de 2022 foi um dos melhores na história no aspecto de jogos de grande qualidade e God Of War: Ragnarok é a cereja do bolo de um ano que foi tão especial.

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    O título não inova em mecânicas de jogo, mas as aperfeiçoa, assim temos uma jogabilidade muito mais fluída e dinâmica em relação ao anterior, melhorando a experiência de um jogo que já é trabalhado em plano sequência.

    Neste novo capítulo temos também uma melhoria do sistema de armas e aprimoramento de habilidades, com a chegada de novas runas de ataque que se misturam com ataques já conhecidos, além dos novos espaços de amuleto que podem ser editados de acordo com o estilo de cada jogador.

    Acredito que o diferencial de Ragnarök em comparação a tantos outros títulos neste ano tão especial está em sua narrativa. God of War é sobre fins, seja no aspecto mitológico ou o fim de um período para um garoto que deixa de seguir os passos do pai e passa a seguir o seu próprio caminho, cometer seus erros, viver amores, desafios e inclusive ter seus próprios aliados e inimigos.

    God of War: Ragnarök | Quais Deuses Nórdicos estão no game?

    Apesar da narrativa mostrar uma disruptura de jornada entre Kratos e Atreus, é perceptível o estreitamento entre os laços familiares perante a um fim eminente, principalmente porque finalmente temos os pensamentos, reflexões e angustias do protagonista.

    Kratos é um personagem estabelecido no universo dos games e cultura pop, mas ainda não havia um aprofundamento de personagem tão intenso como nos últimos dois títulos da franquia, dando camadas muito importantes para o personagem que amadureceu após as suas desventuras da trilogia anterior.

    Um Deus da Guerra que compreende que a violência é o ultimo recurso foi um passo evolutivo surpreendente em relação a jornada do agora mais heroico Kratos que defende seu filho, amigos e aliados contra os planos nefastos de Odin, o Pai de Todos.

    Talvez a maior lição a respeito da narrativa deste jogo é sobre amadurecimento e tanto a desenvolvedora quanto o diretor do jogo entendiam que era necessário, pois o jeito troglodita uma hora se tornaria algo saturado e a condução desta mudança foi feita no tempo certo e com as decisões criativas adequadas.

    As surpresas em questão do roteiro do jogo não ficam apenas centralizadas em Kratos e Atreus que dividem o protagonismo e a jogabilidade neste título. Freya tem o seu próprio arco de redenção e reparação nesta história de uma mulher presa a uma maldição e vingança de um filho até se tornar novamente forte, independente e livre.

    Uma metáfora muito interessante sobre este momento é quando se percebe uma mulher que luta para sair de um relacionamento abusivo. Sem força e principalmente a sua coragem, simbolizada na perda do seu espirito de luta, ela os recupera quando finalmente quebra as raízes da maldição que a persegue se tornando livre e dona de seu destino.

    A dupla de anões Sindri e Brok também tem seus momentos de brilho, destacando o anão azul que divide o papel de alívio cômico nos momentos de tensão, quanto nos momentos tocantes e surpresas a respeito de suas origens.

    Não é apenas o grupo de protagonistas que tem esta profundidade tão bem construída, já que o núcleo asgardiano também nos entrega personagens intensos como um poderoso, porém muito desacreditado, Thor e sua família, que conseguem entender o caráter do Pai de Todos nas entrelinhas.

    Acredito que Odin será lembrado no futuro como um dos grandes antagonistas desta nova geração de jogos que exploram mais profundamente as suas narrativas. Um deus dissimulado e manipulador, mas sempre com uma voz carinhosa e falsamente acolhedora que mostra o Rei de Asgard como um vilão digno deste capítulo da franquia.

    Outro destaque relaciono está na dificuldade do jogo, que considero bem balanceada para todos os tipos de players, podendo ter um bom desafio no modo Normal até para os mais pro-players com o modo Ragnarök, onde qualquer ataque é quase uma morte certa.

    A história tem muitas reviravoltas e surpresas, mas quando você necessitar dar uma pausa na intensidade pode realizar missões secundárias que ajudam a aumentar o poder de Kratos e seus companheiros de viagem; além de aumentar sua qualidade da jornada ao admirar as lindas paisagens dos Nove Reinos.

    VEREDITO

    God of War Ragnarok é anunciado para o PS5

    Em relação aos grandes lançamentos que naturalmente geram grande expectativa para a comunidade, God of War Ragnarök é a cereja do bolo, que torna 2022 um dos melhores anos para fãs de jogos.

    Uma narrativa intensa, uma jogabilidade balanceada e muito bem aperfeiçoada temos umas das experiências mais completas dentro do universo da franquia, indicando que existe um potencial de ainda proporcionar ótimos títulos no futuro.

    Por tudo isso, o game foi um dos indicados ao Jogo do Ano, no The Game Awards!

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    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer do game:


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    10 filmes que retratam a vida de grandes filósofos

    Os filósofos têm a função de investigar e questionar a essência e a natureza do universo, do homem e de fatos, por meio de análises, reflexões e críticas. Além disso, eles buscam a compreensão teórica de conceitos, como os de espaço, tempo e verdade.

    Se essa área te interessa vale a pena conferir a lista que separamos. São 10 filmes referente à biografia de grandes filósofos. Eles são considerados estudiosos de problemas fundamentais relacionados à existência, aos valores morais e estéticos. São os questionadores de dogmas, da mente e da linguagem humana. Geralmente, essas pessoas são movidas pela curiosidade e levantam grandes indagações refletindo em mudanças sociais, religiosas, políticas e existenciais.

    Ficou curioso para saber mais sobre esses Mestres da Filosofia? Então confira a lista! 

    Sócrates (1971)

    10 filmes que retratam a vida de grandes filósofos

    A cinebiografia trata uma parte da vida de Sócrates, um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. É reconhecido como um dos fundadores da filosofia ocidental. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza e da alma humana.

    O filme mostra o final da vida de Sócrates (470 – 399 a.C.), seu julgamento e sua condenação à morte, além de célebres diálogos socráticos, como “Apologia“, “Críton” e “Fédon“.

    Pascal (1972)

    10 filmes que retratam a vida de grandes filósofos

    O diretor Roberto Rossellini acompanha a trajetória de Pascal, dos 17 anos até sua morte precoce, mostrando seus célebres estudos de Matemática e Geometria, incluindo a criação da primeira calculadora mecânica; seus trabalhos revolucionários sobre o vácuo, os fluidos e a pressão atmosférica; sua relação com o Jansenismo e a concepção de suas principais obras filosófico-religiosas.

    Com austeridade, ternura e realismo, Rossellini realizou um filme de extrema beleza sobre os conflitos religiosos e filosóficos de um personagem histórico fascinante.

    Cartesio – René Descartes (1974)

    10 filmes que retratam a vida de grandes filósofos

    Penso, logo existo“. Com certeza você já ouviu essa frase, criado pelo filósofo e matemático francês, Descartes. Ele foi o fundador do pensamento cartesiano, sistema que deu origem à Filosofia Moderna.

    No filme contém trechos inteiros de algumas das obras fundamentais do pensador, que visa a autonomia do pensamento racional diante da fé. Naquela época, todo esforço racionalista tinha de ser negociado com as autoridades religiosas. Diante disso, a trama mostra como Descartes precisa provar que a razão é sustentável por si só.

    A Vida de Galileu (1975)

    10 filmes que retratam a vida de grandes filósofos

    Sob a direção de Joseph Losey, a produção A Vida de Galileu, do American Film Theatre, apresenta o típico mosaico brechtiano que funde teatro e imediatismo através de um drama pessoal extremamente cinematográfico que opõe a responsabilidade pública à dúvida individual.

    Desafiado por um novo estudante, o tutor e teórico Galileu se utiliza da emergente tecnologia telescópica e descobre provas irrefutáveis da noção herética de que a Terra não é o centro do universo. Porém numa sociedade rígida guiada pela aliança entre a aristocracia e o clérigo e já debilitada pela Peste e pela Reforma, a ciência é uma ameaça e o iluminismo, um luxo.

    Posto diante da morte pelas mãos da Inquisição ou a retratação ao um Papa tão hipócrita quanto poderoso, Galileu deve escolher entre sua própria vida e a incansável curiosidade científica pela qual havia rejeitado sua família, amigos e a própria saúde.

    Foucault Por Ele Mesmo (2003)


    Filósofo, teórico social, professor e crítico literário. Foucault fala como as relações entre poder e conhecimento são usadas para obter controle social. Embora muitas vezes seja citado como um pós-estruturalista e pós-modernista, ele se classificava como crítico da modernidade.

    O documentário é uma coletânea de entrevistas com críticos, historiadores e filósofos contemporâneos que buscam construir novas formas de pensar os mecanismos de dominação da sociedade a partir das ideias de Foucault e suas contraditórias produções intelectuais. Com isso, é possível relacionar pensamentos, carreira e vida pessoal do filósofo.

    Amantes do Café Flore – Simone de Beauvoir e Sartre (2006)

    O filme, baseado em fatos reais, aborda a vida e a relação amorosa ente a escritora Simone de Beauvoir Jean-Paul Sartre, um teórico existencialista. Trata-se de uma boa oportunidade para conhecer essas personalidades com seus dilemas, angústias e desconstruções cotidianas, além de poder compreender o momento histórico do filme.

    Quando Nietzche Chorou (2006)

    O filósofo alemão é tido como um dos mais influentes e importantes filósofos modernos do século XIX. Suas obras pautavam-se em críticas à cultura, religião e a filosofia ocidentais. Ele ainda defendia a liberdade de qualquer tipo de controle cultural e moral.

    O filme conta a história de um encontro fictício entre Nietzche e o médico Josef Breuer. Nietzsche é ainda um filósofo desconhecido, pobre e com tendências suicidas. Em busca de tratamento para a depressão, a consulta vira uma verdadeira aula de psicanálise. Os dois terão que mergulhar em si próprios, em um processo de autoconhecimento.

    A Batalha pelo Império – Confúcio (2010)

    Confúcio foi um pensador e filósofo chinês. Suas ideias salientaram a moralidade pessoal e governamental, os procedimentos corretos nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Tais ensinamentos representam muito mais um sistema de ética e política do que uma religião.

    O filme retrata a história dramática do lendário filósofo na idade da guerra no Estado chinês, durante a qual incontáveis batalhas foram travadas para unificar os reinos. Para salvar o estado o rei recorre a Confúcio, que os livram de uma guerra perpétua. No entanto, os centros políticos do Estado passam a se sentir ameaçados pelo filósofo e o exila. Após anos indo de um estado para outro, Confúcio não perder os seus ideais de paz e harmonia.

    Hannah Arendt (2012)

    Alemã de origem judaica, Hannah Arendt (1906 – 1975) foi uma filósofa-política do século XX. Ela defendia o conceito de pluralismo, liberdade e igualdade no âmbito político. 

    O filme aborda o julgamento de Adolf Eichmann, um colaborador de Hitler e coordenador dos campos de concentração. Hannah Arendt acompanhou o julgamento e escreveu uma série de artigos sobre o caso. No entanto, as publicações e o conceito de “banalidade do mal” defendidos por ela provocam uma série de controvérsias sobre os envolvidos nos crimes de guerra.

    O Jovem Karl Marx (2017)

    Karl Marx foi um filósofo, sociólogo e jornalista e revolucionário socialista. Seus trabalhos versam sobre história, filosofia, economia e sociologia e, invariavelmente, seu nome está associado às teorias sobre comunismo, socialismo e revolução.

    O filme começa aos 26 anos de Marx, quando é exilado junto com sua esposa, Jenny. Em Paris, de 1844, ele conheceu Friedrich Engels, filho de um industrialista que investigou o nascimento da classe trabalhadora britânica. O encontro desses dois teóricos, pilares de uma corrente de pensamento que perdura até hoje, entre a repressão política e tumultos, lideram o início do movimento operário em meio a era moderna.


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